Querida, nos esquecemos do Natal!
História por Fernanda Z. | Revisão por Sofia Queirós



CAPÍTULO 1


POV

Eu estava de pé em frente à porta do apartamento da e do Rob, esperando, inutilmente, um dos dois abrir a porta para mim. Eu já estava ali tinha uns bons 10 minutos, pensando seriamente em arrombar a porta com algum golpe tailandês ou algo do tipo.
Batia meu pé no piso de mármore, impaciente. Afastei-me, com o objetivo de chutar a porta. Peguei impulso e, ao invés de acertar a porta de madeira, acertei algo mole. Arregalei os olhos ao ver o Rob caído no chão com as duas mãos sob a barriga.
- OMG! - bati minha mão na testa indo ver como o meu amigo estava. Ajoelhei-me ao seu lado o vendo fazer careta, colocando a língua para fora. - Rob, você está bem? - perguntei rindo.
- Ah, claro. Afinal, eu recebo voadoras na barriga de uma louca todos os dias quando vou abrir a porta - ele falou, sarcástico. - Pelo menos não foi nos meus países baixos, ergh. - Rolei os olhos, ainda rindo.
- Viu, se você seguisse o meu conselho e fosse para uma academia, nada disso iria acontecer. Eu iria quebrar o meu pé se fizesse isso com o Kell ou com o Tay. Acho que a gosta de te ver todo mole para te fazer de travesseiro. - Ri levantando e estendendo a mão para ele levantar.
Ele mostrou a língua, uma atitude completamente madura, mas aceitou a minha mão.
- Rob, quem er... - veio até a porta. Quando me viu, arregalou os olhos. - ! - ela gritou jogando seus braços no meu pescoço. Cambaleei e acabei caindo no chão com ela em cima de mim. Rob riu.
- Quem é o mole agora? - ele perguntou rindo de mim.
- Pelo menos eu não tenho barriga de gelatina, seu marshmallow humano. - Rebati, fazendo-o fechar a cara. - , sai de cima de mim, você vai me matar! - pedi para minha amiga parar de me esmagar.
- Eita, grossa. Não ganha mais abraço também. - se levantou e foi abraçar o Rob, que ainda estava de cara fechada. - Bebê, não fica assim, marshmallow é cem por cento gostosura. - Ela piscou pra ele.
Ri abafado, entrando no apartamento. Joguei as chaves de casa na mesa de jantar e deitei no sofá, descansando a cabeça na almofada.
- Folgada - Rob falou ao me ver esparramada no maior sofá da sala deles.
Eu e o Rob sempre fomos assim, "delicados" um com o outro desde crianças. Eu nasci no Brasil e fui morar com meus pais em Londres quando tinha 4 anos. Ele, seus pais e suas irmãs eram nossos vizinhos. Ele começou a me tratar assim depois que eu comecei a ajudar Lizzie e Victoria a vesti-lo de menina.
- Fica quieta, Claudia - chamei-o pelo antigo apelido. Ri, o vendo mandar o dedo.
- Posso saber o que você está fazendo aqui, ? - perguntou rindo, sentando-se ao lado do meu querido melhor amigo no sofá ao lado do que eu estava deitada.
Dei de ombros.
- Sei lá. O Jay foi ver o Kellan e o Tay, então, eu pensei em visitar vocês. - Sorri. - Que dia é hoje? - perguntei ao notar que não fazia idéia que dia da semana era.
- 23 de dezembro - respondeu.
- Obrig... - arregalei os olhos, me sentando no sofá. - Você disse dia 23? - perguntei implorando mentalmente para que ela tivesse se confundido.
Eles se entreolharam e olharam pra mim novamente.
- Você se esqueceu de comprar os presentes? - Rob perguntou.
- Bom, o de vocês dois, do Tay e do Kell eu já comprei faz tempo... mas o do Jay não... - passei a mão pelo cabelo, tirando a franja do rosto. - Isso não pode estar acontecendo... - passei a mão no rosto, afundando minhas costas no sofá.
- Hey, não fica assim, . - se levantou do seu sofá e se ajoelhou do meu lado. - Você vai pensar em alguma coisa. - Ela pegou na minha mão, sorrindo.
- E, além disso... - Rob levantou, tirando a minha mão do meu rosto, me fazendo olhar para ele. Ele sorriu. - Não é a primeira vez que você esquece o presente do Jay.
Ri de leve.
- Eu sei. Mas eu não faço idéia do que eu posso dar para ele! Da última vez que eu esqueci, eu tive que ralar muito para conseguir um disco autografado pelo David Bowie. - Entortei a boca.
- Você tem criatividade de sobra, vai conseguir. - Rob beijou minha testa. – Agora, vai arranjar o presente dele, rápido! - ele me levantou do sofá.
Ergui uma sobrancelha, mas não discuti. pegou minhas chaves e me abraçou.
- Se não arranjar nada, dá uma fantasia de médico para ele - ela sussurou no meu ouvido. - Aposto que ele ia ficar lindo vestido de médico - ela completou, rindo.
Dei-lhe um tapa no braço.
- O Rob vai ouvir! - falei entredentes.
Ela deu os ombros.
- Que ouça - ela falou, rindo.
Sacudi a cabeça e fui até a porta, sendo seguida pelos dois.
- Obrigada! Tchau, ! - abracei-a. Virei-me para o Rob. - Tchau, marshmallow. - Beijei sua bochecha, dando-lhe um tapa na cabeça logo em seguida.
- Outch! - o ouvi reclamar, enquanto eu entrava no elevador vazio.
Suspirei, apertando o botão para o térreo. O quê eu iria comprar para o Jay?

