Capítulo Único
Oito anos de casamento
- , pensei de a gente pegar um cineminha hoje, o que acha? – ela se sentou na frente dele. Ele a ignorou, olhando a papelada do trabalho.
- Hoje não, , estou cheio de provas pra corrigir, você sabe, primeiro as obrigações, depois a diversão. – ela chateou-se.
- Claro, claro, você está certíssimo – ela forçou um sorriso - Posso te ajudar em algo?
- Ah não precisa, obrigado – ele lhe deu um rápido selinho e voltou a correção das provas do ensino fundamental.
Oito anos e meio de casamento
estava inquieta no sofá, enquanto via o marido mais uma vez assistindo algo na televisão. A moça estava em completo tédio. Ela se remexeu maia uma vez no sofá, despertando a atenção de .
- O que há com você? – ele se virou para ela, curioso.
- Estamos tão enfurnados dentro de casa, o que acha de uma viagem, já que chegou as férias letivas?
- , viagem é muito gasto, pelo amor de Deus – ela revirou os olhos, cansada.
- Um gasto que a gente tem plenas condições de arcar...
- Eu não quero, ok? Vamos curtir nossas férias em casa mesmo, assistindo um filme ou série na Netflix e comendo pipoca. Tem coisa melhor?
- Tem sim, uma viagem – ela se emburrou. suspirou fundo.
- , eu prometo que nas próximas férias a gente viaja, o que acha? – ele lhe deu um selinho, ela virou o rosto, emburrada – , me entenda, agora não dá. – ele a trouxe pra si, tentando lhe abraçar
- E mais uma vez você vence... – ela suspirou fundo, o abraçando de volta. Eu já me cansando... Ela completou mentalmente.
Nove anos de casamento
- Vamos no aniversário do Marcelo? Ele nos convidou há bastante tempo, .
- Não vou conseguir ir, tem alguns exercícios que eu preciso corrigir. – ele respondeu preguiçoso.
- Que fiquemos duas horas no máximo, querido, vamos, por favor? – ela suplicou.
- , não dá mesmo. Chame uma amiga e vá você com ela. Assim o Marcelo não fica chateado por nenhum de nós irmos.
- Eu queria ir com você – ele suspirou cansado, negando com a cabeça – Você é muito insuportável, às vezes tenho vontade de...
- De quê, ? – ele finalmente largou os papéis e a encarou.
- De nada, vou chamar a Brenda! – ela pisou forte e foi até o quarto em busca do celular.
Dez anos de casamento
- Sim a noite foi maravilhosa – entrava rindo dentro de casa – Precisamos sim repetir mais vezes. – ela tirou os sapatos de salto, e os colocou no canto da sala – Yep, acabei de chegar – ela colocou a mão na boca para segurar a risada – Não me faça rir, se não eu acordo o – ela ainda tinha um sorriso na face – Beijos! Vamos nos falando!
se jogou no sofá, estava cansada. Fazia anos que não se divertia assim... Só não esperava que na poltrona da frente estivesse sentado. Ela tomou um susto quando viu ao abajur do lado da poltrona se acender.
- Meu Deus, que susto! – tinha a mão sobre o coração, que estava disparado.
- Assustada por que, ? – ele a mediu dos pés a cabeça e percebeu que sua esposa estava alegre. – Aprontou algo que eu não possa saber?
- Jamais, – ela negou, com uma careta na face. – Eu só sai pra beber com algumas amigas.
- Você disse que ia ficar até as 22h20min e olha a hora – ele mostrou o celular que indicava o horário 00h36min – Fiquei preocupado, você não me atendia! E vejo que o celular não estava descarregado já que estava em altos papos com alguém...
- Ai, amor, me desculpa – ela se levantou do sofá e sentou no colo do marido – Eu até vi suas ligações, mas esqueci completamente de retornar. – ele suspirou fundo, com as mãos na poltrona – Perdão? – ela lhe deu um selinho – Por favor, , eu não fiz por mal...
- Tudo bem, , mas me prometa que não vai fazer mais isso? – ele a abraçou e ela se aconchegou no homem – Eu não me importo que saia com suas amigas, só me mantém avisado, ok?
