MV: There's Nothing Holdin' me Back

Finalizada em: 09/05/2018
Music Video: Shawn Mendes - There's Nothing Holdin' Me Back

Capítulo Único


Quem era aquela garota?
Era tudo que estava em minha mente. Não conseguia prestar atenção nos acordes de meu violão, nem na música que tocava exatamente. Só pensava naquela maldita garota da segunda fileira.
Ela cantava as músicas animadamente, parecia ser fã de longa data, já que cantava todas as músicas da One Direction que cantei até o momento.
Eu estava intrigado. Eu precisava conhecê-la, ou enlouqueceria.
Isso nunca aconteceu comigo, não em todo esse tempo de carreira. Eu olhava para as fãs, até interagia, mas nunca passava disso.
E aquela eu nem cheguei a interagir, mas já estou que nem um idiota, tentando descobrir seu nome.
Encerrei o show, agradecendo aos fãs e logo descendo do palco. Desviei de seguranças e de minha agente, pegando somente a garrafa d’água que estava em uma de suas mãos.
— Quem é aquela garota? — indago para alguém da equipe. A pessoa arqueia a sobrancelha, confusa. — Aquela que passou o feixe de luz. Vocês têm o nome de todas, não é?
— Zayn Malik?! — Kate indaga, tentando chamar a minha atenção. — O que você acha que está fazendo?
— Quem tem os nomes de todas é o pessoal da bilheteria. — o rapaz diz com os olhos arregalados, afastando-se de mim. — Eu posso perguntar. Mas vai ser difícil. Como ela é?
— Ela é ridiculamente bonita. Os seus cabelos estavam soltos e ela usava uma blusa com a frase de alguma letra de alguma música da banda. Moments, talvez? — indago, coçando meu queixo em seguida. — Eu preciso disso AGORA!
— Zayn, se isso cair na mídia... — Kate diz, me fazendo bufar.
— Eu resolvo, tá ok? Eu só preciso saber quem é ela. — respondo, sentando numa cadeira encostada na parede próxima ao camarim. — Você consegue falar com alguém de lá depressa?
O homem deu de ombros e eu suspirei derrotado.
Enquanto ele falava com o rádio em seu peito, eu pensava no que falar com ela.
Eu me apresentaria. Contaria de minha obsessão por saber seu nome? Acho que esse é algo que Kate com toda certeza dirá, mesmo que eu não queira.
— Senhor Malik, as pessoas estão saindo do local, mas disseram que tem diversas garotas com uma blusa de sua antiga banda. O senhor pode ser mais específico? — o rapaz indaga e eu olho para seu crachá, lendo seu nome.
— Jake, eu sei que ela tem o cabelo cacheado. E usava um boné. É só isso que eu sei. — falo.
Ele assente, falando novamente com o rádio, esperando por longos segundos até uma resposta, uma que eu não escutei, concentrado demais em como agir na frente dela.
Talvez ela não seja tudo aquilo. Ela era sim, bonita, mas ela poderia ser apenas uma fã que irá pedir por uma foto e sair correndo para contar às amigas.
— Eles encontraram uma garota. — Jake diz, e eu suspiro aliviado. — E já estão trazendo a mesma para cá. Ela poderá entrar no backstage?
Assenti rapidamente, nem pensando duas vezes. Kate, que estava logo atrás de mim, bufou.
Meu celular marcava três e cinco da tarde. Os minutos que se antecederam ao nosso encontro pareciam durar uma eternidade, e eu queria que nosso momento juntos também durasse.
Quando vi três seguranças, meu coração quase saiu pela minha boca. Levantei da cadeira, tentando conter o nervosismo. Eu parecia um adolescente.
Logo eles saíram da frente da garota, que permanecia confusa e curiosa, tudo na mesma proporção, já que era perceptível.
Sorri envergonhado e logo seu sorriso se abriu, e a vi caminhar em minha direção. Parecia tímida, ou com medo de que eu fizesse algo.
— Olá! — exclamo, acenando com uma das mãos, parecendo um robô. — Como você se chama?
— Meu nome é . E eu sei seu nome. — ela diz, rindo em seguida. — Na verdade, eu sei muitas coisas sobre você, o que é estranho.