/ POV


Jay POV

Eu cantava "Walking the Cow - Daniel Johnston" batucando no volante.
- I really don’t know why I’m stayin’ here... Oh, Oh, Oh. I’m walking the cow... - eu cantava animado até sentir meu celular vibrando no bolso da minha calça. Estacionei na primeira vaga livre que eu achei.
- Preciso de calças novas... - reclamei pela dificuldade de tirar o celular do bolso. Li "Kellan" na bina do celular. - Alô?
- Hey, Jay! Então, eu só queria confirmar a ceia de Natal aqui em casa amanhã. - Arregalei os olhos. - Você vem, né? - ele perguntou. Fiquei calado. - Jay, você está ai?
- Que dia é hoje? - perguntei aterrorizado, passando a mão no meu cabelo preso.
- Ahm... dia 23. Por quê?
Bati a cabeça no volante, fazendo com que buzinasse. Vi algumas pessoas olharem estranho para o meu carro.
Respirei fundo.
- Eu esqueci o presente da .
- O QUÊ?! - o ouvi rindo. - Quem diria, você esquecendo de algo relacionado a ! Vai chover!
Vi algumas gotas de chuva caírem no vidro do carro. Levantei a sobrancelha.
- Ih, não é que tá chovendo mesmo? - ele riu. Rolei os olhos. Idiota.
- Fica quieto, Kell. Você precisa me ajudar! - pedi passando a mão na testa.
- Epa, desculpa, Jay, mas eu já tenho o meu presente para a . Você vai conseguir pensar em algo.
- Belo amigo você é... - resmunguei cruzando os braços.
- Ah, nem vem, Jay. Você sempre consegue pensar em alguma coisa! E, além do mais, vocês já estão juntos há uns 6 anos!
- Por isso mesmo, pica-pau oxigenado. Por a gente estar juntos há tanto tempo! Eu tenho que comprar algo especial!
Ouvi-o suspirar.
- Ok, Jay. Hmm... que tal você arranjasse um papel no 'Amanhecer' para ela? Ela é uma boa atriz, consegue um papel sem problemas.
Cocei o nariz.
- Nem, a não quer um papel em um filme que eu esteja junto. Ela acha que vão pensar que ela está se aproveitando do fato de eu fazer parte do filme.
- Bom, então compra um ursão de pelúcia! Ah, não... você já deu de dia dos namorados. Levá-la para conhecer um cantor que ela goste? Não, você apresentou ela para o Danny Jones no ano passado...
- Uma péssima idéia, se quer saber. Ele ficou dando em cima dela! - reclamei indignado fazendo Kell rir.
- Você tem que controlar o seu ciúme. A nunca iria fazer nada com você, pode ser bizarro, mas ela te ama.
- Háhá... - ri sarcástico. Suspirei. - Bom, obrigado de qualquer forma, Kell.
- Desculpa por não conseguir pensar em nada... - ele se desculpou.
- Sem problemas. Até amanhã.
- Até! - desligamos o telefone.
Apoiei a cabeça no banco. O quê eu iria comprar para a ?

/Jay POV

CAPÍTULO 2


POV

Eu andava pela calçada, olhando as vitrines enquanto pensava no quê comprar para o Jay.
- Um violão? Não, ele tem até demais... CDs? Não, já temos muitos... Ai, meu santinho, onde eu fui me meter? - perguntei olhando pro céu sentindo algumas fracas gotas de chuva caírem no meu rosto.
Senti alguém cutucando meu ombro. Virei e me deparei com Taylor de boné e óculos escuros.
- Tay? - estranhei a roupa. Ele nunca se vestia assim, pelo menos não para andar na rua.
- Shhhh! - ele fez sinal de silêncio com o dedo. Ergui as sobrancelhas. - Tem um grupo de fãs me perseguindo desde que eu saí de casa.
Arregalei os olhos.
- Mas você mora do outro lado da cidade!
- É, eu sei. - Tay fez careta, fazendo um gesto para andarmos. - O quê faz aqui?
Sorri amarelo.
- Eu me esqueci de comprar o presente do Jay. - Cocei a nuca.
Vi suas sobrancelhas se erguerem por cima do Wayfarer.
- De novo? - ele perguntou rindo.
- De novo. - Ri de nervoso. - Eu não faço idéia do quê eu posso dar para ele, Tay.
- Você deve saber o que ele quer mais do que eu... compra um Starbucks. Ele nem vai reclamar. - Ele sugeriu rindo.
- Claro. Eu já estava me perguntando o que eu iria fazer com tanto dinheiro. - Ironizei. Suspirei, olhando no relógio. - Está ficando tarde.
- Verdade... será que as fãs já foram embora? - Tay perguntou em voz baixa olhando para os lados.
Ri.
- São só fãs, Tay.
Ele tirou os óculos, me encarando.
- Só fãs?! Elas me perseguiram por uns 20 quilômetros! - Tay falou aterrorizado, me chacoalhando pelos ombros.
Algumas pessoas nos encararam, nos achando malucos. Taylor arregalou os olhos quando viu, do outro lado da rua, um grupo de adolescentes por volta de 15 anos.
- Corre - ele falou, me puxando com força pelo braço, correndo na direção contrária a delas.
Corríamos rápido, desviando das pessoas, enquanto ouvíamos as garotas gritarem. Ri internamente, sabendo que já tinha sido daquele jeito.
Atravessamos a rua, desviando dos carros e ouvindo buzinas dos mesmos. Entramos dentro da primeira loja que vimos.
- No que posso ajudá-los? - a atendente veio perguntar.
- Se um grupo de meninas perguntar, nunca estivemos aqui. - Taylor respondeu, me puxando pra irmos no fundo da loja.
Olhei para os lados, vendo algumas fantasias penduradas nos cabides e máscaras nas prateleiras.
- Hey, é uma loja de fantasias! – falei, analisando as roupas penduradas nos cabides.
Eu e Tay nos encaramos sorrindo.

