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Regal Union: London Vows

Última atualização: 19/06/2024

Capítulo 1



Depois de ter passado os últimos meses em Londres com após aceitar seu pedido de casamento, eu finalmente oficializei minha mudança para a cidade. Se alguém me falasse, meses atrás, que eu estaria carregando uma caixa com meu nome, entrando em uma casinha simpática em uma rua de Notting Hill, eu provavelmente riria da cara da pessoa. Mas não, cá estou eu. Me mudando para a casa de , já que tínhamos planos de comprar uma casa nova juntos depois do casamento.
E, apenas a algumas quadras da casa de , estava o Cinema Paraíso, onde tivemos nosso primeiro encontro. Ele veio até mim, tirou a caixa das minhas mãos e depositou um beijo carinhoso no meu rosto. Fiquei observando-o desaparecer para dentro de casa e sorri, sozinha, me sentindo a garota mais sortuda do mundo. Entrei na nossa sala e comecei a tirar alguns objetos essenciais das caixas espalhadas pelo chão. Uma semana antes de me mudar, já havia montado a cama nova e mudado os móveis da cozinha. Nossa vida ainda estava uma bagunça com o novo emprego dele, a minha transferência para um museu local e o casamento, mas era a bagunça mais maravilhosa do mundo.
Enquanto organizava algumas coisas na sala, peguei nossas fotos e as posicionei sobre a lareira. Lá estavam registrados os momentos dos últimos meses: o primeiro encontro, a primeira viagem juntos, o noivado e, não menos importante, a carta de quando ele foi convidado a ser Capitão da Guarda Real. Admirei nosso percurso até ali e, naquele momento, senti os braços de me envolvendo em um abraço apertado, acompanhado de beijos carinhosos em meu pescoço.

― Amei as decorações, amor — sorriu enquanto me olhava. ― Obrigada.

Ele me encarou por alguns instantes antes de me jogar nos ombros e abrir caminho até nosso quarto, me jogando na cama e ficando por cima de mim.

― Preparada para ser a futura Sra. ? — perguntou, sorrindo, enquanto sua boca encontrava meu pescoço novamente.
― Estou — sorri, segurando seu rosto, iniciando um beijo que com certeza faria a gente demorar a descarregar o restante da mudança.

O sol já começava a se pôr quando finalmente terminamos de organizar nossas coisas. Estávamos exaustos, mas a sensação de finalmente termos o nosso cantinho arrumado era indescritível. Sentamos juntos no sofá da sala, olhando ao redor e absorvendo a atmosfera de casa.

― Feliz? — me perguntou, tirando o cabelo do meu rosto.
― Muito.

O som suave da cidade lá fora preenchia o ambiente e eu me sentia completa ao lado de . Ele era meu porto seguro, meu companheiro de vida, e a ideia de passar o resto dos meus dias ao seu lado era mais emocionante do que eu jamais imaginaria.

Nosso primeiro jantar consistiu em uma pizza enorme de pepperoni com cerveja gelada, sentados no chão da sala enquanto tentava, pela milésima vez, me explicar como funcionava o Rugby. Mais tarde, enquanto nos aconchegamos sob as cobertas da nossa cama, eu refleti sobre a jornada que nos trouxe até ali. Desde o momento em que nos conhecemos até chegarmos onde estávamos, prestes a nos casar.

