The Letter

História por Luna | Revisão por Sarah C.
- Jacob, como você pôde?! - Ele poderia fazer tudo, mas não isso, não agora!
- Eu só queria proteger você, . Entenda o meu lado! - Dei uma risada em meio ao pânico que me possuía. Como ele pôde?
- Me protegendo de quê, Jacob? Dos meus sentimentos? Do que eu sinto? - O olhei desafiadora, percebendo que lágrimas apareciam em meus olhos. Como pude confiar nele?
- Ele... Ele não é bom pra você. - Ele olhou pra mim e seus olhos estavam marejados. Mas não me incomodei com isso, já que ele não se preocupou com os meus sentimentos.
- Não é você quem decide quem é bom ou ruim pra mim. - Sussurrei, passando por ele e arrancando de suas mãos a pequena carta. A carta pela qual desejei receber por tantos anos. A carta que comprovava que estava certa.

Minha bermuda jeans e minha blusa de manga curta não ajudavam muito com o frio de Forks, mas pouco me importava com o frio. Eu estava fazendo a escolha certa?

Jacob era um ótimo amigo e me ajudou quando necessário, mas por suas opiniões fortes, ele acaba prejudicando a si mesmo. Ele podia ser bonito, cabelos e olhos negros agora cortados de uma forma estranha, musculoso e pele castanha avermelhada. Tudo o que uma garota simples e normal iria querer. Quem dera se eu fosse normal.
Por mais que Jacob fosse tudo isso, não era ele que fazia o meu coração bater mais forte, o sangue pulsar em minhas aveias e me fazer ficar envergonhada apenas com um olhar. Eu via Jacob como um irmão, aquele que sempre quis ter, que dá conselhos e ajuda nos piores momentos. Apenas isso. Por mais que Jacob não me visse assim, nunca me preocupei com isso; já que ele sabia seus limites.

Por mais que fizesse muito tempo que se fora, ainda tinha rastros dele em minha vida, ainda tinha memórias incapazes de se apagar. O seu sorriso torto apaixonante ou o seu olhar cor cobre perfeitamente encantador. Seu jeito meigo, mas protetor. Esse era o homem que eu amava, esse foi o homem me fez ver o mundo, que me incentivava a seguir meus sonhos por mais impossíveis que eles fossem, que me via pelo coração e não pela forma física. Ele era diferente, apaixonante.

Ainda me perguntava porquê ele havia olhado pra mim, uma simples garota, não muito bonita e com poucas qualidades. Olhos castanhos de um tom chocolate e cabelos castanhos avermelhados, encaracolados. E, apesar de ter ido para Phoenix quando pequena, tenho a pele meio pálida, um tom marfim, o que certamente não combinava com uma menina de uma cidade ensolarada, nada de especial. Diferente dele, um homem incrivelmente lindo, seus cabelos eram desalinhados cor de bronze, seus olhos de uma cor diferente, um tom ocre atraente. Seu corpo não era muito musculoso, mas era adequado, capaz de atrair várias mulheres aos seus pés.
Eram tantas lembranças, algumas dolorosas e outras que não abriria mão por nada. Não sei como elas ainda estão vivas em meu coração, na minha mente e, por mais que eu tente não pensar nelas, elas acabam voltando à memória como uma assombração. Por mais que eu tentasse tirá-las de minha cabeça, eu não queria esquecê-las. Isso nunca.

- ! - Escutei a voz de Jacob vindo em minha direção. Ouvi o barulho de sua moto rugindo, ele veio de moto.
- Ótimo! - Falei irônica, talvez ele percebesse e voltasse e, claro, por fim, deixasse-me em paz.
- Por favor, me escuta. - Ele falou, virando sua moto com tudo e parando-a em minha frente. Parei de andar e o esperei falar algo de útil. - Me desculpa, eu achei que seria melhor pra você. Eu pensei que você estava esquecendo ele, você poderia me amar. Eu fui um idiota, desculpa? - Olhei pra Jacob querendo o esganar por me fazer um coração mole.
- Ok, Jacob, mas agora a questão é... Eu vou atrás daquele que amo. Você querendo... Ou não. - Ele me olhou com cara de piedade, parecendo que iria se ajoelhar naquele momento.
- Eu sei... Por isso não vim para lhe impedir, apenas para me desculpar. - Olhei para Jacob e corri ao seu encontro, o abracei fortemente; por mais que ele tenha feito aquilo eu ainda o amava com um irmão e não era por aquilo que eu deixaria de amá-lo. Murmurei um “obrigada” para ele, sorrindo um pouco e por fim me afastando, voltando a caminhar em direção à minha picape.

