Farewell

Contador: por Abby
Fanfic finalizada em agosto de 2013

 Eu pensava que todos acabariam fazendo o mesmo que eu depois daqueles dez anos. Quando saí, aos quinze anos, do interior pra capital, achei que muitos também se mudariam, porque é esse o ciclo normal da vida: uma hora, sem percebermos, vamos embora. Mesmo que por uma pequena distância, seja de escola ou de emprego, deixamos o que costumava ser o nosso mundo para trás. Talvez eu tivesse me enganado.
 Há anos eu conhecia Suzannah, a menina gordinha sentada ao meu lado. Ela sempre fora alegre e extrovertida – embora eu tivesse sempre que forçá-la a se abrir comigo quanto a assuntos mais sérios –, e dentre outras características mais gerais, ela continuava igual. Naquele tempo em que ficamos mais distantes, no entanto, sua personalidade mudou de forma a colocá-la como a líder do grupo, posto antes assumido por mim. Pode ser que eu tenha feito um bom trabalho a influenciando enquanto éramos vizinhas, mas com certeza sua mudança foi mérito exclusivo dela. Eu mal notei, até então, pois estava já em outro momento da minha vida, longe daquele círculo de amigos que agora nos rodeava. Não foram eles quem saíram da minha vida, eu saí da vida deles e não tive tempo para acompanhá-los nem de longe.
 Não fosse na cidadezinha pequena que morei, seria com certeza mais difícil fazer uma reunião com todo o antigo grupo de amigos. Ainda mais dez anos depois. Chegava a ser engraçado ver Timothy casado e com o primeiro filho a caminho, ou então Lyla com aquele barrigão redondo de grávida e aquela aura de mãe. Mais bizarro ainda era Neil, que costumava ser um magrelo de quase dois metros de altura, ter se tornado um fisiculturista. Seu abraço continuava o mesmo, tirando o fato dos músculos apertarem um pouco mais.
 O que continuava igual, também, era a minha vontade de ver , nem que fosse só de passagem com a possível nova namorada. Eu precisava vê-lo para que ele também me visse, notasse como eu estava bem, madura e completamente diferente de antes. E se ele tivesse mesmo a nova namorada, queria que ele me apresentasse a ela e, mesmo que por um instante, se lembrasse de que eu fui a primeira namorada dele, como ele foi o meu.
 O fator tempo fez com que nossos amigos tivessem esquecido tudo que acontecera entre nós dois, já que, cara, fazia dez anos. Mas naquela noite, bem no fundo, eu ainda tinha quinze anos e sentia toda a ansiedade da época até a hora de chegar. Eu nem mesmo sabia se ele apareceria, entretanto.
 – Faz aquele negócio do nariz, Neil – pediu Suzannah, rindo antes mesmo de Neil encostar a língua na ponta do nariz. Distrai-me com o celular, olhando de novo o evento no Facebook. Ele não tinha nem confirmado, recusado ou marcado talvez.
 – – Tim me cutucou na têmpora com o indicador, daquele mesmo jeito esquisito e incômodo da adolescência. Fiz uma careta em resposta. – Nem me ouviu, né? – Neguei com a cabeça, escondendo o sorriso sem graça. – Perguntei por quanto tempo você vai ficar.
 – Ah... Só até depois de amanhã, mas vou embora de manhãzinha – tomei um gole do meu drink, um Apple Martini já pela metade.
 – Droga, amanhã a gente tem compromisso – disse Lyla, com uma carinha de neném tristonho.
 – A Su também, tem aula o dia quase todo – minha amiga concordou com a cabeça. – Vou ficar em casa mesmo, tá frio pra sair da cama.
 – Ué, vem almoçar comigo antes do treino – sugeriu Neil.
 – Você malha, cara, isso não é treinamento – disse Suzannah, provocando-o. Ele ficava tão irritado com aquele tipo de comentário que logo mudava as expressões. E novamente estava eu olhando pra porta, esperando ele aparecer, afastando-me dos meus amigos. Eles provavelmente me xingariam ao perceber que eu os ignorava em grande parte do tempo, eu faria o mesmo no lugar deles. Era bastante mal educado e hipócrita da minha parte fingir ter a melhor noite da minha vida, quando nem ao menos lhes dava atenção, mas eu – sabe lá por quê – não conseguia conter a ansiedade em ver mais uma vez. Foram dez anos sem contato por um infeliz acaso, eles entenderiam, não?
