Hey There Delilah

História por Gabriella Nascimento
Revisão por Marina Romano


Hey there Delilah
Hey Delilah
What's it like in New York City?
Como é Nova York?
I'm a thousand miles away
Eu estou a mil milhas longe daí
But girl tonight you look so pretty
Mas menina hoje você está tão bonita
Yes you do
Sim, você é
Time Square can't shine as bright as you
Time Square não consegue brilhar tanto quanto você
I swear it's true
Eu juro, é verdade

- Alô? – A garota perguntou ofegante, pois teve que correr até o telefone que se encontrava na sala.
- Amor? – o garoto perguntou feliz.
- ? – disse com lágrimas de felicidade nos olhos.
- Saudades! – ele se encontrava na mesma situação que a menina.
- Muitas, muitas, muitas. – fungou. – Você está bem? – perguntou preocupada.
- Estou bem melhor agora, acredite. – sorriu. – Como está indo a faculdade?
- Está indo bem, minha professora disse que tenho talento para moda. – sentou-se no sofá com as pernas em cima do mesmo. Encostando suas costas no braço. – E como vai indo a banda?
- Bem, a banda vai indo muito bem. Conseguimos fazer um show no Live’s. Lembra desse pub? – sorriu ao se lembrar dos bons momentos que passou nesse pub com sua namorada.
- Como posso me esquecer? Foi lá que você me pediu em namoro. – enrolou os dedos no fio do telefone. – Bons tempos aqueles. – suspirou pesadamente. – Mas e a escola?
- Estou me esforçando. A O’Connel está triste, pois faz cinco meses que não a visito na detenção. – riu, fazendo sua namorada gargalhar.
- Meus parabéns, . Estou gostando de ver, você me deixou bastante orgulhosa. – brincou com o zíper da almofada.
- Obrigado, obrigado. Autógrafos mais tardes. – brincou.
- Bobo!
- Sou o bobo que você ama. – rebateu.
- Sim, você é o bobo que eu amo. É o MEU bobo e de mais ninguém. – falou dando ênfase ao pronome possessivo.
- Sim, seu e de mais ninguém. E você é a minha pequena, minha Delilah – brincou com os dedos.
- Sim, só sua. – fungou.
- Como é Nova Iorque? – desviou o assunto, sabia que a namorada estava chorando, não queria ouvi-la chorar como das últimas vezes, cortava seu coração ouvir os soluços de sua menina.
- É linda, . Você tem que ver! – se alegrou – Muita movimentação de pessoas e carros. Nem à noite essa cidade pára. É uma loucura. – sorriu.
- E você sai muito com seus amigos?
- Nós saímos, aliás, eles saem muito. Eu não sou muito de sair, você sabe, prefiro ficar em casa assistindo um bom e velho romance clichê embaixo das minhas cobertas, jogada no sofá. – enrolou mais uma vez seus dedos no fio do telefone.
- Sei, mas quando você sai com seus amigos. Pra onde vão?
- Vamos pra um pub que tem aqui perto do meu apartamento, é bastante aconchegante. Mas não chega aos pés do Live’s. – riu divertida.
- E nesse pub tem muita gente interessante? – perguntou a fim de saber se sua namorada se interessava por algum garoto.
- , se você quer saber se tem homens bonitos, sim, aquele pub tem homens bonitos. – recebeu um grunhido ou algo parecido do seu namorado como resposta. – Mas não precisa se preocupar, os americanos são sem graças. Prefiro mil vezes mais os ingleses, de preferência que se chame , tenha 18 anos, estude no St. Louise e esteja cursando a educação complementar (further education).
- Estou com ciúmes desse tal de aí. – brincou recebendo uma gargalhada da namorada como resposta – Amor, me diz, como você está vestida?
- , eu sinto muito informar, mas sexo por telefone não rola. – riu do que disse.
- Engraçadinha. – disse irônico – Me diz como você está vestida, assim eu posso te imaginar aqui ao meu lado.
- Okay. Eu ‘to usando aquela sua camisa do Manchester e uma calcinha do porquinho. – riu da sua calcinha, era fofa. Mas bem infantil.
- Você está bonita e sexy. – mesmo sabendo que ela não veria, sorriu malicioso.
- , eu te conheço e sei que está com aquele sorrisinho malicioso. E pare de imaginar coisas. – o repreendeu; se conheciam há muito tempo, eles não precisavam estar juntos para saber o que se passa na cabeça do outro.
- Estraga prazeres. – bufou.
- Seu amor é recíproco. Sua vez.
- Eu ‘to usando uma boxer preta.
- Sexy. – agora foi a vez dela de ter pensamentos impuros com seu namorado.
- Como eu sou muito bonzinho, vou deixar você tendo esses pensamentos. – riu.

e namoravam há três anos, ele cursava o ensino complementar e ela estudava em Nova Iorque. Fazia faculdade de moda, estava em seu segundo ano. Eles se conheceram na escola, ele estava terminando o ensino obrigatório e ela o complementar. era dois anos mais velha que .

