Capítulo Único

lia uma revista com os olhos atentos tanto nas matérias quanto no mar, coisa esta que era sua principal tarefa. Ela, na verdade, não deveria nem estar lendo aquela revista e sim estar cem por cento atenta a qualquer pessoa precisando dela. Ela trabalhava como salva-vidas desde os dezesseis anos naquela praia e agora, já com vinte e três, era uma espécie de chefe entre os outros que trabalhavam ali, a maioria com a idade dela quando começou.
Naquela manhã foi quase tarde demais quando ela percebeu as pessoas agitadas ao seu redor e olhou para o mar, vendo, ao longe, uma pessoa lutando contra a correnteza. Ela pulou da cadeira onde estava e começou a correr em direção a água, como uma resposta automática. Já praticamente na água, ela percebeu que alguém se aproximava da pessoa que se afogava. Respirando fundo, tentou aumentar a velocidade, afinal, toda vez que alguém leigo tentava salvar uma vítima de afogamento ela acabava tendo que salvar duas pessoas. Porém, para sua surpresa, o rapaz que ajudava a pessoa - que agora ela via claramente que era uma adolescente - sabia muito bem o que estava fazendo e em poucos minutos já estava na areia.
A garota não estava desacordada, apenas tossia e cuspia muita água. se aproximou e se agachou ao lado dela.

- Tudo bem? Qual o seu nome?
- Nat. - a garota disse com dificuldade.
- Ok, Nat. Tente tossir toda essa água para fora. Você vai ficar bem. - ela dizia enquanto ajudava a garota a se sentar corretamente - Quer que eu chame alguém? Você está sozinha?
- Estou com meus amigos. - murmurou - Não sei onde eles estão, me perdi.

Nao demorou muito tempo para que os amigos desesperados da jovem aparecessem ali. Após algumas recomendações, eles saíram com a promessa de que a levariam direto pra casa.
amarrou o longo cabelo em um rabo de cavalo enquanto voltava para seu posto, sem sequer reparar que o rapaz que socorrera Nat - e a livrara das consequências de sua falta de atenção - estava encostado em sua cadeira, provavelmente a esperando.
Ele não parecia dali, foi a primeira coisa que ela pensou. Ela conhecia todos os surfistas da região e não pôde deixar de reparar na prancha que ele carregava. Mas não era a prancha que ela encarava e sim o abdômen perfeitamente esculpido que ele exibia, juntamente com as tatuagens que pareciam ter sido desenhadas justamente para contrastar com suas demais características. A pele morena dele denunciava sua descendência latina e assim que ele começou a falar ela percebeu que ele definitivamente não era dali.

- Você trabalha aqui, certo?
- Sim, eu trabalho. Te devo um agradecimento, alias. Normalmente quando alguém tenta ajudar uma vítima de afogamento, acaba se afogando junto e me dando muito trabalho, mas você agiu da forma certa. Imagino que saiba o que fazer por causa do surf, ahn?
- É, exatamente. - ele riu - E já trabalhei como salva-vidas quando era mais novo, também. Algumas coisas nunca nos esquecemos, certo?
- É, suponho que sim. Meu nome é , a propósito.
- Eu sou . - ele sorriu, fazendo as pernas da garota bambearem momentâneamente.
- Deixa eu adivinhar: veio para as eliminatórias de amanhã?
- É tão fácil assim saber que não sou daqui?
- Bom, eu trabalho nessa praia, que é o point do surf, há anos e nunca te vi. E eu também conheço todos os surfistas da região, então… - deu de ombros - Confesso que seu sotaque também me deu um dica. - Os dois riram e se esforçava absurdamente para não continuar encarando tão indiscretamente o corpo do rapaz.

No dia seguinte Huntington Beach sediaria a eliminatória do concurso mundial de Surf daquele ano. Pessoas de vários estados viajavam até lá e a praia ficava lotada de turistas e esportistas treinando, o que fazia com que ela tivesse mais trabalho do que o normal.

