Capítulo Único
Estes são os nossos dias de glória (estes são os nossos dias de glória)
Ela tinha os olhos castanhos concentrados na tela do MacBook e ditava ordens ao mesmo tempo enquanto via as fotos que tirou. O cabelo estava preso em um rabo-de-cavalo e as suas mãos passavam pelo rosto que enganava bem quem não a conhecia. era uma pessoa difícil de ler, mas não impossível; eu a conhecia como ninguém. Sabia exatamente quando ela não estava bem. Naquele instante ela estava surtando por dentro por não estar com as fotos do nosso novo disco prontas para lançarmos. Mas aquele rostinho sexy e angelical ao mesmo tempo escondia muito bem seu nervosismo atrás de um belo sorriso.
— Srta. , essas fotos estão lindas! — uma das suas ajudantes falou, observando as imagens.
— Não estão, Audrey! — ela respondeu, se levantando e andando de um lado para o outro — Certo, vamos mudar o fundo disso. Quero a cor salmão no fundo e mudem o figurino dos meninos! Quero o Connor e James de branco. Tristan e de preto.
— , seu problema é ser uma grande perfeccionista! — me aproximei dela bebendo uma garrafa de água. A ruiva arqueou uma sobrancelha e deu um sorrisinho mau humorado. — Essas fotos estão ótimas para divulgar o Cherry Blossom!
— “Ótima” é pouco pra mim, . — ela pegou a garrafa da minha mão e levou até a boca. — Eu prefiro a palavra “perfeição” quando se trata do meu trabalho. — piscou e saiu para conversar com alguém. Não demorou muito para o ar voltar para os meus pulmões quando me dei conta que havia prendido a respiração com ela tão perto de mim.
— Será que tem como você ser menos óbvio? — James falou ao meu lado, enquanto abotoava a camisa e encarava a mesma pessoa que eu.
— Que?
— Você! Formou até uma poça de baba aqui. — no minuto seguinte, meu amigo estava reclamando de dor no ombro após levar um soco. — Até quando vocês vão ficar nessa?
— Ela não quer nada comigo, Jamie. — dei de ombros. — é centrada demais no trabalho e você sabe que, depois do que aconteceu, é impossível ela querer algo comigo de novo.
— Está na hora de você concertar as coisas com a nossa amiga, . — o loiro sorriu — Vocês merecem! E ela gosta de você também, só... É muito focada nas câmeras e tem medo do que sente.
— Lá vem você de novo com esse papo de que ela gosta de mim! — revirei os olhos, indo em direção ao nosso local de fotos. — A não me vê assim! Não mais...
— Assim como? — Connor perguntou assim que se aproximou de nós.
— Como quem gosta de você? — Tristan me deu um peteleco na cabeça. — Se você não fosse tão cabeça dura, isso nem estaria acontecendo.
— Ela nunca vai demonstrar nada porque é ocupada demais pra isso. — James sorriu enquanto sussurrava — Fora que você é um eterno cafajeste!
— Ah, pronto! Falou o santinho... — fiz careta.
— Não é de mim que ela gosta. — ele deu de ombros, me fazendo suspirar. Encarei a ruiva que estava se aproximando de nós com um sorriso encantador no rosto. Depois de muito tempo nós retornamos a nossa amizade, será que valia a pena arriscar tudo isso de novo?
logo começou a nos dar ordens e a fazer com que as fotos ficassem mágicas, como ela sempre fazia. Aquilo me fez relembrar como tudo começou e como eu pude estragar tudo com aquela garota fantástica.
— Teremos uma nova fotógrafa na equipe! — Paul falou no meio da festa em meu apartamento. Uma festa para nossa equipe. — Ela é uma das melhores no ramo. A nova descoberta da fotografia... não somos burros, queremos ela com a gente.
— Que notícia boa, Paul! — Connor falou animado.
— Quando vamos conhecê-la? — Tristan perguntou, bebendo um gole da sua cerveja.
— Hoje mesmo. Convidei-a para vir aqui. Achei que era uma boa maneira dela se enturmar e também de vocês conhecê-la sem todo aquele ar sério da gravadora.
— Boa ideia, Paul. Me avise a hora que ela chegar. — falei, observando uma das modelos que convidamos para a festa.
— Isso se você não tiver no seu quarto com alguma idiota que ainda caí no seu papinho. — James revirou os olhos.
— Eu estou curtindo a vida, meus queridos! — sorri, indo em direção a cozinha. Não é como se eu fosse o mais pegador da turma, mas eu gostava de ser livre.
Entrei na cozinha e fui em direção às cervejas, rindo da cena de um dos produtores virando a vodca; eles gostam de dar trabalho depois. Aposto que amanhã todos estariam de ressaca e mau humor, que sofre sou eu; por que ainda insisto nessas festas? Fui em direção ao banheiro enquanto mexia no celular, para chamar Courtney pra ir até lá, sem chamar muita atenção de ninguém.