— Sério? O que você sabe sobre mim? — indago, cruzando meus braços e esperando por uma resposta.
Até que aquilo poderia ser divertido.
— O suficiente para dizer que você tem mais tatuagens do que pode contar. Acertei? — ela indaga, dando um sorriso maroto e um tanto bonito.
Droga, ela era bonita por inteiro.
— Acertou. Eu parei de contar tem muito tempo. — falo, colocando as mãos no bolso da calça jeans. — Você deseja alguma coisa?
— Eu só quero saber o porquê de ter me escolhido. — ela fala e vejo sua bochecha corar.
Naquele momento, eu não sabia o que responder. Eu não sabia como reagir, e nem o que responder. E ela permanecia parada, com os braços cruzados e batendo sua perna no chão, demonstrando que esperava por uma resposta minha.
— Você pensa que eu sou uma groupie? — indaga, o que me faz segurar o riso.
— Claro que não! — exclamo. — Eu só... eu te vi na plateia. E gostei de você, só isso.
— Sério? Você conseguiu me ver no meio de todo aquele pessoal? — ela indaga, gargalhando em seguida. — Isso é muito Fanfic. Céus!
Foi minha vez de gargalhar, sendo acompanhado pela garota.
— Não vejo a hora de me gabar com minhas amigas falando que passei uma noite com Zayn Malik! — ela exclama, sorrindo em seguida.
— Você vai mesmo fazer isso? — indago, ouvindo outra gargalhada dela.
— Você acha que eu tenho quinze anos? — ela indaga, rolando os olhos em seguida. — Eu tenho vinte.
— Eu tenho vinte e cinco. — respondo, sorrindo de lado. — Mas você provavelmente já sabe disso.
— É, eu sou sua fã. — ela diz, dando de ombros.
Silêncio. A ideia de ficar em silêncio com ela era louca, afinal, eu queria saber tudo sobre sua vida. Eu queria saber de onde ela era o que fazia da vida. Tudo!
— Tá legal, o que iremos fazer? — ela indaga. — Tirar fotos? Autógrafos?
— Não sei. Eu não pensei em nada para depois da apresentação. — falo e ela sorri.
— Você conhece o Rio? — ela indaga. — Sem ser por fotos. Você já andou pelas ruas? Já conheceu algum lugar histórico?
— Eu sou famoso, ir nesses lugares é pedir para ser seguido por dezenas de pessoas. — falo, dando de ombros em seguida.
— Então, prepara um disfarce, pois vou te levar até esses lugares. — ela diz e eu nego com a cabeça. — Vamos, Zayn Malik. Eu não tenho todo o tempo do mundo.
Ela me encarava com os olhos brilhando e uma sobrancelha arqueada, me desafiando. E, de verdade, eu queria ir.
Ela segurou minha mão e corremos pelo backstage, fugindo de meus seguranças e de Kate, gargalhando baixinho enquanto segurava a mão da garota.
Quando chegamos ao lado de fora da arena, meus pés estavam latejando, meus pulmões estavam sem ar e meu coração estava acelerado. gargalhou a me ver.
— O que vamos fazer primeiro? — indago, segurando sua mão em seguida.
— Você está bem, garotão? — ela indaga, sorrindo de lado. — Você não parece estar acostumado a correr tanto assim.
— E não corro, pra tudo tem uma primeira vez. — falo, dando de ombros em seguida.
— Então, podemos ir para o Pão de Açúcar. — ela diz, mordendo o lábio inferior, reprimindo um sorriso.
Enquanto caminhávamos pelas ruas, o medo me consumia. E se fôssemos seguidos? E se alguns fãs aparecessem e estragassem tudo?
Quando chegamos lá, encostei o corpo de numa das paredes, inalando o cheiro de seu perfume.
Antes que eu pudesse pensar em falar algo, ela gargalhou, me empurrando para longe de seu corpo.
— Você é engraçadinho, Zayn Malik. — ela diz, sorrindo e caminhando para longe de mim.
Tudo que eu conseguia sentir, naquele momento, era vergonha.
Enquanto ela dançava uma música que vinha de longe, eu a observava, completamente maravilhado e encantado, se é que é possível, com aquela garota.
— Podemos ir ao Cristo? — indago enquanto caminho ao seu lado. A mesma assentiu, segurando minha mão e entrelaçando nossos dedos, caminhando comigo pelas ruas para chegarmos ao local escolhido.