- Por que EU tenho que ser o Tinky Winky? - Tay reclamava dentro da fantasia do teletubbie roxo, enquanto saíamos da loja.
- Prefere o Po? - rolei os olhos dentro da fantasia vermelha.
- Pelo menos ele não tem uma bolsinha vermelha... - ele me esticou a pequena bolsa vermelha que ele segurava.
Ri.
- Não reclama ou eu te faço se fantasiar de Pocahontas. - Coloquei minhas, agora enormes, mãos na cintura.
- Hum... até que o Tinky Winky não é tão ruim. - Ele mudou de assunto rapidamente, me fazendo rir.
-Vamos, reclamão. - Puxei-o pelo braço.
Andávamos na calçada normalmente, recebendo olhares de todos e risos de alguns.
- Por que de teletubbies? Podia ser de pirata, mas nãããão... - ouvia meu amigo reclamando do meu lado.
Dei-lhe um belo tapa na cabeça, fazendo com que a cabeça da fantasia caísse.
- Opa! – falei,obrindo a boca com as mãos.
Ele pegou a cabeça do teletubbie roxo e colocou de volta.
- Melhor você correr, Po. - Ele me ameaçou.
Sorri dentro da fantasia e saí correndo em direção ao meu apartamento, que ficava a duas quadras. Esbarrei em algumas pessoas sem querer durante o caminho.
- Po, volta aqui! - ouvi Tinky Winky gritar a alguns metros atrás de mim.
Podia ver algumas pessoas rindo da nossa idiotisse. Não liguei, eu era assim e ninguém ia conseguir me mudar.
Vi o prédio alguns metros a frente. Sorri subindo as escadas e abrindo a porta para o Hall. Vi Harry, o porteiro, rir ao me ver entrando.
- Boa tarde, srta. . – Ele me cumprimentou, já sabendo quem era.
Tirei a cabeça vermelha da fantasia e sorri.
- Boa tarde, Harry. O Jay já chegou? - perguntei. "Diga que não, diga que não", pensei, pois queria pesquisar algum presente na internet antes dele chegar.
- Não, senhorita. - Ele sorriu gentilmente.
Ouvi a porta sendo aberta e Taylor, já sem a cabeça do teletubbie roxo novamente, entrou.
- Você ganhou dessa vez - ele disse apontando a mão gorducha pra mim. Se virou para o Harry. - Hey, Harry, como vai?
- Bem, obrigado, e o senhor? - Harry é o porteiro que eu pedi a Deus. Ele tinha por volta de 40 anos, era meio gordinho e tinha barba e cabelos grisalhos. Era extremamente educado.
- Ótimo. - Tay sorriu. - Bem, eu tenho que ir, . Te vejo amanhã na casa do Kell. - Ele me abraçou apertado. - Você vai conseguir um presente perfeito para o Jay, não se preocupe.
Sorri.
- Obrigada, Tay. - beijei-lhe a bochecha e vi-o se afastando com a fantasia roxa. - Não vai tirar essa fantasia? - perguntei.
Ele deu os ombros, colocando a cabeça novamente.
- Não, até que ela é legal. - Tay respondeu, saindo do prédio.
Balancei a cabeça e me virei para o Harry.
- Bem, eu vou subir, Harry. Obrigada e tenha um bom final de tarde! - desejei sorrindo, apertando o botão do elevador.
- Sem problemas. Uma boa noite para a senhorita. - Harry desejou sorrindo, sentando na sua cadeira atrás do balcão.
Sorri novamente e entrei no elevador, que tinha algumas poucas pessoas, como minha vizinha de 7 anos, Tennile, e o garoto de 18 anos, Damon, que morava no 3º andar.
- Licença, licença. - pedi pelo tamanho da fantasia. Eles riram e me deram espaço. - Oi, Lee! Tudo bem, Damon?
- Oi, tia ! - Tennile, ou Lee, sorriu me mostrando seus pequenos dentes de leite.
- Hey, . Bela fantasia. - Damon riu. Ele tinha cabelos castanhos e lisos, tinha um franja que ia até os olhos, que eram azuis acizentados.
- Obrigada, Damon. - Agradeci rindo. - Vai sair? - perguntei vendo que ele estava bem arrumado.
Ele coçou a nuca.
- Vou. Eu tenho um encontro com uma amiga hoje. - Suas bochechas coraram.
-Amiga, sei... - levantei uma sobrancelha.
Damon sorriu sem-graça.
O elevador parou no térreo.
- Tô indo, então. Tchau, Lee. - Ele beijou a bochecha da Lee, que sorriu. Ele levantou, olhando para mim. - Me deseje boa sorte. - Ele pediu.
Sorri, beijando sua testa.
- Boa sorte com a sua "amiga", Damon. - ironizei.
Ele sorriu novamente e entrou no estacionamento. As portas do elevador se fecharam e começamos a subir até o último andar.
- Cadê o tio Jay? - Lee perguntou. Jay e eu adorávamos brincar com ela quando os pais de Lee não tinham ninguém pra cuidar dela.
Agachei-me, o que foi meio difícil por causa da fantasia.
- Acho que foi visitar nossos amigos. Mas ficaríamos felizes se você aparecesse lá em casa semana que vem. - Passei a mão pelo seu cabelo liso.
Ela assentiu. A porta do elevador se abriu.
- Eu vou indo, Lee. Se cuida. - Ela me abraçou.
- Até mais, tia . - E saiu correndo até o seu apartamento.
Levantei com certa dificuldade e entrei no corredor do meu andar. Parei em frente a minha porta de mogno e lembrei que a chave estava no bolso da minha calça.
- Ah, não... - bati a cabeça na porta. Deixei a cabeça do Po no chão e tentei tirar a fantasia. - Po imbecil. - Xinguei.
Depois de alguns minutos e muita dificuldade, consegui abrir o zíper, tirando a fantasia vermelha. Peguei as chaves no bolso e abri a porta, entrando em casa arrastando a enorme fantasia do teletubbie vermelho.
- Ai, minhas costas. - Reclamei ao sentir dores. - Estou ficando velha...
Joguei a fantasia em um canto qualquer e fui tomar banho.
Uma hora depois eu já estava vestida com uma regata vermelha e uma calça de moletom cinza, sentada no chão da sala com as costas apoiadas no sofá, com um MacBook na minha frente, na mesa de centro.
- Hmm... roupas? Não, ele adora as dele... O quê eu compro? Aaah, , você é uma idiota! - falei batendo a cabeça na mesa. Iria ficar roxo, acho.