— Mas que merda! — escutei alguém dizer assim que fechei a porta, olhei assustado para a voz que disse aquilo e fiquei boquiaberto por encontrar alguém que não conhecia; nem mesmo nunca vi — Não bate antes de entrar?
— Quem não tranca a porta do banheiro? — perguntei no mesmo tom.
— Certo. — ela respirou fundo e jogou o cabelo para trás. Arqueei a sobrancelha e a observei molhar o rosto. — Desculpe.
— Você está bem? — perguntei e ela sorriu, ainda nervosa.
— Só um pouco nervosa. — confessou. — Eu vim conhecer os meus chefes.
— Ah, você é a fotógrafa? — perguntei, curioso. Ela arregalou os olhos.
— Como sabe?
— Sou o . — sorri, oferecendo a mão para ela apertar — Soubemos que você viria. Seja bem-vinda.
— Meu Deus, você que é o cantor, certo? — questionou, um pouco sem graça — Meu nome é , mas me chame de .
— Muito prazer e vai ser uma honra trabalhar com você. — senti a porta bater em minhas costas, olhei para trás e demos de cara com a morena que eu havia convidado para uma escapada no banheiro. Courtney nos encarou com os olhos arregalados e não poupou comentários embaraçosos.
— Se perdeu com outra no banheiro, ? — ela revirou os olhos e cruzou os braços. começou a tossir e pegou sua bolsa.
— Ah, não! Você entendeu errado e...
— Cuidado, querida... Ele não presta! — encarei a ruiva e depois encarei a morena, as duas se encaravam. Pobre Gueen, mal chegou e já está sendo atacada.
— Courtney, não fale assim. — a repreendi — Acabei de conhecer a Gueen, ela é nossa nova fotógrafa e...
— Já chega, ! Eu não preciso aturar esse tipo de situação.
— Eu vou deixar vocês a sós... Boa sorte. — senti dois tapinhas amigáveis em meu ombro e pude sentir um frio na barriga novo, diferente de tudo que eu já senti antes.
O aeroporto estava lotado, não só de fãs, mas também de gente indo viajar. Nós íamos para Londres fazer um show e gravar um clipe. Nossa agenda era muito lotada e a gente não tinha muito tempo, ao menos voltaríamos para o nosso país e veríamos nossa família. Conforme íamos para o nosso jato particular, nossos seguranças tentavam separar os fãs da gente; no começo da carreira, eu achava isso desnecessário. Agora, eu ainda acho, quero sempre dar atenção para todos; mesmo quase sendo esmagado por cada um deles. Eu só tentava demonstrar a eles o quanto eu os amava enquanto podia.
Olhei para trás procurando por , que também estava indo conosco. A ruiva usava óculos escuros e uma jaqueta de couro que a deixava ainda mais bonita. era tão conhecida quanto nós, os fãs a adoravam tanto quanto adoravam a gente e eu sempre admirei isso; é muito difícil eles gostarem de alguma garota que anda com a gente. Contudo, dela eles gostavam, tinha um segurança só para ela.
Nossa fotógrafa era requisitada para vários outros famosos ou marcas conhecidas; me surpreendia ela querer ficar com a gente.
Ainda bem que ela ficava.
Somos tão sortudos.
Eu me sinto o maior idiota por ter perdido aquela mulher por uma besteira, mas sou grato por não ter prejudicado minha equipe. é a cabeça da nossa equipe.
Olhei novamente para trás e vi sendo agarrada por um homem, o segurança tentava tirar ele de cima dela e logo a ruiva começou a ser agarrada por outra pessoa; Louis, meu segurança, me segurou para não sair de onde eu estava, só que não consegui ficar ali sem fazer nada. Me soltei de seus braços e fui até a garota.
— Meu cabelo. — choramingou enquanto eu tentava puxá-la. — Céus, eu nem sou a cantora! — ela resmungou para o homem, que chorava por ter encostado nela
— Amelie , você é uma gostosa! — ele falou, nos braços do segurança de . — Eu ainda te pego! — fiz uma careta, olhei para a minha companheira e sua expressão enojada não negava o que ela sentia — E fique longe dela, ! Ela é minha!
— Não responda, . Continue andando. — ela colocou a mão em meu peito e me deu um leve empurrãozinho para seguirmos. me encarou nos olhos e eu não consegui raciocinar com ela tão perto — , por favor...
— Certo. — suspirei e coloquei os braços em volta do seu pescoço.
— Está comendo ela, ? — o cara zombou. — Assim como todas as outras?
— , não! — foi a única coisa que escutei antes de socar o nariz daquele imbecil. O som de gritaria dos fãs aumentou quando fiz aquilo.
Eu não era violento. Nunca fui. Não conseguia deixar alguém falar daquela forma de .
— Vamos embora. — dessa vez foi a voz de Connor atrás de mim.
— Ela não é qualquer uma. — falei entredentes para o homem e me levantei. cruzou os braços, sem graça e saiu andando na frente, sendo acompanhada por James que a protegeu da muvuca.
