Hello, Daddy!

02/2024

Capítulo 1: Parabéns Você Agora é Pai.

6:30 da manhã e o celular de não parava de tocar. Era folga dela, na verdade, era feriado, um com emenda, e ela não teria que acordar cedo pelo menos quatro dias aquela semana, uma das bênçãos de se trabalhar em uma escola, mesmo sendo uma particular católica e com trabalho que a deixava exausta quase todos os dias, bom, o salário e os benefícios faziam tudo valer a pena. estava planejando acordar depois do meio dia, tinha desativado o despertar, mas o aparelho não parava de tocar.

, você precisa me ajudar. — A voz de era apavorada, nervoso era pouco.
— O que aconteceu? Você mato… — Que barulho de choro é esse ?? — ainda estava sonolenta, mas o melhor amigo sabia que só vc podia ligar para ela aquela hora da manhã se tivesse entre a vida é a morte.
— Então, é com isso que eu preciso de ajuda, alguém largou um bebê na porta da minha casa e ela não para de chorar. — A voz dele ainda estava no mesmo tom de desespero, mas conhecendo o melhor amigo, como conhecia, aquilo estava com cara de pegadinha, ele era idiota o suficiente para aquilo e estava prometendo uma das grandes para se vingar da que ela tinha feito com ele na estação passada.
— Eu não acredito que me acordou de madrugada no dia da minha folga, poxa , colasse chiclete no meu cabelo ou então riscasse meu carro, mas isso é sacanagem, desliga esse Youtube com esse neném chorando e volta para a cama, a gente sabe que não somos pessoas diurnas, eu porque tenho poucos dias para acordar tarde e você porque é um vagabundo mesmo. — Ela riu não foi seguida e ainda ouvia ao fundo não somente o neném chorando, mas também.
— É sério , eu estava dormindo lindo e confortável na minha cama quando a campainha tocou, como qualquer pessoa que me conhece sabe que eu não levanto cedo nunca porque sou músico e não um vagabundo, já peguei o taco de beisebol e desci, porque a pessoa na porta não parava de tocar. Quando eu cheguei perto da porta abri sorrateiramente e aí não tinha ninguém, quando eu me virei ela começou a chorar e está chorando até agora, já tem pelo menos uma meia hora.
Desespero era realmente o que o amigo estava passando naquela ligação e quis que aquela história de bebê fosse verdade, porque se não fosse ela ia chegar lá e ser presa por homicídio duplamente qualificado, porque estava planejando matar ele ali mesmo, enquanto levantava da cama e procurava um casaco grosso para esconder o pijama, se a criança estava chorando há meia hora, não podiam mais perder tempo dela se trocar, ela poderia ficar doente, isso se já não estivesse, fazia muito frio aquela época do ano para alguém largar uma criança a deriva na porta das pessoas.
— Eu estou indo, mas vê se essa desnaturada deixou alguma mamadeira e leite em algum lugar, porque aí eu já passo no mercado. — disse séria, estava preocupada e aquilo seria a maior vigarice de se fosse mentira.
— Ah, ok, eu não sei se consigo fazer isso com uma criança no meu colo. — Ele parecia atrapalhado.
