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Finalizada em: 10/09/2022
Music Video: Streets — Doja Cat

Parte I

Não me surpreendi nem um pouco quando cheguei ao departamento de homicídios da Scotland Yard e encontrei o pessoal todo em volta da mesa de Samuel Berkowitz. Aquele tipo de cena era comum até demais e nosso chefe nem se importava com aquilo, desde que não atrapalhasse nosso trabalho.
Samuel era um cara divertido e sempre pra cima, não tinha como não rir com ele por perto, mas quando se tratava de resolver qualquer caso, o agente realmente levava a sério e eu o admirava por aquilo. Também admirava o quanto ele conseguia fazer eu me soltar mais quando estava por perto.
, chega aqui! — Sam sorriu na minha direção e fez sinal para que eu me aproximasse, o que atraiu a atenção dos irmãos Sanders.
— Fala aí, Berkowitz. — Parei ao lado dele, dando um tapinha em seus ombros e sorrindo. — Vocês estão com cara de que vão aprontar alguma coisa — observei, notando aquilo nas feições de cada um deles.
Kalina soltou uma risadinha baixa.
— Ninguém esconde nada de você mesmo, . — O tom de voz dela era um tanto sugestivo e eu pisquei em sua direção.
— Eu sou um bom detetive, só isso.
— Ui, cuidado. Desse jeito eu vou me apaixonar por você — Sam brincou, me fazendo negar com a cabeça enquanto ria.
Berkowitz sempre fazia aquele tipo de brincadeira. E muitas vezes eu cheguei a questionar internamente se tinha alguma verdade naquilo.
Suspeitava que sim e não dispensava. Eu tinha uma regra pessoal de não me envolver com nenhum colega de trabalho, mas por ele até abriria uma exceção.
O pensamento me fez rir ainda mais.
— Talvez essa seja a intenção, Berkowitz — devolvi, o que o fez me lançar um sorriso malicioso.
— Vão para um quarto! Isso aqui ainda é um departamento de homicídios — Trevor resmungou e eu desviei meu olhar para ele, achando graça de sua expressão emburrada.
— Não fique com ciúmes. Eu ainda quero sair contigo, Trevor. — Samuel piscou para ele, que revirou os olhos.
— Não vou nem te responder.
— Continua insistindo, Sam. Uma hora ele aceita, tenho certeza disso — Kalina instigou, fazendo o irmão a fuzilar com o olhar.
— Mas, vem cá, vocês não vão escapar tão fácil assim, não. O que estão aprontando? — tornei a perguntar, abrindo um sorriso esperto.
Ninguém me dobrava com conversa fiada.
— Você sabia que o Samuel já namorou uma cafetina? — Kali me olhou sugestiva e arqueei uma sobrancelha.
— Claro que sei. Mas não era um namoro, era? — Olhei dela para Sam, que negou com a cabeça.
— Não. Eu não namoro. Foi só um rolo. — Deu de ombros.
— Rolo ou namoro, esse não é o ponto — Trevor se pronunciou, atraindo a atenção de todos. — Ela abriu uma boate aqui em Londres.
Aquilo foi o suficiente para que eu entendesse o que eles pretendiam.
— E vocês querem ir visitar essa boate — adivinhei, vendo os irmãos Sanders sorrirem no mesmo instante.
— Adoro que você sempre pega as coisas no ar, . — Kalina passou a língua pelos lábios. — O que nos diz?
Mais uma vez, olhei para Berkowitz, tentando decifrar sua expressão. Ao menor sinal de desconforto, eu negaria aquela ideia, mas ele parecia tranquilo até demais.
Outra coisa que admirava nele.
— Isso vai ser no mínimo interessante. — O sorriso que se formou deixava clara a minha concordância.
— Vocês estão fazendo tanto fogo. Gosto. — Sam riu, nos encarando com malícia.
— Eu estou doida pra conhecer essa cafetina, não vou negar — Kali comentou e eu não negava que também estava.
— Não acho que ela vai estar lá. Pelo que sei, Viola ainda mora em Bristol. — Berkowitz deu de ombros.
— Hmmm, Viola, é? Você nunca me disse o nome dela — provoquei e Sam negou com a cabeça mais uma vez.
— E que diferença faz vocês saberem? — Deu risada.
— A diferença, Sam, é que nós queremos ver como ela é, e tendo o primeiro nome dela e o nome do lugar… — Trevor respondeu exatamente o que cada um de nós estava pensando.
— Vocês são todos fofoqueiros. Depois ficam falando de mim! — Berkowitz riu ainda mais. — Tá bom. Vamos à Madam Simmons então.
— Uh, gostei do nome — aprovei, erguendo as duas sobrancelhas sugestivamente.
— É porque você não sabe do resto. — Kalina me olhou com uma cara de quem estava doida para contar.


👠🔥


Nós combinamos de nos encontrarmos na frente da boate. Os Sanders chegariam juntos e eu passei para buscar Berkowitz em seu prédio.
Ele não parecia nervoso nem nada do tipo durante o trajeto, o que provavelmente reforçava o que Sam havia falado sobre o lance com a dona da boate ser apenas aquilo, um lance. No entanto, eu já tinha percebido que meu amigo, por mais extrovertido que fosse, não costumava falar tanto sobre seu passado.
— Sam, tá tudo certo mesmo? — soltei a pergunta de repente, sem conseguir me conter.
— Como assim? — Senti seu olhar em mim e desviei rapidamente da direção para erguer uma sobrancelha para ele.
— Sobre irmos a esse lugar. Você falou sobre ter um rolo com Viola, mas algo me diz que era mais do que isso. — Resolvi falar de uma vez o que estava pensando.
Samuel permaneceu me encarando por alguns segundos, então fez uma careta.
— Eu era doido por ela, , mas não era pra ser e tá tudo certo. — Sorriu minimamente.
Puta merda. Se eu soubesse daquilo, não teria aceitado nada.
— E como vai ser se ela estiver lá? — Aquela era a pergunta que não queria calar.
— Vai ser normal, cara. Isso foi há anos e não é como se eu e ela tivéssemos brigado.
Olhei para ele novamente, notando que estava mesmo sendo sincero.
— Tá certo. Mas se algo te deixar desconfortável, a gente vai embora. — Fui firme em minhas palavras e Sam sorriu de canto.
— Valeu, . Não vamos precisar disso. A menos que você queira ir lá pra minha casa.
E, num piscar de olhos, Samuel Berkowitz estava de volta.
— Como é que eu recuso um convite desses? — devolvi, com um sorriso malicioso e provavelmente nós teríamos continuado com aquilo se não tivéssemos chegado à Madam Simmons.
Procurei um lugar para estacionar e quando chegamos à entrada da boate, os Sanders já estavam nos esperando na fila.
— Achei que os dois tinham parado pra se agarrar no caminho — Trevor insinuou, assim que nos aproximamos.
— Nós paramos. — Sam piscou para ele e depois me encarou sugestivo. Retribuí, entrando no jogo.
— Ah, poxa. Eu ia adorar assistir isso! Dois gostosos se pegando. — Kalina fez um biquinho e eu neguei com a cabeça. Ninguém ali valia nada.
— Da próxima vez, a gente te chama. Pode até participar, se quiser. — Berkowitz a encarou de cima a baixo.
— Eu posso, é? — Kali passou seu olhar por ele e por mim.
— Com certeza, pode. — Passei a língua pelos lábios.
Não vou negar que aquela ideia era bem interessante.
— Ei, parem com essa palhaçada! — Trevor resmungou, como era previsto, e todos nós caímos na risada.
— Vamos entrar logo. — Indiquei a porta, porque já não tinha mais ninguém na nossa frente.
Por dentro, a boate era muito maior, embora eu não tenha reparado tanto nisso quando estávamos aguardando na fila. As luzes variavam em tons quentes, que davam um ar de sensualidade ao ambiente, em complemento à música que tocava e silhuetas se movendo nas paredes.
Havia um espaço com mesas e outro com sofás e este último era mais próximo do palco, onde uma dançarina deslizava em um pole dance. Sua lingerie era tão pequena que mal a cobria e não nego que fiquei por alguns segundos só acompanhando sua dança.
Desviei o olhar quando ouvi Sam chamar por mim e quando ele indicou as paredes em volta do local, reparei melhor nelas, então me lembrei do que Kalina havia contado sobre o diferencial da Madam Simmons.
Nada daquilo era projeção. Cada uma daquelas silhuetas pertencia a uma mulher e caso algum cliente se interessasse por uma delas, poderia pagar para encontrá-la pessoalmente.
As coisas que poderiam fazer nesse encontro dependiam de quanto estaria disposto a investir.
— Caramba, isso é delicioso de assistir. — Foi Kali quem se pronunciou, enquanto seus olhos passeavam, sem focarem alguém em particular.
— Essa ideia de não saber quem está lá atrás é genial. Atiça demais a curiosidade. — Me admirei por Trevor estar elogiando e não reclamando da quantidade de pessoas lá dentro. Na verdade, eu já estava bem surpreso por termos sua companhia naquela noite. Ele não era do tipo que gostava de tantas interações sociais.