— Chega. — Connor repetiu.
Não demorou muito para a notícia se espalhar por todos os sites de fofoca. Estava dentro do avião e ficava tranquilo por ter algumas horas de paz até ser atacado pela imprensa. estava bem longe de mim, seus óculos de sol permaneciam no rosto de forma que ninguém pudesse ver seus olhos brilhantes; eu daria tudo para ver aqueles olhos que eu conhecia tão bem. Era uma boa tática a dela, tentar se esconder de mim.
— Eu acho que vai ser uma fofoca positiva. — Tristan quebrou o silêncio.
— Acha mesmo que Paul vai achar positivo o vocal dele nos tabloides? — Connor retrucou.
— Foi pra defender a ! — James revirou os olhos, comendo um salgadinho — É claro que ele vai entender, assim como todo mundo. Vantagens: defendeu uma mulher de um babaca.
— Não vale nada se a própria não me desculpar. — suspirei, me afundando na poltrona. — Ela nem olhou pra minha cara.
— Ela odeia violência. — Tristan pontuou
— Ela odeia quando você é o herói dela. — Connor sorriu ladino.
— Ela odeia quando você fala coisas românticas em público... — James deu de ombros — Ah, está tudo bem! Deixa o susto passar, ela vai conversar com você ainda.
— Vocês são bons amigos, não sei o que faria sem cada um dos três patetas. — ironizei, escutando a risada dos meninos. Olhem em direção de , que encarava a janela do avião, com seus fones de ouvido.
— O que você...
— Você está com febre, não vai pra lugar algum, ! — a figura pequena falou assim que eu abri a porta do meu apartamento. — Nem ouse me contrariar! Já desmarquei todos os seus compromissos.
— Eu falei que estou bem! — resmunguei, vendo-a colocar seus casacos em um canto. — , não precisava vir aqui.
— Eu quis, . Alguém precisa cuidar de você. — senti minha cabeça doer novamente, me joguei no sofá. Sabia que era verdade, eu estava me recuperando de uma intoxicação alimentar; maldito podrão. — Sério? Pizza, ? Há quantos dias isso está aqui?
— Uma semana? — dei de ombros. A ruiva logo tratou de jogar algumas coisas no lixo.
Ela jogou tudo fora.
— Nem parece que você é milionário. Não tem comida na geladeira, isso é um absurdo! Esse apartamento está uma zona, você precisa de...
— Amor e carinho! — choraminguei para ela ficar quieta. era ótima, mas completamente sistemática e controladora. O tempo que eu a conheci, pude perceber o quão teimosa ela era. — Por favor, fique aqui comigo.
— Fique doente mais vezes, eu adoro quando você fica esse amorzinho! — ela brincou. — , você nem parece mais aquele galinha insuportável. Vou trazer mais podrões para você.
— Nem brinque. — senti o vômito subir. A risada dela era tão gostosa, eu adorava quando os olhos dela fechavam quando ela ria.
se aconchegou em mim, em uma conchinha muito aconchegante. Nós fazíamos aquilo as vezes, ficamos bem próximos nos últimos meses e ela era a única mulher que eu conseguia ficar por tanto tempo perto sem ao menos beijá-la; isso me causou alguns sentimentos que eu não queria. era meu maior pesadelo: a mulher que fez meu coração acelerar pela primeira vez.
Ela fazia isso todas as vezes que se aproximava de mim, eu nem conseguia respirar as vezes quanto estava perto dela.
— Que programa chato, coloque Crepúsculo!
— Ah, pronto! — resmunguei, escutando-a rir — Tirar de uma coisa chata pra colocar outra.
— Não fale mal do meu filme favorito! — ela se virou para mim. Péssima ideia, . Péssima ideia. — Eu vim até aqui, coloque a droga do filme.
— Você é muito mandona.
— E você me adora. — a ruiva mordeu os lábios e se virou, tirando o controle da minha mão. O cheiro do seu cabelo quase me fez agarrá-la ali mesmo. Que merda, . — Melhore, ... Esses são os nossos dias de glória.
O resto do filme foi bom, mas só porque eu estava com ela e ela me fazia rir cada vez que abria a boca, achava fofo quando ela repetia alguma frase do filme junto com o personagem; parecia que eu estava ferrado. me fisgou e eu nem se quer sabia como me desfazer daquilo.
— ! ! — escutava alguns paparazzi dizerem. Eram muitos flashes assim que pousamos em Londres.
— Ignore. — James falou em meu ouvido
— É um pouco difícil pra ele. — foi a primeira vez que escutei a voz de . Ela estava mal-humorada e com raiva de mim. Entendia aquilo no fim das contas. — Quem será que ele vai agredir agora? Cuidado!
— , você sabe que eu não quis fazer aquilo e...
— Você podia ter dados as costas, . — Ela tirou a câmera da bolsa para fazer o próprio trabalho: fotografar a gente.
