Prólogo
Desastres e catástrofes, infelizmente, são uma normalidade na sociedade moderna. Levam a perdas irreparáveis e angústia a inocentes corações. A tristeza faz morada em almas abaladas e corrompidas pelo sofrimento.
Quem eram eles? Bom, os cinco garotos: Zayn Malik, Niall Horan, Louis Tomlinson, Harry Styles e Liam Payne.
Cada um carregando seu charme em particular: o badboy misterioso, que sustentava um sorriso com um cigarro preso aos lábios. O garoto loiro, tímido e divertido, que encantava com os olhos azuis profundos como o oceano. O moreno divertido que lhe arrancaria uma risada e no minuto seguinte a faria clamar por um beijo. O rapaz de sorriso sórdido e olhar determinado, que lhe fazia ter em mente que ele era um problema, contudo, a faria ansiar por isso. E o menino de olhos castanhos calorosos, que lhe daria toda a sua atenção por minutos e a faria querer mais, para que sentisse novamente seu coração palpitar ao ter aqueles olhos a mirando.
Apesar de despertar a atenção do sexo oposto, possuíam em seu convívio garotas sorridentes e destemidas, todavia, ninguém disse que suas relações eram harmônicas...
Styles havia se tornado irmã de Harry há três anos quando sua mãe casou-se com o pai do rapaz. Sorriso frágil e olhar provocante faziam da pequena loira uma real incógnita.
Westwick possuía os cabelos vermelhos e ardentes como o fogo, que contrastavam com seus olhos negros e gélidos como a fria noite. O rosto delicado com algumas sardas espalhadas pelo nariz e maçã do rosto até o fariam compará-la com uma boneca de porcelana, porém, a menina possui um humor sarcástico o que a fazia não se relacionar muito bem com Tomlinson, Payne e o mais velho dos Styles, apesar de melhor amiga da caçula.
Hilton de andar elegante e movimentos suaves, carregava esperteza nos olhos castanhos ternos. A melhor amiga de Horan era considerada a menina modelo da Eton não apenas por suas notas, mas também pela beleza e graciosidade. O que a fazia querer ficar longe de problemas como os que os amigos de Niall causavam, em especial um certo badboy já citado.
A prima caçula de Malik, Ortega, possuía um romance atípico com Liam, já que os únicos que possuíam conhecimento de tal fato eram Meester, a melhor amiga de ambos, e Harry. A morena de olhos verdes brilhantes como uma esmeralda, como o próprio Payne dizia, era positiva e pacífica, o necessário diante de tanta discórdia.
Meester, a garota de cabelos negros e traços marcantes, possuía um humor inconstante e muitas vezes impenetrável, o que para infelicidade geral a fazia não ter uma relação amigável com Westwick, devido divergentes opiniões sobre o time feminino de futebol, que ambas participavam. E como se não fosse o suficiente, também não apreciava a presença de Harry e Zayn.
Apesar de tantos conflitos e desentendimentos, o grupo permanecia unido devido a laços que alguns carregavam por outros e diante daquela guerra o desastre era iminente.
Quem eram eles? Bom, os cinco garotos: Zayn Malik, Niall Horan, Louis Tomlinson, Harry Styles e Liam Payne.
Cada um carregando seu charme em particular: o badboy misterioso, que sustentava um sorriso com um cigarro preso aos lábios. O garoto loiro, tímido e divertido, que encantava com os olhos azuis profundos como o oceano. O moreno divertido que lhe arrancaria uma risada e no minuto seguinte a faria clamar por um beijo. O rapaz de sorriso sórdido e olhar determinado, que lhe fazia ter em mente que ele era um problema, contudo, a faria ansiar por isso. E o menino de olhos castanhos calorosos, que lhe daria toda a sua atenção por minutos e a faria querer mais, para que sentisse novamente seu coração palpitar ao ter aqueles olhos a mirando.
Apesar de despertar a atenção do sexo oposto, possuíam em seu convívio garotas sorridentes e destemidas, todavia, ninguém disse que suas relações eram harmônicas...
Styles havia se tornado irmã de Harry há três anos quando sua mãe casou-se com o pai do rapaz. Sorriso frágil e olhar provocante faziam da pequena loira uma real incógnita.
Westwick possuía os cabelos vermelhos e ardentes como o fogo, que contrastavam com seus olhos negros e gélidos como a fria noite. O rosto delicado com algumas sardas espalhadas pelo nariz e maçã do rosto até o fariam compará-la com uma boneca de porcelana, porém, a menina possui um humor sarcástico o que a fazia não se relacionar muito bem com Tomlinson, Payne e o mais velho dos Styles, apesar de melhor amiga da caçula.
Hilton de andar elegante e movimentos suaves, carregava esperteza nos olhos castanhos ternos. A melhor amiga de Horan era considerada a menina modelo da Eton não apenas por suas notas, mas também pela beleza e graciosidade. O que a fazia querer ficar longe de problemas como os que os amigos de Niall causavam, em especial um certo badboy já citado.
A prima caçula de Malik, Ortega, possuía um romance atípico com Liam, já que os únicos que possuíam conhecimento de tal fato eram Meester, a melhor amiga de ambos, e Harry. A morena de olhos verdes brilhantes como uma esmeralda, como o próprio Payne dizia, era positiva e pacífica, o necessário diante de tanta discórdia.
Meester, a garota de cabelos negros e traços marcantes, possuía um humor inconstante e muitas vezes impenetrável, o que para infelicidade geral a fazia não ter uma relação amigável com Westwick, devido divergentes opiniões sobre o time feminino de futebol, que ambas participavam. E como se não fosse o suficiente, também não apreciava a presença de Harry e Zayn.
Apesar de tantos conflitos e desentendimentos, o grupo permanecia unido devido a laços que alguns carregavam por outros e diante daquela guerra o desastre era iminente.
Capítulo 1
O natal havia passado e o segundo semestre começava em meio aos dias frios que precederiam a chegada da primavera. O que significava que a volta às aulas trazia uma multidão de alunos vestindo os agasalhos do uniforme, assim não podendo exibir as peles bronzeadas, que eram a prova de que passaram as festividades natalinas em países tropicais, correndo pelos campos abertos da Eton para se abrigar das rajadas frias.
Zayn deu um beijo na bochecha vermelhinha da prima e se despediu dela, que foi de encontro ao seu grupo, o que tomou alguns segundos da atenção do moreno que não reconheceu as amigas de Ortega àquela distância, e só se conformou que ela estava com as pessoas certas quando viu a garota de cabelos vermelhos abraçá-la.
Ele deu de ombros e enfiou as mãos nos bolsos da calça social preta, continuando a caminhada e notando que era observado pelas alunas novas que chegavam todos os anos na metade do ano letivo para uma temporada na Eton, antes que voltassem para os internatos aonde viviam, elas eram facilmente identificadas pelo uso completo e correto do uniforme e suspiravam a cada passo que ele dava.
O fato fazia-o rir, tinha certeza que o amigo Harry já passara por ali sorrindo malandro para cada uma delas e Louis provavelmente já tinha o telefone das que se destacaram, tinha pena das corajosas que ousaram olhar por tempo demais para Liam, porque a essas horas de amanhã elas já estariam bem avisadas de que Payne era um território bem marcado por Lexi, mesmo que eles não fossem nada mais do que uma transa casual; e Niall com toda certeza era o nome mais comentado entre elas porque era o loiro de olhos azuis que ficava vermelhinho facilmente, contudo, tinha namorada. Malik, entretanto, se limitou a olhar para algumas delas e fez seu próprio reconhecimento das que poderiam eventualmente lhe interessar.
Nas arquibancadas de um dos campos do colégio, o moreno finalmente viu os amigos sentados com Bennet e a maioria dos caras do time, os que realmente tinham alguma relevância social ali dentro.
-Malik! – Shepley, o mascote do time, sorriu contente ao vê-lo. O rapaz sorriu quase constrangido com tanta euforia.
Parte do grupo encerrou a atenção que davam para Ralph, que contava uma história inusitada, e se viraram para Malik que apenas balançou a cabeça em cumprimento. Eles retribuíram e logo estavam absortos na conversa.
- E aí cara. – Liam passou o braço ao redor dos ombros do melhor amigo e sorriu, feliz por vê-lo depois de duas semanas de recesso, que Zayn e a prima estiveram em Manchester, na casa dos avós, e mais feliz ainda por saber que se o moreno já estava por ali, uma outra pessoa também estaria e isso simplesmente fazia seu dia valer a pena.
- E então eu acabei ganhando, como o previsto – Ralph continuou e sorriu quando os garotos começaram um alvoroço pela forma como ele se gabou – e nós passamos 24hrs na minha suíte como o prometido. E eu só posso dizer que ela quase me cansou, meus amigos. Quase...
- Você não tem vergonha na cara não? Em já começar o ano mentindo? – Chase, melhor amigo de Jason Bennet e atacante do time, provocou ao mesmo tempo que todos eles encaravam a garota em questão.
Dawn Tinsley foi uma das garotas que Ralph conheceu nas suas férias em Ibiza e basicamente eles tiveram diversão por uma noite, ou vinte e quatro horas como o jogador explicou, e Ralph Keenan jamais imaginou que a veria novamente, mas as aulas recomeçaram e para sua grande surpresa Dawn estudava ali e Keenan realmente não esperava por essa.
- Eu não estou mentindo, cara! Nós realmente ficamos! – o garoto jurou e os rapazes caíram na gargalhada novamente. Completamente desacreditados.
- Eu acredito em você, Keenan. – Zayn se pronunciou, para a surpresa absoluta deles. Ganhando a atenção dos amigos e de Jason.
- Obrigado! – jogou as mãos pro alto em agradecimento e aliviado por não parecer um mentiroso. Estava encerrando o penúltimo ano ali e ele gostaria muito de ser notado por Jason Bennet e seus amigos, mas não se agradava da ideia de ser um completo palhaço para eles. Esse era o papel de Shepley.
- Por que você acredita nele, Malik? – Jason estava oficialmente curioso, achando graça do pequeno tumulto que a história acabou causando.
- Porque eu já peguei ela. Você já pegou ela também Bennet, se não me falhe a memória. – Zayn apontou e o volante sorriu e concordou. – Na verdade eu realmente gostaria de saber se alguém aqui já não conseguiu chegar nessa garota.
A mão tímida de Shepley se ergueu no ar e todos o encararam por um segundo antes de voltarem ao assunto que acabava de se tornar muito mais significante.
- Não é por nada, mas a Stacey é muito melhor do que essa Tinsley. – Elliott afirmou e a metade dos garotos concordou com a verdade quase absoluta.
- MAS melhor do que as duas juntas... – Louis interrompeu com um sorriso sagaz: - Rebecca Atkinson.
Uma série de suspiros apaixonados e cheios de reverência.
- Você realmente pegou a Rebecca? – Shep estava de olhos arregalados. E embora seus comentários fossem idiotas, normalmente refletiam os pensamentos do restante dos meninos, que apenas tinham medo de passar vergonha na frente do capitão do time, Bennet.
- Eu não brinco em serviço, meu querido. – Tomlinson piscou para o garoto e riu.
- Olá garotos. Oi Harry. – Amber Threfall interrompeu a algazarra. Ignorando com facilidade os outros rapazes e sorrindo sapeca para o garoto de cachos.
- Oi Amber... – grande parte deles a cumprimentou de volta, em um coro só e sussurrando o nome da loira como se fosse sagrado. A maioria deles ia procurar não esquecer de agradecer aos céus pela bela visão que eram Amber e Lexi desfilando pelos corredores do colégio usando as camisas do uniforme com botões a mais abertos.
Lexi por sua vez, deixou que os olhos astutos vagassem por todos eles entediadamente, se dando conta que já havia estado com todos que lhe interessaram nos últimos três anos. Apesar disso, um sorriso se formou quando seus olhos encontraram Liam Payne, ela piscou para ele ao ver que o rapaz a olhava também. Liam apenas sorriu e desviou o olhar.
- A gente se vê hoje, Harry?
- Espera no meu carro na quarta aula, docinho. – Styles respondeu sorrindo. A menina sabia como tornar o dia de um adolescente melhor.
Ela nada respondeu, mas sorriu de volta e continuou seu caminho com a amiga, satisfeita por ter se feito notar tão cedo do dia.
- Ah cara... – Shepley lamentou, vendo Amber se distanciar cada vez mais deles.
- O que foi Shep? Não vai me dizer que você está apaixonadinho pela Amber! – Jason mostrava os dentes bonitos em extremo prazer por ver o pobre garoto tão embaraçado.
- Não! Eu só acho ela linda... – Shepley deu de ombros, não tão convencido disso.
- OLHA SÓ, ELE ACHA QUE A AMBER É LINDA!
- Esse é sem dúvidas o último adjetivo que eu usaria pra descrever ela.
- Nosso mascote está apaixonadinho!
O grupo agora ria do menino que estava sem graça por não saber lidar com tanta atenção. E embora eles estivessem brincando, não havia tom de maldade nas piadinhas. No máximo eles sentiam pena do menino, porque Amber não era o tipo de garota que se apaixonava ou mesmo notaria o jovem apaixonado.
- Não fica mal mascote, nós podemos arranjar alguma coisa pra você. – Bennet prometeu e riu mais ao ver os olhos verdes do garoto crescerem em expectativa. – E o que você acha da Srta. Threfall, Malik?
- Gostosa. – o rapaz quase deu de ombros, mas confessava estar se divertindo com a conversa.
- Meu deus Zayn, você fez o que durante as férias todas? – Niall se pronunciou, chocado com a pequena descoberta que fizera. Ele NÃO sabia que o amigo esteve com Amber e bem, uma oportunidade de encher o saco do moreno era sempre uma oportunidade que não poderia ser desperdiçada.
- Não existe uma veterana desse colégio que não tenha conhecido minha cama. – Malik falou solenemente e o grupo o encarou em horror.
- Você já pegou a ? – Payne sentia que ia vomitar a qualquer momento. Esse realmente era o pior pesadelo que viveu desde que Thomas, sua osga de estimação, caiu dentro do pote de sorvete que ele tinha separado para tomar após o jogo de futebol, e morreu queimada de frio.
- Qual é o seu problema Liam? – As sobrancelhas de Zayn estavam juntas em horror também, com a insinuação incestuosa que acabava de ser lançada. – ELA É MINHA PRIMA, SEU IDIOTA!
- FOI VOCÊ QUEM FALOU QUE PEGOU TODAS AS VETERANAS DA ETON! - o rapaz revidou, sentindo a vida voltar a tomar de conta dele após a negação do melhor amigo.
- Eu não sei o que vocês pensam por veterano, mas... – Malik suspirou, ainda arrepiado com a suposição doentia do outro. – ela é minha prima cara… E além do mais está no primeiro ano.
- Não vem com esse papo Malik. Todo mundo entendeu a mesma coisa aqui. – Jason falou.
- Na verdade veteranas são as meninas que vão para último ano com a gente. – Louis explicou como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.
- Acho que não cara. Toda menina que não é novata, é veterana. – Niall discordou.
- O quê? Do que você está falando cara! Nós seremos veteranos quando estivermos indo para o último ano! – Tomlinson insistia em sua defesa, que era completamente lógica e racional.
- Quem vive entre o primeiro e o último ano não é nada, pra falar a verdade... – Harry ponderou.
- Bom, sendo assim eu acho que eu mereço o título. – Tommo decidiu.
- Não mesmo! – Malik discordou e riu cheio de sarcasmo.
- Que título, gente? – Shepley ficou confuso e curioso. Bennet meneou a cabeça negativamente. Seus amigos eram muito burros.
- Shep, a gente está falando de um assunto que você não manja, então fica quietinho... – Elliott o calou.
O fato é que a universidade de Manchester abrigava uma das fraternidades mais fortes de todo o Reino Unido, e a cada ano alguns alunos eram indicados para se juntarem aos irmãos e basicamente além de muito dinheiro, eles contavam o fator: capacidade de se relacionar. Que em palavras vulgares era a contagem de quantas meninas do seu ano letivo eles conseguiram levar pra cama.
Machista? Muito. Mas era assim que as coisas eram levadas e obviamente pouquíssimas garotas tinham conhecimento disso. Os boatos corriam livremente, mas a ideia era suja demais para que qualquer um com bom senso acreditasse na história, que apesar de horrível, era verdadeira.
- O título não é de nenhum dos dois. – Jason interviu e já não sorria relaxado como antes. Se fossem um pouco mais espertos, os outros observariam que vinha coisa por aí.
- Mas eu...
- Essa “competição” não está justa. – o volante do time se levantou e interrompeu Louis. Começou a observar os grupos que vagavam ao redor deles. Todos aguardando que as portas do auditório principal fossem abertas para começar a primeira reunião do ano.
- Eu concordo. Vocês só pegaram as bonitinhas. – Styles concordou, já imaginando o caminho que Bennet pretendia tomar.
- Como assim? – Tomlinson estava de braços cruzados, obviamente ofendido com os dois garotos.
- Simples: vocês pegaram as fáceis. Sem jogo de conquista, sem sedução, sem correr atrás. Vocês pegaram todas as meninas que abririam as pernas pra mim agora se eu quisesse. – Jason explicou e seu sorriso era quase diabólico.
Jason Bennet era o volante do time e obviamente o jogador mais valioso que a Eton tinha. Sendo esse o motivo que tirou o menino pobre dos guetos de Londres e o colocou dentro de um dos dormitórios mais confortáveis do país. Sua posição demandava muito raciocínio lógico e podia se dizer facilmente que ele era o cérebro do time, ditando táticas e determinando códigos de jogadas durante os jogos. Sua influência como líder não se limitava aos campos e por isso ele estava sempre cercado por uma pequena multidão de seguidores. Ambicioso e manipulador como poucos, ele sabia que não deveria se meter nas encrencas que garotos como Malik costumavam estar. Eles não tinham nada a perder, Jason por outra mão não estava disposto a perder tudo o que conquistara nos últimos anos. Ele não voltaria para sua vida miserável.
- Quem eu preciso levar pra cama hoje, Bennet? – Malik estava de olhos cerrados, se deliciando com a ideia de um novo desafio.
- A Meester. – Styles sugeriu para a surpresa geral, com um sorriso nos lábios e os olhos verdes travessos.
- O que você pensa que está fazendo Harry? – Liam interviu, chocado com a falta de bom senso de seu amigo.
- Qual o problema Payne? – Jason ficou um pouco mal humorado com o rapaz por ver que sua brincadeira poderia ir por água abaixo.
- O único problema é que ela é minha amiga! – Liam não baixou o tom e virou-se para os amigos: - Ela não é uma qualquer, cara. Ela é a porra da melhor amiga da sua prima, Zayn. Vocês podem não ser amigos, mas vocês conhecem ela.
- Você e a Meester… - Frank, goleiro do time, insinuou, querendo saber o motivo de tanto drama.
- O quê? Não cara! Ela é minha amiga! Só isso! Nada mais! - Payne não estava bravo, porém impaciente com os meninos, que aparentemente começaram o ano com toda a vontade de fazer tudo errado.
- Cara dá pra você relaxar? – Horan tentou amenizar a situação que ficou menos amistosa de repente.
- Relaxar? E se fosse a , Niall? - colocou a mochila no ombro encarando os olhos azuis do amigo eu ficara pensativo. - Olha, eu vou deixar avisado que se vocês pensarem em continuar com essa ideia idiota, as coisas não vão acabar bem. – Liam ameaçou.
- O que você vai fazer Payne? – Jason, que não levava desaforo pra casa, se manifestou, cruzando os braços sobre o peito.
O moreno apenas o encarou uma última vez antes de abandonar os rapazes e sumir da vista deles.
Louis revirou os olhos azuis. Liam era uma drama Queen.
- Eu tô dentro.
- Ótimo. – o capitão enfiou as mãos nos bolsos. – E então Malik? Vai aceitar ou não? Vamos movimentar um valor significativo dessa vez.
- Eu não sei... – o menino estava reflexivo. Não se sentia uma pessoa muito boa por trair a confiança do melhor amigo. Mas não queria dar o braço a torcer ao idiota do Bennet.
- Pensa com cuidado mesmo. Depois eu não quero ter que lidar com nenhum filho do papai arrependido. – Jason provocou e a tentativa foi certeira porque seu tom de deboche culminou na decisão do menino Malik:
- Eu topo.
Louis e Harry sorriram em apoio. Niall expressava surpresa.
- Tem certeza? – o volante do time cutucou-o ainda mais.
- Quanto eu vou ganhar? – Zayn quis saber, mudando o assunto e encerrando as incitações.
- Como eu falei, logo estaremos no último ano e nós merecemos uma aposta à altura deste ano memorável. Por isso eu estou pensando em dez mil. – Bennet pontuou e ninguém discordou. Ele era o único ali que não tinha dinheiro e não se preocupava em como iria conseguir SE perdesse.
- Nós estamos em quatorze? Quinze? – Louis começou a calcular.
- Quinze. – Jason já tinha a resposta.
- Cento e cinquenta mil euros? – Zayn realmente estava interessado. Dava pra fazer alguma coisa com a quantia. E gostaria de saber mais ainda quem eram as donzelas que valiam tanto.
- Tá, e em quem você está pensando Bennet? – Horan quis saber, cheio de curiosidade e um pouquinho nervoso também.
- Você continua com a Meester, Zayn. E a sua garota fica sendo a Weswtick então... – Harry sugeriu e Jason podia jurar que tudo aquilo estava saindo muito melhor do que ele planejara.
- A Westwick? – Louis riu incrédulo.
- Algum problema, Tommo? – Bennet indagou, novamente sentado no ponto central da roda.
- Qual é o prazo? – Tomlinson mudou de assunto, rolando os olhos. Ninguém precisava saber que as probabilidades de ele sair com hematomas dessa brincadeira eram altas.
- O baile da nossa formatura, ou seja, no ano que vem. Se conseguirem antes, se livram antes delas. E a noite do baile vai ser o último prazo, se não conseguirem já façam o favor de aparecer com o dinheiro na próxima aula. – explicou.
- E como você vai saber se eles não estão mentindo? – Tim, um dos garotos do time, levantou um ponto importante.
- Ah, sobre isso... – Jason era só sorrisos – Vocês terão que provar o feito rapazes. Uma foto, uma calcinha...
- Ok ok já entendi. – Zayn, juntou as sobrancelhas, interrompeu a narração que iria se tornar cada vez mais sórdida.
- E essa brincadeira deve ficar entre nós. Se o Payne descobrir, se mais alguém além de nós souber disso, eu vou descobrir quem abriu a boca e eu vou fazer pagar por ter o feito. - Jason explicou/ameaçou cheio de tato como sempre.
