Finalizada em: 11/02/2018

Capítulo Único

18. 3 Horas de Motel
Três horas de motel foi pouco...

Me lembro como se fosse ontem de ver o carro levando-a embora. Os faróis se acenderam e eu tomei uma longa respiração, tentando remover do meu rosto qualquer traço que indicasse o meu verdadeiro estado de espírito: eu estava de luto. Sim, de luto.
Porque minha felicidade tinha acabado de morrer.

- Ela vai voltar, filho. - Meu pai tentou me consolar, colocando sua mão por cima do meu ombro. Sem tentar disfarçar, me desviei do seu toque, tentando manter-me firme e sério.

Mas por dentro eu estava tão quebrado que quase podia sentir os pedaços do meu coração se partindo. Como ela podia me deixar? Depois de tudo que passamos juntos?
Ironicamente, foi nessa hora que a chuva começou a cair. Impiedosa e furiosa, como sempre, com mais uma forma de caçoar de mim. Como se dissesse: "Sim, ela partiu, e vai ficar bem melhor sem você!".
Escutei meus pais correndo em direção a casa, tentando inutilmente se livrar das brutas gotas d'água que caíam ainda mais fortes agora. Mas eu fiquei ali. Parado, sem mover um músculo sequer e apenas sentindo meu corpo receber todo aquele frio e o impacto da chuva contra o meu corpo. Recusei-me a entrar porque, quando entrasse, teria que me conformar de que não a teria morando ali, ao lado da minha casa, como sempre havia sido. E eu me recusava a ter de aceitar isso!
Mas inevitavelmente eu precisei entrar. E entrei oco, como se minha alma houvesse partido com ela e deixasse apenas essa casca vazia para preencher o espaço. Ao me deitar na cama, naquela noite, ainda encharcado e com as lágrimas lutando para sair, também me recordo de implorar para que ela voltasse pra mim.
E acordei com esse mesmo pensamento infeliz e otimista. Que um dia ela voltaria pra mim e trocaríamos um beijo apaixonado, do mesmo modo que trocamos na noite anterior a sua partida, quando perdemos a virgindade juntos e eu imaginei, por um segundo apenas, que viveríamos felizes para sempre. Era esse pensamento que me fazia acordar todas as manhãs e agradecer aos céus por estar vivo. Ele era o responsável por eu continuar vivendo, querendo notas boas, querendo uma boa universidade, querendo ser um cara bom. E dia após dia vivendo essa ilusão, haviam se passado três anos.
Três anos sem notícias de .
Hoje estou no segundo ano da faculdade, capitão do time de futebol e bolsista integral cursando Administração. Viver em uma fraternidade responsável pelas maiores festas do campus e dormir com calouras gostosas e divertidas não é um fardo muito pesado, devo admitir. O garotinho bobo e apaixonado pela vizinha espertinha e inteligente da casa ao lado havia morrido, e eu fazia questão de deixá-lo assim.

- , olha isso aqui, cara! - Peter, meu melhor amigo desde o primeiro ano, me grita.

Corro em sua direção e não posso evitar soltar um grito, surpreso ao me deparar com o maior barril de cerveja já visto na história dessa universidade.

- Porra, isso aqui dá pra três festas inteiras, cara! - berro, sorrindo.
- Eu sei, caralho. Drew é mesmo um imbecil! Aquele merda não tem porra nenhuma naquela cabeça. O que vamos fazer com tudo isso? - Peter questiona, emburrado.
- Relaxa, dude. O pior que pode acontecer é termos que matar toda essa bebida no decorrer da semana. O que não seria um fardo muito grande... - tentei convencer, arqueando uma sobrancelha.

Meu amigo pareceu pensar por alguns segundos, mas logo balança a cabeça, sem disfarçar um sorriso.
Era assim que as coisas tinham que ser. Sempre olhando para o lado positivo.
Conforme a noite foi caindo, a nossa casa na fraternidade foi se enchendo cada vez mais. Eu já estava acostumado com toda a gritaria e a música alta, sem contar de toda a sujeira (que sempre contratávamos profissionais para dar um jeito).