- Eu prometo que não faço mais, desde que você me prometa que vai sair mais comigo, seremos como éramos nos nossos primeiros anos de casamento, hum? E você não vai ficar tão enfurnado nesse trabalho... – ela fungou no pescoço dele.
- Eu prometo! – ele lhe deu um selinho.
Alguns meses depois...
Nada havia mudado, se enterrou de vez nos afazeres de professor deixando cada vez mais de lado. Então para se divertir todos os fins de semana a moça saía com as amigas.
Neste momento, terminava de se maquiar, queria curtir a noite com as amigas. Alisou a roupa gostando do resultado que visualizava. Passou o batom vermelho pra finalizar, pegou sua bolsa de mão e saiu do cômodo. Olhou pela casa e suspirou aliviada quando viu que o marido não havia chegado em casa, estava cansada do blá, blá, blá dele sobre suas saídas.
Seu celular apitou informando que havia chegado uma nova mensagem, sabia bem que era de Brenda, sua melhor amiga, provavelmente a esperava do lado de fora de sua casa. Trancou bem o ambiente e se foi.
- Oi, Brenda – ela sorriu, dando dois beijinhos na amiga.
- Oi, ! Achei que não conseguisse sair, seu marido é um mala – a moça acabou rindo alto da careta que fazia.
- Ele não manda em mim, por Deus! Magina se eu ficaria em casa, só porque ele quer – negou com a cabeça, enquanto a moça dava partida no veículo.
- Mas ele sai com os amigos? – perguntou a moça, prestando atenção ao trânsito.
- Às vezes, o foco do é ficar em casa, jogando videogame, ou vendo algum filme da Netflix. Quando não está corrigindo provas, trabalhos... – ela revirou os olhos.
- Você não gosta? – Brenda a olhou rapidamente.
- Lógico que eu gosto, mas uma hora cansa, sabe? Está uma rotina sem fim, e não dá! Eu tô que não posso nem olhar pra cara dele, o tempo todo me controlando, me restringindo – ela abriu a boca fingindo vômito.
- Você está certíssima tem mesmo é que se impor – Brenda colocava pilha na moça.
- Sim, foda-se ele e as chatices dele, eu hein? – ela revirou os olhos – Vamos agora falar de coisa boa... Pra onde vamos? – ela se empolgou.
- Descolei uns vips pra uma baladinha nova, só modelo bonito, hein? Quem sabe você não pega alguém? – Brenda estacionava o veículo, haviam chegado.
- Xô tentação, apesar de eu estar em um casamento de merda, não, muito obrigada – ela riu abrindo a porta do veículo.
- Ai, deveria, viu? Seu marido tá merecendo um par de chifres pra acordar pra vida e valorizar a mulher linda que ele tem – gargalhou com a frase.
- Ele é um bocó mesmo – elas andavam em direção a entrada do lugar. não tinha coragem de trair , querendo ou não, mesmo ele sendo ranzinza, ele nunca a traiu. Ela só saia mesmo para se divertir.
- Quero só ver você dando uns pegas em alguém – Brenda bateu o ombro no da amiga. Ela mostrou os passes vips para a balada ao segurança e entraram no local. – Hum... Só tem gato mesmo! – Brenda se balançava enquanto andava pelo local. Scarlet só a seguia.
- Aproveita e arrasa, querida – elas gargalharam e cada uma foi pra um canto. Brenda para a pista e para o bar, o lugar era open. – Tem Dry Martini? – ela gritou para o barman já que ele estava longe e a música estava alta. Ele assentiu com a cabeça, se virando para preparar a bebida. Sentiu o celular vibrar:
Chato: , você está passando de todos os limites! Que porra! A gente vai conversar bem sério quando você chegar! Eu já estou me cansando... 🤬 🤬
Ela revirou os olhos, fez questão de visualizar e ignorar o homem. era tão insuportável, não saia de casa nunca, e não queria deixá-la sair também. Quem estava cansada era ela, e era há tempos. Eles com certeza conversariam seriamente mesmo. Bufou, guardando o celular na bolsa. Tentando controlar a respiração.
