Última atualização: 25/02/2021

Capítulo Único

Terça-feira, 14 de Outubro.

"Tô namorando aquela mina
Mas não sei se ela me namora
Mina maneira do condomínio
Lá do bairro onde eu moro..."


Ele.
E lá ia a minha garota passando. Certo, minha ainda não. Pelo menos, não oficialmente. Ela não desfilava no calçadão de ipanema, mas por onde passava ia ganhando um grande número de admiradores. Eu mal a conhecia, mas não podia deixar de abrir um sorriso quando ela passava com seu conversível vermelho na frente da minha casa, pronta pra ir pra faculdade. E eu sofria todos os dias por não ser o cara que ela encontrava nas noites de sexta-feira.
Mas felizmente, nesse momento ela ia cantarolando a pé. Pude sorrir ouvindo sua melodiosa voz por alguns segundos, até que um cachorro idiota qualquer se incomodasse com a mais encantadora das presenças e se pôs a latir.
Eram três e pouca da tarde e eu olhei a mesa, vendo pães e frios diversos espalhados por toda a sua extensão. Ela iria a padaria, e eu nem poderia a "acompanhar". Estava sem um centavo no bolso e já tinha pendurado coisas demais na conta. Mas ela não tinha esse problema, e lá ia ela passando com seu mais belo sorriso, deixando seus perfumes pelo ar. De vez em quando ela colocava seus olhos sob minha janela, mas não me via, não prestava atenção. Diferente de mim que não deixava escapar um detalhe de sua fisionomia. Já dizia Seu Jorge, Seu cabelo me alucina, sua boca me devora. Sua voz me ilumina, seu olhar me apavora. Era assim mesmo.
Eu, mesmo certo de que não havia a mínima possibilidade dela me ver por detrás das cortinas, sempre me abaixava quando seu olhar focava na minha direção. E ela é a única que consegue de me desarmar de uma forma que eu nem sabia ser possível. Ela não é minha em todos os momentos, mas cada vez que passa desfilando na frente da minha casa, eu sou todo dela e não há outra coisa no mundo que substitua isso.
- . - disse assim que me levantei do chão, certo de que ela já estava longe. Não me atrevi em perguntar de onde ele a conhecia, talvez eu não gostasse da resposta.
- É o nome dela? - Ele concordou e eu estava ainda mais feliz. Além de linda, ela carregava um nome maravilhoso e um sobrenome marcante. Pois é, diferente de todas as outras garotas que desejei, esse nome não saíria da minha mente tão cedo.
e estavam em minha casa tagarelando feito garotas. Uma super festa aconteceria no fim de semana, e isso os fez irem até lá planejarem o que os maiores pegadores da cidade fariam para torná-la inesquecível.
Você deve estar pensando que eu sou apenas um frustrado na vida que culpa o fato de não ter a garota que quer para cometer suas atitudes. Não é assim. Eu só sei aproveitar cada fase, costumo dizer. Se estou solteiro eu quero sim ir á festas, sair com as mais belas garotas (mais de uma se possível) e cometer as maiores loucuras. Mas se estou num relacionamento de verdade, sei dar valor á minha companheira e amo com corpo e alma.
- A Lara liberou a piscina e os quartos. A casa é bem grande então não vai ter aquela coisa das pessoas ficarem se esbarrando por lá. - estava animado, pois Lara; a promotora da festa, e ele, estavam se curtindo a um tempo. E a casa era bem grande mesmo, eu arrisco dizer que a maior do condomínio. - Mas certas pessoas aqui querem se esbarrar e muito em uma das convidadas.
- Você sabe que a não me dá a menor bola, cara. Difícil vai ser ela dando atenção a todo cara que chegar perto. - se desanimou. Ele era fã da garota desde os tempos da escolinha. - Sei lá, perdi a vontade de ir agora.
- Eu não falava de você cara, mas já que a carapuça serviu. E eu não sei dessa história de ela não te dar bola, já que metade da população feminina já nasce com o radar da paixão apitando " ". - Eu ri, voltando a real e realmente me focando no assunto. - Eu quis dizer que vai estar por lá, então que adoraria ficar se esfregando nela a noite toda.
- Não tenha dúvidas disso. - Dessa vez quem suspirou fui eu. Desanimado por saber que eu não teria a chance de ficar com ela, mas minimamente animado porque ao menos eu iria vê-la. E como Deus é realmente muito bom, antes de poder falar mais alguma coisa, ela surgiu de volta no meu campo de visão. Trazia consigo uma embalagem da padaria e toda a luz do universo.
- Vai lá falar com ela cara. - me empurrou até a porta e eu tive uma pequena parada cardíaca.
- Quem sou eu pra ir falar com ela, ?
- , o cara que não desiste de garota nenhuma e conquista todas as que quer. - Eu podia até ser esse cara, mas ela era mais que isso. Era a garota independente, a mais charmosa do codomínio, a paixão de todos. Eu precisaria de muito mais que um impulso pra finalmente ir falar com ela.