/ POV


Jay POV

Peguei a touca, que estava no banco de carona, e coloquei meu Wayfarer branco. Saí do carro, implorando que ninguém me reconhecesse. Saí do estacionamento do shopping e peguei o elevador. Quando entrei, só havia uma senhora de idade, 70 anos, talvez, me olhando de cima a baixo com um sorriso ahm... estranho.
- Olá - ela disse com a vozinha fina. Arrepiei, era aterrorizante.
- Bom dia - falei educadamente.
Ela deu um passo para o lado, encostando no meu braço direito.
- Então, já te disseram que você é muito bonito? - ela perguntou me mostrando seus dentes, ou a dentadura. Não acredito que estou sendo cantado por uma mulher de 70 anos...
- Ergh, já. Minha namorada fala bastante. - Sorri me lembrando da .
A velhinha pareceu não se importar.
- Pelo menos ela não é boba. Tem um namorado com uma ótima parte traseira. – Eu a senti batendo a mão frágil na minha bunda. Segurei o riso, isso não podia estar acontecendo...
- Er, obrigado, senhora. - Agradeci. Mulher louca...
- Ah, não, pode me chamar de Gertrudes - ela me disse, passando a mão pelo meu braço.
Ok, respira Jay, não ria.
- Er, claro... Gertrudes. - Completei com seu nome.
Ela abriu a boca para dizer alguma coisa, mas o elevador abriu. Saí rapidamente.
- Bom, obrigado, Gertrudes, mas eu tenho que comprar algumas coisas, então... até outro dia. – Eu lhe informei, me afastando.
- Oh, que pena. Até outro dia, então. - Ela acenou, piscando para mim.
Sorri e me virei, andando pelo shopping.
- Até as velhinhas me perseguem, meu Deus - sussurrei para mim mesmo.
Algumas pessoas me encaram, poucas cochichavam. Estava tão na cara que era eu?
Senti alguém cutucando meu ombro. Virei lentamente.
- Oi, Jay! - Ashley Greene me cumprimentou.
A nunca gostou muito da Ashley. Ela vivia dizendo que a Ash morria de paixão por mim e queria me tirar dela. Ciumenta? Imagina... O fato é que a Ashley adora a , a acha uma figura e fica feliz por estarmos juntos. Não que a a trate al, ela gosta da Ashley, só que tem medo de eu ficar com a Ash ao invés dela. Boba.
- Hey, Ash. - sorri.
- O que faz aqui? - ela perguntou colocando o cabelo atrás da orelha.
Suspirei.
- Compras de última hora.
Ela riu.
- Meio atrasado, não acha?
- Acho. – Eu ri. - Eu não faço idéia do que comprar! Ainda mais para a , que é minha namorada.
Ashley parou de rir.
- Da ? Meu Deus, nunca pensei que você ia esquecer algo que a envolvesse!
- Já ouvi isso hoje - falei entortando a boca.
Ela rolou os olhos.
- Você precisa comprar algo, e rápido! Vocês já estão há uns... 6 anos? É, 6 anos! Você precisa comprar algo especial.
Suspirei.
- Eu sei, Ash. Mas ela não gosta de coisas materiais, e eu não tenho idéia do que fazer para ela!
-Jay, presta atenção. Se acalma, vai pra casa, toma um banho e pensa melhor. Você consegue. - ela sugeriu.
- É, talvez seja melhor... Obrigado, Ash - me despedi e saí apressado até os elevadores. Quando abriu eu vi um grupo de senhoras de meia idade, sorrindo e acenando para mim.
Acho que a escada é uma boa opção.