- Posso? – um rapaz apontou para um banco que estava ao lado dela. Ela assentiu rapidamente. – Legal aqui, né?
- É... – ela concordou rapidamente, pegando a bebida que o barman lhe oferecia.
- Dry Martini é uma boa pedida mesmo – ele abriu um lindo sorriso para ela.
- Eu gosto muito – ela sorriu forçadamente, pronta pra sair dali e cair na pista junto com Brenda.
- Espera, eu posso te acompanhar nessa dança? – ele piscou o olho direito para ela.
- Olha, eu sou casada – ela mostrou a aliança dourada para o rapaz. – Com licença.
- Eu não ligo, não tenho ciúmes – ele segurou o braço dela. Nesse momento Brenda chegou.
- Hum... já arrumou um boy! – Brenda gargalhou – Pega mesmo, amiga! – ela deu empurrão na mulher, que a quase fez cair no homem. se recompôs, se desvencilhando do rapaz e saindo de perto.
- Não arrumei, já estava de saída – ela fez careta e se movimentou para a pista. Brenda pediu uma cerveja, deu dois tapinhas no ombro do rapaz em forma de consolo e foi atrás dela.
- Cara gato e você dispensa aff... – ela bateu na testa teatralmente.
- Eu não traio, Brenda e você deveria saber e respeitar isso, que saco – ela gritou no ouvido da amiga e foi até a pista de dança. Qual era a parte que as pessoas não entendiam? Ela só ia pras baladas pra se divertir, dançar, beber, ver pessoas diferentes, ficar com qualquer um não englobava o pacote. Já tivera vontade de trair ? Inúmeras, mas nunca o fez, aquilo não era do feitio dela.
Ela continuou dançando até que os pés cansassem, afinal a noite era uma criança.
***
Ela dessa vez havia extrapolado, eram 05h47min da manhã. De fato, havia ficado até mais tarde porque queria provocar o marido. Entrou na casa, tirou os saltos na entrada mesmo, seus pés estavam esfolados de tanto que ela havia dançado a noite inteira. Sentou na poltrona os massageando. Levantou-se, passou no banheiro e se despiu tomando um longo banho para tirar a sujeira e o suor. Pegou a toalha que havia deixado no banheiro, se secou e vestiu a camisola.
Entrou no quarto e viu o marido deitado, ele ainda estava com os óculos na face, deveria estar a esperando e acabou adormecendo. O viu abrir os olhos e sentiu que estaria morta se olhares matassem.
- Temos um novo recorde aqui, hein? Já até amanheceu – ele se levantou e sentou-se na cama. Suspirou cansado.
- Me empolguei dançando, que ó, nem vi a hora passar – ela forçou um sorriso.
- Eu não tenho mais paciência pra isso, ! Você me disse que nunca mais faria isso, mas está virando rotina! Todo fim de semana você sai com essas suas amigas vadias e volta com cheiro de bebida!
- Em primeiro lugar, não chame minha amiga assim, você não a conhece, ok? Você se enterrou na porra do seu trabalho e nessa porcaria de casa. Eu saio mesmo, você não sai comigo!
- Então você se sente no direito de fazer isso por que eu não quero sair? Ah para, vai! Você nem me chama...
- Eu não te chamo porque já cansei de receber negativa como resposta! Você deixou a droga do nosso casamento cair na rotina!
- Agora eu sou o único culpado por isso – ele riu incrédulo – Não seja louca, se estamos na situação que estamos é por sua culpa também. Você desistiu de nós!
- Você é um ridículo, quem cansou sou eu! Não está dando mais certo, acho melhor a gente... – ela engoliu as palavras que queria proferir.
- Terminar? – ele soprou as palavras – É isso o que você quer?
- Não terminar literalmente, precisamos de um tempo pra gente – ela mordeu os lábios – Não está legal o que temos, e nós estamos empurrando com a barriga. , são brigas todos os dias.
- Eu não acredito nessa história de tempo, ! – ele a encarou – Você quer ter sua vidinha de balada, pegar vários, se é que já não pega.
- Não me ofenda! Eu saio pra me divertir e isso não engloba homens. Mas talvez eu queira mesmo ter vidinha de solteira – ela cuspiu as palavras.