 Timothy levantou de repente, sem dizer o porquê, me trazendo de volta à roda. Meu drink havia sumido, e todos estavam quietos demais, fingindo não saber de nada. Contrariada, olhei para cada um dos meus amigos, e Lyla nem mesmo conseguia disfarçar, soltando uma risadinha.
 – Me devolve isso, porque você nem pode beber! – briguei com ela, por fim me rendendo e rindo também.
 – Não tá comigo – ela ergueu as mãos em sinal de inocência. Virei para minha esquerda, e Suzannah colocou sobre a mesa a taça do Apple Martini. Vazia.
 – Eu te pago outro! – disse ela, antes mesmo de eu soltar um palavrão de um metro. – Mas você tem que largar esse celular, pelo amor de Deus.
 – Tá, tá – joguei o celular no meio da mesa, por dentro agradecendo por me forçarem a parar com a paranoia. Seria melhor pra mim, na verdade. – Cadê o Tim?
 – Foi atender o telefone – respondeu Neil, Lyla confirmou. Em um timing perfeito, Timothy surgiu à minha frente, de volta ao seu lugar entre Lyla e Neil.
 – Trouxe um presentinho pra você – ele anunciou, mas não havia nada em suas mãos.
 – Oi, sumida – sua voz fez meu estômago se apertar, transformando a curiosidade de segundos antes em pura surpresa e felicidade. sorria de uma ponta à outra do rosto, espelhando-se no sorriso que eu dei a ele. Levantei-me imediatamente para cumprimentá-lo. Assim como Neil, nada havia mudado em seu abraço, mas eu o preferia em disparada.
 – Achei que você não viesse – confessei, sentindo-me muito mais leve. Ele ainda parecia o garoto de quinze anos, agora com um penteado mais moderno e barba. Mais ainda, eu estava presa num lapso de tempo em que nós seis, sobretudo nós dois, não havíamos crescido e vivido vidas tão diferentes. Eu queria estar de volta aos quinze enquanto estava ali, aconchegada nos braços de por mais tempo que deveria.
 – Fiquei sabendo de última hora que alguém viria e não tinha me avisado antes – ele alfinetou, deixando-me vermelha de vergonha. Eu nem mesmo tinha contato com ele, mal sabia onde andava ou o que fazia, quiçá que ainda morava naquela cidadezinha.
 – Desculpa, eu juro que não sabia... – deixei a voz morrer aos poucos, torcendo para que ele me interrompesse.
 – Tá tudo bem, eu só vi agora há pouco. Nunca gostei de Facebook, mesmo – sorriu novamente, apertando o abraço uma última vez antes de fazer menção de se sentar na cadeira ao meu lado, cheia de bolsas.
 Era uma tortura ter de me conter ao seu lado durante aquela noite. Eu não tinha como saber se ele estava igualmente feliz por me ver, levando em conta que só então eu consegui, de fato, aproveitar o encontro com meus amigos. As histórias pareceram todas mais interessantes a partir do momento que ele se sentou ao meu lado e nosso grupo ficou completo. Eu sabia que estava sendo uma idiota por agir daquela forma, mas era impossível não sentir toda a preocupação em me explicar, dizer que eu não o havia esquecido de propósito – e não o havia esquecido em nem um terço. Eu tinha muito o que dizer e pouco tempo para dizer. Isso me consumia por dentro.
 Foi inevitável em certo momento tocarem no assunto relacionamento, embora voltado para Lyla e Timothy. Eles haviam se afastado também, bem depois de eu me mudar, porque ela trocara de colégio. Os dois se reencontraram na universidade, pois ambos faziam cursos da área de finanças, e tornaram a sair juntos. Lyla sempre fora a beauty queen, tinha qualquer um que quisesse, mas Tim a conhecia o suficiente para saber que os dois poderiam dar certo, se ele tentasse.
 – Vocês podiam seguir o exemplo – disse Suzannah, sempre indiscreta quanto a esses assuntos. Resmunguei para ela, ficando instantaneamente vermelha e incapaz de me virar para , que, pude ver pelo canto do olho, olhava na minha direção.