Hey there Delilah
Hey Delilah
Don't you worry about the distance
Não se preocupe com a distância
I'm right there if you get lonely
Eu estou lá se você se sentir sozinha
Give this song another listen
Ouça essa música mais uma vez
Close your eyes
Feche seus olhos
Listen to my voice it's my disguise
Escute minha voz, é meu disfarce
I'm by your side
Eu estou ao teu lado


- Quando você vem me visitar? – perguntou.
- O ano letivo acaba daqui a três dias, acho que semana que vem eu estou indo pra Londres. Preciso rever muitas pessoas importantes, sabe? Meus pais, amigos, e meu namorado. Conhece o ? – brincou.
- Conheço, um ótimo rapaz. Ouvi dizer que ele é bom de cama. – riu
- Oh se é! – corou após responder. – Ouvi dizer que a namorada dele é hot. – se fez de sonsa.
- Muito hot, a garota mais hot do mundo. o nome dela, conhece?
- Conheço. Moramos juntas, somos praticamente a mesma pessoa – riu, arrancando uma gargalhada do namorado. – É tão bom ouvir você rindo – mordeu o lábio inferior a fim de prender o choro que estava por vir - mais uma vez.
- É tão bom ouvir sua voz. – fechou os olhos e suspirou pesadamente.
- Odeio a distância, seria tudo mais fácil se não existisse isso. – soluçou.
- Amor, por favor, não chora. Olha, não liga pra distância, pensa que ela só está entre nós pra provar que nosso amor supera tudo, até mesmo ela. – limpou a teimosa lágrima que escorria por sua face. – Fecha os olhos.
- Pra quê? – fungou.
- Ande, feche os olhos. – o obedeceu e fechou seus olhos, murmurou um ‘fechei’ e esperou que seu namorado continuasse. – Se concentre na minha voz. Eu estou ao seu lado, posso sentir o perfume do seu sabonete de jasmim na sua pele. – ele também fechou seus olhos. – Agora eu vou passar a mão no seu braço, sentiu? – acariciou o ar.
- Senti, seu toque é macio. – sorriu arrepiada, tinha sentido a mão do namorado. Poderia ser coisa da cabeça dela, mas ela sentiu uma coisa quente passar pelo seu braço.
- Está vendo? Não precisa se preocupar, eu estou ao seu lado, mas você não consegue me ver. Mas consegue me sentir.

Oh it's what you do to me
Oh é o que você faz comigo
Oh it's what you do to me
Oh é o que você faz comigo
Oh it's what you do to me
Oh é o que você faz comigo
Oh it's what you do to me
Oh é o que você faz comigo
What you do to me?
O que você faz comigo?

Hey there Delilah
Hey Delilah
I know times are gettin hard
Eu sei que os tempos andam difíceis
But just believe me girl
Mas acredite em mim menina
Someday i'll pay the bills with this
Algum dia eu pagarei as contas com
We'll have it good
Nós teremos tudo
We'll have the life we knew we would
Nós teremos a vida que sabíamos que teríamos
My word is good
Minha palavra é boa

- O que está pensando, Delilah? – perguntou após ouvir sua namorada soluçar duas vezes e fungar cinco. Estava se segurando para não chorar, doía não poder abraçar, beijar, tocar e acariciar a sua menina.
- É tão bom ouvir você me chamar de Delilah – sorriu secando algumas lágrimas – Estava pensando no futuro. Quero ter três filhos, casar, morar numa casa com um jardim lindo e com um lago nos fundos da casa.
- Três filhos só?! Eu quero ter no mínimo onze para formar meu time de futebol ‘’s Futebol Clube’. – sorriu divertido.
- Onze? – arregalou os olhos – Coitada da sua mulher, vai sofrer.
- Então tenha pena de você, por que daqui a dois anos nós vamos nos casar.
- Muito engraçado, . – falou irônica – Mas como vamos sustentar a penca de filhos que você quer ter?
- Com o meu salário. Minha banda vai fazer muito sucesso, e poderemos sustentar quantos filhos quisermos.
- Só você mesmo. – riu da idéia do namorado. – Quando você começar a ganhar dinheiro, podemos pensar nisso, okay?! – recebeu um ‘certo’ do outro. – Você e suas idéias brilhantes. – riu.
- É o que você faz comigo. Esse é o seu efeito sobre mim. – sorriu.

