photo nfcapa_zpsyd1qk6re.jpg



Última atualização: Dezembro/2016

parou por alguns segundos, respirando fundo antes de tocar a campainha. Não tinha certeza se estava pronto psicologicamente para aquilo, mas não tinha muita escolha. Olhou para a própria roupa, passando a mão pelos cabelos cheios de gel, tentando confirmar que estavam alinhados. Prendeu a respiração por alguns segundos quando viu a maçaneta girar, e pouco depois a grande porta de carvalho abrir-se, soltou todo o ar preso em seus pulmões quando seus olhos focaram o rosto sorridente da namorada.
- Mein Gott, ainda bem que foi você quem abriu, acho que eu infartaria se fosse seu pai logo de c… - olhou assustado para o lado, quando Benjamin apareceu atrás da filha, arqueando a sobrancelha para o jogador. - Erm… Boa noite, senhor! - tentou sorrir educado, esticando a mão para o mais velho.
Benjamin olhou para o jogador dos pés a cabeça, parando seu olhar no rosto do alemão, encarando-o por alguns segundos, virou-se para a filha, que encarava os dois, aguardando a reação do pai, então ignorou a mão esticada e levemente trêmula, puxando o jogador para um abraço rápido e desajeitado.
talvez tenha esquecido como respirar por alguns instantes, relaxando momentaneamente quando o homem soltou um “welcome” animado. Ben virou-se para a filha sorridente, antes de afastar-se, voltando para perto dos parentes que já estavam espalhados pela casa.
- Respira, ! - riu baixo, antes de abraçá-lo.
- Fácil para você falar, não é? - sussurrou contra o pescoço da namorada, ainda sentindo a respiração falha - Meus pais já te conheciam, e minha mãe te adorava antes mesmo de começarmos a sair… - comentou enquanto ela afastava-se minimamente, beijando-lhe nos lábios em um selinho demorado.
- Não seja exagerado, meu pai não vai te bater nem nada do tipo, - avisou rolando os olhos, puxando-o pela mão em direção ao outro cômodo, deixou a mala que trazia consigo no canto do hall de entrada, para guardá-la mais tarde - e uma coisa era conhecer seus pais, outra foi conhecer sua família inteira!
- É, mas foi a sua família que me ouviu dizendo que tínhamos transado… - baixou o tom para garantir que ninguém mais escutasse, não precisava do sogro re-lembrando aquele episódio vergonhoso.
riu baixinho e, ao olhá-la, pronto para pedir que ela não risse daquilo, pois aquele momento ainda o fazia ter pesadelos, reparou no quão bonita ela estava. A doutora usava um vestido vermelho curto, pouco acima do joelho, com um decote grande, embora não chegasse a mostrar os peitos, e bem aberto nas costas, a maior parte dos cabelos estava solta, com pequenas ondas nas pontas, tendo apenas uma presilha dourada prendendo alguns fios. Uma maquiagem marcando os olhos e um batom vermelho. Usava também um salto preto, deixando-a na mesma altura que ele. Por um instante o jogador se perguntou como não tinha reparado nisso antes, mas quando ela tornou a virar-se para olhá-lo, tudo o que passou por sua cabeça era o quão sortudo ele era por tê-la conquistado depois de tanto tempo.
- Mas você está bonitona hoje, ein? - elogiou-a, vendo as bochechas da mulher ganharem um pouco de cor e uma risada logo chegar aos seus ouvidos.
- Como eu disse, é um rapaz maravilhoso, não é verdade? - Audrey disse sorridente para algumas das pessoas que estavam espalhadas na sala. - Oi, querido! - adiantou-se para abraçá-lo.
sentiu-se nervoso por, novamente, falar demais na frente da família da mulher. Queria saber quando iria parar de passar vergonha na frente dos mas, aparentemente, aquilo era algo que levaria mais tempo do que ele gostaria.
- Como vai, Sra. ? - perguntou educadamente, após abraçá-la.
- Já conversamos sobre este senhora, não é mesmo? E eu estou bem, obrigada. Uma pena que sua família não pode vir junto… - lamentou, apenas deu de ombros, sem saber como reagir.
A verdade era que sua família poderia ter ido, e no momento ele até queria ter mais alguns no meio de tantos , talvez se sentisse mais à vontade, mas seus pais e suas irmãs não pareceram muito contentes em ter que viajar para a Inglaterra para passar uma data importante com a família de , por mais que gostassem dela. Sem contar que os pais do jogador sentiram-se um tanto intimidados quando contou sobre a família da namorada, além do dinheiro que tinham, todos eram muito finos, e os pais do jogador não tinham certeza se saberiam se portar na frente deles, já que sempre foram mais simples. Foi de certa forma uma boa coisa, não que o alemão achasse que teria vergonha do comportamento dos pais, mas evitava ter os dois contando algumas histórias constrangedoras sobre ele, como já tinham feito algumas vezes com a namorada. já conseguia passar vergonha sozinho da frente dos sogros, não precisava de mais ajuda para isso.
