Finalizada em: 29/04/2021
Music Video: Dusk Till Dawn – ZAYN (ft. Sia)

Capítulo Único

POV
Achar Lawrence, vulgo, Dawson, inclusive, nome bem criativo para alguém que estava fugindo, referências do Titanic. Sério, ? Pensei que você era mais original. Seu Jack ficaria chateado por não ter usado o nome dele. De qualquer forma, achar aquela mulher era como procurar uma agulha em um palheiro. Ela sabia se esconder muito bem e se camuflar naquela cidade. Por mais homens que eu tivesse espalhado por todos os cantos de Los Angeles, nenhum deles estava conseguindo encontrá-la. Precisava achá-la e faria isso a todo o custo. E outra coisa, ninguém desaparecia assim. Se ainda estivesse em LA, ela seria encontrada, nem que eu tivesse que entrar dentro de cada casa para ver se ela estava lá.
Há quem diga que dinheiro não pode comprar tudo. Quase discordava disso, mas se ele não podia comprar algo, poderia pelo menos abrir a porta para que eu pudesse pegar o que desejava. Então se eu queria algo, eu conseguia. E foi assim que finalmente consegui encontrar após algumas semanas de busca. Felizmente ela era notável quando estava na rua e seu chapéu extravagante a entregou quando foi à praia com sua amiga. Recebi uma mensagem dizendo sua localização, então decidi ir lá eu mesmo, bem melhor que mandar buscá-la. Pelo seu histórico, ela era uma gata arisca e provavelmente conseguiria fugir dos meus homens.
Estacionei meu Jaguar perto da faixa de areia, peguei meus óculos escuros e saí do carro. Coloquei as mãos no bolso de minha calça de alfaiataria muito bem cortada que foi feita especialmente para mim, de um tecido leve e claro, e caminhei de forma despretensiosa pelo calçadão, como se admirasse a praia, procurando por aquele chapéu de palha extravagante que usava na foto que me mandaram. E não demorou até avistá-la sentada na areia com sua amiga sobre uma bandeira dos EUA. Sorri de lado com aquilo e deixei meus sapatos caros tocarem aquela areia fina, fazendo meus pés afundarem rapidamente, me incomodando por terem entrado em meus calçados, mas ignorei aquilo e segui até as garotas que pareciam estar se divertindo, rindo de algo que eu não tinha ideia do que era.
Passei por elas e parei na frente de , fazendo uma sombra sobre seu corpo. Ela ergueu a cabeça, me encarando por baixo das lentes rosas de seus óculos de Sol, e seus olhos se abriram mais ao me reconhecer, ficando claramente surpresa. Aquilo fez um sorriso crescer em meus lábios. Vi suas mãos segurarem a bandeira abaixo de si com força, torcendo o tecido brilhoso, enquanto sua expressão ia mudando, ficando endurecida, como se fosse esculpida em um mármore. Quis rir daquilo, mas me contive.
— Olá, . — Naquele momento, pude jurar que sua pele tinha ficado pálida, então ela se moveu para levantar. — Eu não faria isso se fosse você. Fica. Quero conversar. — Sorri de lado para ela, me abaixando na sua frente, e ela ainda assim recolheu um pouco das suas pernas. — A sós. — Olhei para sua amiga, que estava com cara de assustada, e ela olhou para .
— Tudo bem, eu me viro aqui. — Disse para sua amiga, que pegou sua bolsa e saiu sem falar nada. voltou a me olhar e respirou fundo. — O que quer? — Uni minhas sobrancelhas, surpreso com tamanha raiva com que pronunciou tais palavras.
— Você não estava raivosa assim no nosso último encontro. — Provoquei e ela me olhou mais irritada ainda. — Mas tudo bem, isso não machuca o meu coração. — Debochei, dando um sorrisinho, e parecia que ela tinha ficado mais nervosa ainda. — Preciso que faça algo para mim. Você é boa em desaparecer. — A olhei por inteira.
— E por que eu faria algo para você?! — Rebateu no mesmo instante, como uma gata feroz. Aquilo me fez rir nasalado.