— Eu estava te defendendo — senti o gosto amargo daquelas palavras em minha boca.
— Não preciso disso, . — os olhos brilhantes dela estavam escuros. — Agora sorria e facilite a minha vida tentando limpar a sua imagem... Mais uma vez.
Era difícil ver que me odiava, com razão, mas mesmo assim, era difícil. Achei que com o tempo eu conseguisse tê-la de volta, mas não é assim. é geniosa. Meiga, atenciosa e muito amorosa com quem ela ama. Contudo, é muito dura e seca com quem não gosta; eu pude sentir as duas versões dela e digo com propriedade que não gosto da segunda.
O caminho até o hotel foi ensurdecedor, me agoniava sentir aquilo e me agoniava ainda mais ainda estar assim com ela. Não demorou muito para eu ter que ser engolido novamente pelo meu trabalho; gravar a nossa nova música. No entanto, eu havia me decidido de uma coisa: não deixaria as coisas daquela forma.
— Certo, certo... Chega de bebida pra você. — falei, tirando o copo de vodca da mão da ruiva. — Lembra que você deveria estar limpando a nossa imagem? Eu estou fazendo isso pra você nesse exato momento.
— Foi você que me convidou pra essa festa. — falou enrolado enquanto tropeçava nos próprios pés. — Eu não deveria nem estar aqui.
— Uma escapadinha de lei, Gueen. Está tudo bem! — sorri, colocando-a do lado do seu carro. — Cadê a sua chave? Vou te levar embora.
— Eu posso ir embora sozinha, . — resmungou, tirando a chave da sua casa da bolsa.
— Certo, claro que pode. — Tirei sua bolsa das suas mãos e comecei a procurar a chave do Jeep dela. — Nunca pensei em ver você bêbada dessa forma. — eu ri da cara que ela fez. Sabia que não estava tão bêbada, mas a bebida que ela tomou era forte demais para alguém que não bebia.
— Não estou bêbada e posso provar! — gabou-se fazendo o número quatro com as pernas, mas não demorou muito para ela tombar em cima de mim e ficarmos cara a cara. Não deixei de gargalhar dela, assim como a própria.
— Estou vendo, . — brinquei, deixando minhas mãos pousarem em sua cintura.
— Talvez eu esteja um pouquinho mais alegrinha... — ela brincou, fazendo um sinal com as mãos.
— Gosto de você assim. — admiti, vendo-a sorrir ladina — Despreocupada e totalmente focada no próprio umbigo.
— Eu gosto de você assim. — a ruiva arqueou a sobrancelha enquanto passava a mão em meu cabelo — Cuidadoso e preocupado.
— Porquê?
— Você só é assim comigo.
— Como sabe disso? Está se achando! — rimos juntos, mas era verdade.
— Convivo com você diariamente, 24 horas por dia... Você é grosso, tem a postura de durão e que não se importa; mas comigo é diferente... Você cuida de mim como se eu fosse alguém importante. — se aproximou de meu ouvido, me fazendo arrepiar antes mesmo de escutar o que ela tinha a dizer — Você nunca ficou tanto tempo ao lado de uma mulher sem levá-la para a cama... Eu sou a prova de que você sabe que sou diferente das outras.
— Você está indo pra um caminho perigoso, . — consegui dizer, depois de alguns segundos encarando aqueles olhos. — Não faça isso.
— E é fofo quando você fica nervoso comigo tão perto — senti o ar quente em meu pescoço. estava me fazendo tremer de todas as formas. — O que eu tenho de diferente? Por que você nunca tentou nada comigo? O que eu tenho de errado?
— Por Deus, ! — segurei seu rosto, arregalando os olhos com tanta mentira. Ela realmente achava que eu não a queria? — Você realmente não é qualquer uma, . Eu nunca tentei nada com você porque eu não suportaria o fato de te magoar também!
— É só não magoar. — ela brincou, sorrindo. — Não tenha medo de me magoar, . Eu sei exatamente aonde eu estou pisando.
— E aquele papo de “não me envolvo com pessoas do trabalho”? — falei, me referindo ao que ela disse para James quando ele deu em cima da ruiva; bem no começo quando a mesma entrou na equipe.
— Acho que podemos esquecer disso por um dia. — senti os lábios dela grudarem nos meus. Ela era doce e calma, como eu imaginava há tempos. Nosso primeiro beijo foi no estacionamento de uma boate, encostados no Jeep preto.
A pior coisa foi eu ter gostado daquilo.
— Certo, você tem que parar com isso. — Tristan me deu um tapa na cabeça. — Vamos cantar.
— Aproveita a foça, companheiro. A gente rende bem mais cantando na foça. — Connor riu, pegando a partitura. — Aproveite que ela não está aqui.
— Ela merecia uma folguinha, né? — James brincou — Vocês dois não estão pra brincadeira, hein? Nossa, eu sinto a tensão daqui! E se vocês se beijarem e resolverem as coisas na cama?