Shepley concordou com os olhos arregalados, se sentindo a pessoa mais importante do mundo por fazer parte desse momento, que aparentemente seria o mais importante de sua vida inteira.
- E então, temos uma aposta?
Zayn deu um beijo na bochecha vermelhinha da prima e se despediu dela, que foi de encontro ao seu grupo, o que tomou alguns segundos da atenção do moreno que não reconheceu as amigas de Ortega àquela distância, e só se conformou que ela estava com as pessoas certas quando viu a garota de cabelos vermelhos abraçá-la.
Ele deu de ombros e enfiou as mãos nos bolsos da calça social preta, continuando a caminhada e notando que era observado pelas alunas novas que chegavam todos os anos na metade do ano letivo para uma temporada na Eton, antes que voltassem para os internatos aonde viviam, elas eram facilmente identificadas pelo uso completo e correto do uniforme e suspiravam a cada passo que ele dava.
O fato fazia-o rir, tinha certeza que o amigo Harry já passara por ali sorrindo malandro para cada uma delas e Louis provavelmente já tinha o telefone das que se destacaram, tinha pena das corajosas que ousaram olhar por tempo demais para Liam, porque a essas horas de amanhã elas já estariam bem avisadas de que Payne era um território bem marcado por Lexi, mesmo que eles não fossem nada mais do que uma transa casual; e Niall com toda certeza era o nome mais comentado entre elas porque era o loiro de olhos azuis que ficava vermelhinho facilmente, contudo, tinha namorada. Malik, entretanto, se limitou a olhar para algumas delas e fez seu próprio reconhecimento das que poderiam eventualmente lhe interessar.
Nas arquibancadas de um dos campos do colégio, o moreno finalmente viu os amigos sentados com Bennet e a maioria dos caras do time, os que realmente tinham alguma relevância social ali dentro.
-Malik! – Shepley, o mascote do time, sorriu contente ao vê-lo. O rapaz sorriu quase constrangido com tanta euforia.
Parte do grupo encerrou a atenção que davam para Ralph, que contava uma história inusitada, e se viraram para Malik que apenas balançou a cabeça em cumprimento. Eles retribuíram e logo estavam absortos na conversa.
- E aí cara. – Liam passou o braço ao redor dos ombros do melhor amigo e sorriu, feliz por vê-lo depois de duas semanas de recesso, que Zayn e a prima estiveram em Manchester, na casa dos avós, e mais feliz ainda por saber que se o moreno já estava por ali, uma outra pessoa também estaria e isso simplesmente fazia seu dia valer a pena.
- E então eu acabei ganhando, como o previsto – Ralph continuou e sorriu quando os garotos começaram um alvoroço pela forma como ele se gabou – e nós passamos 24hrs na minha suíte como o prometido. E eu só posso dizer que ela quase me cansou, meus amigos. Quase...
- Você não tem vergonha na cara não? Em já começar o ano mentindo? – Chase, melhor amigo de Jason Bennet e atacante do time, provocou ao mesmo tempo que todos eles encaravam a garota em questão.
Dawn Tinsley foi uma das garotas que Ralph conheceu nas suas férias em Ibiza e basicamente eles tiveram diversão por uma noite, ou vinte e quatro horas como o jogador explicou, e Ralph Keenan jamais imaginou que a veria novamente, mas as aulas recomeçaram e para sua grande surpresa Dawn estudava ali e Keenan realmente não esperava por essa.
- Eu não estou mentindo, cara! Nós realmente ficamos! – o garoto jurou e os rapazes caíram na gargalhada novamente. Completamente desacreditados.
- Eu acredito em você, Keenan. – Zayn se pronunciou, para a surpresa absoluta deles. Ganhando a atenção dos amigos e de Jason.
- Obrigado! – jogou as mãos pro alto em agradecimento e aliviado por não parecer um mentiroso. Estava encerrando o penúltimo ano ali e ele gostaria muito de ser notado por Jason Bennet e seus amigos, mas não se agradava da ideia de ser um completo palhaço para eles. Esse era o papel de Shepley.
- Por que você acredita nele, Malik? – Jason estava oficialmente curioso, achando graça do pequeno tumulto que a história acabou causando.
- Porque eu já peguei ela. Você já pegou ela também Bennet, se não me falhe a memória. – Zayn apontou e o volante sorriu e concordou. – Na verdade eu realmente gostaria de saber se alguém aqui já não conseguiu chegar nessa garota.
A mão tímida de Shepley se ergueu no ar e todos o encararam por um segundo antes de voltarem ao assunto que acabava de se tornar muito mais significante.
- Não é por nada, mas a Stacey é muito melhor do que essa Tinsley. – Elliott afirmou e a metade dos garotos concordou com a verdade quase absoluta.
- MAS melhor do que as duas juntas... – Louis interrompeu com um sorriso sagaz: - Rebecca Atkinson.
Uma série de suspiros apaixonados e cheios de reverência.
- Você realmente pegou a Rebecca? – Shep estava de olhos arregalados. E embora seus comentários fossem idiotas, normalmente refletiam os pensamentos do restante dos meninos, que apenas tinham medo de passar vergonha na frente do capitão do time, Bennet.
- Eu não brinco em serviço, meu querido. – Tomlinson piscou para o garoto e riu.
- Olá garotos. Oi Harry. – Amber Threfall interrompeu a algazarra. Ignorando com facilidade os outros rapazes e sorrindo sapeca para o garoto de cachos.
- Oi Amber... – grande parte deles a cumprimentou de volta, em um coro só e sussurrando o nome da loira como se fosse sagrado. A maioria deles ia procurar não esquecer de agradecer aos céus pela bela visão que eram Amber e Lexi desfilando pelos corredores do colégio usando as camisas do uniforme com botões a mais abertos.
Lexi por sua vez, deixou que os olhos astutos vagassem por todos eles entediadamente, se dando conta que já havia estado com todos que lhe interessaram nos últimos três anos. Apesar disso, um sorriso se formou quando seus olhos encontraram Liam Payne, ela piscou para ele ao ver que o rapaz a olhava também. Liam apenas sorriu e desviou o olhar.
- A gente se vê hoje, Harry?
- Espera no meu carro na quarta aula, docinho. – Styles respondeu sorrindo. A menina sabia como tornar o dia de um adolescente melhor.
Ela nada respondeu, mas sorriu de volta e continuou seu caminho com a amiga, satisfeita por ter se feito notar tão cedo do dia.
- Ah cara... – Shepley lamentou, vendo Amber se distanciar cada vez mais deles.
- O que foi Shep? Não vai me dizer que você está apaixonadinho pela Amber! – Jason mostrava os dentes bonitos em extremo prazer por ver o pobre garoto tão embaraçado.
- Não! Eu só acho ela linda... – Shepley deu de ombros, não tão convencido disso.
- OLHA SÓ, ELE ACHA QUE A AMBER É LINDA!
- Esse é sem dúvidas o último adjetivo que eu usaria pra descrever ela.
- Nosso mascote está apaixonadinho!
O grupo agora ria do menino que estava sem graça por não saber lidar com tanta atenção. E embora eles estivessem brincando, não havia tom de maldade nas piadinhas. No máximo eles sentiam pena do menino, porque Amber não era o tipo de garota que se apaixonava ou mesmo notaria o jovem apaixonado.
- Não fica mal mascote, nós podemos arranjar alguma coisa pra você. – Bennet prometeu e riu mais ao ver os olhos verdes do garoto crescerem em expectativa. – E o que você acha da Srta. Threfall, Malik?
- Gostosa. – o rapaz quase deu de ombros, mas confessava estar se divertindo com a conversa.
- Meu deus Zayn, você fez o que durante as férias todas? – Niall se pronunciou, chocado com a pequena descoberta que fizera. Ele NÃO sabia que o amigo esteve com Amber e bem, uma oportunidade de encher o saco do moreno era sempre uma oportunidade que não poderia ser desperdiçada.
- Não existe uma veterana desse colégio que não tenha conhecido minha cama. – Malik falou solenemente e o grupo o encarou em horror.
- Você já pegou a ? – Payne sentia que ia vomitar a qualquer momento. Esse realmente era o pior pesadelo que viveu desde que Thomas, sua osga de estimação, caiu dentro do pote de sorvete que ele tinha separado para tomar após o jogo de futebol, e morreu queimada de frio.
- Qual é o seu problema Liam? – As sobrancelhas de Zayn estavam juntas em horror também, com a insinuação incestuosa que acabava de ser lançada. – ELA É MINHA PRIMA, SEU IDIOTA!
- FOI VOCÊ QUEM FALOU QUE PEGOU TODAS AS VETERANAS DA ETON! - o rapaz revidou, sentindo a vida voltar a tomar de conta dele após a negação do melhor amigo.
- Eu não sei o que vocês pensam por veterano, mas... – Malik suspirou, ainda arrepiado com a suposição doentia do outro. – ela é minha prima cara… E além do mais está no primeiro ano.
- Não vem com esse papo Malik. Todo mundo entendeu a mesma coisa aqui. – Jason falou.
- Na verdade veteranas são as meninas que vão para último ano com a gente. – Louis explicou como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.
- Acho que não cara. Toda menina que não é novata, é veterana. – Niall discordou.
- O quê? Do que você está falando cara! Nós seremos veteranos quando estivermos indo para o último ano! – Tomlinson insistia em sua defesa, que era completamente lógica e racional.
- Quem vive entre o primeiro e o último ano não é nada, pra falar a verdade... – Harry ponderou.
- Bom, sendo assim eu acho que eu mereço o título. – Tommo decidiu.
- Não mesmo! – Malik discordou e riu cheio de sarcasmo.
- Que título, gente? – Shepley ficou confuso e curioso. Bennet meneou a cabeça negativamente. Seus amigos eram muito burros.
- Shep, a gente está falando de um assunto que você não manja, então fica quietinho... – Elliott o calou.
O fato é que a universidade de Manchester abrigava uma das fraternidades mais fortes de todo o Reino Unido, e a cada ano alguns alunos eram indicados para se juntarem aos irmãos e basicamente além de muito dinheiro, eles contavam o fator: capacidade de se relacionar. Que em palavras vulgares era a contagem de quantas meninas do seu ano letivo eles conseguiram levar pra cama.
Machista? Muito. Mas era assim que as coisas eram levadas e obviamente pouquíssimas garotas tinham conhecimento disso. Os boatos corriam livremente, mas a ideia era suja demais para que qualquer um com bom senso acreditasse na história, que apesar de horrível, era verdadeira.
- O título não é de nenhum dos dois. – Jason interviu e já não sorria relaxado como antes. Se fossem um pouco mais espertos, os outros observariam que vinha coisa por aí.
- Mas eu...
- Essa “competição” não está justa. – o volante do time se levantou e interrompeu Louis. Começou a observar os grupos que vagavam ao redor deles. Todos aguardando que as portas do auditório principal fossem abertas para começar a primeira reunião do ano.
- Eu concordo. Vocês só pegaram as bonitinhas. – Styles concordou, já imaginando o caminho que Bennet pretendia tomar.
- Como assim? – Tomlinson estava de braços cruzados, obviamente ofendido com os dois garotos.
- Simples: vocês pegaram as fáceis. Sem jogo de conquista, sem sedução, sem correr atrás. Vocês pegaram todas as meninas que abririam as pernas pra mim agora se eu quisesse. – Jason explicou e seu sorriso era quase diabólico.
Jason Bennet era o volante do time e obviamente o jogador mais valioso que a Eton tinha. Sendo esse o motivo que tirou o menino pobre dos guetos de Londres e o colocou dentro de um dos dormitórios mais confortáveis do país. Sua posição demandava muito raciocínio lógico e podia se dizer facilmente que ele era o cérebro do time, ditando táticas e determinando códigos de jogadas durante os jogos. Sua influência como líder não se limitava aos campos e por isso ele estava sempre cercado por uma pequena multidão de seguidores. Ambicioso e manipulador como poucos, ele sabia que não deveria se meter nas encrencas que garotos como Malik costumavam estar. Eles não tinham nada a perder, Jason por outra mão não estava disposto a perder tudo o que conquistara nos últimos anos. Ele não voltaria para sua vida miserável.
- Quem eu preciso levar pra cama hoje, Bennet? – Malik estava de olhos cerrados, se deliciando com a ideia de um novo desafio.
- A Meester. – Styles sugeriu para a surpresa geral, com um sorriso nos lábios e os olhos verdes travessos.
- O que você pensa que está fazendo Harry? – Liam interviu, chocado com a falta de bom senso de seu amigo.
- Qual o problema Payne? – Jason ficou um pouco mal humorado com o rapaz por ver que sua brincadeira poderia ir por água abaixo.
- O único problema é que ela é minha amiga! – Liam não baixou o tom e virou-se para os amigos: - Ela não é uma qualquer, cara. Ela é a porra da melhor amiga da sua prima, Zayn. Vocês podem não ser amigos, mas vocês conhecem ela.
- Você e a Meester… - Frank, goleiro do time, insinuou, querendo saber o motivo de tanto drama.
- O quê? Não cara! Ela é minha amiga! Só isso! Nada mais! - Payne não estava bravo, porém impaciente com os meninos, que aparentemente começaram o ano com toda a vontade de fazer tudo errado.
- Cara dá pra você relaxar? – Horan tentou amenizar a situação que ficou menos amistosa de repente.
- Relaxar? E se fosse a , Niall? - colocou a mochila no ombro encarando os olhos azuis do amigo eu ficara pensativo. - Olha, eu vou deixar avisado que se vocês pensarem em continuar com essa ideia idiota, as coisas não vão acabar bem. – Liam ameaçou.
- O que você vai fazer Payne? – Jason, que não levava desaforo pra casa, se manifestou, cruzando os braços sobre o peito.
O moreno apenas o encarou uma última vez antes de abandonar os rapazes e sumir da vista deles.
Louis revirou os olhos azuis. Liam era uma drama Queen.
- Eu tô dentro.
- Ótimo. – o capitão enfiou as mãos nos bolsos. – E então Malik? Vai aceitar ou não? Vamos movimentar um valor significativo dessa vez.
- Eu não sei... – o menino estava reflexivo. Não se sentia uma pessoa muito boa por trair a confiança do melhor amigo. Mas não queria dar o braço a torcer ao idiota do Bennet.
- Pensa com cuidado mesmo. Depois eu não quero ter que lidar com nenhum filho do papai arrependido. – Jason provocou e a tentativa foi certeira porque seu tom de deboche culminou na decisão do menino Malik:
- Eu topo.
Louis e Harry sorriram em apoio. Niall expressava surpresa.
- Tem certeza? – o volante do time cutucou-o ainda mais.
- Quanto eu vou ganhar? – Zayn quis saber, mudando o assunto e encerrando as incitações.
- Como eu falei, logo estaremos no último ano e nós merecemos uma aposta à altura deste ano memorável. Por isso eu estou pensando em dez mil. – Bennet pontuou e ninguém discordou. Ele era o único ali que não tinha dinheiro e não se preocupava em como iria conseguir SE perdesse.
- Nós estamos em quatorze? Quinze? – Louis começou a calcular.
- Quinze. – Jason já tinha a resposta.
- Cento e cinquenta mil euros? – Zayn realmente estava interessado. Dava pra fazer alguma coisa com a quantia. E gostaria de saber mais ainda quem eram as donzelas que valiam tanto.
- Tá, e em quem você está pensando Bennet? – Horan quis saber, cheio de curiosidade e um pouquinho nervoso também.
- Você continua com a Meester, Zayn. E a sua garota fica sendo a Weswtick então... – Harry sugeriu e Jason podia jurar que tudo aquilo estava saindo muito melhor do que ele planejara.
- A Westwick? – Louis riu incrédulo.
- Algum problema, Tommo? – Bennet indagou, novamente sentado no ponto central da roda.
- Qual é o prazo? – Tomlinson mudou de assunto, rolando os olhos. Ninguém precisava saber que as probabilidades de ele sair com hematomas dessa brincadeira eram altas.
- O baile da nossa formatura, ou seja, no ano que vem. Se conseguirem antes, se livram antes delas. E a noite do baile vai ser o último prazo, se não conseguirem já façam o favor de aparecer com o dinheiro na próxima aula. – explicou.
- E como você vai saber se eles não estão mentindo? – Tim, um dos garotos do time, levantou um ponto importante.
- Ah, sobre isso... – Jason era só sorrisos – Vocês terão que provar o feito rapazes. Uma foto, uma calcinha...
- Ok ok já entendi. – Zayn, juntou as sobrancelhas, interrompeu a narração que iria se tornar cada vez mais sórdida.
- E essa brincadeira deve ficar entre nós. Se o Payne descobrir, se mais alguém além de nós souber disso, eu vou descobrir quem abriu a boca e eu vou fazer pagar por ter o feito. - Jason explicou/ameaçou cheio de tato como sempre.
Shepley concordou com os olhos arregalados, se sentindo a pessoa mais importante do mundo por fazer parte desse momento, que aparentemente seria o mais importante de sua vida inteira.
- E então, temos uma aposta?
Capítulo 2
– Até o fim do ano. Aguardo vocês com meu dinheiro. – Zayn anunciou, convicto, deixando o grupo e saindo do campo.
– E você, Louis?
– A Westwick? Tem certeza? – o garoto fez careta.
– Ela mesma. – Chase respondeu, rindo.
– Podem começar a juntar o dinheiro, otários, vou dobrar a Westwick aos meus pés. – Louis riu sozinho e foi atrás do amigo, que tinha acabado de sair dali.
– Bom, esse ano promete. – Niall deu o seu palpite – E eu vou indo atrás da Hilton.
– Você bem que podia me passar o número da sua amiga, hum? – Frank pediu, levando o time a gargalhadas.
– Se te serve de consolo, a odeia o time, prefere os caras da natação. – Niall falou, sorrindo e descendo.
– Diz pra ela que eu já tô com saudade de vê-la jogando vôlei! – alguém gritou. Niall meneou a cabeça e riu. Ele e Harry saíam do campo em silêncio.
– Isso vai ser muito interessante... – Harry falou.
– Se vai... – Niall concordou enquanto caminhavam até uma das mesinhas do refeitório, onde Zayn estava.
– Cadê o Liam e o Louis? – Niall perguntou.
– Liam foi à biblioteca e o Louis foi pegar um refrigerante. – Zayn informou.
– Eu ainda não sei o que vou fazer com as minhas $9000 libras. – Louis falou, se jogando ao lado de Niall e abrindo sua latinha de coca.
– Dá pra mim. – Harry pediu na cara dura, com um meio sorriso.
– Se iluda, baby. – Louis piscou para o amigo, que deu um soco em seu braço.
– Não é por nada não, mas a tá chegando aqui. – Niall anunciou e os meninos quase prenderam a respiração.
E lá vinha Meester. A cada passo que dava, mais uma pessoa virava a cabeça para observá-la. Olhares femininos que transbordavam inveja e masculinos, cheios de segundas intenções. Usando apenas a camisa do uniforme para fora da saia, esta que ficava a cima dos joelhos, sua gravata um pouco frouxa em volta do pescoço e meias 3/4, a garota desfilava pelo pátio interno do Colégio Eton. Com seu olhar confiante e seu sorriso provocativo, era fácil a morena não ter muitos fãs por onde passava. Dona de uma personalidade forte, não era de se meter em confusões, todavia, se necessário, adoraria pisar em alguém com seus argumentos infalíveis e seu sarcasmo palpável. Divertida quando necessário e duplamente ignorante com quem merecia.
– Vejam e aprendam a conquistar uma ogra! – Zayn murmurou e os quatro riram.
– Cadê o Liam? – perguntou, mal humorada, para variar.
– Na biblioteca. – Zayn respondeu, ia passando em direção à biblioteca, mas o moreno foi insistente. – Belo Desastre? – perguntou quando viu o livro nas mãos da garota. parou e ficou encarando Zayn com a sobrancelha levemente arqueada, em sinal de confusão.
– O que foi? Surpresa por saber que eu conheço o livro que você tá lendo? – o moreno flertou.
– Não. – sorriu, mostrando os dentes perfeitamente alinhados, e o sorriso seria lindo, se não fosse tão carregado de sarcasmo. – Eu tô muito mais impressionada em saber que você sabe ler!
Os garotos não evitaram o riso.
– Sabe que você parece com a Abby? Não fisicamente, mas você se comporta como a Abby. Já pensou em ter um Travis Maddox como eu? – Zayn deu o melhor sorriso e, de verdade, sua tentativa de ser sexy foi totalmente falha. – Eu me pareço com ele.
– Parece sim, Zayn. A diferença é que por trás do badboy insuportável que o Travis era, lá no fundo ele era interessante, diferente de você. – falou e saiu.
– Você já perdeu essa aposta, Zayn! – Louis gargalhava.
– Nem a embebedando você consegue. Lamento, Zayn, e... – Niall fez falsas lamentações.
– Oi, meninos – chegou e sentou ao lado de Harry. e ficaram em pé.
Styles, ou princesinha Styles, se preferir. Enganava algumas pessoas com sua máscara de menina certinha. Por exemplo, era uma das poucas alunas do colégio que utilizava o uniforme da maneira correta, completo: blazer, colete, camisa, gravata alinhada em volta do pescoço e a saia. Porém, esta última peça logo entregava a personalidade da loirinha. desfilava pelos corredores do Eton com uma saia minúscula e meias 7/8. Uma garota divertida, espontânea, simpática e muito, muito mimada. Com um sorriso de dentes perfeitamente alinhados sempre no rosto, a garota seduzia qualquer um a seus caprichos. Nunca foi de se esconder no meio da multidão. Aonde quer que estivesse, todos saberiam.
– Oi, ! – os três meninos a cumprimentaram, Harry permaneceu fuçando o celular. se aproximou o quanto pôde do irmão e começou a batucar os dedos nervosamente sobre a mesa.
– O que você quer, ? – Harry finalmente falou, depois de um ano de silêncio.
– Eu preciso da sua ajuda...
– Ihhhh! Nem vem. – Harry resmungou.
– Por favooor, Harry! – quase implorava, em tom choramingoso.
– Não. – o cacheado respondeu, voltando a fazer porra nenhuma no celular.
– Mas você é meu irmão. – a loirinha argumentou.
– Epa, epa! O único contrato que existe lá em casa é que MEU pai e a SUA mãe se casaram, eu não assinei nada aceitando você como minha irmã.
– Harry! – falou e os grandes olhos azuis lacrimejavam. Ela iria chorar. O garoto guardou o celular e abraçou a irmã.
– Tô brincando, boba. – ele a consolou.
– Brincando com o quê? Que você vai me ajudar ou que eu não sou sua irmã? – enxugava as lágrimas.