— Bom, você vai ter que aprender, mas por agora só coloca ela de volta na cesta que ela tava e vê, aproveita e vê a fralda, se tem mais ou se só tem a que ela tá usando e vê se a que ela tá usando está suja. — Ela procurava as chaves e a carteira, provavelmente precisaria passar no mercado e fazer outras coisas durante o dia, então, usaria o automóvel, não gostava muito de usar o carro, mas em ocasiões como aquela que eram emergência era nescessário e ela sentiu que a partir dali não pararia mais de usar, porque estavam lidando com uma criança e não tinha nem carteira de motorista, quem dirá carro.
— Meu Deus, como eu vejo se a fralda está suja? — que fazia barulho de procurar coisas parou e o tom de desespero ainda estava lá.
— Olha, geralmente as pessoas abrem a fralda para ver, mas eu mesma na correria enfio o dedo dentro da frauda, se tiver molhada na frente é que tem muito xixi e se tiver com coco, bom, você vai saber. — Ela começou a rir finalmente achando a bendita chave, já estava com a bolsa e o necessário.
— Eu não vou fazer isso, ela tem leite aqui e mamadeira, mas não está pronto, e tem um pacote pequeno de fraudas fechado e um monte de coisa se higiene de bebê. — Ele disse para que a amiga pudesse sair de casa, sabia tanto quanto ela que o caso era grave demais para tanta demora.
— Bom, veja logo a fralda dela, porque precisamos eliminar algumas possibilidades. — A essa altura, já estava no carro e tinha colocado a ligação no viva voz do automóvel. — Ah, vê também se ela estava aquecida o suficiente, ela estava ou está enrolada em pelo menos um cobertor e com roupas quentes? — Já estava no meio do caminho, felizmente não morava tão longe da casa do amigo.
— Ela está embalada do jeito que eu a encontrei, estava enrolada em uma manta com um cobertor mais pesado em cima, você quer que eu desenrole ela da manta? — estava mesmo perdido tadinho, dava para sentir que o amigo estava ficando doido e se fosse só uma pegadinha, ele deveria mudar o nicho dele de cantor para ator.
— Claro que sim, as vezes ela não tá com roupas quentes o suficiente para ser deixada na porta da casa das pessoas nesse frio e claro, você vai ter que checar a fralda, então precisa desenrolar ela. — O tom de estava sendo calmo o tempo todo, o amigo já estava agitando o suficiente para que ela pilhasse ainda mais. Estava surtando por dentro, a possibilidade de ser real era assustadora para ela também.
— Está com um macacão de pelinho, igual aquela sua jaqueta rosa e com minis roupinhas por baixo. — Ele soltou uma risadinha, provavelmente achando engraçado as mini roupinhas que ela usava.
— Perfeito, não é frio, viu a fralda?
— Você não vai deixar passar, né? — Ele ria de nervoso.
— É que pode assar ela e depois você que vai sofrer, e é uma judiação, para de frescura e vê logo eu estou chegando. — A voz dela era mais séria naquele momento e soube entender a gravidade.
— Ok, ok. Pera aí…— Ele ficou um tempo em silêncio e pode ouvir um barulho de plástico abrindo.
— Espero que saiba fechar isso sem apertar ela depois. — disse do outro lado da linha, parando o corro em frente a garagem da casa dele.
— Porque você me assusta assim? Ela tá seca, o que eu faço agora? — parecia exausto.
— Abre a porta que eu te ajudo! — Ela sabia a senha da porta, mas não queria que um balde com alguma coisa gosmenta caísse em cima dela, ainda estava com um pé atrás sobre aquela história de neném, quem seria a maluca que largaria uma criança tão pequena ainda por cima sob a responsabilidade daquele homem?