Quarta-feira, 15 de Outubro.

"Me perdi no seu sorriso
Nem preciso me encontrar
Não me mostre o paraíso
Que se eu for, não vou voltar..."


Ela.
Eu era maluca, sei disso. Sentia falta da minha rotina cansativa de estágio e faculdade. Eu amava e detestava as férias, mas isso não é o que me torna a pessoa mais confusa da terra. O que me dava esse título era a minha mania de ser babaca o suficiente de nunca saber o que estou sentindo.
Essa noite foi estranha. Tive um sonho estranho, com pessoas que não fazem parte da minha rotina e só conheço de vista. Não fiquei muito contente ao saber que dois dos maiores pegadores do condomínio dividiam minha atenção. Tudo bem, foi só um sonho, mas porque nele eu não era afim dos meus ídolos garanhões Ian Somerhalder e Jensen Ackles e sim dos super pegadores e ?
Eu estudo psicologia, amo pessoas e não tenho nada contra os dois, mas não aceito essas atitudes de "nunca pegar dua vezes a mesma garota" ou "não sair de uma festa sem ter quem levar pra casa". Realmente, acho isso um desrespeito com os sentimentos das pessoas. Por isso estou irritada, nem em sonho eu desejo sentir atração por uma pessoa assim.
Não que eu já não tenha sentido. Qual é? Moramos no mesmo condomínio, e convenhá-mos, é difícil não ficar olhando quando um garoto bonito passa perto. Eu já até fui meio-fã do antes de saber que minha melhor amiga era louca por ele. E sobre , bem, eu já ouvi dizer que ele era afim de mim. E como a princesinha da Disney que minha mãe me ensinou a ser, eu acreditava que podia mudá-lo.
Ou simplesmente, que ele quisesse mudar por mim.


Quinta-feira, 16 de Outubro.

"Eu digo "oi" ela nem nada
Passa na minha calçada
Dou bom dia ela nem liga
Se ela chega, eu paro tudo
Se ela passa, eu fico todo
Se vem vindo eu faço figa..."


Ele.
Então estava eu lustrando minha moto na calçada, quando a vi. Lá vinha , a musa do condomínio, desfilando suas belas curvas para quem quisesse ver. Eu era o que mais queria.
Ela estava usando uma camiseta do AX7. Eu era fã do Avenged! E cada dia essa garota me surpreende mais.
Eu adoraria levá-la a um show de bandas que temos em comum. Principalmente se ela estiver tão gostosa quanto etá agora. Os cabelos soltos, como sempre, voavam em todas as direções, e isso a tornava ainda mais perfeita. E eu estava doidinho para que ela passasse por mim e eu pudesse acompanhar sua bunda até onde quer que meus olhos pudessem ver. Acabei me distraindo demais. E quando ela passou do meu lado, seu habitual cheiro de frutas ficando, não resisti.
- Oi. - Disse e logo me arrependi. O vento que soprava ecoou meu som, que pareceu mais um grunhido desesperado. Parece que ela não ouviu. Cruzei meus dedos atrás das costas, e motivado por uma coragem que veio não sei de onde, disse dessa vez mais alto. - Bom dia! - E então ela se virou pra trás. Comecei a suar frio.

Ela.
- Bom dia. - Pude ouvir dizendo. Virei para trás e quase o vi cair por cima da moto. Ele estava tão nervoso por falar comigo?
Pensei em voltar e puxar assunto, só para saber como ele se saíria. Mas eu estava atrasada. Por isso só pude acenar e dizer um "oi", bem fraquinho porque fiquei sem fôlego.
Eu não havia reparado em como ele parecia sexy sujo de graxa e suado. Confesso que vim reparando em seu peitoral definido e nú desde o começo da esquina, mas aquele estilo mecânico sexy de filme erótico roubou todo o meu ar. Acho que foi a primeira vez que desejei ter esse homem na minha cama.


Sábado, 18 de Outubro.

"Eu mando um beijo ela não pega
Pisco olho ela se nega
Faço pose ela não vê..."


