Capítulo Único
– Transando no banheiro de uma balada, ? – A mulher massageou a cabeça, quando entrou na casa com a roupa de ontem. Jack a esperava sentado, tinha os olhos fixo nela.
– Pode me matar amanhã? Eu ainda estou com dor de cabeça, mesmo eu tendo tomado remédio na casa do Thiago. – Suspirou, jogando-se ao lado dele no sofá.
– Eu já não sei mais o que eu faço com você, ! – O homem a ignorou. – Transando no carro na semana passada, e agora em um banheiro imundo de uma balada... Porra, você vai se afundar e me afundar junto! Não dá para controlar esse fogo no rabo e transar em um lugar seguro?! Como pessoas normais que tem a fama que você tem fazem?! – Já tinha subido vários decibéis de seu tom de voz.
– Jack... – Tentou respondê-lo.
– Não, chega, eu estou falando sério, . Eu estou cansado de apagar incêndio seu! É muito desgastante. – O homem bufou alto, tinha as narinas infladas, nunca tinha o visto tão bravo, talvez tivesse passado dos limites com o jogador da noite passada.
– Desculpa, eu não planejei nada, as coisas foram acontecendo, eu fui perdendo o controle, você sabe, eu gosto muito de aventuras, eu só vou pensar depois nas consequências.
– Sabe qual é a minha vontade? – Ela negou com a cabeça. – Te deixar...
– Jack...
– Caladinha! – o assessor encarou a atriz. Pegou o celular, e abriu no Twitter. O nome de e de Thiago Alcantara estava nos top trends, abriu uma das menções, lendo-a em voz alta. – Uma atriz ganhadora de Óscar, tendo esse tipo de comportamento, e o exemplo para as crianças? – suspirou, revirando os olhos. – Outro tweet: Eu não posso julgá-la quem nunca deu dentro de um banheiro de balada que atire a primeira pedra. – ela tentou segurar a risada, mas falhou, recebendo um olhar fulminante de Jack, logo o riso foi substituído por uma careta sem graça. – Quem vai querer contratar uma pessoa tão promiscua como essa? Que ela flope cada vez mais! É disso para baixo, eu li os mais fofinhos, . – A moça segurou a cabeça com as mãos, tinha os olhos fechados, sabia que merecia aquela bronca.
– Eu não vou mais me justificar, ok? – O encarou. – Eu errei, eu sei. Sou safada mesmo, piranha, vadia, e seja lá mais o que as pessoas me rotulam... Eu sou assim, eu simplesmente não me importo. – Mordeu os lábios. – Eu não vou me envolver em mais nenhuma polêmica, eu faço o que você quiser, mas não me larga. – Fez um biquinho. Jack não só assessorava a carreira de , eles eram amigos.
– Eu vou te dar mais uma chance, ok? Você vai fazer tudo o que eu mandar para limparmos sua imagem, e conseguirmos trabalhos novos, combinado? – abriu um pequeno sorriso. – Olha, eu não quero podar sua vida sexual, você tem que transar mesmo, até o dia amanhecer... – Sorriu para ela, anuviando o clima. – Mas infelizmente você é uma pessoa pública, e algumas coisas repercutem muito mais por isso.
– Eu sei, Jack, eu sei. Eu amo o que eu faço, mas detesto a fama e o principal, não ter privacidade alguma.
– Por agora, você vai ficar quietinha dentro de casa, não vai usar nenhuma rede social, e eu vou cuidar de tudo, vou apagar mais um incêndio. – Ela fez uma caretinha engraçada. – Estou até aliviado depois de despejar tudo em você, alma lavada.
– Deprimente, hein? – soltou um riso nervoso. – Eu só quero tomar um banho e fingir que aquela noite de ontem não existiu.
– Faça, eu preciso fazer algumas ligações, e pensar em uma estratégia para lidar com tudo isso, só, por favor, não interaja nas redes socias, nem um story sequer, estamos entendidos? – balançou a cabeça afirmativamente.
E foi isso que ela fez assim que Jack saiu de sua casa. Tomou um banho, vestiu um roupão e se jogou na cama, ficou olhando o celular por incontáveis minutos, mordeu os lábios, puxou o aparelho para si, e ficou encarando a tela pipocar com tantas mensagens, não resistiu e o desbloqueou. Sua mãe, sua irmã, Jack, Thiago, Bruno, Austin e ficou surpresa quando viu uma mensagem de quem menos esperava, e acabou optando por começar com aquela, afinal, sempre foi pega por ser uma pessoa muito curiosa.
Ninguém merece ter a intimidade exposta dessa forma. Sinto muito que esteja passando por isso, se precisar, estou aqui, heartbreaker! Ah, queria eu estar naquele banheiro com você.
xX
Ela gargalhou, porque aquela mensagem era tão a cara de ... Suspirou, acabando por responder com um emoji de risada, apenas. Não podia e não queria dar trela para ele, sabendo que poderia despertar esperanças, e ela não dava esperanças. Foi impossível que pensamentos não inundassem sua mente naquele momento.
FLASHBACK
– Você é diferente de todas as mulheres que tive na minha cama... – revirou os olhos, abrindo um sorriso sarcástico.
– Tenho certeza que você fala isso para todas. – Pontuou, enquanto se sentava na cama após tomar um banho e já estar devidamente vestida. Tinham se conhecido na premiação da Nickelodeon e a química tinha sido intensa, tanto que na primeira oportunidade que tiveram naquela noite tinham ido parar naquele quarto de motel.
– Claro que não. – A atriz o encarou, risonha, se sentando ao lado dele na cama, e colocando seus sapatos. – Você é dura na queda, hein?
– Eu só não caio em papinho de macho desesperado por tentar repetir a transa. – Ele a encarou, surpreso. Nunca pensou que fosse escutar aquilo dela.
– Ah, e não foi bom para você que não mereça um remember? A nossa química nessa cama foi algo de outro mundo, eu não senti sozinho. – torceu a boca, ponderando.
– Foi bom, e sim teve química, isso eu não posso negar, mas eu raramente repito uma transa, a não ser que eu esteja muito afim, sabe como é, gosto de explorar outros corpos. – Piscou para ele, se levantando da cama.
– Toda mulher que transou comigo ficou caída aos meus pés, eu sou uma pessoa apaixonante, de acordo com elas. Só para frisar que não estou sendo convencido. – levantou as mãos em sinal de rendição.
– Claro, de jeito nenhum que você está sendo convencido. – Riu, sarcástica, negando com a cabeça. – Acho que você não está mesmo acostumado com alguém que não te bajule.
– Isso não é verdade. – A viu caminhar pelo quarto a procura de sua bolsa. – Fica, vai? Vamos pernoitar.
– Não estou afim, eu quero dormir sozinha hoje. – Achou o que procurava, segurando-a.
– E como vai ser? Eu quero te encontrar de novo. – sorriu, e se aproximou dele, seus rostos tão próximos que suas respirações se misturavam.
– É só quando eu quero, meu bem. Não me procure, se eu quiser e quando eu quiser eu entro em contato com você. – a encarou, petrificado.
– Me dá seu número, pelo amor de Deus, mulher. – negou.
– Eu já tenho o seu. – Deu um selinho no homem, e como um jato, saiu do quarto, deixando-o estático para trás. Ele respirou fundo e tudo o que sentia era o cheiro do perfume da mulher pelo ambiente.
Ele não sabia lidar com uma mulher daquelas, e o comentário que ela havia soltado não era uma mentira, ele não estava acostumado com rejeições, mas aquela mulher... abriu um sorriso, incrédulo, ele tinha gostado do jeito dela, e sabia que estava perdido, porque não ia sossegar até que tivesse um remember, estava viciado em , só não sabia ainda que aquilo seria sua perdição, afinal, não era uma mulher de um homem só.
FIM DO FLASHBACK
foi a única ficada de que havia se apegado, e como ele mesmo havia a apelidado na mensagem, a mulher tinha mesmo destruído seu coração com um belo não quando ele quis repetir a transa, e principalmente, por ele ter se apegado. O rapaz chegou a se declarar para ela dizendo que nunca mais tinha achado uma mulher igual a ela, e que faria de tudo para tê-la em seus braços. Mas prezava e muito sua liberdade, e não havia escondido isso dele, que se envolveu com ela sabendo dos termos. Depois da ligação, as chances dele fora para zero, ela não estava louca de se envolver com ele novamente, sabendo que naquele desespero, era fácil que ele se apaixonasse por ela.
***
– Depois de quase sete meses de reclusão, e afastamento total das redes sociais, me diga que tem um trabalho para mim, estou entediada e cansada de não fazer nada. – suspirou, vendo Jack aparecer com um sorriso no rosto.
– Tenho. Aparentemente o escândalo da foto foi abafado com sucesso, afinal, apareceu gente pior que você. – Gargalharam. – Só não faz mais isso, combinado? – Ela assentiu.
– Me conta, que tipo de trabalho tem para mim?
– É um papel como coadjuvante em uma série da Netflix. – Ela fez uma caretinha, abraçando as pernas sentada no sofá. – Eu sei, eu sei, a melhor atriz coadjuvante do ano de 2018 vai ter que se submeter ao mundo das séries, quando claramente tem preferências por filmes.
– Tá, tudo bem, trabalho é trabalho, não estou desmerecendo esse. – Deu de ombros.