Quando chegamos, fiquei parado ao seu lado, intercalando meu olhar entre ela e a estátua gigantesca, bem na minha frente.
— Ela é linda. — ela fala, dando um sorriso largo. — Eu não canso de vir aqui e admirar, sabe? Por mais que eu more aqui há anos.
— Ela é linda mesmo! — exclamo, sorrindo de lado para ela. — Está com fome?
— Sim, e deduzo que você também! — ela diz, segurando minha mão e logo caminhando comigo.
Ficamos andando por alguns minutos, até que vimos um restaurante que, para variar, estava lotado.
— Você não teve tanta sorte. — ela diz, me fazendo rolar os olhos. — Só fica quieto, ok?
Assenti e logo entramos no estabelecimento. Por sorte, conseguimos uma mesa, mas era no meio do restaurante, então eu ficava visível para todos que ali estavam almoçando, seja sozinho ou com suas famílias.
— Eu te conheço de algum lugar? — uma garota indaga quando para na nossa mesa, abrindo o bloquinho em sua mão. — O que irão querer, casal?
Antes que eu pudesse corrigir, segurou minha mão, fazendo nossos pedidos.
— Vocês têm feijoada? — indaga, lendo o cardápio. — Meu namorado não é daqui, ele gostaria de experimentar algo, sabe, típico.
— Claro que temos! E qual vai ser a bebida? — a garçonete indaga enquanto anota nossos pedidos. — Sugiro que tomem a nossa caipirinha. É nossa especialidade.
— Pode trazer duas, e algum suco, do que você gosta mesmo, amor? — ela indaga, olhando diretamente para mim, que tentava não rir de toda aquela situação.
— Manga. — falo e ela faz uma careta, me fazendo gargalhar.
— Um suco de manga e um de Maracujá, por favor. — diz e logo a garçonete anota tudo, saindo de nossa mesa em seguida. — Como assim você gosta de suco de manga?
— Você me perguntou. — falei, e ela solta minha mão. — Que culpa eu tenho, amor?
— Você gostou de me ver chamando você de namorado, não foi? — ela indaga, sorrindo marota.
Quando nosso almoço chegou, comemos em meio a conversas e provocações vindas da garota, que somente dizia para que eu pudesse comer mais ainda daquela comida.
— Você tem que comer, Zayn! É uma comida típica do nosso país. — ela diz, bebendo um pouco de sua bebida alcoólica.
— E você não tem idade para tomar isso aí. — falo, apontando para seu copo.
— Eu já tenho vinte anos. A idade para beber aqui é 18 anos. — ela diz, colocando seu copo sob a mesa. — Mas não estou acostumada. Bebi poucas vezes desde que entrei para a faculdade.
— Oh, quer dizer que você faz faculdade?! — falo, vendo a garota assentir. — E qual o seu curso?
— Eu faço Letras, com especialização em Inglês. — ela diz, terminando seu suco. — Você não vai mais comer?
Suspirei, negando logo em seguida. Ela bufou, pegando meu prato e colocando por cima do dela, começando a comer. Soltei uma gargalhada, pegando meu celular no bolso para tirar uma foto.
— Se você tirar mais alguma foto, todo mundo aqui vai saber quem é você. — ela diz, dando mais uma garfada na comida.
— Você também seria prejudicada, afinal, você também seria perseguida. — falo, dando de ombros. — E eu já me acostumei com a falta de privacidade.
— Isso é péssimo, de verdade. — ela diz, segurando minha mão por alguns segundos.
Ficamos ali por mais algum tempo e logo saímos. O céu estava ficando escuro e eu sentia minhas pernas ficarem cansadas, mas eu não podia parar. Não enquanto eu estava com ela.
— Podemos ir para o Museu. — ela diz enquanto eu a abraço de lado. Ela sorri, vindo para mais perto de meu corpo, me fazendo sorrir feito um idiota.
Levou um tempo até que chegássemos ao Museu, onde ela pagou e logo entramos.
Enquanto ela olhava para cada obra ali nas paredes, eu me via maravilhado. Não só com as pinturas, mas em como ela era bonita. Eu já conheci outras mulheres por conta de minha carreira, mas ela era bem diferente de todas.