 – Pra que apressar as coisas? – o ouvi questionar, tentando não tornar aquilo mais um motivo para minha inquietação. Por favor, pare, , só pare com essa paranoia.
 – Vou ao toalete – anunciei, arrastando a cadeira para trás com todo o cuidado do mundo para que eu não esbarrasse nele. Estava lutando tão pateticamente contra os meus quinze anos que já não conseguia prever o que aconteceria se ele me tocasse, mesmo sem querer. não era o cara mais bonito do mundo, por que eu continuava tão nervosa, mesmo depois de horas? Eu já havia vivido quase uma vida longe dele, por que um único dia me desestabilizava tanto? Por que eu não reconhecia minhas próprias atitudes? Por que eu queria tanto que ele não tivesse me superado?
 Eu mesma tinha pedido a ele para que vivesse bem sem mim, depois que me mudasse. Eu que perdi o número dele e me forcei a não recuperar, para que conseguisse cumprir a minha promessa de não o prender a mim enquanto estivéssemos separados. Eu quem sabia o tempo todo que nunca mais eu voltaria a morar naquela cidade, e que desfazer os laços talvez fosse melhor para suportar as saudades. Por que eu estava prestes a colocar tudo a perder? Eu gostava dele tanto assim e não percebera?
 Se eu gostava tanto dele, onde tinham se escondido todos esses sentimentos ao longo dos dez anos?
 – Idiota – xinguei meu próprio reflexo, confusa entre rir ou chorar de nervosismo. Talvez eu também estivesse um pouco mais bêbada que esperava, apesar de não estar tonta e enjoada. Parecia muito bem, até.
 Respirei fundo, mentalizando que tudo ficaria bem e eu não deveria perder o controle. Limpei o borrado de rímel dos cantos dos olhos, efeito das tantas risadas da noite, e saí tentando me mostrar renovada. No começo da noite, eu queria que ele me visse diferente dos anos em que convivemos, então eu deveria me apegar ao presente, não ao passado.
 – Qual o assunto? – Sentei-me novamente à mesa, disposta a lidar muito bem com a presença de e nada menos que isso.
 – O batizado do Ethan – respondeu-me Lyla, com aquela expressão que todas as grávidas têm ao falar do próprio bebê enquanto alisam a barriga. – Queremos que vocês quatro sejam os padrinhos.
 – Mas não são só dois?
 – Tem os de consagração, que podem ser pessoas diferentes – Tim esclareceu, fazendo-me assentir com a cabeça. – Eu sei que vai parecer infantil, mas é o jeito mais justo de decidir: vamos fazer um sorteio. Alguém tem uma caneta?
 – Eu tenho! – disse Suzannah, já se mexendo para procurar na bolsa. – Vou escrever eu mesma o meu nome, pra dar sorte.
 Ela pegou um guardanapo do centro da mesa, escreveu seu nome e desenhou um trevo de quatro folhas ao lado. Neil a imitou, mas desenhou ao lado do trevo o que seria a eu feliz, porque eu seria a madrinha oficial, segundo ele. Quando passada a caneta para , ele escreveu o meu nome com a melhor caligrafia que tinha.
 – Pra dar sorte – sorriu, derretendo-me todinha por dentro. – Toma, escreve o meu.
 Agradeci, tentando não entrar novamente naquela onda de neurose em que tinha me enfiado mais cedo. Não pensei muito no que faria, mas quando terminei, avaliei melhor e talvez tivesse sido um pouco demais ter colocado um coração do lado de “”. Eu parecia ter escrito no meu caderno de matemática do primeiro ano, ao invés de num guardanapo de bar. Tentei não ver sua reação, mas foi impossível não notar sua mão sobre meu joelho; a certeza de que estávamos em sintonia e só então, sem aquela nuvem de confusão à minha frente, eu pude perceber.
 – As meninas ficam comigo, os meninos com a Lyla. – Timothy catou os papéis, dando dois à esposa. Os dois fecharam as mãos em concha e sacudiram bastante, imitando bartenders com as coqueteleiras. A ansiedade do meu lado da mesa estava tão grande que era palpável, ao tempo que Neil parecia totalmente confiante. Quando o casal 20 parou de brincar, cada um pegou um papel da mão do outro. – O padrinho oficial é... – Tim olhou rapidamente para Neil e , enrolando para falar. – Neil!