- Você é daqui mesmo?
- Nascida e criada.
- O que tem de divertido pra fazer numa sexta à noite? - se aquilo não era uma indireta, ela já não sabia mais de nada. Deu um sorriso meio nervoso antes de responder.
- Bom, vai ter uma luau aqui nessa praia mesmo, umas nove da noite.
- Você vai vir?

Definitivamente era uma indireta.

- Eu não pretendia, trabalho cedo amanhã. Mas posso dar uma passada se você vier.
- Então nove e meia, aqui na sua cadeira?
- Parece um bom plano. - ela sorriu.
- Preciso voltar para o meu hostel, mas te vejo a noite, certo? Prazer te conhecer, .
- Igualmente, .

Ele se despediu com o sorriso mais lindo que ela já havia visto na vida, deixando para trás uma boba e atordoada.

...


Quando o final do dia se aproximou, começou a ficar mais ansiosa do que deveria para o luau. Ela realmente não tinha planos de ir, já que tinha que trabalhar às sete da manhã no dia seguinte. Mas quando a pediu com aquele sorriso - e ainda com o corpo perfeito a mostra - ela não conseguiu recusar.
Ela tomou um banho demorado e então escancarou as portas do guarda-roupa velho, pensando no que poderia usar. Optou por um vestido leve e florido e um chinelo qualquer, já que iria para praia. Não demorou muito tempo para secar o cabelo e arrumar os últimos detalhes de si, colocando-se a caminho da tão conhecida praia. Ela roía as unhas e andava em passos largos, mesmo estando totalmente adiantada para seu compromisso com .
Para sua surpresa, assim que chegou ao local combinado já a esperava, escorado na cadeira alta da mesma forma como mais cedo. Ele tinha o cabelo impecavelmente penteado para trás e dessa vez vestia mais roupas do que na noite anterior. Mesmo com várias pessoas ao redor, a música tocando e as ondas quebrando, por alguns segundos poderia jurar que a única coisa visível ali era aquele sorriso estonteante. Ah, sua alma de romântica incorrigível ainda a ferraria, se já não estava fazendo isso, ela pensou.

- Que bom que você veio. - ele disse caminhando até ela e depositando um beijo na sua bochecha.
- Eu disse que viria. Achou que eu te daria um bolo? - ela riu.
- Talvez. Não estou acostumado com garotas tão bonitas saindo comigo - ele piscou e ela quase morreu de vergonha.
- Vamos pegar alguma coisa pra beber? - ele concordou com a cabeça e os dois andaram até um rapaz com um cooler vendendo diversos tipos de bebida - Uma Corona pra mim, por favor.
- Duas Coronas.

Os dois caminharam um pouco até um banco próximo onde poderiam se sentar com calma. deu um gole longo na sua Corona enquanto reparava em a olhando pelo canto do olho, com um sorriso nos lábios. Ela virou o rosto um pouco envergonhada, agradecendo por não ser o tipo de garota que fica com as bochechas vermelhas por qualquer coisa. Na verdade, ela era exatamente o oposto.

