Última atualização: 07/11/2014

1. Ultimato

O telefone tocou novamente. E, novamente, ela deixou cair na secretária eletrônica.
Já fazia duas semanas desde que aquilo começara e a garota se recusava a se comunicar com ele, por onde quer que fosse. Chegava do trabalho, caminhava até o telefone e escutava as mensagens, enquanto tirava os sapatos. Naquele dia, havia algumas entre as quais uma era se sua mãe e outra dele. Escutou a da mãe primeiro.
Olá e desculpe, mas eu não posso atender agora. Deixei o seu recado após o bip... Biiiip!
? Como você está? Ficou sabendo daquele novo drama com o ? E o ... Ah, saíram umas fotos... Não tenho palavras – ela nunca tinha. – Ele é tããão lindo... Por que mesmo que você esbarrou no e não nele? Ai, eu não devia falar isso. Amo-o também e ele é ótimo para você, mas sabe que o é meu preferido desde sempre... Ah, ainda não caiu a ficha dessa história... Quando você vai trazê-lo para me conhecer, hein? – não sei, omma. Principalmente agora. – De qualquer forma, você já contou para ele que o que é o seu BIAS? – ela riu. – Enfim, estou indo. Ligue para mim depois, filha. Beijos, bebê de omma.
Em seguida, escutou o “bip” e a voz dele soou. Rouca, baixa e calma, como sempre.
Amor... Eu sei que você está aí. Sabe que dessa vez não estou sendo apressado. Você errou, simplesmente me mandou embora e rejeitou todo o contato que eu tentei fazer. Estou no Japão agora, mas acho que amanhã à noite eu volto para Seoul – ele suspirou. – Por favor, não me ignore de novo. Eu a amo, – e então a secretária apitou novamente, marcando o fim do recado.
Não era a primeira vez que tinham conversado sobre aquele assunto e a conversa se transformara em briga. Dessa vez, ela sabia que a razão era dele, mas o seu orgulho era grande demais para admitir que não cumpriu com a promessa que fizera e o enrolara novamente por mais seis meses.
Dois dias depois, chegou a casa e repetiu o mesmo processo de sempre. Naquele dia, não havia nenhum recado dele. Foi tomar banho e então comer. Um pouco mais tarde, ela havia acabado de se sentar na frente da TV com uma tigela de pipocas quando a campainha tocou. Foi até a porta e, quando a abriu, encontrou-o ali parado, olhando para o chão com um braço apoiado na parede. Estava loiro novamente, com o cabelo penteado de lado, além da habitual expressão séria/sexy que ela amava. Quando ouviu a porta abrir, ele elevou o olhar alguns segundos depois e a encarou apenas por um instante, voltando à sua postura normal em seguida.
não disse nada. A única coisa que fez foi dar um passo para o lado e abrir caminho para ele entrar em seu apartamento.
O silêncio ainda pesava quando se sentaram no sofá. Nem pareciam os namorados que mal suportavam ficar longe um do outro. Nem mesmo nas brigas anteriores tinha acontecido algo do tipo. Dessa vez era sério. Eram quase como desconhecidos naquele momento.
Ela não conseguia olhar para ele. De certa forma, mesmo tendo seus motivos, a garota se sentia envergonhada por não ter cumprido com a sua palavra. Agora ele estava ali e ela sabia que não era para tentar convencê-la novamente, mas, sim, para uma decisão definitiva.
A garota brincava com os dedos, olhando para algum ponto aleatório, tentando ignorar a presença dele. Parou de brincar quando sentiu o toque de suas mãos, que se intensificou quando o rapaz entrelaçou os dedos aos seus. Quis chorar naquele momento. Fazia quase duas semanas que tinham se falado pela última vez. E quase um mês desde que tiveram um tempo só para eles, sem perturbação.
– Amor... – a voz rouca e baixa que ela tanto amava a chamou. – A escolha é sua, mas estou cansado de esperar. Já faz um ano e sete meses. Eu quero parar de esconder nosso namoro do mundo, quero apresentá-la à minha família e aos meus amigos... Você sabe disso. Quero dizer a eles que existe alguém que eu amo.
– Não é por mim, mas por você, . Suas fãs vão odiar. E eu não queria que você passasse por isso.
– Você disse a mesma coisa um ano atrás e novamente há sete meses. Essa é uma decisão que eu escolhi desde sempre, mas respeitei o seu pedido. Só que agora eu cansei. Tem que ser definitivo, . É sim ou não.
– Oppa... – ela olhou para suas mãos entrelaçadas e, em seguida, para ele.
– Você me ama? – perguntou, olhando-a nos olhos.
– Você sabe que sim – respondeu, tentando controlar a voz.
– E eu amo você. Para mim, isso é suficiente. E você sabe que odeio quando nós ficamos muito tempo longe. E odiaria ainda mais não poder vê-la, porque é o que vai acontecer se você negar de novo, mesmo que nós dois soframos, caso esse seja o resultado. Eu não volto atrás e agora é sério, . É a última chance que você tem de fazer nós dois felizes, mesmo com os obstáculos que sabemos que iremos enfrentar.
– Eu tenho medo de que você sofra como , quando aconteceu com ele.
– O hyung sofreu, mas estava feliz. E ele superou. E isso aconteceu logo no começo do namoro dele. Com a gente é diferente e você sabe.
...
– Você tem que decidir agora – ele falou com voz firme. – Sim ou não?


2. O Início

No dia seguinte, acordou cedo e caminhou até o banheiro para tomar um banho quente, tentando planejar como iria revelar aquela notícia. Tinha pensado e sonhado tantas vezes com aquilo, mas naquele momento parecia muito surreal e tudo o que ele havia planejado fora por água abaixo devido à sua ansiedade. Depois de alguns minutos apenas deixando a água escorrer pelo seu corpo, enfim desligou o chuveiro e pegou uma toalha para se secar, enrolando-a na cintura. Escovou os dentes e estava se barbeando, quando ouviu uma batida na porta.

– Entre.

entrou no banheiro, caminhou até a pia para pegar sua escova de dente e deu um empurrão no mais novo com o quadril.

– Afaste, .

terminou de fazer a barba e pegou uma toalha para secar o rosto. Respirou fundo, de olhos fechados, ainda segurando a toalha contra o rosto. Quando abaixou, encontrou o encarando seriamente, enquanto abria a torneira.

– Você vai contar? – perguntou a ele, enquanto guardada o creme dental.
– Contar o quê?
– Que você tem uma namorada secreta – ele falou ao mesmo tempo em que escovava os dentes, como quem dizia ''empreste-me o seu pente''. automaticamente entrou em alerta, logo percebido por . – É isso aí, dongsaeng. Eu sei. Mas, antes que você pire, não contei para ninguém.
– Quando e como descobriu, hyung?

terminou de escovar os dentes e olhou para ele.