– Com os dois. Você é a melhor irmã do mundo e TALVEZ eu te ajude. – Harry falou.
– Talvez? Talvez? Eu PRECISO que você me ajude, Hazza! – ela surtava.
– O que aconteceu, ô rainha do drama?
– Promete que vai me ajudar?
– Prometo.
– Promete de dedinho. – ela exigiu.
– Por Deus, ! Isso aqui é colegial! – Harry a lembrou.
– E daí? Promete de dedinho e eu conto. – falou e Harry revirou os olhos enquanto fazia a promessa.
– Eu prometo que vou te ajudar. Pronto, fala. – Harry falou rápido.
– É que eu... bem, eu manchei aquela saia vermelha da mamãe...
– Ah, que ótimo! Você manchou a saia favorita da sua mãe! Aquela que eu não tenho noção de qual inferno ela trouxe aquilo! – Harry ralhou com a irmã.
– Desculpa... – a menina falou baixo.
– Pede desculpa não, filha, pede misericórdia pra sua mãe. – Harry riu. O grupo inteiro olhava para a cena, os dois irmãos brigando, coisa que faziam desde sempre e muito bem.
– Você prometeu que ia me ajudar! – o lembrou antes que o irmão a deixasse na mão.
– Eu vou, , eu vou... – o de olhos verdes suspirou, derrotado.
– Quando? – ela se levantou, animada.
– A gente vê um dia depois da aula. Pode ser? – Harry perguntou.
– Perfeito! Você é o melhor irmão do mundo! – deu um beijo no rosto de Harry.
– Eu sei. – o mais velho falou, presunçoso. foi andando com , ficou.
– Vem, . – chamou a amiga, que continuou lá, parada, encarando Louis, que ostentava um sorrisinho enquanto recebia o olhar fuzilante da ruiva.
– Vamos, ! – voltou e puxou-a pelo braço.
– Pode ir. Tô ocupada. – disse e e deram de ombros, saindo do refeitório.
– O que vocês estão fazendo? – Niall perguntou, de sobrancelhas arqueadas.
– Esse idiota tá me encarando e eu não saio daqui até ele parar. – a garota explicou, como se fosse um bom motivo para estarem ali como dois retardados.
– Vocês não acham que estão grandinhos demais pra isso? – Zayn interviu.
– Calado, Malik! – mandou.
– Você quem tá me encarando, . Eu sei que você gosta de mim, não me resiste, mas, por favor, se controle, querida. À noite, eu sou todo seu. – Louis piscou, em provocação.
– Pra você é Westwick. E não fui EU quem quis ficar com você no último baile do colégio! – sorriu vitoriosa e saiu andando atrás das amigas.
– Último baile do colégio, é, Tommo? – Harry provocou.
– Cala a boca, Harold! Eu tava bêbado! – Louis se defendeu. – Que ser humano fica com uma criatura dessas?
– Você bêbado... – Niall respondeu com um risinho.
– Vai se foder, Niall. – Louis murmurou.
– O que deu nelas? Quero dizer, o que VOCÊS fizeram pra elas? – chegou e sentou ao lado do primo.
Ao contrário da melhor amiga, Ortega era delicada, meiga e tímida. A morena era cobiçada por onde passava. Seu olhar tímido e por vezes submisso mesclavam-se à beleza celeste, esboçando um ar de inocência. Seu sorriso não era o mais confiante. Os olhos verdes insinuavam a necessidade de proteção. Não era à toa que o primo era tão protetor e Liam a cuidava tanto. Era uma beleza pura e inocente. Sua presença despertava o melhor em quem estivesse próximo de si. Era conciliadora e pacífica. Nunca foi namoradeira, Liam era o que poderíamos classificar como o primeiro amor da garotinha. O romantismo era a áurea que a acompanhava. Era irrevogavelmente a única pessoa que atravessava o mau humor de e fazia com que a marrenta fizesse todos os seus gostos. Em oposição ao seu jeito tímido, era manipuladora e, se pedisse, as pessoas se jogariam de um penhasco apenas para agradá-la.
– Nós não fizemos nada, prima! – Zayn levantou as mãos em sinal de inocência, fazendo rir.
– Zayn... – encarou-o, séria.
– Tá bom, a gente só tentou ser amigável com essas estúpidas e elas... AAAI! – parou de falar e reclamou do tapa ardido que recebera.
– Primeiro dia de aula e vocês já estão sendo chatos e mentirosos, que feio! – ria – Eu vou atrás delas, beijo pra vocês! – a morena jogou beijos no ar e saiu correndo.
– Eu ainda não sei se eu compro alguma coisa ou guardo essas notas em um pote de vidro pra me lembrar pro resto da vida do prejuízo do Zayn e do Louis! – Niall ria.
– Não, EU quem vou comprar umas lingeries pra você usar pra mim depois que eu tiver pegado a Dona Valente! – Louis falou.
– Eu não estaria tão certo disso, não depois das tentativas BEM frustradas. Se fosse o Harry, ou até mesmo o Liam, eu ainda sim duvidaria, MAS vocês dois só comem as amebas! – Niall retrucou e Harry riu.
– E por que você não participou da aposta? – Zayn o desafiou.
– Porque meu tempo é precioso demais pra perder com duas senhoritas-que-acham-que-sabem-tudo!
– Espertinho... – Louis disse.
O sinal tocou e os quatro garotos levantaram-se da mesa, se dirigindo à porta principal do colégio. Ainda discutiam baixo alguns detalhes da aposta enquanto analisavam as novatas. Já no corredor principal, , e conversavam empolgadas com Shepley. O time de futebol podia o ignorar, porém as três meninas gostavam de conversar com ele, diziam que ele era divertido, o que ninguém concordava. tirava alguns livros de seu armário e Liam estava ao seu lado, ouvindo o que ela dizia. E , bem, já estava arrumando confusão com Judie, a repórter do colégio.
O ano só estava começando e alunos do Eton queriam que aquele fosse melhor que o passado, nem podiam imaginar que aqueles dez jovens dariam o que falar.
– Gente, tô indo pra aula de geografia. Nossa, que jeito legal de começar o ano! – Niall falou com animação falsa que chegava a dar pena.
– Vai lá, campeão, e não se esqueça: o papai te ama, tá? – Louis falava, e as pessoas que estavam por perto riram – A mamãe também! – apontou para Harry e abraçou o amigo por trás. Niall já gargalhava, a caminho do purgatório.
– Sai daqui, Louis! – Harry ria enquanto se soltava dos braços do amigo.
– Bem, eu não quero interromper esse momento tão lindo do casal – Zayn falava, sério – Por isso, já vou indo pra aula de... de alguma coisa, eu descubro no caminho. – disse, já saindo.
– VOCÊ É UM VIADO, MALIK – pude ouvir Harry gritar, e jogou a cabeça para trás, rindo. Zayn apenas levantou o dedo do meio e continuar caminhar para a ala norte do colégio.
Foi até a secretaria pegar o novo horário e descobriu que sua primeira aula do ano seria espanhol. Correu até a sala, pois seria ruim chegar atrasado já no primeiro dia de aula. Entrando na sala, dirigiu-se até o fundo e sentou na última carteira. Sam e Rose foram até ele sentar ao seu lado – lê-se: em seu colo. entrou na sala, sentou em uma carteira próxima à saída, jogou a bolsa no chão e colocou os fones. Uns três garotos pararam para conversar com ela e Zayn revirou os olhos.
– Bom dia, queridos! – a professora, Sra. Sanchez, entrou na sala. Ninguém se deu ao trabalho de responder. – Eu percebo que vocês não estão sentados com as suas respectivas duplas. Se olharem com mais cuidado, verão que cada carteira está nomeada, vocês devem sentar em suas cadeiras e será assim até o fim do ano, na minha matéria.
Uma série de “AHHHHH” foi ouvida. Zayn olhou para a mesa em que estava sentado e o sobrenome “Malik” estava ali. Em sua opinião, poderia estar escrito “o pegador” que daria na mesma coisa. Sorriu e foi ver quem seria seu novo “vizinho” de classe. Torceu para que fosse uma gostosa, assim as aulas seriam menos chatas.
– Com licença, Malik. – uma voz, visivelmente irritada, se referiu a ele, e o sorriso em seu rosto foi se desmanchando aos poucos. Era . A sala toda olhava para os dois.
– Atenção aqui na frente, por favor! – Sra. Sanchez chamou, já escrevendo algumas coisas no quadro. Os minutos que se seguiram foram extramente silenciosos, até Zayn perceber que era uma ótima chance para atacar. Rasgou um papel, escreveu: “Hey, beija-flor, o destino é hilário, não?” e colocou em cima do material dela. pegou o bilhete nas mãos, amassou e jogou no chão, voltando a prestar copiar a matéria em seu caderno. O garoto observou a cena em silêncio, e apenas comprovou sua hipótese: Meester era o capeta!
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procurava arduamente seu livro de química em seu armário. O sinal para almoço havia tocado há dez minutos, e desde então ela escavava seu pequeno cubículo atrás do bendito livro de química. estava ao seu lado, reclamando sobre a aula de espanhol que tivera no primeiro horário. Ortegga não prestava atenção de fato, balançava a cabeça algumas vezes, mas tinha certeza sw que Zayn estava envolvido. Afinal, o sobrenome “Malik” fora invocado trinta milhões de vezes nos últimos 600 segundos.
– ... Você pode acreditar nisso? Ele pensa que é quem para me chamar de “beija-flor”? – Meester falava, irritada.
– Aham... – respondeu automaticamente.
– Hey, Liam! – chamou o amigo, que passava por elas.
– O que andam aprontando, meninas? – disse, se aproximando – Como está indo o primeiro dia de aula?
– Horrível! No primeiro horário tive aula de espanhol, e o Malik estav...
– ACHEI! – gritou de repente, assustando a amiga, que deu um pulinho para o lado.
– Parabéns, Ortegga! – disse, sarcástica.
– , não é só porque você tem o prazer de sentar ao lado do gato do meu primo até o fim do ano nas aulas de espanhol, que você precisa ficar bravinha! – disse, guardando o livro na bolsa – Oi, Liam! – sorriu para o garoto, que não tinha cumprimentado até então.
– Te dou 5 minutos para correr! – dizia com tédio na voz.
– Por que meu primo e minha melhor amiga não podem se dar bem? – perguntou a Liam, que apenas ria da situação.
– Porque ele é um egocêntrico, narcisista, egoísta, nojento... – seu discurso foi interrompido por Allie do segundo ano, que pedia para acompanhá-la até a redação do jornal da escola – Só um minuto – pediu a loirinha de óculos grandes demais para seu rosto. – Além de não ter...
– O charme que a priminha dele tem! Já entendemos. Vai lá salvar o jornal! – a cortou, fazendo-a revirar os olhos e seguir Parker.
– Não se desgrudem, vai ser mais fácil achar vocês dois mais tarde! – disse, maliciosa, e piscou para o amigo.
O fato era que Liam e eram apaixonados um pelo outro desde... desde sempre! Payne gostava da prima de Malik desde que tinha oito anos de idade, a garota tinha apenas seis. Na época, Liam não sabia que era uma paixão, o garotinho nem ao menos sabia o que era isso. Mas, com o decorrer do tempo, eles foram crescendo, amadurecendo, e o sentimento um pelo outro também. Os únicos que sabiam disso eram Harry e , que achavam que os dois deveriam assumir algum tipo de relacionamento. Só havia algo que os impedia, ou melhor, alguém: Zayn. Liam temia que o relacionamento com o melhor amigo fosse perdido, e obviamente ele não queria isso.
– Você vai à festa do Danny? – perguntou, caminhando em direção do pátio exterior.
– Não sei... Você vai? – Liam respondeu, seguindo a garota.
– Não sei ainda – sorriu – Talvez você devesse ir.
– Por quê? – o rapaz ficou curioso.
– Porque eu teria um bom motivo pra ir!
– Você quer mesmo isso, né? – perguntou sem vontade.
– Não, mas o Zayn te mataria se chegasse em casa e me encontrasse agarrada com você! – falou, parando de andar e se virando para encarar o garoto. Liam sorriu em resposta.
– Bem, por você... Eu talvez iria a festa! – disse, se aproximando.
– Talvez? – perguntou, sorrindo, arrumando a alça da bolsa.
– Tá bom, por você, eu vou à festa! – confessou e a garota riu do sorriso safado que o rapaz sustentava em seu rosto.
– Oi, Liam! – Lexi, a capitã das líderes de torcida cumprimentou o garoto, sendo totalmente simpática e oferecida. – Oi, Ortegga... – disse, por educação, com total desprezo na voz. apenas sorriu em resposta. – Você vai à festa do Danny? – perguntou, se aproximando de Liam, e o rapaz pôde ver sair de perto, cabisbaixa e em silêncio.
– Depois a gente conversa, ok? – correu a curta distância entre ele e , conseguindo a alcançar – Hey, espera! – puxou-a pelo braço. – O que foi?
– Nada, eu vou pra biblioteca, ok? Avisa o pessoal.
– A disse para ficarmos juntos, e é isso que faremos! – disse, passando o braço pelo pescoço da garota e a acompanhando para a biblioteca. – Afinal, nunca sabemos onde haverá um maníaco que irá nos atacar, eu protejo você!
– Disse o másculo! – sorriu e o garoto a encarou, sério. – E então? Vai à festa?
– Não sei, . Você tem razão em dizer que, se formos para a festa, teremos um tempo juntos, mas errada em dizer que precisamos ir à festa para termos um momento nosso!
– Então você prefere encarar o Zayn?
– E tem o Zayn! – refletiu.
– Qual é o problema com o meu primo? – perguntou – Por que ele seria contra nós?
– Porque ele me conhece, !
– Então ele está certo sobre você? – a menina o encarou.
– Sim e não. Sim, porque eu fico com quase todas as garotas que eu quiser. E não, porque tudo muda quando eu falo sobre você.
– Liam...
– Desculpa, , é que eu acho tão chata essa nossa situação.
– É, Liam, mas a gente não tem nada. – a garota sorriu, sem graça.
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– Hola, mi amigos! – chegou e se sentou ao lado de Niall, fazendo o irmão revirar os olhos.
– Oi, ! – o loiro a cumprimentou.
– Deixa pra praticar o seu espanhol na aula de espanhol, . – Harry reclamou, entediado.
– Chato!
– Implicante!
– Idiota!
– Para de me xingar ou eu não te ajudo com saia da sua mãe. – Harry sorriu vitorioso e fechou a cara – Assim que eu gosto, quietinha!
– Desculpa aí, mafioso italiano. Como você pode ser tão implicante?
– , para de drama – Harry resmungou.
– Tá vendo como em sou tratada pelos homens, Niall? – segurou o braço do irlandês, fazendo-o rir.
– Vem que eu te protejo! – a abraçou de lado.
– Desgruda da minha irmã, palhaço – Harry falou, mal humorado – Anda! , senta do meu lado agora!
– Para de ciúmes, Harry! – a garota riu.
– Eu não to vendo a menor graça, ! – o moreno reclamou, mal humorado. Morria de ciúmes da irmã.
– Oi, Niall! – sentou entre o irlandês e Harry, e deu um beijo na bochecha do melhor amigo.
Hilton era o oposto das amigas. Se você juntasse a calma de , a simpatia de , o senso de humor de e a inteligência de , teria uma noção de quem era . Do grupo, era de fato a mais sensível e, por vezes, tímida. Sua beleza amalgamava-se com a doçura que lhe era típica. Não era do tipo que ficava com qualquer um, adorava um romance e se apegava fácil.
– Oi, ! – a abraçou.
– Pronto! Me abandonou agora, Niall? – fingiu estar com ciúmes, e os quatro riram.
– , você vai que horas lá pra casa? – perguntou.
– Não sei, eu ainda vou ao shopping com o Harry. – respondeu, desanimada.
– Pra quê? – a loira perguntou, encarando Harry de forma acusadora.
– Que foi? – perguntou, mastigando um de seus cookies – Eu só vou porque sou obrigado! – justificou-se.
– É que eu manchei aquela saia da mamãe, sabe... – falou como uma criança quando faz bagunça.
– Qual delas? – a amiga lhe perguntou, sorrindo, sabendo que sempre conseguia aprontar uma melhor que a anterior.
– Aquela que eu te mostrei semana passada...
– Ah, aquela edição única... O QUÊ? VOCÊ MANCHOU A SAIA DA SUA MÃE MODELO ÚNICO?! – surtou.
– Como assim modelo único? – lhe perguntou apenas para confirmar, mas sem realmente querer ouvir tal frase mais uma vez.
– Por favor, né, ! Não existe outra saia dessas, ela é feita sob medida. Se mais alguém quiser uma dessas, só sua mãe pode autorizar. – explicou-lhe como algo óbvio.
– PUTA QUE PARIU! – a garota gritou, desesperada e nervosa.
– Quando sua mãe volta? – Niall quis saber.
– Talvez mês que vem, talvez daqui dois meses... Eu não sei! Eles adoram fazer surpresinhas... – respondeu, gesticulando abertamente, beirando o desespero.
– Então dá tempo... – falou, séria e pensativa.
– Tempo pra quê? – Harry perguntou, curioso.
– Pra realizarmos todos os seus desejos antes da sua mãe chegar e te matar! – Niall falou, rindo, fazendo Harry e o acompanhar e deixando mais apreensiva.
– Qual o motivo de tanta festa? – Zayn se juntou ao grupo.
– Estamos preparando o funeral da princesinha Styles! – o irlandês o respondeu.
– Por quê? – o moreno perguntou, preocupado.
– A mãe dela vai matá-la quando ver sua saia preferida manchada! – respondeu risonha e Niall pôde ver Zayn observá-la de cima a baixo.
– Seria cômico, se não fosse trágico! – suspirou, bem humorada.
– Alguém aqui viu o Liam? – Malik perguntou.
– Eu vi ele e a quando tava vindo pra cá, eles estavam indo pra biblioteca.– falou.
– O QUE ELES IAM FAZER NA BIBLIOTECA? – Zayn gritou, já desconfiando do melhor amigo.
– Comprar batatas. – a garota respondeu, irônica, com um lindo sorriso simpático no rosto.
– Pra colocar no seu sutiã? Porque até batatas são maiores que seus peitos. – o moreno retrucou, fazendo Harry rir. Niall apenas abaixou a cabeça, fingindo não perceber a discussão, e ficar indignada.
– Não, Malik, pra preencher suas bolas, porque isso aí tá mais pra vagina! – Hilton falou, ainda sorrindo. Uma resposta ríspida, que contrastava com o sorriso que sustentava.
– , amor, cadê a ? – parou na frente do grupo.
– Foi na biblioteca com o Liam, comprar batatas pra preencher as bolas do Zayn! – falou inocentemente.
juntou as sobrancelhas, estranhando a resposta:
– E a boneca aqui tem bolas? – olhou entre as pernas de Zayn, sarcástica. – Pensei que fosse um vagina virgem...
– Falou a dama da Inglaterra! Sério, eu tenho quase certeza de que essa Coca é Fanta... – o garoto se irritou.
– Cala a boca e vai comprar uma lupa pra gente tentar achar seu “garotinho” – a ruiva falou, rindo da própria piada, batendo no ombro de Harry, o incentivando a acompanhá-la. – Bom, deixa eu ir atrás da Ortega. Depois eu falo com vocês, vadias.
– Tchau, ! – riu, empolgada.
– Sério, vocês dois deveriam proibir a irmã e a prima de vocês de falar com essas loucas! – Niall disse, apontando par os outros dois garotos.
– Eu já disse isso pra ela! – Harry falou.
– Alguém sabe me dizer se vadia lou... a senhorita Westwick passou por aqui? – Louis parou ofegante, se apoiando na mesa em que os amigos estavam.
– Foi pra biblioteca atrás da minha prima.
– Valeu... – saiu a passos apressados em direção à biblioteca.
– Espera, viadinho, eu vou com você! – Zayn disse, agarrando a mochila e correndo atrás do amigo, que já estava longe.
– Eu ouvi mal, ou o Tomlinson tava realmente atrás da ? – perguntou, tão atônita quanto .
– Ouviu direitinho... – o melhor amigo a respondeu com uma risadinha.
– Devemos fugir agora e nos esconder no porão? – perguntou e os amigos a encararam, sem entender. – Qual é, gente! A Terceira Guerra Mundial pode estourar bem aqui!
– E eu pensei que já tinha visto de tudo nessa vida! – falou.
– Esse ano promete, garotas! – Harry falou e os dois meninos sorriram, se entreolhando, deixando as duas garotas perdidas na linguagem de sinais entre eles.
– Ok... Eu já vou indo, pessoal, primeiro dia de aula ainda tá só começo! – Hilton se levantou e Niall acompanhou.
– Vamos, . – o loiro falou.
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Liam e estavam na biblioteca há dez minutos e a bibliotecária – que ninguém nunca soube o nome – já havia chamado a atenção do rapaz incontáveis vezes.
– Liam, seu idiota! Cala a boca! Ela vai expulsar a gente e nos proibir de voltar até o fim do ano! – a morena o repreendeu, prendendo o riso.
– Grande coisa! Acho que deve ser a primeira vez que venho à essa biblioteca desde que estudo aqui!
– Aham! Sei... Você é muito nerdão, Liam, nem vem! – disse, prendendo a gargalhada pela cara de ofendido que ele fazia.
– Oi, ! – a garota ouviu seu apelido e viu Liam rolar os olhos ao encarar a pessoa que estava atrás dela. Virou-se para ver quem era a pessoa que Payne ficara "feliz" em ver.
E lá estava ele, Daniel Phillips, capitão do time de basquete. Loiro, alto, olhos verdes ou azuis – não sabia ao certo –, seu sorriso perfeito e sua autoconfiança sempre lhe fazendo companhia. Danny era um rapaz simpático, divertido, gentil... Muitos bons adjetivos poderiam ser atribuídos para o jogador, no entanto, na cabeça de Liam existia apenas um: filho da puta.
Não havia um bom relacionamento entre os dois rapazes, talvez pelo simples motivo que Phillips representava uma ameaça. Apesar de Liam confiar em seu taco, ele sabia que o "jogadorzinho de merda", como costumava chamar, jogava todo seu charme para cima de Ortega. Já Danny não suportava Payne, porque achava o garoto um completo idiota.
– Oi, Danny! – a garota cumprimentou, sorrindo.
– Payne. – disse secamente, encarando Liam com desdém. O que não atingiu o rapaz, que nem se deu ao trabalho de emitir som algum, um leve cumprimento de cabeça foi o suficiente.