Dez minutos depois, eu cheguei no prédio onde eu e morávamos. Deixei o carro no estacionamento e fui para o elevador, apertando o botão do último andar. Comecei a procurar as chaves nos bolsos.
- Onde eu botei a minha chave? - perguntei.
Procurei no bolso do casaco.
- Ahá, achei você! - comemorei ao pegar a chave. Quando a porta do elevador abriu, saí tropeçando no meu próprio sapato. Conviver com a minha namorada me fez ficar atrapalhado.
- ? - chamei assim que entrei no apartamento.
Tirei os sapatos, ficando apenas de meia. Fui até a sala, onde a vi deitada no sofá, de costas para mim. Sorri. Fui andando silenciosamente até ela, cheguei perto do seu ouvido e sussurei:
-?
Eu a vi pular do sofá de susto.
- Caramba, Jay, quer me matar do coração? - ela reclamou, colocando a mão no peito, virando de frente para mim.
Sorri, me desculpando. Deitei do lado dela, fazendo nossos rostos ficarem a centímetros de distância.
- Desculpa, pequena.
Ela sorriu, me fazendo sorrir junto.
- Tudo bem - ela disse.
Abracei-lhe, a sentindo passando os braços pelos meus ombros.
- Eu já disse que te amo hoje? - perguntei com a voz sendo abafada pela sua curva no pescoço.
Ouvi-a rir. Como era bom ouvir esse som...
- Não que eu me lembre.
Afastei-me um pouco para poder olhar em seus olhos. Acariciei seu rosto com minha mão.
- Eu te amo - falei verdadeiramente, dando-lhe um selinho demorado.
- Eu também de amo, Jay - disse, olhando no fundo dos meus olhos. Sorri abertamente, sabendo que ela adorava quando eu sorria.
Aproximei meu rosto do seu, mordendo seu lábio inferior de leve. Encostei nossos lábios e abracei-lhe mais forte pela cintura, nos aproximando. Nos beijávamos lentamente, aproveitando cada segundo. Eu amava senti-la em meus braços, me sentia bem, queria protegê-la de tudo e de todos. Ela era tudo pra mim.
Nos conhecemos há 7 anos, no ensino médio. Tínhamos 18 anos. Ela era a menina perdida no colégio novo, e eu fui ajudá-la. Ficamos amigos e um ano depois estávamos namorando. Fomos para a mesma faculdade, sempre juntos. Poucas brigas, a maioria por coisas bobas como "quem vai tomar banho primeiro". Ela conhecia meus pais, Randee e Jack, e eles, bem, eles a adoravam. Era incrível. Às vezes eu acho que eles a preferem mais do que a mim.
Estávamos abraçados em conchinha no sofá. Já era noite e eu estava quase caindo de sono.
- Jay, não dorme. - ouvi sussurrando, distribuindo beijos no meu rosto.
Ah, não, me deixa dormir...
- Não - falei birrento.
- Bebê - ela me chamou rindo.
Ela tentou sair, mas eu apertei o abraço, fazendo com que ela não conseguisse escapar.
-Jay...
Sorri com o rosto na nuca dela.
-Não. - Beijei a tatuagem da nuca dela. Eu adorava aquela tatuagem, "Life".
Vi-a estremecer.
-Nem vem, Jay. Eu tô com sono. - Ela brigou comigo, me rejeitando.
Suspirei, convencido.
- Ok.
Levantei do sofá e estendi a mão pra ela segurar. Ela aceitou, levantando-se e me abraçou.
-Desculpa, mas eu tô cansada. Você também está, nem adianta negar.
Ri.
- Eu sei. Vem, temos que descansar, amanhã temos o jantar na casa do Kell - falei aterrorizado com a idéia de não arranjar um presente para ela. Puxei-a até o quarto, nos trocamos e caímos na cama. Dormi imediatamente.

/Jay POV


POV

Deitei na cama e fiquei olhando Jay dormir. Eu não estava com sono.
Levantei da cama com cuidado e olhei no relógio: 23:41. Abri a porta do quarto cuidadosamente para não acordar o Jay. Caminhei pelo corredor escuro, indo em direção a sala. Liguei a TV em um canal de desenho. Olhei para o lado, vendo uma foto do ano passado no aniversário do Jay. Seus pais, irmãs, nossos amigos junto conosco. Jay diz que aquele dia foi um dos melhores, já que a família dele estava toda reunida, o que era muito difícil de acontecer. Suspirei, voltando a atenção pra TV.
Uma idéia surgiu na minha cabeça. Sorri abertamente. Peguei o telefone e disquei os números. -Alô?