- Pois é… A família é grande, sabe? Tem muita criança… - sorriu sem graça, tocou-lhe a mão, tornando a puxá-lo para perto da família, apresentando-o para os avós, tios, tias e primos. tinha uma família grande, mas era a parte de casa, diferente de que só tinha os pais, nunca realmente pensou que a mulher tivesse tantos parentes, e voltou a sentir-se nervoso ao notar que era o centro das atenções, pois todos pararam para analisá-lo quando ele entrou no cômodo. Agradeceu a si mesmo por ter escolhido uma roupa bonita e um tanto formal; jeans escura, uma camisa social preta, gravata vermelha e sapatos sociais, além do casaco preto que pegou assim que ele sentou-se no sofá. Os dois ficaram juntos por alguns instantes, enquanto a inglesa tentava fazê-lo sentir-se mais à vontade, e relaxar um pouco.
Após serem apresentados, os homens não pareceram mais tão interessados no jogador, enquanto fumavam charutos e bebiam whisky, conversando sobre negócios, política e tantas outras coisas que não fez questão de entender. As tias e primas de , por outro lado, pareceram animadíssimas com o namorado jogador. Num primeiro momento, ele notou, as mulheres o comparavam com David, ex-noivo de , mas, após Audrey começar a elogiá-lo, as outras seguiram a mesma linha, o que, em alguns momentos, o deixou sem graça. Mas que o fez sussurrar para a namorada um “adoro sua mãe!”, depois que a mulher tornou a elogiá-lo, dizendo que tivera muito bom gosto ao escolher .
- Não acho que tenha acontecido bem assim, mas… - a mulher deu de ombros, um tanto constrangida. Não gostava muito da ideia de falarem que ela “deu sorte” ou “tinha bom gosto”, não achava que um relacionamento deveria basear-se nas qualidades físicas do casal, mas não iria se indispor com todos, ainda mais no dia em que o restante da família estava conhecendo seu namorado.
- Na verdade, acho que fui eu quem dei muita sorte, me conheceu numa fase ruim e meu temperamento costumava ser dos piores na maior parte do tempo… Acho que, de alguma forma, ela gritando comigo me ajudou um pouco… - riu baixo, lembrando-se de alguns momentos que achava que iria apanhar da mulher.
- Realmente, você não foi dos melhores pacientes que eu já tive, … - sorriu passando a mão nos cabelos do jogador - Ainda bem que com o tempo você melhorou… - piscou divertida, vendo-o fazer uma careta leve.
- Deve ser tão legal namorar um jogador! - uma das primas adolescentes de sorriu animada.
- Não o tempo todo, - a mulher riu - muitas fãs querendo agarrá-lo!
- E quando vai ser o casamento? - uma das tias de perguntou animada, virou-se para a namorada, franzindo o cenho por alguns instantes. Tinha certeza que em algum momento alguém começaria esse assunto, mas não achou que seria tão rápido.
- Hm… Ainda não começamos a falar sobre… - deu de ombros, um tanto constrangida.
- Acredito que temos alguns anos para começar a pensar sobre essas coisas… - deu de ombros, sorrindo tranquilo.
- Anos? Querido, quantos anos você tem? - uma outra tia perguntou.
- Trinta…
- Pois é, talvez anos não seja a palavra… Se vocês pensam em formar uma família e…
- Tia! - choramingou - Não vamos entrar nesse assunto hoje, né? Ou daqui a pouco minha mãe já vai sair fazendo uma lista de convidados…
- Mas será algo importante, vocês dois tem muitos contatos, mais ainda por ser jogador…
- Mãe!
- Deixem os dois em paz! - a avó de reclamou impaciente, a senhora tinha os cabelos todos brancos, e rugas por todo o corpo, era pequena e estava sentada na poltrona mais confortável da sala, apoiando as mãos na bengala que usava. - São jovens, não tem que correr pensando em casamento, filhos e nada disso. - abanou a mão - Deixem os dois continuarem trabalhando e aproveitando as vantagens do namoro, depois que casam vocês sentem falta de passar o tempo longe um do outro!
sorriu agradecendo pelo apoio, contrariando as mulheres e mesmo , que não pareceu tão confortável com o comentário. a olhou com o cenho franzido, vendo-a sorrir de lado.
- Ok, okay, já que minha sogra não vai me deixar entrar no meu assunto favorito... - Audrey ergueu os braços - Vou ver se já está tudo pronto, e vou precisar de ajuda na cozinha! - entendendo a indireta, e parte das tias e primas levantaram e seguiram a mulher, a qual dispensou a ajuda de quando ele fez menção de se levantar.