— Não só a curiosidade, se é que me entende. — Troquei um olhar sugestivo com Sam ao ouvi-lo dizer aquilo.
— Vocês dois não valem nada! — Kalina negou com a cabeça, sem desviar o olhar das mulheres.
— Muito menos você, Sanders. — Dei risada e todos me acompanharam.
— Ali tem uma mesa livre. Ou vocês preferem ficar mais perto do palco? — Berkowitz questionou, apontando a mesa a alguns metros de nós.
— Não, vamos ficar por aqui mesmo. — Vi que os Sanders concordaram com a minha resposta, então logo estávamos acomodados em uma mesa e pedimos bebidas.
Enquanto tomava uma dose de Jack Daniels, voltei minha atenção mais uma vez para o palco, onde a mesma dançarina tinha abandonado o pole dance e agora dançava em uma cadeira.
— Caramba, ela dança bem demais. — Escutei Samuel comentar e apenas assenti em concordância.
— E aí, Sam, sua crush tá por aqui? — Kalina perguntou, atraindo a atenção dele.
— Você tá bem interessada em saber, né, Kali? — insinuei, ouvindo Trevor bufar e Berkowitz soltar uma risadinha.
— Ciúmes, ? — Foi a minha vez de rir.
— Se estiver, sabe que é só me falar e a gente resolve. Isso vale para os dois. — Samuel olhou para Kalina e depois para mim, me fazendo negar com a cabeça. — E não, ainda não vi a Viola por aqui. Falei que ela deve ter ficado em Bristol. — Deu de ombros.
— Ah, poxa. — Kali fez um bico e palmas atraíram minha atenção mais uma vez para o palco. A apresentação da dançarina havia acabado e logo ela se retirava de lá.
A música mudou e pareceu ficar um pouco mais alta, as luzes do palco diminuíram e então as que iluminavam as paredes aumentaram, fazendo com que cada pessoa ali presente encarasse as silhuetas.
Era difícil focar o olhar em uma só. Cada uma era única e se movia com sensualidade, num ritmo perfeito.
Aquele era um espetáculo e tanto. Se me perguntassem, eu até preferia aquilo à apresentação anterior. Talvez porque a curiosidade fazia eu me sentir mais vivo.
Levei o copo de uísque aos lábios, tomando os últimos goles da bebida. E foi em meio ao gesto de colocar o objeto de volta à mesa que algo puxou meu olhar para um local específico.
Ou, na verdade, uma pessoa específica.
Cada uma das silhuetas dançava com uma cor no fundo. E o dela era um tom de rosa bem vivo.
Alguma coisa na forma como dançava me fez não conseguir desviar. Não havia nenhuma outra que se encaixasse tanto com a música.
Suas curvas tinham um desenho perfeito e seus cabelos caíam feito cascatas. O jeito que rebolava era alucinante, eu poderia ficar horas apenas admirando aquilo.
Por mais curioso que eu fosse, não imaginava que desejaria tanto ver o rosto de alguma daquelas dançarinas, mas de repente senti que precisava vê-la. Precisava constatar que seus cabelos eram como eu imaginava, a queria dançando tão perto de mim que poderia tocá-la.
Caralho, eu desejava tocá-la também.
Perdi a noção do tempo e fiquei a assistindo sem desviar o olhar, ainda com a mão segurando o copo em cima da mesa. Percebi quando as músicas trocavam e mesmo quando o palco voltou a se iluminar, não atraiu mais o meu interesse.
?
Escutei me chamarem, mas não dei bola. Nada conseguiria tirar o meu foco dela.
Então uma mão apareceu na frente do meu rosto e eu pisquei os olhos, tentando desviar, sem sucesso.
— Que foi, porra? — Virei para Berkowitz, vendo o sorriso malicioso estampado em seus lábios.
— Você não precisa ficar só secando, sugar daddy. Sabe disso.
Eu tinha vontade de dar uns tapas em Sam quando me chamava daquilo. Ele era um tremendo palhaço, mas tinha colocado um ponto importante.
— Não sei. — Mesmo assim, hesitei.
— Qual é, ? Qual é o problema? — Kali se meteu na conversa, apoiando uma mão no ombro de Sam e se inclinando para que eu a ouvisse melhor.
Ergui uma sobrancelha para aquele gesto, mas não comentei nada. Aqueles dois não me enganavam.
Não sei bem o motivo, mas meu olhar seguiu até Trevor, que deu de ombros.
— Eu também não vejo problema nenhum nisso.
— Vocês piraram. — Soltei uma risada, passando a mão por meus cabelos e desviando o olhar mais uma vez para ela.
— O pirado vai ser você se não for — Sam retrucou, como se fosse óbvio.
— Olha, não sou de concordar com o Berkowitz, mas nessa ele tá certo — Trevor tornou a se pronunciar e de fato fiquei surpreso com seu comentário.
— Você me ama, Trev. Eu sei disso. — Piscou para o Sanders, que revirou os olhos.
— Vai logo, . Ou eu vou no seu lugar. — Kalina passou a língua pelos lábios e eu realmente não duvidava de suas palavas. Sinceramente, não dava para duvidar de nada vindo dela.
Neguei com a cabeça, pegando o copo de cima da mesa e me levantando em seguida.
— Esse é o sugar daddy que eu conheço — Sam incentivou e eu apenas ri antes de me afastar dali.


👠🔥


Dizer que eu estava nervoso era muito pouco. A ideia de que a qualquer momento eu a veria completamente fazia meu corpo tremer e não nego que aquela curiosidade toda era um tanto excitante, como se eu estivesse vendado durante todo aquele tempo e de repente ela arrancasse o que tapava meus olhos.
Ótimo, agora eu já estava fantasiando em ser vendado por ela.
É, o pirado ali era eu mesmo. Como podia estar daquele jeito com uma mulher que nem conhecia?
Se eu tivesse bebido mais do que duas doses de uísque, diria que estava bêbado, mas não tinha essa desculpa.
Me ajeitei mais uma vez no sofá, relaxando e espantando aquele nervosismo que não combinava nada comigo. Eu havia chegado até ali e ia aproveitar aquilo ao máximo.
Pedi que me servissem mais Jack Daniels e senti vontade de fumar um cigarro, puxando um da carteira e o acendendo para depois tragar lentamente e apreciar o efeito da nicotina.
Aquilo me fez relaxar de fato e de repente eu quis rir de mim mesmo por ter ficado tão nervoso. De fato, não estava agindo como eu mesmo.
Talvez devesse sair dali enquanto havia tempo. Aquela mulher estava me enlouquecendo sem ao menos tê-la visto.
No entanto, qualquer plano de fuga que eu tivesse, de repente foi por água abaixo quando a porta da sala onde estava se abriu.
Me remexi um pouco no sofá, apagando o cigarro para depois voltar à postura relaxada, inclinando minha cabeça para encarar a mulher que acabava de entrar.
Ela era ainda mais bela do que eu imaginava. Seus cabelos caíam em cascatas por suas costas, exatamente como havia visto antes e por mais que usasse apenas um bustiê e uma calcinha minúscula, meus olhos se fixaram em seu rosto, mais especificamente no olhar que ela me lançava.
A mulher me encarou de cima a baixo e percebi que mordeu o lábio discretamente, aprovando a visão.
? — Sua pergunta ecoou em um tom sedutor e eu adorei ouvir meu nome daquela forma.
— O próprio. — Abri um sorriso de canto, vendo-a retribuir de imediato, vindo em minha direção logo em seguida. — E o seu nome, qual é?
Provavelmente ela mentiria para preservar sua identidade, mas até aquilo já seria o suficiente, certo?
— Pode me chamar de . — Seu sorriso se ampliou e ela parou no meio do caminho totalmente de propósito.
Mais uma vez, mordeu seu lábio inferior, então começou a balançar o quadril de um lado para o outro, rebolando no ritmo da música que tocava sem desviar seus olhos de mim.
Acabei passando a língua pelos lábios, completamente hipnotizado por ela, exatamente como havia acontecido antes.
Levei o copo de uísque até a boca, bebendo e apertando o objeto em meus dedos quando as mãos da mulher deslizaram pela lateral de seu corpo, subindo em direção aos seios, se encaminhando até o vão entre eles, então seus dedos acariciaram seu pescoço e voltaram a descer.
Suspirei baixo quando vi a mão de descer por sua barriga, percorrendo um caminho perigoso até a calcinha. Ela enroscou os dedos no elástico do lado direito e o puxou, soltando-o em seguida e o fazendo estalar contra sua pele de um jeito delicioso de assistir.
Desejei eu mesmo fazer aquilo com ela, mas não puxaria o elástico com os dedos e sim com meus dentes.
Aquele pensamento fez minha boca até salivar e coloquei o copo novamente na mesinha ao lado, enquanto minha outra mão, que repousava em minha coxa, a apertou de leve, numa tentativa de controlar a excitação que já tomava conta de meu corpo.
desviou o seu olhar até a minha coxa, percebendo o que eu fazia e pareceu se divertir com aquilo, porque outro sorriso se abriu em sua boca.