– Como foram as férias? – Daniel perguntou e Liam rolava os olhos mais uma vez por ver que a conversa se estenderia mais que o necessário. Claro que apenas um "oi" não seria o suficiente.
– Foi tudo bem, o de sempre. E você?
– Normal também. Como sempre fui pra Austrália visitar meu pai. E...
– DANNY, CARA, VEM LOGO! – um dos jogadores do time gritou da porta, quase ocasionado uma parada cardíaca na bibliotecária, que, até então, lia tranquilamente.
– XIIIIIIIIIIIU – sibilou com o dedo indicador sobre os lábios.
– Desculpe... VEM, CARA! – gritou novamente com impaciência e a Sr. Alguma Coisa repetiu seu movimento, dessa vez também apontando para a placa onde estava escrito: SILÊNCIO!
Daniel e riram silenciosamente. Liam estava de braços cruzados e cara de tédio. O jogador fez um sinal com a mão para o amigo para que esperasse apenas mais um pouco.
– Vai à festa, certo? – o garoto perguntou.
– Ãhn... Eu não sei ainda!
– Ah, , qual é?! Olha, vamos fazer assim, eu te pego na sua casa às oito, pode ser?
– Não, não precisa se incomodar. Se eu for, meu primo me leva.
– Estou esperando por você, Ortega! Me dê confirmação que vai, senão eu vou ficar te seguindo até fazê-la mudar de ideia. – disse, pegando a cadeira mais próxima e se sentando.
– , amor, pelo amor de Deus, diz que vai! – Liam implorou, envolvendo as pequenas mãos da menina com as suas. Danny entendeu a piada de mau gosto e encarava o garoto com as sobrancelhas arqueadas. – Não queremos que o capitão do time de basquete fique aqui enchendo nosso saco em vez de correr atrás de sua querida bolinha.
– Liam! – repreendeu o rapaz, que soltou suas mãos e voltou a cruzar os braços. – Eu acho que vou à festa sim, Danny.
– Disse que quero sua confirmação. Pelo visto, você quer que eu fique mais tempo por aqui. – disse, virando-se para Liam.
– Eu vou à festa, Danny, eu vou com toda a certeza! – disse, por fim.
– Ótimo! A gente se vê lá então, vou estar esperando por você. – levantou-se, se despediu com um beijo no rosto da garota e saiu.
– Filho da puta. – Liam resmungou baixo, mas não o bastante para que não ouvisse.
– Qual é o seu problema? Qual é o problema de vocês?
– Não sou obrigado a aturá-lo só porque você é amiguinha dele, !
– Ele nunca fez algo de mal pra você. Não entendo a rixa de vocês.
– Olha, esquece isso, ok? Não importa. – disse, descruzando os braços e se endireitando na cadeira. – Passo na sua casa no sábado às oito, tá?
– Por quê?
– Para irmos à festa, !
– Mas você não disse que queria ir? – perguntou, encarando-o com o canto dos olhos.
– Pois é, mas eu mudei de ideia... – se jogou novamente na cadeira, sentando de forma relaxada.
– A população feminina do Eton agradecerá sua presença.
– Gosto de distribuir alegria. – disse, sorrindo de forma convencida.
– Idiota... – disse com tédio na voz.
– Geralmente me chamam de lindo, gato, gostoso, perfeito... idiota, não. – falava com um sorriso divertido dançando em seus lábios.
– Nem modesto ou humilde, certo? – a morena perguntou com as sobrancelhas arqueadas.
Liam pôs a mão sobre o peito.
– Estou ferido. Sou uma pessoa muito humilde, , fico totalmente decepcionado por saber que é esta a imagem que você tem sobre a minha pessoa.
– Cala a boca, Liam! – falava, rindo.
O rapaz puxou sua cadeira para perto da dela, ficando mais próximo, e deitou sua cabeça no ombro da menina, aspirando seu perfume, doce e delicado como ela.
– ?
– Humm?
– O que, afinal, estamos fazendo aqui?
Ele pôde ouvir uma risadinha nasal e a morena o respondeu:
– ficou furiosa em descobrir que este ano a diretora da redação do jornal do colégio é Julie Fooster, por isso ela me pediu pra vir aqui e pegar a quantidade máxima de jornais com reportagens da Julie. Ela quer pegar todas, apresentá-las ao professor Whinne e provar que a Julie é, como ela diz, uma reporterzinha de quinta.
– Primeiro – o rapaz disse, enumerando com os dedos – é louca e irritante...
– Não fala assim, Liam!
– Segundo: ela é louca e irritante! – falou, rindo.
– Para com isso, você deveria tentar conversar com ela. é uma pessoa muito normal, pra sua informação... – dizia sem encará-lo, folheando um jornal – Tá, talvez ela não seja TÃO normal assim... – levantou os olhos para Liam, que ria de seu comentário. – Mas ela é muito divertida e engraçada.
– Isso é tudo muito bonito, mas não muda o fato da Westwick ser uma megera e...
– Obrigada pelo adjetivo bem empregado à minha personalidade, Payne! – a voz de pôde ser ouvida atrás do dois.
fechou os olhos, já esperando um escândalo, e Liam, que, até então, ainda estava com a cabeça deitada no ombro da garota, se levantou lentamente e se virou para , que estava de braços cruzados e nariz em pé.
Arrogante. Era assim que todos definiam Westwick. E suas atitudes não mostravam o contrário, ela fazia jus a tantos apelidos de mau gosto que as pessoas a chamavam pelos corredores do colégio. Ela não se importava, gostava de fazer o papel de garota má e mal encarada, que esbarrava nas líderes de torcida quando necessário e atormentava as pobres nerds do jornal. Nunca era vista de cabeça baixa, andava por aí sempre com seu nariz em pé, sendo acompanhada por olhares masculinos curiosos e interessados, o que incomodava algumas outras garotas, que já tentaram fazê-la despencar ao chão, no entanto, nunca com sucesso. era do tipo que derrubava qualquer um com seu sarcasmo e seu humor negro. Engraçada na medida certa, e, como ela dizia, apenas com quem merecia.
– Olá, , estamos aqui recolhendo as informações que você preci... – Liam tentou disfarçar um pouco.
– Pra você é Westwick, idiota. – um corte rápido e seco. – Na verdade, seria bom se você nem falasse comigo!
– Será um prazer. – o rapaz disse por fim, recostando-se na cadeira.
– , consegui algumas coisas sobre a Julie. As piores reportagens que ela já escreveu. – disse, entregando um bolo de papéis para a amiga.
– Você quer dizer as piores reportagens que alguém já escreveu em toda a face da Terra, certo? – sorria com suas sobrancelhas arqueadas. – O problema não é escrever. Se ela quer brincar de repórter, eu não tenho nada contra isso. No entanto, publicar essa porcaria já é demais!
– Se você a acha tão ruim assim, por que você não foi lá e fez o teste para diretora do jornal, Westwick? – Liam perguntou, de braços cruzados.
– , fala para essa coisa aí do seu lado não dirigir a palavra a mim, por favor! – a ruiva pediu educadamente, sem tirar a atenção do bloco de folhas em suas mãos.
apenas virou-se para Liam, que bufava, e fez um sinal para que o garoto não dissesse mais nenhuma palavra. analisa os papéis em silêncio e nem percebeu Louis se aproximando cuidadosamente para não chamar atenção. O rapaz colocou o dedo indicador sobre os lábios, pedindo para os amigos não fazerem barulho.
– Hi, baby! – disse ao pé do ouvido da garota, descansando sua mão na cintura dela.
quase gritou, assustada, pulando para o lado e batendo em Louis com as folhas que estavam em suas mãos.
– Tire suas mãos de mim, ser nojento e repugnante!
– Socorro! Alguém me ajude, tem uma louca aqui! – Louis gritava, chamando a atenção da bibliotecária, que os encarou com uma careta.
– XIIIIIIIIIIIIU!
– Pelo amor de Deus, parem! – se colocou de pé, entre os dois.
– Ai, que nojo, ele tocou em mim! – a ruiva falava como uma criança.
– Você é estranha, hein, garota! Eu só estava tentando uma aproximação pacífica... Vocês viram!
– E quem disse que eu quero me aproximar de você?
– Você é muito infantil, né? Eu aqui pensando que nós...
– Acho melhor sairmos daqui. – Liam se aproximou de , puxando-a pela mão, com as bolsas de ambos nos ombros.
– E você, Louis?
– A Westwick? Tem certeza? – o garoto fez careta.
– Ela mesma. – Chase respondeu, rindo.
– Podem começar a juntar o dinheiro, otários, vou dobrar a Westwick aos meus pés. – Louis riu sozinho e foi atrás do amigo, que tinha acabado de sair dali.
– Bom, esse ano promete. – Niall deu o seu palpite – E eu vou indo atrás da Hilton.
– Você bem que podia me passar o número da sua amiga, hum? – Frank pediu, levando o time a gargalhadas.
– Se te serve de consolo, a odeia o time, prefere os caras da natação. – Niall falou, sorrindo e descendo.
– Diz pra ela que eu já tô com saudade de vê-la jogando vôlei! – alguém gritou. Niall meneou a cabeça e riu. Ele e Harry saíam do campo em silêncio.
– Isso vai ser muito interessante... – Harry falou.
– Se vai... – Niall concordou enquanto caminhavam até uma das mesinhas do refeitório, onde Zayn estava.
– Cadê o Liam e o Louis? – Niall perguntou.
– Liam foi à biblioteca e o Louis foi pegar um refrigerante. – Zayn informou.
– Eu ainda não sei o que vou fazer com as minhas $9000 libras. – Louis falou, se jogando ao lado de Niall e abrindo sua latinha de coca.
– Dá pra mim. – Harry pediu na cara dura, com um meio sorriso.
– Se iluda, baby. – Louis piscou para o amigo, que deu um soco em seu braço.
– Não é por nada não, mas a tá chegando aqui. – Niall anunciou e os meninos quase prenderam a respiração.
E lá vinha Meester. A cada passo que dava, mais uma pessoa virava a cabeça para observá-la. Olhares femininos que transbordavam inveja e masculinos, cheios de segundas intenções. Usando apenas a camisa do uniforme para fora da saia, esta que ficava a cima dos joelhos, sua gravata um pouco frouxa em volta do pescoço e meias 3/4, a garota desfilava pelo pátio interno do Colégio Eton. Com seu olhar confiante e seu sorriso provocativo, era fácil a morena não ter muitos fãs por onde passava. Dona de uma personalidade forte, não era de se meter em confusões, todavia, se necessário, adoraria pisar em alguém com seus argumentos infalíveis e seu sarcasmo palpável. Divertida quando necessário e duplamente ignorante com quem merecia.
– Vejam e aprendam a conquistar uma ogra! – Zayn murmurou e os quatro riram.
– Cadê o Liam? – perguntou, mal humorada, para variar.
– Na biblioteca. – Zayn respondeu, ia passando em direção à biblioteca, mas o moreno foi insistente. – Belo Desastre? – perguntou quando viu o livro nas mãos da garota. parou e ficou encarando Zayn com a sobrancelha levemente arqueada, em sinal de confusão.
– O que foi? Surpresa por saber que eu conheço o livro que você tá lendo? – o moreno flertou.
– Não. – sorriu, mostrando os dentes perfeitamente alinhados, e o sorriso seria lindo, se não fosse tão carregado de sarcasmo. – Eu tô muito mais impressionada em saber que você sabe ler!
Os garotos não evitaram o riso.
– Sabe que você parece com a Abby? Não fisicamente, mas você se comporta como a Abby. Já pensou em ter um Travis Maddox como eu? – Zayn deu o melhor sorriso e, de verdade, sua tentativa de ser sexy foi totalmente falha. – Eu me pareço com ele.
– Parece sim, Zayn. A diferença é que por trás do badboy insuportável que o Travis era, lá no fundo ele era interessante, diferente de você. – falou e saiu.
– Você já perdeu essa aposta, Zayn! – Louis gargalhava.
– Nem a embebedando você consegue. Lamento, Zayn, e... – Niall fez falsas lamentações.
– Oi, meninos – chegou e sentou ao lado de Harry. e ficaram em pé.
Styles, ou princesinha Styles, se preferir. Enganava algumas pessoas com sua máscara de menina certinha. Por exemplo, era uma das poucas alunas do colégio que utilizava o uniforme da maneira correta, completo: blazer, colete, camisa, gravata alinhada em volta do pescoço e a saia. Porém, esta última peça logo entregava a personalidade da loirinha. desfilava pelos corredores do Eton com uma saia minúscula e meias 7/8. Uma garota divertida, espontânea, simpática e muito, muito mimada. Com um sorriso de dentes perfeitamente alinhados sempre no rosto, a garota seduzia qualquer um a seus caprichos. Nunca foi de se esconder no meio da multidão. Aonde quer que estivesse, todos saberiam.
– Oi, ! – os três meninos a cumprimentaram, Harry permaneceu fuçando o celular. se aproximou o quanto pôde do irmão e começou a batucar os dedos nervosamente sobre a mesa.
– O que você quer, ? – Harry finalmente falou, depois de um ano de silêncio.
– Eu preciso da sua ajuda...
– Ihhhh! Nem vem. – Harry resmungou.
– Por favooor, Harry! – quase implorava, em tom choramingoso.
– Não. – o cacheado respondeu, voltando a fazer porra nenhuma no celular.
– Mas você é meu irmão. – a loirinha argumentou.
– Epa, epa! O único contrato que existe lá em casa é que MEU pai e a SUA mãe se casaram, eu não assinei nada aceitando você como minha irmã.
– Harry! – falou e os grandes olhos azuis lacrimejavam. Ela iria chorar. O garoto guardou o celular e abraçou a irmã.
– Tô brincando, boba. – ele a consolou.
– Brincando com o quê? Que você vai me ajudar ou que eu não sou sua irmã? – enxugava as lágrimas.
– Com os dois. Você é a melhor irmã do mundo e TALVEZ eu te ajude. – Harry falou.
– Talvez? Talvez? Eu PRECISO que você me ajude, Hazza! – ela surtava.
– O que aconteceu, ô rainha do drama?
– Promete que vai me ajudar?
– Prometo.
– Promete de dedinho. – ela exigiu.
– Por Deus, ! Isso aqui é colegial! – Harry a lembrou.
– E daí? Promete de dedinho e eu conto. – falou e Harry revirou os olhos enquanto fazia a promessa.
– Eu prometo que vou te ajudar. Pronto, fala. – Harry falou rápido.
– É que eu... bem, eu manchei aquela saia vermelha da mamãe...
– Ah, que ótimo! Você manchou a saia favorita da sua mãe! Aquela que eu não tenho noção de qual inferno ela trouxe aquilo! – Harry ralhou com a irmã.
– Desculpa... – a menina falou baixo.
– Pede desculpa não, filha, pede misericórdia pra sua mãe. – Harry riu. O grupo inteiro olhava para a cena, os dois irmãos brigando, coisa que faziam desde sempre e muito bem.
– Você prometeu que ia me ajudar! – o lembrou antes que o irmão a deixasse na mão.
– Eu vou, , eu vou... – o de olhos verdes suspirou, derrotado.
– Quando? – ela se levantou, animada.
– A gente vê um dia depois da aula. Pode ser? – Harry perguntou.
– Perfeito! Você é o melhor irmão do mundo! – deu um beijo no rosto de Harry.
– Eu sei. – o mais velho falou, presunçoso. foi andando com , ficou.
– Vem, . – chamou a amiga, que continuou lá, parada, encarando Louis, que ostentava um sorrisinho enquanto recebia o olhar fuzilante da ruiva.
– Vamos, ! – voltou e puxou-a pelo braço.
– Pode ir. Tô ocupada. – disse e e deram de ombros, saindo do refeitório.
– O que vocês estão fazendo? – Niall perguntou, de sobrancelhas arqueadas.
– Esse idiota tá me encarando e eu não saio daqui até ele parar. – a garota explicou, como se fosse um bom motivo para estarem ali como dois retardados.
– Vocês não acham que estão grandinhos demais pra isso? – Zayn interviu.
– Calado, Malik! – mandou.
– Você quem tá me encarando, . Eu sei que você gosta de mim, não me resiste, mas, por favor, se controle, querida. À noite, eu sou todo seu. – Louis piscou, em provocação.
– Pra você é Westwick. E não fui EU quem quis ficar com você no último baile do colégio! – sorriu vitoriosa e saiu andando atrás das amigas.
– Último baile do colégio, é, Tommo? – Harry provocou.
– Cala a boca, Harold! Eu tava bêbado! – Louis se defendeu. – Que ser humano fica com uma criatura dessas?
– Você bêbado... – Niall respondeu com um risinho.
– Vai se foder, Niall. – Louis murmurou.
– O que deu nelas? Quero dizer, o que VOCÊS fizeram pra elas? – chegou e sentou ao lado do primo.
Ao contrário da melhor amiga, Ortega era delicada, meiga e tímida. A morena era cobiçada por onde passava. Seu olhar tímido e por vezes submisso mesclavam-se à beleza celeste, esboçando um ar de inocência. Seu sorriso não era o mais confiante. Os olhos verdes insinuavam a necessidade de proteção. Não era à toa que o primo era tão protetor e Liam a cuidava tanto. Era uma beleza pura e inocente. Sua presença despertava o melhor em quem estivesse próximo de si. Era conciliadora e pacífica. Nunca foi namoradeira, Liam era o que poderíamos classificar como o primeiro amor da garotinha. O romantismo era a áurea que a acompanhava. Era irrevogavelmente a única pessoa que atravessava o mau humor de e fazia com que a marrenta fizesse todos os seus gostos. Em oposição ao seu jeito tímido, era manipuladora e, se pedisse, as pessoas se jogariam de um penhasco apenas para agradá-la.
– Nós não fizemos nada, prima! – Zayn levantou as mãos em sinal de inocência, fazendo rir.
– Zayn... – encarou-o, séria.
– Tá bom, a gente só tentou ser amigável com essas estúpidas e elas... AAAI! – parou de falar e reclamou do tapa ardido que recebera.
– Primeiro dia de aula e vocês já estão sendo chatos e mentirosos, que feio! – ria – Eu vou atrás delas, beijo pra vocês! – a morena jogou beijos no ar e saiu correndo.
– Eu ainda não sei se eu compro alguma coisa ou guardo essas notas em um pote de vidro pra me lembrar pro resto da vida do prejuízo do Zayn e do Louis! – Niall ria.
– Não, EU quem vou comprar umas lingeries pra você usar pra mim depois que eu tiver pegado a Dona Valente! – Louis falou.
– Eu não estaria tão certo disso, não depois das tentativas BEM frustradas. Se fosse o Harry, ou até mesmo o Liam, eu ainda sim duvidaria, MAS vocês dois só comem as amebas! – Niall retrucou e Harry riu.
– E por que você não participou da aposta? – Zayn o desafiou.
– Porque meu tempo é precioso demais pra perder com duas senhoritas-que-acham-que-sabem-tudo!
– Espertinho... – Louis disse.
O sinal tocou e os quatro garotos levantaram-se da mesa, se dirigindo à porta principal do colégio. Ainda discutiam baixo alguns detalhes da aposta enquanto analisavam as novatas. Já no corredor principal, , e conversavam empolgadas com Shepley. O time de futebol podia o ignorar, porém as três meninas gostavam de conversar com ele, diziam que ele era divertido, o que ninguém concordava. tirava alguns livros de seu armário e Liam estava ao seu lado, ouvindo o que ela dizia. E , bem, já estava arrumando confusão com Judie, a repórter do colégio.
O ano só estava começando e alunos do Eton queriam que aquele fosse melhor que o passado, nem podiam imaginar que aqueles dez jovens dariam o que falar.
– Gente, tô indo pra aula de geografia. Nossa, que jeito legal de começar o ano! – Niall falou com animação falsa que chegava a dar pena.
– Vai lá, campeão, e não se esqueça: o papai te ama, tá? – Louis falava, e as pessoas que estavam por perto riram – A mamãe também! – apontou para Harry e abraçou o amigo por trás. Niall já gargalhava, a caminho do purgatório.
– Sai daqui, Louis! – Harry ria enquanto se soltava dos braços do amigo.
– Bem, eu não quero interromper esse momento tão lindo do casal – Zayn falava, sério – Por isso, já vou indo pra aula de... de alguma coisa, eu descubro no caminho. – disse, já saindo.
– VOCÊ É UM VIADO, MALIK – pude ouvir Harry gritar, e jogou a cabeça para trás, rindo. Zayn apenas levantou o dedo do meio e continuar caminhar para a ala norte do colégio.
Foi até a secretaria pegar o novo horário e descobriu que sua primeira aula do ano seria espanhol. Correu até a sala, pois seria ruim chegar atrasado já no primeiro dia de aula. Entrando na sala, dirigiu-se até o fundo e sentou na última carteira. Sam e Rose foram até ele sentar ao seu lado – lê-se: em seu colo. entrou na sala, sentou em uma carteira próxima à saída, jogou a bolsa no chão e colocou os fones. Uns três garotos pararam para conversar com ela e Zayn revirou os olhos.
– Bom dia, queridos! – a professora, Sra. Sanchez, entrou na sala. Ninguém se deu ao trabalho de responder. – Eu percebo que vocês não estão sentados com as suas respectivas duplas. Se olharem com mais cuidado, verão que cada carteira está nomeada, vocês devem sentar em suas cadeiras e será assim até o fim do ano, na minha matéria.
Uma série de “AHHHHH” foi ouvida. Zayn olhou para a mesa em que estava sentado e o sobrenome “Malik” estava ali. Em sua opinião, poderia estar escrito “o pegador” que daria na mesma coisa. Sorriu e foi ver quem seria seu novo “vizinho” de classe. Torceu para que fosse uma gostosa, assim as aulas seriam menos chatas.
– Com licença, Malik. – uma voz, visivelmente irritada, se referiu a ele, e o sorriso em seu rosto foi se desmanchando aos poucos. Era . A sala toda olhava para os dois.
– Atenção aqui na frente, por favor! – Sra. Sanchez chamou, já escrevendo algumas coisas no quadro. Os minutos que se seguiram foram extramente silenciosos, até Zayn perceber que era uma ótima chance para atacar. Rasgou um papel, escreveu: “Hey, beija-flor, o destino é hilário, não?” e colocou em cima do material dela. pegou o bilhete nas mãos, amassou e jogou no chão, voltando a prestar copiar a matéria em seu caderno. O garoto observou a cena em silêncio, e apenas comprovou sua hipótese: Meester era o capeta!
procurava arduamente seu livro de química em seu armário. O sinal para almoço havia tocado há dez minutos, e desde então ela escavava seu pequeno cubículo atrás do bendito livro de química. estava ao seu lado, reclamando sobre a aula de espanhol que tivera no primeiro horário. Ortegga não prestava atenção de fato, balançava a cabeça algumas vezes, mas tinha certeza sw que Zayn estava envolvido. Afinal, o sobrenome “Malik” fora invocado trinta milhões de vezes nos últimos 600 segundos.