O jogador, que esperava a namorada voltar, e já não era o centro das atenções da avó de , que no momento conversava com uma das netas, olhou ao redor da casa, notando o quão grande era. Só aquela sala tinha mais da metade do tamanho de seu quarto, a árvore de natal enfeitada mais ao canto era enorme, uma das maiores que já tinha visto, cheia de presentes envolta. Perguntou-se mentalmente o que teria comprado para ele, a mulher era boa em guardar segredos, e não lhe deu nenhuma pista do que poderia ser. Focalizou os presentes que ela trouxera dias antes, enquanto ele ainda estava na Alemanha, nada muito exagerado, mas que ele esperava que os pais dela gostassem.
Era fácil distrair-se estando ali sozinho, enquanto tomava alguns goles da cerveja em suas mãos, mesmo entendendo o que eles diziam, inglês ainda não era algo tão automático para ele. Se prestasse atenção poderia participar das conversas, mas no momento estava mais distraído com a decoração natalina do lugar.
Lembrou-se de quando a mulher disse que, embora não gostassem tanto da data, seus pais faziam questão de comemorá-la da melhor forma possível, pois era a data favorita de Nathan. E era devido a isso que, todos os anos, todos os se juntavam para passar aqueles dois dias juntos.
sentia-se quase como um intruso ali, mesmo que tivesse sido deixado claro por e seus pais que eles ficariam muito felizes se ele pudesse passar o Natal em Londres. O jogador colocou a mão no apoio do sofá branco, grande e confortável que estava sentado, parecia tão confortável quanto sua cama. Pegou o porta-retratos que estava na mesinha ao seu lado, vendo uma foto de e Nathan pequenos; Estavam sentados juntos em um barco, Nathan vestia apenas um calção azul e óculos de sol, os cabelos arrepiados e a pele bronzeada, tinha o braço direito sobre os ombros da irmã, que vestia um colete salva-vidas por cima do maiô colorido, e segurava um coco verde. olhava sorridente para o irmão, mesmo com o canudinho colorido da bebida entre os lábios, enquanto Nath sorria para a câmera, ao fundo o oceano azul, as águas brilhando com o reflexo do sol.
- Se não me engano, fui eu quem tirei essa foto! - Ben falou sentando-se ao lado do jogador, que olhou-o levemente assustado, por não ter notado sua presença. - Foi no aniversário de oito anos da , ela tinha pedido para ver os golfinhos aquele ano, queria nadar com eles, porque viu uma foto do Nathan fazendo a mesma coisa anos antes, quando ela ainda era bebê… - contou nostálgico, sorrindo para a foto que ainda segurava. não soube o que responder de imediato, por fim suspirou, deixando o olhar baixar para a imagem em suas mãos.
- Eu sinto muito… - disse baixinho, vendo o homem concordar com um aceno. Benjamin tinha um copo de whisky pela metade em mãos, o rosto um tanto corado devido ao álcool que já tinha ingerido durante o dia.
- Eu acho que todos sempre sentiremos, principalmente nessa época do ano. - desabafou em um sussurro, ficando em silêncio por alguns instantes. - Soube que você tem uma família grande, não é? - perguntou de repente, embora pudesse notar os olhos marejados do homem, e a voz um pouco abafada.
- Sim, senhor. Duas irmãs mais velhas,são gêmeas… - sorriu de lado.
- Sobrinhos e sobrinhas?
- Sim, tenho cinco; gêmeos e trigêmeos… - riu da cara de espanto do homem.
- sabe disso? Talvez ela devesse começar a se preocupar com essa história de muitos filhos de uma só vez…
- Eu, sinceramente, espero que não aconteça… Acho que mal daria conta de ajudar a cuidar de um, imagina de dois gritando ao mesmo tempo… - negou com a cabeça, vendo o homem sorrir, concordando.
- Não deve ser fácil mesmo… Nathan sempre deu mais trabalho, era mais agitado. gritou muito no primeiro mês, mas do segundo em diante estava sempre quietinha. - relembrou pensativo - Nath só foi começar a dar menos trabalho aos três anos, quando começou a ir para a escola, porque se cansava muito brincando, então quando voltava dormia cedo… - riu de leve, passando a mão na barba rala.
- me disse que ele gostava muito de esportes, não é?
- Sim, sim. - sorriu orgulhoso - Era do time de críquete da escola, e adorava jogar golfe, era muito melhor do que eu… - revelou rindo baixo - Duas vezes por mês íamos jogar no clube aqui perto, ficávamos amanhã inteira jogando, ele sempre ganhava sem o mínimo esforço… Era um tanto frustrante na verdade… - Ben terminou sua bebida e passou alguns instantes em silêncio, sorrindo triste - Fico imaginando se ele teria continuado a jogar… Tentando se profissionalizar ou realmente seguiria a faculdade de biologia que ele queria… - falou baixo, quase em um sussurro. - Nath era muito talentoso, sabe? Muito bom com pessoas e com animais… Estava sempre rindo, fazendo alguma piada… Quando era mais novo, tivemos um jantar importante no hospital e, enquanto eu estava discursando, comecei a ouvir alguns gritos animados, risadas altas… Pouco depois um dos organizadores apareceu, dizendo que uma das crianças levou as outras para brincar na fonte… Eu sabia quem era era o responsável, sem nem precisar olhar...
