Atualização: 27/12/2021

Prólogo

Em um universo alternativo….


- Amor, eu trouxe o que me pediu. - anunciou entrando em casa com as sacolas, e seguindo até a cozinha. - Cadê você?
- Quarto. - A brasileira gritou. - Por favor, coloque os copos na mesa, estou terminando de me arrumar.
-Está bem! - respondeu o ex-piloto. -Meus Senninhas já deram notícias? - O genitor perguntou um pouco mais alto, para que a esposa escutasse.
- Aurora teve o voo atrasado, por isso ainda não está aqui. - Respondeu a professora. - E, Victor, estava de plantão, eles devem chegar juntos. - Está bem. - O homem assentiu com a cabeça, enquanto colocava alguns itens nos armários, e ajeitava tudo que a esposa havia solicitado.

Levou os pratos até a mesa, assim como talheres e copos, após finalizar tudo, recolheu uma cerveja de dentro do congelador, e voltou até a área externa onde tudo estava organizado para o natal da família , e claro, seu agregados.
A noite estava estrelada em Monte Carlo, uma das mais belas que já teve o prazer de ver, apesar de que em todos os momentos que olhava novamente, a sensação que lhe preenchia era de uma beleza ainda maior.
O atual chefe de equipe, tomou o assento na enorme mesa, apoiando a cerveja na coxa a cada gole de cerveja que tomava, sentindo toda sua ansiedade lhe corroer por dentro, tamanha a necessidade de se reunir com a família.
A casa grande rodeada de árvores e um jardim enorme eram seu sonho todas as vezes que pensava no assunto e agora estava bem ali, aguardando seus Senninhas, amigos de uma vida inteira, e os agregados que vieram dos anos lindos de vida que compartilhou.
sempre acreditou que se o mundo precisasse de mudanças, deveria começar pelas crianças, elas eram o futuro do mundo, esse fora o motivo que o levou a se encher de preocupação com o destino que Aurora, sua filha mais velha e também Victor o caçula levariam, já que durante quase toda a infância de ambos, estava correndo pelo mundo com a Fórmula Um, porém seus dois filhos trilharam seu próprio caminho, se tornando pessoas incríveis, cheia de empatia e potencial para mudar o mundo, e essa era a coisa mais fantástica do universo.