Aproximei-me, parando ao seu lado e olhando para uma pintura, uma que eu não sabia o nome, mas que era bastante bonita. Ela me fitou, dando um sorriso, antes de se afastar e ir em direção a outro quadro.
Ficamos ali até que anunciassem a hora de fechar. Caminhávamos pelas ruas e sempre segurava minha mão, como se fosse um guia turístico ou algo do tipo.
Entramos no Metrô e ficamos encostados na parede. Ficamos apenas nos encarando por um longo tempo, em silêncio, até que ela gargalhou, chamando a atenção de algumas pessoas ao nosso redor.
— O que houve? — ela indaga, colocando sua mão sobre meu ombro.
— O quê? — indago, dando um sorriso de lado.
— Você me encarando. O que eu tenho? Eu sujei meu rosto? — ela indaga, passando a mão no rosto.
— Não. Você está normal, . — falei, e ela suspirou aliviada. — Só que eu quero me lembrar de você quando tudo isso acabar.
— Você vai se esquecer de mim daqui a algum tempo. — ela fala, dando de ombros em seguida. — Mas eu não vou esquecer-me de você.
Sorri, suspirando aliviado em seguida. Ela gargalhou, batendo em meu peito.
Descemos depois de algumas estações e logo voltamos a caminhar.
— Para onde você está me levando? — indago enquanto passamos pela catraca do metrô.
— Eu vou te levar para a praia! — ela diz, pulando animada em seguida.
Caminhamos por alguns minutos e logo estávamos na praia. Retirei meus sapatos e ela tirou suas sandálias, caminhando para mais perto do mar.
Sentamos-nos e ela apoiou sua cabeça no meu ombro.
— Eu devo estar sonhando. — ela diz e eu coloco a minha mão sob a sua, enquanto ela mexe com a areia. — Eu gostava de você desde a adolescência. Eu cresci ouvindo suas músicas, e você ESTÁ AQUI, DO MEU LADO!
Soltei uma gargalhada baixa, acariciando sua mão.
— Sério, eu te admirava. Sempre foi o meu favorito da banda. Eu dizia que, algum dia, eu iria te encontrar. — ela fala, me fitando. — E, nossa, demorou muito, mas eu te encontrei.
— Eu que te encontrei. — falo, limpando minha mão na blusa que eu usava, tocando sua bochecha em seguida.
— É, eu sei. Mas, tecnicamente, eu que fui ao seu show. — ela diz, dando de ombros, e, mesmo achando que é alguma loucura minha, vejo suas bochechas corarem. — Obrigada pelo dia incrível.
— Mas ainda não acabou! — exclamo e ela arqueia uma sobrancelha. — Precisamos encerrar a nossa noite.
— E onde você pretende fazer isso? — ela indaga, se levantando e esticando sua mão para me ajudar a levantar.
— Não sei, me diz você. — falo, dando de ombros.
— Poderíamos ir para uma boate? Uma festa? — ela indaga, pegando seu celular no bolso. — Eu sei de uma. Alguns amigos meus. Você pode tirar seu disfarce lá.
— Você tem certeza? — indago, ajeitando o boné na minha cabeça. Ela assentiu, digitando algo no seu aparelho.
Na volta, optamos por pedir um táxi. Ela deu o endereço e, durante o caminho, ficamos apenas conversando, enquanto ela me mostrava alguns prédios e construções que passavam.
O motorista logo estacionou, e ela sorriu, pagando e descendo do carro.
A casa estava totalmente iluminada, havia pessoas do lado de fora conversando, bebendo e poucas dançando. O som era ensurdecedor, e eu duvidava muito que ele não arrumasse problemas com alguém no dia seguinte.
Entramos na casa e tirou meu boné, colocando-o em um canto qualquer, junto de meus óculos escuros. Dei um sorriso de lado, entrelaçando nossos dedos e caminhando junto dela pelas pessoas, que não se preocupavam em saber quem eu era; preocupadas apenas em dançar a música que tocava nas caixas de som espalhadas pelo ambiente.
— Pedro! — exclama quando chegamos próximo a um bar que ficava no canto. — Meus parabéns! Eu trouxe alguém.
