Última atualização: 14/10/2020

Proposta

Meu mundo caiu quando olhei para o teste de gravidez com a marca afirmando positivo. Minha vida já não estava tão boa assim, para piorar, meu pai havia me expulsado de casa por uma discussão sobre não gostar do meu namorado. Seu preconceito era visível, já que éramos estrangeiros morando em outro país, para ele eu deveria me relacionar com alguém do nosso país natal. Eu amava Jinho de uma forma inexplicável, e agora estava grávida dele. Como eu contaria essa notícia? Enxuguei as lágrimas que tinham rolado em meu rosto, me levantei do vaso e guardei o teste dentro da mochila. Saí do reservado, lavei as mãos e o rosto na pia, saí do banheiro do prédio B da Universidade de Yonsei.

Retirei o celular do bolso e mandei uma mensagem a Jinho, pedindo que me encontrasse na cafeteria que frequentamos de um amigo nosso. Ele disse que estava indo após sua aula terminar. Ele nem imaginava que além da bomba do meu pai ter me enxotado de casa, eu também tinha outra maior ainda. 

. — gritou Hana, minha amiga de infância ao me ver no corredor — Unnie, te procurei o campus inteiro.
— Ou Hana… — soltei um suspiro cansado — Não tive forças para assistir a aula hoje, depois do que meu pai me fez.
— Ele realmente teve coragem de te expulsar assim? — ela me olhou preocupada.

Noite passada eu havia dormido no apartamento que Jinho dividia com os amigos, em seu quarto. Foi minha única opção em um momento de crise extrema. Minha ligação para Hana tarde da noite explicando o que tinha acontecido havia lhe deixado perplexa. Mesmo com minha mãe intercedendo por mim, não foi o suficiente para que meu pai me jogasse para fora somente com a roupa do corpo e minha mochila. Segundo ele, eu não levaria nada que tivesse sido comprado com seu dinheiro.

— Sim, teve. — mantive o olhar triste — Mas isso não é a pior…
— Tem mais?! — perguntou ela.

Eu peguei em seu braço e arrastei para fora do prédio. Seguimos para o jardim lateral e nos sentamos em um banco, longe dos alunos que passavam na trilha ali perto. 

— Sabe aquela semana que tive mal estar?
— Sim. — assentiu ela se lembrando.
— Você me aconselhou e eu fiz o teste hoje.
— E? Qual o resultado? — perguntou ela ansiosa e preocupada.
— Deu positivo, estou mesmo grávida, como você previu. — soltei a bomba.
— Nossa. — ela me abraçou de imediato — E agora unnie? Como vai ficar? Sem o apoio dos seus pais?
— Se namorando com o Jinho, meu pai já não concordava, imagine se eu disser que estou grávida. — soltei um suspiro cansado — Já me decidi que vou contar para Jinho, tenho certeza que ele não vai me deixar por isso, sempre fizemos planos de nos casar e ter filhos, eles só vieram antes do planejado.
— Espero que fique tudo bem para você. — Hana sorriu com suavidade — Unnie, preciso ir agora, meu estágio me aguarda. Me conte tudo depois ok?
— Conto sim. — assenti a ela.

Eu estava esperançosa, acreditava no amor que existia entre eu e Jinho. As horas se passaram comigo na biblioteca esperando a mensagem de Jinho. Ao final da tarde, segui para a cafeteria no qual ele já me aguardava em uma das mesas. Eu me sentei na cadeira em sua frente e sorri de leve. Ele se manteve sério com o olhar preocupado.

— Conseguiu conversar com seu pai? — perguntou ele.
— Não, ele não quer me atender. — respondi — Minha mãe conseguiu me ligar na hora do almoço, meu pai não quer voltar atrás.
— Temos que encontrar um lugar para você ficar, não posso pagar o dormitório da universidade para você e não pode ficar comigo no apartamento iria tirar a privacidade dos meus amigos. — explicou ele.
— Mas… Pensei que pudéssemos ficar juntos. — indaguei — Morar juntos em algum hostel.
— Não é tão fácil assim, o salário do meu estágio não daria para isso e você ainda não tem um emprego. — disse ele relutante a minha proposta — E como sabe, meus pais cortaram minha grana desde o dia que seu pai nos ameaçou.
— Me desculpe por isso, sabe que não foi culpa minha. — o olhei triste.