- Então saiba que se você quer dar um tempo nisso – ele apontou para eles – A gente termina de vez! Eu não tenho estômago pra tempo!
Ela se levantou da cama, tirou a própria camisola, ficando nua na frente dele. Ele engoliu em seco, vendo-a ali, não entendendo o sentido daquilo. Ela abriu o guarda roupa, pegando uma calcinha com sutiã e os vestindo, fez o mesmo com uma regata e uma calça jeans. Pegou a mala que ficava no fundo do guarda roupa e começou a colocar algumas peças ali. Acabou fechando a mala e o encarou.
- Estarei de volta mais cedo do que você imagina, - ela respirou fundo, decidida - Eu preciso desse espaço, assim como você precisa – ela trouxe a mala de rodinhas pra mais perto dela - Eu preciso desse tempo, tempo para limpar minha cabeça.
- Talvez eu também precise mesmo desse espaço, mas saiba que você saindo daquela porta a fora, talvez quando decidir voltar eu não esteja mais aqui.
- Eu vou ter que correr o risco – ela sussurrou. Arrastando a mala de rodinhas junto com ela para fora daquele quarto.
— Olha, sinto muito se ela não gosta de mim. Mas ninguém sabe o que aconteceu comigo, e é muito fácil julgar antes de saber da história toda. De qualquer forma, eu e estamos aqui para aproveitar as festas. — encerrou o assunto. Se Susan não tinha ido com a cara de e quisesse ficar de birra, bom, então ela ficaria de birra sozinha. Voltar para aquela história era sempre tão exaustivo, que pensou que em Leeds não precisaria lidar com aquilo, mas estava enganada. Enquanto tentava afastar todos aqueles pensamentos, seu celular começou a vibrar no bolso do casaco. Era .
- , pensei de a gente pegar um cineminha hoje, o que acha? – ela se sentou na frente dele. Ele a ignorou, olhando a papelada do trabalho.
- Hoje não, , estou cheio de provas pra corrigir, você sabe, primeiro as obrigações, depois a diversão. – ela chateou-se.
- Claro, claro, você está certíssimo – ela forçou um sorriso - Posso te ajudar em algo?
- Ah não precisa, obrigado – ele lhe deu um rápido selinho e voltou a correção das provas do ensino fundamental.
Oito anos e meio de casamento
estava inquieta no sofá, enquanto via o marido mais uma vez assistindo algo na televisão. A moça estava em completo tédio. Ela se remexeu maia uma vez no sofá, despertando a atenção de .
- O que há com você? – ele se virou para ela, curioso.
- Estamos tão enfurnados dentro de casa, o que acha de uma viagem, já que chegou as férias letivas?
- , viagem é muito gasto, pelo amor de Deus – ela revirou os olhos, cansada.
- Um gasto que a gente tem plenas condições de arcar...
- Eu não quero, ok? Vamos curtir nossas férias em casa mesmo, assistindo um filme ou série na Netflix e comendo pipoca. Tem coisa melhor?
- Tem sim, uma viagem – ela se emburrou. suspirou fundo.
- , eu prometo que nas próximas férias a gente viaja, o que acha? – ele lhe deu um selinho, ela virou o rosto, emburrada – , me entenda, agora não dá. – ele a trouxe pra si, tentando lhe abraçar
- E mais uma vez você vence... – ela suspirou fundo, o abraçando de volta. Eu já me cansando... Ela completou mentalmente.
Nove anos de casamento
- Vamos no aniversário do Marcelo? Ele nos convidou há bastante tempo, .
- Não vou conseguir ir, tem alguns exercícios que eu preciso corrigir. – ele respondeu preguiçoso.
- Que fiquemos duas horas no máximo, querido, vamos, por favor? – ela suplicou.
- , não dá mesmo. Chame uma amiga e vá você com ela. Assim o Marcelo não fica chateado por nenhum de nós irmos.
- Eu queria ir com você – ele suspirou cansado, negando com a cabeça – Você é muito insuportável, às vezes tenho vontade de...
- De quê, ? – ele finalmente largou os papéis e a encarou.