- Aí está você! - , minha espécie de ficante fixa, grita. - O Drew não sabe mesmo fazer porra nenhuma!

Apenas balanço a cabeça, concordando silenciosamente.

- Vem, - a puxo pelo braço, vendo-a rodopiar até estar perto o suficiente do meu rosto para que eu consiga sentir sua respiração.

Os segundos que antecedem ao nosso beijo não são grande coisa, tendo em vista a minha falta de sentimento por ela. Ou por qualquer outra.
agarra minha nuca, possessiva, enfiando a língua ainda mais fundo na minha boca de uma maneira extremamente sensual. Desço minhas mãos até que estas se encaixem na bunda grande e empinada da garota que agora se esfrega cada vez mais no meu pau. É isso que eu mais amo nessa garota: ela sabe do que preciso e não me nega. Sem cobranças, sem ligações ou café da manhã na cama. Apenas sexo.

- Vamos pro quarto agora ou você quer curtir um pouco a festa antes? - ela pergunta com a voz rouca, carregada de desejo.

Quase sorrio com sua pergunta. Curtir o quê? Fazemos essas festas regularmente e quase sempre as mesmas coisas acontecem. Casais brigam, pessoas desconhecidas se pegam, os membros da fraternidade comem uma porrada de garotas, rolam também algumas orgias e o mais óbvio: bebida. Pessoas bêbadas vomitando pelo campus da universidade podiam ser facilmente uma das atrações exibidas aos calouros no folheto de boas-vindas.

- Pode ir subindo pro meu quarto. Eu chego em cinco minutos - aviso, dando-lhe uma pequena mordidinha no lábio inferior.

assente, passando as unhas por toda a extensão do meu peitoral. Em seguida ela se vira, provocativa, e eu dou um tapinha na sua bunda e sorrio ao ouvir sua gargalhada soar alta. Era bom ter algo sólido na minha vida pra variar.
Viro-me até a cozinha, preparando umas doses de vodka com coca-cola para levar pro meu quarto. Cerveja é bom, mas ultimamente tenho preferido algo mais... forte. A culpa não me atingia tanto dessa maneira.

- ! , CARALHO! - a voz de Peter soa, e ele aparece com a expressão mais assustadora do mundo.
- O que foi, dude? Quer um pouco também? - pergunto, a sobrancelha arqueada enquanto ergo meu copo até então com apenas vodka.
- Não, porra... acabei de ver uma coisa... caralho... - ele passa a mão sobre os cabelos loiros, deixando-os ainda mais bagunçados.

Franzo o cenho, começando a ficar preocupado de verdade.
Peter passa por mim e vira um shoot de tequila sem nem pensar duas vezes antes de continuar:

- Eu acho que a está aqui, cara - ele diz com uma expressão nervosa. - E... tem mais. Acho que ela veio com o Drew.

Sinto como se o mundo abaixo dos meus pés estivesse se despedaçando lentamente, deixando apenas a sensação de impotência e medo tomar conta de mim. O coração que eu nem mesmo lembrava que ainda estava ali começa a bater com mais força do que nunca, e sinto como se pudesse flutuar com ele ali.
Mas então o peso das palavras do meu melhor amigo me atingem como um soco, e sinto tudo aquilo ser substituído por... raiva.

Como ela se atreve a aparecer na minha fraternidade acompanhada de outro cara? Como?

Sem responder nada a Peter, que continua com uma cara bastante apreensiva, viro as costas com apenas uma missão: esclarecer toda essa história. Sinto a garganta se fechar em um bolo de ansiedade ao pensar em ficar cara a cara com ela outra vez, mas ignoro todas as sensações em prol do meu objetivo.
Empurro alguns casais que estão descaradamente se agarrando contra as paredes e quase tropeço em um garoto bêbado que acaba de desmaiar, mas finalmente a encontro.
Meu coração acelera. Sinto todo o meu corpo se arrepiar ao reconhecer o timbre daquela risada... aquela risada.
Meu Deus.

- ?

