Fanfic finalizada: 16/05/18.
Music Vídeo: Demi Lovato - Tell me you love me

Capítulo Único

O pedido.

ainda estava com os olhos fechados, mas sentia a luz cruzando a janela e chegando em seu corpo, porque provavelmente ela e haviam esquecido de fechar a mesma após a longa noite de amor. Não queria ter que abrir os olhos, não precisaria trabalhar, era sábado e estava de férias com o namorado na enorme mansão da família dele no Upper East Side em Manhattan. Se fosse abrir os olhos, que fosse para ver o lindo rosto de , então.
Porém, antes mesmo de puxar as pálpebras, tateou o lado oposto ao seu da cama e se decepcionou por encontrar o espaço vazio. Virou seu corpo totalmente e abriu os olhos, ainda de forma preguiçosa, abrindo os braços e ocupando nem metade na cama king size. Fixou o olhar no teto escuro e puxou o lençol para cima, cobrindo seu corpo nu por inteiro para se levantar e ir até o banheiro da suíte.
E foi, se arrastando de tanta preguiça; tomou um banho lento, apenas para acordar. Fez tudo o que precisava e saiu do banheiro vestida com o roupão atoalhado de cor branca e uma toalha enrolada na cabeça para os cabelos molhados. Estava indo em direção à sua mala quando se deparou com uma bandeja cheia de coisas para um café da manhã em cima da mesinha na sacada do quarto luxuoso. Com um sorriso nos lábios caminhou até o local, pensando que poderia encontrar , talvez sentado em uma cadeira na parte em que a parede cobria a visão do quarto.
Mas ele não estava lá.
Seu sorriso sumiu. decidiu pegar o copo de suco e quando o fez, reparou no pequeno papel sobre a bandeja. O pegou e leu a caligrafia que ela reconheceu imediatamente.

“Bom dia, meu amor. Estou te esperando no jardim. Não precisa se apressar.”