Ele desligou a ligação e ela ouviu passos até a porta e um choro forte, que não acompanhava os passos, então, na cabeça dela poderia ser a tv, mas ele estava meio que trocando a menina, então também fazia sentido ser um neném. O choque de foi mesmo ter um neném com metade da fralda aberta e chorando muito no meio do sofá imenso que tinha na sala, agradeceu a Deus pelo amigo não ser tão irresponsável e ter colocado almofadas ao redor da bebê para que ela não caísse enquanto ele abria a porta.

— Meu Deus do céu, , é verdade! — passou por ele só colocando a sua bolsa na mão dele e saiu em disparada até o sofá.
— Você achou mesmo que eu tava te zuando? — colocou as coisas dela no móvel específico e foi até ela.
— Claro, você é o mais sem noção dessa terra! Achei que fosse trolagem e já estava preparada para te matar e te jogar no valão lá da esquina!
— Mas as pessoas iam encontrar meu corpo rápido.
— O intuito é esse e todos iam saber que não devem me pregar peças de manhã na minha folga.
— Eu tenho medo das suas brincadeiras. — disse rindo.
— Eu não estou brincando, não deveríamos estar tendo essa conversa enquanto a sua filha não para de chorar. Vai lá esquentar 200ml de água pra mim, e aproveita e ferventa essa mamadeira, não sabemos o que passou aí, a gente já sabe que a mãe dela é doida e…
— Pera aí , que papo é esse de filha? — nunca tinha arregalado tanto os olhos como estava fazendo ali e caiu na risada.
— Meu amor, olha a cara dessa criança, ela é cagada e cuspida você e ninguém deixaria de graça uma criança na sua porta, aposto que ela deixou uma carta para você em algum lugar, primeiro vamos alimentar ela e depois a gente procura. Vai anda logo. — Ela terminou de vestir a menina e não parecia ter mais que 4 meses, e a pegou no colo fazendo ela se acalmar, embora ainda choramingasse, podia ser fome, saudades da mãe, cólica por ter pego friagem, quente ela não estava, então não estava doente. queria logo ajudar a menina e ficou parado igual uma estátua com a cara do meme da Nazaré.
— Não é possível! — voltou à realidade quando jogou uma almofada nele.
— É possível sim, você transa, lembra? E uma dessas vezes deve ter sido sem camisinha, porque né? A gente sabe que mêses atrás, quando entrou na puberdade aos 26 anos comia tudo o que tinha buraco e a gente sabe também como são os hormônios na puberdade, então sim, eu acho que é imensamente possível e você acha que alguém que teve um romance com você ou sei lá, saiu com você na vida ia abandonar uma criança incapaz de se cuidar na sua porta se não fosse sua filha? Caia na real e vai logo para a gente procurar alguma pista da mãe dela, pelo menos do nome dela né? — carregava a bebê, a bolsa e o pote de leite, e empurrava para a cozinha para que começasse logo a fazer o que ela pediu.
— Mas
meu querido…— pegou a leiteira e encheu de água o suficiente para jogar na mamadeira e para fazer o leite, ainda segurando a criança nos braços e embora atordoado ficou impressionado, ele quase não conseguiu ligar para ela enquanto segurava a menina. Sabia que ela trabalhava com crianças pequenas na escola, mas não sabia que tinha tanta experiência assim, ela era a "prô" e eles conversavam sobre o trabalho dela, mas era realmente impressionante o tato que ela tinha com crianças. — O que está feito, está feito e embora eu ache de uma irresponsabilidade enorme largar uma criança na porta da casa de alguém, ela deve ter tido os motivos dela e essa criança é tão responsabilidade sua quanto dela, se quiser fazer um exame de DNA a gente faz, hoje em dia é menos invasivo e sai o resultado em horas, mas agora, ela sendo a sua filha ou não, a gente tem que focar no bem estar dela. Se você vai ficar e cuidar dela, se vai entregar para o conselho tutelar e ela vai ser adotada ou ficar na custódia do estado a gente resolve depois, agora eu preciso que você ligue esse fogo, coloque essa mamadeira na pia ou pegue ela que eu faço. — O tom de era calmo, mas sério e conseguiu entender que cuidar da criança era prioridade naquele momento.
— Certo!

Eles fizeram, esterelizaram a mamadeira e fizeram o leite. Depois que ela mamou ficou mais calma e dormiu. Improvisaram o mesmo lugar no sofá e acomodaram a pequena.

Capítulo 2: O Nome Dela é Amélie.