- Olhe ao seu redor, . - disse. - Você tem noção do que é todas as mulheres desse lugar estarem torcendo pra apitar no seu radar? Porque justo a ?
- Porque ela é única, tá? - E antes que eles pudessem o zoar por isso, completou. - Não é como se vocês nunca tivessem ficado afim de uma garota.
- Ficado afim sim, mas tem uma grande diferença. - Foi quem disse. - Nós pegamos a garota primeiro, antes de estarmos na dela.
- Você nem pegou e já está gamado. - complementou.
- Quando eu pegar, pode ter certeza que eu caso. - E os dois fizeram um coro de zoações de novo. - Será que ela já está aí? - Estavam parados em frente à casa de Lara, doidos para curtirem a festa.
- Com certeza, sim. - começou a procurar Lara com os olhos, encontrando ela e juntas sentadas numa mesa. - Quer ir até lá? - concordou.
- Não quero ficar de vela, então vou dar uma volta. - E então sumiu. Enquanto e se aproximavam das garotas, mais duas amigas delas se aproximaram. Belas amigas, não pode deixar de observar. iria adorar as duas.
- Se essa mesa não é o paraíso, com certeza esta na porta de entrada dele. - disse. Em seguida puxou Lara e a beijou, deixando e super desconfortáveis e as outras duas suspirando. - Tudo bem garotas? Vou roubar a amiguinha de vocês aqui rapidinho. - E saiu andando.
- E vocês, meninas? - puxou assunto. - Tudo bem?
- Tudo ótimo, . - A mais loira, Bridgit, se derreteu, mas não deu atenção. Estava concentrado demais no justo vestido que usava.
- Roxo combina contigo, . - Ele fez questão de exaltar, olhando a garota nos olhos. se envergonhou.
- Acho que preto combina muito mais. - Uma amiga de disse puxando a alça do sutiã da garota. riu e concordou em silêncio. Adoraria guardar aquela peça para si.
- Quem sou eu pra negar. - Ainda encarava nos olhos. A garota retriuía o olhar, embebedada pelo castanho da íris de . - Quer tomar alguma coisa, ?
- Eu estou com um copo bem aqui, . - Ela riu e ele se sentiu um retardado por reparar demais no decote da garota e não prestar atenção no que estava a frente dele. - Já estou aqui há um bom tempo, . - Ela percebeu o nervosismo dele e tentou o acalmar. - Eu vou ao banheiro, fique aí com as meninas. - E então ela saiu. Assim que já não ocupava mais o campo de visão dele, se despediu das meninas alegando que iria procurar por .

Ela.
Eu definitivamente não estava pronta para e seus olhares sugestivos. Eu realmente adorava meu corpo, quando me vi com esse vestido na loja me senti muito gostosa. Já com os olhares de sobre mim, me senti a deusa do tesão e devo confessar que isso mexeu muito comigo. Eu nunca havia ficado excitada apenas com um olhar, um homem tinha que me mostrar muito mais conteúdo antes que minha calcinha ficasse molhada.
Quando virei pra trás assim que comecei a me dirigir até o banheiro, pude acompanhar a trajetória do olhar dele, da minha bunda até meus olhos. Nem preciso dizer que quase tropecei quando o vi piscar o olho e voltar o olhar até o ponto inicial no maior descaramento. Eu estava quase subindo no quarto de Lara e pegando uma calcinha emprestada, mas a cena que iria encontrar entre ela e iria acabar atiçando ainda mais minha imaginação.
- Até quando você vai ficar negando fogo pro , ? - Bridgit perguntou assim que me sentei de volta. Ri da astúcia da minha amiga.
- Tadinha, acho que ela não percebeu quando ele babou na hora que eu puxei a alça do seu sutiã. Posso jurar que os olhos dele fizeram assim. - Sinalizou os olhos saltando para fora do corpo, como em desenhos animados. - Amiga, ele está completamente louco por você.
- Ele sempre está louco por todas, Alicia. - Lembrei-me do cafajeste que ele sempre foi.
- Ele ser um vadio não te impede de poder aproveitar. - Bridgit disse. - Um cara gostoso, com fama de bom de cama, pirado no seu corpinho e você vai dispensar? Vocês não precisam casar, , sexo selvagem é muito bom.
- Bridgit, Bridgit. - Ri. - Quem foi que te corrompeu dessa maneira, mulher?
- Você nos corrompeu, . - disse e eu sabia que ela falaria alguma coisa. - Não se lembra dos seus 14 anos? 90 porcento daquela escola era virgem e adorava ouvir seus contos eróticos com aquele seu namorado do ensino médio. - Eu ri lembrando. Realmente, aos 14 anos eu já era uma garota viciada em sexo.
- Eu mesmo escrevi muita fanfic restrita inspirada em vocês dois. - Bridgit confessou. - Foi uma pena seu man se mudar. Você ainda sente falta dele?
- Desde quando uma ninfomaníaca feito essa sente falta de alguém? - As duas eram tão tagarelas que nem me sobrava tempo pra falar. - Essa aí preenche o vazio interior só com coisas que não sejam sentimentos.
- Dá pra vocês pararem? Eu ainda busco meu principe encantado, tá?
- Quem sabe seu príncipe não tenha fama de cafajeste e more algumas casas antes da sua?! - sugeriu.
- Se for meu príncipe, querida, você só pode ser a bruxa má.
- Adoro, amor. - Rimos.

