Finalizada em: 20/05/2022.
Music Video: Need to Know - Doja Cat

Capítulo Único

- Morri de novo. - bufei e larguei o controle no sofá. - Eu sou bem melhor no Mário Kart.
Katy riu da minha cara e deu de ombros, pegando seu drink da mesa de centro.
- Eu até poderia fingir que acredito nisso, mas na casa da Lucy eu também ganhei de você no Mário Kart.
- Eu estava bêbada. - reclamei e puxei o copo de sua mão para tomar um gole da bebida.
- Não, não estava. Era bem naquela época que você tava saindo com aquele médico que não deixava você beber.
- Ah, é verdade. Por onde será que o Matthew anda? - franzi a testa e me esforcei pra lembrar da cara dele.
- Espero que bem longe. - Katy pegou seu drink da minha mão. - Lucy, pelo amor de Deus, você ainda tá se arrumando?
- Só falta o batom! - nossa amiga gritou do banheiro. - Já pode ir pedindo o uber!
Puxei meu celular de dentro da bolsa e abri o aplicativo. Assim que finalizei o pedido do carro recebi uma notificação de mensagem. Era de uma conta no Instagram de fofoca. Eram fotos do Andrew bebendo no Velvet's, a mesma balada para qual eu estava indo.
- Uau, ele continua gato. - Katy falou perto de mim, se inclinando pra olhar a tela do meu celular.
- Ele nunca deixou de ser gato. - respondi baixo, arrastando a foto pro lado.
- Puta merda. - Katy quase gritou no meu ouvido quando surgiu uma foto de Andrew com as mangas da camisa social dobradas até o cotovelo, enquanto ele jogava dardos com um amigo, sendo que um dos dardos estava preso entre
os dentes. Eu já tinha uma imagem parecida com essa gravada na minha mente de dois anos atrás, quando gravamos um filme juntos em Los Angeles.
No último dia das filmagens, toda a equipe participou da festa de encerramento, e posso dizer, com toda a certeza do mundo, que o ponto alto daquela noite foi poder assistir Andrew Garfield jogar sinuca com o diretor do filme. Assim como na foto, ele estava com as mangas arregaçadas até o cotovelo, a gravata frouxa no pescoço, o cabelo bagunçado e o sorriso besta naquele rosto perfeito.
Argh, só de pensar eu passo mal.
- É, puta merda. - concordei, minha voz quase como um sussurro.
- De quem vocês tão falando? - Lucy surgiu na sala, enfiando o celular e a carteira dentro da bolsa minúscula.
- Do gostoso do Garfield. - Katy respondeu, já se afastando de mim. - , o carro já tá chegando?
- Já, é melhor a gente ficar na frente de casa. - respondi depois de me forçar a sair do post com as fotos do Andrew e abrir o aplicativo de viagem.
Katy correu pra cozinha e pegou a garrafa de vinho que comprou antes de chegar na minha casa e fomos todas para a porta da frente esperar o carro.

A viagem até o bar não demorou muito, e rimos tanto com o motorista que o tempo passou voando. Não sei como aconteceu, mas eu acho que acabei contratando o cara como meu motorista particular. Por mim tudo bem, eu dirigia muito mal na vida real. E no Mário Kart, como Katy fez questão de lembrar.
Saltamos do veículo e Lucy quase me derrubou no chão, já bem tonta depois de beber a garrafa de vinho quase sozinha. Se eu dei três goles foi muito.
Parei em frente a porta dos fundos, onde não tinham paparazzis e encarei o segurança. Ele observou minhas amigas atrás de mim, avaliando se poderíamos entrar. Sinceramente já estava ficando sem paciência.

- . - disse com a voz firme e apontei com o queixo na direção de outro segurança com uma prancheta em mãos. - VIP.

O segundo homem olhou para o papel em suas mãos e arregalou um pouco os olhos. Sorri cinicamente em resposta quando ele cutucou o primeiro segurança e mostrou o papel. O homem coçou o queixo e me olhou novamente.

- Senhorita . - ele deu um passo para o lado e abriu a porta com uma das mãos.
