Finalizada em: 23/05/2021
Music Video: The Words - Christina Perri

Capítulo Único

Eu morri.
Não, estou brincando.
Quer dizer, não estou, não. É complicado. Mas vou contar.
Dois anos atrás, no Natal, eu estava fechando a padaria que tinha vendido tantos chocotones e panetones que eu ainda estava chocado. Mas estava radiante de felicidade. Não conseguia tirar o sorriso enorme do rosto. Tudo estava perfeito. Muito mesmo.
Tinha ligado para minha irmã e disse que ia passar em casa rapidamente para pegar algumas coisas e então seguir para casa da nossa mãe. Dia 24 era muita loucura. Jesus amado!
Prendi meu cabelo enquanto dirigia com cuidado naquele trânsito horrível. Liguei a rádio e tocava Rude na versão acústica. Apesar de amar muito a música, ainda mais nessa versão, preferi procurar músicas natalinas na rádio. Meus olhos desfocaram no trânsito porque nenhuma rádio parecia pegar e o pior é que estava voltando a nevar. Amava neve, mas não pra dirigir. Bati no aparelho por pura falta de paciência mesmo e virei meu rosto ao ver um rapaz no acostamento, parecia que seu carro tinha dado problema. Que péssima hora para isso acontecer!
Desacelerei um pouco apenas por curiosidade e abri levemente a boca ao ver o cara abaixar o capô do carro. Não sabia explicar, mas ele era o homem mais bonito que eu já tinha visto em toda minha vida. Literalmente aqueles homens para parar o trânsito.
Meu papai do céu todinho! Que homem lindo! Como não fantasiar casando e tendo filhos com ele? Passar todos os natais com ele seria meu desejo de Natal, com certeza.
Sim, eu era muito pisciana tinha hora. Era irritante! Mas aquele homem não era desse mundo, não. Quem ficava bonito desse jeito no meio da neve, com o carro quebrado, estressado e na véspera de Natal? Só ele mesmo.
Lambi meu lábio superior, pensando que aquela poderia ser minha chance de conhecer meu grande amor verdadeiro. Imagina só! Na noite de Natal, seria bem filme natalino digno de adaptação da Netflix. Cutuquei minha bochecha internamente ao procurar um lugar para fazer o retorno e oferecer ajuda.
Você terá uma segunda chance.
Dei um pulo quando uma voz no rádio soltou isso bem alto. Virei o volante quando vi uma curva e voltei a olhar no rádio para desligar, já que eu precisava ouvir a voz do moreno quando eu parasse pra oferecer ajuda...
Eu nunca cheguei a fazer a curva. Essa é a real.
Não vi o Jeep vindo na contramão bem na minha direção. Não vi o moreno bonito. Não fui à ceia da minha família.
Eu morri naquela noite.
Não, eu não morri de verdade. Meu nome é , sofri o acidente com vinte e dois anos na véspera de Natal. Desde aquela noite, eu estou em coma no hospital central de Brighton. Bem triste, eu sei bem.
No começo, eu senti muita raiva daquele moreno bonito por causa disso. Mas a culpa não era dele, a culpa era minha de ter sido puta lerda.
E vou contar um segredo sobre tudo isso...
Meu corpo estava em coma, mas eu vivia todos os dias observando o moreno que se chamava . E essa história é sobre ele.