— É, ... Você é bom nisso! — dei um empurrãozinho em Tristan, aquilo não estava me ajudando.
— Garotos, estamos prontos! — escutei Paul dizer. — Vamos começar com a Glory Days.
— Quem escreveu ela? — Chad perguntou, colocando o microfone no devido lugar para irmos aos nossos espaços. — Eu adorei.
— Nós todos escrevemos, mas a ideia partiu de quando ele e a estavam tentando se tornarem amigos de novo. — Connor respondeu
— E é uma frase que a Gueen sempre diz... — Tristan arqueou uma sobrancelha — Nossa, você é tão cachorrinho daquela ruiva!
— Por que você está fazendo essa cara de que acabou de ter uma péssima ideia? — perguntei encarando James.
— Sei de uma forma de você deixar a totalmente rendida, sem armaduras! — os meninos me encararam, sem entender o que James queria fazer.
— Como?
— Vamos ensaiar essa música... É ela que vamos apresentar no evento hoje. — arregalei os olhos, nós não tínhamos permissão para fazer aquilo — Paul, prepare as fotos dos dois pombinhos, a apresentação vai ser histórica.
— Nós não podemos fazer isso, James!
— Você quer ou não quer aquela garota teimosa de volta? — suspirei. — Pois então faça o que eu digo e não me deixe arrependido por ter aceitado o cargo na friendzone.
— Você me odeia. — falou, entrando no próprio quarto de lingerie.
— Eu só falei que não vou assistir Crepúsculo de novo! — resmunguei, tirando o controle da mão dela. — A gente nem precisa assistir nada, na realidade...
— Você é péssimo, . — sorriu assim que eu a puxei para o meu colo. — Nós temos que ir trabalhar daqui a pouco.
— Ter que fingir que não temos nada é muito difícil. — comentei, cheirando o seu pescoço. — Malditas condições que você ordenou.
— Só assim pra eu não estampar os sites de fofocas e ficar conhecida como a nova garota da cama de ! — revirei os olhos, escutando a risada dela. — Já estão começando a desconfiar, lindo.
— Há boatos que eu estou namorando. — dei um selinho nela. Vi de relance as suas bochechas ficarem vermelhas. — Quem será a garota que conquistou o coração de ?
— Seja quem for, ela é demais! — brincou, me fazendo rir baixinho ao sentir seus lábios brincando com o meu lóbulo.
— Eu amo ela. — falei sem pensar muito. travou assim como eu, ficamos em silêncio durante alguns minutos. Ambos tentando entender o que acabou de acontecer, afinal, nossos sentimentos eram novos e nós não tínhamos o hábito de dizer o que estávamos sentindo. — Vou colocar o filme. — limpei a garganta e falei em seguida, sentindo meu rosto queimar.
— Você não precisa falar isso, . — ela sussurrou atrás de mim. — Eu também gosto de você. Gosto muito. Mas você não precisa disso.
— Eu falei sem querer, mas isso não significa que eu realmente não sinta isso. — me virei pra ela. Seus olhos estavam brilhando, como sempre. — Eu realmente te amo, .
— Eu...
— Não precisa dizer nada agora. — sorri, lhe dando um beijo na testa. — Quando estiver pronta e sentindo o mesmo, estarei ansioso para escutar.
— Nós vamos entrar em 10 minutos. — a ruiva estava ordenando regras para todos. Arrumando a roupa dos meninos enquanto eu me encarava no espelho, tremendo tentando colocar a gravata. Era difícil ter o amor da minha vida, fotógrafa, assessora e limpa-imagem na mesma pessoa. — Estejam prontos!
— Vou ao banheiro. — Connor arqueou uma sobrancelha, dando a entender para todos saírem.
— Vou atrás da Katy Perry, ela deve estar por aqui nos bastidores. — James se levantou, arrumando o cabelo.
— Eu vou com você.
— Vocês entram daqui nove minutos! — gritou. — Estejam na merda do palco em cinco minutos. Não me façam ir atrás de vocês! — ela estava com a ruguinha de preocupação que sempre aparecia quando ficava nervosa. O vestido longo dela virava conforme ela se mexia, aquela mulher conseguia ficar ainda mais bonita. Deveria ser crime. — Eu estou avisando! — ri baixinho vendo-a levantar o dedo. — O que foi?
— Você. Se continuar nervosa assim vai enfartar antes dos 30. — falei, ainda tentando arrumar a maldita gravata.
— E você que ainda não sabe arrumar a gravata. — ela cruzou os braços, dando de ombro. — Que merda. — senti o cheiro do perfume dela se aproximando de mim. Não demorou muito para suas mãos ficarem perto do meu rosto de novo. — Vocês não seriam nada sem mim. Sinceramente! E se eu aceitasse a proposta da Vogue? O que vocês iriam fazer?
— Como assim aceitar a proposta da Vogue? — perguntei, um pouco assustado. pareceu ficar sem jeito. — ?
— É isso, . Recebo várias propostas diariamente. — deu de ombros.