- Obrigada. - sorri doce e agarrei os braços de Lucy e Katy atrás de mim, as puxando para dentro da boate.
- Demorou dessa vez. - Katy comentou quando entramos no ambiente escuro.
- Seguranças novos. - respondi baixo, varrendo o ambiente com os olhos. - Daniel trocou a maioria dos funcionários depois do assalto.
- Hum - Lucy ajeitou a bolsa sobre o ombro e se encostou na bancada do bar. - Seu irmão tá aqui hoje, ?
- Não sei e nem quero saber. - respondi rindo. - Não me envolva nessa relação esquisita de vocês.
- Não é ele ali? - Katy apontou para um canto perto da porta principal. Sim, era o meu irmão. Conversando com o Andrew.
Os dois olharam na nossa direção ao mesmo tempo. Daniel sorriu carinhosamente, mas Garfield tinha uma expressão diferente no rosto, algo que eu nunca tinha visto antes. O que era?
Me voltei pro bartender, não conseguindo suportar mais o peso do olhar de Andrew.
- Três doses de tequila pra começar. - fiz os pedidos e quando me virei de novo os dois andavam na nossa direção. Merda.
- Maninhaaaaa!!!! - Daniel me abraçou e apertou minhas bochechas. - Quanto tempo eu não te vejo.
- A gente se viu no domingo na casa da vovó, gênio. - respondi com uma revirada de olho. - Não tem nem uma semana.
- Mas é muito tempo sem minha irmã favorita. - ele riu e cumprimentou Katy com um beijo na bochecha. - Hey, Lucy.
- Hey. - minha amiga forçou o rosto a ficar neutro, mas eu conseguia perceber que ela queria sorrir. Nunca iria entender essa relação de cu doce entre eles.
- Oi, Andrew. - Katy também pareceu se cansar do casal e cumprimentou o moreno alto ao lado do meu irmão.
- Katy. - ele sorriu para minha amiga e voltou o olhar na minha direção. Ai meu Deus, como que respira? - .
- Oi. - respondi baixo, quase um sussurro. Depois de anos ele ainda tem esse efeito sobre mim, que raiva.
Voltei minha atenção pro bartender, que entregava cinco doses de tequila. Ele devia ter visto os dois homens se aproximando e se adiantou no pedido. Distribui as doses para todos e senti os pêlos da minha nuca se arrepiarem quando os dedos de Andrew encostaram nos meus por mais tempo do que o necessário.
- Arriba, abajo, al centro, y adentro! - fizemos os movimentos com o copo de shot.
Meus olhos ficaram presos nos de Andrew conforme todos lambíamos o sal na palma da mão. Parecia de propósito o olhar malicioso de Andrew enquanto sua língua varria lentamente os cristais brancos da mão. A única coisa que se passava na minha mente naquele momento era a vontade de ter aquela língua em vários lugares do meu corpo. Virei o shot e chupei o limão, balançando a cabeça. Deus, minha noite seria longa.

Achava que Andrew tinha perdido o interesse. Depois que viramos o shot, ele voltou para perto de seus outros amigos e eu fiquei perto de Katy. Lucy já tinha desaparecido com meu irmão. Apostava $100 que eles estavam pegando no escritório dele. A gente estava conversando com outras pessoas que se juntaram na nossa mesa sobre alguns dos filmes que eu tinha feito.
- Você fez Mainstream com o Andrew Garfield, né? - uma das meninas me perguntou com um sorrisinho de canto. Confirmei sua pergunta com um aceno de cabeça. - Ele beija bem?
Joguei a cabeça pra trás em uma gargalhada alta. Já tinham me perguntado isso tantas vezes. E não só em relação ao Andrew. Nunca deixava de ser engraçado.
- A gente não se beija de verdade. São beijos técnicos. - respondi pacientemente.
- Mas mesmo assim, o “beijo técnico” dele é bom? - ela perguntou fazendo aspas com os dedos.
- Hum, não sei dizer. A gente estava atuando, então não era real. - respondi com um dar de ombros. A resposta não era inteiramente mentira, mas também não era totalmente sincera.