Ela então voltou a subir as mãos até seu pescoço, levando-as até a nuca e erguendo seus cabelos enquanto rebolava, expondo aquela região que estava pedindo para ser beijada.
Dois passos a aproximaram ainda mais de mim. Se eu me inclinasse um pouco, conseguiria tocá-la, porém ainda não o fiz, continuei assistindo cada um de seus movimentos.
A mulher então deixou uma expressão travessa tomar conta de suas feições e virou de costas para mim, se inclinando e empinando sua bunda, rebolando de um jeito delicioso. Acabei deixando um grunhido rouco escapar. Era impossível não a imaginar fazendo aquele mesmo movimento no meu colo.
Caralho.
Eu estava certo sobre . Ela de fato ia me enlouquecer. Fugir teria sido o mais prudente.
Apertei ainda mais minha coxa, subindo um pouco mais a mão porque a ereção pulsava dentro de minhas calças de um jeito até doloroso.
— Gosta da minha dança, ? — Quando ouvi aquilo, achei até que estava imaginando coisas, mas ela tinha virado o rosto para o lado, a fim de me encarar enquanto esperava uma resposta e eu precisei pigarrear para formar palavras que fizessem algum sentido.
— Muito. — Com certeza eu estava me segurando para não a assustar, por mais que eu soubesse que ela provavelmente já tinha escutado de tudo.
— Muito, é? — Sorriu safada, então ergueu o tronco mais uma vez e virou de frente para mim, eliminando o restante da distância entre nós dois. — E se eu dançar assim no seu colo?
Aquela proposta soando daquele jeito absurdamente sensual me deixou louco.
Não consegui me conter dessa vez.
— Pode dançar. Eu vou adorar sentir você se esfregando toda em mim, — frisei aquele nome, de repente desejando saber o verdadeiro.
— Ah, então vou me esfregar bem gostoso. — se aproximou mais, colocando uma mão de cada lado em meus ombros, se colocando entre minhas pernas e se movendo sensualmente. Seus peitos quase tocaram meu rosto e eu mordi a boca, louco para passar minha língua por eles.
Cheguei a me inclinar um pouco para frente, então, com um sorriso ladino nos lábios, a mulher tirou suas mãos de mim e se virou de costas, tornando a empinar a bunda enquanto apoiava as mãos em meus joelhos. Aquela posição me fez desejar estalar uns tapas nela e eu grunhi baixo.
— Pelo jeito, você adora torturar, não é? — Minha voz ecoou bem grave, devido ao nível de excitação que me encontrava.
— Talvez — murmurou, ainda com a expressão travessa em suas feições. — Mas algo me diz que você adoraria me punir por causa disso.
Puta que pariu. Aquilo era sério?
— Já que você gosta de uma tortura, vou deixar você apenas imaginando o que eu gostaria de fazer, por enquanto. — Foi a minha vez de sorrir sacana.
No entanto, meu sorriso se desfez quando rebolou bem devagar, erguendo seu tronco outra vez para logo em seguida se sentar em meu colo, se encaixando de um jeito que deixava meu pau bem no meio de sua bunda.
Então a mulher voltou a rebolar no mesmo ritmo de antes, usando as próprias mãos para tocar cada centímetro de seu corpo. Minha respiração saiu pesada contra o pescoço dela e se arqueou para trás, encostando as costas no meu peito. As mãos dela desceram até as próprias coxas, ameaçando seguir para a parte interna e fazendo o caminho inverso até encontrarem as minhas mãos, que eu mantinha ao lado de meu corpo.
Eu sabia o que ela queria porque era totalmente recíproco, mas queria ver o que ia fazer, então a deixei pegá-las e guiá-las até sua cintura.
Outro suspiro escapou de meus lábios e senti minha ereção pulsar de um jeito alucinante, implorando para ser liberta das calças. Não resisti e apertei a cintura da mulher com vontade, pressionando seu quadril contra o meu de forma que aumentasse ainda mais a fricção dos nossos corpos.
Porra, eu estava louco para me atolar inteiro naquela mulher.
Notei que mordia a própria boca, contendo os sons que queriam escapar dela e aquilo só me incentivou a me movimentar mais, me esfregando e exalando satisfeito quando a escutei gemer baixo.
Ela então acompanhou meu ritmo, rebolando com afinco, me fazendo sentir o quanto ela estava molhada mesmo por cima da roupa.
— Ai, isso tá muito gostoso. — A ouvi dizer toda manhosa e aquilo me deixou ainda mais excitado.
— Isso o quê? — a instiguei, mantendo meus lábios bem próximos ao seu ouvido, respirando com cada vez mais dificuldade e aumentando a pressão de seu quadril no meu.
suspirou, mordendo a boca com força e dando mais uma rebolada lenta que fez meus olhos se revirarem nas órbitas.
Eu nem tinha sentido sua pele na minha e estava daquele jeito.
Aquela mulher realmente ia me enlouquecer de vez.
— Isso o que, ? — insisti, porque a resposta dela não veio.
Ela levou uma mão para trás, arranhando minha nuca devagar, rebolando de novo, se esfregando sem pudor nenhum.
— Me esfregar desse jeito em você, esfolando minha bocetinha bem gostoso no seu pau.
As palavras dela me atingiram diretamente. De repente, eu a queria de frente para mim para que pudesse ver sua expressão de prazer e depois lamber seu corpo inteiro.
Parece até clichê dizer isso, mas fazia tempo que alguém me afetava daquela forma.
— Então vira de frente pra mim e se esfrega mais. — Coloquei seus cabelos para um lado e rocei minha boca em seu pescoço, a atiçando ainda mais.
Ela não demorou a atender meu pedido, se levantando e me dando uma breve sensação de vazio para depois se aproximar de novo, passando uma perna de cada lado do meu colo e voltando a sentar em mim.
Daquela forma, dava para sentir ainda mais o contato entre nossos corpos. O cheiro dela me deixava inebriado e o calor me fazia querer arrancar todas as roupas, assim como a vontade absurda de sentir sua pele na minha.
— Assim? — sussurrou, se encaixando em mim e movimentando o quadril devagar. Suspirei com aquilo e levei as duas mãos até seu quadril, a conduzindo para que se esfregasse com mais intensidade em mim.
— Porra… Assim mesmo. — Lambi meus lábios, então subi uma mão pelas costas dela, brincando com o fecho do bustiê que usava e seguindo o caminho até sua nuca, enroscando meus dedos em seus cabelos.
Caralho, eu estava louco para beijá-la.
Meus olhos se encontraram com os dela e pela forma que me encarava eu soube que se sentia da mesma forma.
.
De repente, eu me senti incomodado em não ter ideia de qual era sua verdadeira identidade. Algo que era muito louco, porque aquilo ali era um caso de uma noite só.
— Me diz o seu nome. — Me vi perguntando, sem conseguir me refrear.
A mulher abriu um sorriso de canto e aproximou sua boca da minha, quase roçando seus lábios nos meus.
… — soprou, me fazendo suspirar de frustração.
— Não. Eu quero saber o seu nome de verdade.
Percebi o olhar dela mudar, porém a mulher continuou na mesma posição, tentando disfarçar.
— Você sabe que não posso te contar, . — Senti as unhas dela subirem pelo meu peito, por cima da camisa, pressionando de um jeito que me atiçaria ainda mais se naquele momento eu não tivesse me dado conta de uma coisa.
Aquilo tudo era uma grande mentira. , ou qualquer outro nome que ela tivesse, só estava ali comigo porque foi paga.
Não sei por que de repente eu fiquei incomodado, não era como se nunca tivesse feito algo do tipo.
Por alguma razão, ela era diferente. E eu não queria me aproveitar dela daquele jeito. Não queria algo falso entre nós dois.
A mulher percebeu a mudança em mim e afastou seu rosto do meu, me encarando confusa.
— Me desculpe, . Mas são regras da casa — tentou se justificar e eu neguei com a cabeça.
— Não se preocupe, não é isso. Eu só… — Interrompi minha fala a tempo, porque se eu confessasse tudo, soaria patético. — Preciso ir.
Com gentileza, a fiz sair de cima do meu colo, sentindo de novo aquele vazio e minha ereção latejante. Engoli em seco. Eu realmente precisava sair dali.
— Mas você pagou pelo pacote completo. — A ouvi murmurar no momento em que me levantei, passando a mão pelos cabelos e respirando fundo.
— Sua dança foi perfeita. Valeu cada centavo. — Encarei a mulher mais uma vez e abri um meio sorriso, que ela retribuiu ainda confusa.
Passei mais uma vez meu olhar por , como se quisesse gravar cada centímetro seu em minha memória, então caminhei até a porta.
— Boa noite, .


Parte II

Por mais exausto que eu estivesse quando cheguei à minha casa, simplesmente não consegui dormir pelo resto da noite. Nenhum dos meus amigos estava na boate no momento em que deixei , porque havíamos combinado daquela forma. Samuel voltaria de carona com os Sanders e eu não precisaria me preocupar com aquilo.