— E por que não aceitou? — perguntei, vendo-a suspirar ainda com as mãos em meu peito.
— A proposta não cobria o que vocês me pagam e proporcionam. — a resposta foi mais seca do que eu esperava. — Eles ainda estão tentando me convencer. Não disse uma resposta concreta ainda.
— Você vai aceitar? — Questionei, receoso da resposta
— Não sei, ... — suspirou — Sinto que preciso, mas vocês precisam de mim.
— É, nós precisamos. — admiti, segurando sua mão. — Eu preciso de você, .
— Já está na hora... É melhor irmos para o palco logo. — ela falou, depois de alguns segundos próximos um do outro. Me amaldiçoei por não conseguir ser sincero com ela naquele instante.
— Por que você está bebendo? — James perguntou, assim que chegou ao meu lado. Estávamos em uma comemoração, eu e havíamos discutido sobre alguma coisa idiota, mas que era muito feia ao mesmo tempo e eu estava muito chateado por termos brigado. Ninguém poderia saber que e eu estávamos juntos, com isso, ninguém sabia que a minha quase namorada havia brigado comigo por ter sentido ciúmes de mim em um Photoshop. — Não está tomando remédio?
— Estou um pouco animado para a bebedeira de hoje.
— Mas é quarta-feira!
— E bebida tem dia? — perguntei, rindo. Olhei em volta e vi um dos modelos da marca que estava presente na comemoração indo em direção da figura ruiva e baixinha que estava do outro lado do bar, conversando com uma das suas amigas. — O que é aquilo?
— A é uma garota bonita e simpática... Nathan não é o primeiro a dar em cima dela em um evento, você estava ocupado beijando outras bocas enquanto isso acontecia. — Tristan deu de ombros, me fazendo virar mais um copo.
O resto da noite tinha sido horrível, estava sendo cortejada por vários outros homens e eu nunca havia sentido ciúmes dela. Nós sempre estávamos juntos nas festas, eu nunca havia visto que ela era tão paquerada e pude sentir na pele como ela se sentia. Não devia ser fácil. Me levantei, indo até o banheiro. Estava tropeçando nos meus próprios pés, não era fácil caminhar bêbado. Chegando lá, criei coragem para beijar na frente de todos, mostrar para todos que estávamos juntos e que nada mais importava além de nós dois.
Vi uma figura ruiva no meio da pista de dança, sorri com aquilo. Ela nem imaginava o que viria a seguir. A virei para mim e a beijei no mesmo instante. A pista toda se calou, a luz estava na nossa cara e eu sorri assim que terminamos o beijo. Contudo, quando abri os olhos me deparei com olhos que não conhecia.
Amelie, a garota da sessão de fotos.
— Uau. — ela falou. — A que devo a honra, ?
— Amelie... — falei olhando em volta. A pessoa que era pra eu ter beijado estava me encarando com os olhos marejados. Assim como todos presentes, ela assistia o meu show com James e Nathan ao lado dela. — Não... Sinto muito. — deixei-a falando sozinha assim que saía a passos largos e duros da comemoração. Fui rapidamente atrás dela. Ignorando tudo e todos ao nosso redor. — .
A chamei mais duas vezes antes de gritar pela terceira vez e ela parar no meio do estacionamento.
— Me poupe do desgosto de ter que escutar a sua voz, . — a garota dizia enquanto mexia na bolsa, procurando seu celular para chamar um Uber.
— Sei o que pareceu, mas não é nada disso do que você viu... — comecei a dizer — Eu ia beijar você! Era pra ser você na frente de todas aquelas pessoas.
— Que bela desculpa, . Pensou nela agora? Que belo ator? — ironizou, me dando um leve empurrão para longe dela — Chega, .
— Estou falando sério, . — a segurei pelos braços. Seus olhos estavam molhados; ela havia chorado. — Por Deus, acredite em mim.
— Sabe como eu estou me sentindo agora? — ela perguntou, depois de alguns minutos me encarando. — É que eu sabia que isso ia dar errado, mas continuei pra ter certeza e veja só! Humilhada totalmente pelo babaca que disse que me ama há menos de 24 horas!
— Eu não menti, . — falei entredentes — Eu fui sincero e estou sendo sincero agora! Era pra ter sido você. Não posso negar a minha burrice no momento, mas era pra ter sido você. A gente ia se assumir hoje e não importava quem quer que fosse.
— Eu sabia que tinha alguma coisa acontecendo entre vocês dois. — ela se referiu a Amelie.
— Por Deus, ! Eu nunca faria isso com você. Não sou capaz de te magoar... Veja só o quanto você me mudou!
— Não, ... Eu me enganei quando achei que eu fosse a cura milagrosa do homem cafajeste! Eu não tenho esse poder. — Sério, pra mim já chega.
— Acredite em mim, ... Por favor! — implorei, segurando suas mãos. — Eu te amo.