CAPÍTULO 3


Acabei dormindo no sofá, com a cabeça na almofada. Sorri ao lembrar da ligação na noite anterior. Levantei, me espreguiçando, e fui até a cozinha, preparar algo para comer. Fiz algumas panquecas, coloquei uma jarra de suco na mesa e fui até o quarto acordar o Jay.
Quase desisti quando o vi dormindo. Ele estava tão bonitinho que dava até pena de acordá-lo. Seus cabelos estavam bagunçados e alguns fios estavam em seu rosto. Ele estava deitado com a barriga pra baixo, abraçado com o travesseiro. Suspirei. Eu não merecia um cara assim, digo, ele era o homem que toda mulher sonha em ter. Educado, engraçado, carinhoso, compreensivo, nos protege, nos defende e tem um toque de loucura saudável. Sorri e me aproximei da cama. Sentei na beirada e comecei a fazer carinho em sua cabeça.
- Jay, acorda - falei baixinho.
Ele piscou algumas vezes por causa da claridade e sorriu ao me ver ali. Sorri junto.
- Bom dia, - ele desejou bocejando.
- Bom dia, pequeno - disse ainda sorrindo.
Ele me puxou, me fazendo cair em cima dele. Ele riu e me abraçou.
- Hoje eu vou ter que sair de novo, presentes de última hora.
Estranhei. Ele nunca deixava as coisas para o último instante.
- Sem problemas. Agora, vamos comer, eu fiz panquecas - dei-lhe um selinho rápido.
Ele sorriu. Adorava panquecas.
- Eba! - ele comemorou feito uma criança. Ri e fui atrás dele.

/ POV


Jay POV

Depois de comer as panquecas da , sério, são as MELHORES panquecas que eu já comi, eu fui na casa do Kell, com esperança de que ele tivesse alguma idéia para o presente da .
- Hey, Jay! Entra aí. - ele abriu a porta da casa dele, me dando espaço para entrar. A casa já estava toda decorada para o Natal. Luzes, a árvore completamente decorada.
- Uau, a casa está incrível - falei surpreso.
Ele sorriu.
- Valeu, cara. Então, já achou um presente para minha amiga?
Cocei o nariz.
- Não. Eu estou ficando nervoso. E se eu não achar nenhum presente?! - comecei a chocalhá-lo pelos ombros.
- Calma, cara. Vocês estão juntos há muito tempo, provavelmente vão passar o resto da vida juntos também. Ela não vai de dar um pé na bunda por isso! - ele me segurou pelos ombros.
Respirei fundo.
- Tem razão, a gente já está juntos há tanto tempo, ela não terminaria comigo por isso...
Foi aí que eu me toquei. Meu Deus, como eu sou idiota.
- Kell, você é um gênio!
Ele levantou a sobrancelha.
- Eu sou? Não é você que vive me chamando de imbecil?
Sorri de orelha em orelha.
- Kellan, eu te amo! - segurei seu rosto e dei-lhe um beijo estalado na bochecha.
Ele fez careta.
- Eew, tá me estranhando, rapá? Só quero ver quando a descobrir que você virou viado...
O ignorei e saí correndo da casa dele, deixando-o falando sozinho. Eu precisava comprar o presente, e rápido.

/Jay POV

POV

Eu já estava pronta. Vestia uma calça jeans skinny preta, uma camiseta vermelha com um colete preto por cima e um peep toe preto. Meus cabelos estavam soltos, e minha franja jogada de lado. Jay estava se arrumando no quarto. Estava pensando seriamente em roer as unhas cuidadosamente pintadas de vermelho. E se ele não gostasse do meu presente? Ok, eu tinha quase certeza que ele ia gostar, mas ainda estava insegura.
- Nervosa? - o ouvi perguntar atrás de mim. Ri. Ele sempre sabia como eu estava me sentindo. Olhei para trás, o vendo de cabelo preso, camisa cinza dobrada até os ombros, junto com um colete preto aberto. Usava uma calça jeans escura e o seu sapato marrom. Ele estava tão lindo...
- Jay, você está... uau. – falei, o fazendo rir.
- Obrigado. Você está muito mais do que linda, de verdade. - Ele me elogiou, me abraçando pela cintura.
Senti as bochechas corarem.
- Obrigada. - Agradeci rindo, passando meus braços pelo seu pescoço.
Ele sorriu torto e me beijou. Ele sempre me fazia esquecer de respirar quando tocava seus lábios nos meus. Era apenas eu e ele, mais ninguém. Afastei-me sorrindo, encostando nossas testas.
- Eu te amo, não duvide disso - falei..
Vi-o abrir um sorriso, o meu sorriso.
- Nunca vou duvidar. - Ele prometeu, beijando minha testa. – Agora, vamos antes que a gente chegue atrasado. - Ele me puxou pela mão e fomos para a casa do Kell.