– Eu já passei por isso. Sei como é – o rapaz disse e seu olhar se tornou distante. Já fazia meses que ele e TaeYeon tinham terminado. Continuaram como amigos depois de um tempo, mas não era algo que ele gostava de lembrar. Voltou a atenção para o e disse: – Eu não tenho certeza de quanto tempo faz que você namora essa garota, mas tenho quase de que faz mais de um ano.
– Um ano e sete meses – respondeu, desviando o olhar e pegando um secador de cabelo.
– Caramba, você é bom. Quem diria que por trás dessa cara de porta amarrada teria um rapaz apaixonado? Só eu, claro – riu convencido. – E, só para constar, já o livrei de uns maus bocados, moleque. Graças ao meu talento em imitar vozes, você ainda está inteiro – o olhou interrogativo. – Agora ajoelhe-se e beije meus pés, escravo – completou, colocando as mãos na cintura, com um pé para frente e o outro atrás, em uma pose de superioridade.
– Yah! – deu um chute da perna dele, fazendo rir. – Está cobrando favores que eu nem sabia que você tinha feito, hyung.
– Pois está sabendo agora – respondeu com um sorriso vitorioso.
– Aish...
– Mas e então? Vai contar? – perguntou o hyung, novamente com uma expressão séria.
– Sim, mas eu ainda não sei como fazer isso. Não só para a empresa e os fãs, mas também para a minha família...
– Sua família também não sabe?! – olhou-o incrédulo.
preferiu não contar e... Eu só respeitei a vontade dela... Por um ano e meio – enfatizou, deixando claro para que não era algo que ele havia gostado de fazer.
– Ela é da nossa empresa? – perguntou curioso.
– Não. Ela não é famosa e... Está mais para uma fã – mal terminou de falar e o hyung começou a rir.
– Yah, quem é essa garota e qual é o problema dela? Se fosse qualquer outra, já teria gritado aos sete ventos que é sua namorada na primeira semana de namoro.
– É... Mas ela é diferente – disse, enquanto desligava o secador.
– Nós já a vimos alguma vez?
– Algumas...
– Quer dizer que foram várias?! – gritou.
– Shhh! – ele praticamente voou em , tampando a sua boca. – Você quer que o hyung o ouça?
– E o que é que tem, se ele ouvir? Você já disse que vai revelar...
– Mas eu quero que seja para todos os membros de uma vez. E comigo contando, ao invés de eles saberem pelos seus gritos.
– Certo, certo. Mas me diga quem é ela...
– Eu não sei se você lembra, mas uma vez viu a garota no aeroporto de Incheon. Nós estávamos sentados, esperando o voo para Pequim, e ela ia passando sozinha com malas e sei lá mais o quê. Alguém esbarrou nela e ela acabou caindo no chão com tudo. Baixinha, de 1,63 m mais ou menos, cabelo castanho com mechas loiras... Estrangeira… Você a ajudou a se levantar, enquanto e eu pegávamos as coisas do chão...
– Espere. É aquela garota? Ela parecia mesmo uma fã, mas não falou nada naquele dia – ele deu uma risada. – Parecia mesmo sem acreditar que a gente estava lá e no fim só falou um “Kamsahamnida” meio enrolado. Foi fofa – acabou de falar com um sorriso.
– Yah! Eu não gosto de você falando dela assim com esse sorriso na cara – reclamou o mais novo.
– Uhhhh! Está com ciuminho. Mas me diga uma coisa… Quem é o BIAS dela? – perguntou, mordendo os lábios, e desviou o olhar, resmungando baixo algo que não entendeu. – O que você disse?
– Eu não sei quem é o BIAS dela. Ela nunca me contou.
– O quê? Sério, ? – riu. – Então de uma coisa eu tenho 99,9% de certeza, dongsaeng: você não é BIAS dela – disse, enquanto dava um tapinha consolador no ombro dele.
– Certo. Eu sei disso também, mas ela nunca quis me contar – falou emburrado.
– E como vocês chegaram a namorar?
– Como eu disse, ela é uma fã. Veio a um fanmeeting que tivemos uns três meses depois e eu a reconheci. Vi-a e acenei para ela, mas não acho que estivesse prestando atenção em mim – tentou sufocar o riso e resolveu ignorar. – Na terceira vez, semanas depois, eu saí para comprar um Bubble Tea numa cafeteria, já tarde da noite, e ela estava esperando na fila para pagar o café dela...

Flashback ON

– Aqui está – falou a garota que estava a duas pessoas na frente de , que achou aquela voz conhecida.
Viu-a caminhar de costas até uma mesa e se sentar. Foi quando a reconheceu.
– Essa garota… De novo… – falou para si mesmo, logo sendo interrompido pelo caixa.
– Senhor…
– Oh, aqui está. Chesonghamnida – pagou e decidiu ir até onde ela estava, entretida com o celular, enquanto tomava o café. – Annyeonghaseyo! – ela levantou a cabeça, parecendo surpresa ao vê-lo ali. Olhou em volta do café e novamente para ele. Não havia muitas pessoas e tudo estava realmente calmo, por incrível que parecia.
– A-annyeong… Annyeonghaseyo – disse um pouco nervosa, enquanto se levantava para cumprimentá-lo. – Você… -shi…
– É, esse é o meu nome, mas da última vez que nos encontramos não tivemos tempo para você dizer o seu.
– Oh… Ne. Meu nome é .
– Você é coreana?
– Metade, por parte de pai.
– Oh… Posso me sentar com você? – perguntou com um sorriso.
– Claro, por favor.
– Então, … Certo?
, se preferir.
Geurae... – olhou-a nos olhos. – Você não está com pressa, está?

Duas horas depois…

E, depois de mais outro Bubble Tea, um café e um sorvete gigante misturado com muita conversa jogada fora, estavam os dois rindo juntos, quando o gerente se aproximou da mesa.
– Desculpe, senhores, mas já vamos fechar e vocês são os únicos clientes que restaram.
– Oh, certo. Já estamos indo – respondeu. – Desculpe.
Levantaram-se e saíram de lá. Na calçada, se ofereceu para levá-la para casa.
– Não precisa. Eu moro bem perto daqui. Dois quarteirões apenas.
– Eu insisto – disse, sorrindo para ela, logo a convencendo.

Caminharam até um prédio que, como ela disse, ficava a dois quarteirões dali.

– Então… É aqui.
– Certo.
– Boa noite.
– Boa noite. – ele repetiu.
– Até… Um dia, – ela disse, mordendo os lábios para conter um sorriso, e se virou para entrar no prédio.
– ela se virou. – Pode me passar o seu número? – perguntou e ela pareceu surpresa com o pedido.
– Claro.
– Obrigado.