riu baixo, sem saber o que deveria dizer para o homem, Ben permanecia com os olhos marejados e fungou algumas vezes. Parecia perdido em lembranças, e por alguns instantes, se perguntou há quanto tempo o homem não falava sobre o filho. lhe dissera que quase não falavam de Nathan entre eles, porque era difícil, mas seus pais continuavam indo se consultar com um psicólogo uma vez por mês, e ela sabia que na maioria das vezes só queriam falar sobre ele com alguém.
- Tenho certeza que ele seria uma ótima pessoa… - se pronunciou baixo, olhando para a foto que permanecia em suas mãos - Do tipo que sempre ajuda o próximo… Benjamin suspirou, concordando com um sorriso triste.
- Ele poderia ter sido qualquer coisa… - disse com a voz embargada - Às vezes me pergunto se tomamos a decisão certa…
- Eu sei o que me contou sobre ele, e, bem, Nathan parecia uma pessoa ótima para se ter por perto, e todas as fotos que vi dele, estava sempre feliz… - começou sem jeito, atraindo o olhar do mais velho - Tenho certeza de que vocês foram ótimos pais para ele, da mesma forma que são para … Foi pouco tempo, mas tenho certeza que todos os anos que ele teve foram muito bons com vocês três…
notou quando o homem passou a mão pelo rosto, limpando uma lágrima que escorreu por seus olhos. não sabia se seria certo abraçá-lo, ou algo do tipo, por isso ficou em silêncio, olhando para a imagem de Nathan sorridente, e rindo para o irmão mais velho. Logo sentiu um aperto em seu ombro, virando-se para o lado, notou Benjamin olhando para baixo, pensativo, mas mantendo o aperto em seu ombro, como um agradecimento em silêncio.
Virou-se para o jogador logo depois, encarando-o por algum tempo, pensando no que falar; - Eu não diria que você é a melhor escolha que eu faria para a minha filha, sabe?
o olhou surpreso, sem saber o que responder e, novamente, sentindo a tensão voltar.
- Não me entenda mal, , mas… Bem, digamos que a fama de jogadores não é a melhor, huh? Hoje você está com a , amanhã pode estar com alguma modelo…
- Senhor…
- Espere eu terminar, ok? Depois você fala o que quiser e eu escutarei… Pensando bem, - Benjamin levantou-se - Vamos até meu escritório.
O alemão parou por alguns segundos, olhando para os lados, esperando que alguém dissesse alguma coisa, de preferência que aparecesse dizendo para o pai deixá-lo em paz. Mas não aconteceu, ninguém parecia notar que , talvez, estivesse indo de encontro com algum perigo mortal.
E se o homem tivesse uma arma?
E se tivesse o convidado para o Natal, para aproveitar que estava com os homens da família, e todos eles resolvessem dar uma surra em ? Para ele afastar-se de ?! Deus, e se ele tivesse que brigar com o homem? Algum tipo de duelo moderno pela mão da namorada? O que ele faria?
Respirando fundo, colocou o porta-retratos no lugar, e virou o resto da cerveja em um só gole, seguindo o homem pelo corredor até o escritório.
Na verdade, ao passar pela porta, achou que aquilo estava mais para uma enorme biblioteca; forrada de livros nas estantes, e com uma enorme mesa de mogno ao fundo da sala, com uma cadeira preta de couro, e mais duas cadeiras do mesmo material na frente, embora não tão grande quanto a principal. O deixou seu copo vazio sobre a mesa, sentando-se na cadeira e acenando para o jogador fazer o mesmo, sentando-se à sua frente.
- Nunca conversamos adequadamente sobre isso, não é? - começou sereno, vendo o homem parece cada vez mais nervoso. - Eu sei, de uma forma não muito agradável o que aconteceu entre vocês dois - arqueou a sobrancelha significativamente para o jogador, que baixou a cabeça, sentindo o rosto esquentar -, escutei todos os gritos, mas admito que por muito tempo fui contra esse relacionamento. - suspirou passando a mão pela barba - Você é um ótimo profissional, muito habilidoso, mas nunca soube como você era de verdade fora dos campos.
concordou com um aceno, arriscando olhar para o homem à sua frente.
- Eu sei o que pode parecer senhor, mas… - respirou fundo - Eu realmente gosto da sua filha, e, acredite, eu tentei muito não gostar dela como eu gosto. Principalmente quando ela me dispensou… - sorriu sem graça.