– ... Você pode acreditar nisso? Ele pensa que é quem para me chamar de “beija-flor”? – Meester falava, irritada.
– Aham... – respondeu automaticamente.
– Hey, Liam! – chamou o amigo, que passava por elas.
– O que andam aprontando, meninas? – disse, se aproximando – Como está indo o primeiro dia de aula?
– Horrível! No primeiro horário tive aula de espanhol, e o Malik estav...
– ACHEI! – gritou de repente, assustando a amiga, que deu um pulinho para o lado.
– Parabéns, Ortegga! – disse, sarcástica.
– , não é só porque você tem o prazer de sentar ao lado do gato do meu primo até o fim do ano nas aulas de espanhol, que você precisa ficar bravinha! – disse, guardando o livro na bolsa – Oi, Liam! – sorriu para o garoto, que não tinha cumprimentado até então.
– Te dou 5 minutos para correr! – dizia com tédio na voz.
– Por que meu primo e minha melhor amiga não podem se dar bem? – perguntou a Liam, que apenas ria da situação.
– Porque ele é um egocêntrico, narcisista, egoísta, nojento... – seu discurso foi interrompido por Allie do segundo ano, que pedia para acompanhá-la até a redação do jornal da escola – Só um minuto – pediu a loirinha de óculos grandes demais para seu rosto. – Além de não ter...
– O charme que a priminha dele tem! Já entendemos. Vai lá salvar o jornal! – a cortou, fazendo-a revirar os olhos e seguir Parker.
– Não se desgrudem, vai ser mais fácil achar vocês dois mais tarde! – disse, maliciosa, e piscou para o amigo.
O fato era que Liam e eram apaixonados um pelo outro desde... desde sempre! Payne gostava da prima de Malik desde que tinha oito anos de idade, a garota tinha apenas seis. Na época, Liam não sabia que era uma paixão, o garotinho nem ao menos sabia o que era isso. Mas, com o decorrer do tempo, eles foram crescendo, amadurecendo, e o sentimento um pelo outro também. Os únicos que sabiam disso eram Harry e , que achavam que os dois deveriam assumir algum tipo de relacionamento. Só havia algo que os impedia, ou melhor, alguém: Zayn. Liam temia que o relacionamento com o melhor amigo fosse perdido, e obviamente ele não queria isso.
– Você vai à festa do Danny? – perguntou, caminhando em direção do pátio exterior.
– Não sei... Você vai? – Liam respondeu, seguindo a garota.
– Não sei ainda – sorriu – Talvez você devesse ir.
– Por quê? – o rapaz ficou curioso.
– Porque eu teria um bom motivo pra ir!
– Você quer mesmo isso, né? – perguntou sem vontade.
– Não, mas o Zayn te mataria se chegasse em casa e me encontrasse agarrada com você! – falou, parando de andar e se virando para encarar o garoto. Liam sorriu em resposta.
– Bem, por você... Eu talvez iria a festa! – disse, se aproximando.
– Talvez? – perguntou, sorrindo, arrumando a alça da bolsa.
– Tá bom, por você, eu vou à festa! – confessou e a garota riu do sorriso safado que o rapaz sustentava em seu rosto.
– Oi, Liam! – Lexi, a capitã das líderes de torcida cumprimentou o garoto, sendo totalmente simpática e oferecida. – Oi, Ortegga... – disse, por educação, com total desprezo na voz. apenas sorriu em resposta. – Você vai à festa do Danny? – perguntou, se aproximando de Liam, e o rapaz pôde ver sair de perto, cabisbaixa e em silêncio.
– Depois a gente conversa, ok? – correu a curta distância entre ele e , conseguindo a alcançar – Hey, espera! – puxou-a pelo braço. – O que foi?
– Nada, eu vou pra biblioteca, ok? Avisa o pessoal.
– A disse para ficarmos juntos, e é isso que faremos! – disse, passando o braço pelo pescoço da garota e a acompanhando para a biblioteca. – Afinal, nunca sabemos onde haverá um maníaco que irá nos atacar, eu protejo você!
– Disse o másculo! – sorriu e o garoto a encarou, sério. – E então? Vai à festa?
– Não sei, . Você tem razão em dizer que, se formos para a festa, teremos um tempo juntos, mas errada em dizer que precisamos ir à festa para termos um momento nosso!
– Então você prefere encarar o Zayn?
– E tem o Zayn! – refletiu.
– Qual é o problema com o meu primo? – perguntou – Por que ele seria contra nós?
– Porque ele me conhece, !
– Então ele está certo sobre você? – a menina o encarou.
– Sim e não. Sim, porque eu fico com quase todas as garotas que eu quiser. E não, porque tudo muda quando eu falo sobre você.
– Liam...
– Desculpa, , é que eu acho tão chata essa nossa situação.
– É, Liam, mas a gente não tem nada. – a garota sorriu, sem graça.
– Hola, mi amigos! – chegou e se sentou ao lado de Niall, fazendo o irmão revirar os olhos.
– Oi, ! – o loiro a cumprimentou.
– Deixa pra praticar o seu espanhol na aula de espanhol, . – Harry reclamou, entediado.
– Chato!
– Implicante!
– Idiota!
– Para de me xingar ou eu não te ajudo com saia da sua mãe. – Harry sorriu vitorioso e fechou a cara – Assim que eu gosto, quietinha!
– Desculpa aí, mafioso italiano. Como você pode ser tão implicante?
– , para de drama – Harry resmungou.
– Tá vendo como em sou tratada pelos homens, Niall? – segurou o braço do irlandês, fazendo-o rir.
– Vem que eu te protejo! – a abraçou de lado.
– Desgruda da minha irmã, palhaço – Harry falou, mal humorado – Anda! , senta do meu lado agora!
– Para de ciúmes, Harry! – a garota riu.
– Eu não to vendo a menor graça, ! – o moreno reclamou, mal humorado. Morria de ciúmes da irmã.
– Oi, Niall! – sentou entre o irlandês e Harry, e deu um beijo na bochecha do melhor amigo.
Hilton era o oposto das amigas. Se você juntasse a calma de , a simpatia de , o senso de humor de e a inteligência de , teria uma noção de quem era . Do grupo, era de fato a mais sensível e, por vezes, tímida. Sua beleza amalgamava-se com a doçura que lhe era típica. Não era do tipo que ficava com qualquer um, adorava um romance e se apegava fácil.
– Oi, ! – a abraçou.
– Pronto! Me abandonou agora, Niall? – fingiu estar com ciúmes, e os quatro riram.
– , você vai que horas lá pra casa? – perguntou.
– Não sei, eu ainda vou ao shopping com o Harry. – respondeu, desanimada.
– Pra quê? – a loira perguntou, encarando Harry de forma acusadora.
– Que foi? – perguntou, mastigando um de seus cookies – Eu só vou porque sou obrigado! – justificou-se.
– É que eu manchei aquela saia da mamãe, sabe... – falou como uma criança quando faz bagunça.
– Qual delas? – a amiga lhe perguntou, sorrindo, sabendo que sempre conseguia aprontar uma melhor que a anterior.
– Aquela que eu te mostrei semana passada...
– Ah, aquela edição única... O QUÊ? VOCÊ MANCHOU A SAIA DA SUA MÃE MODELO ÚNICO?! – surtou.
– Como assim modelo único? – lhe perguntou apenas para confirmar, mas sem realmente querer ouvir tal frase mais uma vez.
– Por favor, né, ! Não existe outra saia dessas, ela é feita sob medida. Se mais alguém quiser uma dessas, só sua mãe pode autorizar. – explicou-lhe como algo óbvio.
– PUTA QUE PARIU! – a garota gritou, desesperada e nervosa.
– Quando sua mãe volta? – Niall quis saber.
– Talvez mês que vem, talvez daqui dois meses... Eu não sei! Eles adoram fazer surpresinhas... – respondeu, gesticulando abertamente, beirando o desespero.
– Então dá tempo... – falou, séria e pensativa.
– Tempo pra quê? – Harry perguntou, curioso.
– Pra realizarmos todos os seus desejos antes da sua mãe chegar e te matar! – Niall falou, rindo, fazendo Harry e o acompanhar e deixando mais apreensiva.
– Qual o motivo de tanta festa? – Zayn se juntou ao grupo.
– Estamos preparando o funeral da princesinha Styles! – o irlandês o respondeu.
– Por quê? – o moreno perguntou, preocupado.
– A mãe dela vai matá-la quando ver sua saia preferida manchada! – respondeu risonha e Niall pôde ver Zayn observá-la de cima a baixo.
– Seria cômico, se não fosse trágico! – suspirou, bem humorada.
– Alguém aqui viu o Liam? – Malik perguntou.
– Eu vi ele e a quando tava vindo pra cá, eles estavam indo pra biblioteca.– falou.
– O QUE ELES IAM FAZER NA BIBLIOTECA? – Zayn gritou, já desconfiando do melhor amigo.
– Comprar batatas. – a garota respondeu, irônica, com um lindo sorriso simpático no rosto.
– Pra colocar no seu sutiã? Porque até batatas são maiores que seus peitos. – o moreno retrucou, fazendo Harry rir. Niall apenas abaixou a cabeça, fingindo não perceber a discussão, e ficar indignada.
– Não, Malik, pra preencher suas bolas, porque isso aí tá mais pra vagina! – Hilton falou, ainda sorrindo. Uma resposta ríspida, que contrastava com o sorriso que sustentava.
– , amor, cadê a ? – parou na frente do grupo.
– Foi na biblioteca com o Liam, comprar batatas pra preencher as bolas do Zayn! – falou inocentemente.
juntou as sobrancelhas, estranhando a resposta:
– E a boneca aqui tem bolas? – olhou entre as pernas de Zayn, sarcástica. – Pensei que fosse um vagina virgem...
– Falou a dama da Inglaterra! Sério, eu tenho quase certeza de que essa Coca é Fanta... – o garoto se irritou.
– Cala a boca e vai comprar uma lupa pra gente tentar achar seu “garotinho” – a ruiva falou, rindo da própria piada, batendo no ombro de Harry, o incentivando a acompanhá-la. – Bom, deixa eu ir atrás da Ortega. Depois eu falo com vocês, vadias.
– Tchau, ! – riu, empolgada.
– Sério, vocês dois deveriam proibir a irmã e a prima de vocês de falar com essas loucas! – Niall disse, apontando par os outros dois garotos.
– Eu já disse isso pra ela! – Harry falou.
– Alguém sabe me dizer se vadia lou... a senhorita Westwick passou por aqui? – Louis parou ofegante, se apoiando na mesa em que os amigos estavam.
– Foi pra biblioteca atrás da minha prima.
– Valeu... – saiu a passos apressados em direção à biblioteca.
– Espera, viadinho, eu vou com você! – Zayn disse, agarrando a mochila e correndo atrás do amigo, que já estava longe.
– Eu ouvi mal, ou o Tomlinson tava realmente atrás da ? – perguntou, tão atônita quanto .
– Ouviu direitinho... – o melhor amigo a respondeu com uma risadinha.
– Devemos fugir agora e nos esconder no porão? – perguntou e os amigos a encararam, sem entender. – Qual é, gente! A Terceira Guerra Mundial pode estourar bem aqui!
– E eu pensei que já tinha visto de tudo nessa vida! – falou.
– Esse ano promete, garotas! – Harry falou e os dois meninos sorriram, se entreolhando, deixando as duas garotas perdidas na linguagem de sinais entre eles.
– Ok... Eu já vou indo, pessoal, primeiro dia de aula ainda tá só começo! – Hilton se levantou e Niall acompanhou.
– Vamos, . – o loiro falou.
Liam e estavam na biblioteca há dez minutos e a bibliotecária – que ninguém nunca soube o nome – já havia chamado a atenção do rapaz incontáveis vezes.
– Liam, seu idiota! Cala a boca! Ela vai expulsar a gente e nos proibir de voltar até o fim do ano! – a morena o repreendeu, prendendo o riso.
– Grande coisa! Acho que deve ser a primeira vez que venho à essa biblioteca desde que estudo aqui!
– Aham! Sei... Você é muito nerdão, Liam, nem vem! – disse, prendendo a gargalhada pela cara de ofendido que ele fazia.
– Oi, ! – a garota ouviu seu apelido e viu Liam rolar os olhos ao encarar a pessoa que estava atrás dela. Virou-se para ver quem era a pessoa que Payne ficara "feliz" em ver.
E lá estava ele, Daniel Phillips, capitão do time de basquete. Loiro, alto, olhos verdes ou azuis – não sabia ao certo –, seu sorriso perfeito e sua autoconfiança sempre lhe fazendo companhia. Danny era um rapaz simpático, divertido, gentil... Muitos bons adjetivos poderiam ser atribuídos para o jogador, no entanto, na cabeça de Liam existia apenas um: filho da puta.
Não havia um bom relacionamento entre os dois rapazes, talvez pelo simples motivo que Phillips representava uma ameaça. Apesar de Liam confiar em seu taco, ele sabia que o "jogadorzinho de merda", como costumava chamar, jogava todo seu charme para cima de Ortega. Já Danny não suportava Payne, porque achava o garoto um completo idiota.
– Oi, Danny! – a garota cumprimentou, sorrindo.
– Payne. – disse secamente, encarando Liam com desdém. O que não atingiu o rapaz, que nem se deu ao trabalho de emitir som algum, um leve cumprimento de cabeça foi o suficiente.
– Como foram as férias? – Daniel perguntou e Liam rolava os olhos mais uma vez por ver que a conversa se estenderia mais que o necessário. Claro que apenas um "oi" não seria o suficiente.
– Foi tudo bem, o de sempre. E você?
– Normal também. Como sempre fui pra Austrália visitar meu pai. E...
– DANNY, CARA, VEM LOGO! – um dos jogadores do time gritou da porta, quase ocasionado uma parada cardíaca na bibliotecária, que, até então, lia tranquilamente.
– XIIIIIIIIIIIU – sibilou com o dedo indicador sobre os lábios.
– Desculpe... VEM, CARA! – gritou novamente com impaciência e a Sr. Alguma Coisa repetiu seu movimento, dessa vez também apontando para a placa onde estava escrito: SILÊNCIO!
Daniel e riram silenciosamente. Liam estava de braços cruzados e cara de tédio. O jogador fez um sinal com a mão para o amigo para que esperasse apenas mais um pouco.
– Vai à festa, certo? – o garoto perguntou.
– Ãhn... Eu não sei ainda!
– Ah, , qual é?! Olha, vamos fazer assim, eu te pego na sua casa às oito, pode ser?
– Não, não precisa se incomodar. Se eu for, meu primo me leva.
– Estou esperando por você, Ortega! Me dê confirmação que vai, senão eu vou ficar te seguindo até fazê-la mudar de ideia. – disse, pegando a cadeira mais próxima e se sentando.
– , amor, pelo amor de Deus, diz que vai! – Liam implorou, envolvendo as pequenas mãos da menina com as suas. Danny entendeu a piada de mau gosto e encarava o garoto com as sobrancelhas arqueadas. – Não queremos que o capitão do time de basquete fique aqui enchendo nosso saco em vez de correr atrás de sua querida bolinha.
– Liam! – repreendeu o rapaz, que soltou suas mãos e voltou a cruzar os braços. – Eu acho que vou à festa sim, Danny.
– Disse que quero sua confirmação. Pelo visto, você quer que eu fique mais tempo por aqui. – disse, virando-se para Liam.
– Eu vou à festa, Danny, eu vou com toda a certeza! – disse, por fim.
– Ótimo! A gente se vê lá então, vou estar esperando por você. – levantou-se, se despediu com um beijo no rosto da garota e saiu.
– Filho da puta. – Liam resmungou baixo, mas não o bastante para que não ouvisse.
– Qual é o seu problema? Qual é o problema de vocês?
– Não sou obrigado a aturá-lo só porque você é amiguinha dele, !
– Ele nunca fez algo de mal pra você. Não entendo a rixa de vocês.
– Olha, esquece isso, ok? Não importa. – disse, descruzando os braços e se endireitando na cadeira. – Passo na sua casa no sábado às oito, tá?
– Por quê?
– Para irmos à festa, !
– Mas você não disse que queria ir? – perguntou, encarando-o com o canto dos olhos.
– Pois é, mas eu mudei de ideia... – se jogou novamente na cadeira, sentando de forma relaxada.
– A população feminina do Eton agradecerá sua presença.
– Gosto de distribuir alegria. – disse, sorrindo de forma convencida.
– Idiota... – disse com tédio na voz.
– Geralmente me chamam de lindo, gato, gostoso, perfeito... idiota, não. – falava com um sorriso divertido dançando em seus lábios.
– Nem modesto ou humilde, certo? – a morena perguntou com as sobrancelhas arqueadas.
Liam pôs a mão sobre o peito.
– Estou ferido. Sou uma pessoa muito humilde, , fico totalmente decepcionado por saber que é esta a imagem que você tem sobre a minha pessoa.
– Cala a boca, Liam! – falava, rindo.
O rapaz puxou sua cadeira para perto da dela, ficando mais próximo, e deitou sua cabeça no ombro da menina, aspirando seu perfume, doce e delicado como ela.
– ?
– Humm?
– O que, afinal, estamos fazendo aqui?
Ele pôde ouvir uma risadinha nasal e a morena o respondeu:
– ficou furiosa em descobrir que este ano a diretora da redação do jornal do colégio é Julie Fooster, por isso ela me pediu pra vir aqui e pegar a quantidade máxima de jornais com reportagens da Julie. Ela quer pegar todas, apresentá-las ao professor Whinne e provar que a Julie é, como ela diz, uma reporterzinha de quinta.
– Primeiro – o rapaz disse, enumerando com os dedos – é louca e irritante...
– Não fala assim, Liam!
– Segundo: ela é louca e irritante! – falou, rindo.
– Para com isso, você deveria tentar conversar com ela. é uma pessoa muito normal, pra sua informação... – dizia sem encará-lo, folheando um jornal – Tá, talvez ela não seja TÃO normal assim... – levantou os olhos para Liam, que ria de seu comentário. – Mas ela é muito divertida e engraçada.
– Isso é tudo muito bonito, mas não muda o fato da Westwick ser uma megera e...
– Obrigada pelo adjetivo bem empregado à minha personalidade, Payne! – a voz de pôde ser ouvida atrás do dois.
fechou os olhos, já esperando um escândalo, e Liam, que, até então, ainda estava com a cabeça deitada no ombro da garota, se levantou lentamente e se virou para , que estava de braços cruzados e nariz em pé.
Arrogante. Era assim que todos definiam Westwick. E suas atitudes não mostravam o contrário, ela fazia jus a tantos apelidos de mau gosto que as pessoas a chamavam pelos corredores do colégio. Ela não se importava, gostava de fazer o papel de garota má e mal encarada, que esbarrava nas líderes de torcida quando necessário e atormentava as pobres nerds do jornal. Nunca era vista de cabeça baixa, andava por aí sempre com seu nariz em pé, sendo acompanhada por olhares masculinos curiosos e interessados, o que incomodava algumas outras garotas, que já tentaram fazê-la despencar ao chão, no entanto, nunca com sucesso. era do tipo que derrubava qualquer um com seu sarcasmo e seu humor negro. Engraçada na medida certa, e, como ela dizia, apenas com quem merecia.
– Olá, , estamos aqui recolhendo as informações que você preci... – Liam tentou disfarçar um pouco.
– Pra você é Westwick, idiota. – um corte rápido e seco. – Na verdade, seria bom se você nem falasse comigo!
– Será um prazer. – o rapaz disse por fim, recostando-se na cadeira.
– , consegui algumas coisas sobre a Julie. As piores reportagens que ela já escreveu. – disse, entregando um bolo de papéis para a amiga.
– Você quer dizer as piores reportagens que alguém já escreveu em toda a face da Terra, certo? – sorria com suas sobrancelhas arqueadas. – O problema não é escrever. Se ela quer brincar de repórter, eu não tenho nada contra isso. No entanto, publicar essa porcaria já é demais!
– Se você a acha tão ruim assim, por que você não foi lá e fez o teste para diretora do jornal, Westwick? – Liam perguntou, de braços cruzados.
– , fala para essa coisa aí do seu lado não dirigir a palavra a mim, por favor! – a ruiva pediu educadamente, sem tirar a atenção do bloco de folhas em suas mãos.
apenas virou-se para Liam, que bufava, e fez um sinal para que o garoto não dissesse mais nenhuma palavra. analisa os papéis em silêncio e nem percebeu Louis se aproximando cuidadosamente para não chamar atenção. O rapaz colocou o dedo indicador sobre os lábios, pedindo para os amigos não fazerem barulho.
– Hi, baby! – disse ao pé do ouvido da garota, descansando sua mão na cintura dela.
quase gritou, assustada, pulando para o lado e batendo em Louis com as folhas que estavam em suas mãos.
– Tire suas mãos de mim, ser nojento e repugnante!
– Socorro! Alguém me ajude, tem uma louca aqui! – Louis gritava, chamando a atenção da bibliotecária, que os encarou com uma careta.
– XIIIIIIIIIIIIU!
– Pelo amor de Deus, parem! – se colocou de pé, entre os dois.
– Ai, que nojo, ele tocou em mim! – a ruiva falava como uma criança.
– Você é estranha, hein, garota! Eu só estava tentando uma aproximação pacífica... Vocês viram!
– E quem disse que eu quero me aproximar de você?
– Você é muito infantil, né? Eu aqui pensando que nós...
– Acho melhor sairmos daqui. – Liam se aproximou de , puxando-a pela mão, com as bolsas de ambos nos ombros.
Capítulo 3
Louis e continuavam brigando aos sussurros na biblioteca. Quando algum dos dois ameaçava aumentar o tom de voz, o outro beliscava o braço dele.
– Eu te odeio, Tomlinson! – a garota disse, por fim.
– Oh, meu Deus, como poderei viver com essa revelação? – dizia, dramático, repousando a mão sobre o peito. – Westwick me odeia, oh, céus, por quê?
– Argh... Você é ridículo. – falava enojada, saindo da frente do rapaz.
– Aonde pensa que vai, amorzinho? – puxou-a pelo braço, prendendo o corpo da garota entre ele e um grande estante de livros.
– Se você quiser ter filhos um dia, tire suas mãos nojentas de mim! – falou entre dentes.