***


De alguma forma que eu não conseguia explicar, meu espírito permaneceu ao lado daquele belo homem perfeitamente desejável e ao mesmo tempo que eu tinha amado conhecê-lo cada vez mais, era absurdamente triste saber que ele nunca me conheceria. não conseguia me ver, apenas eu conseguia vê-lo perfeitamente bem. E ele era perfeito em tudo que fazia. Em cada detalhe. A forma como cuidava da casa.
Ele era sozinho, extremamente sozinho mesmo, um tipo de solitário que me dava um certo tipo de pena sim. Porque eu via em seus olhos que ele adoraria ter alguém para dividir sua rotina, seus sorrisos, seus dotes culinários, que não eram os melhores, mas também não eram ruins. Eu que era perfeccionista em relação à comida. A cada dia que passava, mais eu desejava poder cozinhar para ele e poder ver aquele sorriso lindo que ele tinha naqueles lábios bem preenchidos e que tinham uma aparência de serem bem macios. Tão beijáveis…
Suspirei baixinho e pude ver mais uma vez aquele homem perfeito se levantar depois do despertador tocar às oito da manhã. se sentou na cama, esfregou de leve seus lindos dedos em suas pálpebras, depois deslizou em seus fios que pareciam ser extremamente macios, os puxando para trás. Esticou seu braço esquerdo e pegou seu casaco porque parecia estar fazendo muito frio mesmo, já que tinha começado a nevar duas noites atrás. Virei meu rosto e vi ele entrando no banheiro. Levantei da mesa que estava sentada e deitei na cama onde ele estava segundos atrás.
Senti meus olhos se encherem d’água por não sentir o calor que estaria naquele lugar, queria demais poder sentir o calor do corpo dele. Respirar e inalar seu cheiro que deveria ser divino. Principalmente poder sentir sua pele quente contra a minha. Sentir o gosto do seu beijo. E me lembrei o quanto foi doloroso ouvir ele gemer tão gostoso quando teve um encontro fracassado meses atrás. A garota era uma idiota que já era casada e eu tive que assistir sofrer por ter se sentido culpado por isso. Mas ele não sabia, não era culpa dele que a babaca era uma mentirosa escrota que gemia absurdamente feio.
Sentei novamente na cama quando ele saiu do banheiro com a calça jeans preta, os cabelos bagunçados por ele ainda estar passando a toalha naqueles fios negros tão desejados pelas minhas mãos. Observei ele se arrumar, deixando meus olhos verdes descerem por cada tatuagem que eu adoraria contornar, sorri de leve quando ele se olhava no espelho para procurar algum defeito…
“Não existia, !” Era o que eu queria poder falar para ele.
O acompanhei para tomar café da manhã, ele lia o jornal e esboçava umas caretas com algumas coisas que lia, era adorável até vê-lo fazendo isso. Ele molhava o pão no café, o qual eu achava um hábito bem estranho, mas, mesmo assim, era bom de assistir ele fazer isso que ele mal percebia que fazia. Encostei minha bochecha na minha mão para poder assistir ele fazer em cada detalhe, bem de perto. O que eu sempre fazia, todo dia e quando eu não ficava triste por não poder tocar seu rosto, beijar seus lábios, ser dele. Eu me sentia sortuda por conhecer aquele homem tão bem. merecia o mundo todinho.
Levantei da mesa quando ele fez o mesmo, lavando a louça usada enquanto cantarolava David Bowie e me fazia sorrir. Ele balançava sua cabeça de um lado para o outro como se a música estivesse tocando no ambiente, mas não estava, era apenas na sua cabeça mesmo e ainda assim estava perfeita. Bowie adoraria ouvi-lo cantar Heroes com tanta paixão.
— We can beat them, just for one day. We can be heroes, just for one day — cantarolei com ele, rindo baixinho por rodopiar na cozinha, jogando meus cachos de um lado para o outro enquanto cantava mais alto e eu cantava juntamente a ele.
Adoraria cantar de verdade com ele.
Pegar seus braços e passar pela minha cintura, jogar os meus em volta do seu pescoço e dançar com ele pela cozinha inteira. Cantarolando bem alto Heroes do David Bowie, honrando esse hino perfeito com muito amor e carinho. Sabia que era ridículo, mas eu estava fazia um bom tempo observando e vivendo com aquele homem mesmo que ele não me conhecesse.
Então poderia dizer que eu o amava incondicionalmente. E se eu tivesse apenas uma chance para provar isso, eu tentaria com todas minhas forças.
trabalhava com flores e eu achava isso a coisa mais incrível e impressionante que eu já tinha visto. Era tão lindo vê-lo cuidando delas com tanta ternura e afeto. Aquecia de verdade meu coração.
Remexi meus lábios ao querer soltar o ar em forma de suspiro por ele estar tão bonito com um sobretudo preto. Ai ai, aquele homem era lindo demais mesmo. Subi meu corpo em cima da picape, podendo ver melhor ele colocando as caixas com as diversas flores para ele entregar na floricultura. Quis pegar um girassol que tinha ali, mas sabia que não conseguiria. Fiz um biquinho com isso e voltei a olhar para , que sorria para os girassóis também.
— Você é tão bonito, — sussurrei, o vendo suspirar baixo e olhar para o céu rapidamente, de uma forma meio triste.
— Mais uma data especial sozinho — resmungou baixo, abaixando a cabeça e só me fazendo desejar abraçá-lo bem forte mesmo.
Então ele terminou de arrumar as caixas na picape. E eu desci dela antes dele entrar para dirigir até as floriculturas. Não o acompanhei. Apenas fiquei em sua casa, vendo todas as suas coisas mais uma vez. Sorrindo ao ver suas fotos quando ele era criança. O sorriso lindo que ele tinha desde sempre. A forma como ele conseguia ser tão puro, doce e fofo ao mesmo tempo, e ele conseguia ser sexy, gostoso e um verdadeiro tesão.
era incrível demais e me partia o coração ver ele passando o Natal, ano novo e agora o Dia dos Namorados sozinho. Mais uma vez.
Quando estava anoitecendo, ele voltou com algumas compras. Queria ter a chance de poder ajudá-lo a guardá-las. Então apenas fiquei o observando, vendo cada lugar onde ele guardava cada alimento. Depois o assisti fazer a janta e sorri abertamente com ele ligando a música, cantando e dançando umas músicas excelentes. Adoraria poder sentir o cheiro de sua comida da forma como ele sentia e sorria quando o agradava. Apesar de sempre me tirar gargalhadas quando ele não gostava, sua careta era adorável.
Sentei ao lado dele, deixando minha mão perto da dele na mesa, imaginando que eu estaria tocando, alisando e então estaríamos entrelaçando nossos dedos enquanto jantávamos juntos. Meu sorriso ficaria mais aberto ao sentir seu polegar passando no meu.
Ah, era muito cafona eu ficar imaginando tudo isso. Mas era o que eu fazia na maior parte do meu tempo observando e amando aquele homem a cada hora que passava.
Subi para o quarto com ele depois do jantar e observei de longe ele preparar a banheira, me tirando um suspiro por sempre imaginar nós dois fazendo amor naquela banheira inúmeras vezes. Prometi a mim mesma que não iria para o banheiro com ele quando ele fizesse isso. No entanto, acabei descumprindo quando vi suas roupas jogadas no chão do banheiro. Caminhei até o cômodo, entrando e vendo aquele deus grego na banheira, seu tronco encostado no mármore dela, seus braços fortes em cada lado dela, seus olhos fechados e sua cabeça jogada para trás com seu cabelo todo para trás também.
Mordi e prendi meu lábio inferior e entrei na banheira com ele, sentando para o lado de fora e deixando apenas minhas pernas para dentro. Não sentia me molhar e sabia que eu não poderia ser molhada. Mas queria ver cada segundo, cada instante daquele banho e sentir minha pele queimar pelo menos por imaginação. Ele abriu seus olhos e encarou sua frente, quase onde eu estava. Céus, era pedir muito que ele me visse?
Seu olhar era triste, era quase como se ele implorasse por companhia. Era absurdamente doloroso ver o quanto ele se sentia sozinho enquanto ele não estava totalmente só. Eu estava com ele a cada momento de sua vida. Mesmo que ele não pudesse me ver.