O mundo parece parar, e me vejo quase em estado de alerta ao perceber que sim, é ela mesmo, e está de costas a apenas dois passos ao alcance da minha mão. , ao perceber que seu nome havia sido chamado, vira seu dorso pra frente.
Prendo a respiração.
Ela arregala os olhos.
Minhas mãos começam a tremer.
Ela engole em seco.
Nossos olhos se encontram...
E é como se fogos de artifícios saíssem de dentro de mim.

- ? - o espanto em sua voz me deixa sem ação.
- ! - Drew berra, agarrando a cintura dela.

Cerro os punhos, tentando normalizar a minha respiração. Não quero cometer um assassinato assim, mas não conseguirei me controlar caso ele a toque novamente.
Ela é minha. Não importa o tempo que ficamos separados, nossas mudanças e todo o abismo que há entre nós hoje. Ela é minha e será minha pra sempre.

- Fala aí, Drew - balbucio, sem desviar o olhar do rosto dela.

Do rosto lindo dela.
Os cabelos estão mais longos, e com um brilho mais suave do que eu me lembrava. O rosto continua como sempre, expressivo e misterioso, tirando o fato de que não há mais nele a expressão de menina que eu me recordava diariamente, mas sim de uma mulher forte e que sabe bem o que quer.
Mas os olhos... esses continuam do mesmo jeito que aparecem em meus sonhos. Inquisidores e apaixonantes, tudo na mesma medida.

- Fiquei com medo de te perder de vista hoje. Eu trouxe a ... ela é a minha prima, lembra? Já faz um tempo que quero apresentar vocês dois - ele diz, sorrindo malicioso.

Arqueio a sobrancelha, sem tentar disfarçar a minha surpresa. Drew e ... primos?!

- Esse é o tal amigo de que você tanto fala? - se pronuncia, as palavras saindo atropeladas de sua boca. - Tá falando sério mesmo?

Drew abre os braços, como se dispensasse agradecimentos. Em seguida arranca o copo das mãos da prima e entorna todo o líquido.

- Cam! PORRA, CAMERON! - ele grita, acenando para o amigo.

Drew nos deixa por fim sozinhos, e sinto como se pudesse morrer a qualquer instante.

- Como você está, ? - pergunto.

Ela abre um sorriso convencido, dando um passo em minha direção.

- Estou ótima. E tenho algumas novidades pra te contar.
- Posso dizer o mesmo - estreito os olhos, sentindo a palma da mão começar a suar. - Como seu pai es...

Somos interrompidos por uma caloura que vomita tudo o que bebeu no tapete, e escuto Peter gritar um alto e sonoro "que caralho!" em algum canto da casa.
Ela arqueia a sobrancelha, sugestiva.

- Não podemos ir pro seu quarto ou pra qualquer outro lugar? Temos muito o que conversar e eu tenho a impressão de que não vamos conseguir falar nada com todo esse barulho.

Assinto lentamente, pensando em semi-nua deitada na minha cama uma hora dessas. Meu quarto está definitivamente fora de questão.
Sem pensar muito, puxo pelas mãos, ignorando solenemente todos os arrepios que me tomam o corpo ao ter esse primeiro contato com ela, e paro apenas para agarrar as chaves do meu carro. Entre gastar minha noite conversando com ela ou foder uma garota apenas pelo prazer carnal que isso me proporciona, eu escolho ela mil vezes.

(...)

- Um motel, ? É sério? - ela pergunta, divertida, enquanto toco suas costas para conduzi-la até o elevador.
Dou de ombros, me fazendo de inocente.

- Era o lugar mais perto da universidade. E esse é um motel cinco estrelas, sabia?

Ela joga a cabeça pra trás, gargalhando em alto e bom som.
Todas as células do meu corpo parecem despertar ao escutar essa risada. Subitamente me fazia lembrar das horas que costumávamos gastar em seu quarto, logo após longos beijos e carinhos. Eu me lembro de ter uma meta: fazê-la sorrir como uma louca ao menos cinco vezes por dia. Fico feliz por saber que havia conseguido concretizar meu objetivo em todos os dias que havíamos ficado juntos.
O quarto que aluguei não é grande coisa, mas em comparação com qualquer outro motel que poderíamos ter encontrado é quase um quarto de luxo.