Capítulo 2



O trabalho como Capitão Real me deu uma guinada nova na vida. Eu não era mais um simples guarda, eu tinha outras responsabilidades impostas a mim e uma família em ascensão. Por eu ainda estar no começo, a minha escala era bem exaustiva, então, nos tempos que eu tinha folga, eu e tentávamos adiantar o máximo do casamento possível. Eu acordava todos os dias às cinco da manhã para minha corrida matinal, passava na padaria e comprava nossas coisas para o café da manhã. Quando acordava, estava tudo na mesa e nós conseguíamos comer juntos, isso era algo que decidimos juntos. Sempre iríamos comer qualquer refeição juntos. sempre me esperava com meu uniforme arrumado e eu agradecia aos céus por isso, ela era a melhor companheira do mundo. Ela arrumava minha mala e deixava o uniforme exposto pelo cabide. O uniforme do dia a dia consistia em uma calça em lavagem escura, uma bota, os emblemas da patente e de identificação e uma jaqueta totalmente fechada, um rádio comunicador e um quepe.
Ela também tinha um novo emprego no museu e eu fazia questão de levá-la até a porta. Quando estava trabalhando, eu insistia em pagar o táxi para ela, mesmo que ela recusasse na maioria das vezes, pois queria aprender a andar de ônibus.
O meu dever como Capitão era supervisionar as operações, liderar os treinamentos, participar de cerimônias, coordenar a segurança e proteção, realizar as inspeções, administrar a unidade e responder a emergências. Já as horas de trabalho podiam variar, geralmente cobrindo turnos diários de 8 a 12 horas, com possibilidade de turnos noturnos e prontidão 24/7 em situações especiais e com folgas regulares. À medida que os meses passavam, os momentos de tranquilidade tornaram-se ainda mais preciosos. Aos fins de semana, quando o dever permitia um descanso, nós íamos para os lugares mais isolados, desfrutando de momentos de paz em meio à agitação da cidade.
Meu uniforme virou uma segunda pele, um lado meu que deixava claro que eu era Capitão Real. , sempre presente e atenciosa, organizava meticulosamente meus pertences, e seus olhos transmitiam a confiança que eu precisava para liderar a guarda com determinação. Às vezes eu achava que era tudo fruto dela ser curadora de museus. A rotina disciplinada tornou-se meu alicerce, proporcionando a estabilidade necessária para equilibrar as exigências do meu cargo e os preparativos para o casamento.
Nos intervalos entre deveres e cerimônias, eu voltava para , nosso refúgio particular no meio da agitação da vida real.

― Amor, você voltou! — ela sorriu, me envolvendo em um abraço caloroso depois da minha escala de 48 horas. — Bem-vindo de volta à sua casa.

Sorri, escondendo meu rosto no seu pescoço que tinha cheiro de lavanda e banho tomado. estava usando uma regata branca e uma calça de flanela. A apertei mais forte e ela riu baixo.

― Estava com tantas saudades assim? — perguntou.
― Muitas — respondi, sorrindo. — Falando nisso, trouxe a resposta dos convites. Todo mundo vai.
― Ótimo. Também chegou as respostas da minha família e de alguns amigos. Mas vamos deixar isso para lá por hoje. Tô morrendo de saudades de ficar com você.
― Eu também. Só preciso de um banho. — Ela assentiu e eu caminhei até nosso quarto.

Tomei um banho rápido e, quando cheguei à cozinha, me esperava com uma travessa de macarronada e vinho. Sorri, sozinho, pensando em como eu era um maldito filho da puta sortudo.

Capítulo 3



O frio congelante de Londres ainda alertava que faltavam alguns meses para o casamento acontecer, mas não era motivo para não planejá-lo. Eu aproveitei o dia de folga do museu e fui fazer mais uma prova do vestido. Por ser um casamento com um militar, decidi usar uma coisa mais recatada, mas que ainda remetesse à minha feminilidade. Enquanto eu esperava o meu vestido chegar, eu trocava algumas mensagens com que disse ter uma surpresa que levaria para casa quando saísse do plantão.
Quando finalmente meu vestido chegou, eu me dirigi ao palco na frente do espelho. Meu vestido era lindo. O frio cortante não se comparava com o calor que senti ao experimentá-lo. Era perfeito, com detalhes delicados e um caimento impecável. Enquanto eu admirava a obra prima no espelho, meu telefone vibrou com uma mensagem de .

“Mal posso esperar para ver a sua cara com o que eu tenho comigo.”

Aquelas palavras despertaram minha curiosidade, mas decidi guardar a surpresa para quando estivéssemos juntos. Ao sair do ateliê, a neve caía lentamente, a cidade de Londres parecia ainda mais linda nessa época. Caminhei pelas ruas, observando as luzes de Natal que já começavam a decorar a cidade.

― Oi, linda! — ele me cumprimentou quando abri a porta. — Olha lá seu presente.

sorriu e indicou a mesa, onde uma caixa elegantemente embrulhada estava me aguardando. Levantei uma das sobrancelhas e ele fez menção para eu abrir a caixa. Quando acabei de desembrulhar, tinha um conjunto de taças de cristais com detalhes em ouro e um decanter com um líquido âmbar. O olhei, confusa, e ele entregou um envelope chique. O peguei rapidamente e abri.

"Excelentíssimos e ,

É com imenso prazer que me dirijo a vocês para expressar meus mais calorosos votos de felicidade e prosperidade à medida que se preparam para embarcar na jornada sagrada do casamento. Que este momento especial seja repleto de alegria, união e amor duradouro.