— Porque eu posso te falar o que aconteceu com o St. Jimmy. — Ergui uma sobrancelha vendo suas expressões mudando de uma para outra em uma sequência de: choque, esperança, indignação, raiva e, por fim, ficando neutra. — Ele queria que eu te entregasse um recado antes de... Bem, você sabe, né? — Fiz um gesto de arma ao lado da minha cabeça e gesticulei como se atirasse. — O que me diz?
— Como vou saber se está falando a verdade?! — Perguntou agressiva, como se fosse avançar em cima de mim.
Lawrence, você fugiu da sua festa para levar o corpo de Ramsey para o crematório do St. Jimmy, então depois disso você não foi mais vista em NYC ou nos arredores. Ainda acha que estou mentindo? Ele era a única pessoa que sabia disso, certo? Porque estava contigo, vocês mataram ela juntinhos. Bonnie e Clyde? — Ergui uma sobrancelha, vendo travar seu maxilar com força, ficando ainda mais irritada. — Mas acho que você gosta de algo mais romântico. Dawson, certo? Como o seu Jack está? — Isso a fez soltar um grunhido de raiva e eu ri fraco, negando com a cabeça. — Então, vai me ajudar?
— Você está me dando uma escolha? — Rebateu nervosa, me encarando de forma fervorosa. Fiz um pequeno bico com aquilo.
— Não. — Respondi, dando um sorrisinho depois, e ela jogou areia na minha cara, me fazendo virar a cabeça de leve por causa daquilo. — Bem que me falaram que você é nervosa. — Cuspi um pouco de areia que tinha entrado em minha boca.
— Como que ele sabe que te conheço? — Rosnou e vi sua mão segurando mais areia.
— Se você jogar areia na minha cara de novo, eu não vou te responder mais nada. — Avisei apontando para sua mão, que se abriu, soltando a areia. — Antes de morrer, nós nos conhecemos, e ele sabia que você estava em LA, porém não tem influência aqui, então pediu minha ajuda. Foi uma conversa bem interessante sobre você e seus gostos. Eu teria falado contigo se não tivesse saído às escondidas do meu quarto aquela noite. — Dei de ombros e abri um pequeno sorrisinho de lado. Eu senti que aquela mulher iria voar na minha cara a qualquer segundo, pelo menos era o que seus olhos enfurecidos deixavam bem claro.
— Então foi tudo um plano para me pegar naquela noite? Aquela festa... — Ela travou o maxilar, certamente ligando os pontos em sua cabeça, e tudo o que fiz foi sorrir ainda mais, deixando que pensasse o que quisesse. — Malditos filhos da puta. — Resmungou, virando seu rosto.
— Você sabe que é a próxima da lista de Kayobe, não é? — Questionei, a olhando com curiosidade, então seu rosto se virou e seus olhos ficaram me encarando.
— O próximo passo dele é a dominação mundial? Eu não sou mais uma pedra no caminho dele. — Aquilo apenas me fez erguer os ombros e ela bufou. — Se eu te ajudar, quero proteção para mim e para a minha amiga. — Pediu, então estendi a mão em sua direção.
— Feito. Não vou deixar Kayobe chegar perto de você, ele não manda aqui. — Deixei bem claro, porque ele não era nem louco de pisar em LA sem que o convidasse.
— Até que ele te mate também. — Rebateu segurando minha mão e a apertando, mas ainda me olhando com desconfiança. — O que você precisa?
— Sabia que não iria me decepcionar. — Apertei sua mão com firmeza, a sacudindo. — Então...

***

Abri a maleta e os meus olhos brilharam ao ver o conteúdo dela. Aquilo me traria mais números em minhas contas bancárias. Aquele plano precisava dar certo. Levantei e me sentei na janela daquele apartamento, olhando para a rua esperando por . Esperava realmente que ela não desaparecesse com a minha maleta quando a entregasse, ou eu iria caçar aquela mulher até no inferno, e acho que ela entendeu isso perfeitamente no nosso último encontro. O FBI estava atrás de mim, mas não tinham ideia de quem era aquela mulher, então ela conseguiria passar por eles sem o menor problema enquanto todos os olhares estavam sobre mim. Brad, um cara que eu subornava, iria me dar cobertura, ele era um agente, porém era mais vendido do que um político corrupto. Achava incrível o que o dinheiro poderia comprar e eu sempre iria me aproveitar disso.
