Finalizada

Capítulo Único

A última coisa que pensava que viveria era aquela cena: com uma garrafa de uma bebida que ela não reconheceu de longe, sentado na ponta do trampolim da piscina, na área que estava totalmente vazia do hotel em que ela estava hospedada. Aquele nem era o hotel que a seleção estava hospedada, nem se quisesse conseguiria ficar no hotel deles, mas era perto, porque ela queria mesmo um dia se esbarrar com um deles e quem sabe um dia ser convidada para as festinhas na casa do menino Ney. tinha saído para tomar um ar, depois da derrota do Brasil contra a Croácia, tinha assistido o jogo no estádio e não conseguiu baixar a adrenalina, precisava de um ar fresco e suas amigas, que já estavam até dormindo naquele horário, não a acompanharam, estavam tão chateadas que nem energia para uma volta na área desativada do hotel, que elas tinham descoberto depois do jogo contra a Suíça, elas conseguiram dar.
— Se alguém te pegar bebendo aqui, em área comum, você não vai preso, não? — Ela perguntou quando chegou perto e percebeu que ele estava chorando, ainda com o uniforme que usou no jogo, quer dizer, com a camisa pendurada no ombro, a bermuda no corpo e as chuteiras em um canto perto das escadas.
— Eu não ligo! — Ele disse, levando a garrafa aos lábios e tomando um gole generoso, fazendo uma careta logo em seguida e enxugando as lágrimas.
— Pois deveria, porque eu nem sei quem procurar se os cara te levar. — disse parando perto do trampolim e olhando para ele que balançava as pernas. E balançou os ombros, quando ela terminou de falar.
— Eu já perdi minha oportunidade de ganhar a copa do mundo, não tô nem aí se eu for preso — Falou a última frase em um tom mais alto fazendo com que quisesse jogar uma daquelas chuteiras na cabeça dele.
— E você vai estragar a sua brilhante participação nessa competição, porque perdeu? Toma vergonha na sua cara , você joga muito, ta voando no seu clube, parece ser gente boa pra caramba, fez gol mais bonito da copa e só a minha opinião importa. E vai jogar tudo fora com um escândalo, sendo preso por beber, porque perdeu um jogo, francamente, eu era sua fã, mas agora, perdi até o tesão em te acompanhar nos campeonatos ingleses. Você sabe como é difícil para mim acompanhar a liga inglesa? Pelo amor de Deus! — Ela disse em um tom repreendendo-o e fazendo com que a postura dele mudasse pela primeira vez em toda aquela conversa estranha que estavam tendo. — Por um lado é bom, né? Porque eu não vou mais precisar acompanhar, se bem que, se você se envolve em um escândalo, seu time pode querer contratar o camisa 9 da Coréia e até que ele joga bem, e é um gracinha. — soltou uma risadinha constatando o que tinha acabado de dizer. Viu quando ele tampou a garrafa, jogou a camisa dos ombros no chão e ficou olhando para ela. — Não pu… — E o som do impacto do corpo dele na água foi alto, porque estavam sozinhos naquela área e boa parte da água espirrou nela. — …le nessa água, que a gente não sabe se tá limpa. — disse sem energia o final da frase, vendo que ele tinha feito o que ela tentou prever e alertar.
— O que? — Ele disse depois que subiu do seu mergulho e ficou na borda da piscina, olhando para ela.
— Essa área está desativada desde antes da gente se hospedar aqui, eu não sei e nem acho que essa água esteja boa para nado. — Disse olhando a cara de espanto que ele fez, e vendo sair da piscina de forma desengonçada.
— Meu… — Ele começou a rir no meio da frase. — Deus! Tudo bem ir preso, né? A seleção deve ter um advogado bom para me tirar do xilindró, mas se eu ficar doente, aí fudeu, fudeu grandão. — O tom dele desesperado só fazia com que risse mais.
— Talvez seja só proibido, uma área vip ou alguma coisa do tipo, às vezes nem é por contaminação da água. — Ela tentou consolar ele, mas não adiantou muito, ele arregalou ainda não os olhos.
— Você tá querendo me assustar, moça? — Ele perguntou parado, pingando, em frente a ela.
! — Ela estendeu a mão.
— Que? — ficou confuso com aquela resposta.