DIA DOZE DE FEVEREIRO

Fiquei encarando guardar as flores para a entrega na floricultura. Via que ele tinha caprichado nos arranjos por ser dia doze de fevereiro e ser a época que o pessoal mais comprava essas coisas. Ele colocava as caixas na picape de uma forma única e especial, como tudo que ele fazia. Ele era incrível. Perfeito em cada detalhe. Seus olhos transbordavam aquele carinho único com as flores, mas nem somente com elas, ele tinha algo nos olhos que me cativava demais.
Então saí de cima de sua picape quando ele pegou as chaves e entrou no carro, voltei para dentro da casa e fiquei olhando para ele pela janela da sala, suspirando fraco por ser mesmo rendida demais por aquele homem e pensando se algum dia eu teria mesmo alguma chance com ele. Era triste pensar nisso. Respirei fundo e quando fui me afastar, toquei em um vaso e o derrubei.
O quê?
Arregalei meus olhos com aquilo e vi que tinha quebrado mesmo o vaso. Eu não podia tocar em nada. Passei as mãos em meu cabelo, olhando aquilo e sentindo como eu estava trêmula. Corri até a cozinha, liguei a torneira e vi que consegui de fato ligar. Joguei água na minha cara e realmente me molhei. Céus, estava gelada!
Meu coração batia forte e eu estava eufórica. Aquilo só podia ser minha chance. Sabia que era e não iria desperdiçar. Poderia ter recebido a chance para pelo menos fazer feliz naquela data onde o amor prevalecia. Então simplesmente fui até o telefone dele e pedi um táxi, querendo berrar de empolgação por ter dado certo a ligação, o taxista tinha me escutado.
Meus Deus! Estava realmente conseguindo falar com as pessoas, estava conseguindo ser vista. Aquilo me fez sair berrando pela casa mesmo. Pulei feliz da vida, jogando meus cabelos de um lado para o outro. Saltitei de um lado para o outro. Não conseguia explicar o quanto eu estava ansiosa e feliz, eufórica e não conseguia mais não berrar de tanta felicidade.
— Eu vou poder vê-lo! Ele vai poder me ver mesmo! — berrei pela casa, colocando a mão no meu peito e rindo alto por estar até sem fôlego.
Ouvi o táxi buzinar e corri para fora da casa, mas antes tive que pegar um dinheiro emprestado do para pagar o táxi. Qual é, né? Eu estava meio sem dinheiro no mundo dos espíritos. Aquilo me fez rir fraco, sorri tanto para o taxista que ele acabou sorrindo de volta. Escutei o senhor dizendo que eu fui a cliente mais sorridente e feliz que ele já tinha pegado, a minha felicidade estava contagiando mesmo e aquilo fez meu coração bater ainda mais forte.
Assim que ele estacionou o carro, lhe paguei e saí em direção a uma floricultura. Já tinha visto o nome dela na lista de entrega que ele tinha guardado na sala. Mordi minha bochecha internamente com o nervosismo que estava que me sentia tremendo inteira. Sorri para a senhora da floricultura e fingi estar olhando as flores. Então meu coração gelou. O ar ficou até rarefeito quando vi a caminhonete dele parando minutos depois.
Engoli a seco e então coloquei uma mecha atrás da orelha. Lambi meus lábios que estavam secos, então entrou e seu olhar veio diretamente na minha direção. O ar não entrou nos meus pulmões e eu ainda estava catatônica. Seus olhos brilhavam em minha direção e era como se eu fosse tudo que ele queria ver naquele dia. Céus! Eu ia desmaiar se ele continuasse me olhando daquela forma. Meu coração batia forte demais.
— Que bom que chegou, ! Tenho tantas entregas no dia de hoje — a senhora se prontificou e atraiu a atenção dele para ela.
Ele pigarreou e sorriu de leve pra mim. Aquele sorriso! Quase suspirei e então sorri de volta, de uma forma tímida. Mordi de leve meu lábio inferior, ainda o olhando enquanto ele fazia a entrega para ela. Seus olhos vieram até mim novamente, ele olhando por cima de seu ombro e mais um sorriso leve e doce nasceu em seus lindos lábios deliciosos também. Aumentei o meu sorriso e abaixei a cabeça, o ouvindo rir nasalado e eu acabei rindo fraco.
acabou se atrapalhando com o que fazia e derrubou um pouco de terra na mesa, aquilo o fez rir um pouquinho mais e pedir perdão à senhora, começando a limpar. Ele me olhou de novo e eu simplesmente não conseguia parar de sorrir para ele. Quando ele se virou para falar com ela e acertar as coisas, foi minha deixa para sair da floricultura, apenas para dar o ar de mistério. Mas encostei em sua picape, a mesma de sempre que eu vivia encostada o assistindo todos os dias a recarregá-la.
Puxei meu cabelo para um lado só e minutos depois ele saiu da floricultura, novamente seus olhos brilharam ao me ver ali e um sorriso largo se estendeu em seus lábios, assim como nos meus. Então estendi a mão para ele.
— disse meu nome e senti aquela corrente elétrica me arrepiar quando sua mão segurou a minha em um aperto firme.
— respondeu com aquela voz gostosa que ele tinha. — Por que eu tenho a impressão de que já te conheço? — Ergueu de leve as sobrancelhas e eu tive que engolir meu surto naquele momento.
— Talvez dos seus sonhos, — falei em um tom de brincadeira, estalando a língua no céu da boca e ouvindo ele rir de um jeito gostoso.
— Com certeza que sim, mas não acho que teria tanta imaginação de sonhar com alguém como você. — Seu olhar desceu pelo meu corpo e eu sorri de lado.
Ele estava flertando comigo! Queria sair berrando por aquilo.
— Hm, alguém como eu? — ergui as sobrancelhas, umedecendo meus lábios naquele sorriso de canto ainda.
— Tão excepcionalmente bonita — completou.
— Posso dizer o mesmo de você — rebati, olhando mais intensamente em seus olhos e vendo seu sorriso lindo ficar ainda maior. Vai, , me chama pra sair!
— Posso anotar seu número para sairmos qualquer dia? — Quase suspirei em frustração.
— Por que não hoje? Ou você já tem um encontro para o dia mais romântico do ano? — Ergui de leve uma sobrancelha, sorrindo ainda e esperando não estar sendo muito atirada e desesperada.