Então ela apareceu, eu a reconheceria em qualquer lugar depois de ter tocado suas curvas. Seus dedos passaram delicadamente nos fios negros da peruca que ela usava, e estava vestida com um casaco comprido e botas de cano alto. Em seu rosto estava um enorme óculos escuro. Eu não podia negar que ela era linda e que se tivesse oportunidade, beijaria seus lábios novamente e a faria gemer novamente para mim. Droga, aquela porra me excitava e não era hora de pensar naquilo, por mais que sentisse um desejo por , o que eu não deveria. Aquela mulher tinha conseguido entrar em minha mente com apenas um encontro e eu não conseguia mais tirar ela da minha mente. Não sabia o que tinha nela, mas sabia que era perigoso para qualquer pessoa e que por isso deveria tomar cuidado, ou acabaria fodido.
Coloquei meus óculos escuros e passei a mão em minha cabeça, tinha pintado meu cabelo de loiro, mas raspei bem baixo depois porque acabei enjoando rapidamente. Então levantei do parapeito e peguei a maleta sobre a mesa, descendo rapidamente por aquele elevador velho, e teria sorte se ele não quebrasse antes que eu chegasse ao térreo. Assim que aquele negócio parou, empurrei a porta de madeira, subindo o pequeno degrau que foi feito, e caminhei despreocupado para fora do prédio, parando na calçada e olhando para os lados para ver se avistava , mas não a encontrei, então segui para o lugar onde iríamos nos encontrar, sabendo que teria que despistar os caras do FBI que estavam pelas ruas, já me seguindo. Até que vi um dos carros se aproximar e Brad mais na frente, já passando um rádio para seus colegas dizendo que tinha me visto, então dei uma pequena parada e entrei em um beco que me levaria a outra rua, sabendo que ele passaria uma informação falsa e essa seria a minha única chance para encontrar com .
Passei pelo beco, caminhei um pouco mais, tentando não chamar atenção, e entrei em mais outro beco, que me levou até uma rua que estava tendo uma espécie de festival chinês, o que era perfeito para nós. Avistei mais à frente e meus olhos passaram pelo seu corpo, eu queria pegar aquela mulher de novo. Porra, , para com essa merda! Apenas continuei caminhando, agora um pouco apressado, olhando para os lados para ver se ninguém do FBI estava ali, porque eu iria precisar de pelo menos cinco segundos. Fui me desviando das pessoas, seguindo aquela mulher, me aproximando ainda mais dela, e estreitei um pouco mais meus olhos, a olhando de novo por inteira, e respirei fundo. Até que a alcancei quando estava passando ao lado de um pessoal que estava fantasiado como um enorme dragão chinês. Entreguei a mala a ela, que a pegou disfarçadamente e me deu a que estava em sua mão, então parei de andar, ficando na frente de uma barraca, como se fosse comprar algo, para que desse tempo de ir embora. Voltei a andar um pouco depois, olhando a mulher de longe, e a vi parar e virar seu corpo de lado, me encarando. E aquilo me fez gelar e diminuir o passo. Não, ela não ia fazer isso! Não, ! Não! Ela não podia desaparecer de novo! Seus dedos passaram em seu cabelo, colocando uma mecha atrás de sua orelha, e então seguiu virando a esquina. Não! Volta aqui! Comecei a ir atrás dela, mas o pessoal do FBI fechou a rua, me impedindo de seguir aquela mulher. Então mordi meu lábio inferior de leve e acenei para eles, já parando de andar e deixando que viessem até mim. Eles não tinham provas e não conseguiriam nada mesmo.