Domingo, 19 de Outubro.

"Jogo charme ela ignora
Chego junto ela sai fora
Eu escrevo ela não lê..."


Ele.
e eu estávamos seguindo e sua amiga até a praia.
A noite anterior havia sido um fracasso pra mim, já que não consegui conhecer nenhuma garota que me atraísse, depois dos poucos momentos que tive com . Ela havia ido embora mais cedo já que o ex-namorado de sua amiga Bridgit havia feito uma cena na festa e incomodado as garotas. Eu queria quebrar a cara do desgraçado.
Mas felizmente estou aqui, sem ressaca, aproveitando um dia de sol no melhor lugar do mundo. Eu realmente não sei como uma pessoa pode não gostar da praia. Temos uma paisagem maravilhosa, mulheres bonitas e até uns top-less de vez em quando. Infelizmente não aqui nessa praia.
- A gente mantêm uma distância segura se ficar nesse quiosque. - disse e eu concordei. Deveria parecer algo do acaso nos encontrarmos aqui. e as amigas (algumas delas já aguardavam-na na praia) optaram por dividir um guardasol a areia. Pude ver começar a babar, mas nem tive tempo de zuar já que comecei a fazer o mesmo em seguida.
Era a primeira vez que eu via de cabelo preso. Mas isso atraiu pouco minha atenção, eu fui mesmo a loucura quando ela tirou sua saída de praia e ficou só de biquini. Meu amigo fazia o mesmo com a garota ao lado da minha.
- Hey cara. - Chamei o barman quando uma ideia passou pela minha mente. - Pode me arranjar um papel e uma caneta?
- Claro, amigão. Vai mandar um bilhete pra alguém? - Tava tão na cara assim?
- Vou sim. - Concordei. - Traga uma bebida também. - E não demorou muito para que um papel e uma caneta repousassem ao lado de uma caipirinha de maracujá. Um dia lindo e eu não consigo aproveitar porque não consigo tirar meus olhos de você foi o que escrevi seguido por meu sobrenome. - O barman levou a taça até as mãos dela, que jogou o papel no chão sem nem ler o que estava escrito e ergueu o drink em minha direção, como se estivesse brindando comigo.
- É uma garota difícil hein, cara. - disse. - Acho que mais uma coisa que dividimos. Queremos aquelas que só nos esnobam!
- Isso vai acabar hoje cara. - Decidi, vendo olhar em minha direção a cada gole que tomava.
- Eu chamo Alicia pra sair se você fizer o mesmo com a . - E como se o destino estivesse me dando uma ajuda, minha garota se levantou e foi andando sozinha até a agua.
- Tá na minha hora. - Peguei minha camiseta, chinelos e carteira e fui seguindo até onde estavam as amigas da . Deixei minhas coisas e meu amigo com elas e fui caminhando até a agua. As palavras começaram a me faltar quando estavamos a dez metros de distância.