- Uau... isso aqui é enorme - ela grita, se jogando em cima da imensa cama de casal. - E tem um espelho no teto! Meu Deus!

Não consigo conter a risada que me escapa ao vê-la inspecionar todo o quarto. solta vários gritinhos com a banheira que encontra perto da piscina, e passa a pular na cama ao encontrar o champagne dentro do balde de gelo que ganhamos por cortesia.

- Você nunca tinha vindo em um motel antes? Sério? - pergunto, me deitando na cama macia.

lentamente para de pular e agarra a garrafa de bebida, estendendo-a pra mim para que eu a abra.

- Não tinha com quem vir. Transei com poucos caras, ao contrário de você, senhor pego-todas - ela reclama, dando de ombros.

Balanço a cabeça, encantado com o jeito de menina que ainda toma conta dela.
Abro o champagne e o ergo longe para que a espuma escorra no chão. Em seguida pego as duas taças que estão estrategicamente posicionadas na cabeceira da cama e encho até a metade.
vai bebendo devagar, dando pequenos goles ao sorver a bebida. Ela fecha os olhos para poder sentir mais o gosto do espumante, e me sinto hipnotizado ao observar os lábios macios brilharem graças o líquido. Ela é a coisa mais linda que existe no mundo, e me sinto um imbecil por acreditar que poderia superar essa mulher algum dia.

- Você lembra do que fazíamos todos os dias depois dos nossos três meses de namoro? - ela quebra o silêncio, evitando me olhar nos olhos.

Solto uma risada nasal, concordando.

- Você não queria perder a virgindade ainda, mas queria muito fazer alguma coisa pra acabar com aquele fogo que você sentia quando eu te beijava. Então todos os dias depois de quase duas horas de amasso na sua ou na minha cama, a gente fazia o famoso meia-nove.

Ela me empurra no ombro, o rosto ficando cada vez mais vermelho.

- Eu não tinha fogo nenhum! É que depois que deixei você fazer a primeira vez, eu percebi o quanto era bom. Não era culpa minha se você realmente tinha um dom com a língua.

Rio alto, quase engasgando com a bebida.

- Naquela época eu ainda era um menino. Hoje em dia você se surpreenderia com a minha língua - solto, risonho.

Estava feliz em conseguir conversar com ela dessa maneira leve e divertida, sem o ar pesado e esquisito que eu acreditava encontrar quando finalmente ficasse cara a cara com ela novamente. , antes de tudo, não passava de uma garota espertinha e engraçada pela qual eu havia me apaixonado miseravelmente anos antes... e continuava louco até hoje.
Meu olhar se desviou para o dela e quase gemi ao perceber todo o fogo que encontrei ali. Ela segura a taça com certa força na mão, parecendo confusa quanto aos seus reais sentimentos.

- Eu ainda sonho com a nossa primeira vez - ela diz, firme. - Costumo acordar suspirando ao me lembrar de como você foi carinhoso comigo, . Mesmo com a dor e o medo, gosto de pensar no rosto lindo se contorcendo de prazer em cima de mim. Pensei que podia morrer de alegria quando deitamos juntos naquela noite.

Engulo em seco, os olhos brilhando com as lágrimas que eu recusava a deixar cair.

- Então por que foi embora, ? Por quê? - pergunto, a voz falhando.

Ela desvia o rosto, a expressão triste tomando conta da sua face.

- Meu pai... ele... - ela respira fundo, tomando coragem. - Ele tinha outra família, . Morava com outra mulher e tinha outra filha, da minha idade. Minha mãe desconfiava, mas não tinha certeza... até que encontrou a casa. Igual a nossa, mas quase do outro lado da cidade. Ela foi até lá, bateu na porta e começou a gritar feito louca ao perceber que os três estavam tomando café da manhã juntos na cozinha, da mesma maneira que fazíamos quando ele estava em casa. Saí do carro, confusa, até que a encontrei. Ela parecia perturbada com toda a situação igualzinha a mim. Então minha mãe tomou uma decisão: iríamos morar no antigo apartamento de solteira dela, em um outro estado. Ela nunca havia vendido, tinha medo do acaso acontecer. E ele... aconteceu.