Os caras me pegaram e me levaram para o carro. Não falei nada, na verdade ninguém falou, apenas tiraram a maleta da minha mão e nós fomos para uma espécie de galpão. Eles não podiam me matar, então estava tranquilo. Abriram a porta do carro e seguraram meu braço, me arrastando para fora, e entramos no lugar. Eles me colocaram sentado em uma cadeira e eu olhei para a cara do sujeito de forma despreocupada, na verdade, querendo até mesmo rir.
— Sua vida durante o dia acabou. Há olhos em você em todos os lugares. — Ele disse, se abaixando e olhando bem na minha cara, e eu só tombei de leve a cabeça para o lado rolando de leve meus olhos e voltei a encará-lo. Esse pessoal do FBI realmente achava que eu não via o que estava acontecendo ao meu redor. — Você sabe disso, certo? — Eu não ia nem ao menos perder meu tempo respondendo àquilo. — Estou de olho em você. Minhas equipes estão observando você. — Ah, mas é sério? Não me diga! Eu não notei um bando de homens engravatados me seguindo por todos os lugares já há algum tempo. Ele estava tentando me intimidar, inclinando seu corpo para frente, apoiando suas mãos no braço da cadeira, me cercando. Aquilo me dava tédio, então olhei um pouco para o lado, apenas para irritá-lo. — Você conhece seus maninhos? — Sabia o que ele estava tentando fazer agora, ele queria dizer que algum dos meus havia me entregado, mas eu já sabia disso, e já havia dado um jeito nele. Meus olhos desceram pelo sujeito que falava comigo e eu deixei até mesmo um sorrisinho sair em meus lábios, o olhando totalmente despreocupado. — Eles se irritaram. Eles estão bravos com você, mano. — Eu sabia muito bem o que fazia com meus negócios e não seria um cara com um distintivo que me ensinaria o que fazer. — Seu nome é lama nas ruas. Ah, eu sei quem você é. — Ele chegou mais perto ao falar aquilo e apenas balancei a cabeça.
— Você não me conhece. — Foi a única coisa que respondi, negando sutilmente com a cabeça olhando dentro dos seus olhos. Ele realmente não tinha ideia de quem eu era.
Então naquele momento ele mandou que um de seus cachorrinhos abrisse minha mala, acreditando fielmente que tinha me pegado e que iria provar algo. E, caralho, eu quis gargalhar naquele momento, mas apenas esperei. O outro cara abriu a mala e a cara de idiota que fez foi impagável. Ele mexeu nas roupas e olhou para seu superior, negando com a cabeça. Esse foi o momento que encarei o sujeito que estava tentando me intimidar e ergui as sobrancelhas de leve, enquanto seus olhos se cravaram em meu rosto. Ergui de leve minha mão passando meus dedos em minha barba baixa e o agente do FBI pegou meu pulso, o abaixando e encarando minha tatuagem em minha mão. Ops, acho que não era aquela que ele queria ver ali. Ele apontou para sua parceira que tinha uma pasta na mão, ela a abriu, olhando seus arquivos, e depois encarou minha mão também por alguns segundos, voltando para sua pasta, negando de leve. O agente me olhou por inteiro, franzindo os lábios, e ergui de novo as sobrancelhas. Não podiam me deter e muito menos fazer alguma coisa comigo. Então parou na minha frente, com seus braços cruzados, e balançou sua mão indicando que eu deveria ir embora. E simplesmente levantei e me mandei dali.
Não estava muito longe do prédio que eu estava antes e meu carro estava estacionado ali perto. Eu precisava ir atrás de , para o nosso próximo ponto de encontro, e esperava que ela não tivesse mesmo fugido. Caminhei apressado pelas ruas com as mãos no bolso, vendo que ainda estavam me seguindo. Eles não desistiam mesmo, não é possível, mas eu lhes daria uma surpresinha em breve.