- De nada, vou chamar a Brenda! – ela pisou forte e foi até o quarto em busca do celular.
Dez anos de casamento
- Sim a noite foi maravilhosa – entrava rindo dentro de casa – Precisamos sim repetir mais vezes. – ela tirou os sapatos de salto, e os colocou no canto da sala – Yep, acabei de chegar – ela colocou a mão na boca para segurar a risada – Não me faça rir, se não eu acordo o – ela ainda tinha um sorriso na face – Beijos! Vamos nos falando!
se jogou no sofá, estava cansada. Fazia anos que não se divertia assim... Só não esperava que na poltrona da frente estivesse sentado. Ela tomou um susto quando viu ao abajur do lado da poltrona se acender.
- Meu Deus, que susto! – tinha a mão sobre o coração, que estava disparado.
- Assustada por que, ? – ele a mediu dos pés a cabeça e percebeu que sua esposa estava alegre. – Aprontou algo que eu não possa saber?
- Jamais, – ela negou, com uma careta na face. – Eu só sai pra beber com algumas amigas.
- Você disse que ia ficar até as 22h20min e olha a hora – ele mostrou o celular que indicava o horário 00h36min – Fiquei preocupado, você não me atendia! E vejo que o celular não estava descarregado já que estava em altos papos com alguém...
- Ai, amor, me desculpa – ela se levantou do sofá e sentou no colo do marido – Eu até vi suas ligações, mas esqueci completamente de retornar. – ele suspirou fundo, com as mãos na poltrona – Perdão? – ela lhe deu um selinho – Por favor, , eu não fiz por mal...
- Tudo bem, , mas me prometa que não vai fazer mais isso? – ele a abraçou e ela se aconchegou no homem – Eu não me importo que saia com suas amigas, só me mantém avisado, ok?
- Eu prometo que não faço mais, desde que você me prometa que vai sair mais comigo, seremos como éramos nos nossos primeiros anos de casamento, hum? E você não vai ficar tão enfurnado nesse trabalho... – ela fungou no pescoço dele.
- Eu prometo! – ele lhe deu um selinho.
Alguns meses depois...
Nada havia mudado, se enterrou de vez nos afazeres de professor deixando cada vez mais de lado. Então para se divertir todos os fins de semana a moça saía com as amigas.
Neste momento, terminava de se maquiar, queria curtir a noite com as amigas. Alisou a roupa gostando do resultado que visualizava. Passou o batom vermelho pra finalizar, pegou sua bolsa de mão e saiu do cômodo. Olhou pela casa e suspirou aliviada quando viu que o marido não havia chegado em casa, estava cansada do blá, blá, blá dele sobre suas saídas.
Seu celular apitou informando que havia chegado uma nova mensagem, sabia bem que era de Brenda, sua melhor amiga, provavelmente a esperava do lado de fora de sua casa. Trancou bem o ambiente e se foi.
- Oi, Brenda – ela sorriu, dando dois beijinhos na amiga.
- Oi, ! Achei que não conseguisse sair, seu marido é um mala – a moça acabou rindo alto da careta que fazia.
- Ele não manda em mim, por Deus! Magina se eu ficaria em casa, só porque ele quer – negou com a cabeça, enquanto a moça dava partida no veículo.
- Mas ele sai com os amigos? – perguntou a moça, prestando atenção ao trânsito.
- Às vezes, o foco do é ficar em casa, jogando videogame, ou vendo algum filme da Netflix. Quando não está corrigindo provas, trabalhos... – ela revirou os olhos.
- Você não gosta? – Brenda a olhou rapidamente.
- Lógico que eu gosto, mas uma hora cansa, sabe? Está uma rotina sem fim, e não dá! Eu tô que não posso nem olhar pra cara dele, o tempo todo me controlando, me restringindo – ela abriu a boca fingindo vômito.
- Você está certíssima tem mesmo é que se impor – Brenda colocava pilha na moça.
- Sim, foda-se ele e as chatices dele, eu hein? – ela revirou os olhos – Vamos agora falar de coisa boa... Pra onde vamos? – ela se empolgou.