Quando eu me virei para cumprimentar o amigo de , faltou pouco para que ele não desmaiasse. Ela gargalhou, me abraçando de lado.
— Esse é... — o garoto começa e logo é interrompido pela amiga.
— É, é ele! — exclama, rolando os olhos. — Eu não trouxe o seu presente, desculpe.
— Tudo bem?! — ele diz e logo dá um sorriso.
— Zayn, é aniversário dele. — fala e eu sorrio, me aproximando e abraçando o rapaz.
— Parabéns! — falo, assim que nos separamos, e ele sorri, pegando seu copo de bebida no balcão.
— Cadê a Nina? — indaga enquanto caminha para perto de um barril de cerveja, pegando dois copos.
— Ela está por aí. Ela vai ficar louca quando descobrir quem você trouxe para a festa. — ele diz e eu paro ao lado de , que enchia o segundo copo.
Eles começaram a conversar entre si e logo estávamos caminhando para o andar de cima, onde, segundo a garota, ele iria emprestar algumas roupas.
— Vocês fiquem à vontade. Você mostra pra ele onde trocar de roupa. — o amigo dela diz e logo sai do quarto.
— De onde você conhece o...
— Pedro? Desde o colégio. Estudamos na mesma sala por anos, nós viramos amigos bem no início. — ela diz, jogando uma blusa em minha direção. — O banheiro é logo ali. Vou pegar minhas roupas no outro quarto. Não saia daqui!
Assenti, vendo a garota sair do quarto. Tranquei a porta do mesmo, indo para o banheiro.
As roupas de Pedro ficaram boas e eu coloquei as minhas num canto qualquer do banheiro, saindo em seguida.
Estava a ver as fotos penduradas na parede daquele quarto, quando ouço alguns toques na porta. Caminho até a mesma, abrindo e dando de cara com . Ela usava um vestido preto junto de seus tênis brancos.
— Podemos ir? — ela indaga e eu assenti, segurando sua mão. Descemos as escadas e fomos para a cozinha.
— Nina, tem alguém aqui que eu quero que você conheça! — exclama, me puxando para perto da sua amiga.
O grito da garota foi capaz de assustar algumas pessoas que estavam ali na cozinha. Dei uma gargalhada, caminhando em sua direção e abrindo meus braços, chamando-a para um abraço.
— Você é o Zayn Malik! — a garota exclama enquanto me aperta em seus braços. — Eu não estou acreditando que você está aqui, na minha casa!
— Acalma o coração, Nina. — diz, gargalhando em seguida. — Preciso que ele fique vivo, tá?
— Meu Deus! Eu conheci a por sua causa! — a garota diz assim que me afasto e vejo algumas lágrimas em seus olhos.
— Por que está chorando? — indago e ela dá um sorriso de lado, limpando algumas lágrimas. — Eu só sou uma pessoa normal.
— Zayn, essa aí é louca por você desde que entrou na puberdade. — Pedro diz assim que entra na cozinha.
— Você fala como se não gostasse. — Nina diz, fazendo careta para o garoto.
— Você também me conhece? — indago surpreso.
— Não sou tão louco quanto essas duas aí. — ele diz, dando de ombros. — Agora, se me dão licença, eu preciso recepcionar alguns convidados.
E ele logo some do meu campo de visão, e eu me viro para , que falava algo em português para sua amiga, que ainda estava me encarando.
— Eu posso tirar uma foto com você? — ela indaga enquanto pega seu celular em cima do balcão. Assenti, parando ao seu lado.
Tiramos duas fotos. Uma ela sorria e eu também, e na segunda eu beijei sua bochecha, fazendo a garota soltar um grito ainda mais alto do que o primeiro, se isso fosse possível.
— Você não devia ter feito isso. — diz, sorrindo em seguida. — Ela vai desmaiar.
Sorri, dando de ombros em seguida.
— Então, quer dizer que você é louca por mim desde a puberdade? — indago parando ao seu lado, enquanto ela pegava alguns salgadinhos que estavam em cima do balcão.
— Ah, não! Eu vou ter que matar o Pedro por te falar isso. — ela diz, escondendo o rosto com as mãos.
— Ei, relaxa, eu já estou acostumado. — falo, dando de ombros.