-Você já está bebendo? Pelo amor de Deus, cadê o respeito com os convidados? - Ao escutar a voz de Alain Prost, girou o pescoço na direção do som, somente para enxergar o francês passeando por sua grama com os dedos enlaçados aos da esposa.
-Ele não costuma ter educação, você ainda não aprendeu isso, Prost? - Outra voz surgiu atrás dele. - Por isso eu já vim bebendo de casa, queria evitar o aborrecimento com o anfitrião. - Completou Henrique Zanotti, e o estalo do tapa que recebeu da esposa pelas respostas malcriadas, fez com que soltasse uma enorme gargalhada.
-Eu não tenho culpa se vocês sempre chegam atrasados. - Colocou-se de pé para cumprimentar os dois, porém foi primeiro em direção a esposa de Alain, Marie-Anne, que estava belíssima em seu vestido verde, tinha um sorriso doce nos lábios e segurava uma travessa de porte médio em mãos. - Seu marido é mesmo um inútil, reclama da cerveja e ainda te deixa carregar o peso. - Disse apontando para a travessa nas mãos na francesa, e essa balançou a cabeça para os dois lados, reclamando internamente das brincadeiras que e Prost compartilham nos últimos trinta anos de convivência.
- Eu vou deixar isso na cozinha. - Anunciou a mulher, depois de ser saudada pelo amigo.
- Eu vou com você. - Rose Zanotti ofereceu, já que também carregava uma bandeja com alguma especialidade feita com todo seu talento culinário. também lhe beijou a bochecha, e deu espaço para que as duas entrassem na residência .
- Sentem. - O anfitrião convidou cordialmente, depois de abraçar os dois amigos e ambos estavam juntos ao redor da mesa.
- Cadê as crianças, não vem? - Foi Prost quem perguntou, se referindo aos filhos dos amigos, que riram com o nível que atrelara ao vocábulo usado.
-Quer dizer os nossos filhos, que já são adultos? - Henrique respondeu diante da comparação.
-Eu ainda os vejo com crianças. - Deu de ombros o francês.
- Luiza estava esperando o Carlos, parece que chegou tarde da Espanha. - Respondeu Zanotti. - Victor já chegou?
- Ainda não, estava de plantão na última noite, avisou a mãe dele que se atrasaria. - Respondeu com um sorriso de canto totalmente orgulhoso, ao contrário de Aurora, seu filho mais novo não teve a menor vontade de seguir carreira com nada ligado ao automobilismo, decidiu desde novo que seria profissional da área da saúde, estudou medicina e hoje era um renomado cirurgião cardíaco. - Eu contei para vocês que serei avô, não contei? A Isa está grávida de seis semanas.
- Você já contou umas quarenta vezes. - Os dois amigos se entreolharam gargalhando outra vez, e Ayron balançou a cabeça negativamente com a implicância dos dois.
- .. - Prost endureceu um pouco a voz ao chamar, e quando raspou a garganta os olhos curiosos e estreitos do ex rival estavam sobre ele. - E Aurora, ela vem? Vocês tem alguma notícia de Hamilton?
soltou todo o ar de seus pulmões, fechando os olhos para tomar mais um gole da cerveja em suas mãos, procurando palavras para falar sobre Lewis Hamilton.
Ao final do campeonato mundial de fórmula um, Max Verstappen, se consolidou campeão na última volta, diante de algumas decisões polêmicas que arrancará o título do inglês de forma duvidosa e manipulada.
e a Mercedes levaram o título de construtores, pelo oitavo ano consecutivo, mas o coração do brasileiro não estava alegre, queria que seu piloto número um, além de genro, e grande amigo, tivesse seu título, principalmente depois da arrancada brilhante que tivera nas últimas etapas do campeonato.
Desde a derrota, Lewis sumira, não apareceu em qualquer rede social, não falou com a imprensa e todos se questionavam a respeito do paradeiro do homem.

-O voo dela atrasou, mas não sei se Lewis está com ela. - Confessou. - Também não ando tendo notícias dele.
- Eu ainda não consigo acreditar em como tudo aquilo aconteceu. - Prost passou as mãos pelos cabelos, em um suspiro cansado, a fórmula um que tanto amava, estava longe de ser aquela em que assistia.
- Já estão falando de Fórmula um de novo? - Rose chegava próximo aos homens. - Será que não conseguem falar sobre outra coisa?
- Claro que não conseguem, Rose, a cabeça deles só consegue pensar em um assunto. - Marie Anne também chegava à mesa, tinha uma garrafa de espumante em mãos, e na outra uma taça já recheada de líquido rosê.

iria retrucar a brincadeira das amigas, todavia seus olhos encontraram a esposa. Os cabelos loiros estavam molhados, e ela trajava um vestido claro e rodado, com sandálias vermelhas nos pés, havia pouca maquiagem em seu rosto, e os olhos estavam brilhando com o reflexo da noite, o sorriso parecia carregar toda a cintilância da lua, fazendo com todos os seres vivos fossem reduzidos a pó diante de tanta beleza que a mulher tragava toda para si.
Ela carregava um balde com algumas cervejas dentro, e sorriu ao apontar para a frente indicando que mais pessoas haviam chegado Victor e Isabella Jaretz, saíram do carro ao mesmo tempo, ambos sorrindo por possivelmente alguma coisa idiota que o brasileiro tivesse dito.
Isa usava um vestido vermelho e saltos nos pés, os cabelos escuros estavam curtos e a mão direita repousava no ventre, ao seu lado o noivo, estava paramentado dos pés a cabeça com cores pretas, causando um contraste entre ambos.
O casal deu as mãos e se aproximou dos amigos.