– Por que sempre tão áspera, ? Isso não faz bem pra saúde, sabia? – dizia de forma cínica, retirando uma mecha de cabelo dos olhos da garota. – Deve ser por esse seu jeitinho tão especial de ser que você já teve tantos namorados e nenhum te aguentou! – Louis acertou em cheio onde doía mais, a ferida aberta.
A garota não gostava de comentar sobre seus antigos namorados com ninguém, sentia dificuldade de se abrir até mesmo com as amigas. Todos seus antigos relacionamentos foram um desastre. Ela era sempre decepcionada, traída e enganada. Por este motivo, prometeu a si mesma que apenas voltaria a se relacionar com alguém quando sentisse que seu mundo era aquela pessoa.
possuía aquela pose de intocável e superior. Assim, as pessoas pensavam que ela nunca era magoada, que tinha uma pedra de gelo em vez de um coração, esqueciam-se de que se tratava de um ser humano. Ela não reclamava, preferia ser tratada assim a ser vista como uma coitada traída, que merecia a atenção dos outros e precisava de ajuda. Esse nunca fora seu tipo.
Mesmo estando abalada por dentro, não deixaria sua indignação transparecer. Apenas empinou mais seu nariz e respondeu a provocação de Louis:
– Tomlinson, não precisa ficar ofendidinho só porque eu já namorei metade da cidade e nunca chega você na lista. É que eu não costumo namorar acéfalos do pinto pequeno. – disse, empurrando-o e saindo pisando duro.
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Quando Liam e saíram da biblioteca, encontraram Zayn ao lado da porta, lendo alguns dos papéis que estavam no quadro de anúncios. O rapaz tentava se decidir se faria alguma aula extra. Ao caminho da coordenação, e Niall uniram-se aos três.
– Acho que vou praticar esgrima esse ano de novo – Niall estava apoiado no balcão da secretária e conversava com Liam, que concordou com ele.
Os dois eram parte do time de esgrima desde os tempos de calouros.
– Vou fazer aula de higiene pessoal... – Zayn falou para as meninas, sorrindo de olhos fechados.
– Sério mesmo, Zayn? – sua prima perguntou, entediada.
– Não quero fazer nenhuma dessas aulas. Se eu fizer higiene pessoal, terei nota garantida!
– Será que a já se inscreveu para as aulas de teatro? – perguntou, pegando seu iPhone e mandando uma SMS para a amiga.
– E você, pirralha, vai fazer o quê? – Malik perguntou à prima.
– Higiene pessoal? – falou, enrolando a barra de seu blazer.
– HÁ! – ria da garota – Já sei, vou fazer canoagem. – disse, realmente pensando na possibilidade, mas seus pensamentos foram interrompidos pela risada de . – Que foi, garota?
– Você? Praticando canoagem? Nunca mais ganharemos um campeonato... – gargalhava sem vergonha e sem medo de irritar Malik.
– , vai tomar no cu, obrigado. – disse, tentando evitar uma discussão maior.
– Nossa escola venceu o torneio de canoagem três anos consecutivos... – dizia alheia, observando a parede à sua frente, em quem havia quadros com as fotos de todos os campeões do colégio em muitas modalidades: futebol, basquete, vôlei, esgrima, natação, canoagem, tênis, tênis de mesa e até mesmo outros esportes, como xadrez e dama, se os últimos dois pudessem ser considerados esportes...
– Isso mudará quando seu priminho querido entrar para o time... – ainda ria, apenas para irritar Zayn.
– Vocês já estão brigando? – Niall se aproximou dos amigos.
– Claro que não, Ni! Estamos só expondo nossas opiniões opostas sobre certos assuntos. – a loira sorria travessa, fazendo o amigo rir e Zayn rolar os olhos.
– Olha você aqui, ! – apontou para a foto do time feminino de vôlei, vencedor do campeonato do ano passado.
– Ih, é mesmo... – Niall falava, se aproximando do quadro. – Tá feinha na foto, hein, ! – ria da cara que a amiga fez e levou um tapa na nuca. – Outch!
– Isso é pra você a parar de ser idiota como o Malik! – dizia rindo, juntamente com .
– O que eu fiz pra merecer isso? – Zayn perguntou a Liam.
– Eu acho que isso é amor reprimindo pelo meu primo...
– Tá louca, Ortega?! Eu gosto de você, amorzinho, não desse acéfalo!
– Olha aqui, Hilton...
– Ela não vai olhar nada não! – Niall interrompeu Zayn – Já chega vocês dois, entenderam? Se eu ouvir mais uma brincadeirinha infantil saindo da boca de algum de vocês, vou obrigá-los a se abraçarem e só soltarem quando algum estiver chorando. Fui claro?
Silêncio...
– Fui claro? – o irlandês perguntou novamente.
– Sim.
– Como água!
e Zayn responderam respectivamente.
– Meu Deus, que homem! Fiquei até excitado. – Liam dizia, abanando as mãos próximas ao rosto, fazendo as meninas rirem.
O sinal pôde ser ouvido, anunciando o fim do horário de almoço, e os alunos do Elton iniciaram suas caminhadas para suas respectivas salas.
e teriam sociologia juntas. Nenhuma das duas sabia disso até então, porém as caras de decepção que fizeram quando se encontraram na porta de entrada da sala do professor Willians demonstrava tamanha surpresa. Discussões por ideias contrárias já foram premeditadas. Zayn estaria sozinho em matemática, o que fizera o garoto quase chorar. Niall e Louis iriam para a ala leste do colégio ter aulas de gramática. Liam estaria sozinho em física. E Harry também estaria só em história, no entanto, Styles não estava nem um pouco triste por passar 50 minutos seguidos ouvindo a Senhorita Wayne falar e falar. Afinal, a mulher de apenas 27 anos era simplesmente linda, e todo e qualquer homem com o mínimo de testosterona concordava com ele. Já as três caçulas teriam aula de redação com o Sr. Whinne, o professor amado de todo o colégio. Chris Whinne era um homem divertido, inteligente, bonito e muito charmoso. Os alunos adoravam suas aulas por ele possuir a tática de ensinar brincando, e as garotas também adoravam seu lindo sorriso.
Em sociologia, e já estavam discutindo "civilizadamente". Zayn desenhava nas bordas das folhas de seu caderno de matemática. Louis contava piadas para seus colegas das aulas de gramática, fazendo todos rirem, inclusive a professora. Liam dormia na aula de física. Harry estava adorando o fato de Celiny Wayne ter decidido usar um decote para comemorar o primeiro dia de aula. E, em redação, entre uma piada e outra do professor, acabou tendo uma ideia. Para o mal de todos...
– Você tá louca, ! Quer nos matar? – perguntou à amiga depois de ouvir sua "grande" ideia.
– Dramática você, hein, Hilton!
– , eu tô com a . – disse baixo, fazendo a princesinha Styles ficar indignada e sorrir vitoriosa.
– Fala sério, gente, é só um jogo de boliche, o que pode dar errado?
– Tudo! – as duas garotas responderam juntas.
– , suas ideias sempre dão errado! – disse, dando tapinhas no ombro da loira. – Aceite.
– Tá, me falem uma vez que eu propus algo e aí deu errado. – desafiou as amigas, que pensaram por onde começariam.
– Teve aquele dia que você disse que seria legal nos reunirmos para fazer panquecas – foi a primeira a dizer.
– E não foi legal?
– Claro que foi, tirando o fato de que e quase incendiarem a MINHA cozinha, porque estavam brigando.
– Também teve aquele dia que você quis assistir filmes clássicos, todos nós juntos, os dez. – fora a vez de falar.
– E não foi bom?
– Aham, mas aí a e o Louis tentaram se matar e acabaram quebrando o vaso chinês que tinha na casa do Niall. – Hilton disse e as três meninas fizeram caretas, lembrando-se do desespero que todos ficaram. – Tivemos que comprar um falso e pôr no lugar. Ainda bem que a Maura até hoje não percebeu que tem um vaso de dez libras na sua sala! – disse, rindo.
– Ahh, aquele dia também que nós nos reunimos para comprar a árvore de Natal... – continuava a lista.
– Aquele dia foi incrível, OK?
– Teria sido melhor se a , Zayn e Harry não tivessem destruído uns sete pinheiros. Nós fazendo gastar muito mais que o necessário.
– Lembram quando...
– Chega! – interrompeu . Não se lembrava de tantos fatos assim, mas, pelo o que parecia, suas amigas tinham amargas lembranças de suas invenções.
A garota simplesmente não se conformava de que os outros amigos não se davam bem. Por isso, sempre bolava uma maneira de colocá-los juntos e ver no que dava.
– Satisfeita? Conseguimos te convencer que isso é uma péssima ideia?
– Não, só me deu certeza de que eu tenho que tentar mais, um dia eles vão se entender e vocês vão me agradecer. – disse, sustentando um sorriso presunçoso. – E minhas ideias não são tão ruins assim...
– Tem certeza? Teve aquela vez que...
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– O que você tá fazendo aqui, Nini? – parou em frente ao loiro, que abandonou o celular para conversar com a garota.
– Hey, . Eu terminei o teste de economia e vim pra cá.
– Hum... – fez biquinho e enrolou uma mecha de cabelo no dedo anelar.
– E você, loirinha? Aprontando o quê?
– Nada de mais. Passei na secretaria pra pegar outro horário. Perdi o meu. E eu me inscrevi para as aulas de teatro.
– E agora vai ficar aqui comigo matando uma aula chata. – Niall falou e bateu a mão no espaço ao seu lado, convidando para se sentar. Ela sentou na mesa, ao lado do rapaz, balançando as pernas no ar e descansando a cabeça no ombro do amigo (um tanto quanto colorido). Os dois mantinham-se em silêncio, observando o movimento das outras turmas que vagavam pelo grande pátio, outras sentadas na grama verde, apenas aproveitando o tempo vago.
– Quero jogar boliche. – divagou. Niall virou o rosto para encarar os olhos verdes da garota. Sorriu quando seus olhares se encontraram.
– Vamos jogar boliche então. – concordou com . Era engraçado de se observar como o rapaz fazia todas as vontades da garota. Não havia nada que a loirinha pedisse que ele não fizesse.
– Ótimo! Vamos hoje à noite! – se animou, sentando-se ereta para visualizar a movimentação que ocorria por conta da troca de salas.
– Hoje? Não tá muito em cima da hora?
– Tá nada. Eu aviso todo mundo agora, por mensagem.
– Claro. – Niall concordou. Seus dedos se tocavam discretamente.
– E se eles não quiserem ir? – fez carinha de choro.
– Aí vamos só nós dois! – o garoto disse e sorriu, satisfeita, beijando a bochecha de Niall. O loiro ficava encantando a cada segundo perto dela, era como estar o tempo todo em uma realidade paralela onde as árvores davam chocolate como frutos e as nuvens eram algodão doce. Sentiu uma vontade quase incontrolável de beijá-la, mas se conteve ao ver April chegando.
A bela garota de cabelos extremamente negros, pele alva e olhos castanhos carregava o título de namorada do nosso querido Sr. Horan. April Winster, a falsa puritana que escondia suas curvas atrás de um uniforme folgado e uma saia longa abaixo dos joelhos, já havia passado pela cama de metade da elite de Londres. De dia, gostava enganar os pais e professores com seu papo de boa garota e, de noite, aproveitar as baladas com seus vestidos curtos.
– Hey, amor! – a moreninha abraçou Niall.
– Oi, April. – ele cumprimentou a namorada com um rápido selinho.
– Oi, ! –a garota cumprimentou , que encarava o casal com um sorrisinho.
– Oi, April. – a loira respondeu e voltou a balançar as pernas sob a mesa.
– Você não devia estar estudando? – a morena ralhou com o rapaz, que suspirou e sorriu forçadamente.
– Meu Deus, que inferno aquela velha mal comida – chegou e passou as mãos nos cabelos ruivos, arrumando-os. Louis seguia a garota descontraidamente.
– Hey, ! Oi, Niall e namorada.– o castanho abraçou de lado.
– Oi, Lou – ela deu beijinho na bochecha do amigo. Niall estava visivelmente constrangido por estar ali com a namorada e juntas. E, por Deus, ele estava ficando louco por sentir-se mal pela pequena Styles.
– E então, April, eu posso fazer uma pergunta? – se dirigiu à garota que se pagava de puritana.
– Claro!
– Você perdoaria o Niall se ele te traísse?
– Como? – a garota perguntou esganiçada. Niall ficou vermelho como um pimentão. e Louis sorriram maliciosos.
– Calma, colega! É só uma pergunta hipotética. – se mantinha séria. April olhou para Louis de olhos arregalados. O loiro sorriu, sem graça.
– Eu com toda certeza mataria o Ni e a vadia que ousasse tocar no meu anjinho. Hipoteticamente falando, é claro. – April sorriu após sentenciar a sorte de Niall se ele ousasse traí-la. Louis segurou o riso e sorriu largo, achando a situação divertidíssima. suspirou entediada e sorriu.
– Bem, eu vou indo, pessoal. Tenho aula com aquele gostoso do Landom. – ela suspirou e sorriu, pulando da mesa e arrumando o pequeno pedaço de tecido que eles chamavam de saia. Niall encarou descaradamente as pernas da loira, se controlando para não deixar a namorada ali e ir pessoalmente assistir .
– Tchau, – Louis beijou a bochecha de .
– Tchau, Lou. Tchau, . Tchau, April. Até mais tarde, Ni. – ela se despediu de todos e saiu saltitante, rumo à sala de aula. Niall observou-a até que ela sumisse de vista.
– O que vocês vão fazer mais tarde, Niall? – April questionou. Louis e prestavam atenção como se estivessem em um cinema 3D.
– A pediu pra eu ajudá-la com um trabalho de física. – Niall respondeu e ela se deu por satisfeita. Bem sabia que o "trabalho" se resumiria em uma tarde de momentos agradáveis, com direito a beijos e carícias.
– E por que você nunca pode me ajudar quando eu preciso? – a morena inquiriu, com ciúmes.
– Amorzinho, é que você nunca precisa quando eu tô disponível e...
– E se eu precisasse de você hoje à tarde? – perguntou, tentando ostentar um sorriso malicioso, e Niall sorriu perturbado por preferir ficar fazendo nada com a ter uma boa transa com a namorada. Era muita loucura para pouco entendimento.
– Eu já tenho compromisso, April. – falou, encerrando a discussão. A morena suspirou, vencida.
– Tudo bem, amorzinho. Eu tenho aula de química agora, me leva na sala? – pediu.
– Uhum. – Niall concordou, fazendo careta e sumindo em meio ao mar de alunos que se deslocavam pelos arredores do colégio.
– Ah, mas eu pago pra ver a cara dessa biscate quando souber que o "amorzinho" dela tá pegando a herdeira Styles, que é mil vezes mais gostosa que ela... – murmurou, sorrindo maldosa.
– Concordo. – Louis disse. , ao notar que Tomlinson estava ali, revirou os olhos e se pôs a caminhar rumo à sala de matemática. Louis acompanhou-a.
– Sabe, Calder, eu realmente teria rido de você confrontando a namoradinha do Niall. Mas aí eu me lembrei que era você quem tava tentando ser a bacana e aí tudo perdeu a graça. – Louis provocou.
– Eu não entendo o porquê de você me perseguir TANTO se eu sou tão broxa como você diz, pirralho. É melhor você baixar as bolas e ficar na sua. Se eu te incomodo tanto, cai fora. – vociferou antes de deixar um Louis embasbacado para trás.
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Depois de chorar – literalmente – para cada um dos amigos, implorando para que fossem ao boliche naquela noite, conseguiu convencê-los. Eles não estavam nem um pouco animados por suspeitarem como a noite terminaria: apenas mais ódio.
No entanto, ninguém tirava da cabeça de que aquilo tudo era loucura. No fundo, ela concordava, porém, não se importava. Se agisse como uma pessoa normal, não teria o título de maluquinha do grupo.
E lá estavam os irmãos Styles, no jardim dos Westwick, brincando com Buddy, o cão da família, esperando a garota terminar de se arrumar. disse que estava com preguiça de dirigir e pediu uma carona à amiga.
– Vamos, crianças? – a ruiva perguntou, aparecendo na porta que dava acesso à cozinha. Levaram quinze minutos para conseguirem se livrar do labrador que insistia em pular em Harry com a uma bolinha azul na boca, e o rapaz não se aguentava, sempre pegava a bola e arremessava novamente para o cão ir buscá-la.
Quando finalmente entraram no carro para irem ao boliche, recebeu uma mensagem de , dizendo que todos já haviam chegado e esperavam os atrasadinhos.
– Somos os únicos adolescente do Reino Unido que veem passar uma noite no boliche! – Zayn disse, entediado.
– Se não quer ficar, não precisa, ninguém colocou uma arma na sua cabeça e te obrigou a vir, Malik! – revirou os olhos.
– Já vão começar? – Liam disse, abaixando o rosto e tapando-o com as mãos.
– Oi, meninas! – se aproximou do grupo, sorrindo simpática. – Olá, escória da sociedade. – disse, olhando para os garotos.
– Oi, princesa! – Louis se aproximava e instintivamente a garota procurou algo para arremessar em sua cabeça.
– O que você quer, Tomlinson?
– Eu não sei o que o Louis quer, mas eu quero jogar! Sem brigas, OK? – disse, sentando-se ao lado de Niall.
Com certeza o pedido da garota não foi atendido. No momento que se seguiu, as equipes iriam ser formadas, porém, e se recusavam ficar juntas. também não queria ficar na mesma equipe que Harry e Zayn. Já dizia que cometeria suicídio se ficasse junto com Louis e Liam, e as duas queriam que Niall ficasse em suas equipes, afinal, todos adoravam o irlandês.
Depois de quase dez minutos de discussão, disse que um sorteio seria uma boa ideia, e foi isso o que eles fizeram, formando os seguintes times: Harry, Niall, Liam, e , e, no outro, Louis, Zayn, , e . Algumas reclamações ainda foram feitas, porém ignoradas, e finalmente eles foram jogar.
– Par ou ímpar pra ver quem começa. – Zayn disse, com uma mão fechada em punho.
– Par. – disse, se aproximando do rapaz.
– Ímpar. Opa, ganhei! Vai lá, , você começa.
A morena levantou-se, pegou uma bola e se posicionou, tentando não se abalar com a pressão.
– Vai lá, , você consegue um strike! – a motivou, batendo palminhas.
– Ou não... – Niall disse, rindo.
– Aposto cinco libras que consigo! – sorria, agora confiante.
– Fechado! – o irlandês disse, certo de que já tinha ganhado.
Ortega encarou os pinos à sua frente, respirou fundo e jogou a bola. Não se moveu até ver que alcançará seu objetivo. Comemorava com pulinhos quando se virou para o amigo:
– Dez anos de convivência e ainda não aprendeu que eu não perco apostas, Ni? – caminhou até ele e pegou seu dinheiro.
O jogo continuou e o placar sempre alterava, ora marcando empate, ora um time na frente do outro. Piadas de mau gosto eram feitas com frequência, no entanto, era visível que todos evitavam brigas maiores, o que animava as caçulas, que sempre ficavam no fogo cruzado quando as desavenças começavam.
Harry, Niall, e foram fazer pedidos de bebidas e alguma coisa para comerem. Conversavam enquanto esperavam ser chamados para jogarem. Os quatro falavam sobre a saia da mãe de e decidiam quando iriam ao shopping ver o que conseguiriam por lá, ou então recorrer a uma tinturaria.
– Poderíamos ir amanhã ou no fim de semana. – sugeriu.
– Tenho compromisso amanhã.
– Amber West não é considerado um compromisso, Harry! – sua irmã dizia, irritada, e rolou os olhos ao ver o sorriso pervertido que ele fazia.
Uma mulher se aproximou e entregou para Niall uma bandeja com porções de batatas e alguns sanduíches e outra bandeja com refrigerantes e sucos para Harry.
– E que tal no fim de semana? – tentou outra data.
– Tem a festa do Danny no sábado, e então no domingo ninguém vai ter ânimo pra sair da cama. – falou, pensativa.
– E que tal no outro fim de semana? – Niall falava com a boca cheia de comida.
– Acho perfeito! – a loira sorriu, apertando uma das bochechas do rapaz.
– Style, sua vez. Vai vir jogar ou tá difícil? – gritou de onde estava.
– Com licença, gente, to indo ali bater a cabeça daquela adorável garota na pista. – o rapaz disse, sorrindo amargamente, demonstrando sua irritação por ser tratado daquela forma.
– E eu vou indo também. Depois de você, sou eu. – pegou a bandeja que estava com Niall, que reclamou por não poder ficar com nenhuma porção só pra ele, e seguiu Harry.
– Nem acredito que vamos conseguir arrumar essa saia. – disse, voltando ao assunto.
– Tá aliviada? – o loiro perguntou, pegando o cardápio e pensando se pediria alguma coisa.
– Nossa, muito! Pensei que ia morrer! – os dois riram pelo exagero da garota.
– Sempre dramática, né?
– Eu? Drama? Claro que não!
FLASHBACK
– AI, MEU DEUS! – a garota gritou enquanto andava de um lado para o outro.
– , se acalma! – Harry pediu à futura irmã.
– Mas e se alguma coisa der errado? E se os padrinhos se atrasarem? E se o bolo não chegar? E se o vestido não entrar? E se as flores do buquê murcharem? E se a noiva tropeçar? E se...
– Se a noiva tropeçar, eu não vou me aguentar, vou morrer de rir! – Louis começou a gargalhar imaginando a cena, arrancando risadas de seus amigos.
– Isso não tem graça, Louis! – disse, irritada.
– Tem sim! – Harry ainda ria com uma das mãos na barriga.
– Amiga, vai dar tudo certo! – disse, se controlando para não rir e passando calma à , que estava uma pilha de nervos.
Era um dia especial para Des e Katherine, que se uniriam nos laços do matrimônio. Era para ser um dia divertido para os dez jovens, porém, não parava em um canto e esperava o momento de a cerimônia começar. Ela preferia atormentar os amigos com suposições catastróficas e deixar sua mãe mais nervosa.
No fim das contas, deu tudo certo. A cerimônia foi linda, os padrinhos chegaram na hora, o bolo estava lá, Katherine estava linda com o vestido escolhido alguns meses antes, o buquê estava intacto e o mais importante, a noiva não tropeçou, o que não impediu as risadas disfarçadas dos meninos, que imaginavam a cena de Kate no chão e o desespero de sua filha. Ao fim da cerimônia, todos foram convidados a ir para o jardim, onde a festa ocorreria.
– Meninas, vou jogar o buquê! – a agora Sra. Style disse, se posicionando.
