“— Arrogante! — gritou para Harry.
— Mimada, egoísta! — devolveu.
— Ah, seu... — fechou a mão em punhos e saíram correndo pela casa como crianças.”
“— Você devia controlar a sua amiga, sabia, ? — Niall disse, estressado, enquanto segurava o saco de gelo no local em que havia acertado Harry.
— E você devia ensinar o seu amigo a ser menos infantil. — retrucou. — Nós estamos aqui a serviço, não para ensinarmos como alunos da creche devem se portar.”
— Então, meninos, acontecerá uma premiação e recebemos cinco convites a mais para levarem quem quiserem como acompanhante. — Dave disse para os cinco garotos que se encontravam na sala de reuniões.
— Então, Nini, aceita me acompanhar? — Harry perguntou, divertido, para o loiro.
— Lhe concedo a honra de minha companhia, belo moço. — Niall esticou a mão e o moreno a beijou, rindo.
— Estou começando a acreditar nos boatos que rolam sobre homossexualismo dentro da 1D. — Zayn rolou os olhos.
— Ok, mais tarde conversaremos sobre esse assunto. Foco agora na tour.
Após terem chegado à casa de Louis e cumprimentarem , que estava jogada no sofá com seu notebook, os cinco começaram a discutir sobre a premiação que o empresário havia dito mais cedo.
— Certo! — bateu palma. — Harry, amor, é ‘nóis’ na fita, ‘véi’. — deu dois tapinhas no ombro do amigo.
— Claro, todos morrerão de inveja da loira que estará me acompanhando. — Harry riu. — Bem que dizem que a única loira da minha vida é você, amor.
— Isso que dá ser encalhado... — Liam soltou um ‘tsc’, enquanto Harry deu-lhe um pedala.
— Qual o problema, afinal? — desviou o olhar da tela e encarou todos os meninos, que começaram a falar ao mesmo tempo algo como “Premiação” “Dez” “Convite” “Encalhado” “Homossexual”, entre outras coisas. — Um de cada vez, por obséquio?! — e nada. — Gente? — estralou os dedos, mas eles continuaram falando.
— Calem a boca! — Louis berrou, fazendo todos se calarem e o olharem assustados. — Obrigado! — sorriu. — Assim, amor, nós recebemos cinco convites a mais para irmos a uma premiação, sendo assim, cada um poderá levar um acompanhante... Nós... — apontou para si, Liam e Zayn. — Vamos levar nossas namoradas amadas, mas esses dois... — apontou para Harry, que bufou, e Niall, que deu um tapa em sua mão. — São os encalhados da banda.
— Não somos encalhados! — Harry protestou.
— É, estamos solteiros por opção própria, ok? — Niall disse, cruzando os braços na altura do peito.
— Isso mesmo! — Harry concordou.
— E com essa “opção”... — Liam fez aspas com os dedos. —, vocês estão sendo cada vez mais atacados em relação a homossexualismo!
— Não sou gay! — Harry disse, fazendo bico.
— Você pode até não ser, meu amigo, mas as garotas que você já pegou estão virando... — Louis deu dois tapinhas nas costas do menino, dando uma risadinha no final da frase.
— Harry deve ser tão ruim de pegada, que elas ficaram tão decepcionadas, que decidiram ficar com mulheres! — Zayn zoou o menino, que mostrou o dedo nada educado.
— Santa educação que a sua mãe deu e você não sabe usar! — Liam disse, balançando a cabeça negativamente. — Mas o que faremos com os dois convites que estão sobrando?
— Por que vocês não contratam duas personal friends? — perguntou.
— Personal friends? — pôde ser ouvido um coral de vozes.
— Como são fofos falando todos juntos... — apertou as próprias bochechas. — E sim, personal friend! Já existia há um tempo, mas no Brasil tinha uma novela em que uma personagem que era cantora queria uma “personal curica”, que no caso era empregada e amiga ao mesmo tempo. Então popularizou um pouco mais e existem pessoas profissionais nisso, empresas que tratam desse assunto e tal. Vocês poderiam falar com a administração da banda e conseguirem, já que, com certeza, eles concordam que vocês não estão mais bem vistos, né?! — sorriu esperta, enquanto cinco rostos estavam meio que espantados.
— Sério, ? — Niall perguntou, olhando incrédulo para ela.
— Se você quer ficar com fama de ‘viado’, azar é o seu! — disse, sem tirar os olhos de seu notebook.
— , nos conte mais sobre isso! — Louis falou para a namorada, então começaram uma discussão sobre Harry e Niall terem suas próprias personal friends.
***
— Poxa, cara, nunca pensei que fosse ter uma pessoa tão linda ao meu lado. — disse o nerd, dando uma puxada de ranho para dentro, enquanto olhava para , que revirou os olhos.
Era a quinta vez para cima que ele dizia essas mesmas palavras, na mesma tentativa de sedução. Mas não, ele não a seduziria.
— Mais uma hora, meninos, e iremos embora. — disse, irritada, tentando afastar o nerd que estava se esfregando nela.
— Mas já? — o nerd que a acompanhava fez bico.
— Sim! — respondeu e soltou “graças a Deus” para si mesma.
— Acho que então poderíamos aproveitar esse tempo, né? — se aproximou de , na tentativa se ser sensual, falhando, claro.
— Temos regras, se lembra? — fez uma careta para o cara, que bufou.
— Ninguém precisa saber, gatinhas. — encarou , que encarou e fizeram uma cara enjoada.
— Com licença, precisamos ir ao banheiro. — se levantou. acompanhou-a.
— Dude, que merda é essa? — perguntou para , que jogava água no rosto. — Esses são os piores de todos!
e tinham sido escaladas para dois nerds tarados e estranhos, que provavelmente nunca haviam visto alguma mulher mais de perto. O bom era que como as duas eram melhores amigas, sempre que era algo duplo, iam juntas.
Algumas das regras eram: nada de atravessar o sinal vermelho, beijo ou o que fosse, era só a amizade pessoal por algumas horas ou dias. Mas eram mais de um por dia, então nada de apego. Só o tempo necessário e fim.
Enrolaram mais ou pouco no local até que faltasse meia hora para o “fim do expediente”... Realmente, algumas palavras dão duplo sentido.
***
“E qual a preferência?” “Bem, eles são meninos p...”
— Loira! — Harry interrompeu .
“Meninos públicos e então eu gostaria que fossem...”
— Alta!
— Simpática!
Então todos encararam Liam, que deu de ombros.
“Discretas e melhor ainda se forem estrangeiras.”
— Mexicanas!
— Australianas!
— Polonesa!
— Zayn, cala a merda da tua boca, se quiser sorrir ainda. — alertou.
— Liam, idem. — .
“Olha, senhora , iremos entrar em contato com as agências e mandaremos para a senhorita o catálogo para escolher, junto com as nossas regras.” “Muito obrigada!”
desligou o telefone e fuzilou Louis, que se encolheu.
— Amor, amo você, sabia? — sorriu.
— Vai amar a mexicana alta, filho da puta! — bateu em seu braço.
— Ai, amor...
— “Ai, amor” o teu rabo!
— Haha, se ferrou, Louis. — Zayn tirou sarro, até que o encarou e disse:
— Conversamos em casa, Malik.
— Fodeu... — fez careta. — Comecem a procurar o meu substituto, pessoal...
Todos começaram a rir e a brincar, esquecendo o assunto.
— Só espero que esse serviço especial que o Florindo falou, não seja nada que nem o último. — disse, enquanto entravam na agência.
— Nem me diga, não quero saber de nerds na minha vida por pelo menos uns seis meses! — respondeu à amiga.
Entraram e foram direito para a sala de reuniões, onde Florindo as esperava.
— Bom dia, flores do meu dia! — disse, sorrindo, quando viu as duas entrando na sala.
— Está florindo, Florindo? — riu, fazendo piada com o nome do chefe.
— Eu sabia que não deveria ter dado intimidade para vocês, agora tenho que aguentar piadinhas com o meu digníssimo nome!
— Blá, blá, blá, vamos ao que interessa, porque eu estou com fome, cheguei tarde em casa depois de ter aguentado um nerd ranhento ao meu lado à noite toda! — fuzilou Florindo com o olhar.
— Isso foi coisa da Rose. Vocês sabem que eu nunca colocaria vocês duas em algo assim... — se defendeu.
— Aquela invejosa dos infernos. Um dia meto um murro na cara feia dela! — fechou as mãos em punho.
— Enfim, vamos ao que interessa... — as meninas assentiram. — Recebi ontem à tarde uma ligação do dono da nossa filial em Londres e ele pediu que eu indicasse as minhas duas melhores profissionais para um serviço mais do que especial...
— Wow! Fingiremos ser namoradas de quem? Do príncipe? — zoou.
— Não... — prolongou a palavra. — Melhor do que isso! — ele disse, levantando de sua mesa, pegando o seu celular.
— Melhor do que o príncipe?! — estava abismada.
— Vocês serão acompanhantes de Niall Horan e Harry Styles.
— Quem? — perguntou, fazendo uma cara estranha.
— Aqueles dois da One Direction? — questionou.
— One Direction? Como assim? Eles têm quantos anos? Dez? E estão querendo companhia? — , em partes, estava desesperada.
— Isso é pedofilia. Não quero ser presa!
— Vocês não vão ser presas e eles não têm dez anos de idade, ambos têm uns dezenove e vocês também! — Florindo respondeu. — Mas tanto faz, não estamos aqui para questionar a idade deles ou a de vocês, eu quero saber se aceitam ou não o serviço.
e se entreolharam e deram de ombros.
— Pagando bem, que mal tem? — falou e a loira concordou.
Logo em seguida, Florindo começou a passar as instruções para as meninas e, depois de tudo combinado, ele disse o quanto iriam pagar a cada uma.
— Isso é sério? — ficou abismada.
— Tem certeza que você disse a eles que é terminantemente proibido relações físicas em todos os aspectos? Porque ninguém pagaria isso tudo por apenas companhias. — alertou.
— Pois eles pagam! — o rapaz respondeu, rindo.
— Bom... — começou. —, e quando embarcamos para Londres, mesmo? — e olhou para a amiga, que sorria em sinal de euforia.
***
— Harry e Niall... — o empresário começou —, as personal friends de vocês chegam daqui a pouco, mandei um carro ao aeroporto para buscá-las. Mas temos regras!
Os meninos concordaram com a cabeça, com cara de tédio, afinal, aquela reunião já estava durando horas.
— Tudo bem... E como elas se chamam? — Harry perguntou.
— A sua se chama e a do Niall, . — o homem respondeu.
— ? ? Que raios de nomes são esses? — Liam perguntou.
— Elas são brasileiras. — deu de ombros.
— Brasileiras? — berraram todos.
— Sim, brasileiras, elas chegam hoje! Já devem ter chegado, para ser mais exato...
— Eu e Harry vamos ficar com brasileiras? É isso mesmo? — Niall disse, animado com a ideia de estar com uma garota dessa nacionalidade.
— Não entendi o motivo da animação, elas são meninas normais, ué! — o empresário deu de ombros.
— Mas elas... — Louis ia falar algo, porém, foi interrompido por duas batidinhas na porta e logo a cabeça da secretária de Dave pode ser vista por uma pequena fresta.
— Senhor, as meninas chegaram. Deixo-as entrarem ou peço para esperarem? — a simpática moça perguntou, sorridente.
— Mande-as entrar, Joanna, quero que os meninos as conheçam agora.
Joanna assentiu, sorrindo, e ouviram-se passos no piso de madeira da sala de reunião.
Logo e adentraram a sala, fazendo todos ficar boquiabertos, inclusive o empresário. As meninas sentiram certa tensão no ar, então decidiram se pronunciar.
— Hello! — disse, simpática, sorrindo e acenando.
— Hi. — disse um pouco mais tímida.
— He-e-llo! — Dave respondeu, tropeçando ao sair de trás da mesa em que estava sentando, e foi até as meninas cumprimentá-las. — Prazer, sou Dave, empresário dos meninos.
— Prazer. — as meninas apertaram a sua mão.
— E esses aqui... — apontou para os meninos, que ainda estavam sentados e olhando fixamente para as duas. —, como devem saber, é a One Direction.
— Erm, eles estão bem? — perguntou, analisando o estado dos meninos.
— Eles... — pigarreou. — Estão ótimos, não é mesmo? — deu um pedala na cabeça de Harry, que estava mais perto dele.
— Ai, Dave! — gemeu, passando a mão no lugar afetado e fazendo os outros despertarem.
— , ... — Dave apontou para as meninas. —, esses são Harry... — o menino deu um sorrisinho. —, Louis... — acenou com a mão. —, Zayn... — deu um sorriso de lado, piscando um olho. —, Liam... — o garoto fez joinha. —, e, por fim, Niall! — então o loiro deu um sorriso envergonhado, fazendo as suas bochechas corarem e cutucar .
— Prazer! — as duas falaram juntas e se entreolharam, dando um sorriso.
— Bom, meninas, apresentações feitas, agora vamos ao contrato. — Dave começou.
Liam levantou-se, dando lugar para se sentar e foi até o canto da sala, onde tinha outra cadeira, e pegou para .
— Obrigada! — as meninas sussurraram para ele, que sorriu.
— No contrato da empresa que vocês pertencem, diz que é terminantemente proibido qualquer tipo de relação física... — olhou significadamente para Harry. — Ou sentimental. — olhou para Niall.
— Isso. — concordou. — Somos conselheiras, não... Erm, perdão pela palavra: prostitutas.
Todos negaram com a cabeça, sem se importar com o termo usado, e disseram entender as condições.
— Mas, como eles são pessoas públicas, preciso que vocês assinem esse termo, dizendo que estão cientes de qualquer ofensa, prováveis aparições em revistas de fofocas ou supostos boatos que, com certeza, serão criados. — Dave entregou o papel para as meninas, que leram com atenção e logo assinaram.
— Só mais uma coisa: o Florindo disse que vocês ficariam responsáveis por moradia e qualquer outra coisa que fossemos precisar. Onde vamos ficar? — perguntou.
— Você ficará na casa do Harry, já que você será a personal dele, e a ficará na do Niall. — Dave respondeu, então elas se entreolharam novamente e fizeram uma cara estranha.
— Ela vai ficar na minha casa? Nossa, Dave, que bom que você me contou isso com antecedência, né? — Harry reclamou, olhando para Dave, que deu de ombros.
— Não se esqueçam de que assim que elas forem deixadas na casa de vocês, é para voltarem para cá, porque ainda não terminamos a nossa conversa, ok?! — se despediu dos meninos e saiu da sala.
O silêncio ficou constrangedor. As meninas estavam com vergonha, já que tinham acabado de conhecer os meninos.
— Vocês estão com fome? Acabaram de chegar e já vieram para cá, certo? — Liam perguntou.
— Com fome não, nós estamos... — começou, mas foi interrompida por .
— Fale por você, eu estou sim! — a menina disse e os meninos riram.
— Vão pensar que passávamos fome lá no Brasil! — deu um tapa na testa da amiga.
— Se for assim, o Niall passa fome aqui também, porque come, come, come e sempre está pedindo mais comida!
— Estava demorando... — Niall resmungou e todos começaram a rir.
Logo foram levar as meninas para casa, para conhecerem , e .
I’m the only one who gets to take her home, take her home.
Depois de terem chegado à casa de Louis, onde as meninas os aguardavam, se cumprimentado e todas essas coisas, começaram a combinar sobre uma possível saída entre os dez.
— Podemos ir para a praia. — Niall sugeriu.
— Nossa, Horan, cala a boca. A praia fica do outro lado do país. — Louis deu-lhe um pedala e recebeu uma careta em troca.
— Acho que concordo com a , o melhor é um restaurante. — Zayn disse e abraçou a namorada pelos ombros.
— Claro que concorda... — revirou os olhos. —, mas é uma boa, mesmo.
— Todo mundo topa restaurante? — responderam positivamente a Liam. — Ok, então, às oito horas, por favor, todo mundo no Restodontè.
e se entreolharam e começaram a gargalhar, enquanto todos as encaravam com faces estranhas.
— O quê? — Harry perguntou, entediado.
— É que a sempre foi gulosa, então uma vez ela chegou em casa e falou “Tia, o que tem para comer hoje?” e a minha mãe olhou para ela “Restodontè”.
— Tá, e aí? — não entendeu. Nem ninguém, fora as duas.
— Seria “resto de ontem” em português, só que fingindo no francês. — respondeu e começaram a rir.
— Engraçado... — encararam . —, esse restaurante é brasileiro, mesmo.
Pararam para pensar um pouco e começaram a conversar sobre assuntos aleatórios, perguntarem sobre o Brasil, até que cada um começou a se separar para cada lado e as meninas reclamaram de cansaço, fazendo Harry levar para a própria casa e o mesmo Niall com .