— Meu nome não é moça, meu nome é , é um prazer te conhecer. — Ela continuou com a mão estendida, e com um sorriso lindo nos lábios.
— Ah tá! — Apertou a mão dela em cumprimento e aproximou os rostos para um beijo na bochecha, como se cumprimentava de onde ele vinha. — Prazer!
What are you doing there? — Alguém gritou de longe, apontando uma lanterna em direção à eles.
— What you… O que ele disse? — perguntou confuso, porque a pronúncia do segurança não era tão boa e o inglês dele também era um caso sério.
— Ele tá perguntando o que estamos fazendo aqui. — disse soltando a mão dele e se abaixando para pegar as chuteiras dele que estavam no chão, bem como a camisa que estava ali perto. — O que você está fazendo? — Viu o homem com os braços levantados se "rendendo" como se estivesse sendo abordado em um enquadro.
— Ele está apontando alguma coisa para nós. — Ele disse como se silabasse aquelas palavras, para não fazer nenhum movimento brusco.
— É uma lanterna seu tonto. Vamo, se formos pegos aqui, sozinhos, nessa área escura, capaz de sermos presos e Deus sabe o que pode acontecer comigo. — pegou um dos braços de que estava para o alto e o puxou para a parte oposta em que o segurança do hotel estava.
Stopped! Get back here!!!! Stopped! — O homem que vestia as vestes culturais do país saiu correndo atrás deles, que por estarem com roupas melhores, conseguiram dar um pico e sumir das vistas do homem, que gritou mais algumas vezes para que eles parassem onde estavam e voltassem.
Correram tanto que acabaram saindo do hotel pela área inferior, por onde saiam as entregas e o caminhão de lixo, e correram de mãos dadas por mais algum tempo, até que pararam na parte de trás também, do hotel em que a seleção estava hospedada.
parou de correr, quando tinha plantado os pés na calçada, perto do hotel. Ele percebeu que estavam sendo seguidos, mas não era pelo segurança ou pela polícia do lugar, podiam ser fãs, jornalistas, ou sensacionalistas querendo um furo de reportagem, já que eles não estavam mais na competição. Algumas pessoas sempre cassavam algumas fofocas para manter o interesse do público em alta, sempre!
— Vem! — Dessa vez foi ele quem disse, mudando as posições das mãos, onde ele segurava de leve o pulso dela, para que conseguisse guiar a rota de fuga deles.
— O que foi? — perguntou, enquanto corria com ele para dentro do prédio.
— Tem alguém seguindo a gente! — Ele disse, olhando ao redor para ver se encontrava algum segurança da seleção.
Antes que ela pudesse falar, ele, sem soltar o pulso dela, encontrou um segurança da seleção, conversou sobre possíveis fotos e pessoas indesejadas os seguindo e entrou no elevador com ela, que já não estava mais entendendo nada o que estavam fazendo e porque ele estava arrastando ela para o elevador.
— Onde estamos indo? — Ela perguntou, quando ele ainda segurava o braço dela, e o elevador subia para o andar em que ele estava hospedado.
— Eu preciso tomar um banho, porque estou todo molhado e eu quero que saia em segurança daqui, então, os seguranças vão fazer uma ronda pelos arredores, para que ninguém te siga e te faça alguma coisa, eu prefiro que espere comigo, para que eu saiba que está tudo bem. — Soltou o braço dela quando o plim do elevador soou e o andar chegou.
Eles foram para o quarto, e ele deixou deitada, toda esticada na cama, enquanto tomava um banho para tirar aquela água que eles não sabiam a procedência, do corpo dele, ela esperava pelo contato com seguranças.
— Já pensou sai nos sites amanhã ", curte noite pós eliminação da seleção com mulher misteriosa" e a gente nem sequer deu um beijinho para que eu leve a fama de mulher misteriosa. — disse depois que ele saiu do banheiro, só vestindo uma bermuda preta que desenha a linha de seu quadril e uma toalha felpuda, secando os cabelos curtos que estavam úmidos.
— Seria engraçado, mas iam me cancelar. — Ele disse abrindo a porta do guarda roupas, olhando alguma coisa que não quis saber o que era.