- Você está muito linda com esse vestido, .
- Obrigada. - ela sorriu - Não vou negar que você fica melhor sem toda essa roupa, mas… - o dois caíram na risada.
- Não me deixa sem graça, eu sou tímido. - ela arqueou as sobrancelhas e ele riu mais ainda - É sério!
- Eu acredito, , com certeza. - riu.
- Me conte mais sobre você. O que faz além de ser salva-vidas?
- Eu surfo. - ele engasgou com a cerveja e ela fechou a cara - O que foi? O que tem de errado com eu surfar?
- Ahn, nada, não quis dizer isso, de verdade. Só nunca imaginei, de verdade, que você surfasse. Sinto muito pela minha reação, não foi o que quis dizer.
- Bom, aprendi ainda criança como subir numa prancha. Meu irmão disputa pelo circuito mundial e mora na Austrália. Eu já cheguei ao final do nacional duas vezes. - disse orgulhosa.
- Uau! E posso saber porque a senhorita não vai competir amanhã?
- Quebrei minha perna há alguns meses e ainda não estou completamente em forma de novo. - deu de ombros - É uma merda, mas fazer o quê. De qualquer forma, me mudo para Austrália em duas semanas, vou morar com meu irmão e começar a trabalhar na escola de surf dele. E claro, continuar competindo. Surf é minha paixão.
- Isso é incrível! Caralho, dentre tantas pessoas aqui nessa cidade, não acredito que me trombei justamente com uma sufista de circuito nacional, absurdamente linda e super gente boa.
- Ok, não precisa me deixar sem graça. Eu sou foda pra caralho mesmo, mas se elogiar muito fico mal acostumada. Me conta sobre você, . O que faz além de surfar?
- Meus pais são donos de um hotel na cidade onde eu moro, então eu ajudo eles e também dou aulas de surf nos finais de semana. Ultimamente ando dedicando bastante tempo para competições e treinos, então tenho passado a maior parte do tempo viajando, o que é incrível.
- Sei bem como é. O surf é uma parte gigantesca, se não a maior, da minha vida e poder fazer disso uma profissão única é meu maior sonho. Aliás, mal pergunte, de onde você é?
- É tão difícil assim adivinhar?
- Bom, sei que é latino, mas ainda existe uma gama gigantesca de países que eu posso chutar, então decidi perguntar.
- México. Meu pai é mexicano e minha mãe americana, nasci aqui nos Estados Unidos, mas fui criado no México praticamente minha vida inteira.
- Eu só fui ao México uma vez, para uma competição. Adoraria poder conhecer mais, dizem que existem praias fantásticas. - ela disse sonhadora.
- Bom, uma cama você já sabe que tem lá.
- E você uma na Austrália. Até quando você fica aqui?
- Até amanhã a noite, tenho que trabalhar logo.
- Então precisamos aproveitar ao máximo, certo?

Os dois sorriram, bobos, e pouco depois se levantaram para pegar outra rodada de cerveja. A química entre os dois era inegável, mas , como sempre, mantinha os dois pés atrás e dez palavras a frente. Ela sempre fora o tipo de pessoa que falava demais e fazia de menos. Os dois começaram a caminhar pela orla da praia enquanto conversavam sobre suas vidas, amores, gostos e qualquer outra coisa que os fizessem rir e devanear. não conseguia parar de sorrir toda vez que olhava para - ele não conseguia entender como uma mulher tão fantástica tinha aceitado sair com ele. Ela era tudo que sempre sonhou com apenas um defeito: se mudaria para o outro lado do mundo em poucos dias.

- Eu tenho uma ideia. - disse sorrindo e estendendo-lhe a mão.
- Uma ideia? - ela sorriu.
- Vamos dançar, eu adoro essa música.
- Eu não sei dançar. - disse séria.
- Qualquer um sabe dançar, . - ele segurou as mãos dela e colocou nos ombros dele, colocando gentilmente suas mãos na cintura dela - Olha só, pense que estamos no mar. Eu sei que você entende do movimento das ondas, que está acostumada com o vai e vem. Pra mim, é quase natural. Pense nisso, respire fundo, sinta as ondas e a música…- ela fechou os olhos e relaxou, seguindo os movimentos dele - E pronto, você está dançando!
- Você não existe, . - ela disse encostando a cabeça no ombro dele, sem parar de se mover no ritmo da música.
- Eu estou aqui, . Sou bem real.

A moça levantou a cabeça e abriu os olhos, olhando-o bem dentro dos olhos. Ela queria tanto beijá-lo, mas como sempre, continuava com medo de tomar uma iniciativa. E estava ocupado demais se perdendo nos olhos dela para lembrar de beijar a garota, essa era a verdade.
De repente o celular de tocou, tirando os dois do transe. O número de sua tia apareceu na tela e ela atendeu sem pensar muito.