— Não dá pra mim, . Não dá! — suas lágrimas já estavam descontroladas, assim como as minhas — Fique com as suas mulheres, eu continuo fazendo o meu trabalho que é limpar a sua imagem... — um carro preto estacionou ao nosso lado — Vou para o hotel pensar em alguma forma de fazer esquecerem o cantor bebum e galinha atacando novamente.
Não estava sendo fácil os últimos meses, eu carregava todo o meu orgulho nas costas enquanto sorria para toda a equipe que descobriu que fui corna no país inteiro; por sorte aquilo ainda era um segredo. Eu imaginava que estava sendo discreta com o , mas nossa equipe conhecia a gente e desconfiaram do cantor quando não viram mais ele beijando todas em uma festa ou no camarim.
Vê-lo beijando outra na minha frente era doloroso. Eu sabia exatamente que poderia dar errado, mas o rapaz era simplesmente encantador. me tratava de forma diferente, de forma que eu não via o mesmo tratando ninguém. Adorava quando ele reclamava das minhas escolhas de filmes e amava o fato dele ficar nervoso perto de mim; era importante ver que ele se importava comigo.
Me machucava vê-lo todos os dias e não poder beijá-lo, infelizmente eu estava chateada o bastante para conseguir fazer isso; tinha que engolir o fato de ele ter me feito de palhaça e aceitar conviver com ele. Queria continuar trabalhando com The Vamps, eu adorava aquilo e eles precisavam de mim. Contudo, as outras propostas eram importantes para mim. As pessoas me reconheciam pelo meu histórico; isso valia de várias maneiras.
Voltei a consciência quando escutei a plateia animada ao ver os meus meninos subirem ao palco para a apresentação ao vivo. Sorri com aquilo, valia a pena por isso.
— Boa noite, queridos! — Tristan falou animado.
— Queremos que a noite de hoje seja inesquecível! — Connor disse, fazendo o público urrar.
— Estão ansiosos? — James sorriu.
— Essa música foi escrita baseada em nossa realidade... Uma pessoa importante nos dizia isso e queremos mostrar a vocês o quanto ela é especial. — com todo o seu charme falou — E não estou me referindo só a música. Essa é pra você, Guenevieve.
Meu coração errou as batidas, me engasguei com a água que eu bebia. Senti dois tapinhas nas costas vindo de Paul. Não estava esperando aquilo. O primeiro acorde da música começou a tocar e eu vi de relance o visor com imagens diferentes do que estava programado.
— O que estão fazendo? — perguntei, no microfone que tinha com os meninos — Que diabos é isso? — fui ignorada, me encarou de canto e sorriu, começando a cantar.
— These are our glory days (these are our glory days)
But I think we got somethin' | Mas eu acho que temos algo
Swimmin' in our feelings, starin' at the ceiling | Nadando em nossos sentimentos, encarando o teto
I don't wanna take this slow | Eu não quero levar isso devagar
Or wait till the fire grows cold | Ou esperar até que o fogo esfrie
We should turn the lights down | Devemos desligar as luzes
Focus on the right now | Concentre-se no agora
Maybe we don't need to be looking forward, no | Talvez não precisemos ficar olhando para o que virá, não
Looking forward | Para o que virá
Baby, let's not wait for what's 'round the corner | Querida, não vamos esperar pelo que está por vir
Around the corner | Pelo que está por vir
These are our, these are our glory days
These are our, these are our glory days
I just wanna lie back in your room | Eu só quero deitar no seu quarto
While I'm gettin' high off your fumes | Enquanto eu estou ficando chapado pela sua fumaça
And I'm thinkin' these are our, these are our | E eu estou pensando que estes são os nossos, estes são os nossos
These are our, these are our, these are our glory days | Estes são os nossos, estes são os nossos, estes são os nossos dias de glória
I just wanna take some time to say | Eu só quero ter um tempo para dizer
You should take a minute out today | Você deveria tirar um tempo hoje
Go and put your phone on airplane | Vá e coloque seu telefone no modo avião
Can we connect and communicate? | Podemos nos conectar e nos comunicar?
I'm sick of stackin' shelves inside my mind | Estou cansado de empilhar prateleiras dentro da minha mente
I'ma take a mount and realign | Eu vou reorganizar e realinhar
Took a little while to realize | Demorou um pouco para perceber
These are the best days of our lives | Que estes são os melhores dias das nossas vidas
Maybe we don't need to be looking forward, no
Looking forward
Baby, let's not wait for what's 'round the corner
Around the corner
Meu coração parecia que ia sair do peito, as fotos que eles colocaram ali eram inéditas, ninguém as tinha, exceto eu e . Ele fazendo aquilo era sinal claro de que realmente estava querendo mostrar que gostava de mim e que queria voltar comigo.
A foto de nós dois na cama, o vídeo de eu dançando na frente da televisão e rindo enquanto ele fazia piada de como eu dançava mal; a imagem da gente se beijando; eu me arrumando na frente do espelho; ele me fazendo massagem; nós escondidos no camarim; nós roubando comida do set; ele me levando para jantar disfarçado.