tomou o café da manhã lentamente. Depois trocou o roupão atoalhado por uma roupa confortável, porém sofisticada. Não estava nos planos receber sua sogra na casa, mas em caso de dúvidas ela trocaria a ideia de andar vestida somente com a super transparente camisola de seda, pela casa, para andar com roupas que evitassem o constrangimento. Passou pelos menos dez longos minutos alisando seu corpo com o creme, assim que terminou, ela saiu do quarto. O relógio no corredor das escadas marcava nove e quarenta da manhã, a alertando que estava esperando há algum tempo. Tempo demais, talvez.
Quando finalizou o último degrau, ouviu algumas vozes altas vindo da sala, como se um grupo de pessoas estivesse discutindo em alto e bom som. Continuou em passos uniformes até cruzar o grande hall de entrada da mansão e chegar à soleira do cômodo o qual era preenchido com as vozes altas e ao entrar se sentiu agradecida por estar bem vestida; seis pares de olhos claros, a marca registrada da família , viraram para encará-la com esplêndida sincronia. Mais uma vez em sua vida, depois de tempos com , parava para analisar a sua presença naquela família.
Olhando de fora, qualquer um acreditaria na perfeição que aquela família tentava vender. Os eram a típica corte de Manhattan; Joham , o patriarca, era um magnata no mercado imobiliário, muitas vezes teve seu patrimônio, por poucos centavos, próximo ao de Donald Trump, atual presidente do país, que também atuava na mesma área. Andrea , a matriarca, era, antes mesmo do casamento, apenas Silverstone, filha de um britânico milionário. A família transbordava poder aquisitivo, exceto por , a mesma era da classe média situada no Queens. Sua origem mexicana a trouxe para o tão desejado sonho americano, depois da morte trágica de seus pais.
Era filha de comerciantes, sua naturalidade vinha de Novo México, de onde saiu com dezessete anos, órfã, para ser babá de uma família nova iorquina. Se formou em arquitetura e se ergueu com ajuda da mesma família, se tornando o que sempre quis ser: bem sucedida.
O destino, ou alguma força maior, havia agregado diversas vitórias em sua vida. E também trouxera , por mais que sua família viesse no chaveiro, ela amava a chave que ele era. A chave que abrira seu coração.
- Bom dia, meu amor.
Olhou para o lado e se deparou com . Ele estava usando uma calça jeans preta, uma camiseta branca de algodão e um blazer azul que contrastava perfeitamente com seus olhos. Seu sorriso branco era enorme e parecia que aqueles dentes perfeitos à mostra escondiam alguma surpresa importante, estando naquela imensa ansiedade.
reparou que a sogra já estava de pé, a olhando, sorrindo minimamente, em seguida, numa rápida olhada, viu Carter, a primogênita dos , sorriu para as duas e voltou o olhar para o namorado parado ao seu lado; este já estava com uma mão em sua cintura, indo com o rosto de encontro ao seu, lhe dando um selinho rápido.
- , minha querida! – Andrea disse, assim que os dois finalizaram o momento casal. Bastou alguns passos e a mulher já estava em sua frente. – Peço que desculpe a mim e Carter, por aparecer assim... totalmente de repente. – ela manteve o sorriso artificial para falar, recebendo um aceno de cabeça positivo vindo de e em seguida a mesma olhou para Carter, que tinha o mesmo sorriso parada ao lado do sofá. – Mas já estamos de saída.
- Não se preocupe, Sra. , eu não queria atrapalhar... Podem ficar a vontade, até parece que a casa não é da senhora. – sorriu e se virou para , completando: - Vou deixar vocês a sós.
- Não, amor. – pegou firme em sua mão. – Mamãe e Carter já estavam de saída... – olhou para a mãe, também firme, o que não passou despercebido pela namorada.
- Sim, estamos. – Carter disse, vindo com sua bolsa e a da mãe em mãos. – Aproveitem bem o fim de semana.
ficou confusa com a mudança de humor repentina. Ou talvez não fosse uma mudança, pelo que ouviu quando estava descendo as escadas, a família estava discutindo, porém ela não entraria no meio, evitava sempre que podia palpitar nas coisas da família de . As duas mulheres se despediram e saíram pela enorme porta da casa e ela reparou a tensão que havia ido com elas, passou pela sua cabeça que a discussão pudesse ser sobre ela, de repente Carter tivera mais uma de suas crises, vendo o irmão mais novo poder usufruir da mansão com a namorada por uns dias, enquanto ela não podia nem usar o carro do pai. Também pudera, ela não era a mais responsável de todos os três filhos. Nem Abigail, a filha do meio, era tão responsável, mesmo trabalhando com o pai diretamente na diretoria dos negócios da família.