Despediram-se novamente e ele foi embora, mantendo um sorriso idiota no rosto.

Flashback OFF

– Uuh, que cavalheiro... – interrompeu o outro e ele riu. – E ela não o convidou para entrar? – perguntou com um sorriso malicioso.
– Yah! – o socou. – Você está pensando que ela é o quê? Claro que não. Só nos despedimos e fui embora.
– Nossa, quanto amor por essa garota. ciumento da porra... Meu braço que o diga – comentou, enquanto esfregava o local da dor.

3. A Notícia

Horas mais tarde, após o ensaio, esperou que todos os meninos saíssem para então conversar com o manager que até então estava sentado num sofá da sala de ensaios.

– Hyung... Eu tenho algo importante para falar – disse, assim que constatou privacidade.
– Importante? – o manager olhou para ele. – Diga-me, então.
Ne. Hyung, eu... Eu tenho uma namorada – disse de uma vez, querendo se livrar logo do peso que ainda sentia por esconder aquilo por tanto tempo.
– Namorada? De verdade? – perguntou curioso. – Bem, já era tempo. Quem é a felizarda? É alguma noona das SNSD ou f(x)?
Aniyo, hyung. Não é uma noona.
– É alguma garota do Red Velvet, então? Wendy? Seulgi?
Aniyo, hyung – negou novamente. – Ela não é famosa...
– Não? Você conhece essa garota direito? E se ela for uma sasaeng? Você se apaixonou por uma sasaeng, ?! – jorrou desconfiado.
– Hyung, hyung! – tentou acalmá-lo. – Posso terminar de falar?

O manager sossegou um pouco e fez um sinal para que ele continuasse a falar, enquanto voltava a se sentar no sofá em que estava anteriormente.

– Nós estamos juntos há vinte meses...
Vinte...! Como assim? Mas são quase... Dois anos! ?! Explique essa história! – exigiu.
então se pôs a contar tudo desde o início, da mesma forma que havia feito com pela manhã. Depois de muita falação, e de convencer o manager de que sua namorada não era uma sasaeng, ele finalmente saiu da sala, a pedido do mais velho, que resolveu ficar para pensar em uma forma de comunicar aquilo ao mundo sem que se tornasse alguma espécie de polêmica ou traição em relação às fãs.
seguiu em direção ao banheiro para tomar banho.
Ótimo. Uma parte já se fora. Mas agora teria outra, talvez a pior.
Contar aos seus membros do Exo. E pior ainda era que não fazia ideia de qual seriam as reações deles à notícia.

***


No dia seguinte, todos os meninos estavam novamente na sala de ensaios. O manager dessa vez já não se encontrava no sofá naquele dia.
Deram uma pausa para descansar um pouco e aproveitou aquela hora, em que todos estavam jogados no chão, para dar a notícia.
Notícia que o hyung que lhe cutucava com o cotovelo naquele momento já sabia.

– Wae?! – respondeu, enfezado.
– Você vai contar?
– Contar o quê? – , que estava ao lado de , perguntou interessado.
– Vou – respondeu. – Pessoal, tenho algo a dizer – chamou em vão. – Pessoal!
– YAH! – gritou, chamando a atenção dos outros. – tem algo a dizer. Prestem atenção!
– O que quer falar, ? – perguntou e o respirou fundo.
Ah, Bbali! Diga logo de uma vez! – mandou, já impaciente.

revirou os olhos, meio entediado.

– Eu estou namorando – falou de uma vez.
Uuuuuuh! – seguiu-se um coro de vozes.
– Quem é a felizarda? – perguntou.
– Calma, hyung. Ele ainda não acabou de falar – sorriu diabolicamente.

sentiu vontade de rir na hora, mas o nervosismo era maior. Queria acabar logo com aquilo.

– Estamos junto há vinte meses.
Vinte...! exclamou.
– Mas isso é quase… – foi a vez de .
Dois anos! completou. – Uwa!
YAH! SEU PUNK! – gritou . – Como escondeu isso da gente? E durante todo esse tempo...
Chesonghamnida… – começou . – Sinto muito pela lerdeza de vocês, mas eu já sabia.
– Você contou para ele? – perguntou.
Anya. hyung que descobriu.
– Mas a melhor parte ainda está por vir. E que rufem os tambores… Bam, bam, bam, bam, bam – fez os sons com a boca e batendo no chão. – Ela não é famosa, é uma fã do Exo e o não é BIAS dela!
YAH! HYUNG! – gritou o mais novo.
– O quê? Eles iam descobrir de um jeito ou de outro.
Naquele momento, os outros já nem prestavam mais atenção na conversa. Estavam mais entretidos em soltar piadinhas, tirando onda da cara do .
– E quem é o BIAS dela? – perguntou, depois que todos estavam mais calmos.
não deixou responder e prendeu um riso antes de soltar:
– Ele não sabe.
apenas olhava para um canto qualquer, emburrado.
– Como assim, não sabe? – perguntou. – Como é que você namora uma fã há quase dois anos e não sabe quem é o preferido dela?
AISH! Porque ela nunca me contou. Nunca quis me contar.
– Ok. E qual o nome dela? – quis saber .
.
? De onde ela é?
– Ela é metade coreana. A mãe é britânica.
Uuuuh! – novamente o coro. – Uma estrangeira.

Piadas à parte indo e vindo, eles voltaram a ensaiar e ao fim do ensaio perguntou:

– E como vocês se conheceram?

E, novamente, contou pela terceira vez a mesma história. Dessa vez, com a ajuda de um hyung que já sabia de tudo e soltava umas piadinhas de vez em quando. Típico. Por fim, disse:
– Traga-a aqui amanhã para que possamos conhecê-la.
– É – concordou. – Você já contou ao manager. Agora, mais cedo ou mais tarde, vão descobrir – concluiu.
– Yah, -shi! Preparado para as bombas? – indagou e sorriu de canto para o mais velho.
– Há um ano e meio.

Pela noite, depois que haviam acabado todos os ensaios, tomou um banho, arrumou-se e saiu do dormitório, indo em direção ao apartamento da namorada cuidadosamente, como sempre fazia. Prometeu a si mesmo que só contaria as coisas a ela depois, pessoalmente, e quando já estivesse com tudo resolvido. Basicamente, o que ele mais temia já passara.

Quando ouviu a campainha tocar, deixou seu jantar por um instante – que ainda cozinhava no fogão – e correu para abrir a porta.

– Está feito! – falou animado.

E, antes que ela pudesse falar algo, ele avançou para cima dela, atacando-a com um beijo, ao mesmo tempo em que a prensava contra a parede mais próxima.


