Capítulo Único
estava sentado em cima de um equipamento de som, enquanto aguardava Lyn ajustar seu violão e sua guitarra. Eu conseguia senti-lo me observar enquanto eu fingia ler o livro distraída e fingir que estava me sentindo extremamente feliz por estar ali, mesmo com tantos compromissos a cumprir. Eu deveria estar produzindo mais um best seller de sucesso, mas estou no meio de uma turnê internacional, acompanhado meu qualquer coisa. Sim, qualquer coisa, o que eu e temos não tem um significado adequado e o mérito é todo meu e meu amor livre, era cômico: uma romancista que não acredita em monogamia. E, como nada é perfeito na minha vida, meu último dia ao lado dele era hoje e nós não tínhamos previsão de sair do estúdio (o que aconteceu durante os quinze dias), assim como não tinha previsão de voltar para Nova York ou qualquer outra cidade. A distância entre Nova Iorque e Indonésia é 15597 km, e eu não tenho condição de viajar o tempo todo de Bali para onde ele está, para falar a verdade, ultimamente nosso relacionamento acabou sendo abalado por nossa rotina. E nem nos meus melhores livros de romance eu planejo um fim tão triste.
Eu deveria ter me acostumado, pois era sempre assim desde que começamos a nos relacionar há três anos e meio, eu indo até ele, ele vindo até mim, dias "perdidos" no estúdio, ou "perdido" dentro do meu escritório me dando toda munição de mais páginas. Lyn e Cam, os nossos agentes, estavam acostumados com as viagens fora do planejamento e até mesmo com nossas fugas pela madrugada, então concordaram que trocar informações sobre nossas agendas a todo momento era mais fácil e eficaz para evitar um sumiço.
começou a listar a primeira música do setlist e eu fiquei surpresa ao saber que diferente dos outros show ele tocaria a música de outra pessoa. Quando os acordes de You Don't Mean Anything começou a tocar eu senti um sorriso pequeno aparecer em meus lábios, depois das músicas dele aquela era a minha preferida. E eu sempre fiquei apaixonada na forma que sua voz se moldava em todas as letras de todas as músicas possíveis.
- Maybe I'm just not good enough for you, and maybe I just don't wanna be like you… - algo naquelas palavras me trouxe a sensação de tristeza, os olhos dele rapidamente desviaram dos meus e isso intensificou ainda mais a sensação. - And maybe I just don't wanna know, how low you're ready to go… I'm not gonna change, you can't make me, whoa!
Observei através das páginas do livro observar concentrado Lynn se aproximar de mim e se sentar ao meu lado bem no meio da terceira estrofe cantarolando junto com ele a meia voz. Além de agente, Lyn era uma excelente cantora e era uma pena não seguir nessa carreira. Ela encostou a cabeça em meu colo e me passou seu celular imitando um microfone para eu continuar a cantar.
- You don't mean anything to me, you're what I never wanna be… - cantarolei baixinho a meia voz e sorri ao observá-lo diminuir o próprio tom para me acompanhar.
- Tell me does it feel good to be like you, tell me why should I waste my time with you… - cantamos juntos e mesmo sorrindo existia algo oculto ali. Coloquei o caderno em meu colo e cantei sustentando seu olhar analítico. - 'Cuz maybe you always bring me down, and I'm sick of being pushed around...
- I'm not gonna change, you can't make me, whoa!
Terminei e do outro lado da sala ele gargalhou da minha voz baixa quase confundindo-se com a sua, modéstia parte eu prefiro minhas páginas e meus personagens, mas observar o olho dele brilhando de encontro ao meu me deu ainda mais coragem de continuar e apaziguou a inquietação existente em meu peito.
- Ei, amore! – ele disse no microfone, atraindo a atenção de todo mundo na sala. – Vem, sobe aqui, sei que não dá para competir com seus personagens, mas... You Don't Mean Anything é a sua música!
Mesmo seu tom sendo zombeteiro, aquele olhar me dizia muitas coisas e eu me derretia todas as vezes, a música não era romântica, mas ainda sim esse momento com ele fazia tudo valer a pena.
- Tem certeza que quer atrapalhar seu ensaio? Estão todos cansados... – eu falei perto de seu ouvido e recebi um sorriso e um selinho rápido em resposta. Eram momentos como esse que me lembravam o quanto eu era feliz. - Amore?
- Desculpe, seu sorriso me deixou inebriado... Tem certeza que não quer descansar? - o envolvi em meus braços e abracei ainda mais forte balançando a cabeça em resposta.
- Estou bem aqui com você!
- Sucesso em seu novo amante literário? - ele perguntou, aconchegando o rosto em meu pescoço e eu sorri.
- Sabe que todos eles têm haver com você...
O ensaio do setlist seguiu cada vez mais cansativo, Lyn continuou ao meu lado checando todas as informações possíveis em seu celular e seu computador e confesso que aquilo me deixava tonta. Eu odiava a sensação de que a minha vida dependia de um aparelho eletrônico, e especialmente essa semana evitei olhar as notícias do tabloide - estavam duras demais para assimilar - mas infelizmente não existia nada sem ele. Pela primeira vez no dia percebi que escrevi mais do que estava esperando e isso era um motivo bom para comemorar.
- Para quando você quer que eu marque sua próxima visita? Nós estaremos indo para a América Latina... – Lyn perguntou na esperança de que minha resposta aliviasse a tensão no estúdio, coisa que eu duvidava muito. - ?
- Qual a agenda dele lá? - tentei me esquivar, mas o olhar que ela me lançou foi no fundo da minha alma.
- deveria fazer uma pausa de dois dias antes de ir para a Argentina, mas o show foi antecipado… Então eu tenho quase certeza que não vai existir pausa.
- Quais são os próximos países?
- México, Argentina, Venezuela, Colômbia, Peru, Equador... - ela fez uma pausa e eu fechei os olhos tentando ignorar a minha dor de cabeça. - República Dominicana, vamos fazer um show em Porto Rico, na Guatemala e na Costa Rica… Encerramos a turnê no Brasil. - eu conseguia ouvir o burburinho sofrido de toda a equipe e evitei olhar para . - Eu posso ver com Cam se não há nenhum compromisso extra no próximo mês e a partir da resposta dele, podemos ver com você o melhor dia para vocês dois... tudo bem?
- Eu não venho mais!
A guitarra parou subitamente de tocar, não foi preciso abrir os olhos para entender que a sala estava sendo esvaziada aos poucos. Senti os braços de Lynn em meus ombros e sorri recebendo um beijo amigável em minha testa, era nítido que nosso relacionamento ia muito além do profissional e eu era grata por ser amiga e confidente dela e saber que eu a teria para o que fosse necessário, principalmente na parte pessoal. Exceto dele, ninguém ia conseguir me salvar dele, então eu apenas esperei paciente até todo mundo sair e ele enfim chegar até mim.
Quando me mudei para Bali eu não imaginava que ia me relacionar com uma pessoa tão famosa quando , nem que eu ia ser tão famosa, então a minha ideia de moradia foi para facilitar o meu trabalho. Três meses depois eu me sentia solitária longe da minha família, sentia falta de minha mãe e meu irmão, sentia falta da minha rotina e de meus amigos, e não rendia como pensei. A sensação de não ter o colo deles doía demais, quando conheci Lyn pareceu ser um encontro de almas, tínhamos vidas parecidas e aquilo me deu de certa forma uma nova família. De bônus, alguns meses depois, ela me apresentou a e porra, foi paixão, tesão, carinho à primeira vista. Foi tudo tão intenso, tão louco e tão bom... E esse era um dos grandes motivos cujo eu não media esforços para ver todos eles, a equipe toda se tornou minha família e cansaço nenhum era maior do que o amor que eu sentia por todos eles.