Em divisão óbvia: Carter, com trinta anos, ainda era a filha mal resolvida, que usava o sobrenome para conseguir as coisas, como camarotes Vips em baladas, por exemplo; a mesma até ocupara lugares especiais em revistas, devido ao seu comportamento “inadequado” para a imagem da família. Abigail, chegando nos vinte e oito anos, era casada e completamente decidida no que quis seguir, ajudando seu pai com a empresa e cuidando da sua família que envolvia seus dois filhos e um marido. E , agora com vinte e seis, havia acabado sua trajetória em faculdades de medicina; se especializando em pediatria, ele estava trabalhando no setor de um hospital extremamente importante na cidade, além de outros projetos com o primo que já havia se formado há pouco mais tempo que ele, dentre os planos de , estava o de montar sua própria clinica.
E o que fazia de o mais responsável? Tudo o que fizera sempre foi sozinho, nunca pediu ou sequer cogitou a ajuda do pai ou o nome dele para qualquer coisa. Não que isso o fizesse melhor que ninguém, mas o fez aprender diversas coisas, uma delas a de que sua origem de família poderosa não iria seguir para ele seus sonhos. Ele entrara em Harvard por si só, estudou em instituições públicas. Não usou seu status como vantagem. E foi isso o que fez se apaixonar por ele; o cara lindo, porém perdido no corredor de um pub no Harlem. Talvez se não fosse Lisa, a melhor amiga de , a empurrar para cima dele, ficaria perdido naquele corredor procurando um banheiro e criaria um amor platônico pelo rapaz.
Os dois pareciam sempre estar em sincronia. Era um lindo amor para se recordar. sabia disso, tinha plena certeza de que deveria ser sua para sempre. Por isso discutia com sua mãe e irmã minutos antes da mesma aparecer, as duas acreditavam fielmente que dar o anel de diamante de sua vó para a mulher era um erro. Para ambas, é só mais uma usurpadora que pretende o golpe da barriga. Mas ele não se importava com o que elas diziam, apenas com o que sentia.
Estavam indo em direção ao jardim, que ficava nos fundos, era um jardim diferente para . A escadaria de pedra levava as pessoas para um andar mais baixo, em um ambiente com muitas mesinhas e um pequeno parquinho de diversão para crianças; as flores e as árvores saudáveis preenchiam a vista do espaço, com um verde lindo de se ver. Era tão lindo quanto os olhos de que a encaravam, tão próximos. Ele estava parando na escada, a fazendo ficar dois degraus a cima dele, e em seguida ajoelhou-se em sua frente, fazendo o coração de acelerar.
- Você sabe que não sou muito bom com palavras... Mas juntar B mais A eu sei que dá BA. – ele riu. – É o mesmo que juntar eu e você, dá amor. Então, simples, do jeito que é o nosso amor e somos, sem nenhuma enrolação... – respirou fundo e pegou o anel do bolso de sua calça. – Garces, aceita se casar comigo?
- Sim!? – ela disse concordando com a cabeça freneticamente. – Mil vezes sim...
se ergueu e a abraçou, lhe tirando do chão, em seguida juntando seus lábios em um longo beijo. Enquanto tomava um banho, estava chamando para uma conversa de vídeo. As borboletas em seu estômago não a deixariam dormir sem contar para a melhor amiga sobre o noivado. Ela seria sua madrinha, com imensa certeza, então deveria se preparar porque o casamento que planejava em sua cabeça era algo mínimo, porém trabalhoso.
No primeiro toque, atendeu, com uma cara amassada de sono.
“Por quê me acordou?”, a mesma disse emburrada.
- Qual é, quase uma hora da tarde e você dormindo? – murmurou. – Tenho novidade. – alterou a voz para uma com mais animação.
“É bom que seja algo de suma importância... Você realmente me acordou.”, desta vez já estava menos emburrada.
- Você está sentada?
“Melhor, estou deitada meu bem... Não sei por quê vocês ricos tem mania de acordar cedinho.”, desta vez ela mostrou seu edredom e fez careta. “Vai, desenrola, o que aconteceu? Engravidou?”
- Vou me casar. – levantou a mão na altura da câmera e mostrou a aliança.
O inesperado aconteceu, gritou histérica.
- Quem é? – a voz de rompeu o quarto, assustando .
“Sou eu, ...”, a amiga do outro lado disse, acenando. “Achou que um noivado vai fazer você levar de mim, mas tenho uma surpresa, serei a madrinha de vocês!”, riu igual uma bruxa de contos de fadas.
se sentou atrás de e apoiou o queixo no ombro dela, vendo no celular.
- Vai ser um prazer ter você como nossa madrinha, !