4. Omona!

Ela o correspondeu quase de imediato.
Não era segredo que sentiam falta um do outro, principalmente quando fazia longas viagens. Somando isso com uma briga entre aquele casal de amantes, saudade poderia ser pouco para expressar o que sentiam naquele momento.
O beijo continuou até que se afastou um pouco, de modo que os dois pudessem recuperar o fôlego. Logo depois, passou a distribuir beijos pelo pescoço da garota, arrancando suspiros dela.
estava tão absorta que quase não percebeu o cheiro de fumaça que vinha da cozinha. Rapidamente, empurrou – que quase caiu para trás – e correu até a cozinha para desligar o fogão.

Aish! Está vendo isso, ? – apontou para a comida que àquela altura estava queimada.
Mianhae, – pediu, os olhos brilhando de humor.
– É só isso? Eu devia era colocá-lo para cozinhar tudo de novo! – reclamou, caminhando até o armário para tirar duas taças e depois até a geladeira para pegar uma garrafa de vinho tinto de lá. – Vou pedir uma pizza para a gente.
Caminhou até o telefone da sala e fez o pedido. Voltou para a cozinha, onde se encontrava sentado à mesa de madeira. caminhou até o armário e tirou uma barrinha de chocolate para comer, sem nem sequer oferecer àquele meliante destruidor de jantares.
– Quero só ver quanto tempo essa pizza vai demorar para chegar… – resmungou, fuzilando o namorado com os olhos.
Pôs um pouco de vinho em uma das taças e tomou um gole, enquanto saboreava a barrinha.
, de repente, pôs-se a rir.
– Está rindo de quê? – perguntou curta e grossa.
– Você fica linda de mau humor, amor.
Ela apenas continuou a encará-lo friamente, enquanto acabava com a barrinha.
– Quem o vê assim pensa que você está planejando mil maneiras diferentes de me matar por ter estragado o seu jantar.
– Pode ser – respondeu, dando um gole no vinho.
riu, levantou-se e se aproximou dela, abraçando-a por trás e depositando um beijo atrás da orelha, que era um ponto que ele conhecia bem por ser seu ponto fraco e sabia que ela tinha cócegas naquele local, o que a fez se retrair um pouco ao sentir os lábios do rapaz na região.
– Você sabe que a gente podia estar fazendo coisas melhores, enquanto a pizza não chega, né?
– Sei lá. Não estou a fim… – mentiu, levantando-se para encará-lo de frente.
– Posso tentar convencê-la, então?
– Tente – desafiou-o, mesmo sabendo que ela acabaria perdendo como sempre.
Mal terminou de falar e o rapaz a puxou pela cintura, colando seus corpos. Em seguida, empurrou-a contra a mesa em que estavam sentados.
Um barulho fez com que ficasse em alerta. – Yah! – empurrou-o e retirou as taças de cima da mesa, depositando-as sobre a pia. só pôde rir daquela situação. – Não ria! Você já quebrou duas taças da última vez. Vou começar a cobrar – reclamou e ele a abraçou por trás.
– Você é tão chata. O que foi mesmo que eu vi em você? – provocou.
– Sou mesmo – respondeu esnobe.
Virou-se e colocou os braços no pescoço dele, ficando na ponta do pés para beijá-lo em seguida.
Ele a abraçou pela cintura, aprofundando o beijo, e, aos poucos, deitou-a sobre a mesa – agora desocupada -, ficando entre as pernas dela, que abraçavam a sua cintura.
Um beijo aqui e outro ali, somado a diversas carícias... De repente, já haviam perdido a maior parte das roupas que vestiam.
se pôs a beijar o vão entre os seios da garota, arrancando-lhe suspiros de expectativa, enquanto ia descendo pela barriga, fazendo uma trilha de beijos, ao que apertava sua coxas descobertas pelo pequeno short branco que gostava de usar para dormir. O rapaz pôs as mãos na barra do short e brincou um pouco, provocando, para então puxar de uma vez, junto com a calcinha que ela usava. Após livrar-se das roupas, o puxou para cima, impaciente com a espera, e o beijou, enquanto corria as mãos pelas costas do mais velho, arranhando de leve, descendo-as até a cueca e a empurrando para baixo. Com ajuda do rapaz, os dois conseguiram se livrar da única peça de roupa que ainda os separavam. provocou mais um pouco, mordendo o lóbulo da orelha da garota, que gemeu impaciente, enquanto ele fazia movimentos insinuantes.

– O quê? Você quer alguma coisa? – perguntou, sussurrando no ouvido dela.
– Você sabe que sim, seu filho da mãe provocante – ele riu.
– Diga-me o que é então que eu lhe dou.
– Vo… – ele juntou seus corpos antes que ela terminasse de falar, cedendo ao desejo dela como também ao seu.
A garota arranhou um pouco as suas costas, devido a ter sido pega surpresa.
Àquela altura, seus corpos já estavam cobertos de suor e não demorou muito para que ambos atingissem o ponto máximo daquele ato.