Que o caminho que vocês percorrerão juntos seja sempre regrado por amor e cumplicidade, enfrentando desafios de mãos dadas e celebrando triunfos em conjunto. Que o compromisso que estão prestes a assumir fortaleça ainda mais os laços que uma vez os uniram.

Como símbolo do meu apreço e celebração por este maravilhoso capítulo que se inicia em suas vidas, gostaria de oferecer-lhes um presente modesto. Acompanha esta carta um elegante conjunto de taças de cristal, desejando que cada brinde seja um reflexo da prosperidade e felicidade que compartilharão.

Junto às taças, também envio um decanter de cristal lapidado, contendo um delicado licor de amêndoas — uma bebida exclusiva que a família real costuma ofertar em ocasiões especiais.

Que este casamento seja repleto de momentos inesquecíveis e que a vida a dois lhes proporcione uma jornada de crescimento, compreensão mútua e alegrias compartilhadas.

Atenciosamente,


Elizabeth R.


― Você está brincando comigo, não é? ― Não, é sério! A própria Rainha Elizabeth enviou esse presente — respondeu com um sorriso orgulhoso. ― Isso é inacreditável... — murmurei. — Amor, isso é tão especial. Não posso acreditar que a Rainha fez questão de nos enviar um presente tão lindo.

me abraçou com cuidado, depositando um beijo suave na minha testa.

― Você merece tudo de melhor, . E é exatamente isso que a Rainha quis demonstrar com esse gesto. Quando me entregaram, me falaram que ela mesmo escolheu, é tudo somente pensado por ela.

Apertei a carta contra o peito, me sentindo sobrecarregada pela gentileza e o significado daquele presente tão especial para mim e, com certeza, para .

Capítulo 4



Finalmente havia chegado o Natal, o que significava que o casamento estava cada vez mais perto. Era a primeira vez que passaria longe da sua família, então eu me esforcei ao máximo para conseguir uma folga do dia 25 ao 31. O que também nos faria terminar alguns detalhes do casamento mais rapidamente. As ruas estavam lotadas e agitadas por causa do feriado, e eu tentava chegar em casa o mais rápido possível para aproveitar a noite que estava preparando. Havíamos prometido que cada um ficaria responsável por uma parte: eu faria um prato típico daqui e ela faria um prato americano, além de, claro, duas sobremesas. Estacionei a moto na nossa porta e entrei em casa me sacudindo do vento frio que fazia lá fora. Acompanhei o cheirinho doce que vinha da cozinha e encontrei dançando no ritmo da música enquanto fazia sua sobremesa.

― Você dança muito bem — disse, fazendo-a dar um salto.
― Que susto! — disse, colocando a mão no coração. — Estava adiantando minha sobremesa. Ainda bem que a gente tem dois fornos. As carnes estão em fogo baixo e eu já vou colocar as sobremesas no forno. Você vigia enquanto eu tomo banho?
― Por que nós não vamos juntos? — perguntei, puxando-a para perto.
― Porque da última vez a gente queimou a comida inteira, seus pais estão vindo e eu não quero comer pizza de Natal.
― Bom argumento. Vai lá. Eu vigio tudo.

Ela me deu um beijo rápido e desapareceu no corredor, entrando no banheiro. Fiquei ajustando os últimos detalhes da decoração que ela não alcançava enquanto sentia o cheiro da comida começar a ficar pronta. Depois de uns dez minutos, saiu arrumada do banheiro e foi minha vez de entrar no banho. Saí depois de alguns minutos e ouvi as vozes dos meus pais enchendo a sala.
Nos sentamos à mesa e começamos a nossa pequena ceia.
Depois da ceia, todos nós sentamos na sala e começamos a trocar nossos presentes. Meus pais resolveram nos dar um carro novinho, um presente prático e muito bem-vindo para a nossa nova vida a dois. Já os pais de quiseram ir além e nos surpreender mais ainda. Eles não só se encarregaram de pagar nossa lua de mel e o casamento, como forma de estarem perto dela nesse momento, mas também mandaram um presente misterioso que só poderia ser aberto no dia da cerimônia. Passamos o resto da noite rindo, contando histórias e expectativas para o futuro, mal podendo esperar para descobrir o que nos aguardava.