— Pensei que você já tinha planos para hoje — respondeu, rindo baixo.
— Tenho contigo — disse, fazendo ele rir mais um pouco.
— Tem uma cafeteria perfeita no final da rua. Quer ir? — convidou e foi minha vez de sorrir abertamente.
— Quero sim. — Balancei a cabeça em afirmação.
Chegou a ser cômico porque tudo que eu perguntava para ele eu já sabia a resposta na ponta da língua. Mas tive que disfarçar muito bem, fingir surpresa, mas não fingi gostar em nenhum momento porque eu realmente gostava de absolutamente tudo que o envolvia. Tudo sobre ele me fascinava, até seus defeitos que eu realmente não considerava que eram. Sabia que era porque eu era apaixonada por ele e isso fazia eu amar cada detalhe que existia naquele homem.
A melhor parte foi ele tocando minha mão na mesa, bem sutilmente, seus dedos raspando nos meus e eu devolvia o toque, passando lentamente as pontas de meus dedos nos dele também. Vi ele sorrindo ao sentir isso e acabei sorrindo também. Então nossos dedos deslizaram ainda mais um pelo outro até se intercalarem ao ponto de conseguirmos entrelaçá-los.
— Você acredita em ligação? Almas conectadas? Vidas passadas? — Voltei meus olhos até os seus antes de dar um gole no meu cappuccino.
— Acredito sim em tudo isso e um pouco mais. Até mesmo em segundas chances, como morrer e ter mais uma chance — respondi em um tom rouco, lambendo meus lábios suavemente.
— Interessante. Já pensei sobre isso e talvez eu acredite também porque eu acredito firmemente em amor verdadeiro. Cada um de nós temos alguém que foi feito e criado exatamente para nos ensinar o que é amar de verdade. — Riu nasalado ao falar aquilo. — Eu sou muito cafona.
Neguei com a cabeça rapidamente.
— Não é, não. Não diz isso, eu também acredito firmemente em amor verdadeiro, alma gêmea e todas essas coisas. — Ri fraquinho também, sem tirar meus olhos dos dele, sentindo que era como se nossos olhares estivessem amarrados.
— Você não vai sair correndo então porque estamos falando disso logo em um primeiro encontro? — Ergueu de leve suas sobrancelhas e eu apertei seus dedos nos meus.
— Só se eu fosse maluca de sair correndo de você — respondi completamente rendida em seus olhos.
— Onde você estava por todo esse tempo então? — Observei sua língua lamber seus lábios e respirei profundamente.
— Esperando a vida me dar uma chance contigo. — Era exatamente a verdade.
— Posso pedir a vida então para te convidar para jantar comigo hoje? — perguntou baixinho e eu abri mais o meu sorriso.
— Ela respondeu que você deve — disse de forma séria, mas com um leve humor que tirou uma risadinha gostosa dele.
— Obrigado por ser minha companhia no dia mais romântico do ano. — O sorriso em seus lábios era lindo demais.
— Posso fazer o mesmo agradecimento com as mesmas palavras. Mas o jantar só será aceito se pudermos cozinhar juntos, porque eu adoro cozinhar — sugeri, erguendo uma sobrancelha e ele sorriu de lado.
— Tudo bem, eu topo. Até porque, onde iríamos conseguir reservar agora de última hora nos melhores restaurantes? — Concordei com veemência.
O melhor e mais surpreendente de tudo até para mim foi que realmente combinamos, mesmo que eu estivesse com receio de estar fazendo tudo por ele porque praticamente vivi esse tempo todo com ele, eu sentia lá no fundo que éramos sim parecidos nas escolhas. O humor dele era perfeito e sempre me fazia rir, assim como eu sempre conseguia tirar gargalhadas gostosas dele. Decidimos ir juntos ao mercado naquela confusão toda procurar algo para cozinhar e então optamos pela boa e tradicional pizza. Faríamos tudo juntos, a massa, o molho e o recheio. Nos dávamos muito bem até nas escolhas dos ingredientes.
me deixou levar abacaxi para colocar na pizza porque eu simplesmente amava pedacinhos de abacaxi assado no queijo mussarela. Ficava divino! E fazia tanto tempo que realmente não comia nada que eu sentia vontade de comer tudo. Mas me contive e disfarcei sobre isso também. Depois de comprarmos tudo, ele perguntou se eu queria passar em casa para tomar banho ou algo do tipo e eu me senti péssima por mentir dizendo que eu morava em outra cidade e levaria algumas horas. Mas ele foi um verdadeiro príncipe em não se importar em nada em me levar para sua casa onde poderíamos cozinhar e eu poderia usar seu chuveiro.
Claro que eu pensei em arrastar ele comigo e tomar um banho bem gostoso com ele, ver a água deslizar por toda sua pele e depois lamber, beijar, chupar, sentir como ele era quente, macio e gostoso. Céus! Estava me sentindo vulgar por isso, mas dois anos desejando alguém era meio desesperador mesmo. Então eu com certeza faria sexo com ele essa noite mesmo se ele desejasse. Não pensaria nem duas vezes quanto àquilo.
Assim que chegamos à sua casa, fui mais um pouco aquele excelente ator que eu jurava que não era, então fingi conhecer a casa, deixei ele me mostrar e me guiar. Ele era mesmo um doce. Até mesmo colocou uma rosa no meu cabelo antes de entrarmos e eu fiquei extremamente derretida. me serviu com vinho tinto e quando estávamos bebendo, deixei meus olhos fixos nos seus e os dele nos meus. Minha boca até secou ao ver como seus lábios aparentemente macios ficaram avermelhados devido ao vinho. Queria tanto lambê-los!
Mas decidimos colocar a mão na massa, digo no sentido literal mesmo, começamos com as massas das pizzas. ligou o som e ficamos cantando juntos as músicas que tocavam. Via em seus olhos o quanto eles brilhavam para mim por saber todas as letras e realmente me entregar à música como ele costumava fazer. E quando tocou Heroes, do Bowie… Ah, eu realmente me entreguei e o puxei para dançar comigo pela cozinha, fazendo ele me dar um sorriso tão grande e tão bonito.
I, I will be king — cantei bem alto quando eu mesma me girei por baixo de seu braço, me tirando uma risada alta e outra dele que foi arrepiante de tão gostosa.