Momentos únicos que só a gente sabia.
havia tornado aquilo público.
These are our, these are our glory days
I just wanna lie back in your room
While I'm gettin' high off your fumes
And I'm thinkin' these are our, these are our
These are our, these are our, these are our glory days
These are our, these are our
These are our, these are our, these are our glory days
These are our, these are our
These are our, these are our, these are our glory days
Keep on breathin', just keep on breathin' | Continue respirando, apenas continue respirando
Keep on breathin', just keep on breathin' | Continue respirando, apenas continue respirando
It feels like, oh | Isso se parece com, oh
These are our, these are our glory days
These are our, these are our glory days
I just wanna lie back in your room
While I'm gettin' high off your fumes
And I'm thinkin' these are our, these are our
These are our, these are our, these are our glory days (woah, oh)
These are our, these are our
These are our, these are our, these are our glory days (woah, oh)
These are our, these are our
These are our, these are our, these are our glory days
Nossos olhares se encontraram e eu estava me segurando para não chorar. O público parecia chocado com o que acabara de ver, mas naquele instante só importava eu e ele. havia feito algo que eu não imaginava que teria coragem. Foi muito difícil ver tudo aquilo de novo, viver o que eu havia feito questão de esquecer — com muito custo.
— ! — ele disse assim que a música acabou — Sei que você está me escutando e espero que esteja. — me apoiei na parede atrás de mim, escondida dos olhos dele. Aqueles olhos que tanto me conheciam — Essa é a forma que eu encontrei de te provar que amo você. A forma que encontrei de me desculpar e te dizer o quão importante você é e como você me inspira diariamente. — arregalei os olhos, ele estava tentando me matar — Esses são nossos dias de glória e espero realmente que os nossos sejam juntos. Te amo e estarei aqui quando você quiser conversar comigo.
O chão parecia que ia me engolir, não demorou muito para vários fotógrafos estarem me fotografando no próprio camarim. A ironia que aquilo era: eu, fotógrafa sendo o centro das atenções.
Depois do que pareciam ser horas de apresentação da banda. Horas pensando no que eu faria. Horas decidindo o que era certo. Os meninos apareceram no camarim, animados. Encontraram uma garota completamente desolada, minha maquiagem estava um pouco borrada e eu nem consegui esconder aquilo.
— Vamos deixar vocês conversarem... — James falou, empurrando os amigos para fora do camarim.
— Depois eu quero falar com vocês. — falei, séria. Eles concordaram com a cabeça, saindo de lá. sorriu sem jeito e fechou a porta. Cruzei os braços e olhei para os meus pés. — Que bela entrada, quando foi que decidiram isso?
— Hoje de manhã, no ensaio. — o desgraçado sabia que era bonito, sabia que tinha efeitos sobre mim — Gostou?
— Você expôs tudo. — falei baixinho — Todos os nossos momentos. Tudo que a gente escondia.
— Foi a maneira que encontrei de te provar que você é diferente. — ele se aproximou — Você é arte, . Você me inspira. Me desculpe por ter sido um frouxo e babaca nos últimos meses, espero que você me perdoe um dia. Espero que eu consiga fazer você voltar a ser minha.
— Eu sempre fui sua, . — respondi, aceitando suas mãos nas minhas — E eu... Eu amo você.
— Eu não esperava por isso. — ele riu, colocando a testa na minha — Obrigado por me dar mais uma chance.
— Não me decepcione, . — senti seus lábios grudando nos meus.
Não há palavras para descrever o que eu senti quando finalmente nos beijamos novamente. Nosso amor escancarado ali, qualquer um sentia aquilo de longe; era a melhor coisa que aconteceu comigo nos últimos tempos.
Eu merecia um amor verdadeiro, alguém que me admirasse e me mimasse a cada instante.
— De que maneira você vai limpar minha imagem dessa vez? — perguntou, sorrindo ainda colado em mim. Não contive um enorme sorriso também.
— Dessa vez eu não vou limpar.
Fim.
Nota da autora: Meu Deus, eu nem acredito que consegui terminar um ficstape em questão de dias! Enfim, a vida da autora que se afunda no FFOBS...
Bom, quero agradecer pela oportunidade e pedir que vocês comentem muito o que acharam dessa história, eu amo esse negócio de declarações em público e vejam como o pp é cadelinha da nossa pp rancorosaaaaaaa. Ah, tudo pra mim!
Eu queria muito ter tido mais tempo para escrever mais detalhes dessa relação, mas fiz o meu melhor para não tornar isso aqui uma long hahahaha. É isso, muito obrigada! As redes sociais estão aí embaixo, outras fanfics também!
Ei, leitoras, vem cá! O Disqus está um pouco instável ultimamente e, às vezes, a caixinha de comentários pode não aparecer. Então, caso para você deixar a autora feliz com um comentário, é só clicar AQUI.
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