Hey there Delilah
Hey Delilah
I've got so much left to say
Eu ainda tenho tanto pra falar
If every simple song i wrote to you
Se cada simples música que eu escrevi pra você
Would take your breath away
Pudesse tirar seu fôlego
I'd write it all
Eu escreveria tudo
Even more in love with me you'd fall
Mais apaixonada por mim você ficaria
We'd have it all
Nós teríamos tudo

- Escrevi mais uma música pra você. – lembrou-se da música que escrevera há dois dias quando estava relembrando os bons momentos com a sua Delilah. – Mas falta por a melodia.
- Que fofo! – apertou a almofada – Depois quando estiver pronta, eu quero ouvir.
- Combinado. Eu só coloco a música no repertório se você gostar.
- Eu gosto de todas as músicas que você escreve, então não vai fazer diferença eu escutando ou não.
- Mas eu faço questão. – sorriu.
- Como você consegue? – apertou a almofada.
- Consigo o que? – encarou o teto.
- Me deixar mais apaixonada por você a cada dia que passa. – deitou-se no sofá. Ele apenas sorriu.

Oh it's what you do to me
Oh é o que você faz comigo
Oh it's what you do to me
Oh é o que você faz comigo
Oh it's what you do to me
Oh é o que você faz comigo
Oh it's what you do to me
Oh é o que você faz comigo

A thousand miles seems pretty far
Mil milhas parecem muito longe
But they've got planes and trains and cars
Mas eles tem aviões e trens e carros
I'd walk to you if i had no other way
Eu ando até você se não tiver outra saída
Our friends would all make fun of us
Todos nossos amigos vão rir de nós
And we'll just laugh along because we know
Mas nós vamos rir mais porque nós sabemos
That none of them have felt this way
Que nenhum deles nunca se sentiu assim
Delilah i can promise you
Delilah eu posso prometer a você
That by the time that we get through
Que pelo tempo que nós passamos juntos
The world will never ever be the same
O mundo nunca mais será o mesmo
And you're to blame
E você é a responsável

- O ontem me disse que eu sou um bobo. – sorriu encarando os pés.
- Por quê? – enrolou um dos dedos no cabelo, fazendo cachinhos no mesmo.
- Porque sempre que eu falo no seu nome ou lembro de você, eu fico com um sorriso bobo e ele fica rindo da minha cara por eu ter me apaixonado.
- Ele que é um bobo. Não sabe como é bom ter a pessoa que você ama perto e dizendo que te ama. Ele ri de você, e nós rimos dele por nunca ter se apaixonado e sentido o que nós sentimos.
- Você está certa, na próxima vez que eu o encontrar falo o que você disse. – riu. – Nós estamos a quanto tempo no telefone? – perguntou vago.
- Acho que umas sete horas, por quê? Já cansou de mim? – brincou.
- Não, eu nunca vou me cansar de você. – trocou o telefone de orelha – É que eu quero quebrar o recorde passado.
- E qual foi?
- Nove horas, dez minutos e trinta e nove segundos. – sorriu.
- Nossa! A sua conta de telefone vai ser alta, é melhor você desligar. – preocupou-se.
- Não me importo, o que me interessa é ouvir sua voz. – corou.
- Own, que fofo! – apertou as próprias bochechas. – Te amo. – sentiu seus olhos lacrimejarem.
- Também te amo. – encarou o teto com um sorriso no rosto.