Harry e
se assustou quando entrou na casa e não encontrou nenhuma caixa de pizza jogada na sala ou cueca pendurada no corrimão da escada. Afinal, era um menino de dezoito anos morando sozinho.
— Nossa, como você é organizado! — a menina comentou com Harry.
— Quase não fico em casa, para falar bem a verdade, assim como os meninos; quando ficamos, geralmente, vamos para a casa do Louis, do Liam ou do Zayn, porque eles moram com as namoradas.
— É, mas a partir de hoje você não morará mais sozinho, terá uma personal friend com você! — sorriu.
— Aliás, você vai morar comigo e a única coisa que eu sei sobre você é o seu nome e sua nacionalidade. — Harry disse, puxando a menina pela mão e a levando até o sofá da sala. — Conte-me mais: quem é , afinal?
— Bom, a tem dezenove anos, brasileira, trabalha como personal friend na melhor agência de São Paulo, tem como sua melhor amiga e companheira de trabalho. É apaixonada por amarelo... — juntou as mãos, pensando um pouco. — E não sabe mais o que falar. — concluiu, sorrindo timidamente.
— Seu sorriso é bem bonito! — o menino comentou, fazendo corar.
— Obrigada, eu acho! — fez uma careta.
— Bom, você deve estar cansada, certo? — ele perguntou, recebendo um sinal em concordância. — Você fica no quarto de hóspedes, que por enquanto é branco e sem graça, porque já que o Dave não me contou que você ficaria aqui em casa, não mexi em nada. Mas amanhã já vamos atrás de tudo isso, ok? — disse, sorrindo para a menina.
Harry a levou para o quarto de hóspedes, ajudou-a a levar as suas coisas para o cômodo e mostrou a casa toda.
— Bom, , tenho que terminar a reunião agora com os meninos, fique à vontade, mais tarde eu volto e iremos sair para jantar, tudo bem? — perguntou.
— Ah, claro. — a menina respondeu, sorrindo, e concordou freneticamente com a cabeça.
— Aliás, venha aqui! — ele foi até a sacada do quarto. — Aquela casa ali: — apontou para a casa do lado. — É a casa do Niall e essa sacada de frente para a sua, provavelmente, será o quarto da , já que é o quarto de hóspedes dele. Vá lá ou grite-a, caso se sinta sozinha demais. — disse rindo e a menina riu junto.
— Pode deixar, qualquer coisa eu grito ela.
Então, Harry foi para a reunião e foi arrumar as suas roupas, sapatos e tudo o que ela tinha que trouxe consigo. Quem a visse com todas essas malas, pensaria que a menina estava de mudança, mas como não sabia quanto tempo iria ficar sendo personal de Harry, trouxe tudo o que julgou ser necessário - o seu bolso sentiu o suficiente, a ponto de nunca se esquecer.
Assim que terminou, olhou no relógio e viu que ainda era uma da tarde, então decidiu se deitar e descansar. Ela realmente estava cansada da viagem.
//
Niall e
— Então, , quantos anos vocês têm? — Niall perguntou, enquanto abria a porta de sua casa e puxava as malas da garota, que estava logo atrás, segurando um nécessaire.
— Dezenove.
— é a sua melhor amiga? — subia as escadas, segurando uma das malas, deixando para subir a outra depois, senão não aguentaria.
— Aham... — riu do esforço dele. — Está muito pesada?
— Está desconfortável. — fez uma careta. — Nada demais.
Andaram um pouco e logo chegaram à porta do quarto de hóspedes, que era em um tom de azul.
— Bem, espero que se divirta, né?! — apoiou a mão na nuca. — Venha conhecer a minha humilde residência.
— Humilde é a minha e da no Brasil, moleque estranho. — riram fraco. — Vamos lá, guia.
Niall mostrou toda a casa para a menina, então foram beber algo na cozinha, sentaram nos bancos do balcão e se encararam.
— Uma cor? — Horan perguntou do nada.
— Laranja.
— Um lugar?
— Calmo, de preferência com grama para eu andar descalça e ver as estrelas. — riu.
— Gostei da cor do teu cabelo. É meio roxo...
— Niall, é marrom, castanho, tudo, menos roxo. — gargalhou. — Daltônico.
— Nem ligo. — deu de ombros. — Você gosta de Justin Bieber?
— A diz que sou Belieber, mas não chega a esse ponto. — soltou um ‘puff’.
— Nos daremos bem, . — riu do apelido que a fazia se lembrar de seu primo caçula e torceu mentalmente para que ele estivesse certo.
Começaram a trocar algumas ideias sobre o país de ambos e, após olhar em seu relógio e anotar em um papel o seu número, Niall se despediu de .
— , vou para a minha reunião. está na casa ao lado esquerdo da minha, então se quiser ir para lá... — deu de ombros. —, sinta-se à vontade! — deu um beijo na testa da menina e ela acenou.
A menina se levantou depois de um tempo e colocou os copos na pia, suspirando ao ver algumas coisas fora do lugar e não conseguir ficar sem arrumar.
Ao terminar de ajeitar as coisas e arrumar os seus pertences no quarto de hóspedes, olhou o relógio e teria tempo o suficiente para descansar o que não conseguiu no avião, já que é hiperativa e não a deixava quieta, consequentemente.
//
Oito horas da noite e Niall já estava pronto, então resolveu ir à casa ao lado, encontrando Harry, que ia à de Louis.
— Mate? — gritou e Harry parou, o esperando. — A está pronta?
— Ainda não. Estava berrando a da sacada, porque não sabia o que fazer com sei lá o quê. Povo estranho. — fez uma careta, rindo.
Ouviram um grito e barulho de algo sendo esmurrado.
— , falei para você me esperar nessa mer... Ah, oi, meninos! — acenou, envergonhada.
— Ô, , desc... — falava, enquanto abria a porta, mas parou quando fez cair, por estar apoiada, tentando esconder a vergonha pelos gritos. — Bem feito! — gargalhou, o que levou os meninos a fazerem o mesmo.
— Eu. Te. Mato. Desgraçada! — falou, lentamente.
Entraram na casa acenando para os meninos, que se entreolharam e deram de ombros, indo até o destino anterior.
***
— Vai ter volta, sua desmilinguida. — apontou para .
— Ok, agora me ajuda com a bosta do calçado.
Conforme iam passando pelos cômodos, olhava ao seu redor.
— Gostei daqui.
— Gostou do dono da casa, isso sim.
— Psi. De onde tirou isso, pequena calopsita? — deu-lhe um pedala, abrindo o guarda-roupa em seguida.
— ... — chamou, toda fofa.
— O que é? — revirou os olhos. Lá vinha...
— Me dá uma calopsita? — colocou as mãos em frente ao corpo e começou a piscar freneticamente.
— , você não odeia aves? — deu outro pedala na amiga, que reclamou.
— Sua bruta! — fez bico. — Era só para não perder o costume de te pedir as coisas. — cruzou os braços e se jogou na cama.
voltou a sua atenção aos sapatos e acabou encontrando um da cor favorita da amiga, que gritou, erguendo os braços, “Amarelo!” e a abraçou, eufórica.
— A é meio... Intensa, né?! — Louis comentou, ouvindo os gritos da menina e fazendo os meninos rirem.
Logo as duas saíram da casa, então Harry levou para o seu carro, assim como Niall levou para o seu, e foram para o restaurante, sendo seguidos por Louis, que estava com , Liam com e Zayn com .
Quando chegaram ao restaurante, os meninos deram as chaves aos manobristas e entraram.
— Reserva no nome de Dave. — Liam disse ao recepcionista. Era sempre o empresário quem fazia as reservas.
Acompanharam a moça até uma mesa em um espaço ao ar livre e pegaram o cardápio para olharem.
— E aí, meninas, o que vocês gostam de comer? — Louis perguntou para e .
— Comida, de preferência... — respondeu, distraída, e recebeu um beliscão de por debaixo da mesa — Ai, bruta!
— Só me faz passar vergonha... — disse, colocando a mão na testa. — Para ser bem sincera, gostamos de tudo!
— Não somos muito fãs de comidas com nomes impossíveis de pronunciar, apenas. — completou, divertida.
— Então vamos para outro lugar, eu não consigo pronunciar nem o nome da sobremesa principal daqui! — Niall disse, indignado.
pegou o cardápio da mão do menino e riu.
— É brigadeiro, Niall! — ela disse.
— Briga com quem? — Zayn perguntou e as duas riram.
— É um doce brasileiro. Claro, né, já que esse restaurante é brasileiro, dã, ! — a menina falou consigo mesma.
— Acabou o monólogo, amiga? — perguntou, fazendo todos da mesa rir. — Enfim, o que vamos pedir?
— Feijoada! — apontava para o cardápio. — Tem feijoada, !
— Essa menina morava na roça, não é possível! — comentou.
— O que é essa feijoada? — tentou falar a palavra corretamente.
— Bom, lá no Brasil é feijão preto com pedaços de porco e carne seca, mas aqui está escrito que é só feijão preto, carne seca e bacon! — explicou.
— Deve ser bom do mesmo jeito, vamos pedir? — sugeriu e todos concordaram.
O pedido chegou, Harry e Niall ficaram apaixonados pela comida e comeram como se fizessem dias que não colocavam algo que os sustentassem na boca.
— Meninos, vão com calma, isso é forte e pode fazer vocês passarem mal! — alertou.
— Dá nada, amanhã estamos de folga. Isso aqui é muito bom! — Niall falou rápido para poder voltar a comer logo.
— E eu ainda quero brigadeiro de sobremesa! — Harry falou com cara de criança pedindo sorvete.
— Sinto que alguém vai passar a noite no banheiro... — falou mais para si do que para os outros, porém todos ouviram e começaram a rir.
Harry e
acordou com barulhos de descarga, olhou em seu celular e eram três horas da manhã ainda. Tinham chegado cedo do restaurante, Harry disse que não estava se sentindo bem e Niall alegou dor de cabeça, então foram cada um para as suas respectivas casas.
A menina se levantou para ir beber água e se assustou quando viu Harry saindo do banheiro.
— Harry, está tudo... Meu Deus, que tipo de bicho morto tem aí dentro? — falou quando sentiu o cheiro que vinha de dentro do banheiro e começou a abanar a mão em frente ao nariz.
— Digamos que meu estômago é meio... Sensível. — passou a mão pelos cabelos cacheados.
— Santo Cristo, Harry, vamos para a cozinha que eu te faço um chá ou qualquer coisa do tipo para ver se melhora isso! — a menina disse, puxando Harry pela mão até a cozinha.
//
Niall e
— Niall? — perguntou, saindo do quarto, quando ouviu barulhos no andar de baixo.
— Oi, , estou aqui! — o menino respondeu, saindo da cozinha.
— Você está bem? — a menina olhou para ele, que estava com a aparência cansada.
— Para ser bem sincero... Não! — passou a mão sobre a barriga. — Estou com uma dor de barriga desgraçada!
, vendo a cena, não se aguentou e começou a rir.
— Nós avisamos que faria mal! — disse, se lembrando da cena no restaurante.
— Nem me diga, só de me lembrar daquela feijoada e do brigadeiro eu... — o menino fez uma cara estranha e saiu correndo para o banheiro, deixando um odor nada agradável no local que ficou.
— Porra, mano, parece que ele engoliu um gambá e que o coitado está querendo sair pelo buraco de baixo agora. So-cor-ro! — saiu abrindo as janelas da casa.
//
fez chá para Harry, mas não funcionou muito bem, já que, assim que ela subiu, ouviu a porta do banheiro sendo fechada com violência. Riu sozinha e foi até a sacada, então encontrou abrindo a sua.
— O que aconteceu, amiga? — perguntou, quando viu que todas as janelas da casa estavam abertas.
— , ooh, this is an SOS! — cantarolou Jonas Brothers, fazendo rir.
— É o que eu estou pensando?
— Acho que sim. O senhor irlandês abusou da feijoada, agora está lá, reinando na privada! — disse, tentando segurar a risada, mas não conseguiu.
— O britânico do sotaque bonito fez o mesmo com o brigadeiro, agora parece que tem um bicho em estado de decomposição naquele banheiro. Argh! — fez uma careta, ainda rindo com a amiga.
— Entendi o porquê de esses dois estarem encalhados, nenhuma garota seria guerreira o bastante de aguentá-los com caganeira!
— Verdade, imagina namorar o Niall e ter que aguentar cada vez que ele começar a peidar? Não sirvo para isso! — fez careta.
— Nem eu, imagine só ter que sentir os odores que o Harry deixa no banheiro depois que ele coloca para fora o que ele comeu durante o dia todo?
— Tenho certeza de que se as fãs soubessem disso, acabaria com a magia! — afirmou.
— Ou não. Elas são tão idiotas às vezes, que é capaz de acharem isso “fofo”. — fez aspas com as mãos.
— Vocês querem parar de falar sobre minha noite de rei, por favor? — ouviram Niall gritar do banheiro e gargalharam.
— E não estou com caganeira, tenho apenas o estômago sensível! — Harry berrou, também do banheiro.
O banheiro da casa de ambos era do lado do quarto de hóspedes, logo, com as janelas de frente uma para outra, então eles ouviram tudo o que as meninas conversaram.
— Desculpa aí, moço que fica lindo até cagando! — berrou para Harry, fazendo rir.
— É, eu não sabia que seus odores seduzem fãs. — gritou para Niall, que berrou um palavrão que elas não conseguiram entender.
Uma semana havia se passado desde a chegada das meninas, e, nesses sete dias, ficaram praticamente todos à toa em casa, a não ser quando saíram com os meninos para andarem ao parque pela manhã.
dormia calmamente e Louis conversava com Harry na porta.
— Posso acordar, então?
— Só não me coloque no meio.
Louis adentrou o quarto e se sentou ao lado de , na cama. Aproximou seu rosto do da menina e gritou:
— It's time to get up! — prolongou a última palavra, se levantou rapidamente e parou ao lado da cama.
— Aicarai, VirgeMaria, terremoto? — começou a se chacoalhar para se livrar do edredom, que se enroscava mais ainda em suas pernas.
Harry olhava a cena pela porta e ria.
— Terremoto não... — o menino tentou falar entre uma gargalhada e outra. —, só o Louis te acordando, mesmo... — disse, sem fôlego.
— Nossa, Louis, perdeu o amor à vida, foi? — a menina tacou um travesseiro nele.
— Olha, , veja pelo lado bom das coisas: pelo menos você dorme com roupa! Nunca acordamos o Harry, porque sabemos que ele dorme peladão e não queremos ter a visão do inferno logo pela manhã... — Louis falou, imaginando a cena e fazendo cara de nojo.
— Imagem desnecessária veio a minha mente, Louis, desnecessária! — a menina disse, desenrolando o edredom, que ainda estava em suas pernas e colocando em cima de si mesma novamente, em uma tentativa de voltar a dormir.
— O que você pensa que está fazendo, ? — Harry perguntou, olhando a cena.
— Tentando voltar a dormir, se você e o Louis colaborarem e calarem a boca! — a menina respondeu.
— Mas o que é isso? Olhe só o dia lindo que está... — Louis abriu a porta da sacada, dando de cara com um céu com nuvens cinza, carregadas de chuva e um vento horrível. — Ok, esquece a coisa do dia lindo. — falou, fechando a porta e indo puxar o edredom de novamente, que o olhou com a cara de que iria matá-lo com apenas o olhar.
— Olha, Louis, só não te meto um soco nessa sua carinha bonitinha, porque gostei muito da sua namorada e tenho dó de ela sair andando na rua com um marmanjo com a cara roxa, porque apanhou de mulher. — a menina resmungou e se levantou da cama, indo para o banheiro do quarto fazer a sua higiene matinal.
— Quanto bom humor, meu Deus! — Louis zoou a menina, que mandou o dedo educado para ele.
— Família, cadê vocês? — ouviram a porta de baixo abrindo e logo passos na escada.
— Vocês não têm moradia própria não? Pensam que minha casa é o que, para ficarem entrando e saindo quando querem? — Harry falou, indignado, quando Zayn passou por ele.
— Cala a boca, ow! — Zayn entrou no quarto e se jogou na cama.
— Vocês não têm casa não? — perguntou, saindo do banheiro.
— Há! — Harry gritou e apontou para Zayn.
— Menino estranho, eu hein?! — se referiu a Harry.
— Já passou o mau humor, criatura? — Louis tirou sarro da menina.
— Cala a boca, você! — apontou para Louis. — E você: — apontou para Harry. — O que vamos fazer hoje?
— Olha, não sei ainda. Temos que esperar a acordar e ver com ela, Niall e Liam o que faremos.
— acordar? Não seja por isso! — a menina deu um sorriso malicioso e se dirigiu até a sacada, abrindo a mesma, puxando o ar e gritando: — Acorda, !