– Precisamos inserir sua imagem nas redes de forma positiva e principalmente, de forma gradativa e esse papel caiu do céu. – assentiu. – Olha, essa é a pasta com as informações do trabalho, se você for topar.
– Eu jamais negaria, e as séries estão super em alta, não? – Tentou ver aquilo por outra perspectiva, mas era perceptível que não estava 100% contente com o trabalho.
– Exatamente, estão mesmo em alta. E é a Netflix! – Jack a sacudiu pelos ombros.
– Sim, é. E se a Netflix me quer, apesar dos escândalos, isso é maravilhoso. – Pegou a pasta, abrindo-a e lendo as informações de seu papel. – Ok, uma garota de 20 anos que vai se envolver com um rapaz que já estará envolvido com a mãe dela que é a protagonista da série. Sensacional. – Jack gargalhou da cara que ela fez.
– Diferente, não? Eu confesso que gostei, tem a ver com a sua vida. – Ela deixou a pasta de lado, encarando Jack, pedindo mais explicações. – Safada igual a você.
– Safada eu sou mesmo, mas não sou safada destruidora de lares, tá? Eu jamais fiquei com caras que tinham namoradas ou eram casados, e o principal, eu nunca dei em cima dos namorados da minha mãe, isso é asqueroso. – Fez um biquinho, fingindo estar magoada.
– Jura? – o fuzilou com o olhar. – Uau!
– Nossa, Jack, você tem uma péssima imagem de mim. Que belo amigo eu fui arrumar, hein? Meu Deus. – ela apertou a barriga dele, fazendo-o gritar.
– Para com isso, sua louca. – A encarou, bravo.
– Então respeita minha história, homem.
– Ok, era brincadeira. – Sorriu. – Mas tem algo que não é, e eu preciso compartilhar sobre o trabalho, antes que assine o contrato... – Ele voltou a ficar sério e aquilo preocupou .
– Ok, seja o que for eu estou preparada, pode soltar a bomba. – O encarou, extremamente curiosa.
– fará o papel do rapaz que vai se envolver com a filha e com a mãe. – piscou os olhos, aturdida.
– Não vai dar certo. Merda, merda, merda. – Ela fechou os olhos, negando.
– Você acha que ele não será profissional? Por favor, isso seria de uma falta de ética sem tamanho.
– Eu não me preocupo em contracenar com , eu me preocupo é com os bastidores mesmo. Eu prometi que não me envolveria com ele novamente, porque ele quer coisas que eu não posso lhe dar.
– Será que ele já não te superou e está com outras? – Jack indagou.
– Não é querendo me gabar, mas acho que não, com certeza ainda quer alguma coisa comigo, e aí é que é o problema.
– Ok, mas por que tanta convicção nisso?
– Simplesmente porque no dia da foto vazada ele fez questão de me mandar uma mensagem dizendo que sentia muito e que queria ser o Thiago no banheiro comigo. – Sorriu.
– O que você faz com os homens para enfeitiçá-los desse jeito? Me ensina. – gargalhou. – Porque, ao contrário de você, eu quero um homem para chamar de meu.
– Acho que com foi o desinteresse da minha parte, o pouco caso, isso o instigou. Ele é um tremendo de um gostoso, e ele sabe disso porque deve escutar a todo momento, fora que na cama... – Fez uma cara maliciosa. – Mas eu não quis repetir, e a insistência dele me fez perder o pouco interesse que eu ainda poderia vir a ter. – Jack negou com a cabeça.
– Desinteresse, humm... Anotado para os próximos boys. – Sorriu, arrancando uma risada de . Ela foi folheando as páginas sobre a personagem e um sorriso foi surgindo em sua face.
– Ah, meu Deus. Retiro o que eu disse sobre a personagem, ela não vai ser fura olho da mãe, ela vai se relacionar com ele sem saber, e bom, ela é lésbica, só que ainda não assumiu e está confusa. Amei, muito diferente dos dramalhões que eu me enfio.
– E você menosprezando por ser série. – revirou os olhos ao comentário ácido de Jack.
– São projeto que geralmente são mais longos e com aceitação do público pode ter mais temporadas, e isso é a parte que eu não gosto, ok? Ficar tachada muito tempo com uma personagem só.
– Mas nada te impede de você fazer filmes enquanto grava a série, muito atores fazem isso, por Deus, . Você é tão avançada para umas coisas, e retrógradas para outras.
– Você tem razão. – Jack piscou os olhos, surpreso. – Não faz essa cara, você está certo, e eu estou mesmo fazendo drama por pouca coisa. Eu tenho é que ficar plenamente feliz porque depois de tudo ainda consegui trabalho.
– Sim, exatamente. – sorriu. – E graças a quem mesmo?
– Você! – Pulou no homem, o abraçando. – Se tem melhor assessor no mundo eu desconheço. – o encheu de beijos na bochecha, o fazendo rir.
***
entrou no set de filmagem em expectativa, afinal, depois de tanto tempo longe dos holofotes, e mais de um ano e meio sem atuar em nada, sentir aquele ambiente era algo surreal. Como amava aquilo, ver gente correndo para lá e para cá, câmeras das mais diversas, contrarregras, bastidores, aquilo era sua vida.
– Ah, oi, . Estávamos te esperando. – a encarou com cenho franzido. – Que falta de educação a minha, me chamo Celly, sou a assistente do diretor Fincher. Vou te mostrar onde vai ficar seu camarim. O elenco todo você já conheceu pela leitura dos textos, né?
– Oi, Celly, o prazer é todo meu. Agradeço muito por me mostrar onde será o lugar que ficarei alguns bons meses enfurnada. – elas riram, e Celly percebeu que a atriz era bem simpática. começou a segui-la. – Não, na verdade, eu fui a última escalada e não consegui participar da leitura.
– Claro, é verdade, que a cabeça a minha. – Celly comentou, lembrando-se do motivo disso. Tinham chamado duas atrizes diferentes para aquele papel, todas recusaram, acabou sobrando , que entrou por último, isso a impediu de participar da reunião de elenco.
A assistente mordeu os lábios, se perguntava se era mesmo tão profissional para a Netflix não se importar de sujar a imagem com ela, afinal, sua vida pessoal era bem... conturbada e estava na geladeira exatamente por esses motivos.
– Mas então, o que achou do papel? – Instigou a mulher ao explanar.
– Eu amei, me parece uma personagem que vai evoluir muito durante essa primeira temporada da série. – Celly assentiu, enquanto elas já estavam no espaço destinado aos camarins.
– Que bom que gostou. – lhe abriu um sorriso. – Bom, aqui está, a maquiadora está te esperando para começar os trabalhos. Seja bem-vinda. Daqui a 40 minutos você tem uma cena, então se prepare. – Celly saiu da sua frente, e ela suspirou fundo, entrando no local e se preparando. Era um novo desafio, e estava torcendo que desse tudo certo.
– , você por aqui... Estou surpreso. – Ele sussurrou próximo ao ouvido dela, a fazendo se assustar. Ela estava beliscando algo no intervalo entre as gravações. Ainda era o primeiro dia, e havia contracenado pouco com todo o elenco.
– Oi, ! – ela se virou, com um sorriso de escárnio. – Você está bem?
– Estou sim, muito bem, estaria melhor se você me desse bola. – Piscou para ela com uma risadinha.
– Você não desiste nunca, meu Deus.
– Eu sou persistente quando quero algo, , entenda isso. – Pegou um copo de café para si. – E você? Como está lidando com tudo?
– Bem, está tudo certo, tá que eu escuto alguns comentários aqui, outros ali, que eu finjo não escutar nos corredores, afinal, ninguém tem coragem de me falar na cara. Quanto ao público, claro que tem gente me jogando hater, mas eu não me importo.
– Eu sinto muito que esteja passando por isso.
– , eu realmente não me importo com o que as pessoas pensam de mim, mas infelizmente tenho consciência que isso impacta na minha carreira. Tive a prova quando fiquei quase um ano na geladeira por isso, não vou causar mais problemas, então, sem transar em locais públicos, infelizmente. –Arrancou uma risada dele.
– Sabe o que é mais engraçado? Ninguém lembra que o jogador de futebol estava com você naquele momento, então estão só te julgando.
– E isso não me surpreende em nada, , a mulher é sempre vista como a vadia, enquanto o homem é o garanhão. Ele não deve ter perdido nenhum seguidor ou patrocinador, já eu... Jack, meu assessor, quase teve uma síncope nervosa.
– Se você fosse a minha namorada, com certeza a quantidade de seguidores triplicaria... – Sorriu.
– Você estava indo muito bem, ... Já estragou tudo. – Deu dois tapinhas no ombro dele, se afastando.
– Você ainda vai ser minha namorada, .
– Ah, ... – Ela riu. – Já evoluímos para um possível namoro agora? Não era só mais uma transa?
– Jamais, com você eu caso, tenho filhos, e fico até ficar velhinho.
– Idiota. – Ela gargalhou, o deixando, já estava na hora de gravar a próxima cena.
***
a cada dia mais estava apegada a personagem, já fazia exatos dois meses que estava gravando e, ao menos nos bastidores, ela parou de escutar coisas relacionadas a sua índole, afinal, ninguém tinha o que falar dela, sempre chegava antes de começar a gravar as cenas, cometia poucos erros durante as gravações e se mostrava muito dedicada ao seu trabalho, surpreendendo a todos ali.