Não está tudo bem.

- Está tudo ok. – se apoiou na mesa, olhando na agenda em sua mão. – Vestido tem apenas mais uma prova, docinhos decididos, prato de almoço também, as entradas estão corretas... Temos tudo pronto, desde alimentação à sua maquiagem. – apoiou a caneta na bochecha, analisando mais uma vez a lista, e se lembrou de um item que estava faltando. – O buquê! – rascunhou um lembrete na folha e voltou a falar: – Você precisa decidir logo, ... Faltam vinte dias e...
parou para pensar. Aquela conversa parecia uma das vezes que ficava sentada em seu escritório tentando decidir qual rumo tomar nas plantas que desenhava para seus clientes. Sozinha, falando consigo mesma, tentando encontrar um rumo. Porém, havia um detalhe: ela não estava sozinha naquele restaurante, naquela mesa. estava sentada ao seu lado, mas quieta, e só percebeu aquilo, depois de horas falando sem parar sobre os preparativos do casamento. estava com a cabeça longe, fora necessário um beliscão para olhar para o lado.
- Ai! – ralhou com a amiga. – O que foi?
- Você não para de olhar pro celular... Não presta atenção em nada que digo. – soltou a respiração pesada. – O que houve?
viu a amiga fechar a agenda e a encarar esperando por respostas, e ela sabia que não desistiria tão fácil.
- Vai, hoje estou de folga, sou toda sua... Até os ouvidos. – cruzou os braços a encarando séria. – Vai, tô esperando, .
A mesma respirou fundo e se endireitou na cadeira, procurava palavras para começar aquele assunto. Resolveu ir direto ao ponto, assustando ao pronunciar:
- Dave me ligou, tem um pouco mais de dois meses. – revirou os olhos, citando o fato do noivo ter tido uma crise de ciúme por conta de um amigo da faculdade que não via há tempos. – De alguma forma ele soube sobre o casamento...
- Alguma forma? – riu. – Fofa, está em jornais de Nova York inteira!
- Mas Dave está na Austrália? – respondeu irônica. Prosseguiu: - não recebeu muito bem a informação e brigamos. Feio.
ergueu uma sobrancelha, era estranho ouvir que os dois tiveram uma briga feia. Ainda mais se esta frase for finalizada com um suspiro cansado de . Acontece que o casal, ao seus olhos, sempre foram sincronizados, harmônicos. Ouvira a amiga comentar pouco sobre brigas ou desentendimentos. Então aquilo era uma péssima notícia, ainda mais faltando poucos dias para o casamento.
- Foi aí que tudo começou. – se sentiu surpresa, tinha mais. – A briga depois de um jantar simples com a família, ele querendo fazer o casamento na mansão... A irmã dele entrando no meio da gente. – fechou os olhos. – Eu o amo, mas não suporto a família dele mais! Preferia quando ele vivia com os próprios pés... Ele está se tornando um projeto de Andrea, igual Carter.
- Mas é a família dele, amiga. – apertou a mão da outra em sua frente.
- Eu sei! – ela disse, derrotada. – Eu sei... O carro estava em silêncio, o que estava matando por dentro. Nem boa noite ela ouvira o noivo dizer quando a apanhou no restaurante em que estava com os colegas de trabalho. Era sua despedida do escritório, seria transferida para outra filial em Nova Iorque, da mesma empresa para qual trabalhava. Ela não entendia, o que havia mudado? Quando foi que seu noivo se tornou aquele homem frio e distante? Por que tudo estava daquele jeito?
- Você não vai falar nada? – questionou quando os dois entraram no elevador.
- O que você quer que eu diga? – ele questionou, ainda olhando as portas fechadas.
- Nada. Deixa pra lá. – ela suspirou.
O elevador parou e a porta abriu, saiu primeiro.
- Ele estava lá, não estava? – perguntou, logo atrás. Ela parou bruscamente e se virou para ele.
- Eu não vou entrar nessa, . – disse o olhando fixamente nos olhos.
- Então ele estava. – o mesmo respondeu, vendo-a se virar e abrir a porta do apartamento, que os levaria para a cozinha, pois usaram a entrada do elevador de serviços, com extrema brutalidade.
- Eu não vou brigar... – disse, jogando a bolsa em cima do balcão do armário. – Eu não vou brigar! – repetiu mais uma vez.
- Caralho! – gritou a puxando pelo braço. – Você não para de mentir... Até quando ? Até eu descobrir algo errado...
- Não tem porra nenhuma errada! – ela gritou de volta. – Você está tentando achar motivo para brigarmos... – ela se soltou. – Eu vi você comendo Angel com os olhos quando ela foi te dizer oi, mas não estou surtando como você está por uma simples ligação que eu nem atendi!
ficou a olhando, parecia pensar no que dizer. Então continuou com as palavras, que caiam sobre como um banho de água fria.
- Procure outro, alguém menos caótico. – ele a olhou se aproximar e colocar a mão em seu peito para dizer:
- Eu não quero ninguém além de você, merda!

O dia.