— Seria um desperdício de fofoca. — Ela disse se levantando e sentando na cama. Estava ficando entediada. — Porque é mentira!
— A gente pode fazer ser real. — Ele disse, colocando a cabeça para fora da porta onde conseguiu ver o rosto dela que sorria grande.
— Eu não ia reclamar se a gente desse uns beijinhos. — Ela disse animada, não reclamaria mesmo, tinha desenvolvido um crush naquele homem que nem ela sabia de onde tinha vindo.
— Demorou então!
Saiu de onde estava, colocou a toalha sobre a cama perto de , que levantou, olhando para o rosto dele, que travou o maxilar, fazendo a cara de sério que tanto gostava, ela quase derreteu ali na frente dele, ainda não acreditava que estava ali, prestes a beijar um dos seus maiores ídolos do futebol atual e como aquele encontro tinha sido genuíno, parecia que eles se conheciam fazia muito tempo.
Sem muita enrolação, ele segurou a cintura dela e a outra mão levou até o rosto, os olhos sempre profundos nos dela, e quase perdeu o fôlego, só com aquele olhar e aquela pegada. Quando os lábios se encontraram, era como se o Brasil tivesse de fato ganhado aquela copa do mundo, o beijo lento, calmo, com um fundinho de gosto de pasta de dente misturados com o whisky que ele tomava mais cedo inebriou todos os sentidos de . Que só saiu daquele "transe" de sentimentos, quando eles partiram o beijo, com alguém batendo na porta.
— Espera aqui! — disse baixo, também inebriado por aquele beijo e foi até a porta atender, provavelmente era o chefe da segurança, com alguma novidade sobre a ronda.
escutou um dos homens falando para que estava tudo bem agora e que era seguro que a mulher fosse embora. Uma de suas amigas também tinha mandado mensagem, preocupada com o paradeiro da amiga, então era mesmo hora de ir embora. — Voltei! — Ele disse com o grande sorriso nos lábios.
— E eu vou embora! — disse, sorrindo também e vendo o sorriso dele perdendo o brilho.
— Não gostou do beijo? — A expressão de confusão se instalou no rosto dele pelo que julgou ser a terceira vez naquela noite.
— Eu amei e amei a nossa aventura, mas você precisa descansar, eu não quero que você leve bronca por ter uma torcedora no seu quarto e minhas amigas estão preocupadas. — foi sincera com tudo, sentiu que tinha de ser assim.
— Eu entendo, mas você pode me passar seu número, pra gente ir se falando? — perguntou, pegando o celular do móvel e entregando para a mulher.
— Claro, é para me chamar mesmo, viu? Ou eu exponho nosso romance na internet. — Disse rindo, assim que terminou de gravar seu número ali.
— Você é bem doidinha, não é? — disse rindo da cara de deboche que ela fez. — Toma, leva isso para você ter uma prova do nosso romance. — Ele disse, entregando a camisa que carregava quando ela encontrou ele na piscina. Era uma camisa especial, tinha jogado com ela naquele dia e sabia que, como fã, seria especial para ela também.
— Obrigada, lindo! — Ela colocou a camiseta no corpo, porque não tinha onde colocar, já que não tinha nenhuma bolsa com ela, nem nada. Deu um selinho nos lábios dele e saiu pela porta.
só acreditou que aquilo tudo tinha acontecido mesmo, porque estava com a camisa, com o cheiro dele no corpo, porque se não, nem ela acreditaria naquela loucura que viveu aquela noite.



Fim



Nota da autora: Olá Jiniers, como estamos? FINALMENTE A FIC COM O RICHIE VEIO AI NAÇÃO, EU TÔ MUITO EMPOLGADA COM ELA, AAAAAAAAAAAAAAAAH. Espero que goste e não esquece de comentar, ok? .
ps: Se quiser conhecer mais fanfics minhas vou deixar aqui embaixo minha página de autora no site e as minhas redes sociais, estou sempre interagindo por lá e você também consegue acesso a toda a minha lista de histórias atualizada clicando AQUI.
AH NÃO DEIXEM DE COMENTAR, ISSO É MUITO IMPORTANTE PARA SABERMOS SE ESTAMOS INDO PELO CAMINHO CERTO NESSA ESTRADA, AFINAL O PÚBLICO É NOSSO MAIOR INCENTIVO. MAIS UMA VEZ OBRIGADA POR LEREM, EU AMO VOCÊS. BEIJOS DA TIA JINIE.   



 

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