Hoje ela estava pensando em como seria lidar e fazer aquela cena que estava descrita ali, seria o primeiro beijo da personagem dela com o personagem de . Sabia que ele era muito profissional também, mas temia o que aquilo poderia lhe causar, afinal, ele tinha sentimentos por ela.
Naqueles dois meses não deixou de dar em cima dela em momento algum, claro, tudo em tom de brincadeira, e bem, ela gostava de como aquilo funcionava e, sabia que se estralasse o dedo viria como um cachorrinho para ela. Aquilo era muito bom, ela estava amando, não podia negar que massageava e muito o ego dela.
– Em posição... – Escutou o diretor gritar. Ambos se posicionaram corretamente. – Gravando!
– Eu sei que é você que está mandando aquelas mensagens para mim, eu só quero entender os seus motivos, por que foge? Por que não diz logo que é você?
– Isso é coisa da sua cabeça, Talicia. – Ela negou, abrindo um sorriso trêmulo.
– Essa história toda está passando dos limites, Bruce, e eu já não tenho mais estômago para esse seu joquinho doente. Só me deixa em paz então se você não quer nada comigo, para de brincar com os meus sentimentos. – a mulher prendeu a bolsa no braço, e indo para longe dele. Bruce sabia que se ele a deixasse ir, seu plano iria completamente por água baixo, então a seguiu e segurou no braço dela.
– É, sou eu quem te manda as mensagens no celular, satisfeita? – Ela o encarou, aliviada, tinha certeza que era ele e escurar aquilo era indescritível. Sua respiração acelerou.
– E por que mentiu sobre tudo? Quando eu te perguntava negava, eu quero entender.
– Porque eu tenho medo dos meus sentimentos por você, eu... Eu estou apaixonado, Licia. – Ela colocou as mãos trêmulas no rosto dele. Se aproximando de forma gradativa, e ali Bruce já tinha toda sua atenção, Licia se aproximou dele, e selou seus lábios de forma inocente. E antes que ela pensasse em se afastar, Bruce agarrou sua nuca, aprofundando o beijo, e a fazendo corresponder com volúpia, e desejo.
– E foi! Corta! – antes que pudessem se separar, segurou os lábios de , dando-lhe uma mordidinha ali. Ela o encarou, incrédula. – Ficou muito boa a cena, creio que nem precisemos gravar de novo.
– Que pena... – sussurrou para que só ela escutasse, a vendo revirar os olhos. Ela se afastou, indo pegar uma garrafinha de água.
– Achei que fosse mais profissional, . – Ela não se virou, sabendo que ele estava atrás de si.
– E eu sou, mas não podia perder a oportunidade. Inclusive, gostou da mordidinha no lábio?
– Não senti absolutamente nada, sinto muito, querido. – Ela terminou de beber a água.
– Duvido, você quer se fazer de forte, mas... – Se aproximou dela, colocando a boca próximo da orelha da moça. – Eu sei que sentiu. – Ela se virou para encará-lo, se aproximou de forma perigosa, parando a centímetros dele, falando de forma sussurrada.
– Quer ver quem sente o quê? – acarinhou a nuca dele com as unhas curtas em um carinho intenso, deu um beijo no pescoço dele, fazendo o homem suspirar entre seus lábios, e antes que ele diminuísse a curta distância entre eles, ela se afastou. – É , coloca na sua cabecinha, quem domina a situação sou eu, e sempre vai ser eu. – Piscou para ele, voltando a caminhar.
negou com a cabeça, que mulher era aquela? lhe tirava o sono, ela sabia bem o que fazia e o poder que exercia sobre ele, parecia que era um garotinho de 15 anos conhecendo uma mulher pela primeira vez. Ele suspirou fundo quando as lembranças da primeira e única vez que a teve em seus braços começaram a vir, não era um bom momento para aquilo. Percebeu certo volume subir no meio das pernas. Ajeitou o amiguinho na calça, tentando disfarçar, ele ia enlouquecer.
– Oi, Jack! – ela sorriu, se aproximando do assessor, sentando-se ao lado dele que a aguardava na Starbucks para que tomassem um café.
– Apareceu, margarida. Já estou no segundo mocaccino. – Ela revirou os olhos para o drama dele.
– Eu estava trabalhando, tive que regravar um take, não estava bom, enfim, imprevistos... – Ela sorriu, pegando o copo que estava na mesa, Jack já havia feito o pedido dela, seu característico frappucino de morango.
– Eu sei, , enquanto você estava lá, eu também estava trabalhando aqui. – Apontou o notebook. – Mexendo nas suas redes sociais.
– Hum... – Deu mais uma golada em sua bebida. – Alguma novidade?
– Não, tudo tranquilinho, a história está cada vez mais abafada, e bom, estou movimentando positivamente suas redes, tenho certeza que assim que a série lançar o número de seguidores vai aumentar, e espero que alguns patrocínios também. – Comentou, positivo.
– Assim espero. – soltou um longo bocejo.
– Eita, quase me engoliu aqui. – Brincou. – Tá puxado, né?
– Muito, ontem tive que gravar algumas cenas de madrugada, hoje teve algumas cenas logo no final da manhã, não consegui dormir direito, o bom é que já estou indo para casa. – Suspirou. – Só me diz onde eu assino, que eu estou precisando da minha cama.
– Ai, nossa, que mal educada. – Ele estendeu a pasta para que ela olhasse.
– Ora, ora se não é a minha pessoa favorita desse mundo. – sorriu, se aproximando e se sentando ao lado de , que sorriu para Jack, negando com a cabeça. – Olá, moço. – Jack sorriu, cumprimentando-o.
– Anda me seguindo agora? – o encarou, arqueando a sobrancelha. – Jack, esse é . , esse é Jack Watson.
– Prazer. – Ambos falaram juntos. Jack os encarou, faziam um casal bonitinho, e era um gato, e muito, muito gostoso.
– Eu frequento isso aqui sempre, e bom, tenho cenas para gravar agora tarde, vim pegar meu habitual café de cada dia.
– Esqueço que você é um viciado em cafeína. – Voltou sua atenção ao seu frapuccino. Jack só prestava atenção a dinâmica dos dois.
– Vou sentir saudades de você hoje, não temos nenhuma ceninha para eu beijar essa sua boca linda. – gargalhou.
– É, hoje vai ter que passar os dias só na lembrança dos meus beijos técnicos maravilhosos.
– Eu não acredito nesse lance de beijo técnico, sinto muito. – Jack resolveu opinar, fazendo o fuzilar com os olhos.
– Eu também não acredito, Jack, mas deixa a se iludir. – Sorriu, e ela lhe mostrou o dedo do meio. – Brincadeiras à parte, quando eu atuo simplesmente viro o personagem então quem está vivenciando tudo é ele, não eu. – assentiu, concordando. – É complexo para quem vê de longe.
– É muito, vejo algumas cenas e acho tão real, que começo a shippar os casais. – Jack comentou.
– Sinal de que os atores estão fazendo bem o papel deles, Jack. – sorriu, complementando.
– Será que vão me shippar com você ou com a Joanne? Torço que seja com você. – deu uma piscadinha marota.
– Oro para que não shipem com ninguém, muito mais saudável, já que o seu personagem é um boy lixo.
– Não tem como não gostar de você quando diz essas coisas. – Jack arqueou a sobrancelha, adorando assistir aquilo. – É mesmo a mulher da minha vida. – a encarou de forma provocativa, e fez revirar os olhos.
– , ... Implacável no jogo de palavras. Se eu não fosse eu, com certeza já tinha caído no seu papinho. – Alisou o rosto dele.
– E isso torna as coisas ainda mais interessantes. – A encarou novamente, e ela sustentou o olhar em forma de desafio. – Queria ficar a tarde inteira com vocês, mas preciso ir, o trabalho me chama. – Se levantou, deu um beijo em Jack e em . – Vou passar o dia todo pensando em você, .
– Vai, eu sei que vai. – gracejou, o vendo ir.
– Tchau, . – Jack se despediu, o vendo acenar para ele. Quando ele sumiu pela porta Jack encarou . – Se você não transar com esse cara de novo, eu vou ter que te bater. – riu. – A tensão sexual entre vocês chega a sufocar o ambiente, quase pedi para fazermos um ménage.
– Meu Deus, Jack. – gargalhava. – é mesmo galanteador, sabe o que dizer e o que fazer, mas a gente funciona assim, ele graceja, eu correspondo, e fim. Mas eu sinto um pouco de verdade nessas brincadeiras dele, e não quero problemas.
– Mas você não se sente nem um pouquinho atraída por ele?
– Eu seria uma imbecil se dissesse que não, é lindo e gostoso, mas... É complicado um remember com ele.
– Sua vida sexual não está muito ativa, certo?
– Jack! – ralhou, rindo. – Bom, você pediu que eu tomasse cuidado, e eu estou obedecendo e sendo bem precavida. Não estou 100% ativa, eu diria, mas tenho me virado com alguns carinhas, e sem precisar repetir figurinha.
– Nossa, quando eu crescer quero ser igualzinho a você. O boy diz que me quer, e eu já estou de quatro por ele, literalmente. – negou com a cabeça, rindo, e terminando sua bebida. Abriu a pasta e finalmente assinou aquele contrato de um comercial de um joguinho de celular. Teria que gravá-lo em alguns dias.
