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Última atualização: 15/02/17

Capítulo 1


A festa da filha do presidente Barack Obama estava cheia. Pessoas conversavam, outras preferiam ler alguns livros, enquanto o resto se encarregava de cumprimentar a garota. As cores predominantes -tanto da decoração quanto das vestimentas- eram vermelho vinho e verde escuro, e quase todos estavam de acordo com a regra. Dentre estas, bebericava o vinho tranquilamente, olhando uma das grandes estantes de livro que havia lá. Fora convocada em passar alguns códigos de segurança da casa branca para o CTOS, um sistema que abrigava todo tipo de contrabando, de armas, até pessoas. E o sistema da casa branca era um empecilho que desconectava o CTOS da rede nacional de dados, se resolverem descobrir os contrabandos, com toda certeza as pessoas iriam até a casa branca, já que era segurança máxima lá dentro. A parte fácil estava sendo feita, quando Haway avisou pelo rádio que tinha um sniper procurando-a e um agente também infiltrado na festa. Mesmo não gostando nem um pouquinho da situação, ela concordo, afinal, seria divertido poder fazer alguns jogos de mente com os adversários. Pediu para que o colega a colocasse de ligação direta ao sniper, e, antes da ligação ser atendida, já tinha o nome do dono do celular: Ethan Peters.

—Alô?— ele atendeu, ainda olhando pela mira da arma quem estava fazendo algo suspeito.
Ethan Peters, que prazer poder conhecê-lo.— sorri. Seria mais divertido do que ela pensara.
—Quem é?
Você não me conhece, mas mesmo assim está me procurando

Ponto para Ethan: era uma mulher. Agora, ele só teria que ficar de olho em 67% do pessoal presente ali. Peters foi escalado para aquela missão, junto com Bob Stone, pelo fácil manuseio de armas. A dupla era inseparável, parecia até filme de ação. Não fazia ideia de que seria tão difícil assim, porém Bob continuava incentivando, dizendo que tudo daria certo no final. Bob Stone era um agente da Central Intelligence International (C.I.A) treinado especificamente para aqueles casos. Também conhecido como montanha humana, pelo seu tamanho exageradamente grande. Antes, era zoado por ser um pouco acima do peso (talvez muito), resolveu treinar seis horas por dia, nos últimos vinte anos, e conseguiu o peso ideal para um lutador de WWE. Apesar das acusações de ser um traíra, a presidente da C.I.A ainda o manteve lá, ele era um bom homem.

continuava olhando os livros, tentando um chip de segurança. Aquele chip a levaria até o texugo selvagem, e assim ela teria o caminho para o CD de instalação do sistema. Texugo selvagem, assim como Tigresa Negra, eram codinomes para não serem reconhecidos. nunca soube o nome do Texugo Selvagem, assim como ele não sabia o dela, e era melhor assim.

—Não gosto de gracinhas.— Ethan responde, após longos minutos em silêncio.
Não tem nenhuma gracinha aqui além de mim, Peters.— a voz sedutora da mulher parecia ser vinda de uma pessoa indefesa, tão leve e suave.
—Quem é você?— Peters observa Stone entrando na festa, indo cumprimentar a moça que estava fazendo aniversário e o presidente.
Me chame de Tigresa Negra, por favor.— fala cortês, bebericando mais um pouco de vinho e finalmente achando o chip que tanto procurava.
—Eu quero nome verdadeiro...
Você vai me chamar assim, não me interessa se quer o verdadeiro ou não.

A moça dá alguns passos até o homem de trinta anos sentado na cadeira de rodas, ainda sem falar nada. Olhou a mira vermelha da sniper passando sobre seu peito, porém não se rendeu, agiu normalmente, como se não tivesse visto. Treinada especificamente para aquilo, sabia que fazia tudo perfeitamente bem, e que não abaixaria a cabeça para nenhum atirador de merda. Bob continua com o falso disfarce de bom moço, conversando com algumas pessoas ali, fazendo média com a classe alta da festa, ainda procurando alguém suspeito. Montanha-Humana conversava com o Texugo Selvagem, sem saber, e tentava prestar atenção em outra coisa sem ser o grande decote da moça que se aproximou.