Harry, Zayn e Louis se assustaram com o fato de um grito com esse potencial ter saído de uma criatura pequena como .
Foi questão de segundos até a porta da sacada de ser aberta e ver um tênis voando em sua direção.
— Cadê a educação que eu te dei, infeliz? — falou, rindo, e então uma descabelada e com a cara de quem estava com o demônio no corpo, apareceu.
— , eu espero, do fundo do meu coração, que você morra! — gritou, fazendo a menina rir mais ainda.
— Você me ama que eu... — não conseguiu terminar a frase, foi atacada por mais um tênis voador arremessado pela amiga. — Ei, bruta!
— Mas o que está acon... Por que a está com os meus tênis? Ou melhor: como eles foram parar lá? — Niall perguntou, quando apareceu na sacada e viu segurando seus dois tênis e Louis, Harry e Zayn atrás dela, rindo.
— Ô, Niall, tem comida nessa casa não? — Niall ouviu Liam berrando do andar de baixo.
— E você, Liam, tem casa não? — respondeu, então ouviram Liam subindo as escadas e indo direto para o quarto de .
— Oi, gente! — Liam disse, sorridente, quando apareceu na sacada e viu os meninos rindo junto com na sacada da frente, descabelada, bufando, e Niall com cara de interrogação.
— Vão se foder todos, todos, todos! — entrou no quarto berrando e se trancou no banheiro.
— Eu, hein, é todo dia assim? — Niall perguntou, assustado, para .
— Só quando alguém a acorda. Ela costuma ser mais amigável. — a menina respondeu, dando de ombros.
— Manda benzer! — Liam disse, fazendo o sinal da cruz. — Viu, Dave mandou vocês irem comprar as coisas para os quartos das meninas hoje, porque finalmente temos o dia livre... — avisou para Niall e Harry.
— Vou ir me trocar então, e esperem a acabar com o mau humor dela no banho, depois disso ela será fofa como uma panda! — disse saltitante e sorridente e entrou no quarto, indo pegar a sua roupa.
— Fofa como uma panda? What the fuck, ? — Harry perguntou mais para si do que para os meninos.
— Vai entender. Vamos logo sair para ela se trocar. — Louis foi saindo e os meninos foram junto.
Niall e
Assim que entrou no banheiro, foi tomar um banho. Ficou pelo menos meia hora e saiu, já mais calma. Foi para seu quarto, colocou uma roupa, penteou os cabelos e foi para a cozinha, encontrando Niall e Liam tomando café da manhã.
— Você é a boazinha ou é ainda a possuída que eu vi na sacada? — Niall perguntou, zoando.
— Sou a boazinha já, fofo! — disse, sorrindo e dando um beijo na cabeça do menino.
— Gosto mais dessa, viu?! — Liam comentou, rindo.
— Idiotas! — rolou os olhos. — O que vamos fazer hoje? — a menina perguntou, sentando-se a mesa junto com os meninos, após cumprimentar também Liam, com um beijo no rosto, e colocando café em sua xícara.
— Bom... Você, , eu e Harry vamos comprar as coisas para os seus quartos.
— Eu vou com a visitar os meus pais, assim como Zayn e Louis. — Liam respondeu, limpando a boca com o guardanapo. — Falando nisso, estou indo, gente, boas compras! — se levantou e saiu.
Niall e ficaram ali, terminando de tomar café da manhã, até que ligou para a amiga na casa de Niall, perguntando se iriam demorar.
— Se o Niall terminar de tomar o café da manhã dele, que mais está parecendo um almoço, nós já vamos, ... Ok, beijos! — e desligou.
— Estão nos esperando? — o menino perguntou com a boca cheia, atrás da garota.
— Pelo o amor de Jesus na cruz, Niall, come e depois fala! E sim, estão nos esperando.
— Então vamos, porque aí dá tempo de passarmos antes na Starbucks e pegarmos algo para comermos.
— Para onde vai, me conta? Você comeu uma omelete de salsicha, pão com manteiga, panquecas com mel, cereais e tomou leite! Aliás, de onde saiu tanta comida? — questionou.
— A Ava que faz. Ela faz o nosso café da manhã todos os dias e passa depois na casa de cada um deixando. — o menino respondeu, sorrindo.
— Ah, sim... Bom, vamos? — ela perguntou.
— Vamos às compras, amiga! — Niall fez uma voz afetada, fazendo rir.
— Estou começando a acreditar sobre o homossexualismo na banda, hein?! — a menina zoou o menino.
— Quando me virem na rua, andando com uma menina linda que nem você, o máximo que vão comentar vai ser “Que tipo de magia negra Niall fez para conquistar uma menina assim?” — riu.
— Bitch, please, namorada do Niall Horan passando! — disse com uma voz enjoada e os dois começaram a rir.
//
— Ô, asmática, dá para parar de pisar no meu pepé de Cinderela depois da diarreia do Niall? — o menino soltou um “começou”, que fez os três rirem.
— Desculpa, , amor da minha vida. Vem cá, is forever ainda? — deu um beijo no rosto da amiga e a agarrou pelo pescoço, fazendo Harry rolar os olhos e Niall rir.
— ? — Niall fez uma careta.
— É o nosso sismance. Dá licença, moço? Acha que só vocês podem ter? Está te atrapalhando? Não? Então respeite que a população em peso agradece. — esganiçou a voz e falou rapidamente.
— Em peso mesmo, porque com toda essa gordura, , olha...
— Ei! Não quero mais . — cruzou os braços e se afastou da amiga, que a mandava beijos e tentava a abraçar de novo.
— A não é gorda. — Niall defendeu, fazendo Harry parar no meio da calçada e fazer o mesmo, até desistindo de sua tentativa de reconciliação, para encará-lo. — Que é? Ela é fofa e simpática, quem vê gordura? — brincou, rindo.
— Valeuzão aí, Niallão! Valeuzão! Me chamou de pseudo gorda, então? Qual é? — fez joia, enquanto piscava os olhos freneticamente.
— Amiga, rímel novo?
— É sim... — sorriu angelicalmente.
Os meninos deram de ombros e voltaram a andar, deixando as duas para trás se abraçando.
— Nini está com fome.
— também. — passava a mão na barriga.
— ...
— Ah, , é óbvio que você também está. — Harry disse.
— Nossa, que íntimo, hein, amiga? — cutucou a cintura de , que riu.
— Eu e a somos bem íntimos, né?! — Styles piscou para a garota.
— É, a pobre coitada teve que aguentar a sua carniça, fora que olha para a tua cara. Bem íntima. — prolongou a primeira palavra. — Paciente e, amiga, sério, você tem um lugar no céu. — deu um pedala no garoto, enquanto passava ao seu lado, para entrar no estabelecimento.
— Por te aguentar, pode ter certeza! — Harry soltou a porta que segurava, parando ao lado da menina.
— Ô, moleque! — gritou no meio do restaurante, que tinham acabado de entrar, fazendo arregalar os olhos e tampar a boca da menina, que mandou o dedo do meio para Harry.
— Nem vou falar o que você deve fazer com esse dedo torto.
— Gente, por favor, estamos em um restaurante...
— Foi ele/ela quem começou. — apontaram um para o outro.
— Eu e o Niall sabemos quem começou, a gente só quer que vocês discutam quando chegarmos em casa, ok? — puxava a amiga por uma mão e o “cliente” por outra, em direção à uma mesa.
— Eu quero comida, isso sim. — Niall respondeu, sentando-se.
— Niall, colabora... — largou a mão dos dois e se sentou ao lado do menino.
— Desculpa, . — deu um beijo na bochecha da menina, fazendo ambos ficar corados.
— Quanta fofura... — zoou e Harry concordou, arrependendo-se em seguida.
— Vocês dois também são fofos juntos, só devem brigar um pouco menos. — Niall abraçou de lado, que tampou o rosto com as mãos, querendo se enfiar em um buraco menos estar naquele lugar.
— Meu menino cresceu. — Harry falava para , fingindo limpar lágrimas.
— A minha menina também... — fungou. — Tá, larga, Harry... — empurrou o rapaz que ia a abraçar.
Os dois se sentaram afastados, por ser uma mesa redonda com bastante espaço, fazendo Niall e rirem.
Depois da compra e do almoço, pararam em frente ao restaurante, tentando decidir o que fariam.
— A gente pode assistir a um filme.
— Mas nem rola cinema, , você sabe... — Niall começou a se desculpar.
— Eu não gosto de cinema, pode ser na casa de alguém mesmo. — as meninas deram de ombros.
— Ok! Vamos para a minha casa, já que eu assinei aquele pacote de qualquer filme na hora.
— Até agora está sendo metido. Queria entender o seu problema, Styles.
— E eu o seu, garota estranha.
— Escuta aqui.
— ... — saiu puxando a menina pela calçada.
— Cara, chega. — Niall segurou os ombros de Harry.
— Ela que é irritante, Niall! — Harry olhava em direção à esquina, onde as duas estavam.
— E eu nem vou falar o que você é, porque vai ofender a sua mãe. — gesticulou.
— A minha mãe, pelo o que eu saiba, não é a sua não, ! — retrucou, indo para o caminho contrário de todos.
escancarou a boca. Mesmo não sendo tão ligada com a família, isso não o dava o direito de simplesmente falar sobre quem a colocou no mundo.
— Olha aqui, menino mimado, se você pensa que vai fugir sem ouvir umas verdades, tá enganado! — apertou o passo e tentou alcançá-lo. foi atrás, com medo que a amiga socasse Harry e Niall seguiu todos apenas porque não queria ficar sozinho. Não iria se meter no meio dessa brigaiada toda, não mesmo.
, quando conseguiu chegar perto do menino, puxou-o pelo ombro com violência.
— Menina, me deixa em paz!
— Pensa que todos são assim? Ouvem as bostas que você diz sem pensar e fica por isso mesmo? — dizia enfurecida.
aproximou-se dos dois e colocou a mão nas costas da amiga e disse baixo:
— , calma, daqui a pouco...
Mas Niall a cortou:
— Merda, paparazzi.
Os dois que antes brigavam, agora estavam em choque e pensando no que fazer para não acabarem com o disfarce que tinham se comprometido a cumprir.
Niall foi mais rápido e abraçou pela cintura, deixando-a envergonhada nos primeiros segundos, porém logo o abraçou de volta.
— Harry, e agora? — sussurrou para o menino, que tinha pânico nos olhos.
Pensou por alguns segundos da forma mais rápida que pode: se continuassem brigando, tudo teria sido em vão, e teriam sido contratadas em vão, as pessoas iam continuar achando que ele era gay, ainda mais depois disso, diriam que ele não deu conta da brasileira. Então, em um momento de luz em sua mente, teve a ideia que precisava para se salvar:
— Pode me socar depois, mas agora finge que está gostando! — disse para a garota e não deu tempo da mesma responder, logo a puxou mais para perto pela cintura e a beijou, sendo correspondido logo que a personal entendeu o que acontecia, o abraçando pelo pescoço.
— Vamos ver que filme? — perguntou, jogando-se no sofá fofo da casa de Harry.
— Cadê a pipoca? — Niall chegou à sala, perguntando.
— Você acabou de almoçar! — Harry falou, inconformado.
— Se não tem pipoca, não tem graça! — o menino cruzou os braços.
— Quem vê essa carinha fofa, não imagina o quanto fede quando come feijoada. — comentou, baixinho.
— Vai começar? — Niall falou bravo e os outros três começaram a rir.
— Brincadeirinha, Nini, vamos fazer pipoca! — sorriu para o menino, que sorriu de volta, segurou em sua mão e foram para a cozinha.
— Como são fofos juntos, né? — Harry perguntou, sentando-se ao lado de .
— É... — a menina concordou, distraída.
— , por que você não gosta de mim? — o menino perguntou.
— Não é que eu não gosto de você, Harry, é só que... Você é arrogante demais às vezes. Eu não suporto pessoas assim, que se acham superiores a alguém. — respondeu, olhando diretamente para ele.
— E-Eu... Sou arrogante? — gaguejou.
— Às vezes sim, demais!
— Me... Desculpa? Quero ser seu amigo de verdade, igual a e o Niall ficaram já. E ainda mais do que precisou ser feito hoje, não dá para viver em pé de guerra, não é?! — falou sorrindo para a menina, que não resistiu ao sorriso de canto dele, devolveu o gesto e o abraçou, concordando.
***
e Niall estavam sentados no balcão da cozinha, esperando o microondas apitar com a pipoca pronta.
— Então você e a gostam de McFLY? — Niall perguntou. Estavam conversando sobre bandas.
— Sim, demais! Quando éramos mais novas, vivíamos escrevendo fanfics com eles, que um dia ganharíamos um intercâmbio para Londres, entraríamos em uma Starbucks e quando estivéssemos saindo, daríamos de cara com o Danny e com o Dougie e eles iriam se apaixonar por nós... — a menina disse, fazendo uma cara fofa.
— Meio caminho está andado: vocês estão em Londres! — Niall disse, rindo.
— Mas cadê o Danny e o Dougie? — forçou uma carinha triste.
— Nesse momento, devem estar em suas respectivas casas com suas namoradas e...
— Nossa, Niall, não precisava tocar no assunto namoradas, né?! — a menina fez cara de nojo, o que fez o menino rir mais ainda.
tinha algo estranho, algo que interessava Niall. Ele sabia que se sentia atraído por ela, mas não sabia exatamente qual o motivo principal que o fazia sentir isso.
— Niall? Niall? — o menino despertou dos pensamentos com estalando os dedos na sua frente.
— Oi?
— Eu falei que a o microondas apitou e que já dá para colocar o outro pacote. Que sabor você quer? — a menina balançava em uma mão a pipoca de chocolate e na outra a de manteiga.
— Manteiga! — falou, então abriu o microondas e, quando foi tirar o pacote que estava lá dentro, queimou a mão.
— Ah! Essa boceta está quente! — deu pulinhos de desespero.
— Desastre de menina, hein?! — ele falou, rindo, e puxou a mão da menina para baixo da torneira.
Niall segurava o braço de com uma mão e a outra estava passada em sua cintura, enquanto a água escorria em seu dedo.
— Está melhor? — ele perguntou, olhando para ela.
— Está ardendo só... — ela ia continuar a frase, porém, quando olhou para ele, viu os seus olhos azuis tão perto, a sua boca, sentiu a sua respiração...
O menino ficou paralisado olhando para os traços do rosto da menina, a sua boca tão bem delineada, os seus olhos negros e profundos, a sua aparência angelical...
— Mas essa pipoca está de rosca, é? — afastaram-se rapidamente quando ouviram a voz de Harry, que estava encostado no batente da porta.
— Ish, acho que interrompemos algo... — apareceu atrás do menino.
— É que... A queimou a mão! — Niall tentou explicar e soltou a cintura da menina, que, a essa altura do campeonato, estava com o rosto em chamas.
— ? Está íntimo assim já? — provocou.
— Af, , se não tem algo que preste para falar, fique quieta! — saiu bufando da cozinha e Niall ficou com cara de tacho, enquanto Harry e riam, batendo um high-five.
— Liga não, ela fica bravinha quando solto indiretas... — disse e foi atrás da amiga, que estava na sala procurando um filme.
— Vamos ver o que, então? Já temos a pipoca, só falta o filme! — Niall disse, se sentando ao lado de , o que fez Harry e se entreolharem e soltarem sorrisos maliciosos.
— Atividade Paranormal Tókio. — parou no canal em que estava começando o filme.
— Não, de jeito nenhum. Eu morro de medo desse filme! — Niall disse, tentando pegar o controle da menina.
— Deixa de ser moça, Niall! — olhou para Harry, que estava agarrando uma almofada. — Ah, não, me vai dizer que tem medo também?
— Eu tenho medo, tenho medo sim, algum problema? Filmes de terror já são horríveis e medonhos, mas os japoneses conseguem fazer tudo ficar pior ainda. — Harry disse, afetado, porém sério, o que fez e gargalharem alto.
— Esse é um ponto que como personal friends, temos que conversar sobre com vocês. Mas se danem agora, vamos ver esse e ponto final.
O filme mal tinha começado e Harry estava quase enfiado, literalmente, embaixo do sofá, enquanto Niall agarrava a almofada como se fosse a coisa mais importante de sua vida.
— Bro do céu, ela estava com as duas pernas quebradas, como que ela estava andando? — Niall berrou vendo o filme, o que fez Harry se encolher mais ainda e as meninas rirem.
— Não, olha isso: imagina só você andando de boa com o seu carro durante a noite e, do nada, para uma japonesa com as duas pernas quebradas na frente... Eu enfartava! — Harry continuou.
— Pi, pi, pi! Sinais de homossexualismo na banda One Direction. Pi, pi, pi! — fazia barulhos estranhos e a olhou, arqueando a sobrancelha:
— Que porra é essa?