- Eu soube dessa história…
- Não vou mentir para o senhor, dizendo que sua filha é única na minha vida, quer dizer… - enrolou-se para explicar, novamente sentindo-se nervoso com a situação - Ela é única, agora, mas realmente já sai com várias mulheres, sendo a grande maioria só por diversão… Tive um relacionamento sério, há alguns anos, achei que me casaria com ela e tudo, - mexeu-se na cadeira, desconfortável ao precisar explicar sobre o assunto - Não foi um término fácil, e talvez tenha sido por causa disso que eu comecei a sair com várias garotas, sem realmente me importar com nenhuma, entende? Mas… - passou a mão pelos cabelos, antes de voltar a encarar o homem - Mesmo quando estava nesse relacionamento, não era a mesma coisa de como é agora… É muito clichê isso, mas eu nunca me senti da mesma forma que eu me sinto quando estou com a sua filha… Eu não sei dizer se vamos estar juntos daqui dois, três anos, eu realmente espero que sim, é uma pessoa maravilhosa, e a mais importante da minha vida nesse momento, mas eu não posso prever o que vai acontecer em dez anos… Eu só posso prometer ao senhor que vou fazer o possível para deixá-la feliz no dia-a-dia, porque é assim que ela faz com que eu me sinta… Todo dia.... Eu amo sua filha, senhor, mais do que ela imagina, e mais do que eu gostaria de admitir para mim mesmo…
Benjamin cruzou os braços, encarando-o por alguns instantes.
- Então você, realmente, vai deixar essa sua vida de jogador solteiro de lado, não é?
- Eu já deixei - deu de ombros -, se for pensar bem, desde que eu conheci sua filha, não exatamente por vontade própria, mas… - suspirou não querendo se prolongar naquela memória, tornando a olhar para o pai da namorada - Não foi o momento mais fácil da minha vida perceber que eu estava apaixonado pela minha fisioterapeuta, e muito menos precisar ficar correndo atrás dela… Mas, certamente, foi o dia mais feliz que eu tive quando ela resolveu me dar uma chance… - respirou fundo - Eu amo tanto a , que eu não tenho palavras suficientes para explicar como ela me faz sentir, mas eu quero que ela sempre se sinta da mesma forma, e eu vou sempre fazer o possível para fazê-la sorrir, porque não tem nada que eu goste mais do que ouvir a risada dela…
Ben levantou-se, encarando o jogador por algum tempo, longo demais para os nervos do alemão, por fim o homem suspirou.
- Isso já é o suficiente, . Eu só preciso de alguém que faça minha filha feliz, e, não sei se estou realmente feliz com isso, mas eu sei o quanto ela gosta de você. Conheço minha filha como a palma da minha mão, eu sei quando ela está triste e quando ela está feliz, independente do que ela me diga. - deu a volta na mesa, parando ao lado de - Não importa se ela mora aqui, na Alemanha ou no Japão, não importa a vida que ela decidiu ter, ou se ela escolheu namorar um CEO de uma empresa ou um jogador de futebol, eu só quero ver minha filha feliz. E, se você é o cara que a proporciona essa felicidade, não tem muito o que eu possa fazer, não é mesmo? - sorriu para o alemão, riu aliviado, levantando-se rapidamente. - Mas, eu espero que você tenha visto o número de homens que estão nessa casa, - começou enquanto apertavam as mãos - se eu, imaginar, que você está fazendo minha filha sofrer,
- Acho que o senhor não precisa se preocupar com isso, se eu fizer alguma besteira, minha própria família vai dar um jeito de me ver sofrer… - sorriu de lado, vendo o inglês concordar rindo, colocando uma mão em seu ombro, apertando-lhe levemente.

ficou momentaneamente surpreso com o tamanho da mesa, acomodando confortavelmente todos os convidados, até descobrir que eram duas mesas de jardim, colocadas juntas na sala de jantar. sentou-se ao lado da namorada e, quando começou a olhar para as comidas, notou que tinham várias que ele não conhecia. deixou uma Mince Pie em seu preto, pedindo para ele experimentar, o jogador estava pronto para negar, olhando duvidoso para a massa, quando escutou Audrey dizendo que foi a filha quem tinha feito. Sobre o olhar atento na namorada, que permaneceu com a sobrancelha arqueada esperando ele experimentar, deu a primeira mordida.
Tinha um gosto diferente do que ele estava acostumado, uma mistura de frutas secas e um creme estranhamente gostoso.
- Olha, nada mal, ein? - virou-se para a inglesa, antes de morder mais um pedaço da tortinha.
- Ainda bem que você gostou, é a única coisa que eu sei fazer! - deu de ombros, rindo. - Vou ganhar tortinha de Natal o ano inteiro? - questionou fazendo uma careta.