Me sentindo culpada por dentro.

— Sei que não é culpa sua, mas é a nossa realidade, você precisa voltar para casa. — insistiu ele.
— Não posso.
— Porque?
— Há um motivo ainda maior, que vai além do meu pai ter me expulsado. — disse a ele.
— Que motivo? — ele me olhou confuso.
— Este. — abri a mochila retirando o teste e mostrando a ele — Estou grávida.

Jinho olhou para o objeto em minha mão. Ficando estático por um tempo. 

— Não, nós sempre nos protegemos. — disse ele em negação.
— Sim, mas acidentes também acontecem. — retruquei — Jinho, o que faremos?
— Isso não é problema meu. — disse ele firme.
— Como assim não é? Somos um casal, eu não fiz nada sozinha. — o questionei.
— E quem me garante que śo foi comigo? — contra-atacou ele.
— Como pode dizer essas palavras Jinho, eu sempre fui fiel a você, jamais faria isso. — me senti ofendida por sua insinuação.
— Eu não vou atrapalhar meu futuro por um erro que não é meu, este problema é somente seu. — ele se levantou da cadeira — Se livre disso se quiser, mas não me procure mais, não é problema meu.

Ele saiu bruscamente, desaparecendo ao sair pela porta. Eu havia ficado tão estática com sua reação, que nem tive forças para enfrentá-lo e chamá-lo a responsabilidade. Eu que tanto acreditava que ele me amava de verdade, agora estava vendo o verdadeiro lado de Jinho no momento em que mais precisava dele. E da forma mais cruel e mesquinha. Permaneci ali sentada naquela cadeira, em lágrimas, como se o tempo tivesse parado e não existisse mais o mundo ao meu redor.

Se livre disso se quiser…” Como ele podia falar assim com tanta frieza sobre o pequeno ser que se formava dentro de mim. Como eu poderia abortar? Estava ainda mais abalada e agora destruída por dentro. Eu me levantei da cadeira e ligando o automático, sai da cafeteria com a mochila no ombro direito. Sem direção certa, sem ter uma casa para onde voltar. Desamparada e nenhuma perspectiva do que faria a seguir. Após algumas horas caminhando pela cidade sem rumo, me lembrei do endereço de Hana. Pelo menos tinha minha amiga para me apoiar e consolar.

Como não tinha dinheiro nem para comer, quanto mais para passagem do ônibus, segui a pé para sua casa. Quase atravessei a cidade para isso. Hana era de família nobre e morava na parte rica de Seoul. Nos tornamos amigas no ensino médio quando consegui uma bolsa de estudos no colégio Kangnam Elite High School, o melhor da cidade. Foi pouco depois que meu pai foi transferido pela sua empresa para trabalhar na Coréia.

Meu pés já sentiam a dor e o cansaço. Senti uma ponta de esperança quando virei a esquina de sua rua. As casas ali eram todas bonitas e luxuosas, de dar inveja a qualquer pessoas que desejasse uma vida de rico. Caminhando mais um pouco, assim que cheguei a metros de distância do portão de sua casa, meu corpo gelou com a cena diante de mim. Hana estava aos beijos com Jinho, ambos encostados no seu carro. Senti um aperto ainda maior em meu coração. Ela era minha amiga de todas as horas, a única amiga que tinha conseguido de verdade naquele lugar.

Assim que a primeira lágrima caiu em meu rosto, meu corpo se moveu automaticamente para sair dali. Comecei a correr pelas ruas mesmo sem forças, já não tinha mais partes minhas para suportar tamanha decepção. Segui até que meu corpo parou pela exaustão, estava fraca, com fome, decepcionada, frustrada, abandonada, sozinha e desamparada. Até mesmo a vontade de continuar tinha desaparecido. Eu somente senti minhas pernas falharem e meu corpo desabar no chão, somente continuei a chorar ali mesmo. No meio do passeio, entre as poucas pessoas que transitavam na rua.

— Está tudo bem?! — perguntou uma voz masculina ao se aproximar de mim.
— Não. — continuei chorando.
— O que houve? — o homem se abaixou e tocou em meu ombro — Eu posso te ajudar?
— Não, ninguém. — levantei meu olhar cheio de lágrimas e o olhei.
?! — disse ele, parecia me reconhecer.
— Eu te conheço? — perguntei confusa por ele saber meu nome.
— Não lembra de mim? — perguntou ele — Sou o Taehyung, me chamavam de J.Seph no ensino médio.