— Pega a bolsa dela e o bebê conforto que ela estava. — sussurrou para e se levantou de onde estava para se sentar na mesa de jantar que graças a Deus e ao pequeno espaço daquela casa ficava na sala também, precisavam procurar por alguma coisa.
— Aqui! — colocou tudo em cima da mesa com cuidado para não fazer barulho.
— Bom vamos ver, um pacote de fraudas, duas latas de leite, duas mamadeiras, uma chupeta, duas trocas de roupa, mais uma mantinha e um envelope. — foi dizendo ítem por ítem para não deixar escapar nada.
— O que tem neste envelope? — que mexia no bebê conforto parou o que estava fazendo e deu atenção para a mulher.
— Está pesadinho, vamos ver agora. — Ela abriu o Papel pardo e puxou o primeiro papel de lá. — Bom… Isso aqui parece ser uma carta. — Ela passou os olhos bem por cima, mas parecia mesmo uma carta redigida à mão.
— Vamos ler ela primeiro. — disse rápido, queria desvendar aquele mistério antes de saber o que mais tinha no envelope.
— Ok… "…" começou a ler com a voz afetada e baixa, como se estivesse dublando um personagem. —... espero que para o bem da nossa filha, você esteja bem, ou pelo menos melhor que eu… olhou para e abriu um sorriso vitorioso. — Eu sabiaaaa, eu te disseeee. — Gritou em voz baixa para não acordar a bebê.
— Mas isso não prova nad…
— Cala a boca , vamos ouvir o que a moça tem a dizer. — interrompeu a ladainha do amigo e voltou a atenção para a carta. — … Você não deve estar acreditando em mim com todo esse negócio de filha, pois saímos pouquíssimas vezes, mas eu tenho toda a certeza do mundo, é só olhar para o rostinho dela, ela é a sua cara e também, desde a época em que saímos até agora, você foi o único homem com quem eu transei, então não tem erro, claro que você pode também fazer um exame de DNA para acreditar nas minhas palavras. Sabe , eu tentei criar minha menina, não quis te falar nada pois não queria que ficasse com a gente por dó ou formalidades e nem assumisse uma responsabilidade que era uma escolha minha, eu nunca ia tirar minha criança, e eu não sabia e nem sei qual seria a sua reação, enfim, eu falhei, não consigo criar ela sozinha, eu não tenho uma rede de apoio como você, você tem sua família por perto, seus amigos e você sabe, não sei se lembra, eu fui para um abrigo muito pequena, mas nunca consegui criar vínculo com nenhuma família com quem eu passei, sem irmãos ou família próxima e os outros "amigos" que eu tinha se afastaram de mim depois que eu engravidei, eu quero viver a minha vida, , quero ir atrás dos meus sonhos, quero ser a estrela que eu mereço ser, então, como essa vida também é responsabilidade sua, cuide bem dela, o nome dela é Amélie como aquela personagem do filme que gostamos, dentro desse envelope também tem a certidão de nascimento dela, carteira de vacinas, um documento consentindo que você assuma a paternidade e outra abrindo mão da seminha parte da guarda, espero que ela seja feliz. Ass: Natalie"
estava vermelha, mas não como costumava ficar quando estava prestes a chorar e sim quando estava prestes a virar a mão na cara de alguém, a conhecia muito bem
— Essa vagabunda, como ela pode? Ela sabe o sentimento de ser abandonada pelos pais e faz isso com a filha, essa história de que não tem rede de apoio é balela, se ela tivesse te contato todos nós estaríamos do lado dela agora, e não era nescessário que se casassem se não quisessem, a gente não vive mais no século passado, quer seguir os sonhos? Pensasse antes de sair transando sem camisinha por aí, ou pelo menos tivesse contado para o pai da criança que estava grávida, ela com certeza conseguiria seguir os sonhos com a sua ajuda, meu Deus, que ódio, onde essa desgraçada mora, eu vou lá esfregar a cara dela no asfalto quente.
, se acalma. — disse, quando Amélie começou a resmungar no sofá, pelo barulho de coisa caindo, quando a mulher se levantou de uma vez da cadeira e derrubou o que estava no envelope.
Além dos documentos que ela tinha citado na carta ainda tinham alguns ultrassons e algumas lembrancinhas de quando a menina era uma recém nascida, como fotos e pequenos objetos.
— Como uma mãe pode abandonar uma filha, ? Como ela some assim, sem nem te dar a oportunidade de fazerem isso juntos, ela é sua obrigação também, mas… — começou a soluçar, parecia que ela não tinha um coração, porque era a mulher mais durona que conhecia, mas ele sabia o quão doce e incrível ela era, sensível e amorosa, fiel e amiga. As lágrimas quentes escorriam pelas bochechas dela. — ela precisa de uma mãe, ela precisa de todo amor do mundo, não de ser abandonada desse jeito, o que a gente vai falar para ela quando ela perguntar porque as outras crianças têm mamães e ela não?
estava mesmo muito chateada, conseguia ver em seu semblante e no tom de voz dela também.
— Ela não vai sentir falta de uma mãe, ela vai ter você na vida dela, quem tem você na vida não precisa de mais nada, eu posso garantir, agora a gente precisa resolver isso não é? — pegou as mãos de com delicadeza e acalmou a mulher, não que ele estivesse levando de boa todo aquele rolê, mas sabia que era difícil a amiga ficar naquele nível de chateação e caindo na real, ele ia mesmo precisar resolver aquilo.