Durante o jantar as conversas paralelas se espalharam pela mesa, até um dos primos de , Joe, que estava sentado ao lado de e parecia estranhamente nervoso, perguntar baixinho para o jogador se eles poderiam tirar uma foto mais tarde, para ele mostrar aos amigos. sorriu animado, concordando e começando um assunto com o adolescente, que parecia extremamente feliz por conversar com o alemão. O assunto dos dois acabou interessando os outros homens da mesa, que começaram a fazer várias perguntas para o jogador, sobre a fase do Borussia, sobre o campeonato Alemão, e, em determinado momento, se os boatos dele deixar o time eram verdadeiros.
- Deixem-no comer! - Elizabeth tornou a falar, chamando a atenção da família - Ele mal está comendo com vocês perguntando tudo isso ao mesmo tempo… Conversem sobre futebol mais tarde! - então a mulher virou-se para o homem, sorrindo calma - E se você sair do seu time, espero que seja para vir jogar na Premier League, de preferência em Londres! - piscou, fazendo-o rir concordando com a cabeça. A senhora era muito agitada para alguém na casa dos setenta, e parecia ter realmente simpatizado com o jogador, o que era sempre uma coisa boa, quanto mais parentes estivessem ao seu lado, melhor.
Não soube dizer o quanto tinha comido, mas chegou a considerar ter engordado uns dois quilos durante o jantar, quando largou os talheres em seu prato, respirou fundo, passou o braço sobre os ombros de , que virou-se para ele sorridente enquanto tomava seu suco. inclinou-se para o lado dela, sussurrando em seu ouvido, em um tom de voz malicioso, escutando-a rir em seguida, dando-lhe um tapa no braço;
- Eu vou receber meu presente de Natal antes de dormir?
Logo as crianças começaram a pedir pela sobremesa, e para abrirem os presentes, pois todos já tinham terminado o jantar. ainda escutou a mãe da criança mandando-a esperar, quando seu telefone começou a tocar. Pedindo licença, andou de volta para a sala, atendendo a ligação dos pais;
- Feliz Natal! - escutou assim que atendeu.
- Pirralhada! - falou animado, escutando a risada dos sobrinhos. - Já abriram os presentes?
- Ainda não, tio! - Olla gritou reclamando.
- Eles não querem nos deixar abrir! - Enno falou chateado.
- Deixa a gente abrir os seus tio!? - Lou pediu rindo.
- Se seus pais deixarem, é só pegar! - disse rindo, escutando-os reclamarem. - Deixaram sobremesa para mim, não é? - perguntou enquanto sentava-se no sofá, afrouxando a gravata.
- NÃO! - responderam juntos.
- Eu não acredito! Ninguém vai abrir presente nenhum! - reclamou ouvindo-os rir, apareceu sentando-se ao seu lado. O homem sorriu para ela, colocando o celular no viva-voz - Tia tá aqui!
- Oi tiaa!!! - gritaram ao mesmo tempo - Podemos abrir os presentes?
riu negando com a cabeça.
- Só quando seus pais deixarem!
- Nossa tia, você não é mais minha preferida! - Lou reclamou, e quase podia vê-lo cruzar os braços, emburrado.
- Cadê o Luke e a Mathilde? - perguntou, estranhando ao não escutar a gritaria dos gêmeos.
- Já foram dormir! - Olla contou rindo - Tia Mona disse que eles ainda estão pequenos para ficarem acordados…
- Mas vocês também são uns bebezinhos, por que estão acordados? - perguntou rindo, ouvindo-os gritarem indignados.
- Muito bem, já falaram com o tio e ele não deixou abrir os presentes, me passem o telefone! - Nika fez-se presente - Feliz Natal, ! Feliz Natal, ! Espero que meu irmão te dê um presente legal! - saudou rindo.
- Ainda não sei, mas te conto! Feliz Natal! - riu, passando a mão pelos cabelos do namorado, beijando-lhe a bochecha. - Eu preciso voltar pra perto da minha família, mas diga que estou desejando um feliz natal pra todo mundo!
Nika repetiu o recado e ao fundo pode-se ouvir vários “feliz natal”.
Quando se afastou, tirou do viva-voz, voltando a colocar o celular na orelha. - E aí, como estão as coisas? - sua irmã perguntou interessada.
- Tudo bem, acabamos de jantar… Meu deus, acho que engordei! - suspirou, passando a mão pela barriga, ouvindo a irmã gargalhar na linha.
- E os sogros?
- Melhor do que eu esperava… - contou animado - Acho que o pai dela está começando a gostar de mim!
- Olha só! Quem diria, ein? Se fosse comigo eu jamais te aceitaria!
- Nossa, muito obrigado. Não sabe como fico feliz ouvindo isso… - ironizou rolando os olhos.
- , você gritou na frente do homem que tinha dormido com a filha dele…
- Não precisa me lembrar disso, ok? - pediu em voz baixa, sentindo o rosto esquentar - Eu já lembro sozinho, não preciso de ajuda!
- Se comporte, durmam em quartos separados!
- Até parece…
- Mamãe quer falar com você, beijo! Tá todo mundo com saudades, e te mandando um beijo! Venha logo nos ver, e traga presentes!