Não olhei para trás enquanto caminhava, muito pelo contrário, apenas segui em frente, eu tinha um objetivo. E iria cumpri-lo.

O céu estava escuro e, pelo visto, iria chover a qualquer momento. Isso me deixou meio desapontada, já que, por causa da chuva, não daria para viajar hoje. Mas amanhã não iria passar.

Cheguei em casa e logo estacionei a picape, desci. A chuva tinha começado a cair e estava aumentando, corri até a varanda, não querendo me molhar muito.

Peguei a chave debaixo do tapete e logo me espantei ao notar a porta encostada. Olhei meio assustada, mas a abri lentamente. Coloquei a cabeça para dentro da porta, olhando atentamente em cada canto do cômodo, percebi que nada estava fora do lugar. Será que eu havia esquecido de trancar? Entrei em casa, fechando a porta e procurando o interruptor para ligar a luz.

- AHHHHHHH! - Eu e a não-ser humano gritamos juntas; ela por felicidade e eu por medo. Mas, quando percebi quem era, uma alegria se apoderou de meu corpo e não me agüentei. A Abracei.
- Que saudade, , meu Deus! Parecem anos! - Disse, olhando-a e fazendo-a dar uma risada angelical. Uma pergunta veio à minha mente em meio a tudo isso. – Alice, o que faz aqui? - Ela sorriu pra mim e sentou no sofá, entendi o seu gesto e me sentei ao seu lado, enquanto esperava a resposta.
- Eu vi o que você vai fazer, . - Eu apenas a olhei e sorri meio que “HAHAHA, eu? Que nada!” Mas não funcionou. - Eu achei que você precisaria de ajuda, já que não sabe onde está. - Por essa eu não esperava! Sorri quase a agradecendo de joelhos. - Eu sei onde ele está! - Jura!?
- Ai, , obrigada mesmo! Nossa... Onde ele está? - Eu a olhei, ela apenas levantou a mão com um sinal de espera e fechou os olhos. Ela voltou a abri-los e sorriu docemente. - Acho que na carta diz tudo. - Eu a olhei sem entender, mas depois compreendi. Ela sorriu murmurando um “já volto”, certamente queria me deixar sozinha.

Retirei a carta do meu bolso e olhei o envelope, eu ainda não tinha lido, mas reconheceria sua letra de longe. Por isso a raiva que senti do Jake ficou pior naquele momento, ele tinha escondido de mim algo que desejei por todo esse tempo. Retirei o pequeno fitilho vermelho sangue, abrindo-a, reconhecendo a perfeita letra.

Minha ,

Você deve estar me odiando nesse momento, quem não odiaria... Mas quero que saiba que tudo o que fiz, e tudo que ainda faço, é por você. Eu te amo bem mais que tudo, ainda sinto o seu cheiro e pequenas lembranças em cada canto que vou. Por mais que isso doa demais em mim, é o correto, pois sua felicidade é mil vezes mais importante do que a minha. Você deve ainda estar tentando entender o motivo disso tudo, mas a verdade é que nem eu sei exatamente. Apenas não queria que sofresse e que vivesse sua vida sem interferência minha e de meu mundo. Você é e sempre será a minha vida... A minha . Eu sei que um dia você estará feliz, casada e com filhos, mas jamais o que eu sinto por você irá mudar. Talvez eu até possa aparecer e olhar um pouco pela janela, observando de longe a alegria e a família que tanto queria ter. Essa é a minha escolha e te peço apenas que não se esqueça de mim, que sempre saiba que pra sempre te amarei. E que, por mais que Vancouver seja linda, ela seria perfeita com você. Eu te amo sempre.