—Senhores.— ela comprimenta com um aceno de cabeça.
—Boa noite, senhorita.— o mais velho diz, dando um beijo singelo na mão da mulher. Ele sabia de quem se tratava, teria que manter as aparências para Stone não desconfiar.— Esse é Bob Stone. Bob, essa é...
—Stella Armsty, da Alemanha.— sorri, mostrando perfeitamente todos os dentes brancos que tinha. O homem analisa suas vestimentas, vendo grandes marcas, e até alguns diamantes no percoço e pulso.
—Prazer, Senhorita Armsty.

Peters observava o trio conversando, já prevendo que o colega se distrairia com a mulher e não o ajudaria. Digamos que Bob tem um penhasco por mulheres bem vestidas e ricas, não que ele quisesse ser bancado por uma, mas era um grande fetiche dele. Ethan não recebeu mais ligações depois que a moça desligara, e isso o fez ficar atento.

—Senhorita, podemos conversar mais tarde? Agora, o presidente Obama pretende cortar o bolo da filha.— Texugo, que na verdade se chamava Jason, falou, sinalizando para que os dois prestassem atenção no presidente.

Obama fez um discurso breve, junto com Michelle, agradecendo à todos por estarem ali, celebrando mais um ano de vida da filha. Logo, o atirador ficou mais atento, vendo se tinha alguém com movimentos estranhos. Seu olhar parou sob a mulher ao lado do colega, quando a moça põe uma mecha de cabelo atrás da orelha, deixando a vista um comunicador. Peters ficou desesperado, tentando sinalizar para Stone fazer algo, porém o amigo estava prestando atenção no discurso. Logo, após o bolo, todos voltaram à fazer o que estavam fazendo antes.

, esconde o comunicador.— Haway avisa, entretanto, já era tarde demais; Stone já estava tomando algumas providências.
age normalmente, andando até Jason. Agora, sem o Montanha para atrapalhar, seria mil vezes mais fácil.

—Precisa saber fazer as coisas de supetão, Tigresa.— ele leva o copo de whisky até a boca, tomando um pouco do líquido.
—Eu já despistei eles.— fala com a voz forte.
—Cadê o chip?— não termina de falar a sentença e já recebe um saco plástico preto. Jason abre o notebook que carregava, colocando o chip em uma parte escondida. Não demora muito para o sistema denunciar aonde estava no CD: Quarto principal da casa. Agora, ela precisaria achar um jeito de subir sem ser vista.

Virou-se, com raiva iminente, aquilo era pra ser fácil. Um peitoral enorme a fez derrubar todo o vinho na roupa, sujando o vestido verde claro que usava. Bob pedia desculpas, pegando um pano e tentando limpar o estrago, porém nada adiantava. Foi então que a brilhante ideia de como subir no quarto principal veio: ela usaria o banheiro, só precisava desviar o caminho. Chega perto de Michelle, explicando o ocorrido, e a primeira dama a permite subir, sabendo que tem seguranças muito capacitados de impedir qualquer coisa. Stone fala que vai a ajudar a se limpar, já que ele causou tudo aquilo, e ela aceita para manter as aparências. O trabalho de um espião é manter as aparências.

O caminho das escadas foi calmo, tranquilo, sem nenhuma fala ou interrupção. Ela entra no banheiro, procurando alguma saída para o quarto, fingindo estar se limpando. Enquanto passava o papel higiênico macio sobre a roupa, via Bob ficar vermelho à sua frente.

—Está tudo bem, senhor Stone?— pergunta baixo, fazendo uma voz sedutora surgir.
—C-claro. Vai demorar muito ai?— cruza os braços, mostrando estar nervoso.
—Nós podemos demorar aqui, se você quiser...— puxa o zíper frontal, mostrando um pouco dos seios. Estava usando a arma mais fatal que uma mulher pode ter: a sensualidade.
—N-não, senhorita. E-estou em horário de serviço.— fala, enquanto ela o puxa pela gravata, fazendo ele ficar no meio de suas pernas.
—Ah, não se preocupe. Não vai acontecer nada que você não queira.— morde o lóbulo de sua orelha.

força um beijo urgente, fingindo estar desesperada para transar ali. Bob, sem ver que era tudo atuação, entra no jogo dela, pousando a mão em sua bunda. para o beijo ofegante, sabendo de uma desculpa infalível.