- Você quer me contar alguma coisa, amore?
Levantei os braços do rosto e encarei o olhar distante e sério dele em minha frente. Toda a postura marrenta de ia pelo ralo cada vez que estávamos juntos, e eu me derretia completamente... Três anos e meio daquele jeito, saindo em tabloides, sendo fotografados, rodeados de mentiras, fofocas, lágrimas, terceiras, quartas e quintas pessoas... No segundo ano foi difícil e eu me lembro dos nossos três términos sérios por nós nos envolvermos publicamente com outras pessoas - o que foi a pior merda que fizemos. Três anos e meio e a pergunta que mais rolava em minha cabeça era: por que ele ainda era o meu qualquer coisa?
- Eu não posso mais ficar fazendo da ponte área minha casa, e sei que isso é ruim tanto quanto para você... - ergueu uma de suas sobrancelhas e eu conhecia bem aquele olhar. - Eu tenho menos de quinze dias para terminar um livro e três meses para entregar outros dois... Eu sinto muito, achei que fosse dar conta, mas isso tudo está me esgotando.
respirou fundo algumas vezes e levou suas mãos até seu cabelo em sinal de nervosismo, e como pensei o próximo passo foi acender um cigarro ainda mais rápido e tragar com força ainda de olhos fechados.
- Por que você simplesmente não me contou? , jogamos quinze dias fora, você e eu não conseguimos trabalhar direito e nem ficar juntos... e você poderia...
- Perdão? Jogamos quinze dias fora? - eu não queria deixar todo nervosismo que estava guardando falar por mim, mas ao que parecia eu já havia perdido o controle. - Então eu deveria ter ido embora na primeira oportunidade?
- Não comece! Você sabe que pode ficar aqui o quanto quiser - ele disse e respirou fundo fazendo uma pausa. E o ver daquela forma tão culpado fez meu coração se despedaçar. - Amore, eu odeio saber que estou te prejudicando de alguma forma, que estou atrapalhando sua vida... Por que não me disse antes? - algo na fisionomia dele mudou no momento em que me encarou e captou algo, eu não dei oportunidade de continuar me encarando daquela forma e desviei o olhar.
- Você ia arrumar um jeito de me enviar para longe, estou errada? - ele balançou a cabeça, concordando. - Você sempre faz isso... na primeira oportunidade me descarta com a desculpa de que é para meu próprio bem...
- O quê? Perdão? - ele me cortou e começou a andar em minha direção. - Você está insinuando que eu dou desculpas para não ficar com você? Logo eu, ? - ele me olhou por mais alguns segundos e respirou fundo. - O que você viu dessa vez?
Era impossível mentir para ele. Abri a imagem que insistia em me matar cada vez que olhava e ergui o celular para que ele também pudesse ver. No fundo eu sabia que estava sendo imatura e infeliz procurando um motivo inútil para brigar, mas eu precisava de uma válvula de escape. pegou o celular das minhas mãos e revirou os olhos, rindo descaradamente. A manchete sensacionalista era realmente ridícula, mas a foto mexeu demais comigo, e uma modelo - cujo o nome eu fiz questão de esquecer - saindo de um restaurante e bem... bem próximos.
- Você deve estar curtindo com a minha cara... Depois de quase quatro anos juntos você ainda não confia na minha PALAVRA?
Eu me sentia tão cansada, esgotada e magoada mesmo que não tivesse motivo, tudo naquela situação de não poder expor algo estava mexendo demais comigo nos últimos dias, e mesmo sabendo que eu era a maior culpada disso ainda sim me magoava. continuou com o celular virado em minha direção esperando uma resposta coerente e tudo que eu fiz foi virar o rosto e tentar sair dali o mais rápido possível.
- Não... fica! - senti seus dedos gentis em meu ombro e não me importei em virar para encarar seus olhos magoados.
- Pra quê? – perguntei, dando um passo para mais perto. - Para brigarmos pelo mesmo motivo?
apenas balançou a cabeça negativamente e abaixou a cabeça, derrotado.
- Eu trabalhei com essa modelo mês passado, estávamos acabando de sair de um almoço com nossos agentes… Foi ela que me indicou o joalheiro, foi daí que partiu o cordão que eu enviei para você… , isso é tão ridículo.. .
Em minha garganta as palavras não saiam porque eu sabia que fui imatura e infantil, mas não queria admitir por puro capricho. Ele se sentou alguns segundos depois e acendeu outro cigarro, aquela situação não era a imagem que eu pensei em me lembrar quando fosse embora. Caminhei até a porta do estúdio e tranquei para evitar que fôssemos interrompidos, fui andando calmamente até o frigobar e peguei um copo e uma garrafa de vodka. permanecia me observando no mais perfeito e ensurdecedor silêncio, acompanhando todos os meus movimentos e me deixando cada vez mais nua sem tirar uma peça de roupa. Coloquei um pouco do líquido em meu copo e bebi um generoso gole, sentindo minha garganta queimar com ele descendo e fazendo o mesmo procedimento mais duas vezes. Apesar de não ter me alimentado direito, a vodka ainda me trazia uma sensação gostosa já que a briga que eu queria, eu arrumei descaradamente.
- Você vai dizer alguma coisa ou vai simplesmente acabar com a minha garrafa de vodka?
- O que você quer ouvir exatamente? - eu o cortei. - Que o meu show há poucos minutos foi ridículo? Imaturo? Desnecessário? Disso você e eu sabemos. - virei mais um gole e falei sem perceber. - Você me pediu para ficar, se dependesse de mim...
- Eu já entendi , eu já entendi. Eu não queria passar nossa última noite brigando, sinto muito se nossa quinzena não foi o que planejamos, sinto muito que toda essa rotina esteja nociva para você, mas eu também não estou em uma situação melhor...
Observei enquanto engolia em seco e olhava diretamente para mim, um arrepio surgiu em minha espinha.
- Não sei o tempo que vamos passar sem nos ver... - ele continuou falando enquanto andava até a porta. - Mas pelo o que estou percebendo... vai nos fazer bem!
Assim que posicionou a mão na maçaneta eu não perdi tempo e fui rapidamente até ele e o virei para mim.
Eu não podia perder esse homem.
- Quando você vai parar de ser cabeça dura, porra? – perguntei, o olhando. - A cabeça dura da relação sou eu, você fica com a parte sensata...
- ... - o fato de ele não me chamar pelo meu apelido me mostrava ainda mais que eu o machuquei. - Suas palavras me magoam, ninguém nunca vai ter o poder que você tem para me fazer feliz e me machucar da mesma forma.
Ouvi-lo dizer aquelas coisas fez meu coração quebrar em milhões de pedaços. A ideia de ser o motivo de sofrimento para ele me deixava louca.
- Porra, ... Não fala desse jeito, não me deixa pior do que a pior pessoa do mundo...