And you, you will be queen. — Ouvi sua voz saindo bem alta também, sentindo-o me puxar novamente contra ele.
Though nothing will drive them away. — Balancei a cabeça de um lado para o outro conforme o ritmo, o sentindo balançar nós dois pela cozinha.
We can be Heroes, just for one day — ele cantou de novo e me girou novamente, me fazendo alargar mais ainda o sorriso.

We can be us, just for one day — cantei a outra parte e não me aguentei, o segurei pela nuca e juntei nossos lábios, o ouvindo suspirar rouco e eu arfar baixinho.
Subi minha mão de sua nuca até seu belo rosto e apertei de leve meus dedos assim que ele tocou meus lábios e deixei os meus alisarem os dele de um lado para o outro em um carinho calmo. Ao sentir ele sorrindo contra meus lábios, esfreguei de leve meu polegar em sua pele macia. Abri meus lábios sutilmente com sua língua passando neles e a beijei com eles em resposta a como me arrepiou seu toque em minha cintura. Uni um pouco mais minhas sobrancelhas ao sentir sua língua na minha boca, tocando a minha de um jeito que quase me fez suspirar alto. Fechei de leve meus lábios em volta dela, a chupando suavemente antes de deixar a minha tocar a dele e deslizar completamente pela lateral dela.
Soltei um suspiro ao tombar de leve minha cabeça para o lado e então fazer o mesmo que ele, deixando minha língua toda entrar em sua boca de forma lenta. Apertei mais nossos lábios quando passei os meus de volta e rodeei sua língua por baixo, a alisando com a ponta da minha e sentindo seus lábios macios apertarem os meus ao deslizar naquele beijo lento. Deixei meus dentes mordiscando seu lábio inferior antes de voltar a tomar sua boca, puxando seu ar e soltando o meu em tons de suspiro e ouvindo sua respiração ficando pesada e deliciosamente quente. Meus dedos escorregaram mais em seu rosto, desenhando perfeitamente o contorno de seu maxilar, depois alisei sua bochecha, enquanto minha língua se esfregava lentamente e com pressão sobre a sua, que fazia o mesmo com a minha. Céus! Que beijo delicioso! Sorri bem fraco entre o beijo que estava sendo perfeitamente gostoso.
Seus suspiros sendo soltos entre o beijo estavam me deixando arrepiada e seu toque em meu braço só me fez alisar um pouco mais seu lindo rosto, até sentir ele me puxar com força pela cintura, me fazendo arfar alto contra seus lábios. Deixei meu rosto também pender do lado oposto do dele como ele tinha feito, então puxei meu ar e o dele junto à forma como me beijou mais profundamente, apertei meus lábios nos seus e alisei lentamente sua língua por baixo quando ela entrou dentro da minha boca. Permiti meu corpo dar uma leve avançada em cima dele quando vi ele se colar mais no meu, apertar mais seus lábios nos meus e lambi todo o céu de sua boca com seus dedos em minha cintura, a apertando com força. Uni mais as sobrancelhas com a forma que seu gemido fraco entrou no meu corpo e me esquentou por inteira, fazendo minha língua passar de forma apertada em seu lábio onde tinha mordiscado.
Girei o beijo quando ele me puxou para mais perto, se é que era possível e apertei meus dedos em seu rosto, puxando de leve seus lábios com os meus antes de voltar a enfiar minha língua pela lateral da sua, esfregando de um jeito repetitivo até rodeá-la por inteira, o beijando mais intensamente. Era possível um beijo ser tão perfeito? Minha nossa! Arfei baixinho com ele me beijando com mais vontade ainda, isso resultou minha mão alisar sua nuca de forma apertada, subindo até seu cabelo e o puxando levemente, apertando sua pele conforme meus lábios passavam pelos seus com vontade e desejo também. Meu tronco avançava no dele agora com mais avidez.
Gemi manhosamente com ele arfando daquele jeito, meus dedos apertaram mais sua nuca e deixei minhas unhas arranharem ela também, tirando um gemido baixo e abafado dele. Enfiei ainda mais minha língua em sua boca, lambendo todo o interior dela, recuando e enfiando de novo, pegando a dele com uma vontade absurda, a puxando contra a minha, esfregando mais meus lábios de forma bem apertada pelos seus. Deixei meus lábios escorregarem debaixo para cima pelos seus, suspirando pesado ao sentir seu peito contra o meu.
No entanto, acabamos parando quando o despertador apitou, nos avisando que a massa já deveria estar pronta e aquilo nos tirou boas gargalhadas. Mas meu coração se acelerou de novo quando se aproximou e me beijou várias vezes, dando beijos apertados e rápidos antes de me soltar e então ver como estava nosso jantar. Aquilo me fez suspirar de forma pesada porque me senti ainda mais apaixonada por ele. Era possível? Claro que era, aqui estava a prova viva disso: Eu mesma.


[...]


