Capítulo Único
Darren dava uma última olhada no espelho ajeitando os dois botões que se encontravam na ponta da sua manga cumprida preta, ele sempre imaginou todos os detalhes daquele dia, mas principalmente se imaginava naquele o momento, o momento que ele se olharia no espelho um pouco antes de se casar, a última visão dele mesmo como homem solteiro.
Sempre foi do tipo romântico, havia sido muito esforçado durante a sua infância e principalmente durante sua adolescência, não nascerá rico, conquistou tudo o que tinha com muito esforço, tinha uma boa fortuna, mas nos auges dos seus trinta e dois anos a vontade que sempre esteve presente, mas parecia gritar dentro de si, o estava tomando, faltava algo, para ele faltava e essa falta era sobre outra pessoa, sempre sonhou em se casar e constituir uma família, sempre sonhou em encontrar aquela pessoa na qual ele pudesse olha-la e chama-la com todo o significado que aquela expressão tinha de “o amor da sua vida”.
Ele acreditava em muitas coisas, mas o amor era uma das mais fortes, quando foi apresentado a Clarice o mundo parou e ele sabia que iria se casar com ele, a mulher era estonteante e não só na aparência, ela apresentava as melhores qualidades que ele considerava em alguém, tinha se apaixonado e da melhor maneira possível.
Decidiu que estava bom o suficiente depois da última boa olhada, pegou seu paletó em cima da poltrona de tom bege que se encontrava ao lado, um metro de distância do espelho, o vestiu com um sorriso de orelha a orelha e resolveu que era melhor seguir até o local da cerimônia, não queria esbarrar com Clarice sem intenção e acabar vendo-a vestida de noiva, queria ter a experiência de vê-la entrando.
Foi até a porta da sala destinada a ele, que ele pedira para ficar sozinho, igual a sua noiva, mas ela se encontrava em uma do outro lado do corredor um pouco mais a frente, ele andou decidido a passar reto por sua porta e até o final, mas foi interrompido pelo barulho de algo caindo, por um momento ficou com medo dela ter se machucado, por isso se aproximou da porta, tentando escutar se estava tudo bem.
— Eu nem acredito que deu certo, que tudo deu certo.
Ele pode escutar através da porta o suspiro, que tinha seu tom de alívio sair pela boca da mulher que em pouco minutos seria a sua esposa, sorriu pensando que ela também estaria nervosa com todo o acontecimento da noite, pensou em entrar, ter seu momento com a mulher pelo qual era apaixonado antes da troca dos votos, colocou a mão na maçaneta chegando a fazer uma leve pressão nela para baixo, mas seus pensamentos mudaram em segundos quando escutou uma voz masculina respondendo-a, uma voz masculina que não era a dele.
— Nem eu, eu sabia que o plano era um bom plano e que você ia segui-lo, afinal temos a mesma ambição.
Darren que se encontrava imóvel, escutou o barulho em seguido vindo de dentro da sala, o barulho no qual sua mente dizia o que era, mas todo o restante do seu corpo tentando o fazer negar, o som era de beijos.
Não sabia por quanto tempo estava ali, parecia uma eternidade, mas achasse que estivesse passado tudo isso mesmo alguém já teria vindo atrás dele, afinal ele e a mulher no espaço separado por uma porta dela, eram as estrelas da noite. Tentou se controlar, se controlar o suficiente para criar uma fumaça em sua mente e fingir que aquilo não era nada, voltar a seguir seu caminho pelo corredor e voltar seu foco a ocasião, mas tentar se controlar não o suficiente e quanto uma fresta pequena de claridade surgir em sua mente através da fumaça, empurrou o que restava da maçaneta para baixo.
Sua futura noiva vestia uma lingerie branca de renda, encontrava-se sentada no sofá que tinha ali, ofegante o que ele não sabia dizer se era pelo susto ou pelo que estava fazendo ali, o que foi interrompido assim que Darren adentrou a sala, ele se prendeu olhando sua amada, achou que ia desmaiar ali mesmo e quando virou um pouco a sua cabeça, pelo fato da outra pessoa presente no recinto ter soltado as palavras “Não é isso o que você está pensando, eu posso, a gente pode explicar”, ele não achou que ia desmaiar, achou que ia ter um ataque ali mesmo, então aquela era a voz masculina, o homem que estava com todos os botões da sua camisa aberta e o zíper da sua calça fechado somente pela metade, era seu primo, o mesmo que apresentara Clarice a ele, dois anos atrás.