O silêncio amedrontador pairou novamente sobre o ambiente e eu observei todas as nuances que passava por seu rosto: seus lábios carnudos franzidos, seus olhos que escurecem ainda mais ao estar nervoso, as pequenas rugas que apareciam cada vez que ele respirava fundo. Levei minha mão até seu cabelo grande do jeito que eu sempre gostei e desci o carinho até seu rosto e sua nuca.
- Desculpa, amore! – disse, quebrando o silêncio, enquanto o apreciava com olhos fechados e abrindo um sorriso pequeno pelo carinho que recebia. - A ideia de você com outra mulher...
apenas assentiu com a cabeça em negação, mas em meus pensamentos passava um filme de nossa história longa e verdadeira, com todos os momentos felizes e tristes que enfrentamos, com todas as crises e conciliações que passamos. Eu dificilmente acredito que vá existir outra pessoa tão certa para mim. O amor... sim, o amor que eu sinto por ele ultrapassa qualquer sentimento no mundo, qualquer empecilho, e eu precisava falar isso para ele. acabou com a distância entre nós e colocou as mãos em meu quadril me puxando para seu corpo, nós nos olhamos da forma mais singela que poderia acontecer e aquilo foi o suficiente para mim. Levei minhas mãos até sua nuca e passei as unhas descendo até seu peito, senti ele dando uma longa respirada mantendo toda a marra de vítima que ele adorava fazer, e eu adorava quebrar isso. Era difícil resistir a ele, meu corpo sempre respondia de forma diferente a todos os seus toques, eu era louca por ele.
Fiquei na ponta dos pés e levei minha boca até seu pescoço começando os beijos por ali, senti as mãos dele passeando por meu corpo me deixava cada vez mais quente. Passei os lábios por seus ombros e logo a pele dele ficou arrepiada pelo toque deles, sorri maliciosa ao ouvir sua respiração ficar ainda mais ofegante. me puxou mais forte e quando eu levei minha boca até seus lábios, ele virou o rosto, sorrindo ainda mais e apertando a minha bunda sem nenhum pudor, o que eu adorava. Só percebi que estávamos perto do sofá quando o corpo dele caiu em cima do meu. Mordi seus lábios com força quando tentei mais uma vez o beijar sem sucesso, ouvi um resmungo em reposta e sorri ainda com uma parte da carne em meus dentes e terminei sugando quando ele apertou minha cintura com mais força. O ter em meu colo, com aquele sorriso arrogante e aquele ar maldoso me levava a loucura e eu só queria que ele parasse com os joguinhos e transasse comigo da forma que sabia bem fazer.
levantou e se ajoelhou no chão em minha frente, agarrou meu quadril puxando meu corpo para ainda mais perto e começou os beijos lentos e molhados pela minha barriga, descendo até minha virilha. Ele parou de frente para minha calcinha e respirou fundo descendo o tecido lentamente por minhas pernas, mas sem tirar completamente, levou um de seus dedos até a parte de dentro de minha coxa e sugou com ainda mais força um dos lábios de minha vagina, aquilo era tortura. Esse ato me fez respirar fundo e gemer ainda mais forte. Levei minhas mãos até seus cabelos e aumentei ainda mais o contato dos lábios com a minha intimidade, sentindo a língua dele invadir todos os pontos sensíveis.
- Cadê a sua marra? - a voz do filha da puta estava embargada por deboche e cada vez que ele falava um vento frio me invadia. - Amore?
Um arrepio desceu pela minha espinha quando eu senti o quanto ele estava excitado só pela forma que chamava meu nome, suas mãos foram em direção as minhas coxas apertando forte e traçando uma linha de beijos de volta para meus seios, ergui meus olhos para apreciar a visão e percebi que estava só de cueca e puta que pariu... perdi qualquer parte de meu pensamento lógico quando senti sua língua quente no lóbulo da minha orelha me fazendo gemer ainda mais alto. Sua boca seguiu para minha mandíbula, meu queixo e seguiram até o canto de minha boca.
- Vai me negar um beijo? - forcei a voz mais manhosa que pude e ouvi uma risadinha baixa em meu ouvido.
Nesse momento de fraquejo lancei meu corpo para frente e tentei inverter nossas posições, sem muito sucesso. me levantou em seu colo e trocou de lugar comigo quando percebeu minha intenção, parei ajoelhada em sua frente e sorri com malícia abrindo o zíper, fiz um trabalho só ao abaixar a calça e a cueca junto e não me surpreendi ao ver o pau dele parcialmente duro e louco de tesão em minha direção. rangeu os dentes no momento em que abocanhei seu pau pela primeira vez, e eu podia sentir seu olhar queimando minha pele, não me importei em sugar cada vez mais forte e passar os dentes por toda a extensão de seu pênis endurecido.
- Puta que pariu, amore!
Com uma gentileza controlada ele me puxou de volta ao seu colo e me sentou de costas para ele, jogando meu cabelo para frente e passando a língua em minha nuca, apertando ainda mais meus seios. Mexi o quadril de encontro ao seu e respirei fundo com o contato de nossos sexos, a boca dele foi de encontro ao meu ombro e deixou uma mordida leve no local me arrepiando completamente. levou as mãos novamente em meu quadril puxando minha calcinha em direções diferentes rasgando o tecido.
- Menos uma! - murmurei e deitei meu corpo em cima do dele.
Num gesto rápido, me levantou em seu colo e foi em direção ao divã preto no canto da sala, ele puxou meu rosto pela nuca e me beijou de um jeito totalmente diferente de todas as outras vezes. Algo no olhar dele, em seu toque... Algo diferente e bom.
- Amore... - me chamou, distribuindo beijos por meu rosto, me fazendo rir baixinho. - Estou realmente convencido que... - ele parou de me beijar e me olhou ainda mais sério. - Eu sou completamente louco por você, a ideia de ter você longe de mim me causa arrepio. Talvez eu realmente não seja bom o bastante para você, talvez eu apenas não queira ser como qualquer outro em sua vida, talvez eu apenas não queira saber o quão baixo está disposta a ir por nós... Mas você não pode me obrigar de tentar ficar com você.
juntou nossos lábios e aquele beijo diferente estava presente novamente, o peso em meu peito se intensificou ao perceber que o beijo estava carregado de amor, de arrependimento, de dor, de paz, de despedida e de um começo que dependia de nós dois, e mais de mim. Sua língua quente começou movimentos circulares em meu seio o sugando enquanto a outra mão massageava o outro lenta e dolorosamente. Joguei a cabeça para trás apreciando a sensação prazerosa daquele homem espalhar pelo meu corpo.
apoiou seus cotovelos na cama, um de cada lado do meu corpo, passou as mãos por meu rosto e sorriu deixando um beijo em minha testa, unindo as nossas bocas logo em seguida. Em um movimento rápido enlacei minhas pernas em seu quadril e pressionei com mais força, forçando a penetração, eu precisava dele o mais rápido possível. A sensação de ter toda sua extensão sem a camisinha era enlouquecedora. Ele começou com movimentos lentos e intensos, tirando quase o membro por inteiro para depois voltar com tudo e meu corpo tremia com arrepios, eu não tinha sanidade alguma quando o assunto era ele. Sentia ele respirando em meu ouvido e gemendo com o extremo prazer que sentia e tive a certeza de que ele também não se controlava de nenhuma forma. Nesses momentos, quando eu entendia que nossos corpos estavam tão bem encaixados, sincronizados, tão unidos... Algo em meu estômago se contrária e um medo aparecia em meu peito. Ele apertou ainda mais meus pulsos em cima de minha cabeça, aumentando a força da penetração e afastou qualquer pensamento coerente de minha cabeça.