Poder terminar de fazer as pizzas foi ainda melhor, nunca tinha sorrido ou dado tanta risada antes como fiz com ele. E, por Deus, o som de sua risada era espetacular! Amava ouvir sua risada e sabia que era algo difícil de se ouvir porque ele era tão solitário, tão sozinho e isso partia meu coração. Então estava aproveitando minha segunda chance exatamente para fazê-lo rir e sorrir, porque era basicamente o motivo do meu também.
Depois que comemos juntos, me senti ainda mais especial por ele ter aberto um vinho que ele tinha há anos. Fomos beber em frente à lareira, somente a luz do fogo que iluminava a sala, e decidimos nos sentar no seu tapete. Assim que eu tomava uns goles do vinho branco, senti seus dedos alisarem minha nuca por baixo do meu cabelo e senti seus olhos em meu rosto. Fechei meus olhos automaticamente, tombando a cabeça para a frente para ele continuar com aquilo. continuou, apertando minha nuca de um jeito bom até seus dedos se enroscarem nas minhas mechas e puxarem de leve minha cabeça para trás. Seus lábios vieram até minha pele exposta, onde ele começou a lamber lentamente toda lateral do meu pescoço, em seguida, seus lábios começaram puxar minha pele com leves chupadinhas gostosinhas que me fizeram arfar de leve.
Ficava complicado quando o homem da sua vida estava te tocando dessa forma e você ainda estava tentando bancar a controlada. Porque eu queria mesmo era subir em cima dele e rebolar, pegar seus lábios, tomar pra mim e tê-lo dentro de mim por pelo menos uma única vez. Acho que eu poderia tentar. Então virei meu rosto e o puxei para mim, tomando sua boca com certa voracidade e suspirando forte pelo beijo já ter começado de maneira intensa.
puxou meu cabelo ao esfregar sua língua pela minha enquanto eu fazia a mesma coisa com a dele. Nossos lábios deslizavam de forma apertada e desesperadora naquele beijo rápido e prazeroso que pareceu esquentar mais nossos corpos do que a própria lareira. Sua outra mão veio até minha cintura e me puxou contra ele, resultando a minha outra mão puxar seus fios perto da nuca e enfiar ainda mais a língua em sua deliciosa boca. A sua passava pela minha por baixo e a minha por cima, em seguida a rodeava e a minha lambia todo o interior de sua boca. Nossas respirações ainda mais ofegantes a cada instante daquele beijo.
Quanto mais me puxava contra si, mais eu ia contra ele. Era inevitável não ficar com calor, isso acarretou meu descontrole, que já subi em cima dele e senti ele agarrar minha bunda com extrema necessidade. Suspirei alto e meus olhos se reviraram por dentro das pálpebras com a forma que ele apertava minha bunda. Automaticamente isso resultou no meu quadril se movendo em cima dele para frente e para trás de forma lenta.
— Não estamos indo rápido demais? — Ouvi ele perguntar entre o beijo, mas sem parar de apertar os dois lados da minha bunda com uma tremenda força absurda de gostosa.
— Não me importo com isso quando eu quero você demais aqui e agora — sussurrei contra seus lábios, os lambendo com vontade. — A menos que você não queira. — O olhei agora.
— Eu quero demais, — sua voz saiu embolada de rouquidão devido ao prazer.
— Então pronto. Só me beija! — pedi e o beijei de volta com mais vontade ainda.
Senti suas mãos subirem por dentro da minha blusa, seus dedos agarrando minha pele que parecia se esquentar cada vez mais devido aos seus toques perfeitos e precisos que faziam as batidas do meu coração aumentarem de intensidade. Meu quadril não parava de se mover em cima dele, querendo sentir seu corpo, então comecei a rebolar lentamente, ouvindo-o gemer fraquinho entre o beijo que ele aprofundou ainda mais, mas rompeu logo que puxou minha blusa para cima e a jogou no sofá. Acabei ousando e fazendo o mesmo com a dele porque queria sentir seu peito quente contra o meu.
Ele abriu um sorriso divino ao voltar a colar nossos lábios com mais urgência e ímpeto, então suas mãos agarraram meu peito, beliscando e apertando meus mamilos com força e me tirando gemidos mais altos e descontrolados contra seus lábios macios. Aumentei o grau das minhas reboladas em cima dele, já conseguindo sentir aquela leve ereção deliciosa e suspirei prolongadamente. cortou o beijo e puxou meu lábio inferior com seus incisivos, afastei meu rosto para ele puxar mais o lábio e gemi manhosamente. Seus lábios deslizaram para baixo do meu queixo, me causando arrepios graves e deliciosos por todo meu corpo conforme seus lábios beijavam e chupavam a pele do meu pescoço, mas antes ele deu uma mordidinha deliciosa no meu queixo que me tirou outro gemido baixo.
Senti suas mãos pegarem minha bunda com bastante vontade, fazendo com que levantasse um pouco de seu corpo e depois ele me encaixasse melhor para eu sentir como ele já encontrava. Aquilo me esquentou mais! Céus, ele era muito gostoso mesmo. Rebolei mais contra sua ereção que parecia aumentar e só de imaginar ele dentro de mim, meu corpo todo pareceu entrar em ebulição e eu esfreguei mesmo meu corpo no dele, ouvindo-o grunhir rouco. Sua boca desceu por todo meu pescoço e abocanhou meu seio, lambendo o mamilo esquerdo e mordiscando enquanto a outra mão beliscava e puxava o outro, me fazendo ir à loucura completamente.
— Ah, … — gemi, jogando minha cabeça para trás, podendo sentir seus lábios chupando meu seio, o sugando com tamanha vontade.
Seus dedos apertaram ainda mais os dois lados da minha bunda, a pegando com anseio e me deixando sem sanidade alguma com aquela pegada deliciosa. O grau de tesão que eu estava sentindo aumentou em um nível que eu simplesmente o empurrei contra aquele tapete e abri sua calça, a puxando para baixo juntamente de sua cueca, ouvindo a respiração dele ficar mais forte.
Deixei a minha mão alisar seu pênis por inteiro, apertando a cabeça sempre que passava por ela, vendo seu abdômen se contrair com força e me dando uma visão deliciosa. Levei minha boca até sua barriga, mordendo de levinho sua pele, lambendo em volta de seu umbigo, o fazendo soltar o ar de forma bem pesada mesmo. Minha mão começou a bater uma realmente, onde podia sentir seu pênis ir ficando cada vez mais duro na minha mão, dando umas leves pulsadas que me faziam perder a droga do ar, então fui mais rápido e bem forte, passando meu polegar em sua pequena entrada e o esfregando ali com bastante pressão, ouvindo seus gemidos em resposta. Minha língua lambeu seu abdômen até chegar à sua virilha, então meus lábios puxavam sua pele bem fraquinho, descendo e subindo por todo aquele músculo que se contraía. Apertei um pouco mais sua ereção ainda mais rígida em minha mão e passei o meio da minha língua em sua cabeça, esfregando-a agora antes de colocá-lo inteiro na minha boca e o chupando com extrema vontade.
Respirei de forma bem profunda para poder aumentar o ritmo dos meus lábios subindo e descendo com mais vontade e anseio, senti uma de suas mãos vir até meus fios e os alisaram em uma carícia que me arrepiou ainda mais. Parei apenas para ficar chupando a cabeça que já pulsava de forma bem gostosinha e forcei um pouco mais meus lábios ali enquanto minha mão deslizava por seu pau novamente. Puxei o ar quando tirei ele da minha boca e voltei a tocá-lo por toda sua extensão, não resisti e desci meus lábios para sua coxa, que se abriu, me dando espaço, a mordendo de leve e lambendo sua pele quente.