Entrei no beco em que meu Jaguar estava estacionado e já puxei a chave do bolso, apertando o botão para o carro destravar, entrei nele, apertando o botão de start para dar partida, e saí dali cantando pneus. Precisava fazer com que eles me seguissem, então andei acelerado mesmo pelas ruas de Los Angeles, cruzando o tráfego. Olhei para trás e vi que estavam me perseguindo. Perfeito. Dirigi até a parte residencial da cidade, um bairro mais afastado, e entrei na garagem de uma casa. Desci do Jaguar e fechei o portão, puxando a cordinha e aquela porcaria quase desmontou na minha mão. Ouvi o carro do FBI passando pela rua, então entrei na casa pela porta que tinha ali e dava acesso à parte de dentro. O lugar estava abandonado, parecia um cativeiro, ou merda parecida, e tive que tomar cuidado por onde pisava, porque o assoalho estava praticamente podre.
Parei em um armário, peguei a maleta que estava dentro dele, a coloquei sobre uma mesa e depois fui para o banheiro. Olhei a armadilha que já estava feita, coloquei o celular sobre a pia e liguei para a polícia. Acendi o pavio e olhei pela janela, vendo dois agentes do FBI andando pela rua, me procurando e entrando no perímetro da casa, então me afastei da janela e segui até o buraco que tinha no piso do quarto, entrando nele e puxando o tapete que tinha ali para cobrir, enquanto eu saía daquela casa, que me levou para o outro quarteirão.
Olhei para os lados e peguei meu celular, pronto para ligar para quando vi um conversível entrando na rua, fazendo a traseira deslizar, e avistei a loira ao volante com um sorrisinho. Aquilo me fez relaxar e dar um sorriso de lado. A mulher parou na minha frente e eu a olhei por inteira e pulei para dentro do carro.
— A sua cara achando que eu ia te foder foi deliciosa. — Falou, dando um sorrisinho.
Não respondi, apenas segurei a lateral de seu pescoço e juntei nossos lábios, sua mão segurou meu pulso e por um momento achei que ela iria me afastar, mas deixou sua língua passar e encontrar a minha, me beijando rapidamente, avançando contra minha boca. Minha língua passou pela lateral da dela com vontade e um pequeno suspiro escapou de mim. A porra de seu beijo era gostoso, e se a gente não tivesse que sair dali agora mesmo, a puxaria para cima de mim. E antes de nos separarmos, ouvimos um tiroteio. A armadilha deu certo e isso me fez sorrir contra seus lábios. Eles achavam que eu estava dentro da casa atirando e certamente a polícia chegou e atirou de volta.
— Vamos. — Disse passando meus lábios sobre os seus e meus dedos deslizaram pela lateral de seu pescoço.
Ela se afastou e acelerou, nos levando para longe daquele bairro e para fora de Los Angeles.

***

POV
Abri meus olhos, esticando meu corpo e o rolando naqueles lençóis de seda, procurando por , e uni as sobrancelhas ao ver que ele não estava ali comigo. Ridículo, nem me acordou quando levantou. Aquilo me fez sentar na cama e passar a mão em meus fios que estavam um pouco embolados por causa do que tínhamos feito na noite passada. Tinha sido gostoso como sempre, ele fodia bem e me fazia gozar. Pensar nisso me fez dar um pequeno riso nasalado, então levantei, indo para o banheiro, e tomei um banho demorado, tirando todo o suor que estava deixando minha pele pegajosa.
Já tinha uns meses que estávamos fora de radar, tinha ficado em Los Angeles, era mais seguro para ela, mas minha amiga sabia que assim que pudesse, iria voltar para pegá-la. O plano de tinha dado perfeitamente certo, nós conseguimos fugir com sua preciosa maleta daquela cidade e agora estávamos em seu iate pela costa de Miami, apenas curtindo o que seu dinheiro infinito poderia nos dar. Estávamos sozinhos há algum tempo e isso nos fez nos aproximar. Era complicado depois de tudo, eu sentia um pedaço meu faltando e sabia o que era, mas não podia fazer nada a respeito disso. estava morto, fim. Então ficar com estava me ajudando a não pensar muito nisso. No final das contas, eu não quis saber o que ele tinha a dizer sobre o St. Jimmy. Seria melhor se eu não soubesse. Minha sanidade iria agradecer por isso em algum momento no futuro.