Com todo o amor,


A carta agora estava molhada por causa das lágrimas que caiam indiscutivelmente de meu rosto, toda a dor que sentia e que senti nesses últimos meses voltaram como um baque em meu peito. A lembrança de quando ele me deixara, a tristeza que senti, as mágoas que suas palavras haviam me provocado... A forma fria e rude que seu rosto continha quando disse as últimas palavras, aquelas que cravaram em meu peito. “Eu não quero que vá comigo.”, “Eu nunca te amei, , desculpe fazê-la pensar assim.”

Meu coração não queria acreditar, mas era tão real, tão doloroso. Só agora eu vejo; ele havia feito isso para me proteger, o seu instinto de proteção... Por que não pensei antes? Meu coração deu uma falhada ao tentar me imaginar com outro ao não ser ele. Pois todo o meu corpo, todo o meu ser, pedia por ele, necessitava dele. E agora, mais do que nunca, percebo que devo ir atrás dele. Olhei novamente a minha carta e descobri onde ele estava, era pra lá que eu iria.

Senti uma pele gelada encostada na minha e percebi que Alice estava ao meu lado, lendo a carta. Ouvi soluços vindos de sua parte e soube que se Alice pudesse chorar, ela estaria fazendo isso agora.

- Vamos atrás dele! - Alice disse, de repente, animada. Entregou-me a carta e me puxou para frente. - É essa sua escolha? - Ela me olhou, esperando uma resposta. E eu sabia o que ela queria dizer.
- Sempre. - Ela sorriu e saímos juntas, era o certo a ser feito.
- Vai demorar? - Murmurei novamente enquanto chegávamos ao aeroporto de Port Angeles.
- Muito! - Ela sorriu e estacionou o carro na vaga do aeroporto. Saímos do carro feito loucas enquanto empurrávamos todos a nossa frente. Uma longa e chata viajem, essa seria.

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- Vai demorar? - Já estávamos quase um dia dentro daquele avião, era como quanto mais eu pedia para ser rápido, mais demorava. E isso me dava ÓDIO, muito ÓDIO.
- NÃO, ! – Nossa, ela deu ênfase no NÃO. - Você parece uma criança. - Eu ri de sua cara, mas não queria deixá-la nervosa, afinal, é uma vampira contra uma mera humana. Eu perderia.

- CHEGAMOS! Aleluia... - Eu comemorava enquanto via a cara lavada de Alice dizendo que ela não me conhecia. Mentirosa.
- Olha, sabemos que ele tá aqui, mas aonde? - Alice sorriu cínica pra mim e eu a olhei apavorada. Isso não daria certo.
- Venha comigo. – Ok, né, ninguém fala nada pra mim mesmo! Olhei para o local de onde saiam as pressas e pude notar pessoas nos olhando com expressões raivosas, outras orgulhosas e outras jogando xingamento numa língua que eu nem sei falar “Olá”.
- Alice... - Logo que saímos do aeroporto a pequena me pegou no colo, correndo feito louca. Forte, ela. – Ah!!! - Gritei e percebi ela rindo. Chata.
- Prontinho! - Ela sorriu, colocando-me com delicadeza no chão. Agradeci cinicamente, fazendo-a rir feito um urso. Não, peraí! Essa risada não era dela... Era do ! Me senti sendo esmagada e soube que estava a levar um “abraço de urso”.
- ! - Eu o olhei meio que com medo, mas com felicidade de ver aquela criança-adulta ali. Nossa, como adorava o .
- O que faz aqui, ? - Ele me olhou meio ofendido, mas logo se manifestou.
- Ajudá-la na missão!
- Que mi... Ah! Entendi! Hum... Você não me contou sobre o , Alice. - Ela me olhou com cara de cachorrinha pidona, não sei o porquê. Eu apenas sorri.
- Olha, eu sei onde está, mas eu também sei que ele iria fugir ao saber que está aqui... - Eu concordei com ela, disse que sumiria. Ele queria me ver feliz... Mas como, sem ele? - Então a minha idéia é a aparecer do nada, no mesmo apartamento dele. Ele não pode ler os pensamentos de , será fácil! - Eu a olhei meio pensativa.
- Mas os de vocês ele pode. - Disse preocupada, leria o plano e fugiria. Meu coração apertou com essa possibilidade.
- Ele não saberá, pois nós não pensaremos nisso. A encontraremos dentro do quarto dele, você estará como arrumadeira. Será mais fácil entrar assim. - Concordei enquanto Alice me jogava uma roupa de empregada. A olhei amedrontada, ainda me perguntando de onde ela havia tirado aquilo.
- Vamos, temos muita coisa a fazer. Bote essa roupa por cima desta. Ande, ! - A olhei de novo com cara feia, enquanto colocava o vestido e, depois dele já colocado, retirava a bermuda. Odeio vestido. Ainda bem que a blusa não precisei tirar, pois era de manga curta.
- Ótimo. - Ela mexeu no meu cabelo, fazendo um coque mal feito e me olhando de longe. - Usando vestido, de coque, ta diferente mas continua a .. - Sorri com isso, era bom saber que ainda continuava eu mesma.
- Venha. Que comece a missão! - Olhei para , que gargalhava feito louco, e olhei para Alice, que parecia uma doente. Aonde eu fui me meter.