Antes que eu pudesse continuar, ele simplesmente me puxou para cima e tomou meus lábios com um beijo ainda mais sexy que deixou aquela sala, aquele tapete e minha pele ainda mais quente do que já deveria estar. Céus! Eu ia pirar com ele daquele jeito. Suas mãos vieram até minha calça, a abrindo de forma apressada e então a abaixou com minha ajuda, já me despindo por completo, tirando ambas as peças juntas, sem desgrudar nossos lábios daquele beijo que estava me roubando ainda mais o fôlego. No entanto, ele separou por alguns segundos para chupar seus dedos de um jeito tão sexy que meus olhos simplesmente queimaram ainda mais naquela visão que estava tendo. Aquele homem não existia mesmo, puta merda!
Assim que os deixou completamente molhados ele voltou a colar nossos lábios e me beijar, chupando minha língua e fazendo meus olhos se revirarem por dentro das pálpebras e meu ar se perder ainda mais, me deixando mais absurdamente ofegante do que já estava. Então senti seus dedos no meio das minhas pernas, alisando e esfregando minha entrada de uma forma que já a fez pulsar e se contrair levemente, me tirando um grunhido alto contra seus lábios. Rebolei um pouco contra seus dedos, pedindo muito mais, e foi exatamente o que ele me deu. Esfregou com mais ímpeto e melou ao redor. Gemi forte e mordi seu lábio macio e gostoso com uma certa força, o fazendo arfar pra mim naquele tapete. Quando me penetrou com seus dois dedos, soltei seus lábios e gemi em alto e bom som que ecoou naquela sala. Por que seu toque tinha que ser tão alucinante dessa forma que me tirava a sanidade?
Não conseguia não soltar gemidos repetitivos com suspiros altos conforme seus dedos saíam e entravam dentro de mim com mais vontade, me acertando em cheio lá no fundo e fazendo meu corpo todo reagir de forma descontrolada, mais gemidos escapavam de acordo com a intensidade que ele tirava e colocava seus dedos, os movendo lá dentro e me fazendo queimar de tanto tesão que eu estava sentindo. Então ele os tirou de dentro de mim e me virou de lado para ele, me fazendo sorrir de canto e inspirar de forma bem profunda, tentando de maneira falha recuperar o fôlego perdido.
— Já volto — sussurrou no meu ouvido e eu apenas assenti brevemente.
Meus olhos pairaram no fogo da lareira e naquele momento eu pedi mais uma vez uma segunda chance para viver ao lado daquele homem. Tinha entendido o que era realmente ser feliz quando estive com ele e que a vida não era somente trabalhar e esperar a felicidade bater na sua porta para você dispensá-la. Queria fazer aquele homem feliz todos os dias porque sabia que ele me faria igualmente. Ele tinha me feito feliz mesmo sem nem saber por todos esses dias. Então estava realmente implorando para que eu tivesse a chance de sair daquele coma e viver com ele, sabia que não iria desperdiçar essa chance.
Segui ele voltando para a sala com meus olhos com um pacote de camisinha nas mãos e o lubrificante na outra, peguei o frasco dele e o assisti rasgar o pacotinho e depois vestir seu delicioso pênis com a camisinha, assim que ele terminou, despejei o líquido gelatinoso em minha mão e espalhei por todo seu pau, o fazendo gemer manhoso e fraquinho. Assim que ele pulsou, me deitou de novo e se posicionou em cima de mim, se apoiando no antebraço esquerdo ao lado do meu rosto e meus olhos ficaram absurdamente presos nos dele. Meus lábios se abriram mais quando senti a cabeça de seu pau na minha entrada, que foi se esticando conforme ele ia se encaixando e me penetrando lentamente até estar por completo dentro de mim.
Soltei um gemido sem ar e o vi arfar alto, seus lábios vieram até os meus, me dando um beijo lento e suave, deixando nossas línguas se tocarem mais uma vez sem pressa alguma, podia sentir tanto meu coração acelerado quanto o dele. Nossas respirações se misturando ao passo que aquele beijo ia aumentando de intensidade até ele começar a se mover dentro de mim. Gemi manhosamente dentro de sua boca conforme sentia seu pau deslizando dentro de mim, saindo e entrando com lentidão e intensidade, era como se ele quisesse sentir cada centímetro do meu interior conforme ia se movendo com graciosidade em cima de mim. Estava absolutamente delicioso, extremamente perfeito e fora da realidade.
Abri mais minha boca quando ele foi aumentando o ritmo, sem desgrudar nossos lábios, apenas deixando nossos gemidos se misturarem, um se chocando contra o outro assim como nossas respirações que não paravam de se embolar. Pude sentir seus lábios avermelhados, macios e gostosos se esfregando levemente nos meus conforme seus movimentos iam aumentando ainda mais. Seu pau saía e entrava com mais agilidade e sentia minha entrada se contrair em volta dele sempre que ele entrava novamente. Ouvi ele gemer mais alto quando fazia isso e acabei puxando seu cabelo, recebendo uma mordida divina no meu lábio inferior e uma lambida no superior. Seus dedos agarraram os pelos do tapete assim que ele realmente começou a meter bem fundo dentro de mim, me tirando um suspiro alto e prolongado, fazendo minha barriga se contrair de tanto tesão.
As cores da lareira faziam todo o ambiente ficar mais intenso, talvez para mim até romântico, já que seus olhos brilhavam sempre que ele me invadia, seus lábios abertos indicando que ele estava tão sem ar quanto eu. A forma como ele gemia parecia ser somente para mim, seu corpo se esquentava a cada segundo e nós dois estávamos suando cada vez mais, só facilitando seu corpo deslizar sobre o meu. Uni minhas sobrancelhas naquela expressão completamente tomada de prazer quando senti ele ir mais forte e acertando exatamente meu ponto, soltei o gemido alto que ecoou pela sala e isso o fez vir com mais ímpeto. metia com tanta força agora que minhas costas escorregavam pelo tapete para cima sempre que ele vinha com vontade e socava a cabeça de seu pau, que pulsava com intensidade bem lá no fundo, me causando extremo prazer.
— Ah, ! — Fechei os olhos e apertei sua nuca com força.
! — ele gemeu de volta, fazendo sua voz ricochetear as paredes e ecoar juntamente dos meus gemidos altos.
Então inverti nossas posições rapidamente, ficando por cima dele e comecei a cavalgar com mais agilidade, ganhando velocidade quando apoiei minhas mãos no seu peitoral suado. Suas mãos deslizaram de minhas coxas até a minha bunda, onde ele apertou com vontade mesmo, me tirando um gemido rasgado e alto, fazendo com que eu rebolasse com mais anseio em cima dele, podendo sentir como seu pênis estava gostosamente pulsante. Comecei a subir e a descer, sempre que acertava meu ponto eu soltava um pequeno gritinho de prazer e ouvia ele gemer roucamente. Suas mãos fortes subiram da minha bunda até minha cintura, onde ele me ajudava nos movimentos e erguia seu quadril sempre que eu descia com força. Mais gemidos altos, rasgados, roucos, falhos e ofegantes saiam de nós dois conforme eu praticamente quicava em cima do seu pau fodidamente gostoso, que pulsava com força dentro de mim, ficando mais grosso conforme as pulsadas vinham fortes.
! ! — gritei pela sala com minha entrada se contraindo cada vez mais e meu abdômen junto.
Então gozei com extrema força, chegando àquele orgasmo que fez meu corpo inteiro tremer com espasmos absurdamente fortes. Logo depois ele soltou um gemido alto também, suas mãos subiram pelas minhas costas suadas e então ele me puxou contra ele, me fazendo deitar em seu peitoral suado. Ouvi como estava seu coração e o quanto ele estava acelerado. Não muito diferente do meu. Sua mão fazia um carinho tão bom nas minhas costas, deslizando debaixo para cima de um jeito que me arrepiava. Meus dedos faziam o mesmo carinho em seu peito até descer e tirar aquela camisinha de seu pau extremamente melado, um gemido manhoso escapou da minha boca quando senti o quanto ele tinha gozado por mim.
— Definitivamente o melhor sexo que já tive em tempos. — Sorri com ele me dizendo isso.
— Pra mim também. Foi como se nossos corpos se conhecessem já — comentei sem forças e ouvi ele suspirar de um jeito gostoso.
— Senti o mesmo — sua voz saiu rouca contra minha cabeça, onde ele deixou um beijo terno. — Vem, vamos tomar um banho juntos.
Ri fraquinho daquilo.
— Deixa só eu recuperar um pouco minhas forças e te olhar mais um pouquinho — pedi, deixando meus olhos prenderem nos dele.
— Vou querer que você olhe mais vezes… — ele sussurrou, mordendo seu lábio.
— Seria uma verdadeira honra. — Mas aquilo me deixou pra baixo porque tive medo de ter ganhado apenas uma única noite com ele.
Tentei não pensar em mais nada que fosse me deixar triste porque não tinha intenção de tirar o sorriso lindo que estavam estampado no rosto de , sabia o quanto ele era solitário e o quanto ele adorava sorrir e parecia que agora ele simplesmente não conseguia parar mais, aquilo aqueceu meu peito de uma forma que eu jamais conseguiria colocar em palavras o quanto eu tinha ficado feliz em vê-lo sorrir tanto assim. Tomamos banho juntos e fizemos amor embaixo do chuveiro. Foi ainda mais intenso do que no tapete, seus olhos nos meus, seus lábios tocando minha pele molhada, ele me preenchendo como se fosse a última vez. Gozamos juntos e eu literalmente perdi o chão.
Eu o amava.
Fui me deitar com ele pensando no quanto eu o amava. Tentei mantê-lo acordado durante a noite, mas ele acabou dormindo e eu cedi. Fiquei o admirando dormir, alisando seu maxilar, seus lábios macios, fiz o contorno de seu nariz perfeito, então beijei aquele espaço entre suas sobrancelhas. Ele era tão lindo. Tão meu. Queria ser dele também. Conforme o dia foi chegando, eu fui sentindo que eu estava desaparecendo de novo, então antes de realmente partir, eu sussurrei:
— Encontre-me no hospital central.
Então eu desapareci mais uma vez.