Saí do banheiro, me secando, peguei um biquíni pink hot pants em uma das gavetas e um quimono branco, com um tecido leve e transparente. Apanhei um chapéu de palha grande, meus óculos de Sol e calcei meu chinelo. Então segui o cheiro do café da manhã. pelo menos sabia se virar na cozinha. Já era algo. Passei pelos corredores daquele iate enorme e achei sentado à mesa do lado de fora, me esperando. Seus olhos desceram pelo meu corpo e um sorrisinho safado veio em seus lábios, tirando um dos meus também. Fui até ele e coloquei meu joelho apoiado no meio de suas pernas.
— Bom dia. — Falei, dando um pequeno beijo em seus lábios, passando os dedos no seu cabelo que já estava maior e o baguncei, dando um pequeno riso por isso.
— Bom dia. — sorriu para mim, beijando meus lábios de volta. — Dormiu bem? — Perguntou, passando sua mão pela lateral da minha coxa em um carinho que me fez cócegas, me tirando um risinho.
— Sim, mas não deixei você levantar antes de mim. — Reclamei, fazendo um biquinho, e ele ergueu suas sobrancelhas, me tirando outra risadinha. — E não me olha assim. — Dei um tapinha de leve em seu ombro.
— Nada mais justo quando você sempre faz isso. — Sua resposta me fez rolar os olhos e ele riu. — É que hoje vamos ter um convidado para o café da manhã, ele está vindo pegar a maleta. — O que queria dizer que logo iríamos embora do iate e voltaríamos para nossas vidas.
— Hm, e quem é o comprador? — Quis saber e apenas ergueu seus ombros de leve. — Não sabe quem é?
— Não, e esperava nem saber, mas ele quis vir aqui. — Uni minhas sobrancelhas, tombando um pouco minha cabeça de lado, não acreditando muito naquilo. Ele não se arriscaria de nem ao menos saber quem era o cara quando o FBI estava atrás dele, mas não falei nada. — Senta, ele já está chegando. — Suas mãos me puxaram para seu lado, onde sentei, encostando minhas costas no estofado, minhas pernas ficaram por cima de sua coxa e sua mão as alisavam, apertando um pouco, me provocando.
... — disse em tom de alerta e sua mão subiu mais pela parte interna de minha coxa, a apertando, a fazendo esquentar, então as fechei um pouco, mas sua mão continuou subindo até a ponta de seus dedos passarem pelo meu biquíni por sobre minha entrada. — Você não se aquieta mesmo.
— Queria fazer outra coisa contigo, mas não vai dar tempo. — Respondeu e seus dedos puxaram meu biquíni para o lado, adentrando a peça, fazendo seus dedos me invadirem, arrancando um gemido meu. — Porra, sempre tão apertadinha. — Grunhiu e eu arfei, já desistindo de resistir e abrindo minhas pernas, querendo que ele me tocasse até que eu gozasse em seus dedos. — Geme baixinho para mim que nem você faz. — Pediu, e isso me fez rir fraco.
— Ah, . — Gemi baixinho e meus dedos foram até a fenda do biquíni, o puxando para o lado, lhe dando mais espaço, então seu polegar veio de encontro ao meu clitóris, o massageando suavemente. — ! — solto mais um gemidinho, apoiando minha cabeça no estofado naquele banco em que estávamos.
Ele começou a estocar com seus dedos dentro de mim no mesmo ritmo que seu polegar massageava meu clitóris, me tirando gemidos baixinhos e grunhidos, chamando pelo seu nome e arfando um pouco, torcendo de leve meu corpo naquele estofado que parecia estar ficando quente embaixo de mim. Abri mais minhas pernas, arfando e gemendo de um jeito manhoso com me fodendo daquele jeito, sentindo como ia deixando seus dedos encharcados rapidamente, porque ele tinha aprendido a pegar no meu ponto depois de todos aqueles meses. Eu ia gozar rápido, e estava quase lá quando ouvimos o barulho de uma lancha próxima.
— Ainda não acabei. — disse me segurando e me fodendo fundo com seu dedo.
! — Gemi mais alto, sentindo como minha entrada pulsou.
— Goza nos meus dedos, . — Pediu com sua voz baixa e rouca, me deixando mais excitada.