***


saía do banheiro enrolada numa toalha após tomar banho. , que estava junto com ela, havia saído antes e a esperava na cama, quando a campainha tocou.
– A pizza! Até que enfim! – ela ia sair correndo, quando sentiu seu braço ser puxado.
– Nem pensar que você vai sair assim, só de toalha. E se o entregador for um homem?
– E se for uma mulher? – rebateu. – Você vai sair só de cueca? – apontou para ele.
– Não importa!
– Ótimo, então vamos os dois! – e correu para a porta antes que ele pudesse impedi-la.
Mas, quando estava prestes a abri-la, sentiu seu corpo sendo puxado e logo estava prensada contra a porta, enquanto espiava pelo olho mágico.
– É uma mulher. Você pode atender, amor – sorriu cínico e entregou a carteira para que pagasse a pizza.
Annyeonghaseyo – cumprimentou a entregadora.
pagou a pizza e a trouxe para dentro. Passou pelo rapaz e foi até o quarto, ligando a TV de lá.
– Idiota – falou, assim que ele entrou no quarto, enquanto vestia suas roupas íntimas e uma blusa por cima, livrando-se da toalha.
ignorou o elogio e abriu a caixa para pegar um pedaço de pizza.
– Você não estava com fome? – apontou para a caixa. – Ou será que já passou? – perguntou maliciosamente.
A garota corou um pouco ao lembrar do banho que tomaram juntos, poucos minutos atrás.
– Yah! – pegou um travesseiro e jogou nele, que desviou rindo. – Não seja idiota. Está bom?! – falou com raiva.
Pegou um pedaço de pizza e deu uma mordia, desviando o olhar dele.
Mianhae, Senhorita Rabugenta – pediu. – Sabe, às vezes a acho muito parecida com o hyung – acrescentou, sentando-se na cama ao lado dela.
W-wae? – perguntou atenta de repente, mas que foi despercebido pelo mais velho.
– Vocês dois são muito temperamentais. Não é qualquer um que aguenta. Sem contar que são dois chatos de carteirinha.
– Yah! – gritou e ele riu, voltando a comer.
– Os membros querem conhecê-la. Eu contei para eles sobre a gente e reagiram melhor do que eu esperava. E pediram para que você fosse até a empresa amanhã para que possam se conhecer.
– Omo! – agarrou um travesseiro. – Sério?
Ele assentiu com a cabeça.
– Omo, omo, omo! – mordeu o travesseiro para conter um grito. – Vou conhecer o Exo! Eu. Vou. Conhecer. O. Exo.
– Yah! Por que você está assim? Já conheceu o Exo naquele fanmeeting e não estava assim... Nem nunca ficou assim comigo – apontou, sentindo uma pontada de ciúmes.
– Claro que fiquei – disse. – Só que agora é diferente! Vou ver os onze de uma vez! Sem outras fãs por perto e… Omona! Meu BIAS vai estar lá! Eu. Vou. Enfartar – surtou. não sabia se ria, saía correndo ou se reclamava daquela piração toda por causa do tal BIAS dela, que ele ainda não sabia quem era.
– Não vai acabar de comer? – perguntou, revirando os olhos.
– Ah, sim! A pizza! – lembrou e voltou a comer.
– Só não pareça uma sasaeng amanhã. Ok?
Ela lhe deu um tapa.
– Quem é sasaeng aqui, colega? Está me estranhando? – revirou os olhos. – Sério. Esse cara...
riu.
Continuaram a comer e, quando acabaram, se deitaram juntos na cama e ficaram vendo TV até caírem no sono.


5. Fanmeeting!

encarou o prédio da SM Entertainment durante alguns minutos antes de resolver entrar, mostrando um cartão que havia lhe dado ao segurança. Mais alguns andares depois de entrar no elevador e finalmente iria conhecer os meninos. Respirou fundo, tentando se acalmar um pouco, assim que entrou no cubículo. Segundos depois, escutou um som indicando que o elevador havia parado e as portas se abriram. Mandou uma mensagem para , pedindo para que fosse encontrá-la.
Logo ele apareceu, abraçando-a por trás, pegando-a de surpresa.
– Pronta? – olhou-a com aquela cara de vadia convencida que mantinha vez ou outra.
– Cl-claro… – ele riu.
– Então vamos. Eles estão esperando na sala de ensaio.
Ela o puxou pela camisa e escondeu o rosto no peito dele, como uma criancinha com medo de um monstro no armário.
– Ai, meu Deus… ! – chamou.
– Hum?
– Segure-me.
– Segurar? Wae?
– Você não quer que eu pule em cima deles. Quer?
Mwo?
– Tudo bem, então – saiu andando na dianteira e parou em frente à porta que ele havia indicado como ser a de ensaio.

a pegou pela mão e abriu a porta, levando a namorada junto com ele para dentro da sala.
Os meninos estavam em pé, todos à espera da tal garota que fez com que se apaixonasse, e, assim que a viram, fizeram a típica saudação do Exo. aparentava estar calma por fora, mas por dentro estava uma pilha. E achava que a qualquer momento iria pular em cima deles.

– Não precisa ficar nervosa, falou e ela lhe deu um tapa, o que fez com que os meninos rissem.
Annyeonghaseyo – cumprimentou-os. – Sou .
– Você parece nervosa – apontou .
Ela riu um pouco.
Ne…
– Tênis legal – falou que até então, por incrível que pareça, apenas observava calado.
Ele sorriu aparentemente inocente, mas seu olhar não negava que maquinava algo e notou assim que olhou para o rapaz. E, inconscientemente, também olhou para os pés dele, percebendo um par do mesmo All Star cinza de cano médio que ela usava naquele momento.
Todos, com exceção de , pareciam ter notado aquela coincidência que os faria parecer um casal aos olhos de desconhecidos.
Kamsahamnida – ela agradeceu, sem jeito.

***


Após as apresentações, eles conversaram sobre várias coisas, porém ela ainda continuava meio acanhada, sentada entre e , enquanto o último se mantinha segurando sua mão direita, tentando acreditar que era mesmo verdade que estava em uma sala com aqueles doze rapazes.