Eu não sabia dizer qual sentimento era maior naquele momento. Se era o que me chamava de idiota por ter deixado uma mulher como aquela para trás, ou se era aquele que repetia todas as razões pelas quais eu precisei me afastar.
Ainda conseguia sentir o cheiro gostoso daquela mulher e, porra, o que eram aqueles lábios? Eles pediam para serem beijados a todo momento e eu sabia que se tivesse o feito, não conseguiria parar. Cada curva dela parecia ter sido moldada para mim, o calor de seu corpo me incendiava e a voz dela atiçava todas as fantasias possíveis em meus pensamentos.
Uma vontade absurda de voltar à Madam Simmons me consumia e foi extremamente difícil me controlar a noite toda para não ceder.
Somente quando estava quase amanhecendo eu consegui tirar um pequeno cochilo e, ainda assim, acabei sonhando com ela.
Como aquilo era possível? Eu havia visto aquela mulher apenas uma vez e não sabia nem mesmo seu nome. Era uma grande loucura tê-la em meus pensamentos daquela forma.

No dia seguinte, assim que coloquei meus pés dentro do Departamento de Homicídios, os olhares de meus amigos se focaram em mim.
Deixei que me analisassem e tentei disfarçar a noite mal dormida. No entanto, os três eram ótimos agentes e sua perspicácia inevitável.
— Pelo jeito a noite foi agitada, hein, sugar daddy. — Sam foi o primeiro a se pronunciar, me encarando com uma expressão maliciosa.
Olhei dele para os Sanders, que imitavam as feições de Berkowitz, e acabei soltando uma risada anasalada.
— Foi mesmo. Mas não do jeito que vocês estão imaginando.
Kalina ergueu uma sobrancelha.
— Como assim, ?
— Eu saí de lá um pouco depois de vocês terem ido embora. — Tentei não dar muitos detalhes.
— O que aconteceu? — Sam trocou um olhar rápido com os dois irmãos.
— Nada, cara. Era só uma dança. Quando acabou, fui embora — menti, notando Trevor franzir o cenho em confusão.
— Achei que você tinha pago pelo pacote completo… se é assim que se diz. — Fez uma careta, incerto.
— Não, eu paguei só por uma dança.
Percebi que eles se entreolharam mais uma vez e me esforcei para não me importar muito com aquilo. Eu não podia ficar tão afetado assim por uma mulher que mal conhecia.
— Se eu soubesse, tinha te esperado para ser o motivo dessa cara de cansado. — Ergui uma sobrancelha ao ouvir o comentário de Berkowitz e não consegui evitar o sorriso de canto que se formou.
— Você anda me atiçando demais, Sam. Uma hora dessas eu vou cobrar tudo o que está prometendo.
— É com isso mesmo que eu estou contando. — Ele piscou para mim, retribuindo o sorriso e escutei uma risada feminina ecoar.
— O cabaré abriu cedo pelo jeito, uh? — Kalina olhou para mim e depois para Samuel e quando abriu a boca, prestes a dizer mais alguma coisa, o irmão a interrompeu.
— Antes que a putaria continue, o chefe pediu que você e o Berkowitz fossem até a sala dele quando chegassem. — A expressão de Trevor era séria, o que sempre me fazia rir porque aquilo era pura implicância com Samuel.
No entanto, eu não poderia dizer que não estava aliviado com aquela interrupção. Sabia muito bem que logo logo eles voltariam a me indagar sobre a noite anterior e eu não estava muito afim de responder qualquer pergunta naquele momento.
Ou nos próximos dias que se seguiram.

Imaginei que conforme o tempo fosse passando, aquela noite ficaria esquecida e no fim das contas eu só daria risada do dia em que fui a uma boate da ex de Berkowitz e paguei por uma dança particular, porém não poderia estar mais enganado.
Não houve uma só noite desde então em que ela não apareceu nos meus sonhos, dançando daquele mesmo jeito alucinante e me fazendo acordar dolorido de tesão no meio da madrugada.
A um certo ponto, aquilo começou a afetar o meu humor e, no fim das contas, entendi o que deveria fazer.
Eu precisava vê-la apenas mais uma vez. Sem pagar para encontrá-la privadamente, nem nada do tipo. Só observar sua silhueta se movendo daquele jeito sinuoso e delirante já deveria ser o suficiente.
Nem preciso dizer que, mais uma vez, eu estava enganado. Ir até aquele lugar só aumentou ainda mais a atração que eu sentia por aquela mulher. Poderia até mesmo dizer que estava obcecado simplesmente porque não conseguia mais pensar em nada que não fosse o quanto eu a queria.
Uma segunda visita se transformou em uma terceira, depois uma quarta e logo acabei parando de contar quantas vezes voltei à Madam Simmons.
Acabei ficando conhecido por ali, principalmente porque eu sempre escolhia a mesma mesa, de onde tinha uma visão privilegiada da silhueta em meio ao tom de rosa vivo, enquanto pedia sempre a mesma dose de uísque e fumava meu cigarro.
Eu sabia que estava viciado quando recusei um convite dos Sanders para ir a um pub qualquer porque, se eu fosse, perderia mais uma chance de ver .
E embora ainda desejasse descobrir qual era a verdadeira identidade daquela mulher, não voltei a pagar por outra sessão particular. Decidi estabelecer ao menos aquele limite e quem sabe enquanto eu permanecesse apenas admirando de longe as coisas estariam sob controle.
Não contei nem a Sam e nem aos irmãos Sanders sobre as minhas idas constantes àquela boate. De alguma forma, eu sentia que queria manter aquela história apenas para mim, porém, de vez em quando, Berkowitz me questionava coisas que insinuavam uma certa desconfiança da parte dele. Meu parceiro era de fato bastante perspicaz, embora parecesse estar só fazendo piadas e atiçando as pessoas na maior parte do tempo.
— Boa noite, — Liana, a gerente da Madam Simmons, me cumprimentou, me tirando de meus devaneios.
Mais uma vez, eu estava no mesmo lugar, fumando meu cigarro enquanto divagava e esperava a apresentação de .
O lugar estava particularmente cheio naquela noite, mas eu não me importava muito com aquilo, desde que pudesse ver dançar, nada me atrapalharia.
— Boa noite, Liana. Tudo certo? — Abri um sorriso para a mulher, que me lançou um olhar pouco discreto.
Liana certamente teria recebido mais do que uma encarada indiscreta em resposta se não saísse da minha cabeça. Além de linda, a mulher sempre exalava um perfume intoxicante e a forma como me encarava sugeria que nos divertiríamos bastante.
No entanto, eu não queria Liana. Eu queria .
— Tudo ótimo. Posso fazer algo por você esta noite? — Aquela era a pergunta que a mulher me fazia em todas as minhas visitas, assim como minha resposta também não mudava.
— Apenas o de sempre, por favor. — Seguido por uma piscadela, que a mulher retribuía com um sorriso disfarçando uma certa frustração.
Ela sabia o que eu fazia ali e talvez me dissuadir fosse algum desafio pessoal dela porque sempre escondia a decepção.
— Muito bem. Aproveite então.
Acompanhei com o olhar enquanto Liana se afastava e assim que ouvi uma nova música iniciar, voltei meu olhar para o meu lugar favorito da Madam Simmons.
Àquela altura, eu sabia que não enjoaria de assistir a forma como se movia. Seus quadris sempre balançavam em um ritmo perfeito enquanto as mãos tocavam a cintura, delineando toda a sua extensão e só com aquilo eu conseguia lembrar perfeitamente da sensação de tê-la montada no meu colo.
Porra. Era delicioso assisti-la e uma verdadeira tortura ao mesmo tempo.
Nem ligava mais se estivesse completamente vidrado, sem sequer piscar. Qualquer segundo era valioso demais para ser desperdiçado e, embora uma parte vaga da minha consciência me alertasse de que as coisas já estavam indo longe demais, eu simplesmente ignorava ao apreciar .
Passei a língua pelos lábios quando a vi rebolar devagar, se inclinando para frente e empinando a bunda, a movendo com afinco e me fazendo imaginar a mulher daquele jeito comigo encaixado atrás dela.
Passei a mão pelos cabelos, sentindo minha respiração um tanto irregular só com aquela ideia.
Pelo canto do olho, notei Liana chegar com meu uísque e seu olhar me analisou até parar no meu colo, onde estava bem nítido o quanto me afetava. A mulher lambeu os lábios e talvez fosse uma boa ideia simplesmente puxá-la para se esfregar em mim, porém, mais uma vez, Liana não era .
Apenas puxei a carteira, passando uma nota de cinquenta dólares para ela e negando quando fez menção de devolver o troco. Sem desviar o olhar da silhueta, sorri em agradecimento e bebi generosos goles da bebida, já acostumado com a sensação do álcool esquentando minha garganta.
deu mais uma rebolada intensa e, de pé, voltou a passear as mãos pelo próprio corpo. Pude ver o exato momento em que elas envolveram seus seios, acariciando devagar antes da mulher subi-las e puxar os cabelos para cima.