-Filho.- saudou alegremente com os braços abertos.
-Que bom que chegaram, meu amor. - deixou o balde sobre a mesa antes de abraçar a nora, lhe beijou a barriga levemente e então passou para o filho mais novo; enquanto Isa era envolvida por outros braços. - Você está tão lindo, meu amor! - Beijou estaladamente sua bochecha.

Victor da Silva era a cara de sua mãe, diferente de Aurora que tinha traços fortes do pai, o médico cirurgião copiou a genitora dos pés à cabeça.
Os cabelos loiros, nariz fino e bochechas rosadas, sem contar na genética exuberante e sorriso encantador.

-Parece que decidiram chegar todos juntos. - Rose anunciou e então sua filha, Luiza Zanotti e seu namorado, o também piloto de fórmula um, Carlos Sainz.
- Espero que você saiba fazer um churrasco decente. – Luiza provocou depois de abraçá-lo. - - Bem melhor que os do seu pai, com certeza farei. – retrucou.
- Isso não vai ser difícil, meu pai e o tio Prost não péssimos na cozinha. - Luiza abraçou Prost de lado que beijou o tipo de sua cabeça, enquanto a ruiva caminhou até o pai, cumprimentou o piloto Ferrarista.
- Eu trouxe um vinho espanhol para desgastarmos. - Anunciou Carlos com toda sua elegância e sotaque que devastava o coração da namorada.
-Já podemos comer, eu estou cheio de fome. - pediu Victor, depois que todos estavam devidamente amparados na mesa, com todas as comidas e bebidas prontas para serem degustadas.
- Ainda não, filho! - disse. - Vamos esperar sua irmã.
- Está bem. - Assentiu o mais novo, e os presentes iniciaram uma conversa aleatória.
Quase uma hora mais tarde, quase já passava das onze, mais passos foram ouvidos pelo jardim, todas ergueram os olhos para encontrar o casal Hamilton- chegando.

Aurora usava um vestido longo com estampas em lilás, os cabelos cacheados estavam soltos e com cachos selvagens, ao seu lado, Lewis Hamilton trajava vestimentas mais simples que o normal, usando roupa pretas dos pés a cabeça com um sorriso discreto nos lábios.
Exclamações animadas foram ouvidas de todos quando se levantaram para cumprimentar os casal de pilotos.
O abraço que entregou a Hamilton, fora o mesmo que recebeu de seu pai, quando, anos atrás, fora desclassificado da fórmula um e jamais achou que teria forças para voltar, e o pai que sempre foi seu maior apoiador lhe ofereceu todas as suas forças.
amava Lewis como seu filho, no início era uma relação de um fã diante de seu ídolo, depois se tornaram colegas de trabalho na profissão, logo Lewis e Aurora se tornaram amigos, depois namorados e quando menos esperou o inglês estava entre sua família, o que só foi intensificado quando se tornaram donos da Mercedes, sendo chefe e Lewis primeiro piloto.

-Agora que estamos todos aqui, podemos finalmente cear. - Anunciou contente quando viu a filha abraçar o irmão com força antes de sentar ao seu lado na mesa. - Eu vou pegar o prato que preparei para Lewis, já retorno.

sorriu sozinho ao perceber eu que menos de meio segundo, todos voltaram a conversar.
Aquela era sua família, amigos das pistas, de quando ainda era piloto de Fórmula um, amigos da vida, todos aqueles eram membros de sua família. E não existia lugar melhor no mundo para se estar do que ali, rodeado deles.