- , pega umas bebidas pra gente? - Katy pediu, reparando no meu leve desconforto.
- Já volto. - saltei da cadeira alta e caminhei até o bar.
Me encostei no balcão, esperando ser atendida. Estava distraída, batucando as unhas na tampa de vidro quando uma taça com um líquido amarelo surgiu na minha frente.
- Eu não pedi isso. - respondi confusa pro bartender. Ele apontou para trás de si, onde eu conseguia ver Garfield com um copo de whiskey na mão estendido na minha direção, como um saudação.
- Cortesia do cavalheiro. - agradeci ao barman e fiz o pedido usual de Katy: cerveja com vodka e um pouco de limão. Nojento.
Estendi minha taça na direção de Andrew agradecendo pela bebida de graça. Na verdade todas as bebidas eram de graça, nem ferrando que eu ia pagar, Daniel que se virasse.
Durante todo o tempo em que esperava a bebida de Katy ficar pronta, senti o olhar intenso de Andrew sobre mim. Ele nem disfarçava, assim como não parecia se importar se alguém percebesse. Retribui seu olhar, também pouco me importando se saísse algo na mídia depois.
O bartender colocou a garrafa de vidro na minha frente e eu agradeci. Eu deveria voltar pra minha mesa, entregar a bebida da minha amiga e curtir a noite de boa, sem gerar nenhuma fofoca pro dia seguinte.
Mas foda-se.
Pedi a um garçom que levasse a bebida pra nossa mesa no VIP e me sentei no banco alto. Encarei Andrew sem nenhum escrúpulo, quase o devorando com os olhos. Inclinei a cabeça para o lado direito e indiquei o banco vazio ao meu lado, esperando que ele entendesse o recado.
Ele entendeu.
Em poucos segundos, seu corpo alto ocupava o espaço antes vazio. Ele sentou virado de costas para o bar, sem tirar os olhos de mim em momento algum. Meu coração acelerou um pouco.
- Faz um tempo que a gente não se via. - ele sorriu de canto, tomando um gole de sua bebida.
- Sentiu minha falta? - perguntei brincando com o canudo do meu drink.
Andrew se inclinou na minha direção e sussurrou ao pé do meu ouvido, causando arrepios por todo meu corpo.
- Mais do que você possa imaginar, .
O desgraçado se afastou com um sorriso malicioso, sabendo exatamente o efeito que tinha sobre mim. Ri com um pouco de vergonha mas voltei meu olhar para ele, me sentindo como uma adolescente.
- Trabalhando em algum projeto? - perguntei e tomei um grande gole da bebida.
- Talvez uns novos projetos que nos façam trabalhar juntos de novo.
Refleti por um momento sobre o que ele disse. Minha agente teria me dito se eu estivesse escalada em algum projeto com Andrew, ela sabia da nossa história.
- Quais? - ele desviou o olhar para longe do meu rosto e ficou em silêncio. - Não vai me responder?
- Talvez essa semana você saiba de algo. - bufei com sua resposta misteriosa e fiquei mais puta da vida quando ele riu. - Não veio acompanhada essa noite?
- Katy e Lucy vieram comigo.
- Sabe o que eu quis dizer, .
- Não, não sei, Andrew. - ri enquanto mordia o canudo. Por Deus, eu realmente estava agindo como se tivesse 15 anos. - Sim, eu vim.
Olhei ao redor e reparei que umas pessoas estavam nos observando. Metade delas eram mulheres que olhavam descaradamente para Andrew, mas ele nem parecia notar.
- Assim como você, eu vejo.
- Eu vim já sabendo quem eu queria essa noite. - o olhar dele era tão penetrante que me fez esquecer de respirar.
- Acho que devo voltar para minha mesa. - levantei do banco e fiquei na mesma altura que Andrew. Já me preparava para sair de perto dele quando senti sua mão na minha cintura me impedindo de ir a algum lugar.
- Você não vai fugir de mim, . - ele colocou seu copo no balcão e juntou as mãos ao redor da minha cintura. - Não vou cometer o erro de te deixar ir embora de novo.