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Entrei no hotel normalmente, como se nada tivesse acontecido. Alice havia me dado um carrinho de faxineiro e um crachá super estranho com o nome de Angelina Pereira.

Caminhei em direção aos quartos à procura do quarto 203 que era o de . Alice e já deviam estar à minha espera. Então seria fácil.

Caminhei mais um pouco até encontrar o quarto. Sorri vitoriosa e passei o cartão. Iupi! Alice logo se virou e sorriu pra mim, enquanto via gargalhar mais uma vez! Nossa.

- Ok, eu tô aqui, então, por favor, me deixa tirar esse vestido? - Alice me olhou e apenas mexeu a cabeça em um sinal de sim. Corri até o banheiro, retirei o vestido e tirei de debaixo do carrinho minha mochila, onde estava minha bermuda. Saí do banheiro orgulhosa, respirando o cheiro de .
- Se escondam, ele tá vindo! - Aí a alegria acabou. Olhei para os lados a procura de um lugar bom para que eu pudesse me esconder e escolhi o banheiro. Mas antes de andar em sua direção, olhei para , que estava jogado na cama com um travesseiro na cabeça. Ai meu Deus.
- ! Levanta daí, sua lesma! Venha, se esconda no armário. - O puxei, não adiantando nada e o obrigando a entrar no armário. E foi o que ele fez. - Fica quietinho aí. - Escutei um baque vindo de lá de dentro e ri alto. Esse ...
- Anda, . Ele tá vindo! - Ouvi a voz de Alice em algum lugar, apenas sorri e me escondi dentro do box do banheiro, tentando ao máximo não respirar. Impossível.

Ouvi a porta do quarto ser aberta e um risinho do vindo do armário. Merda, se eu ouvi certamente ele ouviu! Ainda bem que o não sabia onde eu estava escondida.

- ! - Escutei a voz de e meu coração falhou, era como eu pudesse esta perto dele e não poder tocá-lo, eu sentia sua voz suave e seu cheiro delicioso, mas não podia nem ao menos segurar sua mão. Uma lágrima de saudade escapou de meus olhos, preocupando-me um pouco, poderia me dedurar. Ou até mesmo pensar sem maldade. Ele iria embora de novo. Isso me atingiu em cheio novamente e, de novo, não consegui reprimir as lágrimas.