— Então vai mais rápido e fundo. — Falei, e ele fez exatamente aquilo, me estocando com força, me tirando mais gemidos baixinhos e descompassados. — Eu vou gozar, . Não para! — Soltei implorando por mais, sentindo como estava latejando em volta de seus dedos. — ! ! — Gemi ainda mais, me desfazendo em seus dedos, com meu corpo espasmando por causa disso.
— Porra, que delícia. — Disse, tirando seus dedos de dentro de mim e os lambeu enquanto me olhava, me fazendo unir as sobrancelhas e empurrar ele de lado. Filho da puta gostoso. riu fraco. — A propósito, vai atender os outros de pau duro. — Apontei para sua calça onde estava bem marcado.
— Não me importo. — Deu de ombros e se levantou, me roubando um selinho e indo para a parte onde ficava o deck do iate para receber seu convidado.
Fiquei deitada ali, me recuperando daquela tremedeira leve que tinha me tocado por causa do que tinha feito. O Sol da manhã esquentava um pouco meu corpo enquanto a brisa refrescava. E quando senti meu corpo parar de tremer, desci minhas pernas do estofado e estiquei meu braço, me servindo de um pouco de suco de laranja. Bebi um pouco, sentindo minha garganta seca, e olhei para que já estava voltando com alguém o seguindo logo mais atrás. Então me engasguei ao ver quem era, o próprio diabo bem ali no iate.
— É bom te ver também, . — disse com um sorrisinho e eu dei uns tapinhas em meu peito, tentando respirar, sentindo meu coração extremamente acelerado.
— Seu filho da puta! Você não estava morto?! — Consegui soltar com a voz esganiçada.
— Depende para quem pergunta. — Respondeu com seu típico sarcasmo. Então olhei para .
— Você sabia! — Berrei com raiva para ele. — Era tudo a porra de uma jogada de vocês! — rosnei me sentindo a pessoa mais burra do mundo.
— Na verdade, você se entregou. Ligou para meu celular do quarto dele, o resto foi fácil. Pensei que era mais esperta, . — lambeu seus lábios, sabia que estava querendo me irritar, e nem precisava, ele já tinha conseguido.
— Foi mal, a grana era boa. — levantou os ombros e eu quis voar na cara daquele desgraçado.
— Você é a porra de um fodido, ! — Vociferei e saí andando, indo para dentro do iate.
Aquela merda toda não era por causa da maleta, certamente aquela merda que tinha lá dentro nem deveria ser valioso, era tudo para ele conseguir me achar. Ouvi seus passos vindo atrás de mim, porque eu já conhecia os de muito bem, e eram bem mais leves e silenciosos do que os de . Mas eu apenas o ignorei. Não queria olhar na sua cara agora, porque eu estava com muita raiva mesmo. Eles tinham me feito de otária na cara. Eu estava aliviada que St. Jimmy estava vivo, mas a raiva que estava sentindo era tão grande, que sinceramente acho que preferia que ele estivesse ficado morto. Senti sua mão segurando a minha e a puxei, já me virando para ele.
— Não me toca! Você não tem o direito nem de chegar perto de mim! — Esbravejei, dando uns passos para trás.
— Tem como você me ouvir primeiro? — Pediu com calma agora, e eu respirei fundo. — Volta para casa, por favor.
— Não quero te ouvir e muito menos olhar na sua cara! — Rebati, sentindo como meu coração estava extremamente mais acelerado por estar olhando para ele. — Vai embora, ! Só me deixa em paz!
— Todos sentem a sua falta, inclusive eu. Não estou pedindo só por mim, e sim por todo mundo. Eu sei que você foi embora por minha causa, e é por isso que estou tentando incansavelmente te encontrar desde que partiu para te pedir, por favor, volta. Eu juro que não vou encostar em você, sei qual é o meu lugar e que nunca vai me deixar fazer algo a não ser te olhar, e, sinceramente, por mim está tudo bem, posso me contentar com isso. — Suas palavras pareciam ser sinceras depois de tudo, mas mesmo assim meu maxilar travou e eu ainda queria ir embora daquele lugar e para longe dele, e o pior de tudo era que sabia que isso era minha raiva falando, berrando em minha cabeça.