Meu coração batia em um ritmo completamente descontrolado dentro do meu peito. Deus, eu ia ter um ataque cardíaco. Subi lentamente as mãos por seus braços fortes e senti a respiração dele falhar. Devagar, aproximei meu rosto do dele. Minha boca estava a centímetros da dele, nossos lábios quase se encostando.
- ! - ouvi uma voz me chamando de longe. Andrew me soltou tão rápido que não sei como não cai no chão.
Me virei e encontrei Katy junto com meu irmão e Lucy. Os três, junto com metade do clube, olhavam em nossa direção. Queria ter ficado envergonhada, mas eu só tava puta da vida que Daniel tinha interrompido meu momento com Andrew. Porra, e tava quase o beijando depois de anos sem nenhum contato com ele. Na próxima reunião de família ele iria acordar com uma sobrancelha raspada.
- O que foi? - perguntei andando na direção dele.
- Apesar de estar irritada, pelo menos fiquei agradecida que Daniel tinha uma política de proibição de celulares dentro do clube. Eu realmente não me importava se saísse uma foto minha beijando Andrew, mas se ele me desse um pé na bunda de novo seria menos vergonhoso se não tivessem fotos na internet.
- Quer batata-frita? - ele perguntou quando cheguei perto o suficiente da mesa deles. Se pudesse matar alguém com meu olhar, meu irmão já estaria sete palmos abaixo da terra.
- Não, Dan, eu não quero batata-frita. - o respondi tentando ao máximo não pular sobre a mesa e o estrangular ali mesmo. Não perderia meu réu primário com ele.
- Eu quero. - Andrew respondeu ao meu lado, me dando um sorriso que era pura ironia. Que ele ficasse com a porra da batata então.
- Vem Katy, eu quero dançar.
Agarrei a mão da minha amiga e a arrastei para a pista de dança sem nem olhar para trás. Lucy nunca dançava, então Katy era minha única companhia na pista.
Atravessamos a multidão até chegar do outro lado, perto das três portas com segurança.
Depois de algumas músicas em inglês finalmente começou a tocar funk. Sentia tanta falta das baladas brasileiras, elas eram com toda a certeza do mundo melhores do que as estadunidenses.
Não me segurei e comecei a dançar junto com Katy, que ainda aprendia a rebolar a bunda sem parecer que tinha barata dentro da roupa. Eu sabia que ia sair alguma coisa no twitter como “atriz brasileira faz dança promíscua em boate” mas foda-se. Por que eu deixaria de dançar só por medo do que os outros iam pensar?
O funk começou a mudar para um reggaeton e foi quando Katy me abandonou dizendo que precisava tomar algo.
Continuei dançando, dessa vez sozinha, até sentir um par de mãos grandes me abraçar por trás. Abri os olhos assustada e me virei já com a mão preparada para dar um tapa no abusado quando reconheci Andrew.
- Você ia me socar? - ele perguntou com um sorriso de canto.
- Eu não sabia quem era. - respondi abaixando meu braço. - E ia ser um tapa.
- Não sei se seria muito eficiente. - ele respondeu colocando as mãos de volta na minha cintura. Gostava muito delas ali.
- Eu uso muitos anéis, tenho certeza de que faria um estrago. - apoiei minhas mãos em seus ombros, movendo nossos corpos com o ritmo da música. - Também tenho unhas grandes. - arranhei de leve seu pescoço, o observando fechar os olhos e abrir de leve a boca. - E também sei gritar por ajuda. - rocei meus lábios no dele, recuando quando sua boca se aproximou mais da minha. Andrew abriu os olhos, me dando a minha visão favorita: seu corpo precisando do meu.
- Vai me negar um beijo? - ele pergunta com a respiração um pouco pesada.
- Talvez eu devesse. - aproximo de novo a minha boca da dele, dizendo cada palavra roçando meus lábios nos dele. - Mas não vou.
Finalmente selo nossas bocas, saciando tanto a minha vontade quanto a dele. Subo uma das mãos para o cabelo de Andrew, puxando um pouco os fios quando sua língua pede passagem.