- Descolei uns vips pra uma baladinha nova, só modelo bonito, hein? Quem sabe você não pega alguém? – Brenda estacionava o veículo, haviam chegado.
- Xô tentação, apesar de eu estar em um casamento de merda, não, muito obrigada – ela riu abrindo a porta do veículo.
- Ai, deveria, viu? Seu marido tá merecendo um par de chifres pra acordar pra vida e valorizar a mulher linda que ele tem – gargalhou com a frase.
- Ele é um bocó mesmo – elas andavam em direção a entrada do lugar. não tinha coragem de trair , querendo ou não, mesmo ele sendo ranzinza, ele nunca a traiu. Ela só saia mesmo para se divertir.
- Quero só ver você dando uns pegas em alguém – Brenda bateu o ombro no da amiga. Ela mostrou os passes vips para a balada ao segurança e entraram no local. – Hum... Só tem gato mesmo! – Brenda se balançava enquanto andava pelo local. Scarlet só a seguia.
- Aproveita e arrasa, querida – elas gargalharam e cada uma foi pra um canto. Brenda para a pista e para o bar, o lugar era open. – Tem Dry Martini? – ela gritou para o barman já que ele estava longe e a música estava alta. Ele assentiu com a cabeça, se virando para preparar a bebida. Sentiu o celular vibrar:
Chato: , você está passando de todos os limites! Que porra! A gente vai conversar bem sério quando você chegar! Eu já estou me cansando... 🤬 🤬
Ela revirou os olhos, fez questão de visualizar e ignorar o homem. era tão insuportável, não saia de casa nunca, e não queria deixá-la sair também. Quem estava cansada era ela, e era há tempos. Eles com certeza conversariam seriamente mesmo. Bufou, guardando o celular na bolsa. Tentando controlar a respiração.
- Posso? – um rapaz apontou para um banco que estava ao lado dela. Ela assentiu rapidamente. – Legal aqui, né?
- É... – ela concordou rapidamente, pegando a bebida que o barman lhe oferecia.
- Dry Martini é uma boa pedida mesmo – ele abriu um lindo sorriso para ela.
- Eu gosto muito – ela sorriu forçadamente, pronta pra sair dali e cair na pista junto com Brenda.
- Espera, eu posso te acompanhar nessa dança? – ele piscou o olho direito para ela.
- Olha, eu sou casada – ela mostrou a aliança dourada para o rapaz. – Com licença.
- Eu não ligo, não tenho ciúmes – ele segurou o braço dela. Nesse momento Brenda chegou.
- Hum... já arrumou um boy! – Brenda gargalhou – Pega mesmo, amiga! – ela deu empurrão na mulher, que a quase fez cair no homem. se recompôs, se desvencilhando do rapaz e saindo de perto.
- Não arrumei, já estava de saída – ela fez careta e se movimentou para a pista. Brenda pediu uma cerveja, deu dois tapinhas no ombro do rapaz em forma de consolo e foi atrás dela.
- Cara gato e você dispensa aff... – ela bateu na testa teatralmente.
- Eu não traio, Brenda e você deveria saber e respeitar isso, que saco – ela gritou no ouvido da amiga e foi até a pista de dança. Qual era a parte que as pessoas não entendiam? Ela só ia pras baladas pra se divertir, dançar, beber, ver pessoas diferentes, ficar com qualquer um não englobava o pacote. Já tivera vontade de trair ? Inúmeras, mas nunca o fez, aquilo não era do feitio dela.
Ela continuou dançando até que os pés cansassem, afinal a noite era uma criança.
Entrou no quarto e viu o marido deitado, ele ainda estava com os óculos na face, deveria estar a esperando e acabou adormecendo. O viu abrir os olhos e sentiu que estaria morta se olhares matassem.
- Temos um novo recorde aqui, hein? Já até amanheceu – ele se levantou e sentou-se na cama. Suspirou cansado.
- Me empolguei dançando, que ó, nem vi a hora passar – ela forçou um sorriso.
- Eu não tenho mais paciência pra isso, ! Você me disse que nunca mais faria isso, mas está virando rotina! Todo fim de semana você sai com essas suas amigas vadias e volta com cheiro de bebida!