— É meu alarme de homossexualidade. Sempre apita quando sinto um gay por perto... — a menina respondeu, rindo, e fazendo a amiga rir junto.
— Então pode apitar mais, porque temos dois aqui! — disse, apontando para os dois, que agora estavam encolhidos no mesmo canto do sofá, com o lençol cobrindo quase o rosto todo. Então, elas se entreolharam novamente e continuaram gargalhando.
***
— Nunca mais confio nessas duas bruxas para assistir um filme. — Harry reclamava.
— Prefere Nesquik de morango ou Nescau, bebê? — se sentou ao lado de Harry e começou a passar a mão em seus cabelos. O menino se aproveitou e apoiou a cabeça em seu ombro, fazendo os amigos os encararem estranhos.
— O que perdemos? — arqueou a sobrancelha, cutucando a cintura do Niall com o cotovelo e apontado para os dois.
— A gente é amiguinho agora.
— É da amizade que vem o romance, né?! — Niall zoou os dois.
— Não tem romance. Não pode ter romance. É amizade e trabalho, sem fantasias...
— Nossa, , como você é bruta! — Niall se fingiu de afetado, enquanto observava o amigo se levantar e subir as escadas rapidamente. — Eu falei algo demais, gente? — perguntou, encarando as meninas, que negaram.
— Melhor irmos embora, né, Nini? — reparou o olhar fulminante que a lançou, sem entender. Vai ver as pessoas ao seu redor estavam ficando loucas ou era só ela, mesmo.
Despediram-se de e foram até a casa ao lado.
, após fechar a porta, resolveu ir tomar um banho, já que estava anoitecendo e estava começando a ter sinais de cólica. “Vida vaca”, reclamou em pensamentos.
Niall e
e Niall entraram na casa em silêncio e, após cada um se jogar em um sofá, se encararam.
— E aí? — mexeu com o garoto.
— Beleza, e aí? — obteve a resposta através de um aceno de cabeça e uma joinha. — Liga não, ok? O Harry é estranho.
— O que eu mais tenho ao meu redor são pessoas assim, que se fingem arrependidas e, dois segundos depois, voltam a ser o de antes. Estou acostumada... Mas obrigada, de qualquer maneira. — sorriu, dando de ombros.
— A sua personalidade é mais forte do que a dele, você não admite que errem, digamos, e ele não admite que o cobrem pelo erro. Então vocês se juntam e solta à faísca.
— Nossa, vou tatuar isso na testa ao contrário para sempre ler quando me olhar no espelho. — riram. — Você poderia ser poeta, sabia?
— Eu sou irlandês, já vai ser muito eu ser o primeiro a cantar no Madison Square Garden.
— Sério que vocês vão cantar lá? Nossa, que orgulho... — fingiu limpar lágrimas. — Vocês são bem falados no Brasil, sei da parceria de vocês com o McFLY, mas eu realmente não sabia disso.
— Vocês são fãs de McFLY, né?!
— Sim! — sorriu orgulhosa.
— É, a comentou comigo mais cedo. — encarou o teto. — E você é o que mesmo? Digo... De quem você gosta?
— Do Poynter...
— Puff, aquele sem parafusos... Mas é bom que está explicado metade das coisas agora. — riu.
— Sem graça... — mostrou a língua. — Me empresta o seu notebook? — ele concordou e foi pegar na mesa da sala de jantar. — Vocês trabalham amanhã, né? — concordou. — Então agora que tenho tempo, passarei a madrugada pesquisando sobre vocês, ok?
— Só não dorme tarde, porque vocês têm que ver a nossa entrevista de amanhã.
— Ok, papai. — riu e voltou a sua atenção ao notebook.
— Boa noite, filhinha. — deu um beijo na testa da menina, que sorriu em resposta e começou a digitar freneticamente no Google.
//
Niall
Minha cabeça doía e parecia que quanto mais eu girava embaixo do edredom, mais a dor aumentava. Era culpa da TV, acho que forcei tanto a vista para captar qualquer movimento que fosse com aquele filme imbecil, que a Kate resolveu me deixar... não, mentira, a Kate não quis nada não. Deus me livre!
Já não adiantava mais bufar, esconder com o travesseiro a cabeça e muito menos contar carneirinhos. Quando os benditos resolviam berrar, aí era tristeza.
Eu me movimentava tanto, que estava começando a sentir um calor insuportável, mas o aquecedor e o controle estavam mais longe do que a porta da sacada, então preferi caminhar até lá. Abri-a, sentindo um vento gostoso passar por mim, e assobiei em um ritmo que não me fazia diferença, porque só piorava a minha situação.
Ao apoiar meus braços no parapeito, olhei em direção ao quarto do Harry, todo apagado. Invejinha... Passei meus olhos pela parede, pela janela do banheiro na direção da minha e então a vi.
estava também apoiada na sacada, olhando em minha direção e sorrindo. Acenei, sorrindo fechado, e ela brincou:
— Então quer dizer que astros do pop também têm insônia?
— Pff, acho que eles são os que mais têm. E dor de cabeça. Infernal. — fiz uma careta.
tombou a cabeça, juntando os lábios, como se sentisse pena. Caminhei até o fim da sacada, para ficar mais próximo e não precisar falar tão alto. Ela fez o mesmo, mas um silêncio reinou.
— Niall? — me chamou. Soltei um som, informando que a ouvia, e a encarei. — Por que o peixe come muito?
— Ahn?! — arqueei as sobrancelhas, sem entender.
— É uma piada sem graça, mas ainda sim uma piada. É para não ficar um clima chato, odeio quando tenho que ficar no monólogo mental, enquanto tem uma pessoa na minha frente para criar um diálogo. — fez uma careta, me fazendo rir.
— Calma, respira. — brinquei. — Bom, ok então. Mas não faço ideia... Por quê?
— Porque ele sempre está com água na boca. — seu tom foi tão desanimado, que comecei a gargalhar em piedade.
— Realmente, foi horrível! — fez bico e me desafiou a fazer melhor. — O que são um monte de átomos de cloro lado a lado? — dei de ombros. Essa era fácil, mas meu raciocínio não estava se sentindo capaz de processar muito.
— É uma Clorofila. — me esnobou. — O que o carbono disse quando foi preso? — neguei com a cabeça. — Tenho direito a quatro ligações.
Apoiei minhas duas mãos no parapeito e fiquei a olhando. Seu riso alto foi se tornando sem graça pela minha cara, até que provavelmente, para não se sentir envergonhada, passou a explicar:
— Sabe, lembra da cadeia de carbonos do terceiro ano? Quer dizer, no Brasil é no terceiro que você aprende, acho que aqui é na primeira série, né. — riu. — Então, ele precisa de quatro ligações, que são os tracinhos e tal... — eu não tinha o que falar, por isso, continuei da mesma forma. Ela soltou o ar, ainda sem graça, e bateu a mão na perna. — Você é um babaca. Quero ver você superar essa, espertão.
— Como se chama o cereal preferido do vampiro? — tombou a cabeça novamente, mas dessa vez pensativa, e dobrou os braços em frente ao peito, arrumando a postura. — Aha, não sabe, não sabe. — apontei em sua direção, fingindo zombá-la. Recebi um dedo do meio em resposta. Nossa, que educadinha. — Aveia.
negou com a cabeça, não sabendo se segurava o riso ou o soltava. Decidiu soltar um som de peido mesmo, o segurando.
Depois de ter conseguido segurar, com sucesso, perguntou:
— E por que não se pode comer um elétron?
— Pelo o amor, essa é a última de Química, né?! — reclamei para irritá-la.
Só recebi seus olhos rolando, junto com uma careta engraçada.
— Folgado. — sorriu. — Enfim, porque ele tem spin! — mas ela quase não conseguiu dizer, porque começou a gargalhar extremamente alto.
E eu a acompanhei. Essa tinha sido ótima, definitivamente.
— S-S-S-pi-pin. — eu tentava dizer em meio ao riso, mas tudo o que conseguia era engasgar.
Nossa risada era tão alta e estranha, que sequer notamos uma movimentação ou barulho.
— Ô, seus merdas, tem gente querendo dormir. Dá pra calar a boca ou vou ter que prender vocês em um quarto escuro? — a voz da cobriu nossos sons, nos fazendo a olhar.
Seus cabelos estavam meio que bagunçados, mesmo com um elástico tentando o prender; seu rosto estava amassado, vermelho, e a roupa torta ao corpo.
Encarei , que gargalhou mais ainda da cara da amiga. Eu não sabia se me portava como um mocinho educado em frente a minha personal friend, ou simplesmente continuava da forma que estava. E nessa indecisão, fiz o que a loira a minha frente fez mais cedo: soltei o famoso som de riso reprimido.
— Pode rir, ela parece o cão mesmo, quando acaba de se levantar. — piscou um olho para mim e, em seguida, mandou um beijo estralado para a .
— Vai pro inferno, ! — mostrou o dedo do meio para a amiga, que riu mais ainda, se possível - depois dizem que eu sou o bobo da corte dessa merda. Ela nos deu as costas, voltando para a porta: — E calem a boca! — gritou, batendo-a em seguida.
, toda vermelha, limpando as lágrimas dos olhos, me pediu dois minutinhos e entrou no quarto. Fiquei olhando para o céu, pensando em exatamente nada, e só aí me lembrando da minha dor de cabeça, que agora era acompanhada pela dor no estômago, por causa das situações.
Não demorou muito, voltou ao meu campo de visão, só que dessa vez pela sacada do Styles. Acenou, sorrindo, e quando eu a correspondi, voltamos a gargalhar.
Eu já me curvava para frente e ela só faltava se jogar ao chão, quando, dessa vez, quem apareceu foi Harry. se assustou com ele atrás dela, que estava um pouco melhor do que a amiga da sacada ao lado, e recebeu um sorriso sonolento como desculpas.
— Por um acaso vocês comeram hienas no jantar? — olhou de mim para ela. — Vão para a praça do condomínio, para um cômodo isolado e longe do meu quarto, sei lá. Já me basta o mosquito infernal querendo que eu fique acordado, daí surge vocês, gralhas ambulantes.
— Jesus! — exclamei. Meu amigo e a amiga da personal do meu amigo estavam atacados hoje, hein?!
— Pelo o amor, bando de mal amado. Que isso, quem foi que me colocou como personal sua? Você e a , olha, sinceramente...
Harry a cortou:
— Estamos na razão. Agora, shiu antes que ela apareça de novo e taque vocês na soda cáustica com a japonesa possuída do lado.
Bom, como os dois mau humor já tinham dado azia, e eu decidimos nos encontrar na calçada de casa para conversarmos - depois de eu escovar os meus dentinhos, já que ela não tinha a obrigação. Não estávamos mesmo com sono e o escuro não nos entregaria de bandeja a ninguém.
— Pelo menos o Styles foi mais educado e me deu um beijo na testa, antes de... também bater a porta. — riu fraco.
Bom, sobre isso que eu gostaria de falar também... Brincadeirinha, queria não.
Acomodamo-nos na calçada mesmo, sentados de perna de índio, com as costas apoiadas em um murinho.
— Bonito o jardim do vizinho da frente. — indicou com a cabeça. — Se eu fosse uma de vocês, ou uma integrante da Little Mix, viveria aqui sem nem reclamar. Mas já que eu não sou rica, né...
— Então aproveite a estadia na Styles' House, oras! — sorri. — Como era no Brasil?
— Eu e a temos cada uma sua casa, quase no centro da cidade. E temos portões.
Ri da sua última observação. Menina maluca, gente!
— Vocês são vizinhas?
— Quase. Na verdade, são uns dez quarteirões de distância. — fez joia, sorrindo abertamente.
Concordei, entendendo, e entramos em um assunto sobre guardas noturnos, já que o carro de segurança do condomínio tinha passado em frente a nós, perguntando se estava tudo bem.
— Acho que estou ficando com sono. — observou, depois de horas que estávamos conversando nada com nada. Mais ríamos, na verdade.
— Ah, mas estava tão legal...
— Está esfriando demais, não acha? — perguntou, passando as mãos pelas pernas dobradas em frente ao seu corpo.
Bom, eu estava de camiseta e shorts de dormir, sentia o mesmo vento refrescante de quando me levantei, mas provavelmente, para ela, ele estava torturante demais.
— Eu acho uma delícia esse tempo, mas você também não está lá tão vestida para isso, né?! — olhei seu corpo todo, reparando em seu pijama, que só colaborava com situação dela na blusa, que era meia manga.
— Não ia adivinhar que ia ser expulsa de duas sacadas, né?! — brincou e concordei.
suspirou, tomando minha atenção para si. Vi-a tomar impulso para se levantar e, talvez pela sua posição sentada, isso fez com que seus shorts largos se levantassem um pouco, me mostrando... é, um pouquinho mais do que a real intenção da vestimenta. Fiquei a olhando passar a mão pelo lugar, para, além de arrumar, o limpar.
Creio que fiquei um pouquinho demais fazendo isso, já que ela me olhou, negando com a cabeça, espero que vermelha por isso - já que não dava para notar pelo escuro, vamos imaginar -, e me esticou a mão, para me ajudar a tomar impulso e também ficar em pé. E assim fiz.
Ainda segurando sua mão, puxei-a para mais perto, dando-a um beijo no rosto de boa noite e recebendo um igualmente demorado de volta.
— Durma bem, Horan! — sorriu, se afastando e me dando as costas para caminhar até a casa vizinha.
— Durma bem, .
Eu ia me virar e entrar em casa, eu juro que ia, mas fui tomado por pensamentos meio que malucos e notei que, se não fizesse o que queria, nunca mais teria coragem. Ou a oportunidade. Ou as duas opções. Sério, quando as duas se juntam e fogem de você, aí não tem mais escape e nem jeito; você só perde.
Em passos largos, alcancei os lentos da , tomando sem nem perceber seu cotovelo com a mão. estremeceu, se virando devagar para mim, com os olhos questionadores.
— Eu não vou conseguir se souber que não fiz isso.
Uma de minhas mãos foram até sua cintura, fazendo-a ficar inteiramente de frente para mim. A outra, continuou em seu cotovelo, segurando-o fracamente. Talvez fosse a impressão de que ela correria.
abriu um sorriso fraco quando passei meu olhar por seu rosto, reparando mais em seus traços. Instintivamente nossos corpos iam se aproximando cada vez mais, até o momento em que beijei o canto da sua boca, demoradamente, esperando alguma reação da garota a minha frente.
Suas mãos logo se apoiaram em meu peito, segurando a minha camiseta, nossos lábios se tocaram de vez e finalmente eu pude a beijar, talvez até melhor do que imaginei em meu momento de reflexão na minha calçada.
subiu uma de suas mãos até meu ombro, pressionando levemente os dedos ali, me fazendo puxá-la ainda mais pela cintura, eliminando o espaço que eu sabia que ainda estava ali, mesmo com nós bem próximos.
Sua mão foi a caminho pelo meu pescoço até chegar na minha nuca, ficando ali.
O beijo foi perdendo a intensidade, mais três selinhos foram dados, e então nos separou, dizendo:
— A luz do poste acabou de queimar.
Arqueei minhas sobrancelhas, olhando para seu rosto que, realmente, estava bem escuro.
— Isso quer dizer que?
— Nos beijamos no escuro e...
— E?
— E que eu gostei. — sorriu estilo criança travessa.
Com minhas mãos uma de cada lado de sua cintura, joguei a cabeça para trás, gargalhando da sua cara.
— Você é demais, cara. — contei.
encolheu os olhos, rindo fraco e me dando um selinho em seguida:
— Boa noite, Niall...
Pisquei um olho, a desejando o mesmo, e caminhei até a minha casa sem olhar para trás, até chegar a minha porta, ao mesmo tempo em que . Encaramo-nos uma última vez naquela madrugada, acenando um para o outro, e finalmente entramos em nossos lares. Foi aí que vi que poderia dormir realmente bem e me senti feliz por não ter deixado para lá; talvez se eu tivesse só voltado para casa sem ter ido atrás do que eu queria, a minha dor de cabeça continuaria aqui... Cara esperto é outra coisa, não é?! Fala sério.
//
Harry
A mosca maldita fazia um barulho maldito e não me deixava ter minha maldita noite bem dormida. Pensei que quando abrisse a sacada pra fazer as gralhas se calarem, ela encontraria a luz, mas creio que ela queria era mesmo ficar ao meu lado. Mas ela só estava me atormentando assim, porque não é ela que tem que aguentar o Dave falando na minha orelha, que preciso sorrir durante uma sessão de fotos chata. Mas no final das contas, eu nunca falava nada mesmo, o Liam não deixa.
No máximo, iria apoiar a cabeça no ombro do Niall e dormir até a entrevista acabar.
Tateei o criado mudo, até achar o celular e dei uma olhada no Twitter, Instagram e e-mail. Qual é, ídolo teen não pode ter e-mail?
