Última atualização:30/04/2018

The Only One

As paredes acinzentadas do lugar me faziam relembrar e odiar cada segundo que eu estava ali enquanto podia estar do lado de fora vivendo a vida que eu tinha costume. Cinco meses era o tempo exato que eu estava ali. A equipe Lion tinha tudo planejado. Eu entraria no galpão, pegaria as malas enquanto Carolle me daria cobertura. Tudo estaria sob controle se ela não estivesse desaparecido exatamente no momento que eu precisava de cobertura. Agora eu me encontrava na prisão de Guantánamo graças à falta de experiência daquela mulher. Leon já devia ter me tirado daquele lugar. Mas enquanto isso não acontecia eu levava nas costas alguns meses dos vários anos de prisão determinados pela justiça.
Eu estava deitada olhando para cima quando ouvi um barulho de trancas se abrindo. Levantei depressa e olhei em direção a porta, vieram me buscar. Esses capangas malditos vieram me libertar. Mas por quê? Algemaram minhas mãos e foram me puxando com uma corrente como se eu fosse um cachorro raivoso, aquilo estava me machucando.
Leon estava me aguardando com um contrato em mãos. Uma papelada gigantesca que eu nem iria me dar ao trabalho de ler.
- Tenho uma proposta pra você. Preciso de alguém que seja capaz de acabar com um dos meus piores problemas. Escolhi você.
- Leon, eu não sou sua empregadinha. Nem sua serial killer.
- Isso vale sua liberdade, garota. Se você sair viva.
- Me dá logo esse contrato para eu assinar antes que eu desista.
Assinei a papelada e joguei o bolo de papéis no rosto de Leon. Ele deixou uma marca em mim, tinha uma numeração. A partir daquela dia eu era 267498.
Observei a sala onde Leon tinha me deixado com alguns equipamentos e observei a marca em meu braço. Um tipo de aliança, como ele tinha dito. O estranho é que supostamente, nenhum dos outros homens do Leon tinha tal marca. E logo eu precisaria comprovar minha aliança com eles. Coloquei a Calibre 22 no suporte da parte debaixo da roupa e um par de algemas. Eu tinha metas e voltar à rotina era perigosamente satisfatório. Saí da sala onde estava e encontrei Leon, Ramiro, Tomáz sentados no sofá escuro dali.
— Qual o plano da vez?
— Carolle Rugguero. — Tomaz respondeu.
— O que essa desgraçada fez? Além de me mandar para a cadeia, é claro.
— Ela esta traindo os Lions. Esta se aliando aos Phoenix. — Ele não precisava falar mais nada. Tudo que aparecesse na minha frente a partir desse momento sofreria as consequências. De alguma forma eu parecia estar com mais raiva ou com sentimentos ruins mais aflorados dentro de mim. Somente o ódio me causava aquilo e Rugguero pagaria por isso.
Estava na hora de caçar a Carolle. Fui dirigindo acompanhada de quatro capangas, sem necessidade. Eu daria conta sozinha. Cheguei no local combinado, desci do carros e esses capangas infelizes desceram atrás.
Assim que cheguei no galpão, Carolle saiu com uma maleta na mão. Abriu e tinha uma imagem de Leon.
- Você chegou ao seu destino. Parabéns, garota.
- Como assim? O que está acontecendo?
Os capangas me seguraram e eu comecei a me debater. Eu não seria capturada de novo. Comecei a lutar. Derrubei o primeiro capanga. Derrubei o segundo. Derrubei o terceiro. O quarto me empurrou bruscamente para dentro do galpão.
- Olha só quem está aqui. - Carolle debochou.
- Você vai se ver comigo.
Ela veio pra cima de mim, me derrubou, mas eu não me rendi, fui pra cima dela com toda a raiva acumulada, só que ela lutava bem demais. Puxou-me pelo braço, jogou seu corpo na minha direção e quando eu me dei conta já estava no chão. Ela me algemou outra vez.
Me jogaram em um caminhão com dois rostos que nunca vi na vida. Eu preciso sair daqui. Preciso.
Parecia uma piada se achavam que eu seria presa novamente. Pensaram que com aqueles homens com cara de tapados iriam me manter no fundo daquela van. Observei o lugar procurando como sairia dali e percebi que seria como tirar bala da boca de uma criança. O policial em minha frente portava uma AK-47 em mãos e uma calibre 22 na cintura. Nenhum outro policial no banco de trás. Tudo seria planejado sob certo controle e daria certo. Do vidro traseiro vi Carolle seguindo a van policial e não evitei de gargalhar, seria dois coelhos a preço de um só. Levantei-me em súbito e o policial reagiu erguendo-se também. Aproximei sem que ele percebesse e soltei um solido gélido.
— Podíamos fazer um acordo, vi que estava olhando para meu decote desde o momento que entrei aqui.
Troquei o olhar que estava centrado nele para a maçaneta da van. E a cintura dele. Com uma mão abri a porta traseira e puxei a arma da cintura. E com a outra peguei a AK 47 e o empurrei. Foi inevitavel que Carolle não passasse por cima. Ótimo, ela ia provar do próprio veneno.
A van policial parou e Carolle freou depressa, enquanto o carro parava lancei meu corpo em direção ao para-brisa e atravessei o vidro caindo dentro do carro. Carolle freou com mais força e eu caí no chão voltando pelo para-brisa onde entrei.
Eu me levantei e ela já estava em pé na minha frente, tentei dar um soco e ela se esquivou, antes que eu pudesse tentar um segundo soco ela me atingiu. Eu preciso vencê-la. Puxei as mangas da minha blusa e ela me olhou incrédula.
- O que é isso no seu braço? – Ela questionou.
- Não faço ideia. É apenas uma numeração que o Leon fez em mim. 267498 sou eu.
- Eu tenho uma marca igual. 451069. – Nos olhamos e no mesmo instante percebemos que não éramos inimigas, nosso inimigo maior é o Leon. – Entra no carro, garota.
Fomos caçar o Leon. Ele sabia que a gente estava chegando. Carolle pediu para eu me segurar, ela iria derrubar o muro com seu carro.
Invadimos a sede dos Lions e lá estavam os três demônios. Leon, Tomáz e Ramiro. Carolle estava com desejo de pegar o Ramiro e o Tomáz e disse que eu poderia ir pra cima do Leon. Ela não precisava ter dito duas vezes.
Puxei aquele maldito pelo terno ridículo que ele usava e comecei a socá-lo com toda a força que eu tinha. Carolle já tinha terminado seu trabalho e veio apenas algemar o Leon. Chamamos a polícia e saímos dali. Não éramos amigas nem inimigas, mas nos respeitávamos. Acenei com a cabeça para ela, ela acenou de volta, coloquei o capacete e acelerei a moto. Quem sabe novas parcerias poderiam surgir dali...




FIM



Nota da autora: Geralmente eu não sou nada boa nessas notas, mas essa história é uma ocasião especial: minha primeira parceria com a Iana linda. Nós escrevemos a história com todo carinho e fizemos o possivel pra vocês amarem. Então deixem um comentário e fiquem no aguardo de novas parcerias
Alô alô gente bonita, espero que gostem desse amor de história que eu fiz questão de escrever com a Rah, essa é nossa primeira parceria e estamos ansiosas pelos comentários. XOXO, Iana



Iana


Rah


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