— O que você quer fazer primeiro? Hoje é feriado, então não vamos conseguir resolver as coisas burocráticas. — Depois de se recompor, disse, arrumando as coisas que estavam espalhadas pelo chão.
— Hmmm, que tal irmos às compras? Não acho que seja confortável dormir no sofá. — disse pegando as coisas que tinha juntado e agrupando para guardar no armário da sala onde absolutamente todos os seres humanos que frequentavam a casa dele sabia que ele guardava seus documentos e coisas importantes para não perder.
— Ainda bem que eu tô de carro, mas você não acha que a gente deveria contar para a sua família? — arrumava algumas coisas na bolsa da bebê, para que não passassem dificuldades na rua.
— Eu acho que manter ela confortável é a minha prioridade, sabe, meu pai vai vir com um milhão de perguntas, minha mãe querendo se meter e o Seokjin, sabe como ele é, é o irmão mais velho, mas parece que ele tem 5 anos de idade. — conseguia ver a exaustão na fala de , conhecia BEM a família dele também, sabia como eles eram amáveis, mas que sufocavam muitas vezes.
— Tá bom, hoje fazemos as compras necessárias, e amanhã falamos com as pessoas que temos que falar, você com a sua família e eu com o nosso advogado. — tinha terminado de arrumar as coisas e eu estava esperando se arrumar, não ia para o shopping com ele de pijama.
— Que escritório de advocacia vamos contatar em ponte de feriado? — nem deixou que a amiga respondesse e já caiu em si. — Ah não, aquele João bobão não! — Protestou fazendo um bico e cruzando os braços.
— Olha, é o meu melhor amigo e é um ótimo adv…
— Alto lá! Eu sou seu melhor amigo. — sabia que a maior birra que sentia de era pelo fato dele ser um dos melhores amigos de e ele sentia ciúmes de suas amizades sim, às vezes parecia que ele tinha 13 anos e ele não ligava.
— Meu OUTRO melhor amigo é um ótimo advogado, provavelmente não vai cobrar nada da gente e não o chame de João bobão, ele é muito competente. — sentia orgulho de todos os amigos, mas com era diferente, ela o admirava, ele era um ser humano magnífico, além de lindo, atencioso, carinhoso e um excelente amigo, não tinha como reivindicar o posto de melhor amigo somente para si, ele tinha que aceitar que ocupava um espaço imenso na mesma salinha que ele no coração dela.
— Mas…
, a gente já vai gastar dinheiro com muita coisa, porque não pensamos no futuro da Amélie e poupamos dinheiro, não sei se você sabe, mas frauda é caro e gasta muito e leite é caro também, quando a gente chegar no hipercenter você vai ver, por favor, vamos falar com o , ele é gente boa, você devia dar uma oportunidade para ele.
— Como assim a gente?
— Caia na real, quanto dinheiro guardado você tem? E o seu limite de crédito? Você é um músico independente meu amado ou seja, zero de estabilidade financeira e acabou de investir seu fundo para emergência naquele projeto com os rapazes. Eu, como sou uma pessoa precavida, tenho bastante dinheiro guardado e ainda uma carteira assinada, então sim, a gente e…
— Mas isso é responsabilidade minha, você não tem que dar dinheiro ou pagar alguma coisa, eu tenho que me virar.