Nenhuma novidade, como sempre.
Eu poderia ligar para o Louis, mas a me mandaria enfiar o celular no nariz - para não dizer outro lugar -, para o Niall também, só que ele dormiria falando comigo. Para o Zayn não, mau humor de graça eu dispenso, para o Liam muito menos, eu ficaria com dor na orelha de tanto ouvir e não falaria nada!
Fiquei nesse dilema, até me lembrar da conversa que tive com a minha querida personal hoje de manhã: “Às vezes, quando eu estava sem sono e morava com a ainda, eu ia até ao quarto dela e ficávamos conversando. é uma boa companhia para bater papos filosóficos na madrugada.”.
Vasculhei os meus contatos e procurei por “Personal Horan” - foi assim que salvou o número da nos celulares de todos, logo que Dave as entregou os aparelhos; e “Personal Styles” o dela.
Pensei em chamar no WhatsApp, mas eu corria o risco de ser ignorado, então me levantei e olhei pela minha sacada a sua, que estava acesa. Então ela estava acordada...
Me deitei novamente e tentei a sorte.
— Quem é o energúmeno que me liga às duas da manhã e ainda interrompe o meu momento com o Johnny Depp? — sabe quando você quer rir, mas não pode? — Alô? Quer ouvir minha voz, faça uma gravação, seu tarado do telefone! Eu vou desli...
— Não, , é o Harry!
— Como é? — sua voz saiu esganiçada.
— Styles, Harry Styles!
— Ok, isso só fica sexy com o James Bond, não faça mais isso, garoto. — ela riu.
— Tonta. — ri junto.
— Mas me diga, por que está ligando? Pessoas importantes e nojentas não costumam me ligar, a não ser a ... Espera, ... Aconteceu alguma coisa ela? Ela está bem? Comeu frutos do mar? Harry, ela é alérgica, mantenha essa menina longe de... — e sua voz já estava quase dando para ser ouvida sem a necessidade do celular.
— , calma, ela tá ótima, não comeu nada, deve estar dormindo feito um anjo que é no quarto dela! Ou cacarejando com o Niall em outro lugar, já que não dá mais para ouvir nenhum deles. Ninguém merece esses dois. — neguei com a cabeça, recebendo a concordância dela sobre esse fato.
— E por que raios você está me ligando? Sabia que eu estava assistindo Alice? — perguntou em um tom impaciente.
— Estou sem sono. — falei simplesmente.
— E eu com isso? — se não fosse ela, aí sim eu me assustaria com a pergunta.
— Ah, , fala comigo até me dar sono, vai! — pedi. — A deve estar no vigésimo sono e provavelmente não vai se lembrar de nada que falou comigo amanhã, os meninos não vão querer atender o celular.
Teve uma noite que eu encontrei a na cozinha, no meio da noite, bebendo água e falei com ela, no outro dia a menina não se lembrava de nada e disse que eu estava louco. Memória de sonâmbulo não vale o sono que dorme. — Ok, Styles, vamos conversar! — suspirou, dando-se por vencida. Provavelmente rolou os olhos também.
— Sobre o quê?
— Você quem me ligou e deveria saber! — disse óbvia.
— Você é grossa. — ri.
— E você é tapado! — ela rebateu com a voz firme, mas no final deixou uma risada escapar.
— Fiquei sabendo que você gosta de Coldplay, verdade? — acho que ouvi uma conversa dela com a , que não queria ir ao show.
— Uh, verdade! Tá tendo um show sensacional deles nesse exato momento, mas a -Sou-Fresca-Não-Ouço-Isso- não quis ir. — bufou. — Você gosta, não é?
— Exato, deveria ter me chamado!
Não sei por que, mas fechei os olhos e a única coisa que me veio na mente foi o sorriso dela. Ela estaria sorrindo enquanto falava comigo?
Abri os olhos e balancei a cabeça para os lados, afastando esses pensamentos sem pé nem cabeça.
— Iam falar tanta coisa sobre isso que acho melhor não, né?! — ouvi sua risada. — De histórias sua vida já está cheia.
— Bom, sim, mas é necessário aparecermos e tal, né?! Senão não teríamos chamado você e a para serem nossas personais. — até apertei os meus olhos esperando um berro, mas tudo o que ouvi foi um som informando para eu continuar. — Fora que as fotos de várias páginas na internet, hoje, e revistas amanhã foram e serão de nós dois, não de mim e da .
— É verdade, você está certo. Me desculpa então... — riu fraco.
— Sem problemas, . — sorri, olhando para o teto.
— E já que entramos nesse assunto, vou te perguntar algo que eu venho me questionando desde o dia que chegamos aqui. Por que nos chamaram?
E então comecei a explicar toda a história para ela. Louis, Liam e Zayn têm namoradas, mas Niall e eu não. Raramente saímos com alguém, mas quando isso acontece, tentamos manter o sigilo e por conseguirmos isso bem até demais, acabam achando que temos um caso entre nós... Eca!
Quando terminei de contar, engatamos no assunto “relacionamentos alheios” e ela começou a me contar histórias engraçadas de namorados que ela já teve no Brasil. Eu juro que se fosse ela, tendo uma vida amorosa desastrosa daquela forma, teria desistido de tudo e virado freira!
Conversamos sobre tantos assuntos por tanto tempo, que quando ela começou a bocejar, eu suspeitei que tinha perdido a noção da hora.
— Harry, são quase quatro e meia da manhã, eu... — interrompeu para um bocejo. — Acho que estou com sono.
Ri disso e acabei bocejando junto. Olhei no relógio do criado mudo e realmente, eram quase quatro e meia da manhã.
— Eu acho que acabei ficando empolgado com a nossa conversa e nem percebi isso, mas estou com sono também, desculpa.
— Não por isso... — riu. — Quero só ver o tamanho das suas olheiras amanhã cedo. E se eu aparecer com algumas na frente da , a danada já vai pensar que eu e o Niall... Argh, e a sua mente suja!
— Uma menina tão doce que nem aquela, eu hein?!
— Doce perto de vocês, eu que aguento as safadezas... Ai, não mereço. Eu vou dormir, Harry! Boa noite.
— Boa noite, , obrigada por me aguentar e por me ajudar a passar o tempo com essa insônia maldita.
— Imagine, ligue sempre que quiser. — deu uma pausa. — Ok, só de vez em quando, não abuse da minha boa vontade.
— Não abusarei, pode deixar. — bocejei. — Boa noite!
Ela respondeu algo que não entendi bem o que foi e desligou.
Estiquei o meu corpo na cama, senti todos os meus ossos estralarem e me aconcheguei em meu edredom, fechando os olhos e logo pegando no sono, apesar de saber que logo Niall, provavelmente, estaria pulando em cima de mim e gritando para eu levantar... Ah, como é difícil ser eu.
Wanna see if I can really tell how much she’s worth. What do you worth?
— E aí, o que vamos fazer hoje? — perguntou, após terminar de contar suas descobertas sobre a One Direction.
Niall e Harry tinham ido para a entrevista e as meninas tinham ficado em casa, à toa, então ficaram conversando pela sacada, contando os acontecimentos da noite uma para a outra também.
— Não faço a mínima ideia, só sei que temos que ver a entrevista dos meninos, Niall disse que seria importante. — respondeu, distraída.
— Ah, sim. — bocejou.
Os dias estavam cada vez mais entediantes, elas ficavam praticamente sozinhas todos os dias. Apesar de terem uma a outra, não podiam sair de casa, porque as fãs as matariam.
— Acho que vou dormir. — disse, rindo em seguida da amiga, dizendo que ninguém mandou ficar periguetiando com o Niall até tarde, e ouviu a campainha da casa tocando. — Já volto, !
A menina desceu as escadas e foi direto para a porta da sala, olhou no olho mágico e viu que era Dave, o empresário dos meninos, então abriu.
— Olá, Dave! — disse, sorridente.
— Olá, , como está? — ele perguntou, devolvendo o gesto.
— Muito bem. Entre! — deu espaço para ele passar.
— Bom, teria como você pedir para a vir até aqui? Precisamos conversar.
— Ah, claro! — então ligou para a amiga e, em questão de segundos, as duas estavam sentadas na sala, de frente para o empresário.
— Vou ser breve! — ele começou. — Como já sabem, vocês vieram aqui para ir com os meninos na premiação, que, no caso, é amanhã.
— Amanhã? — as duas gritaram, assustadas.
— Sim, amanhã! — se ajeitou no sofá.
— Meu Deus, , por quanto tempo dormimos? — cochichou com a amiga, que deu de ombros, igualmente assustada.
— E como vocês estarão com a One Direction, não posso deixá-las ir de qualquer jeito, então vim aqui trazer esse cartão... — ele tirou um cartão de créditos do bolso. — Para que vocês comprem o que precisarem. Vestido, sapato, acessórios, enfim, é de uso exclusivo de vocês e por conta da produtora. — entregou na mão de , que encarou o cartão com os olhos brilhando.
— Isso é sério? — perguntou, boquiaberta.
— Seríssimo! Além disso, algumas lojas renomadas do shopping separaram algumas peças para vocês, só se encontrarem em algum dos vestidos, experimentar e comprar. — deu de ombros.
Não tinha como os olhos de ambas ficarem mais arregalados, então só se encararam, assustadas demais e sem palavras, e voltaram suas atenções para Dave, quando ele continuou a falar, sem nem mesmo demonstrar alguma emoção.
— Vocês vão agora, vou deixá-las lá. Hora em que terminarem, é só me ligar, que mandarei um motorista buscá-las.
Dave deu um tempo para as meninas colocarem outra roupa. foi à casa de Niall também para buscar a sua bolsa, e quando saiu, Dave e já a esperavam no carro. Foram então para o shopping.
As meninas passaram praticamente o dia todo lá, até que sentiram fome.
— Vamos comer naquele lugar que tem o galinho? — sugeriu.
— No Nando's? — perguntou.
— Deve ser... — deu de ombros.
— Vamos, eu acho que a comida é gostosa, porque o Niall pede comida de lá praticamente todos os dias.
— E você nunca comeu? — esganiçou.
— Eu nunca aceitei, tem pimenta a dele e você sabe, a minha garganta explode sempre que como muita ou simplesmente não tenho fome. — disse rindo e concordou, então foram no tal lugar em que queria.
Fizeram o pedido, pagaram, pegaram e foram procurar uma mesa.
Estavam comendo, até que começaram a ouvir duas meninas cochichando:
— Ela é a namorada do Harry, a de touca. — a menina agora apontava.
— E a de cabelo preso é do Niall, parece que são brasileiras.
— Verdade, foi o que eles falaram na entrevista.
A entrevista! tinha se esquecido do pedido que Niall fez a ela na noite anterior.
— Puts, , o Niall pediu para vermos a entrevista deles hoje. Já deve ter acabado. — bateu a mão na testa.
— Será que falaram algo de nós? Por isso estão nos olhando assim?
— Não sei, mas acho melhor comermos logo, porque está anoitecendo e já, já os meninos voltam para casa...
— Está querendo ver o Niall, é? — perguntou, olhando séria para a amiga.
— Aham, como se fosse eu que estivesse afim dele, né? — deu um tapinha no braço de .
— Não sei do que você está falando. — fingiu-se de desentendida. — A senhorita que fica de agarramentos com o senhor Styles, ficam trocando uns olhares...
— , cala essa boca e não viaja! Nem tem sentido e não viemos para isso, certo? — falou brava, se levantando e levando a sua bandeja para o lixo mais próximo.
— Mas e se fossem em outras circunstâncias? — arqueou a sobrancelha, quando a amiga voltou até a mesa.
rolou os olhos, dizendo que não merecia.
— ... — chamou.
— Eu sabia, pode começar a contar.
— Não é nada demais, eu juro, é que foi muito estranho e eu não entendi a situação. Ou entendi e não quero entender, enfim.
a olhou, esperando-a começar a contar. Não ia falar nada enquanto ela não terminasse, ou a amiga perderia a coragem e começaria a enrolar.
“Estava sentada na sala, assistindo TV, quando ouvi a campainha tocar. Procurei os meus chinelos ao chão e caminhei lentamente até ela, prestando mais a atenção na série que eu estava vendo do que em qualquer coisa.
Ainda olhando para o aparelho, destranquei a porta, e acho que demorei demais para olhar para quem quer que fosse, porque tomei um super susto quando Niall chamou minha atenção.
— Ah, oi. — sorri.
— O Harry está? — perguntou, me olhando com a sobrancelha arqueada.
Dei espaço para ele entrar, e assim o fez.
— Na verdade não, pensei até que ele tinha saído com vocês. Ele me avisou enquanto eu dormia, disse que eu não precisava acompanhar ele, ou vocês, ou sei lá. — dei de ombros, voltando para o sofá, prestando a atenção na TV mais uma vez.
— Bom, então eu vou embora... — estava me dando as costas.
Ah, eu podia fazer esse sacrifício, né?!
— Fica aí, acho que ele não demora, já faz um século que ele saiu. A casa é sua. — apontei para o sofá, dessa vez quem deu de ombros foi ele, e se jogou.
— Cadê a ? — perguntei, abaixando o volume e me virando para ele.
— Tendo um momento dela mesma. Trocentas horas atrás ela confiscou meu notebook e agora estava assistindo um filme que não faço ideia de qual seja com uma máscara nojenta no rosto. — fez uma careta e eu ri. — Ela já berrou músicas de uma cinquenta cantores, já a vi dançando em frente ao espelho estranhamente...
— Ah... — comecei a gargalhar. —, isso é normal. Eu vivia a pegando nesses momentos estranhos e vice-versa... Provavelmente era algum filme da Disney ou Sex and the City. Ou Corrida Mortal, ela é simplesmente viciada nesse filme. — fingi arrepios.
— Ela assiste isso? Tipo, é forte... — concordei, rindo, também não acreditava na capacidade dessa menina.
Um silêncio pairou, eu sorria e o Niall encarava o chão.
Certo tempo passou, eu estava me concentrando de novo na série, até que senti um movimento próximo. Olhei em direção ao Niall e ele agora estava sentado, me encarando e abrindo e fechando a boca.
Minhas bochechas tomaram permissão para começarem a queimar, mas nesse tempo, ele pareceu desistir - agradeci sem nem mesmo perceber - e o barulho da porta pôde ser ouvido.
Harry tirava o casaco, se misturava com seu celular e se perdia em seus sapatos, parecia uma criança fofa, até que, pendurando a vestimenta perto da porta, bagunçou os cabelos e me notou, assim como o amigo.
Parou, olhou de mim para Niall, abriu um sorriso e, logo em seguida, soltou um riso fraco, negando com a cabeça.
— Uau... — foi a única coisa que disse, até caminhar em minha direção, me dar um beijo no rosto e depois ir até Horan, batendo um high-five.
— Fala aí, senhor bochechas! — parou em sua frente, mas se virou para mim. — Já comeu, ? — concordei. — Quer alguma coisa mais? — neguei. — Mas eu quero. — se voltou para Niall. — Sério, estou morrendo de fome, venha atrás de mim se quiser minha atenção.
Meus olhos se voltaram para a TV. Não queria a atenção do Harry, então, provavelmente, isso era para o loirinho ao lado.
Aumentei o volume do programa, mas ainda assim, enquanto eles caminhavam até a cozinha, pude ouvir o tom risonho do Harry:
— Eu senti aquilo logo que abri a porta.
— Vai plantar banana, Styles! — e logo em seguida Niall gargalhou. — Estou falando da fruta, não vai querer plantar bananeira igual àquele dia que você estava bêb... — e eu juro que parei de prestar a atenção, mesmo sendo difícil com esses meninos que parecem ter compartilhado a vuvuzela da sua goela entre eles.”
Quando terminou, encarou e ficou sem saber se a menina estava vermelha de vergonha ou pela crise de riso que a atacou.
— O que foi? — se arriscou.
— E-Estou ima-maginando... — não conseguiu terminar.
— O Styles plantando bananeira, né?! — concordou.
— Imagine com aquelas pernas bem pequenas e gordas dele?! Dá até pra gritar “Madeira!”. — a menina observou em meio a risos, fazendo também rir e pararem ao mesmo tempo para limparem as lágrimas embaixo dos olhos.
— Pobrezinho... — negou com a cabeça.
— Mas então, hein?! Voltando a você, mesmo sendo a melhor coisa do mundo zoar o Harry. — apontou o indicador em direção a amiga. — A tensão beijal tava forte, huh?! — piscou um olho.
— Tá, era isso mesmo, então?
— E eu que pensava que você não era lerda a todo o momento... — negou com a cabeça.
— Não, é sério, é que às vezes eu tenho que me fazer de, para não pagar mico.