Andrew aprofunda o beijo, aumentando cada vez mais o ritmo e fazendo meus joelhos ficarem tão firmes quanto gelatina. Uma de suas mãos segura meu pescoço, me impedindo de fugir (como se eu fosse fazer isso) e seu outro braço continua em minha cintura, me impedindo de me desfazer.
Quando nossas bocas se separam, nos fazendo buscar por ar, não consigo evitar sorrir para ele.
Andrew busca meus lábios mais uma vez, me impedindo de dizer qualquer coisa. Dessa vez o beijo é ainda mais frenético, em um ritmo que quase não consigo acompanhar. A língua dele entra em sintonia com a minha e sinto Andrew me abraçar ainda mais forte, quase fundindo nossos corpos em um só. Ele me empurra de leve, fazendo com que eu dê alguns passos para trás.
- Você tem certeza? - perguntou em sussurro quando nos separamos.
Vejo a boca dele borrada com meu batom e me pego imaginando que quero ver essa cena tantas vezes quanto possível. o observo respirar rápido e espero por sua resposta, rezando para que não me mande ir embora mais uma vez.
- Eu disse que nunca mais ia te deixar ir embora, .
Sorrio aliviada e lhe dou um selinho, nos separando mais uma vez antes que ele aprofunde o beijo. Seguro sua mão e o puxo até a última porta, olhando discretamente para o segurança, que dá um passo para o lado e nos deixa passar.
A sala está escura, quase impossível de se enxergar algo, mas não preciso de nada mais; as mãos de Andrew já estão me segurando, sua boca em meu pescoço.
- Darkroom? - o ouço rir de leve contra a minha pele.
- Prefere fazer na pista de dança? - me viro para poder ficar de frente para ele.
- Fazer o que, ? - ele me pergunta, já se inclinando para beijar meu queixo.
- O que quer que você queira. - respondo e deixo um gemido escapar quando Andrew morde de leve a pele abaixo da minha orelha.
- Eu sempre quis ouvir esse som sair da sua boca. - Andrew me aperta contra si e consigo sentir sua ereção por cima da calça.
Deslizo minhas mãos por seu abdômen até chegar onde quero. O aperto de leve por cima dos jeans e um suspiro escapa de Andrew. Movimento meus dedos para cima e para baixo, ainda sem tocá-lo diretamente, e sinto as mãos dele me apertando mais forte.
- Se continuar fazendo isso eu vou gozar nas calças. - rio de leve com sua sinceridade e o beijo nos lábios antes de começar a me ajoelhar.
- Então é melhor eu não deixar isso acontecer. - respondo já abrindo os botões de sua calça.
Os olhos de Andrew estão virados em mim, me observando enquanto puxo sua roupa lentamente até seu tornozelo e subo devagar arrastando os lábios por suas pernas grossas.
Deixo um beijo na ponta de seu pau enquanto desço sua cueca, sem quebrar o contato visual. A respiração dele fica mais pesada quando passo a língua por toda a sua extensão, o colocando inteiro na boca quando alcanço a ponta de novo.
- Porra. - o ouço dizer entre gemidos. Sua mão alcança minha nuca e seus dedos se enterram em meus cabelos, tomando o controle dos meus movimentos. - Você não imagina a saudade que eu tava de fuder essa sua boquinha.
Não sabia que era possível, mas me senti ficar ainda mais molhada com as palavras sujas que deixaram a boca de Andrew.
O quadril dele se chocava com meu corpo em um vai e vem frenético, me fazendo engasgar em alguns momentos.
- Eu vou gozar, . - Andrew diz ofegante. Afundo as unhas em sua coxa, indicando que pode goza em minha boca, e algumas estocadas depois sinto um líquido jorrar em minha garganta. Andrew solta meu cabelo e tenta controlar a respiração. Me sento sobre meu calcanhar e sorrio para ele, completamente satisfeita por ter feito minha noite valer a pena.
Andrew segura meu queixo e se inclina para me beijar; seu gosto ainda presente na minha boca e deixando tudo ainda sujo. Ele separa nossas bocas e ajeita suas roupas. Me levanto e arrumo meu cabelo, mesmo sem saber como minha aparência está. Seguro sua mão e dou um passo em direção a porta, mas antes que possa ir mais longe, Andrew me puxa contra seu corpo.