Tento esconder a surpresa do meu rosto, mas sei que falho miseravelmente nessa tarefa. Ele tinha sido o culpado do amor da minha vida morar longe de mim... ele é o canalha que enganara e mentira para as mulheres mais carinhosas e bondosas que eu já havia conhecido. Ele não merecia nada mais do que o inferno na Terra.

- O que aconteceu com ele? - consigo perguntar, por fim.

Ela ergue o olhar até encontrar o meu, e percebo que algumas lágrimas suas também lutam pra sair.

- Tentou se justificar, mas nenhuma das duas quis ouvir nada. Segui minha vida com a minha mãe, assim como a outra fez o mesmo com a filha. Ele veio atrás de mim, também foi atrás da minha meia-irmã, mas não quisemos mais contato. Recentemente Drew descobriu que ele se casou de novo, e o filho deles acabou de nascer. Se chama Miguel e no próximo dia quinze vai completar três meses.

PUTA QUE PARIU.

- Como você está lidando com isso?

dá de ombros, finalmente deixando que uma lágrima escorra até sua bochecha. Sem conseguir me conter, limpo-a com a ponta dos dedos, ficando cara a cara com ela mais uma vez. Nossas respirações se mesclam, e sinto toda a dor e as palavras não ditas serem levadas ao vento. O que realmente importa nesse momento é que estávamos juntos novamente, e eu jamais deixarei essa mulher escapar de mim duas vezes.

- Me desculpa - peço, deixando que um soluço me escape.

franze o cenho, passando seus braços ao redor do meu pescoço.

- Você não tem culpa, .
- Me desculpa por ter te culpado... me perdoa por ter achado que você tinha desistido de mim. De nós.

Por um instante, ela não diz nada. Chego até a pensar que ela está ainda mais magoada com as minhas palavras, mas... é aí que ela me puxa em sua direção, esmagando seus lábios nos meus. A língua de encontra a minha depois de tantos anos, e sinto uma chama se espalhar por toda a minha coluna, me causando arrepios dos pés a cabeça.
Sem desperdiçar mais nenhum segundo, seguro suas coxas grossas com vontade, apertando o suficiente para que a marca de meus dedos fique ali como um sonoro aviso de que ela é minha, e puxo com vontade até que ela está sentada em meu colo. Nossos lábios se desgrudam por um segundo e eu a encaro, linda, com os lábios vermelhos e brilhantes por causa do nosso beijo. Seu rosto está carregado de desejo e o corpo bem desenvolvido se esfrega contra o meu sem vergonha nenhuma.

- Você é a criatura mais linda e irresistível que existe - murmuro, fascinado com aquela visão.

Sabia que se o mundo acabasse agora eu morreria feliz.

- Eu quero mesmo descobrir o que sua língua andou aprendendo depois desses três anos... - ela murmura, safada, contra a minha boca.

Não consigo evitar soltar uma risada alta.

- Seu pedido é uma ordem.

Eu volto a beijá-la com volúpia, agarrando seus quadris de modo em que seu corpo tenha ainda mais contato com meu pau. Ela vai se esfregando cada vez mais rápido, de uma maneira que me provoca pequenas vertigens de prazer, que vai crescendo gradualmente.

- Isso não vai dar certo - gemo, apertando sua cintura para que ela pare com as carícias provocantes.

Sem dar tempo de argumentar, jogo-a na cama me contemplando com a visão matadora dessa mulher todinha pra mim. Sua saia subiu até o meio das coxas, me dando uma visão privilegiada de sua calcinha de renda vermelha.
Vermelho é minha cor favorita, e ela sabe muito bem disso.
Agarro suas pernas de forma que elas fiquem por cima dos meus ombros e arqueio a sobrancelha, em uma pergunta clara.
apenas dá de ombros, brilhando em expectativa.

- Não sabia que iria te encontrar aqui, mas minha intuição me avisou que eu deveria caprichar na escolha.

Solto uma risada rouca, encarando aquele pontinho que estava a centímetros da minha boca. Eu estava salivando por ela, que me encarava sem nem piscar.