— Sei... — brincou. — Você devia ter agarrado o maninho, na boa. Olha só como você tá vermelhinha só de me ouvir falar isso, ai, que bonitinha, me deixa te apertar, vai... — se ergueu por cima da mesa, com os braços esticados, querendo apertar as bochechas da , que se levantou, se esquivando e quase derrubando a cadeira, levando mais olhares do que antes em sua direção.
começou a gargalhar da cena, fingindo não sentir suas costas, braços ou o que seja, queimar de vergonha, e se ajeitou, ficando em pé e com a postura reta. Tomou as sacolas em mãos e passou a acompanhar a amiga, que levava o celular até a orelha.
— Alô, Dave? Pode avisar o motorista...
E rindo, recebeu um dedo do meio em sua direção.
***
Quando chegaram a casa, foi ajudar a levar as suas sacolas para dentro, já que as duas tinham comprado mais do que precisavam.
Assim que abriram a porta, deram de cara com Niall e Harry sentados na sala, as encarando sérios.
— Oi? — arriscou.
— Vocês não viram a entrevista? — Niall perguntou, seco.
— Nós não estávamos em casa, nós... — a menina tentou explicar, mas Harry a interrompeu.
— Ah, que legais vocês, hein?! Estão aqui a trabalho para fingirem que namoram conosco e não para ficar indo às compras. Se fosse assim, nós teríamos chamado qualquer uma para fazer esse trabalho, com toda certeza seriam mais profissionais do que vocês! — Harry se levantou do sofá, ficando de frente para as duas.
— Epa, quem você pensa que é para levantar a voz assim com ela? — encarou Harry e o empurrou pelo peito. — Primeiramente: abaixa essa bola, meu filho! — apontou em sua direção.
— Não toca em mim ou eu... — Harry começou a falar, entre dentes, mas não o deixou terminar.
— Você vai o quê? Me bater? — a menina debochou.
— Eu não bato em meninas, sua retardada.
— Vem aqui que eu te mostro à retardada, seu animal!
— Animal é sua mãe!
— Arrogante! — gritou para Harry.
— Mimada, egoísta! — devolveu.
— Ah, seu... — fechou a mão em punhos e saíram correndo pela casa como crianças.
Niall e se entreolharam, então ele arriscou falar com ela.
— Vocês não viram mesmo, não é? — debochou.
— Garoto, vocês acham que o mundo gira em torno de vocês? — jogou as suas sacolas no chão, aproximando-se dele.
— Não acho, mas vocês estão sendo pagas para fazer uma coisa e não estão cumprindo!
— Ah, a questão é dinheiro, então? Tudo bem! Sabe o que você faz? Enfie todo o seu dinheiro naquele lugar onde não bate sol e procure outra babaca que aceite fingir ser namorada de dois imaturos iguais a vocês!
— Quem você está chamando de imaturo, menina?
— Você, algum problema? — a loira o encarou.
Quando Niall ia rebater, ouviram um barulho, gritando e um gemido de Harry.
Quando chegaram à cozinha, Harry estava com o lábio sangrando, enquanto estava vermelha.
— O que aconteceu? — perguntou.
— Essa primitiva me deu um soco na boca! — Harry falou com dificuldade, então Niall foi logo pegar gelo para ele colocar no local machucado.
Sentaram-se a mesa, um de frente para o outro.
— Você devia controlar a sua amiga, sabia, ? — Niall disse, estressado, enquanto segurava o saco de gelo no local em que havia acertado Harry.
— E você devia ensinar o seu amigo a ser menos infantil. — retrucou. — Nós estamos aqui a serviço, não para ensinarmos como alunos da creche devem se portar.
— Serviço? Vocês não estão cumprindo nada do combinado! — Niall insistiu.
— Ter que aguentar olhar para a cara de vocês todos os dias é mais do que o combinado. Mas se vocês estão tão preocupados com isso, ok, eu me “demito”! — estourou e saiu da casa, batendo a porta com força.
— Só não dou um soco em você também, porque o Harry já está com a cara inchada e alguém tem que cuidar disso, mesmo não merecendo! — disse, apontando para Niall, e saiu, indo atrás da amiga.
— Podem me explicar que gritaria toda foi essa? — Dave entrava na casa de Harry, sendo seguido por Liam, Louis e Zayn.
— Cara, apanhou do Niall? Por que seu lábio está sangrando? — Liam perguntou.
— Acho que até o Niall seria mais delicado do que a , foi ela quem me socou... Ai! — Harry respondeu o amigo e resmungou de dor, por ter forçado o machucado ao falar.
— A te bateu? Como assim? O que aconteceu? — Louis perguntou, assustado.
— E por pouco eu não apanho das duas! — Niall completou.
— Elas não viram a nossa entrevista. A entrevista em que assumimos que as namorávamos. Apesar de termos invertido, nós assumimos e elas não viram, foi muita falta de consideração! — Harry explicou.
— Vocês brigaram com elas, porque não viram vocês? Estão de brincadeira, né?! — Dave perguntou, parecendo não acreditar.
— Elas estão sendo pagas para serem nossas namoradas, personal friends, sei lá que raios e se foda também, e nem isso fazem direito! — Niall falou, bravo, gesticulando.
— Vocês são dois idiotas! — Dave gritou.
— Ahn? — os dois resmungaram, sem entender.
— Elas estavam no shopping, fazendo compras para irem amanhã à premiação com vocês. Eu quem mandei as duas irem, elas não foram porque queriam. — Dave falou, bravo.
— Vish... — Zayn começou, mas logo se calou quando sentiu todos o olhando.
— Quer dizer que... Ai, merda! — Harry se culpou, batendo a mão na própria testa.
— E onde estão as duas agora? Temos que falar com elas! — Louis começou a girar pela sala.
— Não faço a mínima ideia, a mandou o Niall para a puta que pariu e saiu brava, aí a foi atrás dela.
***
— , onde você está indo? — gritou, correndo atrás da amiga, que andava rápido.
— Embora, , eu quero ir embora daqui! Quero ficar longe dessas pessoas que só se importam com imagem, com o que vão pensar. Eu quero voltar a ser eu, personal friend de verdade, e não essa bosta que está sendo, quero ser eu mesma de novo, morar no Brasil. Quero ir para a minha casa pequena com a minha tartaruga e eu quero... — a menina não terminou a frase e começou a chorar.
sabia que a amiga era assim, ela tinha três fases: primeiro ficava brava e falava tudo que estava entalado, depois gritava e, em seguida, chorava.
a segurou pelos ombros e olhou em seus olhos, falando calmamente:
— Calma, , eu também quero ir embora, mas nós estamos juntas e enquanto estivermos, vai estar tudo bem, ok? — a menina assentiu lentamente. — Vamos voltar, arrumamos nossas malas, falamos com o Florindo e vamos embora. — abraçou a amiga.
— Vamos... — quando deram meia volta, trombaram com uma multidão de meninas gritando, flashes e perguntas.
— Vocês estão mesmo namorando os meninos da One Direction?
— Sua vaca, vai procurar outro pasto, o Harry é meu! — segurou o “muu” que sempre respondia para e se permitiu ficar assustada, assim como a amiga.
Entraram em desespero e começaram a correr de volta para a casa de Harry, porém, os repórteres e as fãs não as deixavam em paz, então puxou para um beco e eles passaram reto.
— Meu Deus, achei que ia morrer! — falou, segurando na mão da amiga, que gemeu. — , você está sangrando!
Então olhou para o seu braço e viu que estava todo arranhado.
— Essas fãs são perigosas, Jesus! — ainda olhava o ferimento.
— Faz assim: eu vou com você para a casa do Harry arrumar as suas coisas, depois arrumamos as minhas e acabamos com essa loucura de uma vez! — sugeriu.
A loira concordou, então voltaram correndo para a casa dos meninos, com medo daquela multidão enfurecida voltar.
***
— É perigoso elas estarem na rua, agora que vocês assumiram o namoro, as fãs já sabem. E vocês sabem como elas podem ser perigosas. — Liam falou, enquanto Dave ligava para meio mundo a procura das meninas.
— Eu não acredito ainda que vocês brigaram com elas por algo que nem sabiam, vocês são dois idiotas também, né?! — Louis deu um pedala em cada um.
— Mas elas não falaram nada! — Harry se defendeu.
— Se eu bem conheço vocês dois, tenho certeza que não deram nem a chance de elas abrirem a boca.
— Eu dei chance para a , mas ela preferiu me socar. — Harry deu de ombros.
— Gente, elas estão voltando. — Zayn, que estava na varanda da casa, fumando, apareceu falando.
Então todos olharam para a porta e viram as duas entrando e com o braço sangrando.
— O que aconteceu no seu braço, ? — Niall pareceu preocupado.
— Isso... — apontou para o local. — Foi o resultado de um monte de fãs malucas que nos perseguiram. Para mim já deu, nós vamos embora! — respondeu.
— Vocês assinaram um contrato dizendo que estariam cientes sobre possíveis ameaças e agressões por parte das fãs! — Dave tentou contornar a situação.
— Sim, Dave, mas não assinamos nada a respeito de ter que aguentar a falta de educação do Niall e do Harry! — rebateu.
— Meninas, a premiação é amanhã, vocês não podem ir embora. — Louis suplicou.
— É mesmo, depois da premiação vocês vão, mas, por favor, só até amanhã. — Zayn pediu dessa vez.
Liam as olhava com o olhar doce, como se pedisse que elas ficassem, enquanto Harry e Niall as olhavam envergonhados.
— Não adianta. — negou.
— Durante esse tempo de profissão, nunca passamos por nada parecido a isso! — disse, ressentida.
— Assim como eles querem respeito, nós queremos também! — suspirou. — Dave, depois ligamos para você, ok? — sorriu fraco para o empresário.
— Certo! Preciso conversar com vocês, mesmo. Realmente foi errado da parte dos garotos.
Elas concordaram e subiram para pegar as coisas de .
Quando estavam descendo, fingiu ir para cima de Harry, que meio se encolheu. Ela gargalhou e saiu a puxando para longe do menino. Logo depois, e foram até a casa de Niall, para pegar as coisas da primeira.
Dia da premiação e todos ainda estavam assustados com o real sumiço das garotas. É, elas não brincavam em serviço. Muito menos em promessas.
Tudo já havia sido resolvido com Florindo e Dave e elas se sentiam aliviadas por isso. Não queriam continuar o trabalho, mas também não queriam sujar seus nomes.
Harry e Niall estavam sentindo peso na consciência, mas os ferrados eram eles e nada podia mudar. Pelo menos, os boatos de homossexualismo na 1D tinham diminuído cinquenta por cento, afinal, não eram pessoas qualquer, eram brasileiras! Mas para ajudar, existiam tabloides, ou seja, o que mais rolava era: falso romance - o que, em partes, não deixava de ser mentira -, interesse por parte das garotas, disfarce de opção sexual, tentativa de rebeldia e etc... Mas logo a verdade vazaria e a opção mais falada seria a certa. Infelizmente.
Cada um estava em sua própria casa, uns curtindo as namoradas e outros entediados em seus sofás, esperando a hora passar para poderem começar a se arrumar; um casal conversava sobre o ocorrido, enquanto o outro jogava Uno e o último fazia Milk Shake, sem motivos aparente...
Louis e
— Mas eu achei isso estranho, acho que nunca agiram dessa maneira antes, Lou. — , que estava deitada no colo do namorado, dizia.
— Ah, amor, sei lá. Acho que é o que eu já disse, mesmo. Talvez nem tanto, mas é a única explicação.
— Sei lá. — deu de ombros. — Que horas são? — perguntou pela quarta vez em menos de dois minutos.
— Falta uma hora ainda, . O salão não vai fugir!
— Não é que vai fugir, seu estúpido. É que eu esqueci o horário que você tinha me falado. — deu de língua. — Então, se eu atrasar, não reclame.
— Você não vai se atrasar, porque me ama o suficiente e sabe que eu faria greve de canto. — apertou o nariz da menina, que fez careta.
— Para, Louis, você sabe que eu odeio que façam isso! — deu um tapa na mão do namorado e se sentou no sofá, irritada.
— Parar de cantar?
— Claro que não! Odeio que mexam no meu nariz. Se você parasse de cantar...
— Foi uma ironia ao meu canto ou é uma ameaça? — encarou-a com uma sobrancelha arqueada.
— Não foi nada, bonitinho! — deu um tapinha no rosto do namorado e um selinho.
Digamos que Louis Tomlinson não era a pessoa mais “cantora” do mundo, não era caso de greve, mas também não ficava feliz quando o escutava cantar pela manhã ainda sem fazer os treinos vocais.
— A única greve que você não deve fazer é de sexo! — deu uma piscadinha marota.
— Você não vai resistir ao meu corpo longe, né? — perguntou e apertou novamente o nariz da namorada.
— Louis! — estapeou o namorado. — Seu irritante. — bufou e se levantou do sofá, desistindo de continuar o momento ternurinha que estavam tendo antes.
— Meu charme, amor. — piscou.
— Seu charme por enquanto está sendo o seu cartão de créditos. — brincou. — Me passe ele agora! — esticou a mão e bufou novamente, ao ver o outro fazendo um biquinho por ter sido rejeitado.
— Vai explorar? — perguntou. — Então sem brincadeirinhas para você por hoje.
— Brincadeirinhas? Faça-me o favor, Tomlinson. Hoje, depois do salão e da premiação, vamos ver quem não vai querer brincadeirinhas. — piscou e deu um beliscãozinho no queixo do namorado.
//
Liam e
— Payne! Para de roubar, seu besta. — fez bico, enquanto jogava o seu monte de cartas na mesa.
— , desculpa, desculpa mesmo, mas eu não tenho culpa por você ser meio lerdinha... — passou a mão na bochecha da garota.
— Abraça e depois chuta. Vou desculpar nada não. — continuou com a mesma feição.
— Ok, eu deixo você ganhar. — se rendeu, começando a embaralhar as cartas de novo.
— Mas aí não tem graça... — rolou os olhos.
— O que você quer fazer então, ? — perguntou paciente.
Quem visse de fora, já teria socado algum dos dois.
— Jogar Uno. — Liam fechou a cara. — Tá, desculpa. O que iremos fazer? Assistir filme? — se levantou do chão rapidamente, pulando em volta do namorado.
— Que filme? — se rendeu e se levantou também, parando ao lado da menina que ainda pulava.
— Pode ser Starstruck? — sorriu, piscando os olhos freneticamente.
— Esse seu amor pelo Sterling Knight ainda me deixará corno.
— Payne! Isso lá é jeito de se falar? Você será corno por causa do Cody Simpson.
— É outro...
— Você não me entende... — suspirou, colocando o DVD no aparelho.
— Danielle Campbell não é lá para se jogar fora. — falou assim que a menina apareceu na tela de sua TV.
— Fale “Danielle” de novo, que eu te estouro em sete! — o apontou e tudo o que pôde ser ouvido foi a gargalhada de Liam.
— Ok, eu finjo que acredito. Você não vive sem mim.
— E nem você sem a minha linda pessoa.
— Realmente...
Os dois sorriram e se beijaram. Logo depois, se abraçaram e começaram a assistir ao filme, que ambos já sabiam as falas. , por amar e Liam, por se sentir bem em ver a amada feliz, sempre aceitando as suas propostas.
//
Zayn e
— , não é aí que coloca isso! — Zayn falou, meio impaciente, para a garota.
— Então sabe o que você faz com essa cobertura? — o encarou.
— Enfio toda na sua boca.
— Não, enfia no seu orifício, mesmo. Estúpido! — e saiu da cozinha.
— ! — Zayn a chamou meio alto, a fazendo bufar e voltar. — Desculpa, vai? Vamos terminar esse Malik Shake. — a menina respirou fundo e entrou de novo na cozinha enorme de Zayn.
— O que eu faço agora?
— Toma o Malik Shake?! — respondeu, óbvio.
— Malik Shake? Zayn, tratamento nem é caro e você tem dinheiro o suficiente para isso! — pegou o copo em cima do balcão, rindo.
— Sou gostoso, não preciso de tratamentos. — rolou os olhos.
— Meu filho, cala a boca. — o empurrou com o quadril, nem o tirando do lugar. — Mas então, vamos ver algum filme? — perguntou, calmamente.
— Não quero ver filme da Disney, se quiser ver isso, vá namorar o Payne.
— Mas, Zayn...
— Não sou bichinha para ver isso. — e deixou na cozinha, sem entender.
A menina foi atrás do namorado, que procurava o cigarro no bolso com uma mão, enquanto segurava o copo em outra.
— Na gaveta. — respondeu simplesmente e ele voltou a sua atenção para ela, sorrindo. — Por nada. — devolveu o sorriso.
Zayn, que caminhava até a gaveta, parou ao lado da namorada, que ainda sorria ternamente, e sussurrou um “amo você” em seu ouvido.