– Que tal se você fingisse que nos conhece faz tempo? Aposto que não é difícil – sugeriu.
– É verdade. Finja que não escondeu você da gente por quase dois anos – disse, olhando torto para que fingiu não notar.
corou um pouco.
– Vocês têm certeza disso? – perguntou e eles afirmaram com a cabeça.
, que até então parecia calmo, se alertou um pouco e apertou a mão dela automaticamente.
se soltou dele, sorriu, fechou os olhos e respirou fundo. Quando os abriu novamente, parecia outra pessoa.
Para , parecia ela mesma, dessa vez agindo naturalmente, e ele, de certa forma, ficou meio assustado.
– Então vamos pela ordem – ela disse e olhou um por um, antes de se levantar e caminhar até que sorria curioso.
Annyeong – ele acenou, sorrindo.
! – gritou e se aproximou mais, segurando o rosto dele entre as mãos. – Você é tão fofo que eu poderia morrer! Sério – e apertou o rosto dele em um bico de peixinho. – Eu amo essas bochechas e você... Você é tão lindo, tão amorzinho. Nho, nho, nho, nho, e esses olhinhos? É o que torna tudo fofo em dobro. Eu o amo, – e o abraçou apertado.
Os meninos logo se puseram a rir, alternando o olhar entre ela e , que encarava tudo muito ciumento.
Yah! O que você está fazendo?
– O que eu sempre quis fazer. Segurem-no, porque vou aproveitar o momento agora e, por favor, não se assustem. Chokiyo… ! – sorriu para ele, que retribuiu.
– Você tem algo a me dizer? – perguntou e deu uma olhada em , que àquela hora já estava sendo segurado por .
! Primeiramente, você é tão lindo! E eu realmente fico indignada com como alguém pode parecer tão jovem. Parece tão bebê às vezes que sinto vontade de pô-lo no colo e apertar muito! Mas… Você também é muito sexy quando quer! Pode ficar em pé por um instante, por favor? – pediu e ele atendeu, rindo. respirou um instante, mordeu os lábios e se aproximou dele, pondo as mãos nele, na região das costelas, e logo “arranhando” um pouco com as unhas, descendo pelo abdome. Isso fez com que , que usava apenas uma regata folgada, estremecesse um pouco ao toque.
Waaah! – exclamou e tentou segurar as mãos dela, porém ela as tirara antes e se pôs a abraçá-lo apertado pelo pescoço, assim como fizera com . – Uma última coisa: você tem uma voz linda, dança muito bem e é um amorzinho. Eu o amo.
Kamsahamnida – agradeceu ele, meio sorrindo, meio rindo e um pouco tímido, ao mesmo tempo em que retribuía ao abraço.
Quando chegou perto de , notou que ele a encarava risonho.
– Eu não sei se lhe peço para ficar em pé ou sentado, mas, levando em consideração que você é canadense, acho que não vai ser muito estranho se… – e se sentou no colo dele, segurando-o pelo pescoço para se apoiar. Se já estava irritado por causa de e , com ele já estava puto da vida. – , yo! Wassup, man?¹ Sabe, você é uma coisa...! – suspirou, colocando uma mão na testa para dramatizar. – Eu nem sei o que falar direito sobre você, porque acho que não consigo, You know... You’re just so hot! And tall!² Eu amo o jeito com que você se move. É tão elegante. E quando é um filho da puta esnobe, e… Cara, eu tenho que falar isso porque só tenho hoje e tenho que aproveitar. Não é só minha opinião, mas minhas amigas também pensam como eu… You seem to be the kind of person who do things right. And you know what I’m saying with “things”, huh?³ – falou em inglês e rápido, pois sabia que nem todos ali eram fluentes.
pareceu sem acreditar que ela estava mesmo dizendo aquilo e riu antes de responder.
You can check if you want to4 – disse com uma voz provocante e piscou, enquanto a abraçava pela cintura. mordeu o punho, contendo um sorriso, enquanto virava o rosto.
Omo! Acho melhor pararmos por aqui – ela disse rindo e se levantou. – Você está me deixando vermelha – ele riu.
– Não vai dizer que me ama também?
– Você sabe que sim, seu puto – respondeu, fazendo-o rir. Sabia que não teria problemas quanto à “linguagem”. O único problema que sabia que já estava tendo era quanto ao namorado furioso que assistia a ela. Sabia que iria brigar com ela, mas ainda tinha que aproveitar o bom tempo que estava tempo. Também não sabia qual membro tinha a reação mais engraçada com relação ao que ela dizia ou fazia. Caminhou até , sentado entre e , e o cumprimentou.
Ricoooooo! – gritou de braços abertos, rindo da cara de susto que fez pelo grito repentino. – Annyeong, -shi – falou calma. – Eu sei que é difícil para você cuidar dessa cambada de gente e que ele...! – apontou para , acusando-o. – É um preguiçoso. Admiro-o por isso, omma do Exo. Você é muito fofo, lindo e tímido, e eu acho isso muito bonitinho. Saranghae, oppa – abraçou-o.
Kamsahamnida – agradeceu.
-nim! -nim! -nim! – falou animada e bateu as mãos, como se estivesse falando com uma criança. – Você é tão fofinho, com uma voz tão fofinha. Por isso que os meninos falam que suas reações são as melhores. Mas eu sei que você também é cara de pau e irônico que adora trollar alguém de vez em quando. E sua dança…! Sem comentários. Você precisa me dar uma aulas qualquer dia desses, huh?! – e riu em seguida. – E, como eu disse com o , falo para você também. É lindo e sexy, principalmente dançando. E essas covinhas?! – gritou de repente. – São uma fofurinha nível máster. Eu amo você, oppa – e repetiu novamente o abraço que iria se repetir para cada um deles. riu um pouco, mostrando as covinhas.
Em seguida, olhou para , que segurava desde que ela começara a falar com . Piscou para o namorado e riu, um pouco nervosa.
-shi – chamou, com uma voz de aegyo. – Você está fazendo um ótimo trabalho em segurar o oppa. Vou deixa-lo por último para não correr o risco de ele pular em cima de mim quando você soltá-lo.
Yah! Eu não achei que você falava sério quando me pediu para segurá-la! – reclamou , fazendo os outros explodirem em gargalhadas.
Mianhae – pediu. – Mas tenho que aproveitar hoje, oppa. Depois a gente conversa – falou, tratando de ignorá-lo.
Caminhou até o outro lado do sofá, em que se encontrava sentado na ponta, ao lado de .
, ! O que eu falo sobre você? Omo! Sua voz é tão linda e você é tão amor, tão educado! Minha mãe acha que daria um ótimo genro!
– Ela falou o quê?! – gritou .
– Seu jeito desengonçado na dança também é muito fofo. Bem, mas agora tenho um pedido. Pode cantar o refrão de “Best Luck” para mim? Jebal!
Joha – respondeu, sorrindo, e começou a cantar. – Bogo sipeun naui sarang unmyeong ijyo pihalsudo eobtjyo every day. I'm so lucky sumgyeowatdeon nae mameul, gobaek hallaeneoreul, saranghae…
Omo! Eu sempre quis escutar isso assim, de perto! Kamsahamnida, oppa! – abraçou-o.
Kamsahamnida.
O próximo era . hesitou um pouco antes de andar risonha até ele, pois esse se mantinha ao lado de e seu namorado ciumento.
!
Ne. Annyeonghaseyo! – cumprimentou ele, alegre como sempre.
Oh, meu Deus! Você é tão fofo que quero apertá-lo até você explodir – disse entre pulinhos. Os meninos apenas não conseguiam parar de rir divertidos das cenas dela. – Aigoo! Venha cá, venha! – puxou-o para que se levantasse e em seguida se pendurou no pescoço dele em um abraço.
Wah! automaticamente a abraçou pela cintura para que ela não caísse e de quebra o levasse junto. Porém, quando viu o olhar de puro ódio que lhe enviara, tratou de colocá-la no chão. O resolveu aguentar tudo calado, por incrível que pareça. Afinal, ela não ia parar de qualquer jeito, então preferiu esperar que a menina terminasse até que pudesse falar (não tão) tranquilamente com ela a sós.
– Eu amo você, ! Seu poste ambulante e desengonçado.
Waaah! – repetiu. – Kamsahamnida.
– Você tem uma voz sexy também – piscou para ele, deixando-o um pouco sem jeito.
Kamsahamnida – agradeceu novamente, voltando a se sentar onde estava antes.
! Yah, seu “corujento”! Seu fofo! Seu… Ser da voz linda! – elogiou. – Mas você também sabe que às vezes parece um serial killer. Certo? Por favor, não leve a mal. Estou brincando. Seu sorriso é tão fofo e eu adoro quando você faz aqueles agudos! Sem contar que é um ótimo ator. Foi tão linda aquela cena de “It’s ok. That’s love” com o cantando no fundo a OST. Omo! Tão lindo. Tão lindo! Ah, venha cá, venha! – abraçou-o e, em seguida, se virou para .
! Adoro aqueles pulos que você dá no palco. Precisa me ensinar aquilo! Chincha! – segurou-o pelos ombros. – Preciso aprender isso!
E assim, sem mais nem menos, ela deixou de lado e olhou para de um jeito meio perverso. Logo que é super tímido com quem ele não conhece. O rapaz a encarava passivo, risonho, (aparentemente) natural. sorriu para ele, meio risonha, e o cara olhou para os outros membros que o encaravam curiosos.
Mwoya...? – disse entre risos, visivelmente nervoso, fazendo com que ela também risse.
se aproximou de e segurou suas mãos, olhando para ele. Puxou-o para que se levantasse e, antes de mais nada, o abraçou. Ele, que até então estava parado, resolveu retribuir, abraçando-a pela cintura. Foi quando ela fez a mesma coisa que havia feito com . Porém, enfiou as mãos de baixo da camisa dele, antes que ele pudesse impedir.
Woooah! – a reação dele foi hilária e todos, com exceção de , se puseram a rir.
Mianhae, , mas sempre quis saber qual seria sua reação se eu fizesse isso – disse, tentando não rir. – Adoro esses olhinhos e esse risinho envergonhado. Eu amo você – completou, segurando no rosto dele. achava que, se tivesse a pele um pouco mais clara, ele provavelmente estaria vermelho como um pimentão. ainda estava com as mãos na cintura dela e aquilo facilitou para que ela puxasse seu rosto ao dela e…
Wah! – soltou um coro de vozes surpresas.
E então ela beijou uma de suas bochechas. Ele simplesmente havia ficado sem reação, enquanto a menina ainda sorria para o rapaz. Separou-se dele, que voltou a se sentar, e caminhou até e .
Mianhae, oppa! – pediu, porém o jeito com que ela o olhava era o bastante para saber que mais tarde teria que enfrentar um tornado em casa. Ou não. tentou se soltar de naquele momento e deu dois passos para trás, arregalando os olhos. – Omo! , , vocês podem segurá-lo para mim? E, -shi, não deixe que ele fale ainda.
Os rapazes se levantaram entre risos e caminharam até aquele bicho do mato que queria ser solto. o segurou pelo pescoço, como fizera antes, e apenas se sentou no colo de . Aquilo era suficiente para imobilizá-lo.
se levantou, alongando os braços.
Waaah! Você vai me beijar também? Meus braços estão doendo depois desse tempo inteiro segurando o seu namorado. Aish! – ele reclamou, fazendo com que ela risse.
-shi… – ela chamou, com voz de aegyo.
Wah… Venha cá, -shi! – ele abriu os braços e ela praticamente pulou em cima dele para abraçá-lo bem apertado (abraço que foi muito bem retribuído). Aparentemente, era o único que não estava nervoso como os outros.
Oppa-ah! – falou novamente com voz de aegyo. Os dois apenas se abraçavam forte.
– Até parece que eu já a conhecia! – ele comentou. – Mas… Espere. Eu já conhecia você! – acrescentou, fingindo surpresa. – Eu a ajudei com as suas malas. Não foi?
– Sim, komawo. Eu sou muito desastrada – respondeu, fazendo-o rir.
Joha, joha – e soltou um pouco o abraço para poder olhar para ela. – Você tem algo a me dizer?
sentia seus olhos se encherem de lágrimas e tratou de piscar para afastá-las e passar despercebido, coisa que notou. Pigarreou e soltou a respiração de uma vez, antes de falar baixinho de modo que só ele escutasse.
Ne. Você é lindo, sua voz é linda. Você é fofo, mas também é um beagle endemoniado – ele riu nessa hora e os outros membros, como não conseguiam ouvir, se perguntavam sobre o que falavam.
Ne. Ne.
– E... Eu quero que saiba que sempre irei apoiá-lo nos momentos difíceis e, agora que já nos conhecemos, você pode me ter como amiga, se quiser. Acho que não será difícil para você ficar à vontade comigo. Tipo, só acho. Sabe? – riram. – Eu amo você, oppa – e o beijou na bochecha, logo o abraçando novamente.