— Meu mel, não é porque a filha é sua que você tem que aguentar e fazer as coisas sozinhos, você disse que ela não vai sentir falta da mãe porque eu vou estar ao lado dela, não disse? Então me deixa estar do lado de vocês, afinal, eu sou a tia preferida dela e se isso não for o suficiente para você, eu viro a madrinha e sabe o que os padrinhos fazem? Eles cuidam dos seus afilhados na ausência dos pais, então, na ausência da mãe dela, quem vai ajudar a criar sou eu, e eu não quero saber de protestos, eu já decidi isso e se o seu "se virar"... — Fez aspas com os dedos — … for pedir ajuda financeira para os seus pais, você já sabe que vai virar refém, eles vão te fazer procurar um emprego de verdade, tá, isso eu deveria fazer também. — Ela riu. — E todas as coisas pelas quais não quer contar para eles agora vai se agravar em 1.000%. Sabe, eu não vou me meter na sua vida, eu só vou ajudar a Amélie a ter uma vida mais confortável. — disse com sinceridade, ela sabia da condição do amigo, sabia que a música era tudo na vida dele e mesmo ela brincando sobre não ser uma profissão, ela sabia que ele se virava bem e estava prestes a abrir um estúdio em sociedade com os 3 amigos e companheiros de música, então, até o negócio dar certo ninguém sabe quanto tempo demoraria.
— Tudo bem, mas eu vou te pagar de volta e…
— Santo Cristo, , eu não vou discutir isso com você, então, vá trocar de roupa para que possamos começar às compras.
Claro que ele tocaria no assunto em outra oportunidade, não seria o que ela conhecia há anos se não fosse daquela forma, mas evitaria o máximo possível, não iria debater aquilo, não estava fazendo ou planejando fazer nada por dó ou qualquer outro sentimento ruim, ela queria e iria ajudar o amigo e mais que tudo a criança, a pequena não tinha culpa de nada naquela situação e ela faria de tudo para amenizar aquela loucura para aquela menina.
— Eu sabia que essa fralda estava apertada. — disse ao pegar alguns pacotes da fralda M na mesma marca que a mãe tinha deixado na bolsa de Amélie, pelo fato de não estar assada quando a trocou para saírem sabia que ela se dava bem com a marca.
— É, aqui nesse pacote tá P. — verificou mais uma vez, estavam tão atônitos com todas as novidades antes que nem repararam que a fralda que a mulher deixou era pequena demais para Amélie, talvez não a incomodasse tanto, porque não estava muito pesada, mas mesmo assim, ainda apertava em um pouco e devia incomodar muito.
— A gente precisa marcar um pediatra para ela o mais rápido possível, acho que está abaixo do peso. Falando nisso, depois que terminarmos aqui vamos ver os leites. — disse indo até a sessão de pomadas e lenços umedecidos. — Olha, a gente vai levar uns só para emergência, mas vamos limpar ela com algodão e água, entendeu? Vamos comprar bastante algodão e sabonete líquido. Meu Deus, é coisa demais para lembrar, acho que você devia fazer um chá de bebê. — riu, mas não muito alto, estava carregando Amélie no "canguru" que dormia enquanto eles faziam aquelas compras, ainda iam passar em lojas de roupas e móveis então, podia deixar a menina descansar um pouco.
— Você acha? — a olhava com um olhar de filho, parecia que ela era a mãe dele e ele estava prestes a ser educado.
— Olha, não seria ruim não, a gente vai ter que comprar o grosso, mas seria legal fazer uma festinha para apresentar a Amélie aos nossos amigos e ganhar presentes, olha o preço do pacote de fraudas mais baratinho. — tinha falado na brincadeira, mas parando para analisar não era um mau negócio.
— Podemos ver isso sim, eu preciso contar mesmo para os caras que agora eu sou pai de família e vou precisar que a gravadora dê certo ou dê certo. — Ele riu, indo até a prateleira com algumas coisas de bebê, por sorte aquele mercado era completo e eles acharam tudo o que precisavam para higiene e alimentação da neném.
Seguiram para o shopping mais próximo, lá também era um lugar completo, tinha loja de tudo, incluindo roupas para bebê e móveis.