—Ei, você tem preservativo?— tenta o afastar de seu pescoço.
—Não.— ele fala, parando com os beijos.
—Eu tenho uma ideia.— sorri sapeca, parecendo uma criança fazendo bagunça.— Vou pegar uma no quarto principal.
—Ficou louca? É proibido entrar lá, Stella.— ele usa o nome inventado.
—É menos de cinco minutos.— ela desce do balcão.— Já volto.

Ela vai até o quarto, driblando alguns seguranças mortos de sono da casa branca. Entra no quarto, procurando alguma fiação do sistema que estava hackeando. Logo, um fio azul estava para fora, sendo ligado com outro fio da CTOS. Tudo estava como planejado (talvez nem tanto) e, quando estava faltando apenas dois minutos para terminar o processo, ela volta para o banheiro. Lá, Stone a esperava ansiosamente.

—Demorou. Achou alguma?
—Vamos ter que voltar.— ela fala, pegando tudo o que tinha levado.
—Por quê?— ele pergunta, a seguindo pelas escadas.
—Vou ligar para o seu parceiro.
—Para o meu parceiro? Como assim? O que caralhos está acontecendo?—ele pergunta, a vendo pegar o celular e discar um número conhecido.

Do outro lado, Ethan esperava o amigo voltar. Não queria ser um empata foda, sabia que o amigo foi pegar alguém, e que era a mulher patente alta que tinha visto alguns minutos atrás. Seu telefone toca, e ele logo o atende, sabendo que quem era.

Você tem cinco segundos para me achar.
—O que? Como você... O que você fez?
Ah, eu acordei assim.— fala debochada.
—Eu te odeio.— ele ralha, com muita raiva.
Mamãe me deu um bom treinamento de casa. Minha pau me ensinou à amar os que me odeiam. E minha irmã me ensinou à falar o que eu penso. Eu sou a queridinha de todo lugar, entende? Eu sou perfeita.
—Achei você.— ele fala, apontando a mira vermelha para o lindo colar que ela usava. Stone estava sem entender nada, sem ação, afinal, ela era quem ele teria que prender? Aquela moça indefesa?
—Tenta a sorte.— silabou, vendo que conseguia ver o rosto perfeito do agente.

Os gritos horrorizados do pessoal tomou conta do lugar. Obama estava assustado, abismado, junto com a filha. Texugo selvagem sorria, sabendo que algo tinha dado certo, ou muito errado, e não tinha sido pro lado dele. Stone tentou socorrer, porém Michelle agonizava no chão, ainda sentindo a bala no meio do peito. Antes de subir, dera o colar para Michelle usar, falando que era um presente de aniversário para a filha dela. Porém, a primeira dama achou tão bonito que resolvera usar, e não deveria. Ethan não a reconheceu de longe, já que não estava atento ao rosto das pessoas.
—Tente novamente mais tarde, Soldado.— fala, já entrando na limousine que esperava.



You wake up, flawless

Post up, flawless

Ridin' round in it, flawless

Flossin' on that, flawless

This diamond, flawless

My diamond, flawless

This rock, flawless

My Roc, flawles



Fim



Nota da autora: Obrigada por ler, querida. Primeiramente, eu quero agradecer à equipe do Fanfic Obsession, por proporcionar desafios (pelo menos eu digo assim) tão fodas para as autoras. Também quero agradecer à você que leu até o fim, e que gostou, até quem leu e não gostou. Sei que não cumpri bem com a letra da música, porém me esforcei, espero que tenha ficado bom, pois eu adorei. Há a Feeling Myself, outra Girl Power, em que as PP's são bissexuais, caso goste. Se for mais do estilo hétero empoderada, aconselho ler Needed Me. Se amar o Soldado Invernal (assim como eu amo também), tem a Capitã Invernal, que, além de ter o Bucky, você ainda pode ser irmã do Steve Rogers, pensa que legal. Lembrando: todas no Fanfic Obsession. Agradeço imensamente à todos novamente, e você é muito bem-vinda na caixinha de comentários.




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