Minutos depois, se encontrava sentada entre os membros do Exo, enquanto estava sentado à sua frente, fuzilando-a com o olhar.

– Antes de mais nada… – ela começou a falar.
– Quieta! – respondeu, bruscamente.
-ah! Não é assim que se fala com ela – defendeu .
respirou fundo, tentando conter a raiva.
Joha. Você me avisou e eu vou fingir que não vi o que aconteceu aqui. Mas, antes de mais nada, eu quero saber de uma vez! E você vai dizer!
– Não digo, se não quiser. Ache ruim! – ela respondeu, já sabendo ao que ele se referia e o provocando ainda mais.
– Yah!
– Você não pode me obrigar! – a garota falou, dessa vez com raiva.
– Yah, não briguem – pediu .
, diga agora quem é o seu BIAS.
BIAS? repetiu.
– É mesmo. -shi, quem é o seu BIAS? – perguntou curioso.
– Eu não vou falar para vocês – respondeu enfezada. – Podem tentar adivinhar, se quiserem. Podem tentar achar as possibilidades, mas não irei admitir para ninguém.
Aish! Não precisa se estressar – resmungou , já enfezado também.
Mian… – pediu, dessa vez com um sorriso.

Alguns dias depois…

Havia sido decidido que, quando completassem os dois anos de namoro, o assunto viria à tona na mídia e iria confirmar o namoro tirando uma foto com e postando no Instagram.
E essa data seria no dia seguinte. Uma foto dos dois sorrindo havia sido tirada por naquele dia, no que conhecera os meninos. ainda discutira por alguns minutos quando chegaram ao apartamento dela, indignado por ela ter se jogado nos membros e também por não ter respondido a sua pergunta. Os garotos ainda tentavam descobrir quem era o favorito dela desde aquele dia.

Flashback ON

– Eu acho que posso descartar , , talvez? Acho que não fazem muito o seu estilo – ele tentava adivinhar, sentado na cama, enquanto ela trocava de roupa.
– Você ainda está remoendo isso? ! – gritou a última parte e se sentou na cama, em frente a ele, fazendo com que o rapaz a olhasse – Quero que entenda algo e veja se coloca logo isso na sua cabeça: você que é meu namorado. É você que está comigo há quase dois anos. Não importa quem seja o meu BIAS no Exo ou quem não seja, já que é você quem me tem. E não adianta ficar de raivinha, quando o Exo não é o único grupo do qual sou fã… E o... – fingiu uma tosse. – ...BIAS que eu tenho no grupo, e que não vou admitir para vocês, não é o único que eu tenho. Entendeu?
revirou os olhos e olhou para algum ponto qualquer.
– Araso.
– Chincha?
Ne. Joha. Você é minha e de mais ninguém – acrescentou, puxando-a para si pela cintura.
– Hum… Até que enfim você entendeu – ela sorriu.
– Any… Não seja o tempo que estamos perdendo com essa discussão idiota – ela riu.
– Hum… Tem razão.
– Podíamos fazer uma coisa mais interessante, huh?
– Não sei… Podíamos? – e ele afirmou com a cabeça, antes de puxá-la para um beijo.