– Jack, você precisa aprender a se valorizar mais, não canso de te dizer isso. Tem que se fazer de difícil para ter o boy que quer no laço.
– É isso que está fazendo com ? – Mexeu as sobrancelhas em um gesto engraçado.
– Isso não merece nem resposta, imbecil. – Sorriu, levantando-se da cadeira e entregando a pasta para ele. – Estou morta de sono, eu preciso mesmo ir. – Se aproximou do homem e lhe deu um rápido abraço e um beijo na bochecha. – Qualquer eventualidade, não me liga. – brincou.
– Pode deixar. – A viu se afastar e sorriu, voltando sua atenção ao notebook, tinha gostado da Starbucks, ficaria mais um tempinho ali trabalhando antes de ir para a empresa.
***
suspirou, entediada, zapeando mais algum canal na tevê, o fato era que a noite estava propícia para uma boa balada, ou festa, finalmente tinha conseguido ficar de folga um dia inteirinho, mas tinha prometido a Jack que não se envolveria mais em nenhuma polêmica, e sabia que se saísse, faria besteira. Não queria arriscar perder Jack, ele era uma das pessoas mais importantes de sua vida.
Pegou o celular, e olhou sua lista de contatos, hoje teria que repetir figurinha, estava muito entediada e nada melhor do que se desestressar transando com alguém, certo? Bom, para ela funcionava daquela forma. Foi olhando as probabilidades de pessoas que poderiam estar perto de si, mas não tinha muitas opções. Olhou aquele contato, e suspirou, estava tão desesperada daquele jeito que iria para aquilo? Olhou a foto do rapaz mais uma vez, pesando mais os contras do que os prós. Bloqueou o celular, o jogando de lado.
Se jogou no sofá, e tentou voltar a prestar atenção na tevê, em vão. Pegou o celular novamente, o desbloqueou, foi até o contato do rapaz e mandou uma mensagem, mesmo que sua consciência gritasse que era errado.
: O que está fazendo na sua folga?
Antes que ela tirasse a atenção do celular a reposta pipocou em seu celular.
: Esperando você me chamar para fazer algo.
Ela gargalhou, de todo não seria tão ruim assim, era uma companhia agradável.
: Vem aqui em casa.
Mandou de uma vez, antes que pudesse desistir daquilo, queria muito , nos seus termos e do seu jeito.
: Não precisa falar duas vezes, me passa seu endereço, será um prazer te fazer companhia nessa bela noite, senhorita.
Ela sorriu em expectativa, digitou o endereço para ele, e ele informou que em 30 minutos estaria ali, ela correu escadas acima, ia tomar um banho rápido, estava em expectativa para aquele encontro.
– Olá. – Assim que abriu a porta ele a saudou, ela deu espaço para que ele entrasse. – Achei que sua casa fosse diferente. – Ele olhava o local pela porta, vendo uma decoração bem minimalista.
– Oi. É, todo mundo fala isso, entra, fica à vontade. – Encostou a porta. Ele colocou as mãos nos bolsos, não sabendo bem como agir com . – Relaxa, , te chamei mesmo para a gente transar, mas vou te alimentar primeiro. – O ator gargalhou, era implacável e surpreendente.
– Eu ainda não te disse hoje, mas você é a mulher da minha vida. – Ele sorriu, se aproximando dela. – Não quero comer nada, depois, agora eu só quero você. – Comentou, galanteador.
diminuiu ainda mais a distância, colando os lábios nos dele de forma urgente, a trouxe para si ainda mais, se pudesse seus corpos se fundiriam tamanho a necessidade que tinham um do outro. foi os guiando em direção ao sofá, o jogou lá e sentou em seu colo, rebolando em seu membro, fazendo o homem trincar o maxilar. Separaram suas bocas, ofegantes, direcionou sua atenção ao pescoço dele, deixando chupões ali.
– ... – Ele apertou a bunda dela com força, fazendo-a suspirar no ouvido dele. – Você é muito gostosa. – Deu um tapa no bumbum dela.
– Eu sei. – Deu uma mordidinha na orelha dele, voltando sua atenção em grudar suas bocas de forma rápida.
Se separaram, ajudou-o a tirar a camiseta, e sua atenção voltou-se para o peitoral do rapaz, alisando-o de forma provocante. Ela saiu de cima do colo do homem, foi até a calça dele e com sua ajuda conseguiu tirá-la, juntamente com a cueca boxer dele, começou a massagear o membro dele de forma torturante, a encarava em êxtase, e não demorou para que ela o abocanhasse, engolindo tudo. soltou um palavrão com o ato.
Ela foi segurando o membro dele, lambeu a glande, e voltou a engolir novamente, a forma como o encarava era fogo, e ele não consegui tirar os olhos dela, o prazer que ela estava o proporcionando era incrível. Ela tirou seu membro da boca, dando atenção as bolas do homem, chupando-as e deixando o ainda mais louco de prazer.
– Já está bom, mais um pouquinho e você goza na minha boca, e eu não estou muito afim de esperar você estar pronto de novo. – Aline abriu o roupão que vestia, ficando nua na frente do rapaz, que a olhava embasbacado.
– Ei! Eu não demoro tanto assim. – arqueou a sobrancelha, se aproximando dele. Ele a pegou no colo, jogando-aa no sofá. Subiu em cima dela, beijando os lábios da mulher de forma urgente.
Foi descendo os beijos até parar nos seios de , estimulando-os e os sugando, fazendo arrepiar-se. Ela suspirou, sentindo os beijos dele cada vez mais quentes e sugados, arqueou as costas, sentindo dar total atenção aos seus seios.
Ele desceu a cabeça, distribuindo beijos conforme descia, e parou um pouco abaixo na barriga. Ele abriu as pernas dela, e começou a beijar a parte interna de sua coxa, traçando o caminho para a região que mais precisava da atenção dele. Não demorou muito para que ele começasse a investir a língua por toda a extensão da intimidade dela, arrancando gemidos da moça. Ele agora tinha a língua no clítoris dela, fazendo movimentos de vai e vem, causando sensações indescritíveis para . Ela soltou um gemido alto quando o homem a penetrou com um dedo, ele foi a estimulando ainda mais e introduziu mais um dedo fazendo-a segurar a cabeça dele em sua intimidade. Não se lembrava como ele mandava bem no oral.
Sentiu aquele friozinho na barriga, sinal de que estava próxima de sentir um orgasmo, investia ainda mais rápido, e ela acabou desfalecendo no sofá, sentindo a sensação incrível que um orgasmo causava. Respirou fundo, tentando ritmar a respiração que estava cansada.
– Eu sou diferente da senhorita, não deixo ninguém na vontade. – gargalhou, invertendo as posições, e o deixando deitado por baixo de si.
– Ok. Vou me redimir. – Ela ainda respirava, ofegante – Eu detesto cavalgar, mas só porque você conseguiu me fazer gozar vou te dar esse privilégio. – Ele gargalhou. Ela pegou a camisinha que estrategicamente havia deixado na mesinha da sala e colocou no membro do rapaz.
se ajeitou, sentando-se sobre o membro dele, apoiou uma das mãos no encosto do sofá atrás de , e a outra ela encaixou o membro dele dentro de si. Os dois soltaram gemidos de satisfação com o contato. Ela foi descendo e subindo devagar, ansiava que o ritmo fosse aumentado, então a segurou pela cintura, fazendo-a se ajeitar novamente sobre seu membro. rebolou lentamente, levantando o bumbum e sentando novamente. O membro de saiu, o recolou rapidamente, e dessa vez apoiando as duas mãos no encosto do sofá começou a fazer movimentos de vai e vem de forma mais rápida.
Conforme ela fazia o movimento, seus seios se movimentavam, o segurou com as duas mãos, apertando-os, enquanto rebolava e quicava ainda mais sobre o seu membro, e gemia com muito tesão, o deixando ainda mais louco. Ela capturou os lábios dele e um beijo intenso se iniciou, apertava a bunda da moça com força conforme ela se movimentava com maestria. ofegou entre o beijo, mordeu o lábio inferior dela, voltou a gemer mais alto, e ele soube que não aguentaria muito mais com aquela movimentação intensa, e aquela mulher sobre si.
Ela rebolou de forma mais lenta, se aproximando do ouvido dele e soltando um gemido fino, e ele não aguentou mais, tendo o primeiro orgasmo daquela noite. Ele sabia que precisava ajuda-la a chegar lá, então ele tentou ainda se manter ereto, estimulou seu clitóris ainda mais até que ele a sentisse contrair a sua intimidade em seu membro. Se encararam por um tempinho, até puxá-la para si e começaram mais um beijo intenso entre eles.
– Agora é a hora que depois de termos nos divertido muito, você me coloca para fora, certo? – Ele olhou as peças de roupa espalhadas pela sala, sem um pingo de vontade de se levantar de lá e ir embora da casa da mulher. Tinham transado duas vezes naquela noite.
– Não, hoje eu quero dormir com alguém. – a encarou, surpreso. – O quê? Eu gosto de dormir de conchinha. – Ele riu.
– Estou realmente surpreso. – Deu um beijo na testa dela.