Estavam saindo da segunda loja de roupas quando o celular de começou a tocar, nesse momento Amélie estava acordada e era ele quem a carregava.

— Alô! Mãe, aconteceu alguma coisa? — atendeu assustado, a mãe dificilmente ligava, geralmente mandava mensagem ou ia até ele pessoalmente.
— Meu filho, o que está acontecendo? Eu vim até a sua casa e você sabe, eu tenho a senha e tudo mais e eu toquei a campainha e você não atendeu, daí eu entrei e vi coisas de bebê espalhadas pela sala…
Nesse momento Amélie se sentiu desconfortável e começou a choramingar.

, você está machucando ela, me dá, deixa que eu pego, quando terminar essa ligação quero que pegue aqueles bodys que estão naquela sessão, são do tamanho dela e estão baratinhos, eu vou ver se ela quer mamar. — pegou a menina do canguru que continuou vestindo e saiu para longe dele, pegando a mamadeira na bolsa que ele carregava.
— Mãe, eu preciso te contar uma coisa — Ela já tinha descoberto mesmo, pelo menos não faria drama de ser avisada por último e blá, blá, blá.
, essa voz aí no fundo era a , vocês… meu Deus, ela teve um filho seu e você não me disse nada, ai minha pressão…


Capítulo 3: Olá Vovó.

— O que? Não mãe, não é nada disso…
— Não minta para mim , eu te coloquei no mundo, como vocês puderam esconder isso de mim, eu sempre apoiei a relação de vocês, mesmo vocês jurando que eram só amigos, essa foi a maior traição que vocês puderam fazer comigo, eu vi não tem um mês e ela não me falou nada. — ouviu a mãe fungar do outro lado da linha.
— Como eu pude ter um filho com se você viu ela não tem nem um mês e seis meses atrás vocês estavam se vendo quase todos os dias por conta daquela promoção do mercado que fica perto da sua casa? — entendia que a mãe talvez estivesse em estado de choque, mas não tinha mais tempo para dramas, precisavam terminar as compras e ainda faltavam os móveis e o carrinho.
— O que isso tem a ver? — A mulher estava mais agressiva naquele momento.
— Quer dizer que a conta não fecha, minha senhora, se ela não estava grávida há seis meses atrás e nem há um mês e as roupas que eu tenho certeza que você mexeu são de uma criança de que idade? Pelo menos até os 3 meses, então me deixa explicar, por favor? — foi o mais paciente possível, nem parecia que tinha surtado também há algumas horas atrás.
— Está bem, me explique direitinho. — Ela pigarreou esperando que ele falasse.
— Tá, mas te explico quando eu chegar em casa, estou no shopping com as meninas e temos que terminar de comprar umas coisas, pode ir para a sua casa mamãe, nós falamos mais tarde, te amo.
— Meninas?