A música foi se encaminhando para o final e um incômodo se fez presente porque eu não queria que acabasse. Não queria parar de assistir .
O que aquela mulher havia feito comigo?
Quando a música por fim terminou, um suspiro escapou de meus lábios. logo saiu e a luz rosa se apagou, levando consigo mais um pedaço da minha sanidade.
Como sempre acontecia, acabei permanecendo ali por mais alguns minutos, encarando aquela mesma parede como se estivesse esperando voltar, porém ela só o faria na noite seguinte, e eu sabia que estaria de volta à Madam Simmons, mesmo repetindo para mim mesmo que aquela era a última vez.
Me ocupei em terminar minha bebida, não dando muita atenção à próxima apresentação que começava, então, novamente, fui desperto de meus pensamentos pela presença de Liana.
— Por hoje é só, querida. Vou apenas terminar essa. — Abri um breve sorriso para ela, imaginando que havia se aproximado para me oferecer outra bebida.
— Me acompanhe, . — Ergui uma sobrancelha ao ouvir aquilo e hesitei por alguns segundos.
O que ela pretendia com aquilo?
— Acompanho, claro. — Por fim, acabei concordando e me levantei, bebendo os últimos goles de uísque e colocando o copo na mesa.
Liana não disse nada durante o caminho, apenas me guiou até uma área da boate que eu reconheci instantaneamente.
— Ahn… Eu não paguei por nada além da bebida hoje, Liana — alertei, bastante confuso.
Em vez de me responder, ela simplesmente soltou uma risada baixa e abriu uma porta.
— Entre, .
Mais uma vez a olhei um tanto desconfiado, porém fiz o que ela pediu.
Dei uma olhada rápida ao meu redor, reconhecendo o cenário bem semelhante àquele onde eu havia encontrado , e estava prestes a questionar a Liana o que ela pretendia com aquilo, quando a mulher simplesmente começou a fechar a porta.
— Liana? — Ainda mais confuso, eu a assisti me olhar uma última vez e sorrir misteriosa.
— Essa é por conta da casa, . Aproveite.
Assim que a mulher fechou a porta, fiquei um tanto nervoso, mas ainda assim me sentei e esperei o que viria, embora não tivesse certeza se realmente deveria permanecer ali.
Por mais que eu soubesse que ia gostar de outra dança particular, não queria aquilo de mais ninguém que não fosse uma certa pessoa. E, mais uma vez, era muito insano pensar no quanto eu estava afetado por alguém que mal conhecia.
Como havia deixado as coisas chegarem àquele ponto?
No entanto, qualquer questionamento simplesmente se esvaiu da minha mente quando vi a mulher que entrou minutos depois.
Era ela.
Era a minha .
Minha?
Eu podia ouvir gargalhadas de minha consciência e era até engraçado soarem como as de Samuel.
Aquela mulher não estava apenas roubando todo o meu juízo. Ela fazia eu me iludir como se estivesse sob efeito de uma droga poderosa.
Meu olhar queimou em sua direção e, passando a língua em meus lábios, a assisti fechar a porta atrás de si e se aproximar lentamente. A música ambiente parecia combinar perfeitamente com o balançar de seus quadris e quando meus olhos pousaram no rosto dela, encontrei ali um sorriso de canto, mostrando o quanto ela estava se divertindo com a minha reação.
— É um prazer vê-lo novamente, . — Senti vontade de me levantar e puxá-la para o meu colo só pelo tom sensual de sua voz.
— Com toda a certeza eu te digo o mesmo, . — Fiz questão de frisar seu nome falso, num breve lembrete de que aquilo ainda me incomodava.
Eu não sabia de onde vinha toda a vontade de conhecê-la por inteiro, mas não conseguia controlar. Aquela mulher havia me bagunçado por completo.
Diferente da primeira vez em que nos encontramos, usava uma lingerie com tiras cavadas em um tom de vermelho que contrastava perfeitamente com sua pele. Tanto no sutiã como na calcinha havia uma renda transparente que só me atiçava ainda mais e imaginei que quando ela virasse de costas, mostraria o fio deliciosamente atolado em sua bunda.
Caralho. Àquela altura eu a desejava tanto que duvidava da minha capacidade de me afastar outra vez, por mais que algo dentro de mim gritasse o quanto nada daquilo era verdadeiro. Eu não havia pago nada, mas ainda assim ela estava ali apenas cumprindo com o seu trabalho.
Provavelmente deixei transparecer a confusão em meus pensamentos, porque de repente uma risadinha ecoou dos lábios dela, me fazendo focar em seus olhos.
— Não me diga que vai fugir outra vez, . — Não sabia dizer o que era mais tentador. Se era sua voz ou a forma como continuou se movendo, deslizando as mãos e explorando cada centímetro de seu corpo.
— Eu não… — O fio de meus pensamentos se perdeu quando virou de costas para mim, inclinando o tronco para frente, se apoiando na barra do pole dance ao centro do ambiente e empinando bem sua bunda, revelando que de fato a calcinha estava toda atolada nela.
— Você não…? — indagou, virando um pouco o rosto para me olhar e rebolando lentamente.
— Eu não fugi — menti descaradamente, notando o tom rouco da minha voz e sentindo a calça me incomodar.
— Fugiu, sim, meu bem. E eu tive que terminar sozinha o que nós começamos. — Grunhi ao ouvir aquilo e não consegui me controlar quando abriu bem as pernas e deslizou uma das mãos para o meio delas, se acariciando por cima da calcinha.
— Porra, … — suspirei, apertando minha ereção com a ponta dos dedos e esfregando, me controlando para não revirar os olhos.
— Hm… O que foi, ? — a mulher provocou e movimentou a mão de forma circular.
— Me mostre… — grunhi mais uma vez.
— Mostrar o quê? — soltou uma risadinha que se transformou em um gemido baixo.
— Me mostra o que ficou fazendo quando saí. — Coloquei um pouco mais de firmeza na voz, embora estivesse completamente afetado pelas provocações dela e a fricção gostosa que minha mão fazia por cima da calça.
Por um momento, ela me fez esquecer completamente dos motivos pelos quais eu me afastei da outra vez.
Creio que, se me perguntassem, nem mesmo o meu nome eu saberia dizer naquele momento. Tudo o que eu sabia era que precisava ter aquela mulher.
Ouvi um suspiro ecoar dos lábios dela, então intensificou um pouco mais as carícias que fazia em si mesma e gemeu mais alto, se contorcendo inteira e me fazendo morder o lábio com mais afinco.
Com a outra mão, ela puxou a calcinha pela frente, fazendo o tecido se atolar ainda mais e me dando a visão de uma parte de sua boceta. Aumentei a pressão de meus dedos com aquilo, ficando tão duro que chegava a latejar.
— Puta que pariu… — soprei, me controlando para não a puxar para mim porque queria continuar a assistindo.
rebolou devagar enquanto ainda puxava aquela peça de roupa minúscula, aproveitando aquele movimento para se esfregar e não havia como eu não desejar que fosse a minha boca ali.
Cheguei me inclinar um pouco para frente, então, cedendo aos meus impulsos, levei uma mão até sua bunda, dando um tapa leve e apertando-a de um jeito que a abria ainda mais para mim. gemeu com o gesto e rebolou ainda mais.
— Caralho. Quero você rebolando assim com meu pau todo atolado nessa bocetinha. — Não contive minhas palavras. Eu já sabia que ela gostava de ouvir porque suspirava e se contorcia mais, denunciando como estava excitada.
— Quer, é? — A voz de estava ofegante e vi o exato momento em que ela escorregou os dedos por dentro da calcinha, se esfregando em um vai e vem delicioso para logo depois atolar um dedo em si mesma.
Meu corpo tremeu assistindo aquilo, meu pau latejou ainda mais e de repente eu precisava desesperadamente me livrar daquela calça.
Movimentando o dedo com intensidade, rebolou ainda mais, seus olhos se reviraram nas órbitas e ela gemeu tão gostoso que me fez grunhir novamente.
— Assim que você quer, ? — Sua voz estava tão manhosa que parecia ecoar em gemidos e, porra, como eu queria me atolar inteiro nela.
— Caralho, . É assim mesmo. — A essa altura, minha mão se movimentava com mais intensidade por cima da minha calça enquanto a outra apertava a pele dela com força, mantendo sua bunda bem aberta para que eu assistisse bem de perto cada movimento.
Estalei mais um tapa segundos depois e passei a língua pelos lábios, salivando de vontade de chupá-la.
— Se empina mais — pedi, vendo-a ficar ainda mais próxima de mim ao atender.
Sem fazer nenhuma cerimônia, me inclinei e passei a língua em sua bunda bem devagar, notando um arrepio percorrer o corpo de . Ela até parou de se acariciar e acabei sorrindo de canto com aquilo, voltando a lamber sua pele e passeando com a língua lentamente até chegar ao fio da calcinha, bem no meio de sua bunda, usando meus dentes para puxá-lo, o fazendo estalar em sua pele logo em seguida.