- Você já ganhou seu presente…
- Não seja mão de vaca, você está na Inglaterra!
riu concordando, escutando a voz da mãe em seguida, desejando-o um feliz natal e dizendo o quanto sentiram a falta do jogador no jantar.
- Vou pra casa em dois dias, mãe, - sorriu - aproveita e faz uma sobremesa, já que os pirralhos comeram tudo!
- também vem?
- Claro!
- Ótimo! - a mulher pareceu animada - Depois quero detalhes de tudo, e espero que você esteja se comportando na casa da família dela, não quero que pensem que você não foi bem educado!
rolou os olhos rindo, concordando baixo. Falou com a mulher por mais alguns minutos, antes de avisar que precisava desligar. Quando voltou para a mesa, notou que já tinham várias tortas, sorvetes, bolos e biscoitos espalhados, além dos famosos Christmas Cracker; que pareciam um pacote de bala, mas grande o suficiente para ter algum brinde dentro. viu que a maioria já usavam uma coroa de papel, e tinham alguns doces espelhados na mesa, próximos as crianças, além de confete para todos os lados. tinha acabado de estourar um junto com o pai, tirando uma coroa de papel verde, que ficou com o homem.
- Sua vez! - ela falou apontando para um deles ao seu lado, já usava uma coroa vermelha, os dois cruzaram os braços, e contaram até três antes de puxarem. Caindo uma coroa de papel rosa, muito confete e alguns doces. fez uma leve careta, antes da namorava colocar a coroa em sua cabeça. As conversas continuaram animadas, enquanto todos comiam, e, aparentemente, não estava tão cheio quanto pensou, já que repetiu duas vezes.

Quando estavam todos espalhados na sala, trocando presentes, retirou o celular do bolso, cutucando a namorada, para que ela olhasse para a câmera; os dois sorriram animados para a selfie, ainda usando suas coroas de papel. Na segunda foto, beijou-lhe a bochecha, usando uma touca de natal que a prima colocou em sua cabeça.
então começou a ganhar alguns presentes dos parentes, e ganhou uma camiseta do Chelsea, com seu nome e número, o que o fez rir ao entender a indireta.
O jogador ficou na expectativa, quando entregaram o presente que tinha comprado para Benjamin, nesse meio tempo, Audrey agradeceu novamente pelo presente, um colar de ouro com uma pedra grande e bonita, que não sabia o nome, mas se a mulher estava agradecendo, era suficiente para ele.
Benjamin pareceu surpreso pelo tamanho do pacote que ganhara do jogador, sendo que nem mesmo sabia o que a esposa tinha comprado para o alemão, quando abriu parte do pacote, respirou fundo, olhando para o que tinha dentro. se sentiu apreensivo, talvez tivesse sido uma ideia idiota dar aquele presente, talvez devesse ter dado alguma garrafa de alguma bebida cara que o homem fosse gostar, ou algo do tipo, qualquer coisa que não parecesse tão simbólico quanto aquilo…
olhou do pai para o namorado, sem saber o que estava acontecendo, não tinha lhe dito o que comprara. Viu o pai respirar fundo novamente, antes de olhar para por alguns instantes, sem dizer nada, o namorado apertou sua mão com um pouco mais de força, claramente nervoso.
- O que você ganhou, Ben? - Audrey perguntou curiosa, também notando a tensão que se instalara entre os dois.
- Bem… - Benjamin começou, tornando a olhar para o pacote - Parece que vou precisar de um parceiro para jogar golfe, não é? - disse retirando um jogo de tacos novos, com as iniciais de seu nome cravados no punho - Espero que venham nos visitar mais vezes! - sorriu de lado para o jogador, que respirou fundo concordando com um aceno.
- Ix, pai, é um péssimo jogador! - negou com a cabeça, rindo baixo quando o namorado reclamou.
- Eu não sou péssimo… Só nunca joguei, é diferente! - deu de ombros, sorrindo mais aliviado, quando ouviu algumas risadas, inclusive de Benjamin.
- Nada que não se possa aprender! - o homem falou tranquilo, deixando o presente de lado.
- Essa foi tensa… - sussurrou para o namorado, apertando-lhe o braço, o jogador riu concordando.
Além da camiseta do Chelsea, também ganhou uma garrafa de whisky importado, uma carteira bonita, um perfume, algumas camisetas, e jogos de videogame. , por sua vez, ganhou algumas jóias, vestidos, saias, perfume e um salto.
encarou o pequeno pacote que restara na árvore, quadrado, embalado em um papel azul brilhoso. levantou-se, indo pegar o mesmo, parecendo constrangida ao entregá-lo. arqueou a sobrancelha para a namorada, rindo baixo antes de pegar o presente, levantando-se assim que a mulher estendeu o mesmo, negando com a cabeça. - Acho melhor eu te dar o meu primeiro, porque se você não gostar talvez queira pegar esse de volta… - deu de ombros, ouvindo algumas risadas. pareceu ainda mais nervosa, mas apenas sorriu, sem nada responder. A mulher roeu o canto da unha, enquanto o namorado não voltava. Respirou fundo algumas vezes, atraindo a atenção do pai, que a olhou curioso, e da mãe, que sorriu confiante para a filha. voltou pouco depois, com uma caixa achatada e quadrada em mãos, sorrindo animado ao entregá-lo para a namorada.