- Porra... mais forte... - foi tudo o que conseguir dizer com a boca colada no ombro dele ainda mais ofegante.
desenvolveu algum poder animalesco e aumentou ainda mais a velocidade de seus movimentos contra mim, me fazendo gemer ainda mais alto e agradecer por a sala ser a prova de som.
Na minha frente tudo o que eu enxergava era a pele morena se tornando vermelha, o suor escorrendo de cada centímetro de seu corpo, seus olhos fechados contorcidos em prazer, seus lábios carnudos entreabertos num meio sorriso prazeroso. era o meu paraíso. Uni meus lábios no dele para tentar controlar o barulho desconexo que saia de minha boca, ele me apertou ainda mais sem vacilar uma só vez com a sincronia da penetração. Os primeiros tremores chegaram ao meu corpo logo após eu içar meu quadril para aumentar nosso contato, senti minha intimidade se contrair em seu membro e logo meu corpo não aguentou mais e cedeu, me fazendo chegar ao ápice de um orgasmo tão prazeroso que me deixou tonta e com lágrimas nos olhos.
O problema era o depois... Depois da onda de prazer, ainda existia todas as coisas não ditas, os problemas não solucionados, depois existia uma coisa que eu não sei se saberia lidar. desabou seu corpo sobre o meu e enterrou o rosto em meu ombro, seu perfume amadeirado me cercou junto ao cheiro de cigarro e menta, e esse era quase o cheiro dele natural. Após alguns segundos eu senti seus braços se preparando para erguer seu corpo e aquilo me causou uma onda enorme de desespero.
- Não... por favor...
Com um suspiro profundo ele assentiu e me enrolou ainda mais em seus braços. Eu não seria capaz de contar os segundos, minutos ou horas que nós passamos ali em um silêncio, pela primeira vez confortável, com a respiração se apaziguando, com a sensação de paz retornando aos poucos para nossa relação depois de tantos dias longe. Dessa vez eu não queria simplesmente dormir em seus braços, eu não queria levantar, me limpar e sair para seu show, eu não queria sair dali.
Eu nunca entendi o motivo de ter tanto medo de relacionamentos, de dizer que amava, de amar com facilidade, nunca entendi o motivo que me fez protelar por três anos e meio para entender tudo isso. Mas aqui, com o corpo dele em cima do meu, com a ponta de seus dedos enrolando mechas de meu cabelo, com seus lábios ainda depositando beijos serenos por meu ombro eu senti tudo, todas as coisas do mundo e soube: eu o amava, amava cada parte de seu corpo, cada jeito, cada sorriso, cada tatuagem, cada letra da vida dele. Por anos eu me escondi atrás de uma casca, por anos eu fingi que ele não significava nada demais para mim, por anos eu fingi que ele era algo que eu nunca queria ser, ou ter por medo dos tabloides, mas viver uma vida de mentiras não é tão fácil quanto parece. Em todas as páginas da minha vida teria algo que o lembraria, cada palavra teria uma letra para ele. Demorei um tempo para entender que tudo que eu escrevo, escrevo sobre ele e sobre aquilo que eu sinto por ele.
A sensação que eu tinha em seus braços era tão terna que eu não via necessidade de buscar qualquer outra coisa que pudesse me tirar ou que pudesse me atrapalhar de ficar envolvida com o corpo dele e a sensação mais prazerosa do mundo que era ouvir a voz dele bem perto do meu ouvido me chamando de “amore”.
- Você sabia que eu posso ficar a vida inteira deitado assim com você sem reclamar? - ele falou, com uma das mãos alisando o meu cabelo e a outra me apertando ainda mais em seu corpo.
- Será que tenho direito a um desejo melhor? Não é possível que exista um desejo melhor... - colei nossos lábios mais uma vez.
sorriu, posicionou os braços um de cada lado do meu corpo e voltou a me encarar em silêncio.
- Acho que precisamos conversar, não é? - balancei a cabeça em concordância, mas as palavras ficaram presas em minha garganta. - Com vergonha? - ele perguntou, deslizando uma das mãos por meu braço e beijando minha bochecha.
- Da crise de ciúme? Talvez...
- Amore, você não é de ferro... modéstia parte eu gosto de te ver bravinha com ciúmes. Eu só não gosto quando você usa o que temos para me magoar, mesmo que não seja propositalmente...
- É sobre isso que eu quero falar... - o cortei rápida, juntando coragem.
A fisionomia de ficou um pouco mais séria, sua testa franziu e sua boca se fechou em uma linha. Eu não preciso ler pensamentos para saber exatamente aquilo que ele pensava, estava escrito em letras enormes em sua testa: não termine comigo!
- , se você está montando um roteiro em sua cabeça, por favor me diga qual é. Eu ainda não me tornei um telepata famoso.
- Não seja idiota... - continuou me encarando sem demonstrar nenhum sorriso em resposta. - Eu andei pensando bastante em nós dois, em toda nossa trajetória... em tudo que passamos. Eu pensei em você e nas suas manias, nos seus gostos culinários, do jeito que você ajeita seus óculos, na forma que sua testa franze até conseguir chegar no tom exato do violão, da guitarra... pensei até mesmo no jeito que você se entrega no microfone. - fiz uma pausa e esperei até ele falar alguma coisa.
- E chegou a alguma conclusão?
- Eu não sei se você já entendeu que isso não é uma despedida ou um término... - ele fechou os olhos e abaixou a cabeça até meu pescoço respirando fundo e sorrindo. - Eu cheguei à conclusão de que é bonito te ver existir e eu me sinto como uma flor vendo o sol nascer todas as vezes que estamos juntos... , você me dá energia para sorrir depois de um dia exaustivo, esperança por um amanhã ainda mais bonito. Eu não sei se são as famosas borboletas no estômago, ou no meu coração, mas toda vez que você canta, sua voz me deixa em sonho sem precisar dormir.
Ele ergueu a cabeça e pela primeira vez em meses vi seus olhos lacrimejarem de felicidade, sua feição exibia um semblante surpreso, mas inteiramente feliz.
- Foi fácil se apaixonar por você, amore, eu fiz isso a três anos e meio atrás, fiz hoje pela manhã e tenho absoluta certeza que farei amanhã também… - a voz dele era tão suave que eu pude me sentir na asa de uma borboleta.
- Mesmo que eu esteja a 15597 km de distância? - eu perguntei, beijando seus lábios e fungando, tentando afastar o bolor na garganta. - Promete?
- Principalmente a 15597 km de distância, amore.
Eu deveria ter me acostumado, pois era sempre assim desde que começamos a nos relacionar há três anos e meio, eu indo até ele, ele vindo até mim, dias "perdidos" no estúdio, ou "perdido" dentro do meu escritório me dando toda munição de mais páginas. Lyn e Cam, os nossos agentes, estavam acostumados com as viagens fora do planejamento e até mesmo com nossas fugas pela madrugada, então concordaram que trocar informações sobre nossas agendas a todo momento era mais fácil e eficaz para evitar um sumiço.
começou a listar a primeira música do setlist e eu fiquei surpresa ao saber que diferente dos outros show ele tocaria a música de outra pessoa. Quando os acordes de You Don't Mean Anything começou a tocar eu senti um sorriso pequeno aparecer em meus lábios, depois das músicas dele aquela era a minha preferida. E eu sempre fiquei apaixonada na forma que sua voz se moldava em todas as letras de todas as músicas possíveis.