Flashback OFF

passara a ir visitar os meninos nos ensaios sempre que podia. Embora ainda ficasse um pouquinho nervosa perto deles, já havia se acostumado consideravelmente.
Naquele dia, haviam combinado de sair para comer logo após o ensaio. Era madrugada, o que tornava mais fácil para os rapazes andarem juntos e para ela andar com eles. Os outros haviam acabado de ir para o carro, dizendo que iriam esperá-los lá. Restaram apenas ela, , que havia acabado de entrar no banheiro para tomar banho, e , que tinha acabado de tomar um e tentava fazer algo no cabelo ainda molhado.
o observava quieta. Achava engraçado quando ele ficava impaciente, pois fazia com que a menina achasse que o garoto era mesmo ela em uma espécie de versão masculina.
-shi, pode me ajudar com esse gel? Eu sempre me atrapalho com isso.
– Ah, cl-claro – respondeu um tanto nervosa. Não era a primeira vez que ajudava algum membro com algo do tipo, mas, quando ajudava, sempre tinha várias pessoas ao redor e daquela vez estavam sozinhos.
Ela estava sozinha com , enquanto tomava banho no banheiro do lado deles.
Mas a garota não estava sozinha apenas com .
Estava sozinha com o BIAS dela.
BIAS que até então nenhum deles sabia quem era dos onze que restavam. E, embora ficasse com o coração parecendo uma bateria, ficava à vontade quando estava com ele, em especial.
Pegou o pente da mão dele e um pouco de gel, aprontando em pouco tempo um típico topete. Foi quando acabou que percebeu o olhar de para ela. Olhava-a nos olhos fixamente. sentiu o rosto esquentar um pouco e abaixou a cabeça, desviando o olhar.
– Pr-pronto. Já acabei… – disse, brincando o pente nas mãos, nervosa.
Ele segurou em seu queixo e levantou o rosto dela para que encontrassem seus olhos novamente. Piscou uma vez e alternou o olhar dos olhos para a boca dela duas vezes, antes de se aproximar vagarosamente e juntar os seus lábios com os dela. Foi um beijo simples, que durou apenas alguns segundos. Quando se afastou, a menina percebeu que o garoto a encarava um tanto risonho, sorrindo sem mostrar os dentes. Ele mordeu os lábios, tentando conter um sorriso.
– É uma honra .
-shi… O– o quê? Honra? – encarou-o confusa.
Ele se aproximou novamente e sussurrou no ouvido dela:
– Ser o seu BIAS – ela arregalou os olhos.
Oppa! Co-como você descobriu?
– Acho que você me conhece o bastante para saber que sou bem observador. Kkaebsong. Você não foi muito boa em disfarçar a emoção pelo oppa aqui no dia em que nos conhecemos.
Chincha? Eu até me esforcei para colocar dúvidas em todos...
Any… Não é desse dia que eu estou falando, e sim do que nos vimos pela primeira vez naquele aeroporto.
– Você se lembra?!
Ne. O dia que nos reencontramos na sala de ensaio só serviu para eu ter certeza. Você quase chorou – riu. – Mas eu gosto que permaneça em segredo. É mais emocionante que só eu saiba – sorriu e sussurrou novamente, fazendo-a rir em seguida. – Vai ser o nosso segredinho.
Ouviram o chuveiro desligar e, momentos depois, saiu já pronto. Encontrou os dois sentados no sofá, rindo. Aparentemente, imitava alguém, enquanto estava a ponto de chorar de rir. Não era a primeira vez que via aquela cena entre ela e ele ou qualquer um dos seus membros.
-ah! – chamou . – Até que enfim. Eu já ia sequestrar sua namorada e deixá-lo aqui sozinho.
revirou os olhos, pegando a carteira de cima da cama e a colocando no bolso.
– Então vamos – ele falou, enquanto esticava um braço, chamando a namorada que logo se pôs ao seu lado.

O casal caminhava na rua um ao lado do outro, enquanto ia um pouco mais atrás, observando os dois com um sorriso no rosto.




Fim.



Nota da autora: (07/11/2014) Só uma fic bobinha para vocês. Bem Alice mesmo. HAHAHA Tenho uma leve impressão de 90% de certeza que muitas características não bateram aí. Grupo grande + fic interativa dá nisso! ahsuidhsiduhsaduih A fic originalmente é com o Sehun (percebe-se pela capa haha) e o Bias no caso é o Baekhyun. A ordem Original dos membros seria então: Sehun, Baekhyun, Kris, Luhan, Kai (minha mãe ama esse noujento kk), Xiumin, Lay, Suho, Tao, Chen, Suho, Chanyeol, D.O~ Mas e aí, gostaram? :P Leiam Oh... He's Got me! (É uma spin-off dessa história com Baekhyun/o bias e.e) Glossário (para novatos ou não no kpop ou coreano): Wae? - Por quê? Mwo? - O quê? Mwoya? - O que é isso? (Mais para WTF na expressão dele) Joha - Ok, Tudo bem. (Temos Geurae que /até onde sei/ também é uma forma de concordância, mas eu não coloquei t.t) Chincha - Sério, realmente Chokiyo - Com licença E colocando por colocar: Omo/Aigoo - tipo OMG! Meu Deus! *morre* (uma expressão de surpresa que todo kpop conhece) bahaha! Saranghae - Te amo Ne - sim Any/Aniyo - Não Annyeong/Annyeonghaseyo - Oi/Olá (mas eu acho que todo mundo sabe disso) Kamsahamnida/Komawo - Obrigado (acho que todo mundo também sabe disso) Sobre o “seu” diálogo com o Kris/pq é o Wu originalmente (na ordem): Wassup, man? - E aí, cara? (o que vive falando isso T.T então, acho que cês sabem) You know... - Você sabe... "Você é tão quente/gostoso e alto!" "Você parece ser o tipo de pessoas que faz as coisas direito. E você sabe o que quero dizer com ''coisas'', hã?" E a minha favorita: "Você pode checar se quiser"





Outras Fanfics:
Getting Back (Outros/Andamento)
A Última Promessa (Especiais de Janeiro/Spin-off de Ópera)
MoonHouse! (Exo/Baekhyun/Finalizada)
Oh...He's Got Me! (Restrita/Exo-Baekhyun/One Shot)


comments powered by Disqus