O jeito que gemeu e rebolou com aquilo me deixou louco. No entanto, o que de fato me deixou fora de mim foi senti-la empinar ainda mais sua bunda, num pedido mudo para que eu voltasse a tocá-la com a minha boca.
Foi o que eu fiz sem hesitar.
Parei de me acariciar para segurar sua bunda com as duas mãos, deixando-a bem exposta para mim e voltei a puxar o fio de sua calcinha com os dentes. rebolou com vontade, gemendo com a fricção que o movimento proporcionava, então desci minha boca um pouco mais, afundando meu rosto no meio de suas pernas e soprando o ar quente.
… — gemeu em protesto, tão desesperada para que eu a tocasse que seus quadris se moveram mais uma vez de encontro à minha boca.
Eu queria provocá-la mais um pouco, instigá-la até o limite, porém eu mesmo não aguentaria. Sentir o gosto daquela mulher havia se tornado uma necessidade.
Mais uma vez, sem fazer cerimônia, voltei a afundar bem a minha cara em sua bunda e lambi sua boceta devagar, ainda por cima da calcinha, conseguindo sentir mesmo assim o quanto ela estava molhada.
se contorceu, mas não parei por ali. Passei a língua mais uma vez, explorando toda aquela bocetinha gostosa e comecei a chupá-la com vontade, como se não existisse a maldita renda nos atrapalhando.
Eu estava tão duro que o tecido da calça me incomodava, porém tudo o que importava era e o quanto seu corpo se contorcia a cada um de meus movimentos.
Ameacei socar minha língua e mais uma vez a mulher empurrou seu quadril em minha direção, então usei uma mão para puxar sua calcinha para o lado, grunhindo ao ver sua bocetinha toda babada de tesão e eu mesmo estremeci quando voltei a chupá-la, dessa vez sem nenhum tecido.
Porra, ela estava quente e a forma como estava molhada tornava ainda mais fácil para a minha língua deslizar por ela inteira, explorar os grandes lábios e depois se atolar todinha dentro dela.
O gemido delicioso de ecoou alto e eu tirei minha língua de dentro dela para logo em seguida socar com vontade outra vez, então continuei entrando e saindo de dentro dela, alternando com alguma sugadas, aproveitando vez ou outra para subir com a minha língua até o seu cu, o rodeando lentamente e sentindo a mulher se contorcer mais.
— Caralho, … — Sua voz ecoou junto a um gemido e eu aumentei a intensidade, a chupando com mais afinco, movimentando minha língua dentro dela e aproveitando as reboladas de para ir mais fundo.
Segurando a barra do pole dance com as duas mãos, a mulher jogava a cabeça para frente e às vezes se inclinava para trás, tentando manter seu olhar em mim.
… Eu vou gozar — gemeu e senti seu corpo começar a estremecer, denunciando que de fato ela estava prestes a se derramar na minha boca.
Aquilo me incentivou a aumentar ainda mais a intensidade. Apertei sua bunda com força, fazendo o quadril de se mover com mais afinco enquanto eu socava a língua, sentindo um tesão indescritível ao fodê-la daquele jeito.
Ela gemeu mais alto e enquanto seu corpo tremia, a mulher continuava rebolando com vontade, fazendo minha língua tocar cada centímetro de sua boceta.
Então se contorceu com mais violência e eu a segurei firme, a ouvindo gemer de forma prolongada. As pernas dela ameaçaram se fechar ao redor da minha cabeça e não consegui conter um grunhido alto ao senti-la se derramar todinha na minha boca.
Puta que pariu. O gosto dela era tão bom que eu poderia simplesmente voltar a chupá-la até senti-lo novamente.
Hesitei e, antes de me afastar, deixei mais um tapa de cada lado de sua bunda, recebendo um gemido baixo como resposta.
Antes que eu fizesse qualquer outra coisa, se levantou e virou de frente para mim, não hesitando em se aproximar e subir no meu colo, com uma perna de cada lado, se encaixando de um jeito delicioso e me fazendo sentir mais uma vez como ela estava quente e molhada.
A encarei com o corpo até ardendo de excitação e segurei sua cintura com vontade, mordendo o canto da boca quando aproximou seu rosto do meu, roçando nossos narizes.
Caralho, aquela era a mulher mais linda que eu já havia visto.
Minhas feições se contorceram em uma careta com os pensamentos que vieram e franziu o cenho ao perceber.
— Não fuja de mim, . — Ela roçou a boca na minha, ameaçando iniciar um beijo e apenas permanecendo naquela posição.
— Eu não posso fazer isso, — sussurrei derrotado, sabendo que precisava sair dali, mas não encontrando forças para aquilo.
— Por que não pode? — E, decidida a me torturar mais, a mulher rebolou devagar no meu colo, pressionando seu quadril no meu.
— Eu… — Hesitei, querendo mandar tudo para a puta que pariu.
— Por que não, ? Nós dois queremos isso. — E rebolou de novo, se esfregando com vontade e provando como suas palavras eram verdadeiras.
— Porque não é real. Nem ao menos sei o seu nome de verdade e, no fim das contas, eu sou apenas mais um trabalho seu. — A sinceridade simplesmente saltou de meus lábios.
— Não. Você não é. Hoje, não. — Franzi o cenho ao ouvir a resposta dela e fixei meu olhar no seu, quase protestando porque subitamente parou de rebolar.
— O quê? — Eu estava completamente confuso e não conseguia formular nenhuma frase além daquela pergunta.
— Hoje você não é um trabalho, . Eu que pedi para Liana te chamar até aqui.
Minha reação ficou entre o espanto, a vontade de sorrir e a de puxá-la para continuar o que começamos.
— Você me chamou? — Eu parecia um idiota repetindo as coisas, mas precisava ter certeza de que havia ouvido certo.
— Todos esses dias eu te vi me assistindo e, embora ainda não possa te dizer meu nome, não consigo parar de pensar em você e no quanto quero te sentir.
Puta merda.
Sem conseguir dizer mais nada, eu simplesmente perdi qualquer resistência e me inclinei para buscar seus lábios com os meus, dando início a um beijo intenso e um tanto desesperado.
Caralho, o gosto dela era viciante. A boca de se encaixava perfeitamente à minha e eu a apertei contra mim, pressionando meus dedos em sua cintura e a fazendo voltar a rebolar.
Nossas línguas se acariciavam de um jeito delicioso e vez ou outra deixava gemidos escaparem, o que me atiçava a movimentar o quadril com mais intensidade, esfregando minha ereção contra ela e quase revirando meus olhos de tesão ao sentir que ficava ainda mais molhada.
Grunhi quando a mulher puxou meu lábio inferior com os dentes, pressionando, e a dor foi tão prazerosa que meus dedos apertaram seu quadril com ainda mais afinco. Beijei sua boca novamente, explorando cada canto dela, e desci até seu pescoço, me deliciando com o gosto de sua pele e seu cheiro intoxicante.
Eu não imaginava que poderia ficar ainda mais louco por aquela mulher, porém ali estávamos nós e eu só queria mais e mais dela a cada segundo.
As mãos de estavam em meus ombros, apertando com vontade, então ela foi as descendo pelo meu peito, pressionando as unhas por cima da minha camisa até adentrarem a peça, tocando meu abdômen e me arrancando mais um grunhido.
Com um sorriso de canto, me arranhou, subindo até meu peito e espalhando mais uma onda de dor e arrepios pelo meu corpo, ao que correspondi sugando a pele de seu pescoço, raspando meus dentes ali e descendo até seu colo.
Levei uma mão até a alça de seu sutiã, brincando com ela e a puxando para baixo, louco para me livrar daquela peça, mas adorando provocá-la antes.
— Arranca isso logo, . — Sua voz soou daquele jeito manhoso e uma vontade absurda de me livrar da minha calça tomou conta de mim.
Mais um pouco e eu iria enlouquecer de fato.
Usei a outra mão para puxar a outra alça daquele sutiã que mais parecia uma obra de arte em conjunto aos dois pedaços de paraíso que cobria, e logo me ocupei em abrir o fecho da peça, a atirando em um canto qualquer segundos depois.
Parei para admirar aquela mulher com o tronco nu e lambi os lábios de tão gostosa que ela era.
Porra, eu honestamente duvidava que conseguiria tirá-la da cabeça depois daquela noite.
Retribuindo o sorriso ladino que se formou nos lábios de , logo eu voltei a me inclinar, tomando um de seus seios na boca e o chupando com vontade, deslizando a língua por toda a sua extensão e sugando seu mamilo. O jeito que a mulher se contorcia estava me deixando louco, ainda mais porque a fricção de nossos quadris ficava ainda mais intensa.
Eu poderia gozar só fazendo aquilo e ouvindo-a gemer daquela forma.
Com urgência, foi abrindo os botões da minha camisa e quando se atrapalhou com um dos últimos, ela simplesmente perdeu a paciência e os estourou, me fazendo rir baixo enquanto dava à peça o mesmo destino de seu sutiã.