- Maybe I'm just not good enough for you, and maybe I just don't wanna be like you… - algo naquelas palavras me trouxe a sensação de tristeza, os olhos dele rapidamente desviaram dos meus e isso intensificou ainda mais a sensação. - And maybe I just don't wanna know, how low you're ready to go… I'm not gonna change, you can't make me, whoa!
Observei através das páginas do livro observar concentrado Lynn se aproximar de mim e se sentar ao meu lado bem no meio da terceira estrofe cantarolando junto com ele a meia voz. Além de agente, Lyn era uma excelente cantora e era uma pena não seguir nessa carreira. Ela encostou a cabeça em meu colo e me passou seu celular imitando um microfone para eu continuar a cantar.
- You don't mean anything to me, you're what I never wanna be… - cantarolei baixinho a meia voz e sorri ao observá-lo diminuir o próprio tom para me acompanhar.
- Tell me does it feel good to be like you, tell me why should I waste my time with you… - cantamos juntos e mesmo sorrindo existia algo oculto ali. Coloquei o caderno em meu colo e cantei sustentando seu olhar analítico. - 'Cuz maybe you always bring me down, and I'm sick of being pushed around...
- I'm not gonna change, you can't make me, whoa!
Terminei e do outro lado da sala ele gargalhou da minha voz baixa quase confundindo-se com a sua, modéstia parte eu prefiro minhas páginas e meus personagens, mas observar o olho dele brilhando de encontro ao meu me deu ainda mais coragem de continuar e apaziguou a inquietação existente em meu peito.
- Ei, amore! – ele disse no microfone, atraindo a atenção de todo mundo na sala. – Vem, sobe aqui, sei que não dá para competir com seus personagens, mas... You Don't Mean Anything é a sua música!
Mesmo seu tom sendo zombeteiro, aquele olhar me dizia muitas coisas e eu me derretia todas as vezes, a música não era romântica, mas ainda sim esse momento com ele fazia tudo valer a pena.
- Tem certeza que quer atrapalhar seu ensaio? Estão todos cansados... – eu falei perto de seu ouvido e recebi um sorriso e um selinho rápido em resposta. Eram momentos como esse que me lembravam o quanto eu era feliz. - Amore?
- Desculpe, seu sorriso me deixou inebriado... Tem certeza que não quer descansar? - o envolvi em meus braços e abracei ainda mais forte balançando a cabeça em resposta.
- Estou bem aqui com você!
- Sucesso em seu novo amante literário? - ele perguntou, aconchegando o rosto em meu pescoço e eu sorri.
- Sabe que todos eles têm haver com você...
O ensaio do setlist seguiu cada vez mais cansativo, Lyn continuou ao meu lado checando todas as informações possíveis em seu celular e seu computador e confesso que aquilo me deixava tonta. Eu odiava a sensação de que a minha vida dependia de um aparelho eletrônico, e especialmente essa semana evitei olhar as notícias do tabloide - estavam duras demais para assimilar - mas infelizmente não existia nada sem ele. Pela primeira vez no dia percebi que escrevi mais do que estava esperando e isso era um motivo bom para comemorar.
- Para quando você quer que eu marque sua próxima visita? Nós estaremos indo para a América Latina... – Lyn perguntou na esperança de que minha resposta aliviasse a tensão no estúdio, coisa que eu duvidava muito. - ?
- Qual a agenda dele lá? - tentei me esquivar, mas o olhar que ela me lançou foi no fundo da minha alma.
- deveria fazer uma pausa de dois dias antes de ir para a Argentina, mas o show foi antecipado… Então eu tenho quase certeza que não vai existir pausa.
- Quais são os próximos países?
- México, Argentina, Venezuela, Colômbia, Peru, Equador... - ela fez uma pausa e eu fechei os olhos tentando ignorar a minha dor de cabeça. - República Dominicana, vamos fazer um show em Porto Rico, na Guatemala e na Costa Rica… Encerramos a turnê no Brasil. - eu conseguia ouvir o burburinho sofrido de toda a equipe e evitei olhar para . - Eu posso ver com Cam se não há nenhum compromisso extra no próximo mês e a partir da resposta dele, podemos ver com você o melhor dia para vocês dois... tudo bem?
- Eu não venho mais!
A guitarra parou subitamente de tocar, não foi preciso abrir os olhos para entender que a sala estava sendo esvaziada aos poucos. Senti os braços de Lynn em meus ombros e sorri recebendo um beijo amigável em minha testa, era nítido que nosso relacionamento ia muito além do profissional e eu era grata por ser amiga e confidente dela e saber que eu a teria para o que fosse necessário, principalmente na parte pessoal. Exceto dele, ninguém ia conseguir me salvar dele, então eu apenas esperei paciente até todo mundo sair e ele enfim chegar até mim.
Quando me mudei para Bali eu não imaginava que ia me relacionar com uma pessoa tão famosa quando , nem que eu ia ser tão famosa, então a minha ideia de moradia foi para facilitar o meu trabalho. Três meses depois eu me sentia solitária longe da minha família, sentia falta de minha mãe e meu irmão, sentia falta da minha rotina e de meus amigos, e não rendia como pensei. A sensação de não ter o colo deles doía demais, quando conheci Lyn pareceu ser um encontro de almas, tínhamos vidas parecidas e aquilo me deu de certa forma uma nova família. De bônus, alguns meses depois, ela me apresentou a e porra, foi paixão, tesão, carinho à primeira vista. Foi tudo tão intenso, tão louco e tão bom... E esse era um dos grandes motivos cujo eu não media esforços para ver todos eles, a equipe toda se tornou minha família e cansaço nenhum era maior do que o amor que eu sentia por todos eles.
- Você quer me contar alguma coisa, amore?
Levantei os braços do rosto e encarei o olhar distante e sério dele em minha frente. Toda a postura marrenta de ia pelo ralo cada vez que estávamos juntos, e eu me derretia completamente... Três anos e meio daquele jeito, saindo em tabloides, sendo fotografados, rodeados de mentiras, fofocas, lágrimas, terceiras, quartas e quintas pessoas... No segundo ano foi difícil e eu me lembro dos nossos três términos sérios por nós nos envolvermos publicamente com outras pessoas - o que foi a pior merda que fizemos. Três anos e meio e a pergunta que mais rolava em minha cabeça era: por que ele ainda era o meu qualquer coisa?
- Eu não posso mais ficar fazendo da ponte área minha casa, e sei que isso é ruim tanto quanto para você... - ergueu uma de suas sobrancelhas e eu conhecia bem aquele olhar. - Eu tenho menos de quinze dias para terminar um livro e três meses para entregar outros dois... Eu sinto muito, achei que fosse dar conta, mas isso tudo está me esgotando.
respirou fundo algumas vezes e levou suas mãos até seu cabelo em sinal de nervosismo, e como pensei o próximo passo foi acender um cigarro ainda mais rápido e tragar com força ainda de olhos fechados.
- Por que você simplesmente não me contou? , jogamos quinze dias fora, você e eu não conseguimos trabalhar direito e nem ficar juntos... e você poderia...
