Leitora do mês - Dezembro

Thaís Pereira

Fanfic Obsession: Como você conheceu a autora? Qual foi a primeira fic dela que você leu?
Leitora: Conheci a Larys quando ela entrou pra equipe do FFOBS, mais ainda quando ela se tornou uma staff. Não tínhamos muito contato quando ela era só beta, mas ficamos muito próximas quando ela foi "promovida". E a primeira fic dela que eu li, foi a primeira que ela escreveu, porque acredito que eu tenho um pouco de culpa nisso, porque acabei contaminando a menina com a doença dos ficstapes e fiz ela escrever 07. I Wish You Would, e, convenhamos, ela se saiu muito bem, né?

FFOBS: Para você, o que tem que ter numa fanfic?
L: Uma história que me prenda, independente do gênero. O enrendo é a parte mais importante e ele tem que ser interessante desde o começo, porque se os primeiros capítulos forem fracos, as pessoas desistem. Então as autoras precisam pensar em formas de trazer ações e questões para o começo da história que vão interferir lá no final, para fazer com que os leitores fiquem com dúvidas e questões a serem respondidas ao longo da história, assim fazendo com que o leitor fique preso e leia tudo, sem abandonar.

FFOBS: Quais temáticas, gêneros e seções que mais te agradam?
L: Adoro um romance, é o meu gênero preferido. Também gosto de comédias românticas, mas daquelas não não forcem na parte cômica, porque eu não costumo sentir graça de nada (é, sou meio chata).

FFOBS: Quando você começou a ler? Lembra como e qual foi a primeira fanfic que leu?
L: Conheci as fics através de uma comunidade do McFly no falecido Orkut. Tinham umas garotas enlouquecidas pela atualização de Biology e eu pensei comigo mesma: "Que diabos é isso?" Então cliquei no link e a fic abriu. Confesso que fiquei confusa com aquelas perguntas e tive que atualizar a página para poder responder tudo certinho. Creio que todas conhecem Biology e devem imaginar minha reação ao ler a cena da cozinha da casa de praia ou da Ferrari. Entendam, eu nem sabia que aquilo existia e horas depois estava lendo algo com o meu nome e do Danny. Fiquei "nervosa" ouvindo a voz dele durante semanas. HAHA

FFOBS: Na sua opinião, qual a importância da leitora para uma autora?
L: Eu acho que elas se complementam, porque se a pessoa não quisesse que alguém lesse, não postaria a história, certo? Então a menina tem todo o trabalho de pensar num enredo bacana, transformar aquilo numa história interessante, tenta passar para o papel da melhor forma possível e tudo isso para outra pessoa, para suas leitoras. Então a importância tá dada aí, talvez seja por isso que é tão necessária essa troca, porque a forma que a leitora tem que retribuir toda essa dedicação que a autora tem com a história e também com quem lê, é dando um feedback, e quem não gosta de receber comentários, não é mesmo?

FFOBS: Você também é autora ou se prende apenas à leitura? Se sim, quais são suas fanfics?
L: Sou autora, sim. Sou autora até demais. Tenho vinte e cinco fics nesse site, Deus, preciso parar com isso.

FFOBS: Se você tivesse o poder de dar vida a uma personagem que leu numa fanfic, qual seria? Por quê?
L: Eu acho que seria um personagem segundário de uma fic que eu "abandonei": Halo. Ele é o meu personagem favorito de todos. Talvez seja porque ele anda no limite entre o certo e o errado, e como é uma linha muito tênue, você acaba pendendo para um dos lados em algum momento. Como numa corda bamba, na qual você balança de um lado pro outro, tentando encontrar seu equilíbrio. Essa é uma ótima definição dele. Ele passou por tantas coisas na minha cabeça, que essa inconstância dele é normal pra mim. Pena que eu não consegui mais desenvolver essa história, porque eu tinha grandes planos para ele. Caso alguém tenha lido Halo e esteja curioso, é o segundo favorito da história, o "anjo da morte".

FFOBS: Se sua vida fosse uma fanfic, qual seria o nome? Por quê?
L: "Não sei.", porque de ser a frase que eu mais falo na minha vida. HAHA Mas sem brincadeiras, eu realmente não sei, talvez usasse o nome de uma música, como eu faço na maioria das minhas histórias. Provavelmente seria o nome de uma música do Legião Urbana: Teatro dos Vampiros. Essa música significa TANTO pra mim, vocês nem imaginam.

FFOBS: O que você acha que chama mais atenção nas fanfics em comparação com os livros?
L: A interatividade e com ela a capacidade de te colocar, literalmente, dentro das histórias. Isso é incrível, você não precisa se colocar na pele de nenhuma personagem, porque você é ele, sabe? Acho isso muito sensacional. Fora que as fanfics são muito inclusivas, elas aceitam qualquer público, qualquer pessoa, basta sentir vontade para escrever, você não vai passar por nenhuma banca examinadora para publicar. E é uma excelente forma de começar, de amadurecer a escrita e a capacidade de desenvolvimento de histórias, muitas autoras de fanfics hoje, podem ser grandes escritoras no futuro. E peço que lembrem de mim e mandem livros autografados pra minha casa.

FFOBS: Bom, essa entrevista vai terminando por aqui. Caso queira deixar algum recado final, fique à vontade!
L: Quero agradecer a Larys pelo convite, é um enorme prazer ser a leitora dela, ser aquela que a incentivou de alguma forma a começar, porque ela não aceita meus elogios, mas ela escreve muito bem e seria muito triste não dividir isso com todo mundo. E quero agradecer a você que está lendo essa entrevista também. Um grande beijo.