- ! - gritou se jogando em cima de mim quando me viu. Ela vestia um vestido preto tomara-que-caia e sapatos de boneca.
Ri.
- Oi, . – Eu a abracei.
- Arranjou o presente? - ela perguntou em voz baixa para o Jay não ouvir.
Sorri.
- Acho que sim. - Dei de ombros.
Ela me olhou curiosa.
- O quê é?
Ri.
- Não vou falar, desculpa.
Ela mostrou a língua. Fui falar com o Rob.
- Hey, marshmallow.
Ele virou sorrindo.
- Oi, molenga.
Rob era meu amigo, mas eu tinha que admitir que ele era lindo. Os cabelos estavam naturalmente bagunçados, uma blusa social azul clara dobrada até os ombros, destacando seus olhos. Estava de calça jeans azul-marinho e sua inseparável chuteira da Nike.
- Você nunca larga dessa chuteira? - perguntei rindo.
Ele sorriu.
- Não. É um dos poucos sapatos que eu tenho. Além do mais, ela é extremamente confortável.
Concordei. Eu o entendia. Quando eu tinha 16 anos eu sempre usava o mesmo tênis. Para sair, festas, aniversários, velórios, eu sempre andava com meu All Star preto. Até que um dia, minha mãe aproveitou que eu estava dormindo e jogou ele fora. Acho que, depois de 3 anos, já estava na hora de aposentá-lo.
Na casa do Kell estavam alguns colegas do elenco. Ele, Taylor, Robert, Jackson, Ashley e Kristen. Ao todo tinham oito pessoas. Afastei-me do Rob e fui falar com o Tay, que estava junto com Kell, Kris e a Ash.
- Hey, Tinky Winky, cadê a sua bolsinha vermelha? - perguntei rindo ao Taylor.
Ele sorriu, levantou do sofá e me abraçou, assim como os outros.
- Eu guardei a fantasia. Vai que um dia eu preciso dela?
Os outros três nos olharam sem entender nada.
- Longa história - falei sorrindo.
Eu conversava com a Ash sobre nossos ex-namorados.
- Teve uma vez que Will, meu namorado quando eu tinha 13 anos, estava me beijando e espirrou. Foi muito nojento! - ela contava para mim rindo. Meu rosto doía de tanto sorrir.
- Meu Deus! Quando eu tinha 10 anos tinha um menino que eu adorava. Eu fui me declarar pra ele, e, bem, ele tinha um namoradinho. Eu fiquei chocada - falei me lembrando do meu trauma ao descobrir que ele era gay. Ashley riu.
Ouvi meu celular tocar. Olhei na bina e sorri. Atendi.
- E então?

/ POV


Jay POV

Todos nós já estávamos na mesa, apreciando a ceia de Natal. Kellan tinha se superado, a comida estava ótima!
- Kellan, você derrubou vinho na minha calça! - Tay reclamou, pegando o purê e jogando na cara do Kell. Todos rimos da briga besta.
Kellan tirou o purê do rosto e olhou para o Taylor.
- Seu idiota, foi sem querer! - ele se defendeu.
Taylor bufou.
- Sem querer, sem querer... sei! - ele resmungava, tentando limpar a calça, em vão, diga-se de passagem. Kellan olhou para nós e piscou o olho sorrindo, afirmando que tinha sido de propósito. Rimos.
Depois de jantarmos e comermos a sobremesa da , mousse de maracujá, fomos até a árvore de Natal, onde estavam os presentes. Depois de todos terem entregado os presentes, eu e não havíamos trocado presentes. E não tinha nenhum embaixo da árvore. Será que ela havia se esquecido de mim?
Ela se levantou do sofá e todos ficaram em silêncio, prestando atenção nela.
- Bom, o meu presente pro Jay não é nada material. Eu admito que me esqueci de comprar e só lembrei ontem, por causa da e do Rob. - Ela sorriu pra eles. - Ontem a noite, quando o Jay estava dormindo, eu fui para a sala e achei uma foto de todos nós reunidos, junto com a família dele. E, bom... - ela foi interrompida pela campainha. Ela sorriu abertamente. Kell se levantou pra atender, mas ela fez sinal para ele sentar. olhou para mim e sorriu.
- Eu espero que você goste.
Ela saiu da sala e foi abrir a porta. Ouvi algumas vozes e vi minha namorada voltando pra sala. Mas ela não estava sozinha.
Três pessoas a acompanhavam. Um menina com uns 14 anos, cabelos castanhos ondulados e olhos verdes. Uma mulher mais velha, com 42 anos, o cabelo era loiro e tinha olhos castanhos. A última pessoa, era um homem de quase 50 anos, cabelos grisálios e olhos verdes. Kelly, Randee e Jack. Minha irmã mais nova, minha mãe e o meu pai. Uma parte da minha família.
Eu olhei abobado para eles, que me olhavam sorrindo. Eu quase nunca os via. Só no ano passado que eles vieram me visitar, tirando isso, eu não falava com eles havia 4 anos. Levantei do sofá e os olhei. Sorri e Kelly correu para me abraçar. Ela chorava. Abracei-lhe apertado, levantando ela do chão. Eu não a via desde que tinha 10 anos. Todos estavam em silêncio, só conseguia ouvir os soluços da Kelly e da minha mãe.
- Eu s-senti s-sua fa-alta. - Kelly soluçava. Eu a coloquei no chão novamente, olhando em seus olhos.
- Eu também senti muito a sua falta. - Beijei sua testa. Ela me deu espaço pra eu ir até os meus pais. Mal cheguei perto e minha mãe já estava me abraçando. Sorri, retribuindo.