- Você acha mesmo que eu vou ser o único a gozar essa noite? - ele pergunta baixo contra o pé do meu ouvido e nesse momento sei que minha calcinha já está completamente encharcada.
Andrew desce as alças dinas do meu vestido, revelando meus mamilos já duros, esperando apenas por seu toque. Andrew aperta de leve meu peito direito, arrancando um gemido de mim. Seus dedos estão gelados e me vejo ansiando por seu toque entre minhas pernas.
Ele não perde tempo e inclina a cabeça em direção ao meu colo, deixando uma trilha de beijos entre minha clavícula e meu mamilo esquerdo, prendendo o pedaço de pele entre os dentes e me fazendo jogar a cabeça para trás.
Sua língua circula meu mamilo, irradiando tesão por todo meu corpo. Andrew troca de posição, sugando meu seio direito agora, mas sua mão já está acariciando minha coxa.
Seguro forte em seus ombros, com medo de desmoronar de tanto tesão. E quando sinto seus dedos alcançarem meu centro não consigo conter um gemido alto.
- Isso tudo é por mim? - Andrew pergunta contra a minha pele subindo o rosto até encontrar minha boca. - Você tá molhada assim por mim, ?
Não consigo responder quando seu dedo médio encontra meu clitóris, dessa vez sem o tecido da calcinha na frente.
- Eu te fiz uma pergunta, . - Andrew morde meu maxilar, chamando minha atenção.
- Hum? - não consigo formular uma frase, seu dedo já fazendo movimentos circulares ao redor do meu ponto sensível.
- Você tá molhada assim por mim, babe? - seu dedo indicador também começa a se movimentar, aumentando a pressão bem onde eu quero.
- Sim, por você. Sempre você. - consigo responder com a respiração acelerada, já pouco me importando se conseguem me ouvir do lado de fora.
Andrew aceita minha resposta e me pega no colo, me levando até o pequeno sofá no canto da parede. Ele me deixa delicadamente sobre o assento e se inclina para me beijar, sua língua invadindo minha boca sem piedade alguma.
Consigo enroscar meus dedos entre seus cabelos, mantendo sua boca colada na minha, mas suas mãos voltam a alcançar minha calcinha, descendo o tecido rendado por minhas pernas.
Andrew levanta a barra do meu vestido até minha cintura, abrindo minhas pernas e me deixando completamente exposta. Sua boca descola da minha, trilhando um caminho de beijos pelo meu pescoço, colo, seios e abdômen.Seu hálito é frio quando Andrew assopra contra minha intimidade, me dando leves choques de prazer.
Andrew beija o interior das minhas coxas, arrastando a língua torturantemente sobre a minha pele, quase saboreando a minha impaciência quando movimento meu quadril em sua direção.
O desgraçado se permite um sorriso antes de encostar a boca na minha buceta, me fazendo soltar um grito de prazer. Sua língua começa a se movimentar para cima e para baixo, provando o meu gosto.
- Seu gosto é ainda melhor do que eu lembrava. - Andrew diz suspirando com a cabeça entre as minhas pernas.
Suas palavras me dão o impulso final que precisava para segurar fortemente em seus cabelos e o prender contra minha intimidade. Andrew não parece se importar, na verdade ele parece gostar do meu incentivo e começa a me chupar de forma mais vigorosa, circulando meu clitóris com a língua enquanto me fode com um dedo.
Meus gemidos ocupam a música nos prendendo em uma pequena bolha de prazer. Seguro mais forte ainda em seus cabelos quando sinto um nó começar a se formar no fundo do meu estômago.
Andrew levanta o rosto e me observa, adicionando mais um dedo em seu movimento frenético de entrar e sair de dentro de mim. Meu corpo parece líquido e não sei de onde tiro forças para conseguir mover meu quadril em direção à sua mão, irradiando prazer a todas as minhas extremidades.
Fecho os olhos quando me entregando completamente ao prazer e os abro imediatamente quando Andrew para os movimentos.
Ele me corta antes que eu consiga dizer algo.