Capítulo 5



Capela Real de São Tiago, Palácio de St. James, Londres.

e eu resolvemos nos casar no mesmo lugar onde ele foi promovido e onde ele pediu minha mão. O lugar estava cheio com nossos amigos, familiares, pessoas do nosso trabalho e quem, de alguma forma, nos trouxe até ali. Eu estava na sala da noiva, me encarando no espelho enquanto o véu descia no meu rosto.

— Você está deslumbrante, minha filha — minha mãe disse, emocionada. — Não chora, mamãe. É um momento de alegria — disse, dando batidinhas no seu rosto para tirar as lágrimas do lugar.
— Seu pai já está esperando, os pais do já entraram com ele, ele também está lindo naquele uniforme!
— Aposto que sim.

A cerimonialista bateu na porta nos avisando que já era hora de caminhar até o altar e eu saí acompanhada da minha mãe que levava meu buquê. Encontrei meu pai me esperando na porta e cruzei nossos braços. A marcha nupcial começou a tocar e a porta se abriu, mostrando me esperando, sorrindo, emocionado.

— Cuide bem da minha menina, — meu pai disse quando soltou meu braço. — Ela é meu tesouro. — Nunca magoaria sua filha, senhor — ele sorriu e beijou minha mão.
A cerimônia então se iniciou e o padre começou seu sermão.
, é de livre e espontânea vontade que você aceita se casar com em sagrado matrimônio?
— Sim.
, é de livre e espontânea vontade que você aceita se casar com ?
— Sim — ele disse, beijando sua mão.
— Podem trocar as alianças.
Nessa hora, a porta se abriu novamente, revelando um rostinho conhecido por mim.
— É o Oliver? — perguntei.

— Sim, gostou? Era uma surpresa — sorriu, caloroso.
— Oh, meu Deus! Ele parece tão adorável de terninho! — ri.
Oliver caminhou até nós e entregou a aliança para , que bagunçou seus cabelos de leve.
— Oliver, oi! Bem-vindo, você gostou de levar as alianças? — perguntei, sorrindo.
— Adorei! O disse que ia ter bolo! — disse animadamente e alto, fazendo a igreja toda rir.
— Muito obrigado, Oliver. Você é um pajem incrível — disse , piscando.
— Estamos muito felizes por você estar aqui conosco hoje — sorri e voltamos a nossa atenção ao padre.
— De acordo com a vontade que ambos acabais de confirmar perante mim, de vos receberdes por marido e mulher, eu, em nome do poder que me foi concedido, vos declaro casados — disse o padre sorrindo para os dois. — Pode beijar a noiva.
Os aplausos tomaram conta do lugar quando nos beijamos, selando nosso compromisso eterno. Depois de sairmos da capela, fomos até ao palácio onde seria a nossa festa.

, , finalmente podem abrir nosso presente para vocês — meu pai disse, vindo até a mesa.

Ele nos entregou um novo envelope e abri com cuidado sob o olhar curioso de ao meu lado. Quando acabei de ler, uma onda de emoção tomou conta de mim, era a escritura de uma casa em nosso nome.

— Para vocês construírem a nova história de vocês. Escolhemos o terreno em Nothing Hill, onde já estavam acostumados. Está tudo pronto, só esperando vocês decidirem como será a casa. Que vocês tenham uma vida tão maravilhosa quanto a casa que vão erguer.

Eu e abraçamos meus pais e agradecemos o presente maravilhoso que eles nos proporcionaram.

— Agora você está oficialmente presa a mim — disse no pé do meu ouvido.
— Não preferia outro lugar — respondi no mesmo tom. — Eu amo você.
— Eu também amo você.


FIM.



Nota da autora: Oi, pessoal! Espero que vocês tenham gostado da segunda parte de Regal Respite! Essa fic foi feita com muito carinho por mim e devo agradecer às meninas do site por terem me convencido a postar ela em um dia conversando nos nossos diversos grupos, hahaha! Não vou escrever nome por nome pra não esquecer de ninguém. Mas quero agradecer a Lu por ser uma beta maravilhosa que topou betar a continuação quando eu pedi! Você arrasa, Lu!
Se vocês acharem algum erro cronológico de uma fic para outra, não deixem de me avisar nos comentários, por favor.
Beijos e até a próxima, pessoal!


Nota da beta: Foi uma delícia acompanhar a história da e do , amo casais fofos ❤️


Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.

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