- Se não se importa, vou comer algo de que sinto muito falta. Você me deixou faminto por tempo demais, - murmuro, vendo-a se contorcer ao ouvir minhas palavras.
- Fique a vontade. Sou toda sua - ela responde, a voz rouca me arrepiando completamente.

Sem esperar mais nenhuma palavra, abocanho sua intimidade sem pensar em mais nada. O toque de minha língua em sua pele a faz suspirar alto, agarrando os meus cabelos, e isso somente me incentiva a continuar meu trabalho mais arduamente. Minha língua faz um oito até sua entrada, entrando e saindo, até subir novamente e eu me deparar com seu clitóris implorando por atenção. Sem querer deixar minha menina na vontade, chupo-a longamente, sugando toda a sua extensão e alternando entre beijos carinhosos e lambidas furiosas. Estou com mais fome dela do que jamais conseguiria me lembrar.
Sou recompensado com gritos e gemidos capazes de acordar o prédio todo, e chupo-a mais forte ao me lembrar de que são todos pra mim. Ela segura meus cabelos com mais força, guiando-me exatamente para onde ela precisa de mim, e quase fico louco ao perceber que ela mexe os quadris com força contra o meu rosto. Deixo que ela fique no controle da situação, e sugo seu pontinho de prazer com mais força, ouvindo-a soltar um grito mudo de prazer.

- ... , eu vou... eu... - ela tenta falar, perdida nas sensações que eu a proporciono.

Não deixo que ela pense muito e agarro suas coxas com ainda mais firmeza, lambendo-a longamente enquanto a sinto tremer e convulsionar contra a minha língua. goza alto, se agarrando contra mim, suas longas pernas se apertando ao redor do meu rosto, como se ela tivesse medo de que eu saísse dali. Ela não fazia ideia do quão difícil seria me convencer a fazer qualquer outra coisa além disso daqui pra frente.
Aos poucos sua respiração foi se normalizando, e me pus de pé para admirar a minha obra de arte. Sua pele estava corada graças ao orgasmo que eu havia lhe dado, e seus olhos nebulados devido ao desejo que ela ainda sentia. Nos encaramos por poucos segundos e eu abri um sorriso preguiçoso, abrindo lentamente a minha calça.
vem rastejando até chegar a mim, abaixando minha boxer lentamente até estar de cara com meu pau. Estou duro feito pedra e ela parece adorar isso. Tento impedir que ela me segure, mas reviro os olhos ao perceber que estou dentro de sua boquinha quente, que me chupa com vigor, indo e vindo de uma maneira quase hipnótica.

- Merda - solto, agarrando seus cabelos macios.

Não vou aguentar muito tempo nessa brincadeira assim, e toco seus ombros para que ela se afaste. franze as sobrancelhas, parecendo magoada, e quase me sinto um idiota por causar esse sentimento nela.

- Fiz algo errado? - ela pergunta, doce.

Quase gemo ao perceber o olhar faminto que ela lança pro meu pau.

- Não, meu amor. É que se você continuar fazendo isso a nossa brincadeira vai acabar muito rápido.

Ela cruza os braços, emburrada.

- Por que só você pode matar a sua fome? Também senti saudades de você, , e não sabe o quanto.
- Porra - solto um grunhido, atacando-a com meus lábios.

e eu nos beijamos feito dois animais, ferozes e famintos, como se não conseguíssemos nos saciar nunca. Ela agarra minha nuca com força e eu desço meus lábios até seu pescoço, sugando um ponto específico para deixar minha marca. Pouco a pouco vou descendo meus beijos até o vale entre seus seios, e ela joga a cabeça pra trás, completamente entregue a mim quando rasgo sua blusinha fina de alcinha e desabotoou seu sutiã.

- ! Como vou sair daqui sem a minha blu... ah - ela não termina a frase, ficando louca com a minha língua que agora brinca com seu mamilo rijo.