Hey there Delilah
Hey Delilah
You be good and don't you miss me
Seja boa e não sinta minha falta
Two more years and you'll be done with school
Mais dois anos e você terá terminado a escola
And i'll be makin history like i do
E eu estarei fazendo história como eu faço
You know it's all because of you
Você sabe que é só por causa de você
We can do whatever we want to
Nós poderemos fazer o que quisermos
Hey there Delilah heres to you
Hey Delilah aqui está pra você
This ones for you
Esta é pra você

- Amor, eu vou ter que desligar. – falou triste. – Promete que não vai chorar sentindo minha falta?
- , você está me fazendo prometer o impossível. – fungou.
- Delilah, você sabe que eu não gosto de saber que você está chorando e ainda mais por minha causa. Por favor, não chore. – queria estar ao lado dela para enxugar suas lágrimas.
- Eu posso tentar, . Eu posso tentar. – suspirou. – Será que isso não vai acabar nunca? Já se passaram dois anos. – fungou mais uma vez.
- E falta apenas dois, está quase acabando. Só mais dois anos e você acaba sua faculdade e eu estarei entrando para a historia como o mais gostoso da Inglaterra. – suspirou aliviado quando ouviu a gargalhada de sua namorada, achava a gargalhada mais linda e sexy de todo o mundo. – Está rindo? É sério, você vai ver. Farei história.
- Palhaço. – riu.
- Você não acredita? Quando eu ficar famoso, faremos tudo o que sempre sonhamos. Viajaremos o mundo todo, vamos conhecer pessoas novas, culturas novas, línguas novas. Vai ser um nova vida, um recomeço. – sorriu imaginando o que acabara de dizer.
- Vai ser lindo.
- Sim, será. E como tudo o que eu faço, é pensando em você. Você será a figurinista, estilista ou sei lá como se chama – ouvindo a namorada rir do outro lado, riu junto – da banda. Seu primeiro trabalho, que tal? A banda está fazendo um pouco de sucesso por aqui, e eu acho que breve vamos assinar um contrato.
- Sério mesmo, ? – perguntou com os olhos brilhando – Eu já falei que eu te amo?
- Na última meia hora não. – sorriu ouvindo sua namorada repetir ‘eu te amo’ várias vezes. – Eu também te amo, muito, muito, muito. – mordeu o lábio inferior sorrindo. – Delilah, eu vou desligar por que tenho que resolver umas coisas da banda, quando eu chegar em casa e te ligo, ta bom? – recebeu um ‘okay’ choroso da namorada. – Te amo!
- Também te amo – desligaram o telefone.

Oh it's what you do to me
Oh é o que você faz comigo
Oh it's what you do to me
Oh é o que você faz comigo
Oh it's what you do to me
Oh é o que você faz comigo
Oh it's what you do to me
Oh é o que você faz comigo
What you do to me?
O que você faz comigo?

não sabia, estava no corredor do seu andar, sentado na escada. Ele queria fazer uma surpresa para sua Delilah, comprou rosas e os bombons preferidos dela. Esperou uns cinco minutos após desligar o telefone para apertar a campainha do apartamento de sua namorada. Pôs o buquê de flores na altura do rosto, para que ela não descobrisse que era ele pelo olho mágico. Ouvir sua voz embargada perguntar quem era, seu coração quase deu um pulo para fora de sua boca quando ouviu o barulho das chaves abrindo a porta.

- Posso ajudar? – perguntou colocando apenas a cabeça para fora.
- Um beijo cairia bem. – abaixou as flores revelando seu rosto e seu sorriso radiante.
- ! – a menina não se importou de estar somente de blusa e calcinha, pulou no colo do namorado entrelaçando suas pernas na cintura dele e beijou-lhe a boca. – Saudades! – dava curtos beijos.
- Muitas, muitas, muitas! – entrou no apartamento com a menina pendurada em si e fechou a porta com os pés.
- Você me enganou direitinho. – saiu do colo do namorado.
- Pra você – entregou as rosas e os bombons.
- Os meus bombons favoritos, . – colou seus lábios mais uma vez. – Saudades dos seus beijos. – beijou-lhe mais uma vez.
- Saudade do seu corpo. – a puxou pela cintura fazendo-a ficar mais próxima dele.
- Eu acho que os bombons podem ficar para depois. – sorriu maliciosa, colocou os bombons e as flores sobre o sofá. Voltou para onde estava. – Onde paramos? – perguntou desentendida.
- Acho que na parte em que você ia me mostrar seu quarto. – beijou o pescoço da garota, arrancando um suspiro da mesma.
- Claro, lembrei.

Beijou seu namorado com vontade, estava com saudades de sentir as mãos dele explorar seu corpo, de sentir que poderiam se tornar um só. Foram andando as cegas até o quarto da garota, não tinham tempo a perder. Pelo caminho foram deixando suas roupas, aquela noite seria somente deles. Nada poderia atrapalhar, absolutamente nada.



xXx Fim xXx

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