- Olhos em mim. - ele movimenta o dedão sobre meu ponto sensível lentamente. - Feche os olhos e eu paro. Entendeu?
Sua voz é controlada, mas consigo enxergar em seus olhos a luxúria do momento. Concordo silenciosamente com um movimento de cabeça e movimento meu corpo devagar, fazendo seus dedos escorregarem para dentro de mim de novo. Andrew dá um tapa forte na minha bunda, já suspensa do sofá com o movimento do meu corpo, mas ele tira seus dedos de mim completamente, levando sua mão até a minha boca. Chupo seus dedos, sentindo meu próprio gosto e observo quando seus olhos ficam ainda mais escuros de prazer. Ele abre um pouco a boca, como se fosse dizer algo mas desistisse no meio e volta a mão para onde não devia ter saído.
Dessa vez seus movimentos são rápidos demais, quase violentos, me fazendo gritar dentro do darkroom. Andrew abaixa de novo, voltando a chupar meu ponto sensível e me levando aos céus em questão de segundos. Meus gemidos são tão altos que tenho certeza que todos lá fora podem me ouvir, mas não me importo.
Meu corpo cansado bate de volta no sofá e minha respiração começa a desacelerar. Meus olhos estão fechados quando a boca de Andrew toca a minha. Sua língua coberta com meu líquido, se misturando ao beijo e dando o toque que faltava de luxúria e tesão no momento.
Quando consigo respirar normalmente, abro os olhos para encontrar Andrew me olhando de perto. Eu tento pensar em alguma coisa para dizer, mas nada me vem à mente.
- Amanhã, 18 horas, minha casa. - ele diz.
- Anh? - pergunto confusa.
- Amanhã, 18 horas, minha casa. - ele repete a informação. - Um encontro.
- Ah! - entendo surpresa o que ele diz. - Tudo bem.
Ele sorri satisfeito e um pouco aliviado, como se pensasse que eu fosse recusar o convite. Andrew me beija mais uma vez, dessa vez sem pressa e profundamente.
Ele nos separa dando vários selinhos por todo meu rosto, me fazendo rir.
- Eu tô até com vergonha de sair daqui depois dos meus ritos. - digo, ainda rindo.
- Eu não. - ele dá de ombros de leve. - Quero que todos saibam quem é que te faz gritar de prazer desse jeito.
Dou um tapa de brincadeira em seu ombro e ele fica de pé, me estendendo a mão enquanto eu termino de ajeitar meu vestido e meu cabelo.
- Você viu a minha calcinha? - pergunto, tentando achar tecido, mas a sala está escura demais.
- Essa aqui? - ele me mostra o pequeno tecido preto rendado e o coloca no bolso quando tento alcançar. - Isso aqui é meu agora. Pra sempre lembrar dessa noite.
Seu sorrisinho de vitória me irrita, mas deixo passar dessa vez. Não vou reclamar de poder provocá-lo o resto da noite, o lembrando que estou sem calcinha enquanto dançamos ou bebemos com nossos amigos.
Saímos de mãos dadas do darkroom e felizmente ninguém olha para a gente. Andrew lidera o caminho até a mesa dos nossos amigos.
- Onde você tava? Eu te procurei em todo lugar - Katy me pergunta assim que sento ao seu lado.
- Anh… fui tomar um ar lá fora. - respondo, olhando de lado para Andrew, que agora conversa com Daniel.
- Sabia que para uma ótima atriz você é uma péssima mentirosa? - Katy ri e me cutuca na costela.
- Cala a boca. - empurro seu ombro de leve, também rindo e me ajeito na cadeira, vendo que Andrew me encara com um sorriso no rosto.
É, acho que dessa vez as coisas podem dar certo.




Fim



Nota da autora: Pois essa fic é dedicada a todes que sempre tiveram crush no Andrew e não vão poder realizar o sonho de se casar com ele :(



Nota da Scripter: Oi! O Disqus está um pouco instável ultimamente e, às vezes, a caixinha de comentários pode não aparecer. Então, caso você queira deixar a autora feliz com um comentário, é só clicar AQUI

Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


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