– Mas amanhã quero você fora da minha casa, e não vou te procurar tão cedo... – Deu de ombros, ainda se aconchegando nele.
– Por que você é assim? – estava visivelmente curioso com a frieza que ela lidava com as coisas.
– Não tente me entender, só me ama, me larga, me procura, espera... Até que eu volte para você. Pode lidar com isso, ?
– É, não tem jeito. Você me tem na sua mão. – Ela sorriu, roubando um selinho dele.
– E eu gosto do poder que exerço sobre você. – Piscou para ele. – Vem, vamos tomar um banho. – Se levantou e o puxou para irem para o andar de cima, enlaçou a cintura dela por trás, deixando beijos por seu pescoço.
– Pode me matar amanhã? Eu ainda estou com dor de cabeça, mesmo eu tendo tomado remédio na casa do Thiago. – Suspirou, jogando-se ao lado dele no sofá.
– Eu já não sei mais o que eu faço com você, ! – O homem a ignorou. – Transando no carro na semana passada, e agora em um banheiro imundo de uma balada... Porra, você vai se afundar e me afundar junto! Não dá para controlar esse fogo no rabo e transar em um lugar seguro?! Como pessoas normais que tem a fama que você tem fazem?! – Já tinha subido vários decibéis de seu tom de voz.
– Jack... – Tentou respondê-lo.
– Não, chega, eu estou falando sério, . Eu estou cansado de apagar incêndio seu! É muito desgastante. – O homem bufou alto, tinha as narinas infladas, nunca tinha o visto tão bravo, talvez tivesse passado dos limites com o jogador da noite passada.
– Desculpa, eu não planejei nada, as coisas foram acontecendo, eu fui perdendo o controle, você sabe, eu gosto muito de aventuras, eu só vou pensar depois nas consequências.
– Sabe qual é a minha vontade? – Ela negou com a cabeça. – Te deixar...
– Jack...
– Caladinha! – o assessor encarou a atriz. Pegou o celular, e abriu no Twitter. O nome de e de Thiago Alcantara estava nos top trends, abriu uma das menções, lendo-a em voz alta. – Uma atriz ganhadora de Óscar, tendo esse tipo de comportamento, e o exemplo para as crianças? – suspirou, revirando os olhos. – Outro tweet: Eu não posso julgá-la quem nunca deu dentro de um banheiro de balada que atire a primeira pedra. – ela tentou segurar a risada, mas falhou, recebendo um olhar fulminante de Jack, logo o riso foi substituído por uma careta sem graça. – Quem vai querer contratar uma pessoa tão promiscua como essa? Que ela flope cada vez mais! É disso para baixo, eu li os mais fofinhos, . – A moça segurou a cabeça com as mãos, tinha os olhos fechados, sabia que merecia aquela bronca.
– Eu não vou mais me justificar, ok? – O encarou. – Eu errei, eu sei. Sou safada mesmo, piranha, vadia, e seja lá mais o que as pessoas me rotulam... Eu sou assim, eu simplesmente não me importo. – Mordeu os lábios. – Eu não vou me envolver em mais nenhuma polêmica, eu faço o que você quiser, mas não me larga. – Fez um biquinho. Jack não só assessorava a carreira de , eles eram amigos.
– Eu vou te dar mais uma chance, ok? Você vai fazer tudo o que eu mandar para limparmos sua imagem, e conseguirmos trabalhos novos, combinado? – abriu um pequeno sorriso. – Olha, eu não quero podar sua vida sexual, você tem que transar mesmo, até o dia amanhecer... – Sorriu para ela, anuviando o clima. – Mas infelizmente você é uma pessoa pública, e algumas coisas repercutem muito mais por isso.
– Eu sei, Jack, eu sei. Eu amo o que eu faço, mas detesto a fama e o principal, não ter privacidade alguma.
– Por agora, você vai ficar quietinha dentro de casa, não vai usar nenhuma rede social, e eu vou cuidar de tudo, vou apagar mais um incêndio. – Ela fez uma caretinha engraçada. – Estou até aliviado depois de despejar tudo em você, alma lavada.
– Deprimente, hein? – soltou um riso nervoso. – Eu só quero tomar um banho e fingir que aquela noite de ontem não existiu.
– Faça, eu preciso fazer algumas ligações, e pensar em uma estratégia para lidar com tudo isso, só, por favor, não interaja nas redes socias, nem um story sequer, estamos entendidos? – balançou a cabeça afirmativamente.
E foi isso que ela fez assim que Jack saiu de sua casa. Tomou um banho, vestiu um roupão e se jogou na cama, ficou olhando o celular por incontáveis minutos, mordeu os lábios, puxou o aparelho para si, e ficou encarando a tela pipocar com tantas mensagens, não resistiu e o desbloqueou. Sua mãe, sua irmã, Jack, Thiago, Bruno, Austin e ficou surpresa quando viu uma mensagem de quem menos esperava, e acabou optando por começar com aquela, afinal, sempre foi pega por ser uma pessoa muito curiosa.
Ninguém merece ter a intimidade exposta dessa forma. Sinto muito que esteja passando por isso, se precisar, estou aqui, heartbreaker! Ah, queria eu estar naquele banheiro com você.
xX
Ela gargalhou, porque aquela mensagem era tão a cara de ... Suspirou, acabando por responder com um emoji de risada, apenas. Não podia e não queria dar trela para ele, sabendo que poderia despertar esperanças, e ela não dava esperanças. Foi impossível que pensamentos não inundassem sua mente naquele momento.
FLASHBACK
– Você é diferente de todas as mulheres que tive na minha cama... – revirou os olhos, abrindo um sorriso sarcástico.
– Tenho certeza que você fala isso para todas. – Pontuou, enquanto se sentava na cama após tomar um banho e já estar devidamente vestida. Tinham se conhecido na premiação da Nickelodeon e a química tinha sido intensa, tanto que na primeira oportunidade que tiveram naquela noite tinham ido parar naquele quarto de motel.
– Claro que não. – A atriz o encarou, risonha, se sentando ao lado dele na cama, e colocando seus sapatos. – Você é dura na queda, hein?
– Eu só não caio em papinho de macho desesperado por tentar repetir a transa. – Ele a encarou, surpreso. Nunca pensou que fosse escutar aquilo dela.
– Ah, e não foi bom para você que não mereça um remember? A nossa química nessa cama foi algo de outro mundo, eu não senti sozinho. – torceu a boca, ponderando.
– Foi bom, e sim teve química, isso eu não posso negar, mas eu raramente repito uma transa, a não ser que eu esteja muito afim, sabe como é, gosto de explorar outros corpos. – Piscou para ele, se levantando da cama.
– Toda mulher que transou comigo ficou caída aos meus pés, eu sou uma pessoa apaixonante, de acordo com elas. Só para frisar que não estou sendo convencido. – levantou as mãos em sinal de rendição.
– Claro, de jeito nenhum que você está sendo convencido. – Riu, sarcástica, negando com a cabeça. – Acho que você não está mesmo acostumado com alguém que não te bajule.
– Isso não é verdade. – A viu caminhar pelo quarto a procura de sua bolsa. – Fica, vai? Vamos pernoitar.
– Não estou afim, eu quero dormir sozinha hoje. – Achou o que procurava, segurando-a.
– E como vai ser? Eu quero te encontrar de novo. – sorriu, e se aproximou dele, seus rostos tão próximos que suas respirações se misturavam.
– É só quando eu quero, meu bem. Não me procure, se eu quiser e quando eu quiser eu entro em contato com você. – a encarou, petrificado.
– Me dá seu número, pelo amor de Deus, mulher. – negou.
– Eu já tenho o seu. – Deu um selinho no homem, e como um jato, saiu do quarto, deixando-o estático para trás. Ele respirou fundo e tudo o que sentia era o cheiro do perfume da mulher pelo ambiente.
Ele não sabia lidar com uma mulher daquelas, e o comentário que ela havia soltado não era uma mentira, ele não estava acostumado com rejeições, mas aquela mulher... abriu um sorriso, incrédulo, ele tinha gostado do jeito dela, e sabia que estava perdido, porque não ia sossegar até que tivesse um remember, estava viciado em , só não sabia ainda que aquilo seria sua perdição, afinal, não era uma mulher de um homem só.
FIM DO FLASHBACK
foi a única ficada de que havia se apegado, e como ele mesmo havia a apelidado na mensagem, a mulher tinha mesmo destruído seu coração com um belo não quando ele quis repetir a transa, e principalmente, por ele ter se apegado. O rapaz chegou a se declarar para ela dizendo que nunca mais tinha achado uma mulher igual a ela, e que faria de tudo para tê-la em seus braços. Mas prezava e muito sua liberdade, e não havia escondido isso dele, que se envolveu com ela sabendo dos termos. Depois da ligação, as chances dele fora para zero, ela não estava louca de se envolver com ele novamente, sabendo que naquele desespero, era fácil que ele se apaixonasse por ela.
– Depois de quase sete meses de reclusão, e afastamento total das redes sociais, me diga que tem um trabalho para mim, estou entediada e cansada de não fazer nada. – suspirou, vendo Jack aparecer com um sorriso no rosto.
– Tenho. Aparentemente o escândalo da foto foi abafado com sucesso, afinal, apareceu gente pior que você. – Gargalharam. – Só não faz mais isso, combinado? – Ela assentiu.