Algumas mulheres ficaram atrás de Kate, ansiosas para pegar o buquê, como se isso realmente representasse algo grande. E finalmente a noiva jogou o buquê...
– AHH, FALA SÉRIO! – disse, quando as flores caíram em seus braços. Ela estava um pouco afastada do grupo que ansiava pelo buquê, porém ele foi diretamente para a garota.
– Parabéns, ! – disse, rindo com as meninas pela a cara que a morena fazia.
– Quem é o louco que vai casar com você? – Harry zombou.
– Que tal você, filho? – seu pai perguntou, dando tapinhas em seu ombro.
Harry e se entreolharam com desprezo nos olhos e gritaram juntos:
– QUE NOJO! – a garota jogou as flores para longe, que acabaram caindo na jarra de ponche.
– AI, MEU DEUS, O BUQUÊ! Eu sabia que ia dar algo errado. – voltou a se desesperar.
– Cala a boca, ! – seus amigos e seus pais gritaram, rindo da careta que a menina fazia.
– Tá bom, eu lembro disso! – ria – Mas, em minha defesa, eu só tinha treze anos, era uma criança!
– Uma criança que falava demais e me assustava! – Niall também ria – E você só tem dezesseis anos agora, ainda é uma criança!
sorriu com aquele jeitinho só dela. Virando o rosto alguns centímetros para o lado e levantando o ombro, se aproximou do rapaz a passos lentos e lhe deu um beijo no canto dos lábios.
Todos sabiam que ele tinha uma namorada, uma bela garota que era – ou não – apaixonada por ele. No entanto, isso não o impedia de ficar com nas horas vagas, quando ninguém estava por perto. Existem pessoas que prefeririam utilizar um termo técnico para a relação dos dois. A expressão "A Outra" seria bem empregada para a princesinha Style, mas quem disse que ela se importava? Ela nem ao menos conhecia a tal April, apenas trocavam alguns "oi" quando se cruzavam pelos corredores do Eton, e, por isso, não ficava com a consciência pesada quando beijava o namorado da garota.
– Eu tenho namorada, sabia? – o rapaz lhe disse, passando uma das mãos por sua cintura e a menina riu alto por ouvir a frase tão conhecida. Todas as vezes antes de ficarem, Niall falava a mesma coisa. Tais palavras já haviam virado piada entre os dois.
– Pois é, eu sei sim... Fazer o quê, nada é perfeito! – lhe deu um selinho e retirou as mãos dele de seu corpo. – Vou voltar para o jogo.
estava sentada com uma lata de Coca-Cola em sua mão, perdida em seus pensamentos. Naquele momento, uma mosca que voava pelo ambiente parecia realmente muito interessante. Seus devaneios foram interrompidos quando Harry sentou-se ao seu lado e tomou o refrigerante de suas mãos.
– Qual é o seu maldito problema? – a garota perguntou, irritada pela sua atitude.
– Minha bebida acabou e eu pensei que você seria educada o suficiente para repartir a sua comigo!
– E por que você apenas não pediu, idiota?
– Porque eu sei e você sabe que você não me ia me dar a lata se eu pedisse! – explicou como se fosse óbvio.
– Sabe, Styles, a cada segundo da minha vida que sou obrigada a passar com você, tenho mais certeza do quão desprezível você é!
– Sério, ? Eu também penso a mesma coisa sobre você! Temos algo em comum, afinal. – o rapaz tinha um belo sorriso no rosto, o que deixava ainda mais irritada. Ela apenas levantou e foi em direção a Liam, Louis e , que riam de algo, um pouco mais à frente. Não antes de Harry irritá-la mais um pouco. – ! – a chamou. E ela virou– se lentamente para ele, segurando o instinto de pular em seu pescoço para enforcá-lo.
– O que foi? – perguntou entre dentes.
– Esqueceu sua Coca! – balançava a latinha no ar.
– Fique com essa merda, aproveita e morre engasgado! – disse, por fim, sorrindo e continuando sua caminhada até os amigos, antes esbarrando sem querer em .
– Tá louca, Meester? – perguntou, irritada.
– Vai se ferrar. – disse simplesmente, indo para junto de Liam, que já esperava a garota, pois vira Harry irritando-a minutos antes.
, por sua vez, sentou ao lado de Zayn, que conversava com . A morena estava em pé ao lado do computador em que estava o placar.
Dos cinco meninos, os únicos que suportava eram Niall e Zayn, ela os definia como os “menos piores”. Um traía a namorada e o outro já havia levado metade de Londres para sua cama, no entanto, a ruiva até que gostava de conversar com os dois de vez em quando.
– Como estamos? – perguntou à amiga.
– Perdendo. – respondeu simplesmente e o primo riu minimamente da cara que fazia e do provável grito que soltaria. – A última jogada é agora. Se não fizermos um strike, já era! – continuou.
– OK, precisamos de um strike. Quem é agora? – a ruiva perguntou a Zayn.
– Louis. – o rapaz falou de braços cruzados, com a cabeça abaixada, a balançando.
percorreu os olhos negros pelo ambiente à procura do pobre Louis, que jogava todo seu charme em cima uma loira, a alguns metros da pista. A garota se levantou e se dirigiu ao casal.
Ao se aproximar, pôde vê-los rindo de algo que o garoto dizia e riu falsamente, segurando-o pelo braço.
– Ele é hilário, não é? – perguntou a loira e virou o rosto para Louis, sem nem esperar resposta. – Sua vez de jogar, idiota! – disse áspera e puxou o rapaz pelo braço.
– Pelo amor de Deus, Westwick! Se você está com ciúme, é só dizer, não precisa ficar fingindo! – tirou a mão da garota de seu braço.
– Como é? – ela perguntou com as sobrancelhas arqueadas.
– Se está com ciúme, é só me dizer! – se aproximou com seu sorriso mais sedutor, aquele que nenhuma garota resistiria, mas infelizmente não era qualquer garota. A ruiva o encarou por dois segundos até cair na gargalhada.
– Tomlinson, você realmente é muito idiota. – fechou a cara de repente e cruzou os braços. – Agora vai jogar, porque eu preciso de um strike pra vencer.
– Westwick precisa da minha ajuda? Foi isso mesmo que eu ouvi? – o rapaz tirava sarro da garota, que o observava tediosamente em silêncio.
– Não, querido, eu não preciso de nada que venha de você. – explicou, gesticulando. – Se você não pegar a porcaria daquela bola e acertar aqueles malditos pinos, você irá perder essa merda de jogo e acabará sem seu preciso pintinho – levantou seu mindinho para representar o tamanho do amiguinho de Louis – Porque eu vou arrancá-lo! – falou alto o suficiente para que algumas pessoas ao redor pudessem ouvir e rir do rapaz, que levava uma bronca.
Louis olhou ao redor e se segurou para não respondê-la tão ignorante quanto. Ela podia ignorá-lo e xingá-lo, porém, ser estúpida com ele na frente de qualquer um, isso ele não aceitava.
O rapaz a encarou nos olhos e se dirigiu a pista, escolheu uma bola e foi se posicionar. Estava concentrado, até se assustar com uma voz em seu ouvido.
– Tomlinson, eu sei que você é um inútil, mas precisamos desse strike! – falou como se explicasse algo para uma criança.
– De onde você surgiu, demônia? – ele se virou para ela com uma das mãos sobre o coração. Foi possível ouvir a risada de alguns dos amigos, que estavam sentados, esperando pela jogada do garoto, que decidiria o destino da noite.
– Dá pra você não ser idiota uma única vez na vida?
– Depende, você pararia de ser mal amada se eu fizesse o que você está me pedindo?
– Eu deveria arrancar sua cabeça e fazer esse strike com ela.
– Meu Deus, que medo, essa mulher é fatal!
– ARGH! Eu te odeio, Tomlinson! – a ruiva gritou irritada e todos os amigos já estavam alerta para o que pudesse acontecer.
– Eu também te odeio, querida, e não existe sentimento mais verdadeiro que esse no meu coração.
o encarou sem dizer mais uma palavra. A única coisa que Louis queria era abalá-la, mas ela nunca se mostrava surpresa por suas palavras ásperas, apenas ficava com suas sobrancelhas erguidas e seu nariz em pé. Aquela maldita expressão de superior que o irritava tanto.
O rapaz se voltou para encarar os pinos e quase jogou a bola, porém, outra vez a garota de pronunciou atrás dele.
– Se você perder, eu te mato!
– Cala a porra da boca! – ele explodiu, gritando – Eu fiquei aturando você a noite toda. "Tomlinson, faça isso", "Tomlinson, faça aquilo" – disse com uma voz fina, na pior imitação de já vista antes. – EU NÃO AGUENTO MAIS! – gritou ainda mais alto que antes, chamando atenção. – Eu não quero nem saber das suas intriguinhas com a Meester. Fique sabendo que viemos aqui para nos divertir, e vocês estragaram a noite. – apontou para as duas garotas. – Não aproveitamos nada porque sempre tínhamos que nós matar para conseguir acertar aquele caralho. – apontou para o final da pista. – E que saber o que eu faço? EU FAÇO ISSO! – jogou a bola de qualquer jeito, que caiu na calha e seguiu seu solitário destino.
Todos o encaravam em choque. já estava estrategicamente ao lado de para pular em cima da garota caso ela fosse tentar matar Louis. No entanto, em vez disso, a ruiva apenas empinou mais seu nariz, virou-se de costas para o rapaz, sem dizer uma palavra, e saiu pisando duro.
– , espera, você está sem carro! – gritou, mas não obteve resposta. – , espera! – puderam ver a garota abrindo a porta com toda a força, sem olhar para trás.
– Eu vou falar com ela. – puderam ouvir Louis falar e se viraram para ele com os olhos arregalados.
– Tá louco?
– Quer morrer?
– É melhor deixá-la sozinha.
– Ela vai te matar!
– Cara, tem certeza? – Harry se pôs na frente do amigo, que ignorou o que os outros diziam e já ia atrás da garota.
– Eu VOU falar com ela. – virou-se para os amigos e sorriu divertido. – Se eu não ligar para vocês em duas horas, chamem a polícia! – saiu correndo, deixando para trás o grupo.
– E agora? – Liam perguntou, encarando os amigos.
– Agora a gente espera duas horas e se ninguém conseguir falar com ele, ligamos para o Departamento de Polícia! – Niall respondeu, rindo, sendo acompanhado por alguns.
– Que tal se os perdedores pagarem a conta? – sorriu sugestiva, cruzando os braços.
– Não sei se concordo com isso! – disse com as sobrancelhas arqueadas. E a abraçou de lado, rindo da cara que ela fazia.
– Eu acho interessante! – disse, sorrindo de formal infantil, e Niall também sorriu.
Zayn, e encararam um ao outro, procurando, em silêncio, algum argumento infalível, porém não encontrando nenhum.
– Seus putos! – Zayn reclamou, pegando a carteira no bolso de trás do jeans e indo ao caixa, sendo seguido por e .
– Eu te odeio, Tomlinson! – a garota disse, por fim.
– Oh, meu Deus, como poderei viver com essa revelação? – dizia, dramático, repousando a mão sobre o peito. – Westwick me odeia, oh, céus, por quê?
– Argh... Você é ridículo. – falava enojada, saindo da frente do rapaz.
– Aonde pensa que vai, amorzinho? – puxou-a pelo braço, prendendo o corpo da garota entre ele e um grande estante de livros.
– Se você quiser ter filhos um dia, tire suas mãos nojentas de mim! – falou entre dentes.
– Por que sempre tão áspera, ? Isso não faz bem pra saúde, sabia? – dizia de forma cínica, retirando uma mecha de cabelo dos olhos da garota. – Deve ser por esse seu jeitinho tão especial de ser que você já teve tantos namorados e nenhum te aguentou! – Louis acertou em cheio onde doía mais, a ferida aberta.
A garota não gostava de comentar sobre seus antigos namorados com ninguém, sentia dificuldade de se abrir até mesmo com as amigas. Todos seus antigos relacionamentos foram um desastre. Ela era sempre decepcionada, traída e enganada. Por este motivo, prometeu a si mesma que apenas voltaria a se relacionar com alguém quando sentisse que seu mundo era aquela pessoa.
possuía aquela pose de intocável e superior. Assim, as pessoas pensavam que ela nunca era magoada, que tinha uma pedra de gelo em vez de um coração, esqueciam-se de que se tratava de um ser humano. Ela não reclamava, preferia ser tratada assim a ser vista como uma coitada traída, que merecia a atenção dos outros e precisava de ajuda. Esse nunca fora seu tipo.
Mesmo estando abalada por dentro, não deixaria sua indignação transparecer. Apenas empinou mais seu nariz e respondeu a provocação de Louis:
– Tomlinson, não precisa ficar ofendidinho só porque eu já namorei metade da cidade e nunca chega você na lista. É que eu não costumo namorar acéfalos do pinto pequeno. – disse, empurrando-o e saindo pisando duro.
Quando Liam e saíram da biblioteca, encontraram Zayn ao lado da porta, lendo alguns dos papéis que estavam no quadro de anúncios. O rapaz tentava se decidir se faria alguma aula extra. Ao caminho da coordenação, e Niall uniram-se aos três.
– Acho que vou praticar esgrima esse ano de novo – Niall estava apoiado no balcão da secretária e conversava com Liam, que concordou com ele.
Os dois eram parte do time de esgrima desde os tempos de calouros.
– Vou fazer aula de higiene pessoal... – Zayn falou para as meninas, sorrindo de olhos fechados.
– Sério mesmo, Zayn? – sua prima perguntou, entediada.
– Não quero fazer nenhuma dessas aulas. Se eu fizer higiene pessoal, terei nota garantida!
– Será que a já se inscreveu para as aulas de teatro? – perguntou, pegando seu iPhone e mandando uma SMS para a amiga.
– E você, pirralha, vai fazer o quê? – Malik perguntou à prima.
– Higiene pessoal? – falou, enrolando a barra de seu blazer.
– HÁ! – ria da garota – Já sei, vou fazer canoagem. – disse, realmente pensando na possibilidade, mas seus pensamentos foram interrompidos pela risada de . – Que foi, garota?
– Você? Praticando canoagem? Nunca mais ganharemos um campeonato... – gargalhava sem vergonha e sem medo de irritar Malik.
– , vai tomar no cu, obrigado. – disse, tentando evitar uma discussão maior.
– Nossa escola venceu o torneio de canoagem três anos consecutivos... – dizia alheia, observando a parede à sua frente, em quem havia quadros com as fotos de todos os campeões do colégio em muitas modalidades: futebol, basquete, vôlei, esgrima, natação, canoagem, tênis, tênis de mesa e até mesmo outros esportes, como xadrez e dama, se os últimos dois pudessem ser considerados esportes...
– Isso mudará quando seu priminho querido entrar para o time... – ainda ria, apenas para irritar Zayn.
– Vocês já estão brigando? – Niall se aproximou dos amigos.
– Claro que não, Ni! Estamos só expondo nossas opiniões opostas sobre certos assuntos. – a loira sorria travessa, fazendo o amigo rir e Zayn rolar os olhos.
– Olha você aqui, ! – apontou para a foto do time feminino de vôlei, vencedor do campeonato do ano passado.
– Ih, é mesmo... – Niall falava, se aproximando do quadro. – Tá feinha na foto, hein, ! – ria da cara que a amiga fez e levou um tapa na nuca. – Outch!
– Isso é pra você a parar de ser idiota como o Malik! – dizia rindo, juntamente com .
– O que eu fiz pra merecer isso? – Zayn perguntou a Liam.
– Eu acho que isso é amor reprimindo pelo meu primo...
– Tá louca, Ortega?! Eu gosto de você, amorzinho, não desse acéfalo!
– Olha aqui, Hilton...
– Ela não vai olhar nada não! – Niall interrompeu Zayn – Já chega vocês dois, entenderam? Se eu ouvir mais uma brincadeirinha infantil saindo da boca de algum de vocês, vou obrigá-los a se abraçarem e só soltarem quando algum estiver chorando. Fui claro?
Silêncio...
– Fui claro? – o irlandês perguntou novamente.
– Sim.
– Como água!
e Zayn responderam respectivamente.
– Meu Deus, que homem! Fiquei até excitado. – Liam dizia, abanando as mãos próximas ao rosto, fazendo as meninas rirem.
O sinal pôde ser ouvido, anunciando o fim do horário de almoço, e os alunos do Elton iniciaram suas caminhadas para suas respectivas salas.
e teriam sociologia juntas. Nenhuma das duas sabia disso até então, porém as caras de decepção que fizeram quando se encontraram na porta de entrada da sala do professor Willians demonstrava tamanha surpresa. Discussões por ideias contrárias já foram premeditadas. Zayn estaria sozinho em matemática, o que fizera o garoto quase chorar. Niall e Louis iriam para a ala leste do colégio ter aulas de gramática. Liam estaria sozinho em física. E Harry também estaria só em história, no entanto, Styles não estava nem um pouco triste por passar 50 minutos seguidos ouvindo a Senhorita Wayne falar e falar. Afinal, a mulher de apenas 27 anos era simplesmente linda, e todo e qualquer homem com o mínimo de testosterona concordava com ele. Já as três caçulas teriam aula de redação com o Sr. Whinne, o professor amado de todo o colégio. Chris Whinne era um homem divertido, inteligente, bonito e muito charmoso. Os alunos adoravam suas aulas por ele possuir a tática de ensinar brincando, e as garotas também adoravam seu lindo sorriso.
Em sociologia, e já estavam discutindo "civilizadamente". Zayn desenhava nas bordas das folhas de seu caderno de matemática. Louis contava piadas para seus colegas das aulas de gramática, fazendo todos rirem, inclusive a professora. Liam dormia na aula de física. Harry estava adorando o fato de Celiny Wayne ter decidido usar um decote para comemorar o primeiro dia de aula. E, em redação, entre uma piada e outra do professor, acabou tendo uma ideia. Para o mal de todos...
– Você tá louca, ! Quer nos matar? – perguntou à amiga depois de ouvir sua "grande" ideia.
– Dramática você, hein, Hilton!
– , eu tô com a . – disse baixo, fazendo a princesinha Styles ficar indignada e sorrir vitoriosa.
– Fala sério, gente, é só um jogo de boliche, o que pode dar errado?
– Tudo! – as duas garotas responderam juntas.
– , suas ideias sempre dão errado! – disse, dando tapinhas no ombro da loira. – Aceite.
– Tá, me falem uma vez que eu propus algo e aí deu errado. – desafiou as amigas, que pensaram por onde começariam.
– Teve aquele dia que você disse que seria legal nos reunirmos para fazer panquecas – foi a primeira a dizer.
– E não foi legal?
– Claro que foi, tirando o fato de que e quase incendiarem a MINHA cozinha, porque estavam brigando.
– Também teve aquele dia que você quis assistir filmes clássicos, todos nós juntos, os dez. – fora a vez de falar.
– E não foi bom?
– Aham, mas aí a e o Louis tentaram se matar e acabaram quebrando o vaso chinês que tinha na casa do Niall. – Hilton disse e as três meninas fizeram caretas, lembrando-se do desespero que todos ficaram. – Tivemos que comprar um falso e pôr no lugar. Ainda bem que a Maura até hoje não percebeu que tem um vaso de dez libras na sua sala! – disse, rindo.
– Ahh, aquele dia também que nós nos reunimos para comprar a árvore de Natal... – continuava a lista.
– Aquele dia foi incrível, OK?
– Teria sido melhor se a , Zayn e Harry não tivessem destruído uns sete pinheiros. Nós fazendo gastar muito mais que o necessário.
– Lembram quando...
– Chega! – interrompeu . Não se lembrava de tantos fatos assim, mas, pelo o que parecia, suas amigas tinham amargas lembranças de suas invenções.
A garota simplesmente não se conformava de que os outros amigos não se davam bem. Por isso, sempre bolava uma maneira de colocá-los juntos e ver no que dava.
– Satisfeita? Conseguimos te convencer que isso é uma péssima ideia?
– Não, só me deu certeza de que eu tenho que tentar mais, um dia eles vão se entender e vocês vão me agradecer. – disse, sustentando um sorriso presunçoso. – E minhas ideias não são tão ruins assim...
– Tem certeza? Teve aquela vez que...
– O que você tá fazendo aqui, Nini? – parou em frente ao loiro, que abandonou o celular para conversar com a garota.
– Hey, . Eu terminei o teste de economia e vim pra cá.
– Hum... – fez biquinho e enrolou uma mecha de cabelo no dedo anelar.
– E você, loirinha? Aprontando o quê?
– Nada de mais. Passei na secretaria pra pegar outro horário. Perdi o meu. E eu me inscrevi para as aulas de teatro.
– E agora vai ficar aqui comigo matando uma aula chata. – Niall falou e bateu a mão no espaço ao seu lado, convidando para se sentar. Ela sentou na mesa, ao lado do rapaz, balançando as pernas no ar e descansando a cabeça no ombro do amigo (um tanto quanto colorido). Os dois mantinham-se em silêncio, observando o movimento das outras turmas que vagavam pelo grande pátio, outras sentadas na grama verde, apenas aproveitando o tempo vago.
– Quero jogar boliche. – divagou. Niall virou o rosto para encarar os olhos verdes da garota. Sorriu quando seus olhares se encontraram.
– Vamos jogar boliche então. – concordou com . Era engraçado de se observar como o rapaz fazia todas as vontades da garota. Não havia nada que a loirinha pedisse que ele não fizesse.
– Ótimo! Vamos hoje à noite! – se animou, sentando-se ereta para visualizar a movimentação que ocorria por conta da troca de salas.
– Hoje? Não tá muito em cima da hora?
– Tá nada. Eu aviso todo mundo agora, por mensagem.
– Claro. – Niall concordou. Seus dedos se tocavam discretamente.
– E se eles não quiserem ir? – fez carinha de choro.
– Aí vamos só nós dois! – o garoto disse e sorriu, satisfeita, beijando a bochecha de Niall. O loiro ficava encantando a cada segundo perto dela, era como estar o tempo todo em uma realidade paralela onde as árvores davam chocolate como frutos e as nuvens eram algodão doce. Sentiu uma vontade quase incontrolável de beijá-la, mas se conteve ao ver April chegando.
A bela garota de cabelos extremamente negros, pele alva e olhos castanhos carregava o título de namorada do nosso querido Sr. Horan. April Winster, a falsa puritana que escondia suas curvas atrás de um uniforme folgado e uma saia longa abaixo dos joelhos, já havia passado pela cama de metade da elite de Londres. De dia, gostava enganar os pais e professores com seu papo de boa garota e, de noite, aproveitar as baladas com seus vestidos curtos.
– Hey, amor! – a moreninha abraçou Niall.