- Você parece cansada.
E estava, mas não precisava saber disso. Passara a noite em claro, sentada no sofá de frente para enorme cama de casal king size daquele quarto também enorme na – também – enorme mansão dos . Refletiu mil vezes o que estava prestes a fazer no dia seguinte: se casar com .
Foram, ao todo, seis meses longos com muitas brigas e desentendimentos. Ela o sentia cada dia mais distante, quando conseguiram dias consecutivos sem brigas, algo acontecia e como uma bomba tudo explodia novamente. Um passo para frente, nove para trás.
E se já não bastasse o fator casal em crise estar em alarme vermelho, o fator família intrometida estava quase estourando. Carter sempre dava um jeito de fazer reclamar de alguma decisão de , Andrea inventou tradições patéticas para dizer que tudo deveria ser la s. A única que se manteve em seu quadrado foi Abigail, a coitada também não tinha espaço na agenda para se preocupar com a cor da meia que o irmão usaria no próprio casamento. A irmã do meio tem uma vida e só a dela já basta.
fora uma peça fundamental durante esse processo doloroso que deveria ter sido de suma importância, antes do grande dia. Era na casa da amiga que chorava, até sentir sua cabeça prestes a explodir, sempre se lamentando por amar tanto alguém que parecia ter se esquecido que reciprocidade significava.
Contudo, estar ali, naquele quarto com sua melhor amiga lhe dizendo que tudo iria melhorar assim que o grande dia de casamento passasse, parecia lhe fazer sentir melhor. Na verdade, podia estar certa; talvez só estivesse exausto com toda aquela correria e a presença diária de sua mãe e irmã mais velha só contribuísse para que o estresse aumentasse; talvez, apenas talvez, a lua de mel que planejaram de vinte dias em Dubai, pudesse lhes fazer se aproximar mais. Talvez eles voltariam a dizer o quanto se amam, todos os dias.
Quando se deu conta de que não havia respondido à sua amiga, assim que a maquiadora saíra do quarto para que ela pudesse se trocar, ela levantou da cadeira em que estava e parou de frente com o manequim que usava seu vestido de noiva. lhe ajudou a pegar a roupa e assim que ela conseguiu se vestir, com muito cuidado para não estragar sua aparência e a da amiga, parou em frente ao espelho de corpo inteiro, enquanto a amiga ajeitava o véu em seu penteado.
- Foi por amor... – disse com a voz serena. – Eu aceitei por amor. – respirou fundo. – Eu abdiquei do meu sonho de casar em uma imensa catedral, por ele. Por causa da família dele...
- Eu sei que foi horrível essa experiência, mas vocês devem tirar dela algo bom. – aconselhou, alcançando o buquê. tinha cinco minutos para descer. – Dubai vai melhorar tudo.
apenas sorriu e aceitou o abraço da amiga. Em seguida calçou seu salto alto e se dirigiu à porta do quarto, foi a primeira a sair e avisou às pessoas que a noiva estava a caminho. E ela caminhou pelo jardim plano da casa, observando a estrutura totalmente montada para aquele dia em especial. E observou cada um dos convidados sentados naquelas cadeiras, se tivesse dez pessoas que conhecesse, seria muito. De sua família apenas a americana, nenhum tio ou tia mexicano, ninguém. Era um casamento lindo, sim, mas não era o seu casamento.
Aquilo era uma cena da tão temida família , não tinha nada a ver com Garces.
Ao dar o último passo e chegar perto de , ela viu a feição desgostosa de sua cunhada mais velha; por mais que quisesse admitir ser forte, ela não conseguiria. Nenhum amor no mundo suportaria tamanha humilhação, se fosse somente por parte da família dele, ela talvez pudesse aguentar. Se tivesse certeza de que mantivesse o mesmo para sempre, ela ficaria. Arriscaria se ele fosse o mesmo de quatro meses atrás, mas ele não era. Então, sentindo aquela dor imensa queimar seu peito de dentro para fora, ela apertou a mão do homem em sua frente e antes que a cerimônia se estendesse e a sua dose de coragem sumisse, ela tirou o anel de diamantes – que seria trocado pela aliança de ouro – e colocou na palma de , a fechando como um casulo. Com a sua mão pressionando a dele, mantendo os olhares fixos um no outro, ela disse:
- Eu te amo. – beijou os dedos da mão dele. – Me desculpa, mas eu não posso.
Deixando uma família inteira boquiaberta e um completamente em confusão, ela caminhou pelo mesmo caminho de onde viera, sem olhar para trás. Chorou, com certeza ela choraria, chegou a soluçar, mas ela estava certa do que decidira. Ela sofreria com aquilo, mas tinha certeza de que se fosse para os dois terem uma vida juntos, a vida se encaminharia para tal fim.
É ruim sofrer por amor, mas é mais doloroso sofrer estando com este amor que pode destruir, do que ficar sozinha, tendo chances de se erguer por si só.




Fim.



Nota da autora: EU TO TREMENDO!!!!!!!! ESCREVI ESSA SHORT (E BOTA SHORRRRRT NISSO, DE TÃO PEQUENA) EM APENAS 4 HORAS!!!!!! RECORDE
DESDE O INICIO EU TINHA ISSO EM MENTE PARA O MV DE TELL ME YOU LOVE ME, ALGO SIMPLES E OBJETIVO. ASSIM COMO O CLIPE.
ENFIM, ESPERO QUE GOSTEM.
PARA MAIS TRABALHOS MEUS, ENTREM NA MINHA PÁGINA DE AUTORA: Maya Cafrey (MayC)

BEIJOS TITIA MAY!!!@



Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


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