- Oi.
- ? Preciso que venha até o hospital St. Jude. Estou aqui com sua mãe, ela passou mal de novo.
- Ela está bem? - respondeu nervosa, já caminhando até a ponta da praia com atrás dela sem entender o que estava acontecendo.
- Não sei ao certo, os médicos estão a examinando. Onde você está?
- Na praia. Vou pegar um táxi, estarei aí em 10 minutos.
- Ela desligou o telefone e sem sequer se lembrar de procurava por algum táxi parado. Sua cabeça ia a mil e voltava em segundos, seu corpo suava e suas mãos mostravam indícios de tremores. não sabia lidar com nervosismo.
- Ei, , o que aconteceu? Se acalme, ei. - segurou as mão delas e ela respirou fundo, olhando para ele com os olhos marejados.
- Minha mãe está no hospital. Não sei bem o que aconteceu e preciso ir pra lá. , eu… Me perdoa. Eu queria ficar, a noite está sendo linda e…
- Não precisa se desculpar por isso. Quer que eu vá com você?
- Não! Não quero que se lembre de mim assim. Eu sou péssima em primeiros encontros. - ela arrumou o cabelo - Minha mãe teve um infarto há poucos meses e sua pressão continua oscilando muito, então sempre acabo com ela no hospital. Não queria que nosso primeiro encontro acabe assim, .
- Nosso primeiro encontro foi ótimo, . Gostaria que tivesse durado mais, mas foi incrível. Você é incrível. Olha, eu estou ficando no California Hostel, você pode passar lá amanhã se quiser. Ou nos encontramos no torneio?
- Claro, sim! Amanhã, com certeza. - ela sorriu, ainda nervosa - Me desculpa, de verdade.
- Pare de se desculpar, eu já disse que foi tudo incrível, de verdade.

a ajudou a parar um táxi e a garota sequer lembrou, novamente, de beijá-lo para se despedir. Ela teria tempo o suficiente para isso amanhã, repetiu para si mesma, sem sequer imaginar o que a esperava nas próximas horas.

...

- Mãe, tira essa mão daí, vai desconectar o intravenoso de novo! - disse, brava, enquanto a mãe enroscava a mão nos tubos conectados ao seu braço.
- Eu já disse que não precisa disso tudo, eu estou ótima!
- A senhora quase infartou de novo, mãe, não está nada ótima. Sossega antes que eu chame a enfermeira pra você! - ela ameaçou em tom de brincadeira.

olhava o relógio, impaciente. Já eram quase uma da tarde e ela ainda se encontrava no hospital, usando o mesmo vestido da noite passada. Ela ligara para o chefe avisando que não trabalharia, mas havia se esquecido completamente de pegar o número de para avisá-lo de que ainda estava lá e que queria, sim, vê-lo novamente antes que fosse embora naquela noite. O campeonato já devia estar no seu auge e ela queria muito assisti-lo competir, mas sua mãe ainda ficaria ali por algum tempo e ela não podia deixá-la sozinha.
Sua tia, Amélia, chegou esbaforida e falando sem parar, fazendo revirar os olhos. Ela aguardava há horas que sua tia voltasse para ir em casa tomar banho e buscar roupas para sua mãe, mas não poderia demorar muito mais que isso, o que anulava sua ideia de passar na praia e procurar por . Mas ela tinha o endereço do Hostel onde ele estava e era ali que seu plano começava.
Ela pegou as chaves do carro de sua tia e saiu apressada do hospital, agradecendo pelo Hostel ser próximo da sua casa. Ela estacionou de qualquer jeito na frente dele e correu para a recepção, sorrindo para o garoto jovem que estava atrás do balcão.

- Ei, boa tarde! Sei que não me conhece mas preciso muito, muito de um favor seu! E preciso também de um papel e uma caneta.
- Sem problemas, senhorita. - o rapaz sorriu de volta e a entregou uma caneta e um pedaço de folha.