Eu me lembrava vagamente do nome J.Seph, mas não do seu rosto. Se era realmente o nerd esquisito que estudou na mesma sala que eu, ele havia mudado muito após o colegial.

 — Me desculpe, mas minha memória não está boa hoje. — me encolhi um pouco.
— Posso te ajudar a se levantar? — perguntou ele.

Assenti ao segurar em sua mão e apoiar nele.

— Que coincidência esbarrar em você. — comentou ele — Mas vejo que não está indo muito bem seu dia.
— Dias ruins chegam para todos. — limpei minhas lágrimas — Eu preciso ir.

Para onde? Não sei, só queria me enfiar em qualquer buraco e chorar mais.

— Eu estou de moto, posso te levar. — se ofereceu.

Soltei um suspiro cansado. Nem mesmo para rir de nervoso tinha forças.

— Não precisa, estou realmente bem. — dei um passo para me afastar dele, porém minhas pernas falharam novamente.

J.Seph me aparou, não deixando-me cair novamente.

— Você claramente não está bem. — constatou ele — Se não quiser ir para casa, posso te levar para outro lugar.

Se ele soubesse que eu não tinha casa nenhuma.

— Não quero incomodar. — me mantive amparada nele.
— Incomodo nenhum. — ele sorriu de leve.

Ele se afastou um pouco se abaixando, para que eu subisse em suas costas. Fiquei chocada com sua atitude. Já tinha presenciado muitas cena assim, não somente nos doramas que via, mas nunca imaginei que acontecesse comigo. Jinho sempre se recusava quando eu pedia. Subi em suas costas e J.Seph nos levou até sua moto. Ele me desceu com cuidado e me deu o capacete do carona. Assim que subimos na moto, ele deu a partida e seguimos. Ele parou em frente a um hotel cinco estrelas. Fiquei surpresa a primeiro momento, não entendendo o motivo de estarmos ali.

— Me desculpe por trazê-la para cá, foi o único lugar que pensei. — ele riu discretamente — Estou ficando aqui por um tempo. 

Assenti sem forças para questionar ou recusar. Ao passarmos pelo hall do hotel, o gerente com o crachá escrito Kim, veio a nosso encontro. Me mantive um pouco distante deles, mas consegui ouvir J.Seph pedindo para que ele reservasse um quarto ao lado do seu para mim. Fiquei confusa e impressionada ao mesmo tempo. Esperamos apenas 5 minutos, até que ele me levou até o quarto que reservou para mim. Era o quarto mais luxuoso e bonito que eu tinha visto na vida. Nada comparado a humildade do meu quarto na casa dos meus pais. Eu realmente não me lembrava muito de J.Seph, e principalmente se ele era da elite ou do subúrbios como chamam os alunos bolsistas. Mas agora estava curiosa para saber.

— Eu não tenho como pagar por… — comecei a dizer ao parar no meu do quarto.
— Quem está te pedindo para pagar? — ele me olhou confuso por minhas palavras — Tome um banho e descanse um pouco, vou pedir seu jantar. Você ainda gosta de Dak Galbi sem pimenta?

Perguntou ele me deixando embasbacada. Como ele sabia sobre meu prato favorito da culinária coreana? 

— Sim. — respondi em sussurro.
— Eu já volto então. — disse se virando para a porta — E prometo não esquecer do arroz com gergelim e queijo.

Era curioso e estranho ele saber sobre meu gosto gastronômico. Esperei até que ele saísse e segui para o banheiro. Toalhas limpas, uma banheira com água quente e cheia de espumas preparada, um roupão pendurado me esperava, me deixando ainda mais desnorteada. Retirei a roupa, suja e suada do corpo e entrei na banheira. Meu corpo cansado ao senti a água quente, relaxou todo e me fez ter sonolência. Após o banho, coloquei o roupão, não tive outra solução a colocar a mesma lingerie e voltei para o quarto. J.Seph já estava lá, sentado na cadeira da mesa de refeições com o jantar à minha espera.

— Eu… Me desculpe pelo roupão, minhas roupas… — comecei a me explicar envergonhada pela situação.
— Não se preocupe, mandarei trazerem roupas limpas para você. — ele se levantou da cadeira — Somente descanse por hoje.