- Precisei pedir ajuda pra Kuster dessa vez, - admitiu sorrindo sem graça - está ficando difícil de dar presentes, sabe? - coçou a nuca, constrangido.
sorriu pegando o pacote, e abrindo-o com cuidado.
- Ai Meu Deus!
- Como pode ver, tem duas passagens, a outra você me dá, ok? - disse apontando para um dos bilhetes, escutando novas risadas. virou-se para abraçá-lo, apertando-o mais do que o agradecimento necessitava, o que não passou despercebido pelo jogador.
- Tem mais uma coisa embaixo… - avisou, apontando novamente para o pacote, ao retirar as passagens de avião para as Maldivas, encontrou um colar de diamantes. Erguendo para que todos pudessem ver.
- É maravilhoso! - sorriu beijando-lhe de leve, embora ainda parecesse um tanto agitada.
- Sinto falta de quando esse era o tipo de presente que eu recebia… - uma das tias comentou, alfinetando o marido e ouvindo algumas risadas como resposta.
deixou os presentes na mesinha de frente, antes de virar-se nervosa e estender o presente de , que pegou com um misto de curiosidade e confusão. O pacote além de pequeno era extremamente leve.
- Hm… Acho que não vai ser tão fácil de acertar esse ano, uh? - sorriu de lado antes de começar abrir o mesmo.
mordia o lábio inferior em expectativa, sem saber se ele gostaria, passou dias pensando sobre o assunto, e aquela ideia foi a única que teve. Olhou para sua mãe, que tornou a sorrir, acenando positivamente com a cabeça. Prendeu a respiração vendo o jogador terminar de rasgar o papel, e abrir a caixinha.
franziu o cenho confuso, demorando algum tempo para pronunciar-se, rindo de lado para a mulher.
- Querida, acho que você errou meu número… - sorriu retirando dois tênis minúsculos, com o símbolo do Borussia Dortmund. - Eles não cabem nem no meu dedo… - olhou-a rindo, percebendo o quão nervosa a mulher parecia.
Aos poucos a ficha foi caindo, e entendendo o que aquilo poderia significar, abriu a boca em total surpresa.
- Você…? O que…?... Você...? Como…? - sentiu o coração bater com força contra seu peito, o ar faltando-lhe por alguns instantes - VOCÊ ESTÁ GRÁVIDA? - gritou, um misto de surpresa, confusão e felicidade. apenas sorriu, concordando com a cabeça. - Oh Meu Deus! - o jogador começou a rir descontrolado, abraçando-a apertado, sentindo lágrimas atrapalharem sua visão. - Eu vou ser pai!
Segundos depois da surpresa passar, todos levantaram-se, rindo e comemorando, andando até o casal para parabenizá-los. Ben levantou-se de sua poltrona quase no automático, sem realmente raciocinar sobre o que estava acontecendo, tamanha a surpresa.
- Eu vou ser avô… - disse com a voz falha, adiantando-se para a filha, que continuava com um misto de nervosismo e felicidade. - Eu vou ser avô! - riu para a mulher, abraçando-a apertado. - Eu vou ser avô!
- Eu vou ser pai! - dizia rindo nervoso, passando uma mão pelos cabelos, enquanto ainda segurava os pequenos sapatinhos, sem saber como reagir aquilo tudo, mexia-se sem parar, não conseguindo pensar em nada que não fosse aquela simples frase. - Oh, meu deus! - virou-se para , respirando fundo, vendo a mulher chorar a sua frente, tornou a abraçá-la, rindo junto com ela. - Vamos ser pais!


Fim...?



Nota da autora: 25/12/2016
FELIZ NATAL!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! <3
Ooi! Nem tenho muito o que dizer apenas que::: TEM UM MINI BABY A CAMINHO!!! Quando a gente vai ver essa parte? É um mistério que vai depender de muita coisa!
Mas o importante é que SIM O CASAL UM DIA VAI FICAR JUNTO, quando vai acontecer a gente não sabe bem, mas vai!
Por hoje é só, até logo menos nas att de NF!
xx Reh






comments powered by Disqus




Qualquer erro nessa atualização são apenas meus, portanto para avisos e reclamações somente no e-mail.
Para saber quando essa linda fic vai atualizar, acompanhe aqui.



TODOS OS DIREITOS RESERVADOS AO SITE FANFIC OBSESSION.