/Jay POV


POV

Eu observava a cena com um sorriso nos lábios. Kelly veio ficar do meu lado depois que o Jay foi abraçar a Randee. Kelly olhou pra mim e sorriu.
- Obrigada, - ela disse e me abraçou. Abracei-a de volta. Fiquei observando o dois Monroe se abraçarem desajeitados. Ri.
Tay me cutucou.
- Eu disse que você ia conseguir. - Ele sorriu piscando para mim.
Todos os nossos amigos sorriram para mim, aprovando o presente. Vi Jay se aproximar de mim com algumas lágrimas nos olhos. Uma coisa que eu sempre admirei nele é ele não ter medo de chorar em público.
-, eu não sei como te agradecer. Como você conseguiu isso?
Dei de ombros.
- Bom, eu liguei para eles e perguntei se eles poderiam vir. Pena que as suas outras irmãs estavam trabalhando. - Sorri triste. - Bom, depois eu comprei as passagens, aluguei os quartos no hotel e pronto. Só precisei esperar eles chegarem - falei simplesmente.
Ele balançou a cabeça, desacreditado.
- Por que você fez tudo isso?
- Porque eu te amo - respondi sinceramente, ouvindo um coro de "aaawn" dos nossos amigos. Ele abriu o meu sorriso torto, segurando as minhas mãos.
- Bem, já que estamos todos reunidos agora, não há motivo pra eu não entregar o seu presente. - Ele apertou de leve minhas mãos. - Estamos juntos há seis anos. Vivemos quase todos os nossos dias juntos, brigamos e nos amamos. Parte das pessoas aqui nessa sala esteve junto conosco durante boa parte da nossa história, nos ouviram e nos apoiaram em nossas decisões. Eu agradeço muito a todos vocês, por nos aturarem por tanto tempo. - Jay agradeceu aos nossos amigos, que riram. - Falando sério agora. Você é a pessoa mais especial que eu já conheci. Você torna tudo melhor quando estou me sentindo triste, me diz que sou especial mesmo quando eu sei que não sou. Eu sou tão agradecido por ter te encontrado, eu amo estar perto de você. - Ele citou algumas frases da minha música preferida, 1234 - Plain White T's. -, você mudou a minha vida. Você fez parte da minha história, eu não me vejo mais sem você.
Eu sentia as lágrimas escorrerem pelo meu rosto. Eu não conseguia ver como meus amigos e a família do Jay estavam. Eu só tinha olhos para aquele cara que me fez aprender a amar.
- Então, eu queria te perguntar uma coisa. - Jay continuou, soltando minhas mãos. Ele colocou a mão no bolso da calça. - Porcaria de calça. - Ele reclamou pela dificuldade de tirar o objeto do bolso, nos fazendo rir. Logo, ele tirou uma caixinha de veludo preto. Minhas mãos suavam. Ele se ajoelhou na minha frente e abriu a pequena caixinha, mostrando um lindo anel coberto por pequenos diamantes. - Você aceita ser parte da família Rathbone? Você, , aceita se casar comigo?
Eu sorri abobada. Não conseguia achar minha voz.
- Eu... - respirei fundo. – Sim - eu aceitei. Senti-o colocar o anel no meu dedo anular da mão esquerda. Jay me abraçou e eu senti minhas pernas fraquejarem. Passei meus braços pelo seu pescoço. Ouvi nossos amigos comemorando e um "Finalmente!" vindo do Kellan e do Taylor.
- Eu te amo. Eu te amo. Eu te amo - Jay disse com um sorriso enorme no rosto.
Sorri um sorriso tão grande quanto o dele.
- Eu também te amo. Muito.
Ele juntou nossos lábios, me fazendo sentir a maravilhosa sensação de borboletas no estômago.
Eu havia arranjado o meu príncipe encantado para podermos viver felizes para sempre. Eu não sabia o que poderia acontecer a partir de hoje, mas eu não queria pensar nisso agora. A única coisa que eu queria era aproveitar nosso melhor Natal.

/ POV

Jay POV

Quem diria que esquecer um presente poderia ser tão bom?

/Jay POV


FIM


Nota da autora:

Caramba, eu terminei! Eu adorei escrever essa fic, foi realmente uma pena eu ter que finalizá-la. Foi a minha primeira fic "séria" que eu fiz. E queria agradecer a Camila, que não pode betar a fic, e a Mari, que teve que betar USAHUSAHU.
Eu também queria agradecer as minhas amigas que ficaram me pressionando pra mandar a fic pra elas lerem durante essa semana UHSAUSAUH. Obrigada, Jess, por ser uma amiga incrível e me apoiar sempre que eu preciso. Obrigada, Vivi, por ler e ficar ansiosa a cada parte que eu mandava. E obrigada a Gisele, que me xingou, me bloqueou no msn e fez a maior birra por não ter sido a primeira a ler. Queria agradecer ao Jackson, que mesmo estando a quilômetros de distância, me deu inspiração pra escrever essa fic, eu realmente não seria nada sem ele. Obrigado a Randee e ao Monroe IV que colocaram o Jackson no mundo. Obrigada a equipe do Robert Pattinson Brasil, que me aturaram falando do Jackson até a Ana mandar eu parar USAHUSAHU. Ana, obrigada por me dar a oportunidade de fazer parte do Jackson Rathbone Source, você não faz idéia de como eu fico orgulhosa quando penso que vou fazer parte de um site dedicado ao Jay. E obrigada a você, que leu a fic até o fim e está lendo a minha notinha aqui. Bom, é isso. Espero que tenham gostado!

Nota da beta:

Fer, adorei a sua fic. Consegui betá-la em, sei lá... menos de uma hora! Eu nunca tinha lido uma fic com o Jay, e gostei da experiência, haha :B
Beijoks, e feliz Natal, galera! Xx Mari