Ela agarra minha cabeça contra seus peitos, e eu me delicio como uma criança ao sugar e beijá-los, espalmando minhas mãos sobre eles e apertando-os com vontade. Eles eram meus pra brincar, beijar, chupar e eu faria tudo isso somente pela expressão de prazer que minha menina parecia estar sentido.
Sabia que não aguentaria por muito mais, meu saco se contraindo ao vê-la se retorcer na cama. não desgrudava os olhos do espelho no teto, e não me permiti fazer o mesmo. A humilhação de gozar sem nem mesmo entrar dentro dela era o suficiente para que eu agarrasse suas pernas novamente, roçando meu pau em sua entrada molhada.

- ... por favor - ela geme como uma gatinha manhosa, levando a mão até os próprios seios e apertando-os com vontade.
- Caralho, - reclamo, enfiando tudo dentro dela sem nem pensar duas vezes.

O calor do corpo dela aquece o meu na mesma hora, e solto um gemido sofrido ao perceber o quão idiota eu fui ao pensar que conseguia prazer com outras mulheres. O que eu estou sentindo no momento é dez vezes mais forte do que qualquer transa sem compromisso que eu já havia tido em toda a minha vida.
revira os olhos e ergue seus quadris, recebendo tudo o que eu tenho pra dar pra ela. Ela agarra o lençol da cama, mordendo o lábio inferior com vontade ao encarar o nosso ponto de encontro, parecendo especialmente fascinando com meu pau entrando e saindo de dentro dela cada vez mais rápido e duro.
Agarrei seus quadris sem cerimônia e a virei de bruços na cama, voltando a penetrá-la mais intensamente do que nunca. Ela se ergueu apenas o suficiente para observar minhas mãos espalmando sua bunda, e me inclinei levemente para dar um beijo longo na extensão de sua coluna.

- Olha só como você fica linda assim - murmurei contra a sua pele, vendo-a se contrair ao redor do meu pau com a nossa visão.

O espelho acima de nós mostrava com clareza o quão perfeitos éramos juntos, e após mais algumas investidas não consegui mais me segurar. Era tudo intenso demais, grande demais, e deixei que meu corpo se aliviasse de toda aquela tensão acumulada ao ouvir o grito de prazer da minha garota reverberar pelo quarto.

- ! - gemo alto o suficiente para que todos saibam que acabo de gozar com o amor da minha vida, e não poderia estar mais feliz.

Me jogo na cama ao seu lado, puxando suas pernas para se entrelaçarem com as minhas. deita sobre o meu peito, e planta um beijo longo ali, enquanto acaricio seus cabelos de forma carinhosa.

- Você não estava brincando quando disse que aprendeu coisas novas - ela murmura, cansada.

Solto uma risada alta, abraçando-a mais forte contra mim.

- Eu não te mostrei nem metade ainda - respondo, sentindo sinais de que meu corpo já estava se preparando para o segundo round.
- , você alugou o quarto por quanto tempo?
- Três horas, mas já desconfio de que ainda vai ser pouco demais.

Ela levanta a cabeça para poder me encarar.

- Três horas de motel é pouco? Tá ficando louco?
- A gente tem fogo demais, - murmuro, tirando um fio de cabelo do seu rosto suado. - Pra matar a saudades vamos precisar de no mínimo três dias e três noites de sexo sem parar. Então sim, três horas nesse motel é pouco demais.

Ela solta uma risada alta e rouca, os olhos brilhando de expectativa.

- Bem... eu não tenho nenhum compromisso pelos próximos três dias. Você tem?

Nego lentamente, avançando sobre ela até que fique em baixo de mim. Seu corpo entra em contato com o meu e sinto todas as células do meu corpo se despertarem novamente.
E então a beijo novamente, recomeçando tudo de novo.





Fim!



Nota da autora: Espero que tenham gostado! Primeira ficstape, tô meio nervosa, mas até que curti o resultado, hehehe.


Irmãos Por Acaso
Outros/Em Andamento
Boys
Shortfic/Outros/Finalizada


Nota da beta: Miles, você a cada dia se supera, que fanfic maravilhosa! Eu ameei como você tornou simples, e fofo o diálogos, as cenas, tudo impecável! Eu amei forte esse pp hahaha! Parabéns! <3

Lembrando que qualquer erro nessa atualização e reclamações somente no e-mail.


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