-Eu quero mais vinho. - Pediu Rose.
-Eu vou ficar com meu espumante mesmo. - Marie Ann sorriu. - Aliás, esse está muito gostoso, qual é essa marca que comprou, amor? - Olhou o marido que sorriu ao servir mais para a esposa.
- Mamãe, você não acha que já bebeu demais? - A sempre centrada Luiza apontou, fazendo o namorado que estava ao seu lado lhe beijar a bochecha.
- Nós os levamos para casa, carino. Deixe que se divirtam.

estava sentado na ponta, observando a movimentação. Lewis Hamilton e Carlos Sainz de alguma piada interna, Henryque conversava algo sobre marcas de cerveja Alain, Rose e Marie Ann, tentavam abrir uma lata de atum com a ajuda de uma faca.
Enquanto isso, voltava para a mesa com uma salada gigante que produziu especialmente para Hamilton.

-, antes de comer, você terá que dizer algumas coisas. - A esposa pediu ao marido que arregalou os olhos surpreso.
- Não, eu não. – negou balançando as mãos e cobrindo o rosto com uma travessa vazia que estava ao seu alcance.
- Vamos, vamos contar quantas vezes você olha para baixo quando fala. – Henrique provocou. – Estamos apostando.
-Eu aposto que ele engasga antes de terminar. - Prost caçoou.
- Vai, tio ! – Luiza torceu. – Você consegue. – revirou os olhos e procurou suplicante pelo olhar de sua esposa.
-Anda, , estamos com fome. - A mulher estalou os dedos impaciente.
- Então é natal! - Ele sorriu abertamente, e o acompanhou. - Muito se fala sobre essa data especial, e ao longo dos anos tudo foi modificado, mas na verdade, o Natal conta a história da família mais importante do mundo, a família que serve de exemplo de amor e união para toda humanidade. Por isso, o Natal é tempo de família, é tempo de compartilhar os nossos momentos com aquelas pessoas que são responsáveis pela nossa vida e pela nossa existência. - Ele ergueu a garrafa de cerveja na direção ao centro da mesa, como se agradecesse aos amigos por ali estarem. - No Natal não há maior presente do que a presença daqueles que amamos e que são caros para nós. Não há nada mais importante do que estar entre os nossos familiares. - Olhou demoradamente para todos os presentes, estudando os rostos deles e se lembrando do motivo principal que o fazia amá-los eternamente. - Eu vivi muitos momentos de glória em minha vida, conquistei tudo que um homem pode ter, títulos, dinheiro, poder, sou o melhor piloto da história, se alguém deixar ainda serei por mais alguns anos. - Sorriu ao olhar diretamente para Lewis, sabia que o título já estava nas mãos dele, mas adorava implicar com o mais novo sobre a atribuição de melhor de todos os tempos. - Mas, de tudo que conquistei, tudo que tenho, não existe nada que tenha mais valor do que vocês, a maior herança que um homem pode ter, é família e amigos verdadeiros, eu sou privilegiado, pois tenho as duas coisas. - Ergueu a taça novamente ao meio propondo um brinde. - Feliz Natal, família!



XXX


Em um dos pontos externos no jardim, havia um balanço de madeira, pendurado em um dos galhos da maior árvore fincada no jardim dos .
A visão que a árvore oferecia para a lua era privilegiada, como em um fenômeno natural raro que poucos podiam ver, e como um verdadeiro apreciador de belas artes.
Era ali que se encontrava, Lewis Hamilton, com sua cerveja em mãos, e a brisa mexendo levemente as cordas do balanço de madeira, os pensamentos ganhando vida diante a bonita escuridão acima de sua cabeça.
O toque em seu ombro direito fez o inglês olhar para sua esquerda, o rosto que encontrou foi de com sua serenidade e doçura.