Ele se afastou da mesa com um sorriso escondido no rosto. Eu já não entendia mais nada, contudo, estava grata a Deus por ter colocado J.Seph em minha vida como um anjo para me ajudar. Me sentei na cadeira e comecei a comer. A situação estava tão complicada para mim, que dormi ali mesmo sentada e debruçada sobre a mesa. Na manhã seguinte acordei sentindo o macio da cama, enrolada nos lençóis de seda. Será que ele havia me colocado lá? Provavelmente sim. 

Abri meus olhos e vi J.Seph falando ao celular frente a sacada do quarto. Seu olhar fixo na rua me deixou ainda mais curiosa para saber com quem falava do outro lado da linha.

 —Você acordou. — disse ele ao encerrar a ligação e me olhar serenamente — Dormiu bem?
— Sim. — ergui meu corpo — Obrigada por tudo.
— Não precisa agradecer, só estou retribuindo a gentileza com qual me tratou no colegial. — disse ele — Você era a única que não praticava bullying comigo.

Certamente isso era verdade. Eu não gostava da forma que Jinho tratava os alunos bolsistas e os menos populares. Vivia me perguntando o que ele tinha visto em mim, para me namorar. Claro que ter ganhado o concurso de garota mais bonita da sala e ser uma aluna aplicada ajudava bastante. Era divertido ser popular e boa aluna ao mesmo tempo. Provar que inteligência e beleza poderiam andar na mesma frase era legal.

— Lamento não ter feito mais por você. — confessei.
— Está tudo bem, tudo que sofri no ensino médio me ajudou a ser o que sou hoje, e depois que nos formamos passei por mais desafios. — disse ele com tranquilidade.
— Fico feliz por você.

Um silêncio pairou pelo quarto, até que bateram na porta. Era um funcionário com o nosso café da manhã. Assim que ele preparou a mesa para nós e se retirou, J.Seph se aproximou da cadeira e a puxou.

— Venha tomar seu café. — disse sendo um cavalheiro.
— Obrigada. — me levantei e segui até ele, me sentando na cadeira.
— Já disse, não precisa agradecer. — ele sorriu discretamente e se sentou na cadeira de frente para mim — Após o café, posso te levar para casa se quiser.

Casa. Aquela palavra me fez lembrar toda dor e fracasso que se encontrava em minha vida. Respirei fundo, pensando se deveria ou não contar a ele minha situação real.

— Eu… — esperei mais um pouco abaixando olhar — Não tenho mais casa.
— Como? — ele manteve a seriedade no rosto, deixando o olhar suave.
— Meu pai me expulsou, não tenho para onde voltar. — me encolhi um pouco, segurei as lágrimas que voltaram.
— Eu lamento.
— Está tudo bem.
— Não está, vejo em seu olhar.
— Eu preciso ficar bem. — respirei fundo — Mas não quero te perturbar com minha vida e suas quedas.
— Não está me perturbando. — ele segurou em minha mão — Estou feliz por tê-la encontrado ontem.

Sorriu de leve, derramando a primeira lágrima. Logo, J.Seph se levantou e retirando um lenço do bolso secou minha lágrima.

— Tome seu café, faço questão que fique aqui o tempo que quiser. — ele colocou o lenço em minha mão e se afastou.

Permaneci em silêncio, observando ele sair pela porta. Dentro de mim estava um misto de dor e alívio por ter alguém para me apoiar, mesmo que por pouco tempo. Os dias que seguiram, permaneci desaparecida para o mundo. Não fiz questão de sair daquele quarto, mesmo uma camareira me levando roupas enviadas por J.Seph. Já ele, tinha se ausentado durante alguns dias, dizendo que tinha alguns assuntos familiares para resolver. Ele não me devia nada, nenhuma explicação, pelo contrário, eu é que estava em dívida com ele. 

Manhã de sexta-feira, peguei meu celular da mochila pela primeira vez após todo aquele tempo. Assim que liguei a internet, uma chuva de notificações caiu na tela inicial. Registros de várias mensagens e ligações da minha mãe, mensagens de Hana, do representante da universidade, tinha até mesmo uma mensagem de Jinho. Ignorei tudo e voltei a desligar o aparelho. Voltei o olhar para a janela, olhando o sol entrar pela sacada, senti o vento fresco da primavera. 