— Eu também, chatinho. — se abraçaram. — Vamos assistir ao filme?
— Melhor fazermos outra coisa. — sorriu malicioso.
deu dois tapinhas em seu ombro e riu.
— Outra coisa... — repetiu. — Vai fumar, vai.
Ele riu e depositou um beijo em sua testa, indo até o local em que ia antes.
//
Niall estava largado em seu sofá, jogando algo no vídeo game, até que se irritou e tacou o controle longe, ouvindo o barulho de algo sendo acertado. Nem ligou.
Levantou-se e espreguiçou, caminhando até as escadas. Foi até o quarto de hóspedes e se apoiou na sacada, lembrando-se do dia em que seu tênis voou por ela até a do amigo que, por incrível que pareça, também se encontrava lá.
— Hey, mate! — acenou para Harry.
— Ei, Niall! — respondeu, distraído.
— Está empolgado para a premiação? — perguntou só para terem um assunto.
— Mais ou menos. Só quero ver sobre o prêmio, que realmente não importa muito. É que é demais ver as nossas meninas felizes e tal. — deu de ombros, no estilo Styles.
— É... — concordou. — Pelo menos essas, né?!
— Nem falo nada. — riu. — Você sabe que horas são?
O loiro olhou para dentro do quarto e avistou o relógio, que marcava seis e quinze. Informou o amigo, que agradeceu em um aceno de cabeça.
A premiação seria às sete e meia, às seis e meia chegariam cabeleireiros e derivados, para ajeitarem os meninos até dar o horário de partirem. Os cinco iriam fechar o evento com o single que haviam lançado há pouco tempo.
As namoradas já estavam no salão havia quinze minutos, sairiam completamente arrumadas de lá e encontrariam os namorados na porta do salão, para irem juntos ao evento.
Os oito estavam dentro da limusine enviada pela organização do evento. , sentada ao lado de Tomlinson, que passava o seu braço por seu pescoço, ouvia Liam, que estava entre e Niall, brigar com o garoto, que queria comer o bendito chocolate do frigobar, mas com certeza se sujaria. Harry olhava para todos os lados, ao lado de ; e Zayn e estavam na deles, como sempre, ao lado de Louis.
O motorista acabou ligando o som do carro e Louis começou a se movimentar, deixando irritada.
— Louis, para quieto. Você vai se amassar todo. — deu um tapinha em sua perna.
— Niall, você não vai comer.
— Me deixa... — os dois que levaram broncas falaram ao mesmo tempo.
— Niall, obedeça ao Liam. — pediu.
— Nossa, , como você é mal humorada. — Harry falou e observaram alcançar Harry para lhe dar um pedala. — Ai, estúpida.
— Vira gente, moleque! — o encarou com a feição fechada.
— Eu já sou gente. — rebateu.
— Não é o que parece... — deu de ombros.
— Gente, sem briga, por favor. — falou pela primeira vez, fazendo todos se calarem e Niall ficar emburrado.
Após descerem da limusine, o que mais se era encontrado eram flashes e repórteres, que fizeram um alvoroço para serem os primeiros do tabloide a falarem sobre as namoradas, que logo notaram não estarem presentes e começaram a realmente ir atrás dos meninos. Eles, notando isso, escolheram uma moça perdida e logo se arrependeram, vendo o pé no saco que ela poderia ser para arrancar algo.
— Olá, meninos e meninas! — sorriu falsamente.
— Olá. — responderam os oito.
— Olha, vemos um corte na boca de Harry Styles. Qual o ocorrido, garoto? — mirou o microfone próximo deles.
Todos se entreolharam e começaram a pensar em algo que não estivesse ligado a “soco”, “” e “”. , notando isso, logo interrompeu o raciocínio dos cinco.
— Ah, foi só eu, que estava fazendo uma brincadeira e ele veio atrás, levando uma cotovelada, nada demais...
— Ô, sim... — ela respondeu e os meninos se sentiram entediados.
Avistaram Dave, que acenava atrás da repórter, os chamando, e agradeceram aos céus. Despediram-se da moça entediante e chata, e seguiram o empresário.
— Meninos, rápido antes que essas coisas te peguem de novo. Deem entrevista só para a parte de dentro, ok? Esses de fora são muito interesseiros e só querem ficar ricos nas custas de vocês e suas desgraças. — aconselhou.
— Estou vendo mesmo... O que a minha pobre boca tem a ver com a premiação? — Harry perguntou, incrédulo.
— Pois é. — suspirou e saiu andando, fazendo todos os seguir.
Passaram pelos seguranças e conseguiram rapidamente adentrar o local em que o evento aconteceria. Enquanto passavam pelo corredor, para irem aos seus lugares, um rapaz os perguntou se aceitariam conversar com ele. Dando de ombros, os cinco foram.
— Não, quero as meninas também. Tem algum problema? — perguntou para os meninos, que deram de ombros novamente, encarando as três, que concordaram incertas.
Logo o cameraman se posicionou, assim como o rapaz, que apresentou a banda e as meninas. Todos cumprimentaram os telespectadores.
— E aí, meninos, estão ansiosos?
— Bem, sempre tem aquela expectativa para ganharmos, porque nossas fãs se matam para votarem, então você torce para ter esse prêmio como presente a esse esforço. Mas se não ganharmos, estamos felizes e gratos da mesma maneira. — Liam disse, rapidamente. Quem estava acostumado entendeu, mas quem não, só teve um nó no cérebro.
— Ah, sim! Vejo que faltam duas... — olhou no meio dos meninos, que fizeram a mesma coisa, como se fosse para conferir.
— É... — , que era a mais controlada e que estava por trás, interrompeu o rapaz, que levou o microfone próximo a ela. — As meninas tiveram um imprevisto no salão, chegarão atrasadas... — conferiu o celular, que estava com nenhum sinal tanto das duas, quanto da operadora.
Os cinco meninos a encararam com as sobrancelhas arqueadas, até que Harry foi surpreendido por uma voz, assim como Niall.
— Amores, desculpem! — se apoiou no ombro de Harry e o abraçou em seguida, sussurrando em seu ouvido um “Não se aproveite ou te caparei!”. Largou-o e lhe deu um selinho, o deixando meio atônito.
— Imprevistos... — suspirou e abraçou Niall. — Erm, desculpe interromper a entrevista, o Dave quem deu permissão e...
— Sem problemas. — o entrevistador sorriu. — Podem nos apresentar, meninos?
— Bom... Erm... É... — Harry coçou a nuca, perdido.
— Essas são e . — Liam apontou, conforme dizia os nomes.
— Se me permitem dizer, vocês são caras de sorte. Todas estão muito lindas! — as cinco sentiram as bochechas esquentarem, mas agradeceram. Os meninos riram fraco, concordando.
Niall e Harry pararam para reparar nas garotas, em suas garotas e concordaram com o rapaz. Realmente, eles estavam sendo sortudos naquele dia. Naquele momento. Só não sabiam até quando seria assim.
O rapaz fez mais algumas perguntas e os liberou. Harry pegou na mão de e Niall abraçou pelo pescoço. Eles tinham entendido que era tudo questão de profissão e atuação. Elas levavam o trabalho a sério e nunca mudariam isso, tinham apenas dezenove anos e isso, com certeza, seria assim até o dia em que ficassem um pouco mais velhas e criar uma família se tornasse mais importante do que um emprego com um bom salário e várias aventuras.
***
Harry e
— Por que vocês apareceram do nada? — Harry perguntava, enquanto posava para uma foto, ao lado da “amada”.
— Sorria e acene, brinque de pinguim. Depois a gente conversa sobre isso! — se apoiou em Harry e sorriu. O menino segurou em sua cintura com uma mão e ergueu a outra, também sorrindo. — Bom garoto... — riu.
— Desculpa, tá? — a encarou.
Virou-se de frente para ele e deu um tapinha em seu ombro, enquanto ainda sentia os flashes sobre si:
— Harry, esquece.
— É sério, , eu devia ter deixado vocês falarem e... — negou com a cabeça, apoiando a outra mão na cintura da menina. — Eu sei, eu sou idiota e tal, mas vocês são legais e eu não tinha o direito de fazer até a cabeça do Niall.
apoiou a mão no peito do menino, passando o indicador no nó de sua gravata.
— Você está linda... — sorriu de canto.
— Cretino. — gargalhou, jogando a cabeça para trás. Harry sabia que tinha sido uma ótima foto. — Obrigada.
Harry se aproximou o seu rosto do de , que, ao notar o possível acontecimento, disfarçadamente virou o rosto, fazendo o menino se tocar e beijar o seu ombro.
— O que eu disse sobre não abusar? — deu um pedala fraco na orelha de Harry.
— Vai me capar mesmo, lady? — tentou uma voz sedutora.
— Vou pensar mais a fundo sobre isso, acho que capar é pouco... Enfim! — se desapoiou dos ombros de Harry e se virou, sorrindo mais uma vez para as câmeras. Os fotógrafos os liberaram e agradeceram, acenando com a cabeça, indo, até que enfim, para o canto esperar o resto.
//
Louis e
— Você teve algo a ver com isso?
— Sabe, né... — riu e Louis a encarou desconfiado. — Só fiquei sabendo hoje, não tenho nada a ver. — ergueu as mãos em rendimento.
— Awn, que bonitinha você! — Louis apertou o nariz da namorada, que se virou e deu um tapa em seu braço.
— Já falei para você parar com isso, Louis Tomlinson! — o apontou e voltou a sua atenção para os fotógrafos, sorrindo para todos os lados.
— Não me bate. — fez bico e ela nem ligou.
O menino começou a fazer umas poses ao lado da namorada, que segurava a risada.
— Tomlinson, para de se apoiar no meu vestido de grife, por favor? — falou nervosa, ainda sem se movimentar muito.
— Olha para mim, . — segurou em seu braço, chacoalhando. — ... — falou manhoso e a mordeu na bochecha.
— Você vai pisar no meu vestido e eu vou ficar muito brava. — o olhou rapidamente. — Tomlinson, tira foto igual a um ser normal, bobão... — riu.
Ele a ignorou e a virou pelos ombros para ficarem frente a frente.
— Dá beijinho? — deu um tapa em seu ombro e riu do bico que ele fazia. — Temos que sair fofinhos nas fotos, .
Ela negou com a cabeça, ainda rindo, e lhe deu um selinho.
— Yay! — Louis a abraçou, a erguendo no ar. não sabia aonde enfiar a cara, mas acabou gargalhando do namorado, que a carregou no colo até o Harry e , que os aguardavam e riam.
//
— Poxa, Zayn, eu pensava que você fosse vender DNA lá na frente. — brincou com o menino, que sorriu maleficamente. fechou a cara. — As suas fãs que soltaram essa, nem vem... — se rendeu.
Zayn e
pegou a mão do menino, mal humorada, e saiu o puxando. Assim que apontaram para perto das câmeras, lhe deu um beliscão.
— Arruma essa postura, está parecendo O Corcunda de Notre Dame. — ele bufou e se arrumou, puxando o terno para frente. — Agora seduza e me ajude, porque está dando vergonha.
— Dá licença que eu sou Zayn Malik e , não precisa ter vergonha, eles não vão te comer.
— Mas... Mas... Ok, vai. Vamos logo! Os anos de teatro não foram à toa.
— Essa é a minha garota! — Malik a abraçou pelos ombros e a levou até o local em que parariam para as fotos. — Só, por favor, não me amasse como o Louis amassou a , ok? — a encarou e a menina riu, concordando com a cabeça.
Zayn começou a fazer algumas poses engraçadas, apontava para a câmera, enquanto tentava segurar a gargalhada e se manter normal, falhando. A menina começou a gargalhar e a limpar as lágrimas ao mesmo tempo, para não estragar a sua maquiagem. Malik a encarou e riu da risada da menina, que sentia dores na barriga.
— Para de rir, maluca.
— As... As... As suas ca-caras... — respirou fundo e riu mais um pouco. — Ufa, passou. — suspirou. — Vai, vamos tirar a bendita foto.
não era muito de ficar falando, mas as suas crises de riso eram normais, então Zayn apenas deu de ombros e se posicionaram como pessoas civilizadas, tirando algumas fotos.
//
Niall e
— And even though it’s a struggle love is all we got, so we gonna keep, keep climbing till the mountain top. Your world is my world and my fight is your fight, my breath is your breath and... — cantarolava baixo.
— Niall, você está tirando foto e cantando Justin Bieber? É um tipo de concentração escrota? — o encarou entranho.
— Estou aqui, na maior boa vontade, me declarando, e é isso tudo o que você fala? — fechou a cara.
— Ah... Se declarando? — fez uma voz engraçada, seguida de uma careta.
— É, qual o problema? — encarou os fotógrafos e arqueou a sobrancelha.
arregalou os olhos com o gesto e sentiu seu coração palpitar. Voltou a sua atenção para os fotógrafos e simplesmente sorriu, enquanto Niall só faltava plantar bananeira, fazendo graça.
— Nenhum, senhor.
— Acho bom parar com o bullying. — a apontou.
— Você é irlandês, é o próprio bullying. — deu de ombros. Na verdade, a sua paixão eram irlandeses, mas preferiu manter para si esse fato.
— Ei! — fez bico.
— Estou brincando, pequeno duende. Eu gosto de irlandeses e você é vermelho, o que colabora. — sem nem se tocar, apertou a bochecha do menino, que arregalou os olhos e a encarou. — Ops... — riu.
— Menina doida. — negou com a cabeça e beijou a sua bochecha, logo depois parou normal e sorriram, demonstrando sentimentos diversos através até mesmo da fotografia, recebendo a liberação.
//
Liam e
— Payne, carambola, me espera! — , que se olhava no espelho, tentava alcançar Liam, que andava um pouco mais a frente.
— Desculpe. Você já está linda, não precisa ficar se olhando. — passou a mão na bochecha da menina, que sorriu abertamente. Pegou em sua mão e voltaram a caminhar até o local.
Liam começou a acenar para os fotógrafos, desejando uma boa noite e parou, sério, enquanto ainda segurava a sua mão e sorria, mostrava a língua e tentava fazer o namorado repetir o seu gesto.
— Para de ser mal humorado, amor, sorria, sei lá. — o cutucou com o cotovelo. — Liam... — fez uma voz manhosa, mas ele só a encarou rapidamente e voltou para o sorriso fechado.
Ela bufou e tentou fazer Liam rir até com a piada do pintinho cabeçudo que foi ciscar e deu um giro de trezentos e sessenta graus, mas não adiantou.
— Olha para mim. — puxou o seu rosto e o segurou com as duas mãos, e assim ele o fez, sorrindo aberta e ternamente. — Isso aí, gatinho. — deu um peteleco na ponta de seu nariz, fazendo-o a responder com uma careta e uma virada de olhos.
Liam voltou a sua atenção a frente e pigarreou com a mão na boca. Apoiou a sua mão nas costas de e sorriu abertamente, assim como havia feito para ela antes. se sentiu satisfeita e fez o mesmo que ele.
— Bom, pessoal, obrigado, mas tenho que me preparar... Boa noite! — acenou para os fotógrafos e pegou a mão da amada novamente, levando-a até o grupo de amigos.
Agora que os cinco casais estavam reunidos, caminharam até o local em que a mesa estava reservada. Acomodaram-se nas cadeiras mais chiques do que as próprias casas e ficaram vendo os famosos ali presentes.
— Uma pena não ter a presença do McFLY, viu? — reclamou.
— A ia largar o Harry e ser personal friend do Dougie. — Niall riu.
— A Lara me substituiria de boa, né... — a menina revirou os olhos.
— Eu largaria o Niall para ficar no lugar da mocoronga Horsley! — deu de ombros, enquanto fazia uma careta e concordava, sendo observada por Louis.
— Vai nessa, senhorita ! — Niall a cutucou.
— Aí você mandava a Georgia vir para cá, né?
começou a olhar para todos os lados e embaixo da mesa, fazendo as duas mais novas perguntar qual era o ocorrido, tendo a resposta de Zayn:
— Ela está procurando a bolsa...
— Amiga, eu te empresto a minha. — entregou o acessório para , ouvindo, sem entender, o coral masculino de “Não”, então o único gesto feito foi o de se encolher. E acabou que e se assustaram, quando viram acertar o ombro de Louis com bastante força com a bolsa.
— Outch! — Louis fez bico, enquanto cruzava os braços e bufava.
— Tudo louco. Pode fingir que nem viram, meninas. — se pronunciou, após notar a face das duas.
— Eu ia pedir para acompanhar a Gi, pode ter certeza. — retomou o assunto anterior.
— A Gi... Blergh. — fingiu um arrepio e todos a encararam.
— não gosta nem dela mesma, só ignorem... — bateu no ar e todos concordaram, voltando a olhar em volta.