— Eu não acredito que você fez isso comigo, como você pode? Eu te amei, te amei como...
— Como um idiota, como um trouxa, foi assim que você me amou, você me amou como eu quis que você me amasse.
As palavras dela o perfuravam, pareciam que elas se enfiavam em seu peito, rasgavam o seu coração e depois puxavam o que restou dele para fora, se perguntou onde tinha errado, em que momento não percebeu tudo que estava acontecendo bem na sua frente.
Ele manteve a expressão neutra, não tentando parecer forte, mas em choque, sentiu sua mente tentando respirar para que ele conseguisse responder algo.
— Como você pode? Como você pode? — Seus pulmões tentando com potência máxima encontrar ar o suficiente. — Eu te amei Clarice, eu te amei como nunca amei ninguém, como talvez nunca vá amar novamente, eu não acredito que estou escutando tudo isso de você.
— Não acredita porque não quer.
— Clarice calma...
O outro homem presente tentou o que pareceu acalmá-la.
— Calma o que Lucas? Você não percebeu que já era, já foi tudo por água abaixo, então eu vou falar tudo que eu me segurei nesse tempo.
— Eu não preciso que você me defenda Lucas, obrigada. — O tom irônico na sua voz era claro. — Fala Clarice, pode falar, fala tudo que você tem para falar.
— Desde o começo foi sobre interesse, quando Lucas me contou do primo dele rico que tinha esse sonho bobo de encontrar alguém especial e bla bla, eu pensei ele deve ser bobinho e eu preciso de dinheiro, então eu pensei em um plano e convenci o Lucas a nos apresentar, é uma pena que tudo foi por interesse, porque a primeira vez que eu te vi, te achei um gato, mas como pode alguém ser tão bonito e tão trouxa? Porque sinceramente acreditar nas baboseiras que eu te contei ao longo desses anos, inclusive a traição com seu próprio primo que você nunca desconfiou, eu só queria o seu dinheiro Darren.
Darren sentiu outras coisas começando a se misturar com a tristeza, não era raiva, era algo beirando a decepção, assentia de leve com a cabeça, o que havia deixado Clarice confusa e Lucas ainda calado, mas assentia mais para si mesmo tentando assimilar quando alguém poderia falar aquilo tranquilamente, do que para eles.
— Que nojo, eu queria estar com raiva, queria socar a cara dele e nunca mais olhar na sua, mas isso não vai resolver nada, eu só estou decepcionado e com nojo, nojo pela mentira e pela manipulação, eu estava arrasado quando entrei aqui e ainda estou, mas ver você falando dessa maneira sobre meus sonhos, me fez perceber que eu estou chateado por um momento ruim eu tive milhares de momentos ruins, então o que é mais um momento para mim? Eu estou chateado por algo que nunca existiu, uma pessoa que nunca existiu, porque você é uma interesseira, isso é tudo o que você é, e eu espero que eu cure, ou pelo menos diminuía a altura do revelo dessas cicatrizes de confiança que você vai deixar em mim, porque talvez ainda tenha alguém por ai, você pode achar bobo, bobo e idiota é fazer o que você estava disposta a fazer com a minha vida, me deixar viver uma mentira, eu vou embora, vocês podem ficar ai, junto com a companhia do ego podre de vocês, avisem os convidados que o casamento está cancelado.
Os dois escutaram tudo com atenção, a verdade é que aquela seria a última reação que esperavam dele se caso ele descobrisse tudo algum dia, estavam atordoados e Darren de coração partido, tinha orgulho do patrimônio que tinha conquistado, mas não sabia que aquele seria o motivo para alguém vir a ser sua maior mágoa, ele sabia que ia precisar se reerguer, mas ia conseguir, afinal ia precisar muito mais do que isso para mata-lo, porque era apenas mais um momento ruim, no meio de milhares deles.