Ela.
Eu sabia que iria acabar me seguindo. Só não sabia qual seria minha reação ao tê-lo só pra mim naquele mar.
- Se essa sereia canta pra mim eu vou sem nem me importar. - Ele disse e quando me virei, dei de cara com o sorriso mais excitante desse planeta. - Só espero que não me jogue longe como fez com o bilhete que te mandei a pouco.
- Não confio muito em palavras, . Atitudes pra mim bastam. - Eu ri e ele se aproximou, ficando quase emm cima de mim. Eu estava salivando ao ver a água salgada escorrendo por seu corpo, sem exagero nenhum.
- Sempre soube que era difícil te conquistar. - Eu ri, mas gostei da ousadia. Fui andando sentido a areia, sentindo os olhos dele queimando em mim. - Porque será que essa sereia é tão díficil de fisgar? - Não resisti e respondi.
- Talvez você só não esteja usando o anzol certo. - Pisquei e ele se apressou em me alcançar, colocando as mãos na minha cintura. Achei que não pudesse ficar mais arrepiada, até que ele soprou no meu ouvido:
- Se você estiver disposta, te mostro o anzol que quero usar contigo agora mesmo. - Então ele me virou e beijou minha boca. Com ousadia, com desejo, com muito tesão.
- É tão bom que os vidros do seu carro sejam tão escuros. - Disse antes que ele soltasse meu biquini ali mesmo. - Ele me puxou pela mão, e mesmo com nossos amigos gritando algumas tolices, não paramos até que chegassemos no veículo.

Ele.
Nem me importei com o que as pessoas iriam pensar ao me ver entrando no banco do passageiro com uma garota no colo. Até porque o que elas pensariam seria realmenteo que estava acontecendo.
Fechei a porta do carro com uma mão e puxei a parte de cima do biquini, liberando seus seios. Seu gemido quando os toquei pela primeira vez quase me fez perder a lúcidez, mas me controlei.
- Teriamos mais espaço se conseguíssemos chegar em casa. - Ela disse e minha cabeça confusa entendeu como um desafio. Pulei para o banco do motorista com ela ao lado, a mão por cima do pênis, acariciando-o e dizendo o que gostaria de fazer com ele. Perdi o controle do carro pelo menos umas três vezes, e quando pude ver minha casa, estacionei o carro de qualquer jeito e respirei fundo. pegou a chave da minha casa no painel e desceu, ainda sem o biquini. Confesso que eu estava tão enlouquecido que já não sabia o que iria fazer quando estivesse trancado com essa mulher.
- O seu quarto fica lá em cima? - Perguntou já na escada. Como se eu tivesse controle o suficiente para ir até outro lugar. Puxei-a de volta até que estivessemos jogados pelo tapete. Livrei-me das minhas roupas e a despi da ultima peça que a cobria. Reparei em sua perfeita silhueta antes que a apoiasse no chão e a penetrasse. Demorei alguns segundos sentindo sua umidade antes de começar a me movimentar, seguindo seus pedidos.
Ficamos nessa posição até que decidi inovar e a coloquei apoiada sobre o sofá. Vendo aquela bunda empinada na minha frente, eu confesso que a fodi como nunca havia feito com nenhuma outra mulher. A levei ao orgasmo antes que conseguisse atingir o meu.
E então repetimos a transa mais uma vez, inovando nas posições e os cômodos da casa. Quando finalmente chegamos ao meu quarto, já era pouco mais de três da tarde. Eu estava exausto, e vê-la dormindo ao meu lado me fez relaxar.
E então foi com ela que eu sonhei.

Sexta-feira, 21 de Novembro.

"Minha mina
Minha amiga
Minha namorada
Minha gata
Minha sina
Do meu condomínio..."

Ele
- Achei que nem fossemos amigos mais, . - me cumprimentou. Eu havia ido até a casa dele porque já não o via a algum tempo. Aliás, com ao seu lado tempo era uma coisa preciosa e eu não queria perder sequer um segundo.
- Não seja dramático. - Entrei e me joguei no sofá. continuava em pé, me encarando. - Que foi cara, apaixonou?
- Você sabe que meu negócio é mulher, . Só não estou acreditando nessa sua cara de pau.
- Cara de pau? O que eu fiz dessa vez? Não me lembro de ter pego nenhuma garota sua.
- Você tem se esquecido de muitas coisas ultimamente, não acha? - Então era isso? Ele iria brigar comigo?
- Eu sei que não fui ao seu jogo, sei que faltei na festa da irmã do , mas cara, eu tava com a .
- Você sabe muito que poderia ter a levado.
- Qual é, . Vocês não iriam gostar de ver o que estávamos fazendo. - Brinquei, mas ele nao riu.
- Escuta, . É bem legal ver que você finalmente está com uma garota, mas você não precisa se afastar da gente por isso. - Sentou-se no outro sofá. - está namorando com Alicia, você sabia?
- Ele foi rapidinho, hein. - Nós dois rimos. - Você acha que eu tenho sido um péssimo amigo?
- Acho. - Foi sincero e riu por isso. - Mas também tem sido uma amiga péssima segundo Lara. Desmarcando compromissos, esquecendo datas importantes. É realmente muito legal vocês estarem juntos. Mas nós queremos viver isso com vocês também. Agora somos um grupo só.
- e , você e Lara, e eu. Há um ano atrás, eu nunca imaginaria isso.
- Ninguém imaginaria. - Rimos de novo e vi que meu amigo já não estava mais bravo. - A gente podia fazer alguma coisa amanhã, nós seis juntos. Alicia está falando com a mesma coisa que estou falando contigo nesse momento.
- Tô sabendo, por isso que eu não tô lá na casa dela. - Ele jogou uma almofada em mim. - O que vocês combinarem, eu to dentro. Vou conversar com a e te ligo. - Levantei, doido pra encontrar minha garota.