 – Tava sentindo que ia ser – disse o sorteado, orgulhoso. Suzannah e eu batemos palmas para ele. – E a madrinha?
 – É, e a madrinha? – Suzannah estava quase pulando sobre a mesa para ela mesma saber. Lyla não se deixou abalar, calmamente abrindo o papel e sorrindo antes de anunciar.
 – Você vai ter que vir de novo obrigatoriamente, – ela virou o guardanapo para mim, que guinchei em comemoração. retirou a mão da minha perna, só não infelizmente porque em seguida pôs sobre meu ombro, puxando-me para ele.
 – Agora não precisa nem me avisar, já tô sabendo – disse, e eu respondi concordando com a cabeça. Era foda conseguir me concentrar com aquela proximidade e aquele cheiro. E os sorrisinhos sacanas dos meus amigos também não me ajudavam muito, motivo suficiente para eu os ignorar (de novo, mais uma vez). Com à vontade, eu não precisava me esforçar para esconder que estava irradiando felicidade por ele estar ali, sem uma nova namorada.
 Pouco depois, pelo horário em plena quinta-feira, resolvemos fechar a conta para irmos embora. Suzannah e eu iríamos embora a pé, já que ela morava no centro; Neil, Lyla e Tim iriam juntos, de carro, pois moravam a dois quarteirões de distância; iria sozinho em seu carro para o outro lado da cidade. Enquanto saímos, eu sendo a última por ter ficado presa no meio de duas pessoas no canto do bar, me segurou levemente pelo pulso, fazendo-me parar.
 – Senti a sua falta – sua voz estava mais baixa, como se ele não quisesse que os outros nos ouvisse. – Eu sabia que você ia sumir porque achava que ia ser o melhor a se fazer, mas demorei um pouco pra aceitar.
 – Desculpa – foi tudo que consegui dizer olhando em seus olhos. Tive de desviar para não me sentir horrível com todas as coisas que passaram na minha cabeça. – Ia ser difícil demais eu seguir com a minha vida e você com a sua...
 – Foi difícil, honestamente – ele me interrompeu. – É difícil superar o fato de que a garota que você ama foi embora. E mesmo que ela se despeça, a última despedida nunca é o bastante.
 Por mais clichê que soasse, ele fazia os dez anos serem só um segundo longe; era tudo mais fácil quando estávamos juntos. Eu nem mesmo precisava dizer tudo que queria, porque ele já havia entendido minhas razões e o resto não parecia se importar.
 – Eu odeio como você consegue falar exatamente o que eu tento dizer e não consigo – entrelacei nossos dedos, encarando-os por um tempo.
 – Passei muito tempo ensaiando – riu, e eu o acompanhei.
 – Também senti muito a sua falta – confessei, apertando-o forte em um abraço. Não me afastei nenhum centímetro antes de beijá-lo com toda a vontade que senti não só naquela noite. Queria que ele sentisse na própria pele o tamanho das saudades que senti dele ao longo dos anos e não pude dizer. Na mesma intensidade, ele retribuiu. Poderíamos ficar ali, em pé no meio de um pub, por todo o tempo que quiséssemos; o lugar não importava tanto quanto nós dois.
 – Ei, vocês dois! – Mas Suzannah se importava com voltar para casa sozinha. – Eu tenho hora amanhã, vambora!
 Fiz uma careta, ainda de olhos fechados, e riu.
 – Quando você vai embora? – perguntou-me, novamente me dando a mão para que voltássemos a andar.
 – Sábado de manhã – respondi, desanimada. – É aniversário da minha mãe, ela me mata, se eu não estiver em casa.
 – Fica comigo essa noite? – Atravessamos a porta do bar e eu novamente o encarei, também para evitar olhar Neil, Suzannah, Timothy e Lyla. Eles, decerto, estariam prontos para fazer um coro de “Awwwn” assim que aparecêssemos.
 – Leva a Suzannah em casa?