Sempre foi do tipo romântico, havia sido muito esforçado durante a sua infância e principalmente durante sua adolescência, não nascerá rico, conquistou tudo o que tinha com muito esforço, tinha uma boa fortuna, mas nos auges dos seus trinta e dois anos a vontade que sempre esteve presente, mas parecia gritar dentro de si, o estava tomando, faltava algo, para ele faltava e essa falta era sobre outra pessoa, sempre sonhou em se casar e constituir uma família, sempre sonhou em encontrar aquela pessoa na qual ele pudesse olha-la e chama-la com todo o significado que aquela expressão tinha de “o amor da sua vida”.
Ele acreditava em muitas coisas, mas o amor era uma das mais fortes, quando foi apresentado a Clarice o mundo parou e ele sabia que iria se casar com ele, a mulher era estonteante e não só na aparência, ela apresentava as melhores qualidades que ele considerava em alguém, tinha se apaixonado e da melhor maneira possível.
Decidiu que estava bom o suficiente depois da última boa olhada, pegou seu paletó em cima da poltrona de tom bege que se encontrava ao lado, um metro de distância do espelho, o vestiu com um sorriso de orelha a orelha e resolveu que era melhor seguir até o local da cerimônia, não queria esbarrar com Clarice sem intenção e acabar vendo-a vestida de noiva, queria ter a experiência de vê-la entrando.
Foi até a porta da sala destinada a ele, que ele pedira para ficar sozinho, igual a sua noiva, mas ela se encontrava em uma do outro lado do corredor um pouco mais a frente, ele andou decidido a passar reto por sua porta e até o final, mas foi interrompido pelo barulho de algo caindo, por um momento ficou com medo dela ter se machucado, por isso se aproximou da porta, tentando escutar se estava tudo bem.
— Eu nem acredito que deu certo, que tudo deu certo.
Ele pode escutar através da porta o suspiro, que tinha seu tom de alívio sair pela boca da mulher que em pouco minutos seria a sua esposa, sorriu pensando que ela também estaria nervosa com todo o acontecimento da noite, pensou em entrar, ter seu momento com a mulher pelo qual era apaixonado antes da troca dos votos, colocou a mão na maçaneta chegando a fazer uma leve pressão nela para baixo, mas seus pensamentos mudaram em segundos quando escutou uma voz masculina respondendo-a, uma voz masculina que não era a dele.
— Nem eu, eu sabia que o plano era um bom plano e que você ia segui-lo, afinal temos a mesma ambição.
Darren que se encontrava imóvel, escutou o barulho em seguido vindo de dentro da sala, o barulho no qual sua mente dizia o que era, mas todo o restante do seu corpo tentando o fazer negar, o som era de beijos.
Não sabia por quanto tempo estava ali, parecia uma eternidade, mas achasse que estivesse passado tudo isso mesmo alguém já teria vindo atrás dele, afinal ele e a mulher no espaço separado por uma porta dela, eram as estrelas da noite. Tentou se controlar, se controlar o suficiente para criar uma fumaça em sua mente e fingir que aquilo não era nada, voltar a seguir seu caminho pelo corredor e voltar seu foco a ocasião, mas tentar se controlar não o suficiente e quanto uma fresta pequena de claridade surgir em sua mente através da fumaça, empurrou o que restava da maçaneta para baixo.
Sua futura noiva vestia uma lingerie branca de renda, encontrava-se sentada no sofá que tinha ali, ofegante o que ele não sabia dizer se era pelo susto ou pelo que estava fazendo ali, o que foi interrompido assim que Darren adentrou a sala, ele se prendeu olhando sua amada, achou que ia desmaiar ali mesmo e quando virou um pouco a sua cabeça, pelo fato da outra pessoa presente no recinto ter soltado as palavras “Não é isso o que você está pensando, eu posso, a gente pode explicar”, ele não achou que ia desmaiar, achou que ia ter um ataque ali mesmo, então aquela era a voz masculina, o homem que estava com todos os botões da sua camisa aberta e o zíper da sua calça fechado somente pela metade, era seu primo, o mesmo que apresentara Clarice a ele, dois anos atrás.
— Eu não acredito que você fez isso comigo, como você pode? Eu te amei, te amei como...
— Como um idiota, como um trouxa, foi assim que você me amou, você me amou como eu quis que você me amasse.