- Alice? - Ele disse confuso. - Alice! - Ele agora estava nervoso, se ele descobriu a autora, imagina eu? Limpei as lágrimas, até que tive uma idéia.
- O que está acontecendo ali no banheiro? - Senti passos de em direção ao banheiro, respirei fundo. Daria certo.
- N-Nada, ! - Alice gritou, mas não conseguiu impedir, ele abriu a porta com tudo. Senti seu olhar confuso em mim.
- O que faz aqui? - Ele perguntou confuso, como se esperasse algo.
- Limpando o banheiro, senhor. - Falei com a voz mais estranha possível.
- Surpresa! - e Alice falaram, eu tive que me controlar para não rir.
- Pode sair. - Concordei com a cabeça e me virei, olhando pra baixo, passei por ele sentindo meu coração bater mais forte e lágrimas caírem de meu rosto. Ele estava tão perto. Não levantei o rosto para Alice nem para , ele veria em suas mentes. Peguei o carrinho da faxineira e comecei a andar em direção a porta...

- O que é isso? - Ele falou indignado, eu apenas olhei para baixo do carrinho e lembrei que tinha me esquecido de algo. Minha mochila. - É da ! Eu reconheceria. - Sorri, olhando pra baixo, ele não havia me esquecido. Caminhei devagar tentando não ser pega. – Você, pare! - Parei na hora. A única coisa que tinha dizer... Ferrou!

Senti o olhar de Alice em mim, bisbilhotei para ver e percebi que ela observava uma mecha do meu cabelo saindo da toca. Quase me matei por isso, se eu tivesse um pingo de sorte, ele, talvez, não teria percebido... Mexi um pouco na toca tentando esconder o cabelo, mas fui surpreendida por uma mão gelada tocando-a. Meu coração parou em uma batida, desejando descaradamente poder acabar com o plano idiota de Alice e me virar para ver .

- ? - Sua voz saiu trêmula, parecendo como se quisesse chorar naquele momento, me senti feliz e ao mesmo tempo triste; era estranho como um jato de diferentes emoções se apoderou de meu corpo naquele momento, eu me sentia viva. A tristeza que sentia há meses não existia, agora era alegria. Mas o que adiantaria eu me virar naquele momento e depois não estar viva para contar a história? Alice me mataria.

- Não... - Respondi num fio de voz, tentando ao máximo sair dali, mas no mesmo instante senti um vulto passar por mim, virando-me para o lado oposto. E foi aí que pude ver o que eu não via há meses, o que desejava. Era ele, apenas ele! O motivo pelo qual estou aqui, o motivo por ter aceitado participar do plano idiota da Alice. Foi por ele! Sempre foi por ele.

- ... - Antes que eu e pudéssemos falar algo, o abracei fortemente, como que se morrêssemos naquele momento, nada mais importaria, eu estava com ele, isso sim era importante. Senti o desespero em seu abraço, a saudade, o amor.
- UHUL, MISSÃO CUMPRIDA! HAHAHA, OLHA LÁ O DOIS, QUE EMOÇÃO! - gritou, fazendo se afastar um pouco de mim, mas ainda continuando com seus braços a minha volta.
- Cala boca, seu idiota! - Alice falou num tom de voz normal.
- Que nada, anã de jardim! Tem que comemorar. E adivinha, o nem sabe que fizemos a sair de Forks, ficar um dia inteiro em um vôo, se vestir de empregada e se esconder no banheiro. Já pensou? Ele nos matava! - Ele sorriu aliviado.
- ! - Gritei com Alice, olhei para cara de que, sinceramente, me deu um pouco de medo. , percebendo o que fez logo nos olhou com uma cara meio de cachorro com medo de ser morto por um vampiro morrendo de raiva.
não ligou muito para mim e Alice, apenas avançou no com tudo.
- AH!!! - gritou com uma voz meio estranha, o que fez o olhar. - Seu monstro! - levantou enquanto Alice vinha pro meu lado.
- Eu sempre duvidei que fosse frutinha. - Alice disse, fazendo eu e rir, apenas olhou confuso.
- Eu sou fruta de quê? - Minha nossa! Só o Em mesmo.
Percebi os olhos de focados na parede, achei estranho isso e logo me aproximei.
- Tudo bem? - Perguntei, um pouco com medo de seus pensamentos, ele poderia muito bem ter repensado e talvez ter decidido me deixar de novo. Eu não sabia se sobreviveria a outra partida.
- Por que está aqui? - Ele perguntou com a voz fina, meio trêmula e objetiva.