-Ei, Lewis! - O brasileiro sentou-se na grama, ao lado das pernas de Hamilton. - Estou muito feliz por vê-lo.
-Obrigado, ! - Sorriu o outro. - Eu poderia dizer que sinto muito por não ter dado notícias esses últimos dias, mas na verdade, não sinto. Eu precisava de um tempo.
-Eu sou a única pessoa que não te julgou, e eu sabia que Aurora estava com você, ou seja, você estava em boa companhia. - Riu fraco. - Por onde andou?
- Casa. - O outro respondeu. - Eu não queria estar em outro lugar, só queria meu cachorro, meu violão, sem pessoas ao meu redor, sem precisar me explicar ou sair falando sobre o que aconteceu.
- Sim, eu sei bem como se sente. - bebeu outra vez um gole da cerveja, ambos ficaram em silêncio mais alguns segundos até que o atual chefe de equipe voltou a falar. - Sei que tudo deve estar muito confuso aí, que você tem se perguntado qual a razão de tudo isso, o motivo por algo tão cruel ter acontecido. - Respirou fundo. - E, você pode até dizer que não, mas em sua cabeça passa a possibilidade de parar de correr, você já conquistou tudo que poderia, ninguém tem dúvida do seu talento e você é maior que tudo isso, não precisa mais viver essa vergonha que o esporte que ama está se tornando.
- O que te faz pensar que eu cogitei isso? - Lewis procurou os olhos do sogro, as irises castanha do brasileiro estavam vagam, como se o homem estivesse se transportando para outra era, através de memórias.
- Em 1989, eu e Prost sofremos um acidente e eu passei por fora dos cones para voltar às pistas. - Iniciou o relato que Hamilton já conhecia, mas deixou com que o homem contasse. - Eu fui banido da fórmula um por seis meses, passei todo o tempo que minha família e aproveitando ao máximo, eu confesso, que mesmo tendo a fórmula um como minha vida, eu pensei em parar. Estava tão desiludido, tão machucado, que só pensava em como não teria que passar aquilo novamente, em como eu não merecia ser desonrado como fui. - Suspirou passando as mãos no cabelo. - Foram momentos dolorosos e difíceis, Lewis, acho que o mais difícil de minha vida.
-Perder na pista faz parte do jogo. - Lewis também sentiu o conforto para desabafar. - Eu perdi várias na pista, mesmo que eu não suporte pensar nisso. - Encolheu os ombros. - Mas do jeito que foi, tendo interferência do poder, isso me destruiu, me destruiu mesmo.
- Eu sei que sim. - tocou os ombros do genro e sorriu. - Escuta, eu estou com você, se você entende que é hora de parar, estou com você. Se entender que quer voltar na próxima temporada, eu estou com você.
-Valeu, ! - Lewis sorriu verdadeiramente, sentindo-se acolhido pelo maior ídolo, e acima disso, pelo amigo.
- Eu preciso voltar antes que surte, vocês vão ficar conosco essa noite? - Se colocou de pé.
-Sim, Aurora trouxe as malas, disse que está com saudades do bolo de laranja da mãe dela.
-Está certo, então nos vemos cedo.
- Obrigado de novo.
fez menção de se afastar, mas então retornou para perto do inglês novamente, tocou seu ombro e voltou a falar.

-Lewis, acho que é justamente nos momentos mais difíceis, nas situações de frustração, que se comprova a força e o caráter de cada um. - Lewis fechou os olhos sentindo um sorriso se abrir em seus lábios. - Tornando os problemas, as críticas e frustrações em estímulos, para dar a volta por cima. Lembre-se que na adversidade uns desistem, enquanto outros quebram recordes. - Deu um sorriso antes de girar nos calcanhares e caminhar novamente para dentro. - E eu acho que você está no segundo grupo, Lewis!



XXX


-Eu estou um caco. – disse enquanto se jogava no sofá ao lado do marido.
- Eu nunca achei que esse tipo de coisa fosse cansar tanto. – observou.

Ele e a esposa estavam exaustos, haviam acabado de ajeitar as coisas no lado externo da casa, se despediram dos amigos e viram os filhos tomarem os próprios quartos para descansarem da noite.
Foi tudo amigo, esplêndido e a única coisa que ainda queria, era colocar seus olhos na esposa e apreciar sua beleza.