 Não precisei explicar muito, logo foi atrás dela para empurrá-la – literalmente – para o carro. Sob os risos dos outros e protestos de Suzannah, despedimo-nos e, cinco minutos depois, estávamos na portaria do edifício dela. Dali para a casa de levou não sei quantos minutos, e na verdade, não me importava mais com o tempo. Quanto mais eu me prendesse a ele, mais rápido passaria e tão logo seria a minha nova despedida.
também pensava como eu, e para ele, todo e qualquer momento devia ser aproveitado. Seguindo sua lógica, ele me beijou quando descemos do carro, enquanto esperávamos o elevador, durante a subida ao quinto andar, antes de abrir a porta e a caminho do quarto. Eu já era grandinha o suficiente para saber que acabaríamos ali, mas quando lembrei que aquilo nunca havia acontecido entre nós, gelei. Na mesma proporção em que eu poderia ter a melhor noite da minha vida, poderia ter a pior também. Mas como poderia ser ruim, sendo o ?
 – Pode reparar a bagunça, se quiser, mas eu não recomendo – disse ele ao abrir a porta, indo rapidamente para a cama coberta com algumas roupas e livros. , com cuidado, colocou os livros de volta à prateleira, e sem zelo nenhum, jogou as roupas no chão, levando-me a rir. Ele se sentou à beirada da cama, puxando-me pela mão e me fazendo sentar em seu colo. – Você tem noção de quanto tempo eu esperei por isso?
 – O mesmo tempo que eu, logicamente – fui irônica, e ele teve de concordar. – Mas eu tô aqui, não precisamos esperar mais.
 O sorriso dele foi tão largo, tão lindo, que eu me apaixonei de novo naquele instante. Sendo sincera, era impossível não me apaixonar mais uma vez por ele, pela barba grandinha que fazia cócegas por onde passava ou pelo olhar que me fazia sentir a mulher mais incrível. Eu amava tão verdadeiramente cada detalhe dele que no momento em que nos deitamos, qualquer preocupação que existia até então desapareceu.
 Seu toque era delicado, como se não quisesse me assustar – mal sabia ele que eu não iria embora dali por nada, àquela altura. Cada ponta de seus dedos parecia tentar me reconhecer pela pele nua, enquanto meus lábios queriam ser lembrados por todas as partes de seu corpo. Minhas curvas se encaixavam às dele de forma que eu poderia dizer que foram feitas sob medida. Se eu soubesse disso dez anos antes, talvez não tivesse deixado para tanto tempo depois.
 Em certo momento o romantismo foi deixado de lado, e dentre os melhores caras com quem já saí, estava com ampla vantagem. Qualquer coisa que ele fizesse, meu corpo reagiria da melhor forma possível. Podiam passar quantos fossem pela minha vida, o primeiro que amei sempre seria especial.
 Quando ele se deu por exausto, sem antes nós chegarmos ao clímax, deitei minha cabeça sobre seu peito e, de olhos fechados, desejei não ter minha vida na capital. Aquela poderia não ser só uma visita pontual, e sim o meu retorno.
 – Eu te amo até hoje – sussurrei, incerta se queria que me ouvisse. Qualquer pequeno detalhe dificultaria a partida. Sempre seria difícil dizer adeus.
 Ele me respondeu em gestos, trazendo-me para mais perto do seu peito e beijando o topo da minha cabeça.
 – Te amo mesmo longe – disse por fim, sua voz ecoando pelo quarto escuro. – Me promete uma coisa? – assenti com a cabeça. – Quando você for embora, não me diz adeus. Não quero achar que é a última vez de novo.



FIM



Nota da autora: Fic escrita pra Lara Scheffer, autora de A Safe Place to Fall, em um amigo oculto entre amigas que fizemos. Se gostou da fic tanto quanto eu, deixe um recado! :)
Se quiser entrar em contato comigo, é só ir no Cafofo (grupo de fics/variados) ou ask.fm. Para ler minhas outras fics, é só visitar o meu Tumblr.
Beijos,
Abby.





Outras Fanfics:
Longfics:
Theater - McFly / Finalizadas
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Shortfics/oneshots e Ficstapes:
I L.G.B.T.? - LGBTQ / Em andamento
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Theater: Three Little Words - Especial All Stars 2014 / Finalizada (Spin-Off de Theater)
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05. I Want it All - Ficstape #001: Arctic Monkeys – AM / Finalizada
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02. Lola - Ficstape #011: McFly – Memory Lane / Finalizada
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07. Jealous - Ficstape #020: Beyoncé – Self-Titled / Finalizada
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Reminiscences - Originais / Finalizada
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He's Got You High - Originais / Finalizada
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