Retirei a toca da cabeça, deixando cair meus cabelos castanhos sobre o ombro. Essa pergunta me surpreendeu, deixou-me abatida e magoada, ele não me queria ali? Eu tinha tantas coisas a dizer. Mas resolvi agir que nem ele. Clara e objetiva.

- Por que eu não sabia se poderia viver mais sem você. - Disse num sussurro, provocando as lágrimas rolarem por meus olhos. Limpei-as esperando sua resposta.
- Você viveu esse tempo todo sem mim e está bem. - Ele disse ríspido, e senti meu coração se quebrar em mil pedaços naquele momento. A tristeza me possuía, a esperança de que tudo desse certo estava sumindo. Um sentimento ruim de apoderou de mim.
- Vivi bem sem você? Como você pode achar isso? Eu entrei em depressão, ! Eu não queria ir à escola, eu não saia com os meus amigos. Eu fiquei doente! Sempre esperando uma explicação lógica para sua partida, sempre tendo um mínimo de esperança que você voltasse. Jacob escondeu a carta que você me mandou! E eu quase o matei por isso. Mas sabe o porquê? Por que eu te amo! Porque a única razão pela qual minha vida faz sentido é você! - Ele me olhou indefeso, como se a máscara de raiva, de ódio, estivesse caindo naquele momento. Agora existia um arrependido, um sofredor. Olhei para ele com a visão meio turva por causa das lágrimas que rolavam pelo meu rosto.
- Eu fiz isso por que te amo, eu queria que vivesse sem interferência minha. E-Eu pensei... - Eu sabia que ele havia feito aquilo por bons motivos. Mas ele não pensa nos meus?
- Você não pensou que deve ser EU a escolher o que é melhor pra mim? A minha escolha é você, , sempre foi. - Olhei dentro de seus olhos cor cobre, ele poderia não me amar como antes, me expulsar de seu quarto. Mas ele não iria mudar o fato de eu amá-lo. Nunca. Ele olhou pra mim e vi um sorriso brotando em seus lábios.
- Como pode amar um mostro como eu? - Ele me olhou sorrindo, eu apenas sorri em resposta. Pois o amor não tem hora e nem dia para acontecer, não mandamos no coração. A pessoa a minha frente pode não ser a mais perfeita do mundo, o que certamente é mais uma prova de fogo em nossas vidas. Eu sabia que nem a distância e nem o tempo apagariam o que sentia por , pois o amor que sentia era puro, era real.
- Eu não vejo você como um mostro, ! Vejo você como Masen Cullen, o homem pelo qual me apaixonei e pelo qual vim até aqui hoje dizer apenas algumas palavras... Eu te amo. - Ele me olhou apaixonadamente e percebi em seus olhos o amor que via nos meus.
- É como as estrelas, , você não pode tocá-las, mas pode admirá-las noite adentro. Você é a minha estrela, aquela que ilumina o céu e faz tudo que nele existe, valer a pena. Esse tempo todo a minha vida ficou uma escuridão, pelo fato de não poder apenas olhar em seu sorriso ou em seus olhos e ver que ficaria tudo bem e que você acredita em mim. Eu te amo, minha estrela guia. Minha vida. - Ele se aproximou de mim e me beijou nos lábios apaixonadamente. Não existia palavras para aquilo. Não me sentia . Eu me sentia , AQUELA QUE NÃO DESISTIU DAQUELE QUE AMA. SEGUIU EM FRENTE.

O amor é assim, a gente aprende com ele, às vezes da melhor ou da pior forma, sofremos, choramos e chegamos até a entrar em depressão. Quem nunca passou por isso? A dor que se apodera de seu peito, sempre estará presente, a fraqueza sempre aparecera quando precisamos da nossa força. Não podemos mudar o rumo que o mundo gira, não podemos alterar os sentimentos. Quem dera se pudéssemos. Mas quem já passou por isso sabe que a lição mais dolorosa é a mais importante.

By: Luna (Luana)


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N/a: Aí está!
Beijo, Luh