Suas unhas voltaram a me arranhar com intensidade e foram fazendo um caminho delicioso pelo meu abdômen. Até que me puxou para beijar sua boca mais uma vez, me deixando ainda mais viciado nela, para logo depois descer seus lábios pelo meu pescoço. Mais arrepios percorreram meu corpo quando a mulher seguiu o caminho, mordendo de leve um de meus ombros, pressionando as unhas em minha barriga e lambendo meu peitoral bem devagar.
Até prendi minha respiração em expectativa, já sabendo o que ela pretendia fazer quando a mulher saiu do meu colo e se colocou entre minhas pernas.
Assisti atentamente quando as mãos de deslizaram por minha coxas e gemi baixo ao senti-la acariciar minha ereção por cima da calça.
Decidida a me enlouquecer, ela repetiu o gesto algumas vezes, até um grunhido mais desesperado escapar de minha boca, acompanhado pelo movimento involuntário do meu quadril de encontro à sua mão.
Com o sorriso ladino mais bonito que eu já havia visto, se ocupou em abrir minha calça, puxando a peça e me encarando com um pedido mudo para que eu me livrasse dela, o que eu fiz de bom grado, levando minha boxer junto e voltando a me acomodar no sofá, cheio de expectativa pelo que viria.
Lambendo os lábios, a mulher tocou minha coxa outra vez, passando as unhas pela minha virilha e pressionando de um jeito que me fez revirar os olhos, algo que se repetiu quando finalmente senti sua mão envolver o meu pau.
Estremeci, movendo o quadril devido à onda de tesão que tomou conta de mim, e pressionei os lábios quando ela começou a me acariciar em um vai e vem delicioso.
— Puta que pariu, . — Minhas mãos haviam ido parar ao lado de meu corpo e eu segurei no sofá com afinco.
me encarou com os olhos ardendo de tesão, deslizando a mão para cima e para baixo, pressionando a cabecinha do meu pau e se inclinando logo depois para lambê-la devagar, rodeando com a língua.
Revirei os olhos, soltando um grunhido que se intensificou quando a mulher explorou toda a minha extensão para depois me envolver com a boca, indo até onde conseguia, tirando e repetindo o gesto, iniciando chupadas que estavam me deixando louco.
Mesmo se eu tentasse, não conseguiria controlar os sons que escapavam de meus lábios. Gemidos roucos, palavras desconexas e suspiros que denunciavam o prazer que cada movimento dela me proporcionava. Eu queria grunhir o nome dela, mas não o falso. Era surreal o meu desejo de saber sua real identidade e não saber era a única coisa que me matava por dentro naquela história toda.
Uma sugada mais intensa fez meu corpo se contorcer em espasmos, então minhas mãos seguiram para os cabelos de , puxando-os para cima com firmeza e expondo seu pescoço. Daquela maneira, eu conseguia guiar os movimentos da mulher e foi exatamente o que fiz, movimentando meu quadril de encontro a ela, fazendo meu pau ir ainda mais fundo, quase tocando sua garganta.
não recuou, muito pelo contrário, fazia questão de me engolir com vontade, até sentir o impulso de um engasgo e só depois disso se afastava. O jeito que me olhava espalhava ainda mais arrepios e ver seus olhos um tanto lacrimejantes me deixou ainda mais louco de prazer.
— Está gostando? — Me vi soltando em um tom rouco, mesmo sabendo muito bem a resposta. Ela estava estampada na expressão afetada de .
— Uhum. — A resposta veio em meio a um gemido manhoso e eu aumentei o aperto em seus cabelos, percebendo a mulher estremecer com o gesto.
— Me fala, . Quero ouvir do que está gostando. — O tom sério e mandão não era planejado, porém eu simplesmente não conseguia me conter. Aquele era o efeito do tesão que ela me causava.
— Hmm… — gemeu mais uma vez, então passou a língua devagar pelos lábios e fincou seu olhar no meu. — Eu estou adorando chupar você inteiro até engasgar, meu bem. E não vejo a hora de sentir o seu pau todo atolado em mim.
Puta que pariu.
— Porra… — Nem tive muito tempo de processar todas as sensações que aquelas palavras me causaram, porque logo em seguida ela voltou a me chupar com intensidade, me fazendo sentir que tocava bem fundo em sua garganta.
Daquele jeito eu não aguentaria mais.
— Caralho, que boca gostosa. — Acariciei seus cabelos antes de voltar a segurá-los e movimentar meu quadril com vontade.
manteve o mesmo ritmo e seus olhos permaneceram fixos nos meus até o momento em que me senti estremecer.
Não queria terminar com tudo ainda, então murmurei que estava prestes a gozar e a fiz afastar seus lábios de mim. Meu corpo imediatamente protestou com aquilo, porque parecia errado não ter qualquer contato com aquela mulher.
— No bolso da calça — respondi antes mesmo que me perguntasse. Apenas pela forma como me olhou segundos depois eu já sabia o que desejava.
Rapidamente, a mulher buscou um preservativo e a assisti abrir o pacote para depois se aproximar e vesti-lo no meu pau, que latejou ainda mais com aquilo.
Eu precisava estar dentro dela, sentir seu calor e o quanto estava molhada.
Encarei nos olhos quando ela tirou a calcinha e ficou em pé mais uma vez, então a puxei pela cintura, fazendo-a subir no meu colo, colocando uma perna de cada lado.
Levei uma mão até seu rosto, acariciando da sua bochecha até a lateral de sua cabeça, segurando em seus cabelos e aproximando meus lábios para beijá-la, me sentindo absurdamente faminto por eles naquele momento.
retribuiu cada carícia de minha língua com intensidade e foi em meio ao beijo voraz que posicionei meu pau em sua entrada e a fiz sentar devagar, de forma que a senti se abrindo até estar todo atolado em sua boceta.
Um grunhido escapou de minha boca em perfeita sintonia com um gemido dela, nossas bocas haviam se afastado alguns milímetros, então nossos olhares voltaram a se conectar.
Não consegui segurar um sorriso afetado e excitado, porém não me preocupei com aquilo, ainda mais quando a mulher prontamente retribuiu.
Precisei de alguns segundos para me acostumar à sensação dos nossos corpos unidos daquela forma, então direcionei meus lábios mais uma vez ao pescoço de e o suguei com vontade, suspeitando que uma marca surgiria ali no dia seguinte. Segurei em sua cintura com as duas mãos, então a fiz erguer um pouco o quadril, com meu pau quase saindo todo de dentro dela para logo depois forçá-la a sentar com vontade.
mordeu os lábios, tentando segurar os gemidos, mas estes ainda assim escapavam um tanto sussurrados. A mulher continuou apoiada em meus ombros com uma mão, porém guiou a outra até minha nuca, embrenhando seus dedos em meus cabelos e os puxando com intensidade para que ela mesma iniciasse reboladas deliciosas, ditando como as coisas seriam dali para frente e repetindo o movimento, me fazendo sair quase inteiro para depois voltar com força.
Abri minha boca, deixando grunhidos escaparem e fui apertando sua pele com cada vez mais força. aumentava a intensidade do que fazia e passou a rebolar, fazendo eu sentir meu pau tocar cada pedacinho de sua boceta.
— Puta que pariu… — Eu não conseguia parar de soltar palavrões e palavras desconexas, e a mulher se divertiu com aquilo.
— Puta que pariu o que, ? — Não pude não sorrir ao ouvi-la falar da mesma forma que eu fazia.
— Que delícia sentir essa boceta gostosa engolir o meu pau desse jeito. — Minha resposta ecoou sem nenhuma hesitação e pude ouvir um suspiro escapar dos lábios dela.
Desci minhas mãos até sua bunda, então estalei um tapa em cada lado, agarrando-a com firmeza e sentindo sua pele ficar quente. deixou um gritinho escapar e assisti o exato momento em que seus olhos se reviraram nas órbitas.
Fiz questão de aumentar o ritmo de minhas estocadas, movimentando meu quadril contra ela toda vez que sua boceta engolia o meu pau.
Era gostoso demais tê-la daquela forma, cada centímetro dela que eu tocava me incendiava mais, o tesão aumentava a cada gesto de e a forma como seu corpo se encaixava no meu era completamente surreal.
Toda vez que eu me sentia todo atolado dentro dela, meus olhos se reviravam nas órbitas e eu a fazia quicar com mais intensidade. Seus peitos pulavam na minha cara com aquilo e não deixei de notar a mancha avermelhada em seu pescoço.
Por mais maluco que pudesse soar, eu estava adorando ver aquilo.
— Quero empinar a minha bunda de novo pra você, .
Não vou negar que suas palavras não me surpreenderam, ou que senti meu pau pulsar ainda mais dentro dela, adorando a ideia.