As palavras dela o perfuravam, pareciam que elas se enfiavam em seu peito, rasgavam o seu coração e depois puxavam o que restou dele para fora, se perguntou onde tinha errado, em que momento não percebeu tudo que estava acontecendo bem na sua frente.
Ele manteve a expressão neutra, não tentando parecer forte, mas em choque, sentiu sua mente tentando respirar para que ele conseguisse responder algo.
— Como você pode? Como você pode? — Seus pulmões tentando com potência máxima encontrar ar o suficiente. — Eu te amei Clarice, eu te amei como nunca amei ninguém, como talvez nunca vá amar novamente, eu não acredito que estou escutando tudo isso de você.
— Não acredita porque não quer.
— Clarice calma...
O outro homem presente tentou o que pareceu acalmá-la.
— Calma o que Lucas? Você não percebeu que já era, já foi tudo por água abaixo, então eu vou falar tudo que eu me segurei nesse tempo.
— Eu não preciso que você me defenda Lucas, obrigada. — O tom irônico na sua voz era claro. — Fala Clarice, pode falar, fala tudo que você tem para falar.
— Desde o começo foi sobre interesse, quando Lucas me contou do primo dele rico que tinha esse sonho bobo de encontrar alguém especial e bla bla, eu pensei ele deve ser bobinho e eu preciso de dinheiro, então eu pensei em um plano e convenci o Lucas a nos apresentar, é uma pena que tudo foi por interesse, porque a primeira vez que eu te vi, te achei um gato, mas como pode alguém ser tão bonito e tão trouxa? Porque sinceramente acreditar nas baboseiras que eu te contei ao longo desses anos, inclusive a traição com seu próprio primo que você nunca desconfiou, eu só queria o seu dinheiro Darren.
Darren sentiu outras coisas começando a se misturar com a tristeza, não era raiva, era algo beirando a decepção, assentia de leve com a cabeça, o que havia deixado Clarice confusa e Lucas ainda calado, mas assentia mais para si mesmo tentando assimilar quando alguém poderia falar aquilo tranquilamente, do que para eles.
— Que nojo, eu queria estar com raiva, queria socar a cara dele e nunca mais olhar na sua, mas isso não vai resolver nada, eu só estou decepcionado e com nojo, nojo pela mentira e pela manipulação, eu estava arrasado quando entrei aqui e ainda estou, mas ver você falando dessa maneira sobre meus sonhos, me fez perceber que eu estou chateado por um momento ruim eu tive milhares de momentos ruins, então o que é mais um momento para mim? Eu estou chateado por algo que nunca existiu, uma pessoa que nunca existiu, porque você é uma interesseira, isso é tudo o que você é, e eu espero que eu cure, ou pelo menos diminuía a altura do revelo dessas cicatrizes de confiança que você vai deixar em mim, porque talvez ainda tenha alguém por ai, você pode achar bobo, bobo e idiota é fazer o que você estava disposta a fazer com a minha vida, me deixar viver uma mentira, eu vou embora, vocês podem ficar ai, junto com a companhia do ego podre de vocês, avisem os convidados que o casamento está cancelado.
Os dois escutaram tudo com atenção, a verdade é que aquela seria a última reação que esperavam dele se caso ele descobrisse tudo algum dia, estavam atordoados e Darren de coração partido, tinha orgulho do patrimônio que tinha conquistado, mas não sabia que aquele seria o motivo para alguém vir a ser sua maior mágoa, ele sabia que ia precisar se reerguer, mas ia conseguir, afinal ia precisar muito mais do que isso para mata-lo, porque era apenas mais um momento ruim, no meio de milhares deles.
Fim
Nota da autora: Oiii amores, tudo bem?
Perdão se a história não ficou muito boa, a verdade é que esse tipo de plot é completamente diferente das coisas que estou acostumada a escrever, mas as vezes é bom sair da zona de conforto, obrigada para quem leu até aqui, espero que tenham gostado <3
Outras Fanfics:
➺ Between Walls
➺ Immergere
➺ My Universe
➺ One Chance
Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.
Perdão se a história não ficou muito boa, a verdade é que esse tipo de plot é completamente diferente das coisas que estou acostumada a escrever, mas as vezes é bom sair da zona de conforto, obrigada para quem leu até aqui, espero que tenham gostado <3
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