- Perdão? Jogamos quinze dias fora? - eu não queria deixar todo nervosismo que estava guardando falar por mim, mas ao que parecia eu já havia perdido o controle. - Então eu deveria ter ido embora na primeira oportunidade?
- Não comece! Você sabe que pode ficar aqui o quanto quiser - ele disse e respirou fundo fazendo uma pausa. E o ver daquela forma tão culpado fez meu coração se despedaçar. - Amore, eu odeio saber que estou te prejudicando de alguma forma, que estou atrapalhando sua vida... Por que não me disse antes? - algo na fisionomia dele mudou no momento em que me encarou e captou algo, eu não dei oportunidade de continuar me encarando daquela forma e desviei o olhar.
- Você ia arrumar um jeito de me enviar para longe, estou errada? - ele balançou a cabeça, concordando. - Você sempre faz isso... na primeira oportunidade me descarta com a desculpa de que é para meu próprio bem...
- O quê? Perdão? - ele me cortou e começou a andar em minha direção. - Você está insinuando que eu dou desculpas para não ficar com você? Logo eu, ? - ele me olhou por mais alguns segundos e respirou fundo. - O que você viu dessa vez?
Era impossível mentir para ele. Abri a imagem que insistia em me matar cada vez que olhava e ergui o celular para que ele também pudesse ver. No fundo eu sabia que estava sendo imatura e infeliz procurando um motivo inútil para brigar, mas eu precisava de uma válvula de escape. pegou o celular das minhas mãos e revirou os olhos, rindo descaradamente. A manchete sensacionalista era realmente ridícula, mas a foto mexeu demais comigo, e uma modelo - cujo o nome eu fiz questão de esquecer - saindo de um restaurante e bem... bem próximos.
- Você deve estar curtindo com a minha cara... Depois de quase quatro anos juntos você ainda não confia na minha PALAVRA?
Eu me sentia tão cansada, esgotada e magoada mesmo que não tivesse motivo, tudo naquela situação de não poder expor algo estava mexendo demais comigo nos últimos dias, e mesmo sabendo que eu era a maior culpada disso ainda sim me magoava. continuou com o celular virado em minha direção esperando uma resposta coerente e tudo que eu fiz foi virar o rosto e tentar sair dali o mais rápido possível.
- Não... fica! - senti seus dedos gentis em meu ombro e não me importei em virar para encarar seus olhos magoados.
- Pra quê? – perguntei, dando um passo para mais perto. - Para brigarmos pelo mesmo motivo?
apenas balançou a cabeça negativamente e abaixou a cabeça, derrotado.
- Eu trabalhei com essa modelo mês passado, estávamos acabando de sair de um almoço com nossos agentes… Foi ela que me indicou o joalheiro, foi daí que partiu o cordão que eu enviei para você… , isso é tão ridículo.. .
Em minha garganta as palavras não saiam porque eu sabia que fui imatura e infantil, mas não queria admitir por puro capricho. Ele se sentou alguns segundos depois e acendeu outro cigarro, aquela situação não era a imagem que eu pensei em me lembrar quando fosse embora. Caminhei até a porta do estúdio e tranquei para evitar que fôssemos interrompidos, fui andando calmamente até o frigobar e peguei um copo e uma garrafa de vodka. permanecia me observando no mais perfeito e ensurdecedor silêncio, acompanhando todos os meus movimentos e me deixando cada vez mais nua sem tirar uma peça de roupa. Coloquei um pouco do líquido em meu copo e bebi um generoso gole, sentindo minha garganta queimar com ele descendo e fazendo o mesmo procedimento mais duas vezes. Apesar de não ter me alimentado direito, a vodka ainda me trazia uma sensação gostosa já que a briga que eu queria, eu arrumei descaradamente.
- Você vai dizer alguma coisa ou vai simplesmente acabar com a minha garrafa de vodka?
- O que você quer ouvir exatamente? - eu o cortei. - Que o meu show há poucos minutos foi ridículo? Imaturo? Desnecessário? Disso você e eu sabemos. - virei mais um gole e falei sem perceber. - Você me pediu para ficar, se dependesse de mim...
- Eu já entendi , eu já entendi. Eu não queria passar nossa última noite brigando, sinto muito se nossa quinzena não foi o que planejamos, sinto muito que toda essa rotina esteja nociva para você, mas eu também não estou em uma situação melhor...
Observei enquanto engolia em seco e olhava diretamente para mim, um arrepio surgiu em minha espinha.
- Não sei o tempo que vamos passar sem nos ver... - ele continuou falando enquanto andava até a porta. - Mas pelo o que estou percebendo... vai nos fazer bem!
Assim que posicionou a mão na maçaneta eu não perdi tempo e fui rapidamente até ele e o virei para mim.
Eu não podia perder esse homem.
- Quando você vai parar de ser cabeça dura, porra? – perguntei, o olhando. - A cabeça dura da relação sou eu, você fica com a parte sensata...
- ... - o fato de ele não me chamar pelo meu apelido me mostrava ainda mais que eu o machuquei. - Suas palavras me magoam, ninguém nunca vai ter o poder que você tem para me fazer feliz e me machucar da mesma forma.
Ouvi-lo dizer aquelas coisas fez meu coração quebrar em milhões de pedaços. A ideia de ser o motivo de sofrimento para ele me deixava louca.
- Porra, ... Não fala desse jeito, não me deixa pior do que a pior pessoa do mundo...
O silêncio amedrontador pairou novamente sobre o ambiente e eu observei todas as nuances que passava por seu rosto: seus lábios carnudos franzidos, seus olhos que escurecem ainda mais ao estar nervoso, as pequenas rugas que apareciam cada vez que ele respirava fundo. Levei minha mão até seu cabelo grande do jeito que eu sempre gostei e desci o carinho até seu rosto e sua nuca.
- Desculpa, amore! – disse, quebrando o silêncio, enquanto o apreciava com olhos fechados e abrindo um sorriso pequeno pelo carinho que recebia. - A ideia de você com outra mulher...
apenas assentiu com a cabeça em negação, mas em meus pensamentos passava um filme de nossa história longa e verdadeira, com todos os momentos felizes e tristes que enfrentamos, com todas as crises e conciliações que passamos. Eu dificilmente acredito que vá existir outra pessoa tão certa para mim. O amor... sim, o amor que eu sinto por ele ultrapassa qualquer sentimento no mundo, qualquer empecilho, e eu precisava falar isso para ele. acabou com a distância entre nós e colocou as mãos em meu quadril me puxando para seu corpo, nós nos olhamos da forma mais singela que poderia acontecer e aquilo foi o suficiente para mim. Levei minhas mãos até sua nuca e passei as unhas descendo até seu peito, senti ele dando uma longa respirada mantendo toda a marra de vítima que ele adorava fazer, e eu adorava quebrar isso. Era difícil resistir a ele, meu corpo sempre respondia de forma diferente a todos os seus toques, eu era louca por ele.