Mas antes dela terminar de falar, desligou o celular e respirou fundo, sentindo a tensão do momento se dissipar ligeiramente. Ele olhou para , que estava ao seu lado, segurando Amélie nos braços.
— Era a sua mãe? — perguntou apreensiva.
, estou em pânico! Minha mãe está convencida de que você estava grávida e nós escondemos isso dela! — Ele riu um tom nervoso, conhecia a mais velha como ninguém, seria difícil fazer a mulher entender.
— Grávida?! Mas eu... Eu nem tive tempo de comer um pote de sorvete sozinha, imagina gerar um bebê!
Enquanto faz um gesto exagerado de espanto, começou a imitar os cálculos matemáticos da mãe, exagerando nos movimentos das mãos e nas expressões faciais.
— Ela contou os meses, fez equações... Foi tipo "CSI". Eu explique para ela que era impossível, porque ela te viu mês passado e já alguns meses atrás, mas sabe, acho que ela não estava convencida. — Ele foi andando até a sessão de bodys que ela tinha indicado antes.
solta uma risada nervosa, imaginando a mãe de como uma detetive obstinada.
— Será que ela está tomando algum remédio controlado ou bebendo mimosas logo de manhã? Ela é uma mulher esperta, não é possível… Quer dizer, ela é sua mãe, é possível sim. — riu, seguindo e escolhendo mais algumas roupas enquanto Amélie brincava com um brinquedo de morder que eles acharam nas coisas dela mais cedo.
riu, imaginando sua mãe como uma espiã matinal.
— Não sei, , mas acho que seria bom se você pudesse conversar com ela depois, sabe, talvez ela acredite mais em você ou seu lá.
faz uma pose teatral, imitando uma negociadora habilidosa.
— Sabe, eu te disse para contar para eles primeiro, mas é claro, eu posso tentar, mas não garanto que ela vai acreditar. Afinal, ela já fez uma investigação mais minuciosa do que a CIA.
faz uma expressão dramática, como quem pede desculpas e súplica com o olhar para que a amiga o ajude mais uma vez.
Estamos em uma situação digna de um filme de espionagem familiar.
— Parece que toda a sua família precisa de uma ajuda psiquiátrica. — Ela riu e por mais improvável que parecesse, riu também.
e trocam olhares cúmplices, prontos para enfrentar a loucura que era aquela mulher.
— Mas vamos terminar as compras e depois resolvemos tudo, certo?" — Ele tentou manter o tom tranquilo, apesar da confusão que pairava sobre eles naquele momento.
— Viemos aqui para isso não é mesmo, ainda precisamos comprar as coisas mais importantes, um carrinho para colocarmos essa belezinha para passar menos apertada na gente. Não é meu amor? — Fez voz de neném enquanto falava com Amélie e voltou a atenção para . — O berço, e uma cômoda para colocar todas essas roupinhas e brinquedos que já compramos. Sabe o que vai ser ótimo também? Aquelas cadeirinhas que o bebê fica deitado e a gente lança sabe? Acho que vi uma naquela loja de móveis infantis. — A medida que falava fazia cara de espanto, achou que não demorariam muito ali, ainda tinha a questão da família que quando saíssem dali todos os membros já saberiam que ele era pai e todo o resto, mas tinha que aceitar e viver aquilo com confiança, afinal, aquela vida era responsabilidade dele agora.
Depois de todas as roupinhas necessárias para aquele primeiro momento, porque claro, não deixou que levasse a loja toda, porque a menina ia crescer e perder metade das roupinhas que ele queria levar, foram direto para a loja de móveis que também tinham os carrinhos e outras coisas que eles iam precisar também.
Para o carrinho escolheram um modelo Fisher Price passeio 2 em 1, dobrável moisés, modelo Jazz na  cor preto já o berço foi o de cabeceira baby delight beside me dreamer bassinet & bedside sleeper, daqueles que encostam na cama, preferiu, pelo menos naquele primeiro momento em que precisavam se adaptar à nova rotina, e aquele modelo também se transformava em um berço solo para o quarto dela que eles iam montar no futuro, embora ele na cor preto era para combinar com os móveis do quarto do homem, mas era lindo e já estava procurando kits berço para deixar um pouco mais feminino e delicado. Daí saíram os travesseiros, protetores de berço, mosquiteiro, enxoval e tudo mais que precisavam para a boa hora de sono da pequena. Compraram também uma cômoda e a cadeira de descanso e balanço dobrável Spice na cor rosa. que além de linda era super funcional e ia agradecer a amiga depois daquele investimento.
Por sorte tudo coube perfeitamente no porta malas do carro e no espaço do banco de trás e do carona, já que foi atrás com a bebê.
Quando chegaram a casa de tinha passado da hora do almoço, as coisas de Amélie estavam arrumadas e agrupadas em um canto e o cheiro maravilhoso de comida que sentiram ao estacionar em frente a casa anunciou que lá há ia uma senhora ainda esperando por eles e fazendo o almoço.

— Filho… — A mulher disse com um avental pendurado no pescoço e um pano de prato enxugando as mãos quando ouviu a porta abrindo e vendo uma com um bebê conforto pendurado em uma das mãos junto com umas sacolas e as chaves na outra.
— Olá senhora , pode dar uma olhadinha na Amélie rapidinho, vou ajudar o com as compras, elas está dormindo, vou deixar ela aqui no sofá, obrigada. — disse com pressa deixando as coisas junto com a menina no sofá e deixando uma senhora parada no passagem da cozinha para a sala imóvel e pálida ao ver a bebê no bebê conforto e as sacolas com as roupinhas que eles tinham comprado.



Continuaa...



Nota da autora: Olá Jiniers, como estamos? Não sei quem é pior, o Jun ou a mãe dele kkkkkk
ps: Se quiser conhecer mais fanfics minhas vou deixar aqui embaixo minha página de autora no site e as minhas redes sociais, estou sempre interagindo por lá e você também consegue acesso a toda a minha lista de histórias atualizada clicando AQUI.
AH NÃO DEIXEM DE COMENTAR, ISSO É MUITO IMPORTANTE PARA SABERMOS SE ESTAMOS INDO PELO CAMINHO CERTO NESSA ESTRADA, AFINAL O PÚBLICO É NOSSO MAIOR INCENTIVO. MAIS UMA VEZ OBRIGADA POR LEREM, EU AMO VOCÊS. BEIJOS DA TIA JINIE.   



 

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