– Me conta, que tipo de trabalho tem para mim?
– É um papel como coadjuvante em uma série da Netflix. – Ela fez uma caretinha, abraçando as pernas sentada no sofá. – Eu sei, eu sei, a melhor atriz coadjuvante do ano de 2018 vai ter que se submeter ao mundo das séries, quando claramente tem preferências por filmes.
– Tá, tudo bem, trabalho é trabalho, não estou desmerecendo esse. – Deu de ombros.
– Precisamos inserir sua imagem nas redes de forma positiva e principalmente, de forma gradativa e esse papel caiu do céu. – assentiu. – Olha, essa é a pasta com as informações do trabalho, se você for topar.
– Eu jamais negaria, e as séries estão super em alta, não? – Tentou ver aquilo por outra perspectiva, mas era perceptível que não estava 100% contente com o trabalho.
– Exatamente, estão mesmo em alta. E é a Netflix! – Jack a sacudiu pelos ombros.
– Sim, é. E se a Netflix me quer, apesar dos escândalos, isso é maravilhoso. – Pegou a pasta, abrindo-a e lendo as informações de seu papel. – Ok, uma garota de 20 anos que vai se envolver com um rapaz que já estará envolvido com a mãe dela que é a protagonista da série. Sensacional. – Jack gargalhou da cara que ela fez.
– Diferente, não? Eu confesso que gostei, tem a ver com a sua vida. – Ela deixou a pasta de lado, encarando Jack, pedindo mais explicações. – Safada igual a você.
– Safada eu sou mesmo, mas não sou safada destruidora de lares, tá? Eu jamais fiquei com caras que tinham namoradas ou eram casados, e o principal, eu nunca dei em cima dos namorados da minha mãe, isso é asqueroso. – Fez um biquinho, fingindo estar magoada.
– Jura? – o fuzilou com o olhar. – Uau!
– Nossa, Jack, você tem uma péssima imagem de mim. Que belo amigo eu fui arrumar, hein? Meu Deus. – ela apertou a barriga dele, fazendo-o gritar.
– Para com isso, sua louca. – A encarou, bravo.
– Então respeita minha história, homem.
– Ok, era brincadeira. – Sorriu. – Mas tem algo que não é, e eu preciso compartilhar sobre o trabalho, antes que assine o contrato... – Ele voltou a ficar sério e aquilo preocupou .
– Ok, seja o que for eu estou preparada, pode soltar a bomba. – O encarou, extremamente curiosa.
– fará o papel do rapaz que vai se envolver com a filha e com a mãe. – piscou os olhos, aturdida.
– Não vai dar certo. Merda, merda, merda. – Ela fechou os olhos, negando.
– Você acha que ele não será profissional? Por favor, isso seria de uma falta de ética sem tamanho.
– Eu não me preocupo em contracenar com , eu me preocupo é com os bastidores mesmo. Eu prometi que não me envolveria com ele novamente, porque ele quer coisas que eu não posso lhe dar.
– Será que ele já não te superou e está com outras? – Jack indagou.
– Não é querendo me gabar, mas acho que não, com certeza ainda quer alguma coisa comigo, e aí é que é o problema.
– Ok, mas por que tanta convicção nisso?
– Simplesmente porque no dia da foto vazada ele fez questão de me mandar uma mensagem dizendo que sentia muito e que queria ser o Thiago no banheiro comigo. – Sorriu.
– O que você faz com os homens para enfeitiçá-los desse jeito? Me ensina. – gargalhou. – Porque, ao contrário de você, eu quero um homem para chamar de meu.
– Acho que com foi o desinteresse da minha parte, o pouco caso, isso o instigou. Ele é um tremendo de um gostoso, e ele sabe disso porque deve escutar a todo momento, fora que na cama... – Fez uma cara maliciosa. – Mas eu não quis repetir, e a insistência dele me fez perder o pouco interesse que eu ainda poderia vir a ter. – Jack negou com a cabeça.
– Desinteresse, humm... Anotado para os próximos boys. – Sorriu, arrancando uma risada de . Ela foi folheando as páginas sobre a personagem e um sorriso foi surgindo em sua face.
– Ah, meu Deus. Retiro o que eu disse sobre a personagem, ela não vai ser fura olho da mãe, ela vai se relacionar com ele sem saber, e bom, ela é lésbica, só que ainda não assumiu e está confusa. Amei, muito diferente dos dramalhões que eu me enfio.
– E você menosprezando por ser série. – revirou os olhos ao comentário ácido de Jack.
– São projeto que geralmente são mais longos e com aceitação do público pode ter mais temporadas, e isso é a parte que eu não gosto, ok? Ficar tachada muito tempo com uma personagem só.
– Mas nada te impede de você fazer filmes enquanto grava a série, muito atores fazem isso, por Deus, . Você é tão avançada para umas coisas, e retrógradas para outras.
– Você tem razão. – Jack piscou os olhos, surpreso. – Não faz essa cara, você está certo, e eu estou mesmo fazendo drama por pouca coisa. Eu tenho é que ficar plenamente feliz porque depois de tudo ainda consegui trabalho.
– Sim, exatamente. – sorriu. – E graças a quem mesmo?
– Você! – Pulou no homem, o abraçando. – Se tem melhor assessor no mundo eu desconheço. – o encheu de beijos na bochecha, o fazendo rir.
– Ah, oi, . Estávamos te esperando. – a encarou com cenho franzido. – Que falta de educação a minha, me chamo Celly, sou a assistente do diretor Fincher. Vou te mostrar onde vai ficar seu camarim. O elenco todo você já conheceu pela leitura dos textos, né?
– Oi, Celly, o prazer é todo meu. Agradeço muito por me mostrar onde será o lugar que ficarei alguns bons meses enfurnada. – elas riram, e Celly percebeu que a atriz era bem simpática. começou a segui-la. – Não, na verdade, eu fui a última escalada e não consegui participar da leitura.
– Claro, é verdade, que a cabeça a minha. – Celly comentou, lembrando-se do motivo disso. Tinham chamado duas atrizes diferentes para aquele papel, todas recusaram, acabou sobrando , que entrou por último, isso a impediu de participar da reunião de elenco.
A assistente mordeu os lábios, se perguntava se era mesmo tão profissional para a Netflix não se importar de sujar a imagem com ela, afinal, sua vida pessoal era bem... conturbada e estava na geladeira exatamente por esses motivos.
– Mas então, o que achou do papel? – Instigou a mulher ao explanar.
– Eu amei, me parece uma personagem que vai evoluir muito durante essa primeira temporada da série. – Celly assentiu, enquanto elas já estavam no espaço destinado aos camarins.
– Que bom que gostou. – lhe abriu um sorriso. – Bom, aqui está, a maquiadora está te esperando para começar os trabalhos. Seja bem-vinda. Daqui a 40 minutos você tem uma cena, então se prepare. – Celly saiu da sua frente, e ela suspirou fundo, entrando no local e se preparando. Era um novo desafio, e estava torcendo que desse tudo certo.
– Oi, ! – ela se virou, com um sorriso de escárnio. – Você está bem?
– Estou sim, muito bem, estaria melhor se você me desse bola. – Piscou para ela com uma risadinha.
– Você não desiste nunca, meu Deus.
– Eu sou persistente quando quero algo, , entenda isso. – Pegou um copo de café para si. – E você? Como está lidando com tudo?
– Bem, está tudo certo, tá que eu escuto alguns comentários aqui, outros ali, que eu finjo não escutar nos corredores, afinal, ninguém tem coragem de me falar na cara. Quanto ao público, claro que tem gente me jogando hater, mas eu não me importo.
– Eu sinto muito que esteja passando por isso.
– , eu realmente não me importo com o que as pessoas pensam de mim, mas infelizmente tenho consciência que isso impacta na minha carreira. Tive a prova quando fiquei quase um ano na geladeira por isso, não vou causar mais problemas, então, sem transar em locais públicos, infelizmente. –Arrancou uma risada dele.
– Sabe o que é mais engraçado? Ninguém lembra que o jogador de futebol estava com você naquele momento, então estão só te julgando.
– E isso não me surpreende em nada, , a mulher é sempre vista como a vadia, enquanto o homem é o garanhão. Ele não deve ter perdido nenhum seguidor ou patrocinador, já eu... Jack, meu assessor, quase teve uma síncope nervosa.
– Se você fosse a minha namorada, com certeza a quantidade de seguidores triplicaria... – Sorriu.
– Você estava indo muito bem, ... Já estragou tudo. – Deu dois tapinhas no ombro dele, se afastando.
– Você ainda vai ser minha namorada, .
– Ah, ... – Ela riu. – Já evoluímos para um possível namoro agora? Não era só mais uma transa?
– Jamais, com você eu caso, tenho filhos, e fico até ficar velhinho.
– Idiota. – Ela gargalhou, o deixando, já estava na hora de gravar a próxima cena.
Hoje ela estava pensando em como seria lidar e fazer aquela cena que estava descrita ali, seria o primeiro beijo da personagem dela com o personagem de . Sabia que ele era muito profissional também, mas temia o que aquilo poderia lhe causar, afinal, ele tinha sentimentos por ela.