- Em primeiro lugar, não chame minha amiga assim, você não a conhece, ok? Você se enterrou na porra do seu trabalho e nessa porcaria de casa. Eu saio mesmo, você não sai comigo!
- Então você se sente no direito de fazer isso por que eu não quero sair? Ah para, vai! Você nem me chama...
- Eu não te chamo porque já cansei de receber negativa como resposta! Você deixou a droga do nosso casamento cair na rotina!
- Agora eu sou o único culpado por isso – ele riu incrédulo – Não seja louca, se estamos na situação que estamos é por sua culpa também. Você desistiu de nós!
- Você é um ridículo, quem cansou sou eu! Não está dando mais certo, acho melhor a gente... – ela engoliu as palavras que queria proferir.
- Terminar? – ele soprou as palavras – É isso o que você quer?
- Não terminar literalmente, precisamos de um tempo pra gente – ela mordeu os lábios – Não está legal o que temos, e nós estamos empurrando com a barriga. , são brigas todos os dias.
- Eu não acredito nessa história de tempo, ! – ele a encarou – Você quer ter sua vidinha de balada, pegar vários, se é que já não pega.
- Não me ofenda! Eu saio pra me divertir e isso não engloba homens. Mas talvez eu queira mesmo ter vidinha de solteira – ela cuspiu as palavras.
- Então saiba que se você quer dar um tempo nisso – ele apontou para eles – A gente termina de vez! Eu não tenho estômago pra tempo!
Ela se levantou da cama, tirou a própria camisola, ficando nua na frente dele. Ele engoliu em seco, vendo-a ali, não entendendo o sentido daquilo. Ela abriu o guarda roupa, pegando uma calcinha com sutiã e os vestindo, fez o mesmo com uma regata e uma calça jeans. Pegou a mala que ficava no fundo do guarda roupa e começou a colocar algumas peças ali. Acabou fechando a mala e o encarou.
- Estarei de volta mais cedo do que você imagina, - ela respirou fundo, decidida - Eu preciso desse espaço, assim como você precisa – ela trouxe a mala de rodinhas pra mais perto dela - Eu preciso desse tempo, tempo para limpar minha cabeça.
- Talvez eu também precise mesmo desse espaço, mas saiba que você saindo daquela porta a fora, talvez quando decidir voltar eu não esteja mais aqui.
- Eu vou ter que correr o risco – ela sussurrou. Arrastando a mala de rodinhas junto com ela para fora daquele quarto.
— Olha, sinto muito se ela não gosta de mim. Mas ninguém sabe o que aconteceu comigo, e é muito fácil julgar antes de saber da história toda. De qualquer forma, eu e estamos aqui para aproveitar as festas. — encerrou o assunto. Se Susan não tinha ido com a cara de e quisesse ficar de birra, bom, então ela ficaria de birra sozinha. Voltar para aquela história era sempre tão exaustivo, que pensou que em Leeds não precisaria lidar com aquilo, mas estava enganada. Enquanto tentava afastar todos aqueles pensamentos, seu celular começou a vibrar no bolso do casaco. Era .
Fim!
Nota da autora: Eu me diverti horrores escrevendo essa short. Esses pais são completamente piradinhos, né? E a filha? Piorou hahah. Espero que gostem da fanfic mais rápida que eu já escrevi. Um beijo <3
Outras Fanfics:
Longs:
I Won't Forget You
Originais/Finalizada
Ficstapes:
02. Os Anjos Cantam
Ficstape #090 - Jorge e Mateus/Finalizada
03. Sk8er Boi
Ficstape #069 - Avril Lavigne/Finalizada
05. She Moves In Her Own Way
Ficstape #094 - The Kooks/Finalizada
06. Don't Forget
Ficstape #099 - Demi Lovato/Finalizada
08. Rock Wiyh You
Ficstape #100 - Michael Jackson/Finalizada
Nota da beta: Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.
Outras Fanfics:
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I Won't Forget You
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02. Os Anjos Cantam
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05. She Moves In Her Own Way
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06. Don't Forget
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08. Rock Wiyh You
Ficstape #100 - Michael Jackson/Finalizada