,
Eu sinto muito por não ter conseguido ir te encontrar. Minha mãe não está muito bem e preciso ficar com ela, minha tia está nos ajudando, mas ela não bate muito bem da cabeça. Sei que moramos longe - e que essa distância aumentará -, mas eu te devo um encontro. Um encontro de verdade. Meu número está no final do papel, me mande uma mensagem se quiser e puder.
Abraços,
.”


- Preciso que entregue esse papel a um rapaz chamado . Ele está hospedado aqui e é um surfista, alto, moreno, mexicano. Sabe? - o rapaz concordou - Por favor, não se esqueça. É muito importante!
- Não vou, pode deixar.
- Obrigada!

E do mesmo jeito que entrou, saiu, correndo desesperada, dirigindo acima da velocidade e procurando com os olhos pelas ruas da cidade, com o coração cheio de esperança.

...


Uma Semana Depois

- Ei, Diana, olhe para frente! Isso, pra frente, você precisa ver o que está diante de você ou pode bater sua prancha em alguma rocha ou em alguém!

gritava com seus alunos de apenas dez anos, extremamente irritada naquele dia. Normalmente ela era amável e paciente, mas sua mãe a estava levando ao limite do estresse, sem contar sua mudança iminente para o outro lado do mundo.
E havia, é claro, , que nunca a havia procurado.
Ela tentava dizer para si mesma que era mais fácil assim e até lógico, afinal, logo estariam separados não só por um país, mas sim por todo um oceano.

- Não me diga que está pensando naquele rapaz de novo, . - sua melhor amiga e colega de trabalho, Brenda, disse aos risos, despertando de seu transe.
- Me erra, Bê. Só estou de mau humor hoje.
- Não está mais aqui quem disse. - deu de ombros e saiu.

continuou sua aula, irritada. Quando os pais chegaram em massa para buscar os filhos, ela conversou com alguns deles por algum tempo e depois resolveu pegar algumas ondas para relaxar. Aquele era o único jeito dela se acalmar e se sentir em paz, em casa. Ela passou uma hora e meia, duas horas quase, no mar, perdida entre as ondas e seus devaneios.
Ela sabia perfeitamente porque estava tão irritada: era sua mudança, seu medo, suas fraquezas. Deixaria para trás sua mãe complicada, seu emprego, seus amigos e toda uma vida construída ao longo de vinte e três anos. Mas estava exatamente onde queria estar: a caminho de realizar todos os seus sonhos.
saiu da água e correu para tomar uma ducha rápida antes de ir para casa. Respirou fundo enquanto tirava o sal do corpo e prometeu para si mesma que junto com ele iria seu mau humor e nervosismo.
Enquanto vestia sua roupa e se preparava para ir para casa de sua mãe, ela resolveu checar o celular e se pegou sorrindo para a tela, encantada com como a vida sempre deixava as melhores surpresas para o final.
Ela sabia perfeitamente de quem se tratava quando viu o DDD de outro país e não pode deixar de rir alto, fazendo as pessoas ao redor a olharem. Ela sabia, no fundo, que ele não havia se esquecido dela. E quando duas pessoas não se esquecem, o destino sempre se encarrega de cruzar seus caminhos novamente, mesmo com um oceano inteirinho de distância entre os dois.

“Ei, .
Sinto muito por não te procurar antes. Acabei perdendo minha mochila no aeroporto e fiquei sem celular por algum tempo. Mas não te esqueci e guardei seu número com carinho até poder te mandar uma mensagem. Não paro de pensar em você, garota. Aquele encontro ainda está de pé?
Beijos,
.”






FIM?



Nota da autora: Hallo! Primeiro, sim, talvez essa história seja um pouco curta, mas essa era a intenção, que fosse breve como o encontro deles. Eu me inspirei em uma situação da minha vida para esse casal, o que tornou a história bem especial para mim.
Essa história tem um cast, se quiser vê-lo, clique aqui!
Querem falar comigo? Algum erro, comentário, elogio ou crítica? Podem me encontrar no meu Facebook e no meu email. xx





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