Fiquei na ponta dos pés e levei minha boca até seu pescoço começando os beijos por ali, senti as mãos dele passeando por meu corpo me deixava cada vez mais quente. Passei os lábios por seus ombros e logo a pele dele ficou arrepiada pelo toque deles, sorri maliciosa ao ouvir sua respiração ficar ainda mais ofegante. me puxou mais forte e quando eu levei minha boca até seus lábios, ele virou o rosto, sorrindo ainda mais e apertando a minha bunda sem nenhum pudor, o que eu adorava. Só percebi que estávamos perto do sofá quando o corpo dele caiu em cima do meu. Mordi seus lábios com força quando tentei mais uma vez o beijar sem sucesso, ouvi um resmungo em reposta e sorri ainda com uma parte da carne em meus dentes e terminei sugando quando ele apertou minha cintura com mais força. O ter em meu colo, com aquele sorriso arrogante e aquele ar maldoso me levava a loucura e eu só queria que ele parasse com os joguinhos e transasse comigo da forma que sabia bem fazer.
levantou e se ajoelhou no chão em minha frente, agarrou meu quadril puxando meu corpo para ainda mais perto e começou os beijos lentos e molhados pela minha barriga, descendo até minha virilha. Ele parou de frente para minha calcinha e respirou fundo descendo o tecido lentamente por minhas pernas, mas sem tirar completamente, levou um de seus dedos até a parte de dentro de minha coxa e sugou com ainda mais força um dos lábios de minha vagina, aquilo era tortura. Esse ato me fez respirar fundo e gemer ainda mais forte. Levei minhas mãos até seus cabelos e aumentei ainda mais o contato dos lábios com a minha intimidade, sentindo a língua dele invadir todos os pontos sensíveis.
- Cadê a sua marra? - a voz do filha da puta estava embargada por deboche e cada vez que ele falava um vento frio me invadia. - Amore?
Um arrepio desceu pela minha espinha quando eu senti o quanto ele estava excitado só pela forma que chamava meu nome, suas mãos foram em direção as minhas coxas apertando forte e traçando uma linha de beijos de volta para meus seios, ergui meus olhos para apreciar a visão e percebi que estava só de cueca e puta que pariu... perdi qualquer parte de meu pensamento lógico quando senti sua língua quente no lóbulo da minha orelha me fazendo gemer ainda mais alto. Sua boca seguiu para minha mandíbula, meu queixo e seguiram até o canto de minha boca.
- Vai me negar um beijo? - forcei a voz mais manhosa que pude e ouvi uma risadinha baixa em meu ouvido.
Nesse momento de fraquejo lancei meu corpo para frente e tentei inverter nossas posições, sem muito sucesso. me levantou em seu colo e trocou de lugar comigo quando percebeu minha intenção, parei ajoelhada em sua frente e sorri com malícia abrindo o zíper, fiz um trabalho só ao abaixar a calça e a cueca junto e não me surpreendi ao ver o pau dele parcialmente duro e louco de tesão em minha direção. rangeu os dentes no momento em que abocanhei seu pau pela primeira vez, e eu podia sentir seu olhar queimando minha pele, não me importei em sugar cada vez mais forte e passar os dentes por toda a extensão de seu pênis endurecido.
- Puta que pariu, amore!
Com uma gentileza controlada ele me puxou de volta ao seu colo e me sentou de costas para ele, jogando meu cabelo para frente e passando a língua em minha nuca, apertando ainda mais meus seios. Mexi o quadril de encontro ao seu e respirei fundo com o contato de nossos sexos, a boca dele foi de encontro ao meu ombro e deixou uma mordida leve no local me arrepiando completamente. levou as mãos novamente em meu quadril puxando minha calcinha em direções diferentes rasgando o tecido.
- Menos uma! - murmurei e deitei meu corpo em cima do dele.
Num gesto rápido, me levantou em seu colo e foi em direção ao divã preto no canto da sala, ele puxou meu rosto pela nuca e me beijou de um jeito totalmente diferente de todas as outras vezes. Algo no olhar dele, em seu toque... Algo diferente e bom.
- Amore... - me chamou, distribuindo beijos por meu rosto, me fazendo rir baixinho. - Estou realmente convencido que... - ele parou de me beijar e me olhou ainda mais sério. - Eu sou completamente louco por você, a ideia de ter você longe de mim me causa arrepio. Talvez eu realmente não seja bom o bastante para você, talvez eu apenas não queira ser como qualquer outro em sua vida, talvez eu apenas não queira saber o quão baixo está disposta a ir por nós... Mas você não pode me obrigar de tentar ficar com você.
juntou nossos lábios e aquele beijo diferente estava presente novamente, o peso em meu peito se intensificou ao perceber que o beijo estava carregado de amor, de arrependimento, de dor, de paz, de despedida e de um começo que dependia de nós dois, e mais de mim. Sua língua quente começou movimentos circulares em meu seio o sugando enquanto a outra mão massageava o outro lenta e dolorosamente. Joguei a cabeça para trás apreciando a sensação prazerosa daquele homem espalhar pelo meu corpo.
apoiou seus cotovelos na cama, um de cada lado do meu corpo, passou as mãos por meu rosto e sorriu deixando um beijo em minha testa, unindo as nossas bocas logo em seguida. Em um movimento rápido enlacei minhas pernas em seu quadril e pressionei com mais força, forçando a penetração, eu precisava dele o mais rápido possível. A sensação de ter toda sua extensão sem a camisinha era enlouquecedora. Ele começou com movimentos lentos e intensos, tirando quase o membro por inteiro para depois voltar com tudo e meu corpo tremia com arrepios, eu não tinha sanidade alguma quando o assunto era ele. Sentia ele respirando em meu ouvido e gemendo com o extremo prazer que sentia e tive a certeza de que ele também não se controlava de nenhuma forma. Nesses momentos, quando eu entendia que nossos corpos estavam tão bem encaixados, sincronizados, tão unidos... Algo em meu estômago se contrária e um medo aparecia em meu peito. Ele apertou ainda mais meus pulsos em cima de minha cabeça, aumentando a força da penetração e afastou qualquer pensamento coerente de minha cabeça.
- Porra... mais forte... - foi tudo o que conseguir dizer com a boca colada no ombro dele ainda mais ofegante.
desenvolveu algum poder animalesco e aumentou ainda mais a velocidade de seus movimentos contra mim, me fazendo gemer ainda mais alto e agradecer por a sala ser a prova de som.
Na minha frente tudo o que eu enxergava era a pele morena se tornando vermelha, o suor escorrendo de cada centímetro de seu corpo, seus olhos fechados contorcidos em prazer, seus lábios carnudos entreabertos num meio sorriso prazeroso. era o meu paraíso. Uni meus lábios no dele para tentar controlar o barulho desconexo que saia de minha boca, ele me apertou ainda mais sem vacilar uma só vez com a sincronia da penetração. Os primeiros tremores chegaram ao meu corpo logo após eu içar meu quadril para aumentar nosso contato, senti minha intimidade se contrair em seu membro e logo meu corpo não aguentou mais e cedeu, me fazendo chegar ao ápice de um orgasmo tão prazeroso que me deixou tonta e com lágrimas nos olhos.
O problema era o depois... Depois da onda de prazer, ainda existia todas as coisas não ditas, os problemas não solucionados, depois existia uma coisa que eu não sei se saberia lidar. desabou seu corpo sobre o meu e enterrou o rosto em meu ombro, seu perfume amadeirado me cercou junto ao cheiro de cigarro e menta, e esse era quase o cheiro dele natural. Após alguns segundos eu senti seus braços se preparando para erguer seu corpo e aquilo me causou uma onda enorme de desespero.
- Não... por favor...