— Você vai achar que eu sou uma fã louca que vai te perseguir eternamente. — ela diz, olhando em meus olhos por poucos segundos. — Só para você saber, eu não tenho dinheiro para isso.
— Então eu vou ter que te mandar uma passagem para você poder me visitar. — falo, dando uma piscadela, o que a faz gargalhar. — Ou eu venho.
— Acho mais difícil. — ela diz, dando de ombros.
Conforme as horas se passavam, eu enchia cada vez mais meu copo, seja de cerveja ou de outras bebidas que estavam servindo por ali. Eu sabia que estava bêbado e que teria um grande problema com Kate assim que aparecesse no hotel, mas não me importava tanto quanto eu pensava que me importaria.
também estava do mesmo jeito que eu. Durante algum momento da noite, tivemos que cantar parabéns para o Pedro, o que acarretou em diversas pessoas me reconhecendo e pedindo para tirar fotos, o que me fez perder quase uma hora da festa.
Estávamos na pista de dança há algum tempo. Eu e dançávamos de um jeito estranhamente engraçado, o que com certeza se espalharia por todas as redes sociais durante todo o dia, ou semana.
— Você dança muito mal, Malik. — diz, me fazendo dar de ombros.
— Não é como se você fosse a melhor dançarina da festa. — falei e ela sorriu, mandando um beijinho no ar.
Estávamos nos provocando, quando a música acabou e a batida de Still Got Time ecoou pelas caixas de som. me fitou e deu uma gargalhada, puxando-me para perto de seu corpo.
— Vocês realmente fizeram isso? — indago enquanto passo meus braços por de trás de seu corpo, agarrando sua cintura.
— Desculpe, mas é a primeira vez que recebemos o cantor de uma de nossas músicas favoritas numa de nossas festas. — ela diz e eu gargalho.
Começamos a dançar e, daquela vez, não estava estranho. Pelo contrário. dançava bem demais aquela música, como se fosse uma grande dançarina ou algo parecido, me fazendo parar durante os minutos da música e apenas observá-la, em silêncio, para me lembrar daquele momento quando eu voltasse para minha vida normal.
Ficamos ali por mais algum tempo, e logo Pedro avisou que estava amanhecendo. Eu não estava tão cansado quanto eu pensei que estaria, mas não queria ir embora. Aquilo significava o fim de um dia memorável, e eu sabia que sentiria falta de quando atravessasse o oceano para voltar para minha terra.
Liguei para um de meus seguranças, que veio prontamente me buscar.
— Você quer uma carona? — indago enquanto pego meu boné por cima da mesa.
— Ah, eu moro aqui perto. — ela diz, abraçando seu próprio corpo.
— Eu posso te levar. — falo, segurando sua mão em seguida. — Eu só quero ficar mais um pouco com você.
Ela sorriu, concordando com a cabeça. Despedimo-nos de seus amigos que prometeram me chamarem para outra festa assim que fossem para Londres ou que eu viesse para o Brasil novamente.
Entramos no carro. Mike, meu segurança, ficou em silêncio durante todo o caminho para a casa de , que não ficava tão distante dali.
— Acho que esse é o fim. — ela diz enquanto paramos em frente ao prédio onde morava. — Até, Zayn Malik.
Ela esticou a mão. Sorri, puxando-a e beijando-a em seguida. Passei meus braços ao redor de sua cintura, enquanto ela tocava meu rosto, fazendo um afago gostoso.
Eu não queria parar. Não queria quebrar aquele beijo, mas era necessário.
Quando separamo-nos, ela sorriu, beijando minha bochecha em seguida.
— Espero que você se lembre de mim. — ela diz, retirando um colar de seu pescoço e me entregando.
Era um que estava gravado a letra N, sua inicial. Sorri, colocando o cordão em seguida.
— Até breve? — indago, beijando-a mais uma vez.
Ela concordou, entrando em seu prédio e me deixando parado ali do lado de fora como um idiota.
Entrei no carro, trocando um olhar com Mike, que gargalhou, antes de arrancar com o carro dali.
E eu sei, de alguma maneira, que iremos nos encontrar novamente, mais cedo ou mais tarde.


Fim.



Nota da autora: Sem nota.



Outras Fanfics:
Ficstape Flicker, Niall Horan: 03. Seeing Blind

Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


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