Em instantes, J.Seph entrou no quarto. Ele estava com uma pasta preta na mão e o mesmo olhar sério de sempre. Me levantei da cama e o segui com o olhar até chegar perto de mim.

— Bom dia, como está? — perguntou ele.
— Bem, como todos os dias. — respondi — Obrigada por se preocupar tanto comigo.
— Tenho uma conversa para ter com você. — ele foi direto.
— Eu terei que deixar o quarto? — perguntei insegura.
— Não.
— O que seria então?

Ele novamente puxou a cadeira para que me sentasse.

— Tenho uma proposta para lhe fazer. — disse ele.
— Qual?! — perguntei ao me sentar.

J.Seph começou falando sobre sua família. Sobre como eles eram bastante ricos e cheio de investimentos. Comentou sobre alguns parentes estarem querendo derrubá-lo dentro da empresa da sua família, e sobre ser o único herdeiro legal do seu avô, que só teve um filho que era seu falecido pai. O restante da família, seus tios adotivos, não tinham nenhum direito na fortuna do senhor Kim. Depois ele explicou que seu avô era um pouco temperamental, e sendo criado por ele desde criança, J.Seph teve momentos difíceis que precisou provar para o avô sua força e responsabilidade para herdar os negócios da família. 

Agora ele estava na etapa final, e havia uma condição para que o testamento deixando tudo para ele não fosse alterado. J.Seph deveria se casar e constituir uma família, provando ao avô que é capaz de ser um homem completo de verdade. Aquilo me deixou em choque, porém não mais quando ele propôs que eu me casasse com ele.

— Eu… — me senti desnorteada — J.Seph, não sei o que dizer.
— Apenas aceite então. — disse ele me entregando os papéis do contrato pré-nupcial.
— Você não entende, tem uma coisa que eu não te contei. — disse a ele recusando.
— Que está grávida de outro homem? — disse ele.
— Como sabe? — perguntei.
— Me desculpe, mas eu vi na sua mochila o teste. — respondeu ele — Não deveria ter invadido sua privacidade, mas…
— Tudo bem. — era errado, mas não iria brigar por isso — Então, sabe que não posso aceitar.
— Porque? Um filho é melhor ainda.
— Não posso deixar que crie o filho de outro. — questionei — E não posso… Me casar com você por dinheiro, você merece se casar com alguém que o amei, não comigo.
— Eu não amo ninguém. — disse com segurança — Acredite, me casar com você é a melhor opção que tenho mediante o tempo que tenho, e dinheiro, as mulheres que conheço só se casariam comigo pelo meu dinheiro.
— Mas…
— Você tem um problema, eu tenho a solução, você me faz um favor e eu te faço outro, será benéfico para ambos. — ele me cortou — Basta apenas assinar.

Mesmo relutante por dentro, o que eu tinha a perder? Sem casa, sem família para me apoiar. Abandonada por Jinho e traída por Hana. Minha única solução de sobrevivência era J.Seph. Não me deixei pensar duas vezes para não me arrepender, peguei a caneta em sua mão, li e assinei os papéis do acordo.

Ali dizia que o tempo mínimo para o casamento parecer estável era de três anos, tempo este que seu avô estava dando para que o neto provasse que tinha uma família sólida e feliz.

— Bem-vinda a família, senhora Kim. — disse ele assim que pegou os papéis de volta.

Meu coração acelerou um pouco.

Não sabia se era a ansiedade pelo que viria a seguir...

Ou por seu olhar para mim que ficou intenso.

Sempre cansada, por que os caras desprezíveis
Tentam falar comigo? Vão embora, tão clichê.
O mesmo charme e as mesmas palavras não me fazem sentir nada
Por favor, apareça agora. Onde você está, meu amor? 
Venha e me salve.
- Oh nana / KARD

Recomeço: A vida é feita de escolhas. Quando você dá um passo à frente, inevitavelmente alguma coisa fica para trás.” - by: Pâms.



FIM?! Continuam na fic Don't Recall...



Nota da autora:
Hello gente, mais uma saga, mostrando esse casal que amei escrever a história deles. Espero que gostem!
Bjinhos...
By: Pâms!!!!
Jesus bless you!!!




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