-Querida, o que acha que viajarmos semana que vem?
-O que? Como assim?
-É, eu trabalho tanto, estou sempre viajando. - Contou o marido. - Podemos ficar uns dias desligado, ir para Grécia, Maldivas, e vários outros lugares.
-Você está bem? - estreitou os olhos. - você não gosta de fazer as coisas em cima da hora.
- Não gosto mesmo; mas quero fazer algo diferente. -Contou. -
-Eu te amo, meu amor! E vou com você para qualquer lugar. - pulou do sofá e buscou o celular. - O que está fazendo? – A mulher questionou sorrindo enquanto observava o marido escolher uma música.
- Vem comigo. – se aproximou da esposa e estendeu a mão, convidando-a para uma dança.
- Você é mesmo louco. – sorriu e segurou a mão do marido.
- Apenas louco por você.

Coloque a música para tocar

Os primeiros acordes de Close To You, de Carpenters, puderam ser ouvidos e envolveu a cintura da esposa, aproximando-se dela o máximo que poderia. O cheiro dos cabelos dela o fizera lembrar de quando se beijaram pela primeira vez, antes daquele dia já tinha certeza de que aquela seria sua mulher pelo resto da vida.
era a mulher mais feliz do mundo naquelas ocasiões, quando na simplicidade de um momento a dois o marido conseguia demonstrar com doçura todo amor que possuía. Já estavam há mais de uma década juntos, mas as sensações nunca mudavam. Ainda sentia as borboletas no estômago, sentia a boca seca e as mãos suadas.
era sua combinação perfeita, o seu grande amor e ela sabia que num mundo como o que viviam, encontrar algo assim era raro, um presente.
Enquanto os dois dançavam suavemente, seguindo a melodia calma da música, os corações e pensamentos estavam compassados. A gratidão e o amor que transbordavam poderia ser sentido, tocado, visto devido sua força e intensidade.

-Eu amo tanto você. - Ele disse baixo. - E eu quero morar dentro dos seus braços pela eternidade. - Beijou suavemente o rosto da mulher.
- Você já mora, meu amor. – respondeu. - Desde o dia em que nos conhecemos, tudo é sempre sobre você.
- Que bom, porque se você resolver colocar outro no lugar eu ficaria bem chateado. – brincou.
- Isso nunca vai acontecer. – riu. – Você me deu tudo que uma mulher pode desejar, me deu amor, me deu paz, me deu família.
- Eu sou o que sou, Vivi, por que tenho você. - Ele beijou a testa demoradamente. - Nós construímos um Legado juntos, e nossos filhos vão seguir nossos passos. Obrigado, por me ensinar o que é o amor. - Tocaram os lábios levemente, os corações descompassados.
- Obrigada a você, por me deixar te amar.

Até os mais descrentes acreditariam no amor verdadeiro depois de observar aquele casal por alguns segundos.
O amor transforma e com certeza, se tratando de e o amor era como a mais pura magia, a mais pura força arrebatadora, linda e contagiante. E naquele momento os dois sabiam disso, sabiam que ficariam juntos para sempre não importando para onde o destino os levasse, uma alma sempre encontraria a outra pois só assim poderiam viver plenamente.



FIM!!...



Nota da autora: É apenas um SpinOff, qualquer relação com a realidade é mera coincidência.
Eu trouxe esse especial de natal para vocês, primeiro porque eu sou apaixonada por vocês, que foram presentes que Legado me trouxe esse ano, e eu sou grata por todo esse carinho!
Segundo, eu sou tão apaixonada por Ayrton e Vivian, que acho uma maldade eles não estarem mais juntos, e eu escrevi para homenagear esse casal que me ensinou muito sobre o amor!
Afinal, o natal é sobre isso, sobre família e amor!
Eu espero que tenham gostado, e se emocionado, assim como eu, quando escrevi!
Como vocês já sabem o Disques está com problema, mas caso queria fazer uma autora feliz, comente sobre essa fic clicando: AQUI.



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