***
As meninas já tinham bebido umas taças a mais de champagne e se chacoalhavam em pé ao som de Rihanna, que fazia uma apresentação. Os meninos já estavam no backstage, se arrumando para depois de mais um cantor, entrarem para cantar.
Vários cantores havia mexido com o pessoal da mesa, e a cada momento as meninas morriam mais por dentro.
A música acabou, Rihanna deixou o palco e as cinco se sentaram novamente, começando a conversar sobre assuntos aleatórios.
— Vocês vão ficar os dois meses ainda? — perguntou, enquanto bebericava mais de sua bebida. As meninas suspiraram.
— Depois a gente conversa sobre isso, ok? — perguntou e elas concordaram.
— A gente podia se conhecer um pouco mais, né? Está na categoria country e eu não quero ver a obviedade do pacote de sulfite ganhando. — falou, entediada.
— Pacote de sulfite... — gargalhou. — Ai, ai, .
— Verdade... Ok. — concordou. — Idade de cada uma?
— Vinte. — respondeu.
— Dezenove. — , e falaram.
— Dezoito. — fez uma cara de solitária. — Família ou alguém importante?
— Vocês se tornaram importantes... — concordou com . — Mas os meus pais são tudo.
Todas concordaram com a parte da família e adicionaram os namorados.
— Oswaldo, meu papagaio. — riu.
— Sonhos? — perguntou.
— Eu já estou vivendo o meu. — .
— Poder exercer a minha profissão com as pessoas que amo ao meu lado, ter mini Tomlinson. — .
— Fazer o Zayn parar de fumar, pelo o amor... — riu. — Brincadeira. Acho que, sei lá, ser reconhecida pela minha profissão e não como namorada do ídolo teen.
— Largar tudo isso e viver normalmente, formar uma família... — começou a falar.
— Ser alguma coisa para alguém, fazer o que a minha família sempre fingiu fazer e o que faço de mentira todos os dias por dinheiro, de coração. — continuou, olhando para as próprias mãos, distraída.
— Ish, daqui a pouco eu choro. — brincou.
Começaram a conversar sobre outras coisas, até que viram Kanye West e Jay-Z assumindo o palco, para apresentarem uma música de seu projeto.
— , respira, não invade o palco... , você está me ouvindo? — segurava por um ombro, enquanto a abanava com a outra mão.
— Eu estou, caralho. Me deixa ouvir eles, sua gralha! — empurrou e começou a cantar com os dois. — Puta merda, ah! — meio que se abanava. — , caiu. Procura? — se apoiou na mesa.
— O quê, ?
— Minha pressão! — falou desesperada. começou a rir e explicou para as meninas, que estavam assustadas, que sempre foi apaixonada pelos dois e que sempre que fala “caiu”, era porque a sua pressão tinha abaixado e tinha sentido tontura. As três riram e começaram a prestar a atenção no surto da garota.
— A Kardashian e a Beyoncé que me perdoem, mas... Ai, meu Pai amado. — pegou a sua bolsa na mesa e começou a abanar todo o corpo. — Ufa, acabou, agora passa. — suspirou.
— Ela já tentou terapia? — a apontou.
— Já, mas não resolveu... — deu de ombros.
***
— Niall, cadê o spray?
— Você não acha o seu cabelo duro o suficiente, não? — Niall perguntou enquanto jogava o frasco para Harry, que entregou a Louise.
— Te ferra, anão!
— Cadê o Liam? — Louis perguntou, terminando de pregar o suspensório.
— Vendo a apresentação ali. — apontou para uma parte um pouco mais separada, onde Liam estava assistindo TV.
— Acabou de passar a . — Liam apontou para a TV. — Tão linda... — suspirou.
— Tão gay... — Zayn o imitou.
— Meninos, assim que a apresentação acabar, contem dez segundos lentamente e entrem para apresentar a categoria, ok? — uma moça dizia, com metade do corpo para dentro e o resto para fora da porta. Eles concordaram. — Sigam-me. — formaram uma pequena fila atrás da moça e seguiram os seus passos.
***
— Quê? One Direction? — quase gritou.
— Também não sabia que eles iam apresentar... — respondeu.
— Ok, shiu, que eu quero saber quem vai ganhar com melhor solo feminino. — fez sinal para elas se calarem.
— Olha como o Liam fica sensual de terno, cara. — suspirou.
— Esses cabelos do Louis... — se abanou.
— Ah, a Pink ganhou! — se levantou junto de e começaram a pular, fazendo os famosos à volta, uns rirem e outros fecharem a cara com a “falta de classe”.
Depois da entrega e dos agradecimentos, foi a categoria com “Melhor Single Pop”, tendo One Direction, The Wanted, entre outros, concorrendo. Apresentado por Gwen Stefani, 1D foi o vencedor. Começaram a gritar, se levantar e abraçar. olhou para os meninos, que agradeciam e berrou em plenos pulmões:
— You guys rock! — ergueu a mão como sinal de “rock and roll” e Niall teve uma crise de riso, apontando para ela. Louis também começou a rir junto com os outros e, após falarem mais um pouco, voltaram para se arrumar para a apresentação.
As últimas categorias foram apresentadas, os discursos foram feitos e todos já estavam cansados ou muito bêbados. As luzes se apagaram, as meninas se entreolharam e vibraram. Era a vez de seus meninos.
***
— Certeza que será essa música, né? — Niall confirmou com os amigos a troca.
— Sim. Todo mundo se lembra da letra? — Liam perguntou e todos concordaram. — Certo. Boa sorte todo mundo e é isso... — um abraçou o outro desajeitadamente e entraram no palco, pulando.
— Olá, nós somos a One Direction. — Harry cumprimentou. — E essa é She’s Not Afraid.
Põe para tocar, por favor.
YEAH! ONE, TWO THREE, FOUR! YEAH! UM, DOIS, TRÊS, QUATRO!
She sneaks out in the middle of the night, yeah Ela foge no meio da noite, yeah
Tight dress with the top cut low Vestido apertado com um grande decote
She’s addicted to feeling never letting go Ela está viciada na sensação de nunca “se apegar”
Let it go Deixar acontecer
O toque animado e a empolgação dos meninos atingiram a todos, que sorriam com o talento.
She walks in and the room just lights up Ela entra e o ambiente se ilumina
But she don’t anyone to know Mas ela não quer que ninguém saiba
That I’m the only one who gets to take her home Que eu sou o único que deixa levá-la para casa
Take her home Levá-la para casa
But everytime I tell that I want more Mas todas as vezes que eu falo que quero mais
She closes the door Ela fecha a porta
encarou , que arregalou os olhos. Era certeza, elas iriam fazer aquilo, era o que sentiam.
Continuaram sentadas por um momento, respiraram fundo pelo o que parecia a terceira vez e se apoiaram na mesa, se levantando.
She’s not afraid of all the attention Ela não tem medo de toda atenção
She’s not afraid of running wild Ela não tem medo de ser livre
How come she’s so afraid of falling in love? Como ela tem medo de se apaixonar?
Os meninos notaram os movimentos das meninas e ficaram meio atentos na mesa, não deixando de dar a atenção a performance.
She’s not afraid of scary movies Ela não tem medo de filmes de terror
She likes the way we kiss in the dark Ela gosta do jeito que nos beijamos no escuro
But she’s so afraid of falling in love Mas ela tem tanto medo de se apaixonar
— Meninas... — disse, pegando a bolsa e a abrindo.
— Oi, flor! — respondeu, doce. E aquilo fez doer.
— A gente tem um pedido...
— Pode falar. — se levantou também, parando ao lado de , que roía as unhas.
Maybe she’s just trying to test me Talvez ela só esteja tentando me testar
Wanna see how hard I’m gonna work Quer ver o quão duro eu posso trabalhar
Wanna see if I can really tell how much she’s worth Quer ver se eu posso realmente dizer o quanto ela vale
What do you worth? O que você vale?
Niall cutucou Harry enquanto trocavam de lugar. Isso estava estranho, muito estranho.
Maybe all her friends have told her Talvez todas as suas amigas disseram para ela
“Don’t get closer he’ll just break your heart” “Não se aproxime ele só vai partir o seu coração”
But either way she sees in me and it’s just so hard Mas do mesmo jeito ela vê isso em mim e é tão difícil
So hard Tão difícil
— Não, espera... , me ajuda a encontrar uma caneta. Alguém aqui tem alguma? — as meninas negaram.
Então e saíram de mesa em mesa, falando de famoso a famoso, atrás da bendita caneta. Até que alguém que elas não faziam ideia de quem fosse, pelo fato de estarem com pressa e eufóricas, emprestou.
Abriram o envelope rapidamente e pegaram a folha, adicionando um “P.S.” ao fim e voltaram à mesa correndo.
— Ufa. Pronto! Agora falaremos. — suspirou e sorriu amarelo para .
Cuz’ every time I tell her how I feel Porque todas as vezes que eu digo como me sinto
She says it’s not real Ela diz que não é real
“Por que elas correram? E por que agora estavam tão sérias, ainda em pé? Será que estavam bem?”, era o que passava pela cabeça dos cinco.
— A gente daqui a pouco vai entregar um envelope para o Harry e o Niall e é certeza que não vão entender e vão ficar muito putos...
— Então aí alguma entrega isso para eles e pedem para lerem com atenção e pensarem em cada palavra. — continuou.
esticou o envelope para , que a encarou, assim como as outras três.
What about all the things we said E quanto a todas as coisas que dissemos
Talking on the phone so late? Conversando no telefone tão tarde?
I can’t let her get away from me Não posso deixá-la se afastar de mim
Resolveram deixá-las se resolverem e voltaram à atenção ao público. Eram sortudos demais por estarem apaixonados e realizando seus sonhos ao mesmo tempo. Eram sortudos demais por estarem ali, e com elas.
When I say that I can’t do it no more Quando eu digo que não consigo mais fazer isso
She’s back in my door Ela está de volta à minha porta
— Certo! — concordou freneticamente com a cabeça. — Louis me entregou isso, podem usar. — entregou a credencial para os camarins.
— Nossa, que mão na roda. — riu. — Muito obrigada. Foi muito bom conhecê-las. A gente mantém contato ou sei lá... — deu de ombros e sorriu fechado.
— Amamos vocês, sério. São umas fofas e os seus caras têm sorte em tê-las.
— Niall e Harry tiveram sorte por alguns dias, também. — abraçou as duas, gesto repetido por e , que ergueu no alto, fazendo a menina soltar um pequeno grito.
— Valeu pelo soco no Styles, amei “presenciar” isso. — fez aspas com os dedos.
— Quanta maldade... — negou com a cabeça e riu.
— Às ordens. — bateu continência. — Até... — acenaram e viraram as costas, caminhando até onde ficavam os camarins.
But she’s so afraid of falling in love Mas ela tem tanto medo de se apaixonar
Por que se abraçavam?
***
Assim que as meninas conseguiram encontrar a porta do camarim escrito “One Direction”, a mesma se abriu, revelando um Harry rindo e um Liam emburrado.
— Meninas...? — Liam perguntou, meio assustado.
— Erm... Cadê o Niall? — olhava por cima do ombro de Harry, até que avistou todos saindo, parando atrás dos dois, curiosos.
— Isso é para você, Harry. — entregou o seu envelope para o menino, que pegou meio desconfiado.
— Não é bomba não. — disse, meio divertida. — Niall, o seu. — fez o mesmo que . Enganchou o seu braço no da amiga e acenaram, sentido uma dor incômoda no peito. Viraram as costas e saíram de perto dos cinco garotos, que ainda estavam perplexos.
Harry chacoalhou a cabeça e resolveu abrir o bendito papel, que continha uma quantidade de libras meio alta e o aparelho celular de sua personal, assim como o de Niall. Encararam-se e deram de ombros, saindo correndo até a mesa, na esperança de encontrarem as meninas ainda lá, mas não foi isso o que aconteceu. mexia em uma folha e as meninas estavam cabisbaixas.
— O que foi? — Harry perguntou, arfando.
— Erm, leiam. — entregou o papel e abraçou Louis.
Liam se juntou de e fez o mesmo que Tomlinson. Zayn parou ao lado de Harry e Niall e começou a ler junto a eles.
É, elas não brincavam.
***
— , está doendo. — dentro do táxi, massageava o local em que o coração se encontrava.
— Logo passa. — puxou a cabeça da amiga para cima de seu ombro e beijou a parte de cima, suspirando em seguida.
— A música... — fungou.
— Esqueça-a.
{Obrigada, Ná, pela suuuper ajuda nesses
dois últimos capítulos <33}
“O que elas estão fazendo aqui ainda? Não tinham ido embora?”
É isso que deve ter passado pela cabeça de vocês, certo? Pois bem! Como prezamos muito o nosso emprego, não iríamos embora sem cumprir o combinado. Como vocês mesmo falaram: fomos pagas para isso. E pagas para ficarmos um tempo a mais, porém, não conseguimos.
Sempre fomos profissionais o bastante para nunca nos envolvermos sentimentalmente em algum trabalho, mas, infelizmente, dessa vez não deu certo. Foi muito bom cada minuto em que passamos com vocês e com os outros meninos, mas chegamos a um ponto que não tínhamos mais como negar o nosso sentimento. Não podemos ser egoístas e pensarmos apenas em nós, vocês têm uma carreira e nós, quem somos? Não sabemos, mas temos certeza de que não somos do tipo que troca o certo, pelo duvidoso. Temos as nossas vidas, os nossos sonhos e não podemos abrir mão disso.
Gostaríamos de agradecer pela hospitalidade, esperamos que um dia possamos nos encontrar novamente, em uma ocasião menos conturbada. Talvez, se for o certo, entrarão em nosso caminho novamente e os receberemos de braços abertos, mas ainda não recebemos essa confirmação, já que nada colaborou com a gente - pensamento meio egoísta, sabemos, mas como já dissemos acima, não abrimos mão de nada para nos arriscarmos (a não ser na nossa profissão).
O tempo em que passamos juntos foi realmente legal, até mesmo as brigas. Lembrando agora, foi bem engraçado e mais para frente ainda, nos renderá boas risadas.
Pedimos desculpas por algo errado, o que foi quase o tempo todo, mas também agradecemos pela confiança, pelos “segredos”, pelas risadas, pelo dinheiro do nosso vestido, haha, e pela nova amizade que surgiu, mesmo tendo que acabar tão rápido.
- Harreh, nada a dizer para você. Não, não vou me desculpar, não me arrependo pelo o que faço, mas uma coisa: quando eu disse sobre ser você mesmo, eu realmente estava sendo séria e gostei bastante daqueles dois minutos em que agiu como meu amigo. Foi muito legal <3
- Niall, sua geladeira é muito maneira, se tiver uma próxima, contrate a que vocês se divertirão dentro dela. Obrigada pelo quarto azul e pelas conversas, fofura, haha.
- Todos os outros meninos: caras, vocês são demais, sério mesmo!
- Meninas, casem comigo, just! Espero um contato!
- Não sei o que dizer, mas a insistiu para que eu falasse algo especial para você, Niall... Obrigada por ter sido tão fofo comigo e entender que fome não é coisa de momento, é estado de espírito constante! Enfim, espero que possamos nos encontrar novamente para assistirmos o próximo Atividade Paranormal, o filme é perfeito, mas você e seu medo fez tudo ficar melhor, haha. Seja sempre que você é, Niall, não deixe esse universo de estrela te mudar, por favor! Beijos <3
- Harry, menino descabelado! Obrigada por ter me dado abrigo e comida, os dias que convivi com você foram realmente especiais, você é especial, menino! Você tem a estrela dentro de si, nunca a deixe se apagar, ok? Se cuida e vá a um gastro para cuidar do seu estômago sensível, caso contrário, nunca terá uma namorada, mega dica!
- Meninos, amei conhecer vocês, são exatamente fofos e estranhos como suas fãs descrevem. Obrigada por terem sido tão legais conosco, sério!
- Vocês se tornaram bem especiais em pouco tempo, obrigada por tudo, meninas!
Um beijinho no coração enorme de todos e todas vocês,
e xx
“— Carro de luxo, viagem na primeira classe com direito a champagne... , acho que tem alguma coisa muito errada nessa história! — falava para a amiga.
— Qual o problema? Vai que vamos ser personal de pessoas importantes e ricas?
— Realmente... — a outra disse, olhando pela janela.
Ficaram em silêncio por uns dez minutos, até abrir uma revista e dar de cara com uma reportagem sobre One Direction.
— Que merda, viu?! — fechou a revista e então a olhou, sorrindo.
— Será que eles ainda se lembram de nós?
— Acho que, se lembram, deve ser com raiva. — deu de ombros.
— Mas não fizemos nada de errado, cumprimos todos os combinados...
— Nem todos, . — refletiu.
— Como assim?
— Faltou o de não se apaixonar. — terminou, sorrindo triste, e recebeu a cabeça da amiga em seu ombro.”