— Então se empina, sua safada gostosa. Segura no pole dance e abre bem as pernas pra eu ver o quanto a sua bocetinha tá escorrendo. — Minha voz ecoou como um rosnado de tão excitado que eu estava e até engoliu em seco antes de sorrir maliciosa, beijar meus lábios e rapidamente sair do meu colo, obedecendo meu pedido e se empinando do jeitinho que eu queria.
Caralho.
Nada me prepararia para uma visão como aquela.
Senti vontade de me ajoelhar para chupá-la naquela posição outra vez, porém logo em seguida segurei em sua bunda com uma mão enquanto a outra acariciava meu pau em um vai e vem um pouco mais intenso.
Me posicionei em sua entrada e antes que eu pudesse estocar, deu um tranco com sua bunda para trás, se atolando todinha com o meu pau e gemendo alto.
Um grunhido rouco escapou de minha boca e, perdendo o controle, segurei em seus cabelos, puxando-os para trás e expondo seu pescoço enquanto fui estocando com cada vez mais vontade. Eu ia no céu e voltava toda vez que tocava bem no fundo de sua boceta e o jeito que gemia me deixava ainda mais louco.
Usei a mão livre para estalar mais alguns tapas em sua bunda, ouvindo aqueles sons deliciosos ecoarem da boca dela a cada um que era desferido. As reações daquela mulher me atiçavam a cada segundo e minhas estocadas foram ficando cada vez mais fortes, de um jeito que até dava para ouvir o barulho de nossos corpos se chocando.
dava um jeito de me olhar o máximo que podia e toda vez que nossos olhares se fixavam ela diminuía a velocidade, rebolando bem devagar no meu pau, me fazendo sentir sua boceta me engolindo e apertando com vontade.
Àquela altura, eu não duvidava se tivesse transcendido à insanidade. Não era possível descrever em palavras tudo o que aquela mulher me fazia sentir e, porra, algo dentro de mim já tinha certeza de que apenas aquela noite não seria o suficiente. Eu ficaria sedento e ainda mais viciado em .
Puta que pariu.
A mulher voltou a rebolar devagar, me trazendo uma sensação deliciosa, principalmente quando eu saía por inteiro de dentro dela só para depois socar com afinco.
Estalei mais dois tapas em sua bunda, usando uma mão de cada lado para segurá-la com firmeza e a abrindo bem só para poder assistir o meu pau se atolando todinho naquela boceta.
Decidido a provocá-la à altura, fui levando uma mão até a frente de seu corpo, acariciando a parte interna de sua coxa e não fazendo muita cerimônia ao guiá-la até o clitóris deliciosamente inchado de .
Um gemido afetado ecoou dos lábios da mulher, porém logo em seguida iniciei movimentos circulares. Como resposta, ela rebolou ainda mais, o que só fez meus dedos deslizarem com mais facilidade, então aumentei o ritmo das carícias e das estocadas.
Desejei ver sua expressão de prazer e, um tanto ansioso, segurei no pescoço da mulher, apertando de leve e a puxando para me encarar.
— Caralho, que delícia, … — Um gemido terminou sua frase e de repente os sons de nossos corpos se chocando aumentou conforme fui estocando com força, adorando ver a forma como ela estremecia e rebolava de encontro ao meu pau.
Percebi o exato momento em que estremeceu e antes mesmo de ela falar, eu já sabia bem o que estava acontecendo.
— Desse jeito eu vou gozar… — E foi rebolando com intensidade, me tirando completamente dos eixos.
— É isso que eu quero. Goza bem gostoso pra mim, . — Aproximei minha boca de seu ouvido e sussurrei cheio de tesão.
Em resposta, a mulher chocou seu quadril de encontro ao meu e não consegui conter os grunhidos. Aquilo me afetou tanto que não tardei a sentir meu corpo todo estremecer e ondas de calor subirem, porém continuei estocando com força, tentando assistir cada uma das reações dela.
Não demorou muito para que por fim se rendesse aos espasmos, e, gemendo alto, gozou intensamente.
Eu quis beijar cada pedacinho de seu corpo. No entanto, ela continuou rebolando até que tudo começou a girar à minha volta, o calor triplicou e, sem sequer conseguir avisar qualquer coisa, foi a minha vez de gozar, revirando meus olhos nas órbitas. A boceta dela foi apertando meu pau com força, o que só intensificou ainda mais meu ápice.
Respirei fundo, tentando recuperar o fôlego e não deixar meu corpo desfalecer sobre o dela, ou eu acabaria a machucando.
Com muita relutância, como se fazer aquilo me trouxesse de volta à realidade, saí de dentro dela, assistindo ficar de pé na minha frente. Não resisti e a puxei para o meu colo, sorrindo quando ela entendeu que deveria se sentar ali e busquei seus lábios com os meus, a beijando com intensidade.
Eu poderia ficar daquele jeito pelo resto da noite e até mesmo além dela.
Porra, eu estava mesmo ferrado.
Levei uma mão ao seu rosto, acariciando e segurando em seu queixo assim que o beijo foi rompido.
— Me diz o seu nome. — O impulso surgiu outra vez e as palavras escaparam antes mesmo que eu pensasse em segurá-las.
… — A mulher suspirou, tentando virar o rosto.
— Por favor. Não me diga que isso não foi real.
— Como poderia ser? Nós somos de mundos completamente diferentes. Isso nunca daria certo, . — Uma expressão triste foi tomando conta das feições dela e eu odiei aquilo.
Odiei também ser a causa dela.
— Não me importo com isso… — Era verdade. No entanto, havia uma parte minha ainda questionando como era possível eu me sentir daquela forma por ela em tão pouco tempo.
— Você nem me conhece de verdade. Como pode dizer isso? — As palavras de “” pareciam ecoar em complemento aos meus pensamentos.
— Isso é simples de resolver. Vamos nos conhecer de verdade. Que tal sair para jantar comigo amanhã?
Não era como se eu nunca tivesse chamado alguém para sair antes, porém, quando algo tinha qualquer relação com , eu ficava nervoso.
Ela me encarou por alguns segundos, totalmente boquiaberta pela minha atitude, então negou com a cabeça sutilmente, me entregando sua resposta.
— Um jantar. E se você não gostar, nunca mais te incomodo. — Assim como provavelmente eu também faria caso ela não aceitasse o jantar de jeito nenhum.
suspirou, então assentiu.
Tentei pedir seu endereço para que eu fosse buscá-la em casa, porém a mulher recusou e acabamos marcando de nos encontrarmos em um certo ponto da praça pública.
— Então temos um encontro, . — Um sorriso se formou nos lábios dela e pude notar que ainda havia algo errado ali, mas imaginei que fosse algo da minha cabeça.
— Temos um encontro — confirmei, assentindo e sorrindo de volta para a mulher.
— Agora eu preciso ir. — Seu tom de voz denunciava que ela nem queria fazer aquilo, mas, ainda assim, saiu do meu colo e começou a se recompor.
— Certo — murmurei, concordando com a cabeça e me levantando para me livrar do preservativo e vestir minhas roupas.
Quando por fim estávamos prontos para sair dali, meu olhar se fixou no dela e permanecemos daquela maneira por incontáveis minutos, talvez porque a vontade de ignorar o mundo lá fora e permanecer apenas ali era muito maior do que qualquer outra coisa.
Me aproximei dela, percebendo, com um sorriso, que teve uma ideia parecida com a minha e, quando dei por mim, nossos lábios já estavam unidos mais uma vez em um beijo um tanto mais calmo do que qualquer outro trocado naquela noite.
Voltei a encarar o rosto daquela bela mulher só para me certificar de que tudo aquilo havia acontecido mesmo, então voltei a sorrir de canto.
— Até amanhã, . — Eu ainda estava um tanto frustrado por não saber seu nome de verdade, porém me convenci de que naquele momento aquilo não importava e comecei a me afastar.
— a mulher soltou, de repente, me fazendo parar e a olhar ligeiramente confuso. — Meu nome é .
Deixei uma risada rouca e satisfeita ecoar, outra vez sem conseguir me conter, então passei a mão pelos cabelos, lhe lançando um olhar que imaginava ser charmoso.
— Até amanhã, . Tenha uma boa noite. — Dizer o nome verdadeiro dela trazia uma sensação completamente diferente, uma certa leveza e euforia ao mesmo tempo.
— Boa noite, .
Depois que saí daquele lugar, acabei contando as horas para encontrar novamente.
Eu sequer imaginei, no entanto, que nunca mais a veria outra vez.
Fiquei esperando por alguém que nunca apareceu. Visitei a Madam Simmons por várias noites a fio e sua silhueta de repente não estava mais lá.
Era como se houvesse desaparecido feito fumaça, ou quem sabe até mesmo nunca existido.
Que porra tinha acontecido?
Eu jamais saberia dizer.
Até hoje me pergunto se aquilo tudo foi mesmo real.


FIM



Nota da autora: AI, NÃO SEI LIDAR COM ESSA FIC hahaha.
Me contem se gostaram! Esse personagem tem todo o meu amor e se quiserem ver mais sobre ele e a equipe do Departamento de Homicídios, leiam Histeria.
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Beijos e até a próxima.
Ste.



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