- Então você também concorda com eles? Que a gente tá passando muito tempo junto e deixando eles de lado?
- Um pouco. - Eu disse. - Mas isso vai mudar, não vamos sair juntos hoje?.
- É, vai mudar. Agora com e namorando, e Lara ficando, e nós dois... Bem, parceiros de cama, tudo fica mais fácil.
- Nós não precisamos ser só parceiros de cama, . - Sugeri. A vi prendendo a respiração e isso me incentivou ainda mais. - Aliás, , quer namorar comigo?
- Quero. - Respondeu bem rápido e se jogou em cima de mim. A beijei antes que ela falasse. - Que demora hein, , achei que nunca fosse pedir!
- Você também poderia me pedir em namoro, dona , que machismo é esse? - Ri e a beijei de novo.
- Quem diria, hein. - Ela se jogou no tapete da sala e fechou os olhos, como se estivesse lembrando de alguma coisa. - O motoqueiro mais sexy e cafajeste desse bairro namorando.
- Quem diria. - Imitei seu gesto. - A dona do porshe vermelho, minha garota do condomínio finalmente me aceitando como dela. - Ela riu e me deitei de frente pra ela. - Te amo. - Uma frase que carregava mais sentimentos do que pensei. Há tanto tempo lutando na minha garganta, teve forças o suficiente pra sair.
- Também te amo. - Ficamos ali deitados até que a sogrinha e o sogrão chegaram. Pareceram tão felizes quanto eu ao saberem da novidade. E eu tinha pressa, já pensava até em levar pra morar comigo. Mas ainda era cedo para a minha garota do condomínio se tornar a garota da minha casa.

Sábado, 22 de Novembro.

- Porco. - disse.
- Percevejo. - Foi a vez de . -Anda, amor, sua vez.
- Calma linda. Pus percevejo também. - Ele respondeu.
- Zero para os dois. - Lara disse. - Percevejo é um inseto!
- Assim não vale, amor. - disse. - Eu coloquei pernilongo.
- Vocês não sabem brincar. - Lara ainda assim não cedeu os pontos. - Papagaio.
- Papagaio é uma ave. Se inseto não vale, ave não vale também. - disse.
- E ave é o que cotoquinho de gente?
- A mesma coisa que um inseto.
- Ok.- Ela finalmente cedeu. - Ping-pong vale como esporte então? - Todos concordaram. - Vocês me dão raiva. Aprenderam a jogar stop com quem?
- Desculpa se não tem essa matéria na nossa faculdade. - riu brincando com a namorada. - Pelo menos a gente tá fazendo alguma coisa junto dessa vez.
- E o foco da conversa volta a ser e . Vamos gravar um video pedindo desculpas e reproduzir cada vez que vocês mandarem uma indireta pra gente.
- E a gente reproduz o audio de vocês dois gemendo no meio da noite. - Todos riram. E então começava uma grande amizade ali.

Epílogo

"Minha musa
Minha vida
Minha monalisa
Minha Vênus
Minha deusa
Quero seu fascínio..."


Ele.
E lá ia a minha garota passando. Foi a primeira frase que disse ao tentar contar minha história.
Dei o que amantes de livros e filmes costumam chamar de spoiler. Mas nem eu sabia no que iria me envolver.
Se fosse assim, começaria a escrever com e lá ia a garota a quem pertenço. Não sei se ela é mais minha ou eu mais dela.
Minha única certeza não está em nenhuma outra frase dessa história. Minha certeza parou no título.
Minha garota do condomínio. Minha.


Fim



Nota da autora: (20/06/2017) Clique aqui para seguir à página da autora
Cara, eu amo seu jorge E essa música? Que história pronta. Nem tive muito o que fazer, cara. Espero que tenham adorado a ler assim como a escrever foi incrivel. Confira minhas outras fanfics!





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