— Não. — Foi a única coisa que falei e me virei, saindo andando até o quarto.
Eu não podia simplesmente virar e falar que estava tudo bem, que iria voltar para casa. Ainda mais depois de tudo o que ele tinha feito. Fazendo com que eu acreditasse que estava morto! Aquilo tinha sido... Doloroso. Havia chorado por causa daquele filho da puta egoísta. Tinha entrado em um looping onde tinha deixado alguém me tocar apenas para tentar parar de sentir aquele vazio constante que ele mesmo havia feito em meu peito enquanto por várias e várias vezes desejei que fossem suas mãos e lábios em meu corpo, e não de um cara que eu não sentia nada além de tesão. Havia ido para um caminho que tinha parado de andar por muito tempo, era como se eu tivesse sido jogada para trás em uma linha do tempo onde usava sexo para esconder tudo o que estava sentindo, porque antigamente eu ainda me permitia isso. E agora tinha me feito sentir toda aquela porcaria de novo sem a minha permissão! Não tinha deixado que chegasse perto de mim daquela maneira e mesmo assim aquele desgraçado tinha se aproximado o suficiente para conseguir me tocar sem precisar usar a porra de suas mãos.
Eu o odiava!
Era o que eu dizia a mim mesma a maior parte do tempo enquanto socava todo o resto garganta abaixo para que nem eu mesma pudesse ver, mesmo que estivesse claro para mim o que aquilo era. E eu odiava aquele sentimento. Só queria desaparecer na esperança de que aquilo também fosse sumir. Porém, mesmo que eu estivesse longe de tudo por meses, aquela merda ainda estava ali. A fodida daquilo tudo era apenas eu. Somente eu!
Entrei no quarto, troquei de roupa rapidamente e tomei um banho como se fosse apagar os toques de do meu corpo, mas aquilo veio em um estalo e fiquei encarando o nada por alguns segundos. St. Jimmy queria que eu voltasse para casa? OK. Eu voltaria, mas não sozinha. A raiva estava tomando o meu corpo e eu conseguia sentir o gosto dela na ponta da minha língua. Ele iria se arrepender de ter feito isso. Saí do box e fui para o quarto molhada mesmo, peguei um celular descartável dentro da minha mala, o liguei e mandei uma mensagem para .

“Estou de volta. Arrume suas coisas e volte para casa.”

Não demorou muito para minha amiga responder e perguntar o que estava acontecendo. Aquilo me fez sorrir de lado e digitei rapidamente.

“Você verá.”

mandou uma mensagem rindo, sabia que ela adorava ver o circo pegando fogo. Não era à toa que ela era minha amiga. Apaguei as mensagens, e quebrei o celular, o jogando dentro da minha mala de novo. Então coloquei um vestido vermelho bem justo e saí do quarto, indo para o lado de fora, vendo que e ainda estavam ali. Ambos me olharam, seus olhos desceram por mim e eu caminhei até , passei meus braços ao redor de seu pescoço e o beijei lentamente, soltando um longo suspiro.
— Quer morar em Nova York comigo, baby? — Perguntei para ele, que me olhou com atenção, e suas mãos alisaram minha cintura, então me puxou para mais perto dele.
— Você escolhe onde, baby. — Respondeu, dando um sorrisinho e lambeu meu lábio inferior.
— Perfeito. — sussurrei e fiquei na ponta dos pés, voltando a beijá-lo como antes.
havia dito que se contentaria em apenas olhar, e seria exatamente só isso que ele faria. Olhar.



FIM



Nota da autora: Olá, gente! Deixo para vocês mais uma fic da sequência de 06. St. Jimmy. Espero que tenham gostado da short. Como já sabem, eu gosto de escrever sobre eles, então espero conseguir voltar com mais uma continuação para vocês, mas não prometo nada, ok? Até a próxima! Fiquem de olho no meu Instagram. Irei avisar lá sobre qualquer novidade! Beijos!





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