Naqueles dois meses não deixou de dar em cima dela em momento algum, claro, tudo em tom de brincadeira, e bem, ela gostava de como aquilo funcionava e, sabia que se estralasse o dedo viria como um cachorrinho para ela. Aquilo era muito bom, ela estava amando, não podia negar que massageava e muito o ego dela.
– Em posição... – Escutou o diretor gritar. Ambos se posicionaram corretamente. – Gravando!
– Eu sei que é você que está mandando aquelas mensagens para mim, eu só quero entender os seus motivos, por que foge? Por que não diz logo que é você?
– Isso é coisa da sua cabeça, Talicia. – Ela negou, abrindo um sorriso trêmulo.
– Essa história toda está passando dos limites, Bruce, e eu já não tenho mais estômago para esse seu joquinho doente. Só me deixa em paz então se você não quer nada comigo, para de brincar com os meus sentimentos. – a mulher prendeu a bolsa no braço, e indo para longe dele. Bruce sabia que se ele a deixasse ir, seu plano iria completamente por água baixo, então a seguiu e segurou no braço dela.
– É, sou eu quem te manda as mensagens no celular, satisfeita? – Ela o encarou, aliviada, tinha certeza que era ele e escurar aquilo era indescritível. Sua respiração acelerou.
– E por que mentiu sobre tudo? Quando eu te perguntava negava, eu quero entender.
– Porque eu tenho medo dos meus sentimentos por você, eu... Eu estou apaixonado, Licia. – Ela colocou as mãos trêmulas no rosto dele. Se aproximando de forma gradativa, e ali Bruce já tinha toda sua atenção, Licia se aproximou dele, e selou seus lábios de forma inocente. E antes que ela pensasse em se afastar, Bruce agarrou sua nuca, aprofundando o beijo, e a fazendo corresponder com volúpia, e desejo.
– E foi! Corta! – antes que pudessem se separar, segurou os lábios de , dando-lhe uma mordidinha ali. Ela o encarou, incrédula. – Ficou muito boa a cena, creio que nem precisemos gravar de novo.
– Que pena... – sussurrou para que só ela escutasse, a vendo revirar os olhos. Ela se afastou, indo pegar uma garrafinha de água.
– Achei que fosse mais profissional, . – Ela não se virou, sabendo que ele estava atrás de si.
– E eu sou, mas não podia perder a oportunidade. Inclusive, gostou da mordidinha no lábio?
– Não senti absolutamente nada, sinto muito, querido. – Ela terminou de beber a água.
– Duvido, você quer se fazer de forte, mas... – Se aproximou dela, colocando a boca próximo da orelha da moça. – Eu sei que sentiu. – Ela se virou para encará-lo, se aproximou de forma perigosa, parando a centímetros dele, falando de forma sussurrada.
– Quer ver quem sente o quê? – acarinhou a nuca dele com as unhas curtas em um carinho intenso, deu um beijo no pescoço dele, fazendo o homem suspirar entre seus lábios, e antes que ele diminuísse a curta distância entre eles, ela se afastou. – É , coloca na sua cabecinha, quem domina a situação sou eu, e sempre vai ser eu. – Piscou para ele, voltando a caminhar.
negou com a cabeça, que mulher era aquela? lhe tirava o sono, ela sabia bem o que fazia e o poder que exercia sobre ele, parecia que era um garotinho de 15 anos conhecendo uma mulher pela primeira vez. Ele suspirou fundo quando as lembranças da primeira e única vez que a teve em seus braços começaram a vir, não era um bom momento para aquilo. Percebeu certo volume subir no meio das pernas. Ajeitou o amiguinho na calça, tentando disfarçar, ele ia enlouquecer.
– Oi, Jack! – ela sorriu, se aproximando do assessor, sentando-se ao lado dele que a aguardava na Starbucks para que tomassem um café.
– Apareceu, margarida. Já estou no segundo mocaccino. – Ela revirou os olhos para o drama dele.
– Eu estava trabalhando, tive que regravar um take, não estava bom, enfim, imprevistos... – Ela sorriu, pegando o copo que estava na mesa, Jack já havia feito o pedido dela, seu característico frappucino de morango.
– Eu sei, , enquanto você estava lá, eu também estava trabalhando aqui. – Apontou o notebook. – Mexendo nas suas redes sociais.
– Hum... – Deu mais uma golada em sua bebida. – Alguma novidade?
– Não, tudo tranquilinho, a história está cada vez mais abafada, e bom, estou movimentando positivamente suas redes, tenho certeza que assim que a série lançar o número de seguidores vai aumentar, e espero que alguns patrocínios também. – Comentou, positivo.
– Assim espero. – soltou um longo bocejo.
– Eita, quase me engoliu aqui. – Brincou. – Tá puxado, né?
– Muito, ontem tive que gravar algumas cenas de madrugada, hoje teve algumas cenas logo no final da manhã, não consegui dormir direito, o bom é que já estou indo para casa. – Suspirou. – Só me diz onde eu assino, que eu estou precisando da minha cama.
– Ai, nossa, que mal educada. – Ele estendeu a pasta para que ela olhasse.
– Ora, ora se não é a minha pessoa favorita desse mundo. – sorriu, se aproximando e se sentando ao lado de , que sorriu para Jack, negando com a cabeça. – Olá, moço. – Jack sorriu, cumprimentando-o.
– Anda me seguindo agora? – o encarou, arqueando a sobrancelha. – Jack, esse é . , esse é Jack Watson.
– Prazer. – Ambos falaram juntos. Jack os encarou, faziam um casal bonitinho, e era um gato, e muito, muito gostoso.
– Eu frequento isso aqui sempre, e bom, tenho cenas para gravar agora tarde, vim pegar meu habitual café de cada dia.
– Esqueço que você é um viciado em cafeína. – Voltou sua atenção ao seu frapuccino. Jack só prestava atenção a dinâmica dos dois.
– Vou sentir saudades de você hoje, não temos nenhuma ceninha para eu beijar essa sua boca linda. – gargalhou.
– É, hoje vai ter que passar os dias só na lembrança dos meus beijos técnicos maravilhosos.
– Eu não acredito nesse lance de beijo técnico, sinto muito. – Jack resolveu opinar, fazendo o fuzilar com os olhos.
– Eu também não acredito, Jack, mas deixa a se iludir. – Sorriu, e ela lhe mostrou o dedo do meio. – Brincadeiras à parte, quando eu atuo simplesmente viro o personagem então quem está vivenciando tudo é ele, não eu. – assentiu, concordando. – É complexo para quem vê de longe.
– É muito, vejo algumas cenas e acho tão real, que começo a shippar os casais. – Jack comentou.
– Sinal de que os atores estão fazendo bem o papel deles, Jack. – sorriu, complementando.
– Será que vão me shippar com você ou com a Joanne? Torço que seja com você. – deu uma piscadinha marota.
– Oro para que não shipem com ninguém, muito mais saudável, já que o seu personagem é um boy lixo.
– Não tem como não gostar de você quando diz essas coisas. – Jack arqueou a sobrancelha, adorando assistir aquilo. – É mesmo a mulher da minha vida. – a encarou de forma provocativa, e fez revirar os olhos.
– , ... Implacável no jogo de palavras. Se eu não fosse eu, com certeza já tinha caído no seu papinho. – Alisou o rosto dele.
– E isso torna as coisas ainda mais interessantes. – A encarou novamente, e ela sustentou o olhar em forma de desafio. – Queria ficar a tarde inteira com vocês, mas preciso ir, o trabalho me chama. – Se levantou, deu um beijo em Jack e em . – Vou passar o dia todo pensando em você, .
– Vai, eu sei que vai. – gracejou, o vendo ir.
– Tchau, . – Jack se despediu, o vendo acenar para ele. Quando ele sumiu pela porta Jack encarou . – Se você não transar com esse cara de novo, eu vou ter que te bater. – riu. – A tensão sexual entre vocês chega a sufocar o ambiente, quase pedi para fazermos um ménage.
– Meu Deus, Jack. – gargalhava. – é mesmo galanteador, sabe o que dizer e o que fazer, mas a gente funciona assim, ele graceja, eu correspondo, e fim. Mas eu sinto um pouco de verdade nessas brincadeiras dele, e não quero problemas.
– Mas você não se sente nem um pouquinho atraída por ele?
– Eu seria uma imbecil se dissesse que não, é lindo e gostoso, mas... É complicado um remember com ele.
– Sua vida sexual não está muito ativa, certo?
– Jack! – ralhou, rindo. – Bom, você pediu que eu tomasse cuidado, e eu estou obedecendo e sendo bem precavida. Não estou 100% ativa, eu diria, mas tenho me virado com alguns carinhas, e sem precisar repetir figurinha.
– Nossa, quando eu crescer quero ser igualzinho a você. O boy diz que me quer, e eu já estou de quatro por ele, literalmente. – negou com a cabeça, rindo, e terminando sua bebida. Abriu a pasta e finalmente assinou aquele contrato de um comercial de um joguinho de celular. Teria que gravá-lo em alguns dias.
– Jack, você precisa aprender a se valorizar mais, não canso de te dizer isso. Tem que se fazer de difícil para ter o boy que quer no laço.
– É isso que está fazendo com ? – Mexeu as sobrancelhas em um gesto engraçado.