Com um suspiro profundo ele assentiu e me enrolou ainda mais em seus braços. Eu não seria capaz de contar os segundos, minutos ou horas que nós passamos ali em um silêncio, pela primeira vez confortável, com a respiração se apaziguando, com a sensação de paz retornando aos poucos para nossa relação depois de tantos dias longe. Dessa vez eu não queria simplesmente dormir em seus braços, eu não queria levantar, me limpar e sair para seu show, eu não queria sair dali.
Eu nunca entendi o motivo de ter tanto medo de relacionamentos, de dizer que amava, de amar com facilidade, nunca entendi o motivo que me fez protelar por três anos e meio para entender tudo isso. Mas aqui, com o corpo dele em cima do meu, com a ponta de seus dedos enrolando mechas de meu cabelo, com seus lábios ainda depositando beijos serenos por meu ombro eu senti tudo, todas as coisas do mundo e soube: eu o amava, amava cada parte de seu corpo, cada jeito, cada sorriso, cada tatuagem, cada letra da vida dele. Por anos eu me escondi atrás de uma casca, por anos eu fingi que ele não significava nada demais para mim, por anos eu fingi que ele era algo que eu nunca queria ser, ou ter por medo dos tabloides, mas viver uma vida de mentiras não é tão fácil quanto parece. Em todas as páginas da minha vida teria algo que o lembraria, cada palavra teria uma letra para ele. Demorei um tempo para entender que tudo que eu escrevo, escrevo sobre ele e sobre aquilo que eu sinto por ele.
A sensação que eu tinha em seus braços era tão terna que eu não via necessidade de buscar qualquer outra coisa que pudesse me tirar ou que pudesse me atrapalhar de ficar envolvida com o corpo dele e a sensação mais prazerosa do mundo que era ouvir a voz dele bem perto do meu ouvido me chamando de “amore”.
- Você sabia que eu posso ficar a vida inteira deitado assim com você sem reclamar? - ele falou, com uma das mãos alisando o meu cabelo e a outra me apertando ainda mais em seu corpo.
- Será que tenho direito a um desejo melhor? Não é possível que exista um desejo melhor... - colei nossos lábios mais uma vez.
sorriu, posicionou os braços um de cada lado do meu corpo e voltou a me encarar em silêncio.
- Acho que precisamos conversar, não é? - balancei a cabeça em concordância, mas as palavras ficaram presas em minha garganta. - Com vergonha? - ele perguntou, deslizando uma das mãos por meu braço e beijando minha bochecha.
- Da crise de ciúme? Talvez...
- Amore, você não é de ferro... modéstia parte eu gosto de te ver bravinha com ciúmes. Eu só não gosto quando você usa o que temos para me magoar, mesmo que não seja propositalmente...
- É sobre isso que eu quero falar... - o cortei rápida, juntando coragem.
A fisionomia de ficou um pouco mais séria, sua testa franziu e sua boca se fechou em uma linha. Eu não preciso ler pensamentos para saber exatamente aquilo que ele pensava, estava escrito em letras enormes em sua testa: não termine comigo!
- , se você está montando um roteiro em sua cabeça, por favor me diga qual é. Eu ainda não me tornei um telepata famoso.
- Não seja idiota... - continuou me encarando sem demonstrar nenhum sorriso em resposta. - Eu andei pensando bastante em nós dois, em toda nossa trajetória... em tudo que passamos. Eu pensei em você e nas suas manias, nos seus gostos culinários, do jeito que você ajeita seus óculos, na forma que sua testa franze até conseguir chegar no tom exato do violão, da guitarra... pensei até mesmo no jeito que você se entrega no microfone. - fiz uma pausa e esperei até ele falar alguma coisa.
- E chegou a alguma conclusão?
- Eu não sei se você já entendeu que isso não é uma despedida ou um término... - ele fechou os olhos e abaixou a cabeça até meu pescoço respirando fundo e sorrindo. - Eu cheguei à conclusão de que é bonito te ver existir e eu me sinto como uma flor vendo o sol nascer todas as vezes que estamos juntos... , você me dá energia para sorrir depois de um dia exaustivo, esperança por um amanhã ainda mais bonito. Eu não sei se são as famosas borboletas no estômago, ou no meu coração, mas toda vez que você canta, sua voz me deixa em sonho sem precisar dormir.
Ele ergueu a cabeça e pela primeira vez em meses vi seus olhos lacrimejarem de felicidade, sua feição exibia um semblante surpreso, mas inteiramente feliz.
- Foi fácil se apaixonar por você, amore, eu fiz isso a três anos e meio atrás, fiz hoje pela manhã e tenho absoluta certeza que farei amanhã também… - a voz dele era tão suave que eu pude me sentir na asa de uma borboleta.
- Mesmo que eu esteja a 15597 km de distância? - eu perguntei, beijando seus lábios e fungando, tentando afastar o bolor na garganta. - Promete?
- Principalmente a 15597 km de distância, amore.
Fim?
Nota da autora: Ok. Ok! Definitivamente eu aprendi a não julgar nada pelo título... Eu não sei em qual ponto ou delírio coletivo eu comecei a pensar em uma história romântica! Não estava em meus planos me apaixonar por esse casal, assim como não estava em meus planos me apaixonar pela ideia dos dois juntos e muito menos não estava em meus planos esse final... Não é novidade, mas eu sempre me surpreendo demais com as coisas que eu escrevo, com os personagens que eu crio e com as histórias que eu imagino, e no final eu saio completamente realizada e feliz.
Em minha opinião essa foi uma das coisas mais gostosas e suaves que eu escrevi esse ano, eu não achei que fosse ser tão fácil imaginar e pôr no papel. A ideia de e conquistou meu coração e me fez sonhar acordada durante duas noites inteiras (foi louco escrever tão rápido).
Eu queria agradecer demais a todos os leitores que chegaram até aqui de paraquedas, a todos que me acompanham, a todos que estão de alguma forma presente na minha vida. Vocês são todo o combustível que precisamos para não abandonar esse mundo louco, vocês são todo o combustível que eu levo para a vida. Obrigada, obrigada e obrigada: all the love ever.
As minhas outras ficstapes (E SÃO MUITAS) ainda não foram todas postadas (ou eu não tinha o link na hora que enviei essa) e eu vou disponibilizar todas no meu grupo do facebook, venham!
Sejam bem vindas a esse mundo louco que eu me meti e vou esperar ansiosa os feedbacks!!!
Com muito amor e carinho, Analua.
Outras Fanfics:
» Between Secrets (Restritas - Originais - Em Andamento)
» The Take (Baseado na música de Tory Lanez - Finalizada - Restritas)
Nota da beta:
Lembrando que qualquer erro nessa atualização e reclamações somente no e-mail.
Em minha opinião essa foi uma das coisas mais gostosas e suaves que eu escrevi esse ano, eu não achei que fosse ser tão fácil imaginar e pôr no papel. A ideia de e conquistou meu coração e me fez sonhar acordada durante duas noites inteiras (foi louco escrever tão rápido).
Eu queria agradecer demais a todos os leitores que chegaram até aqui de paraquedas, a todos que me acompanham, a todos que estão de alguma forma presente na minha vida. Vocês são todo o combustível que precisamos para não abandonar esse mundo louco, vocês são todo o combustível que eu levo para a vida. Obrigada, obrigada e obrigada: all the love ever.
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