[...]


Barulhos de bipe, vozes, bipe, choros, apertos na minha mão, bipe novamente, gritos à minha volta, soluços, bipe de novo. Minhas pálpebras pesadas, claridade demais, vista ardendo. Vozes, soluços, bipe. Era um loop sem fim. Apertos na minha mão, braço e ombro. Vozes, soluços, bipe. Mais um loop eterno que eu queria colocar um fim logo.
, sou eu. O . — Era a voz dele, meu coração palpitou, então diante todos aqueles toques no meu braço, pude sentir o dele. Aquela pele quente e macia, seu toque único e a batida do meu coração soou até diferente. — Estou aqui para te dizer que eu também sinto o mesmo por você. Eu te amo. — Abri meus olhos e encontrei os dele.
Então ele abriu aquele mesmo sorriso para mim. Aquele sorriso que significava que ele ainda era meu.
E eu era dele.


E todo o barulho que eu ouço por dentro
Inquieto e alto, coisas não ditas e selvagens
E tudo o que você precisa dizer
Para fazer tudo isso ir embora
É que você se sente da mesma maneira


FIM



Nota da autora: Olá, olá! Espero que tenham gostado dessa short baseada nesse clipe que eu tanto amo mesmo. Sempre fui apaixonada demais por esse clipe e sempre tive vontade de escrever algo com ele. Por que não agora? Espero que tenham curtido e não esqueçam de comentar comigo, por favorzinho!



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