– Isso não merece nem resposta, imbecil. – Sorriu, levantando-se da cadeira e entregando a pasta para ele. – Estou morta de sono, eu preciso mesmo ir. – Se aproximou do homem e lhe deu um rápido abraço e um beijo na bochecha. – Qualquer eventualidade, não me liga. – brincou.
– Pode deixar. – A viu se afastar e sorriu, voltando sua atenção ao notebook, tinha gostado da Starbucks, ficaria mais um tempinho ali trabalhando antes de ir para a empresa.
Pegou o celular, e olhou sua lista de contatos, hoje teria que repetir figurinha, estava muito entediada e nada melhor do que se desestressar transando com alguém, certo? Bom, para ela funcionava daquela forma. Foi olhando as probabilidades de pessoas que poderiam estar perto de si, mas não tinha muitas opções. Olhou aquele contato, e suspirou, estava tão desesperada daquele jeito que iria para aquilo? Olhou a foto do rapaz mais uma vez, pesando mais os contras do que os prós. Bloqueou o celular, o jogando de lado.
Se jogou no sofá, e tentou voltar a prestar atenção na tevê, em vão. Pegou o celular novamente, o desbloqueou, foi até o contato do rapaz e mandou uma mensagem, mesmo que sua consciência gritasse que era errado.
: O que está fazendo na sua folga?
Antes que ela tirasse a atenção do celular a reposta pipocou em seu celular.
: Esperando você me chamar para fazer algo.
Ela gargalhou, de todo não seria tão ruim assim, era uma companhia agradável.
: Vem aqui em casa.
Mandou de uma vez, antes que pudesse desistir daquilo, queria muito , nos seus termos e do seu jeito.
: Não precisa falar duas vezes, me passa seu endereço, será um prazer te fazer companhia nessa bela noite, senhorita.
Ela sorriu em expectativa, digitou o endereço para ele, e ele informou que em 30 minutos estaria ali, ela correu escadas acima, ia tomar um banho rápido, estava em expectativa para aquele encontro.
– Olá. – Assim que abriu a porta ele a saudou, ela deu espaço para que ele entrasse. – Achei que sua casa fosse diferente. – Ele olhava o local pela porta, vendo uma decoração bem minimalista.
– Oi. É, todo mundo fala isso, entra, fica à vontade. – Encostou a porta. Ele colocou as mãos nos bolsos, não sabendo bem como agir com . – Relaxa, , te chamei mesmo para a gente transar, mas vou te alimentar primeiro. – O ator gargalhou, era implacável e surpreendente.
– Eu ainda não te disse hoje, mas você é a mulher da minha vida. – Ele sorriu, se aproximando dela. – Não quero comer nada, depois, agora eu só quero você. – Comentou, galanteador.
diminuiu ainda mais a distância, colando os lábios nos dele de forma urgente, a trouxe para si ainda mais, se pudesse seus corpos se fundiriam tamanho a necessidade que tinham um do outro. foi os guiando em direção ao sofá, o jogou lá e sentou em seu colo, rebolando em seu membro, fazendo o homem trincar o maxilar. Separaram suas bocas, ofegantes, direcionou sua atenção ao pescoço dele, deixando chupões ali.
– ... – Ele apertou a bunda dela com força, fazendo-a suspirar no ouvido dele. – Você é muito gostosa. – Deu um tapa no bumbum dela.
– Eu sei. – Deu uma mordidinha na orelha dele, voltando sua atenção em grudar suas bocas de forma rápida.
Se separaram, ajudou-o a tirar a camiseta, e sua atenção voltou-se para o peitoral do rapaz, alisando-o de forma provocante. Ela saiu de cima do colo do homem, foi até a calça dele e com sua ajuda conseguiu tirá-la, juntamente com a cueca boxer dele, começou a massagear o membro dele de forma torturante, a encarava em êxtase, e não demorou para que ela o abocanhasse, engolindo tudo. soltou um palavrão com o ato.
Ela foi segurando o membro dele, lambeu a glande, e voltou a engolir novamente, a forma como o encarava era fogo, e ele não consegui tirar os olhos dela, o prazer que ela estava o proporcionando era incrível. Ela tirou seu membro da boca, dando atenção as bolas do homem, chupando-as e deixando o ainda mais louco de prazer.
– Já está bom, mais um pouquinho e você goza na minha boca, e eu não estou muito afim de esperar você estar pronto de novo. – Aline abriu o roupão que vestia, ficando nua na frente do rapaz, que a olhava embasbacado.
– Ei! Eu não demoro tanto assim. – arqueou a sobrancelha, se aproximando dele. Ele a pegou no colo, jogando-aa no sofá. Subiu em cima dela, beijando os lábios da mulher de forma urgente.
Foi descendo os beijos até parar nos seios de , estimulando-os e os sugando, fazendo arrepiar-se. Ela suspirou, sentindo os beijos dele cada vez mais quentes e sugados, arqueou as costas, sentindo dar total atenção aos seus seios.
Ele desceu a cabeça, distribuindo beijos conforme descia, e parou um pouco abaixo na barriga. Ele abriu as pernas dela, e começou a beijar a parte interna de sua coxa, traçando o caminho para a região que mais precisava da atenção dele. Não demorou muito para que ele começasse a investir a língua por toda a extensão da intimidade dela, arrancando gemidos da moça. Ele agora tinha a língua no clítoris dela, fazendo movimentos de vai e vem, causando sensações indescritíveis para . Ela soltou um gemido alto quando o homem a penetrou com um dedo, ele foi a estimulando ainda mais e introduziu mais um dedo fazendo-a segurar a cabeça dele em sua intimidade. Não se lembrava como ele mandava bem no oral.
Sentiu aquele friozinho na barriga, sinal de que estava próxima de sentir um orgasmo, investia ainda mais rápido, e ela acabou desfalecendo no sofá, sentindo a sensação incrível que um orgasmo causava. Respirou fundo, tentando ritmar a respiração que estava cansada.
– Eu sou diferente da senhorita, não deixo ninguém na vontade. – gargalhou, invertendo as posições, e o deixando deitado por baixo de si.
– Ok. Vou me redimir. – Ela ainda respirava, ofegante – Eu detesto cavalgar, mas só porque você conseguiu me fazer gozar vou te dar esse privilégio. – Ele gargalhou. Ela pegou a camisinha que estrategicamente havia deixado na mesinha da sala e colocou no membro do rapaz.
se ajeitou, sentando-se sobre o membro dele, apoiou uma das mãos no encosto do sofá atrás de , e a outra ela encaixou o membro dele dentro de si. Os dois soltaram gemidos de satisfação com o contato. Ela foi descendo e subindo devagar, ansiava que o ritmo fosse aumentado, então a segurou pela cintura, fazendo-a se ajeitar novamente sobre seu membro. rebolou lentamente, levantando o bumbum e sentando novamente. O membro de saiu, o recolou rapidamente, e dessa vez apoiando as duas mãos no encosto do sofá começou a fazer movimentos de vai e vem de forma mais rápida.
Conforme ela fazia o movimento, seus seios se movimentavam, o segurou com as duas mãos, apertando-os, enquanto rebolava e quicava ainda mais sobre o seu membro, e gemia com muito tesão, o deixando ainda mais louco. Ela capturou os lábios dele e um beijo intenso se iniciou, apertava a bunda da moça com força conforme ela se movimentava com maestria. ofegou entre o beijo, mordeu o lábio inferior dela, voltou a gemer mais alto, e ele soube que não aguentaria muito mais com aquela movimentação intensa, e aquela mulher sobre si.
Ela rebolou de forma mais lenta, se aproximando do ouvido dele e soltando um gemido fino, e ele não aguentou mais, tendo o primeiro orgasmo daquela noite. Ele sabia que precisava ajuda-la a chegar lá, então ele tentou ainda se manter ereto, estimulou seu clitóris ainda mais até que ele a sentisse contrair a sua intimidade em seu membro. Se encararam por um tempinho, até puxá-la para si e começaram mais um beijo intenso entre eles.
– Agora é a hora que depois de termos nos divertido muito, você me coloca para fora, certo? – Ele olhou as peças de roupa espalhadas pela sala, sem um pingo de vontade de se levantar de lá e ir embora da casa da mulher. Tinham transado duas vezes naquela noite.
– Não, hoje eu quero dormir com alguém. – a encarou, surpreso. – O quê? Eu gosto de dormir de conchinha. – Ele riu.
– Estou realmente surpreso. – Deu um beijo na testa dela.
– Mas amanhã quero você fora da minha casa, e não vou te procurar tão cedo... – Deu de ombros, ainda se aconchegando nele.
– Por que você é assim? – estava visivelmente curioso com a frieza que ela lidava com as coisas.
– Não tente me entender, só me ama, me larga, me procura, espera... Até que eu volte para você. Pode lidar com isso, ?
– É, não tem jeito. Você me tem na sua mão. – Ela sorriu, roubando um selinho dele.
– E eu gosto do poder que exerço sobre você. – Piscou para ele. – Vem, vamos tomar um banho. – Se levantou e o puxou para irem para o andar de cima, enlaçou a cintura dela por trás, deixando beijos por seu pescoço.
FIM.
Nota da autora: Espero que gostem, não esqueçam de deixar um comentário! Um beijo!
Por que santa nunca fui!
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02. Cruel Summer
05. Enséñame
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Nota da beta: Lembrando que qualquer erro nessa atualização e reclamações somente no e-mail.
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