– Oi, April. – ele cumprimentou a namorada com um rápido selinho.
– Oi, ! –a garota cumprimentou , que encarava o casal com um sorrisinho.
– Oi, April. – a loira respondeu e voltou a balançar as pernas sob a mesa.
– Você não devia estar estudando? – a morena ralhou com o rapaz, que suspirou e sorriu forçadamente.
– Meu Deus, que inferno aquela velha mal comida – chegou e passou as mãos nos cabelos ruivos, arrumando-os. Louis seguia a garota descontraidamente.
– Hey, ! Oi, Niall e namorada.– o castanho abraçou de lado.
– Oi, Lou – ela deu beijinho na bochecha do amigo. Niall estava visivelmente constrangido por estar ali com a namorada e juntas. E, por Deus, ele estava ficando louco por sentir-se mal pela pequena Styles.
– E então, April, eu posso fazer uma pergunta? – se dirigiu à garota que se pagava de puritana.
– Claro!
– Você perdoaria o Niall se ele te traísse?
– Como? – a garota perguntou esganiçada. Niall ficou vermelho como um pimentão. e Louis sorriram maliciosos.
– Calma, colega! É só uma pergunta hipotética. – se mantinha séria. April olhou para Louis de olhos arregalados. O loiro sorriu, sem graça.
– Eu com toda certeza mataria o Ni e a vadia que ousasse tocar no meu anjinho. Hipoteticamente falando, é claro. – April sorriu após sentenciar a sorte de Niall se ele ousasse traí-la. Louis segurou o riso e sorriu largo, achando a situação divertidíssima. suspirou entediada e sorriu.
– Bem, eu vou indo, pessoal. Tenho aula com aquele gostoso do Landom. – ela suspirou e sorriu, pulando da mesa e arrumando o pequeno pedaço de tecido que eles chamavam de saia. Niall encarou descaradamente as pernas da loira, se controlando para não deixar a namorada ali e ir pessoalmente assistir .
– Tchau, – Louis beijou a bochecha de .
– Tchau, Lou. Tchau, . Tchau, April. Até mais tarde, Ni. – ela se despediu de todos e saiu saltitante, rumo à sala de aula. Niall observou-a até que ela sumisse de vista.
– O que vocês vão fazer mais tarde, Niall? – April questionou. Louis e prestavam atenção como se estivessem em um cinema 3D.
– A pediu pra eu ajudá-la com um trabalho de física. – Niall respondeu e ela se deu por satisfeita. Bem sabia que o "trabalho" se resumiria em uma tarde de momentos agradáveis, com direito a beijos e carícias.
– E por que você nunca pode me ajudar quando eu preciso? – a morena inquiriu, com ciúmes.
– Amorzinho, é que você nunca precisa quando eu tô disponível e...
– E se eu precisasse de você hoje à tarde? – perguntou, tentando ostentar um sorriso malicioso, e Niall sorriu perturbado por preferir ficar fazendo nada com a ter uma boa transa com a namorada. Era muita loucura para pouco entendimento.
– Eu já tenho compromisso, April. – falou, encerrando a discussão. A morena suspirou, vencida.
– Tudo bem, amorzinho. Eu tenho aula de química agora, me leva na sala? – pediu.
– Uhum. – Niall concordou, fazendo careta e sumindo em meio ao mar de alunos que se deslocavam pelos arredores do colégio.
– Ah, mas eu pago pra ver a cara dessa biscate quando souber que o "amorzinho" dela tá pegando a herdeira Styles, que é mil vezes mais gostosa que ela... – murmurou, sorrindo maldosa.
– Concordo. – Louis disse. , ao notar que Tomlinson estava ali, revirou os olhos e se pôs a caminhar rumo à sala de matemática. Louis acompanhou-a.
– Sabe, Calder, eu realmente teria rido de você confrontando a namoradinha do Niall. Mas aí eu me lembrei que era você quem tava tentando ser a bacana e aí tudo perdeu a graça. – Louis provocou.
– Eu não entendo o porquê de você me perseguir TANTO se eu sou tão broxa como você diz, pirralho. É melhor você baixar as bolas e ficar na sua. Se eu te incomodo tanto, cai fora. – vociferou antes de deixar um Louis embasbacado para trás.
Depois de chorar – literalmente – para cada um dos amigos, implorando para que fossem ao boliche naquela noite, conseguiu convencê-los. Eles não estavam nem um pouco animados por suspeitarem como a noite terminaria: apenas mais ódio.
No entanto, ninguém tirava da cabeça de que aquilo tudo era loucura. No fundo, ela concordava, porém, não se importava. Se agisse como uma pessoa normal, não teria o título de maluquinha do grupo.
E lá estavam os irmãos Styles, no jardim dos Westwick, brincando com Buddy, o cão da família, esperando a garota terminar de se arrumar. disse que estava com preguiça de dirigir e pediu uma carona à amiga.
– Vamos, crianças? – a ruiva perguntou, aparecendo na porta que dava acesso à cozinha. Levaram quinze minutos para conseguirem se livrar do labrador que insistia em pular em Harry com a uma bolinha azul na boca, e o rapaz não se aguentava, sempre pegava a bola e arremessava novamente para o cão ir buscá-la.
Quando finalmente entraram no carro para irem ao boliche, recebeu uma mensagem de , dizendo que todos já haviam chegado e esperavam os atrasadinhos.
– Somos os únicos adolescente do Reino Unido que veem passar uma noite no boliche! – Zayn disse, entediado.
– Se não quer ficar, não precisa, ninguém colocou uma arma na sua cabeça e te obrigou a vir, Malik! – revirou os olhos.
– Já vão começar? – Liam disse, abaixando o rosto e tapando-o com as mãos.
– Oi, meninas! – se aproximou do grupo, sorrindo simpática. – Olá, escória da sociedade. – disse, olhando para os garotos.
– Oi, princesa! – Louis se aproximava e instintivamente a garota procurou algo para arremessar em sua cabeça.
– O que você quer, Tomlinson?
– Eu não sei o que o Louis quer, mas eu quero jogar! Sem brigas, OK? – disse, sentando-se ao lado de Niall.
Com certeza o pedido da garota não foi atendido. No momento que se seguiu, as equipes iriam ser formadas, porém, e se recusavam ficar juntas. também não queria ficar na mesma equipe que Harry e Zayn. Já dizia que cometeria suicídio se ficasse junto com Louis e Liam, e as duas queriam que Niall ficasse em suas equipes, afinal, todos adoravam o irlandês.
Depois de quase dez minutos de discussão, disse que um sorteio seria uma boa ideia, e foi isso o que eles fizeram, formando os seguintes times: Harry, Niall, Liam, e , e, no outro, Louis, Zayn, , e . Algumas reclamações ainda foram feitas, porém ignoradas, e finalmente eles foram jogar.
– Par ou ímpar pra ver quem começa. – Zayn disse, com uma mão fechada em punho.
– Par. – disse, se aproximando do rapaz.
– Ímpar. Opa, ganhei! Vai lá, , você começa.
A morena levantou-se, pegou uma bola e se posicionou, tentando não se abalar com a pressão.
– Vai lá, , você consegue um strike! – a motivou, batendo palminhas.
– Ou não... – Niall disse, rindo.
– Aposto cinco libras que consigo! – sorria, agora confiante.
– Fechado! – o irlandês disse, certo de que já tinha ganhado.
Ortega encarou os pinos à sua frente, respirou fundo e jogou a bola. Não se moveu até ver que alcançará seu objetivo. Comemorava com pulinhos quando se virou para o amigo:
– Dez anos de convivência e ainda não aprendeu que eu não perco apostas, Ni? – caminhou até ele e pegou seu dinheiro.
O jogo continuou e o placar sempre alterava, ora marcando empate, ora um time na frente do outro. Piadas de mau gosto eram feitas com frequência, no entanto, era visível que todos evitavam brigas maiores, o que animava as caçulas, que sempre ficavam no fogo cruzado quando as desavenças começavam.
Harry, Niall, e foram fazer pedidos de bebidas e alguma coisa para comerem. Conversavam enquanto esperavam ser chamados para jogarem. Os quatro falavam sobre a saia da mãe de e decidiam quando iriam ao shopping ver o que conseguiriam por lá, ou então recorrer a uma tinturaria.
– Poderíamos ir amanhã ou no fim de semana. – sugeriu.
– Tenho compromisso amanhã.
– Amber West não é considerado um compromisso, Harry! – sua irmã dizia, irritada, e rolou os olhos ao ver o sorriso pervertido que ele fazia.
Uma mulher se aproximou e entregou para Niall uma bandeja com porções de batatas e alguns sanduíches e outra bandeja com refrigerantes e sucos para Harry.
– E que tal no fim de semana? – tentou outra data.
– Tem a festa do Danny no sábado, e então no domingo ninguém vai ter ânimo pra sair da cama. – falou, pensativa.
– E que tal no outro fim de semana? – Niall falava com a boca cheia de comida.
– Acho perfeito! – a loira sorriu, apertando uma das bochechas do rapaz.
– Style, sua vez. Vai vir jogar ou tá difícil? – gritou de onde estava.
– Com licença, gente, to indo ali bater a cabeça daquela adorável garota na pista. – o rapaz disse, sorrindo amargamente, demonstrando sua irritação por ser tratado daquela forma.
– E eu vou indo também. Depois de você, sou eu. – pegou a bandeja que estava com Niall, que reclamou por não poder ficar com nenhuma porção só pra ele, e seguiu Harry.
– Nem acredito que vamos conseguir arrumar essa saia. – disse, voltando ao assunto.
– Tá aliviada? – o loiro perguntou, pegando o cardápio e pensando se pediria alguma coisa.
– Nossa, muito! Pensei que ia morrer! – os dois riram pelo exagero da garota.
– Sempre dramática, né?
– Eu? Drama? Claro que não!
FLASHBACK
– AI, MEU DEUS! – a garota gritou enquanto andava de um lado para o outro.
– , se acalma! – Harry pediu à futura irmã.
– Mas e se alguma coisa der errado? E se os padrinhos se atrasarem? E se o bolo não chegar? E se o vestido não entrar? E se as flores do buquê murcharem? E se a noiva tropeçar? E se...
– Se a noiva tropeçar, eu não vou me aguentar, vou morrer de rir! – Louis começou a gargalhar imaginando a cena, arrancando risadas de seus amigos.
– Isso não tem graça, Louis! – disse, irritada.
– Tem sim! – Harry ainda ria com uma das mãos na barriga.
– Amiga, vai dar tudo certo! – disse, se controlando para não rir e passando calma à , que estava uma pilha de nervos.
Era um dia especial para Des e Katherine, que se uniriam nos laços do matrimônio. Era para ser um dia divertido para os dez jovens, porém, não parava em um canto e esperava o momento de a cerimônia começar. Ela preferia atormentar os amigos com suposições catastróficas e deixar sua mãe mais nervosa.
No fim das contas, deu tudo certo. A cerimônia foi linda, os padrinhos chegaram na hora, o bolo estava lá, Katherine estava linda com o vestido escolhido alguns meses antes, o buquê estava intacto e o mais importante, a noiva não tropeçou, o que não impediu as risadas disfarçadas dos meninos, que imaginavam a cena de Kate no chão e o desespero de sua filha. Ao fim da cerimônia, todos foram convidados a ir para o jardim, onde a festa ocorreria.
– Meninas, vou jogar o buquê! – a agora Sra. Style disse, se posicionando.
Algumas mulheres ficaram atrás de Kate, ansiosas para pegar o buquê, como se isso realmente representasse algo grande. E finalmente a noiva jogou o buquê...
– AHH, FALA SÉRIO! – disse, quando as flores caíram em seus braços. Ela estava um pouco afastada do grupo que ansiava pelo buquê, porém ele foi diretamente para a garota.
– Parabéns, ! – disse, rindo com as meninas pela a cara que a morena fazia.
– Quem é o louco que vai casar com você? – Harry zombou.
– Que tal você, filho? – seu pai perguntou, dando tapinhas em seu ombro.
Harry e se entreolharam com desprezo nos olhos e gritaram juntos:
– QUE NOJO! – a garota jogou as flores para longe, que acabaram caindo na jarra de ponche.
– AI, MEU DEUS, O BUQUÊ! Eu sabia que ia dar algo errado. – voltou a se desesperar.
– Cala a boca, ! – seus amigos e seus pais gritaram, rindo da careta que a menina fazia.
– Tá bom, eu lembro disso! – ria – Mas, em minha defesa, eu só tinha treze anos, era uma criança!
– Uma criança que falava demais e me assustava! – Niall também ria – E você só tem dezesseis anos agora, ainda é uma criança!
sorriu com aquele jeitinho só dela. Virando o rosto alguns centímetros para o lado e levantando o ombro, se aproximou do rapaz a passos lentos e lhe deu um beijo no canto dos lábios.
Todos sabiam que ele tinha uma namorada, uma bela garota que era – ou não – apaixonada por ele. No entanto, isso não o impedia de ficar com nas horas vagas, quando ninguém estava por perto. Existem pessoas que prefeririam utilizar um termo técnico para a relação dos dois. A expressão "A Outra" seria bem empregada para a princesinha Style, mas quem disse que ela se importava? Ela nem ao menos conhecia a tal April, apenas trocavam alguns "oi" quando se cruzavam pelos corredores do Eton, e, por isso, não ficava com a consciência pesada quando beijava o namorado da garota.
– Eu tenho namorada, sabia? – o rapaz lhe disse, passando uma das mãos por sua cintura e a menina riu alto por ouvir a frase tão conhecida. Todas as vezes antes de ficarem, Niall falava a mesma coisa. Tais palavras já haviam virado piada entre os dois.
– Pois é, eu sei sim... Fazer o quê, nada é perfeito! – lhe deu um selinho e retirou as mãos dele de seu corpo. – Vou voltar para o jogo.
estava sentada com uma lata de Coca-Cola em sua mão, perdida em seus pensamentos. Naquele momento, uma mosca que voava pelo ambiente parecia realmente muito interessante. Seus devaneios foram interrompidos quando Harry sentou-se ao seu lado e tomou o refrigerante de suas mãos.
– Qual é o seu maldito problema? – a garota perguntou, irritada pela sua atitude.
– Minha bebida acabou e eu pensei que você seria educada o suficiente para repartir a sua comigo!
– E por que você apenas não pediu, idiota?
– Porque eu sei e você sabe que você não me ia me dar a lata se eu pedisse! – explicou como se fosse óbvio.
– Sabe, Styles, a cada segundo da minha vida que sou obrigada a passar com você, tenho mais certeza do quão desprezível você é!
– Sério, ? Eu também penso a mesma coisa sobre você! Temos algo em comum, afinal. – o rapaz tinha um belo sorriso no rosto, o que deixava ainda mais irritada. Ela apenas levantou e foi em direção a Liam, Louis e , que riam de algo, um pouco mais à frente. Não antes de Harry irritá-la mais um pouco. – ! – a chamou. E ela virou– se lentamente para ele, segurando o instinto de pular em seu pescoço para enforcá-lo.
– O que foi? – perguntou entre dentes.
– Esqueceu sua Coca! – balançava a latinha no ar.
– Fique com essa merda, aproveita e morre engasgado! – disse, por fim, sorrindo e continuando sua caminhada até os amigos, antes esbarrando sem querer em .
– Tá louca, Meester? – perguntou, irritada.
– Vai se ferrar. – disse simplesmente, indo para junto de Liam, que já esperava a garota, pois vira Harry irritando-a minutos antes.
, por sua vez, sentou ao lado de Zayn, que conversava com . A morena estava em pé ao lado do computador em que estava o placar.
Dos cinco meninos, os únicos que suportava eram Niall e Zayn, ela os definia como os “menos piores”. Um traía a namorada e o outro já havia levado metade de Londres para sua cama, no entanto, a ruiva até que gostava de conversar com os dois de vez em quando.
– Como estamos? – perguntou à amiga.
– Perdendo. – respondeu simplesmente e o primo riu minimamente da cara que fazia e do provável grito que soltaria. – A última jogada é agora. Se não fizermos um strike, já era! – continuou.
– OK, precisamos de um strike. Quem é agora? – a ruiva perguntou a Zayn.
– Louis. – o rapaz falou de braços cruzados, com a cabeça abaixada, a balançando.
percorreu os olhos negros pelo ambiente à procura do pobre Louis, que jogava todo seu charme em cima uma loira, a alguns metros da pista. A garota se levantou e se dirigiu ao casal.
Ao se aproximar, pôde vê-los rindo de algo que o garoto dizia e riu falsamente, segurando-o pelo braço.
– Ele é hilário, não é? – perguntou a loira e virou o rosto para Louis, sem nem esperar resposta. – Sua vez de jogar, idiota! – disse áspera e puxou o rapaz pelo braço.
– Pelo amor de Deus, Westwick! Se você está com ciúme, é só dizer, não precisa ficar fingindo! – tirou a mão da garota de seu braço.
– Como é? – ela perguntou com as sobrancelhas arqueadas.
– Se está com ciúme, é só me dizer! – se aproximou com seu sorriso mais sedutor, aquele que nenhuma garota resistiria, mas infelizmente não era qualquer garota. A ruiva o encarou por dois segundos até cair na gargalhada.
– Tomlinson, você realmente é muito idiota. – fechou a cara de repente e cruzou os braços. – Agora vai jogar, porque eu preciso de um strike pra vencer.
– Westwick precisa da minha ajuda? Foi isso mesmo que eu ouvi? – o rapaz tirava sarro da garota, que o observava tediosamente em silêncio.
– Não, querido, eu não preciso de nada que venha de você. – explicou, gesticulando. – Se você não pegar a porcaria daquela bola e acertar aqueles malditos pinos, você irá perder essa merda de jogo e acabará sem seu preciso pintinho – levantou seu mindinho para representar o tamanho do amiguinho de Louis – Porque eu vou arrancá-lo! – falou alto o suficiente para que algumas pessoas ao redor pudessem ouvir e rir do rapaz, que levava uma bronca.
Louis olhou ao redor e se segurou para não respondê-la tão ignorante quanto. Ela podia ignorá-lo e xingá-lo, porém, ser estúpida com ele na frente de qualquer um, isso ele não aceitava.
O rapaz a encarou nos olhos e se dirigiu a pista, escolheu uma bola e foi se posicionar. Estava concentrado, até se assustar com uma voz em seu ouvido.
– Tomlinson, eu sei que você é um inútil, mas precisamos desse strike! – falou como se explicasse algo para uma criança.
– De onde você surgiu, demônia? – ele se virou para ela com uma das mãos sobre o coração. Foi possível ouvir a risada de alguns dos amigos, que estavam sentados, esperando pela jogada do garoto, que decidiria o destino da noite.
– Dá pra você não ser idiota uma única vez na vida?
– Depende, você pararia de ser mal amada se eu fizesse o que você está me pedindo?
– Eu deveria arrancar sua cabeça e fazer esse strike com ela.
– Meu Deus, que medo, essa mulher é fatal!
– ARGH! Eu te odeio, Tomlinson! – a ruiva gritou irritada e todos os amigos já estavam alerta para o que pudesse acontecer.
– Eu também te odeio, querida, e não existe sentimento mais verdadeiro que esse no meu coração.
o encarou sem dizer mais uma palavra. A única coisa que Louis queria era abalá-la, mas ela nunca se mostrava surpresa por suas palavras ásperas, apenas ficava com suas sobrancelhas erguidas e seu nariz em pé. Aquela maldita expressão de superior que o irritava tanto.
O rapaz se voltou para encarar os pinos e quase jogou a bola, porém, outra vez a garota de pronunciou atrás dele.
– Se você perder, eu te mato!
– Cala a porra da boca! – ele explodiu, gritando – Eu fiquei aturando você a noite toda. "Tomlinson, faça isso", "Tomlinson, faça aquilo" – disse com uma voz fina, na pior imitação de já vista antes. – EU NÃO AGUENTO MAIS! – gritou ainda mais alto que antes, chamando atenção. – Eu não quero nem saber das suas intriguinhas com a Meester. Fique sabendo que viemos aqui para nos divertir, e vocês estragaram a noite. – apontou para as duas garotas. – Não aproveitamos nada porque sempre tínhamos que nós matar para conseguir acertar aquele caralho. – apontou para o final da pista. – E que saber o que eu faço? EU FAÇO ISSO! – jogou a bola de qualquer jeito, que caiu na calha e seguiu seu solitário destino.
Todos o encaravam em choque. já estava estrategicamente ao lado de para pular em cima da garota caso ela fosse tentar matar Louis. No entanto, em vez disso, a ruiva apenas empinou mais seu nariz, virou-se de costas para o rapaz, sem dizer uma palavra, e saiu pisando duro.
– , espera, você está sem carro! – gritou, mas não obteve resposta. – , espera! – puderam ver a garota abrindo a porta com toda a força, sem olhar para trás.
– Eu vou falar com ela. – puderam ouvir Louis falar e se viraram para ele com os olhos arregalados.
– Tá louco?
– Quer morrer?
– É melhor deixá-la sozinha.
– Ela vai te matar!
– Cara, tem certeza? – Harry se pôs na frente do amigo, que ignorou o que os outros diziam e já ia atrás da garota.
– Eu VOU falar com ela. – virou-se para os amigos e sorriu divertido. – Se eu não ligar para vocês em duas horas, chamem a polícia! – saiu correndo, deixando para trás o grupo.
– E agora? – Liam perguntou, encarando os amigos.
– Agora a gente espera duas horas e se ninguém conseguir falar com ele, ligamos para o Departamento de Polícia! – Niall respondeu, rindo, sendo acompanhado por alguns.
– Que tal se os perdedores pagarem a conta? – sorriu sugestiva, cruzando os braços.
– Não sei se concordo com isso! – disse com as sobrancelhas arqueadas. E a abraçou de lado, rindo da cara que ela fazia.
– Eu acho interessante! – disse, sorrindo de formal infantil, e Niall também sorriu.
Zayn, e encararam um ao outro, procurando, em silêncio, algum argumento infalível, porém não encontrando nenhum.
– Seus putos! – Zayn reclamou, pegando a carteira no bolso de trás do jeans e indo ao caixa, sendo seguido por e .
Capítulo 4
No estacionamento, tentava ligar para uma empresa de táxi, mas estava tão nervosa que nem conseguia ver o que fazia. Louis se aproximava em silêncio, tentando não chamar atenção, e podia ouvi-la praguejar baixinho.
– O que tá fazendo? – perguntou naturalmente, como se nada tivesse acontecido. A garota se assustou com a abordagem repentina e quase deixou o iPhone cair no chão.
– Vai tomar no meio do seu cu! – respondeu, olhando no fundo dos olhos azuis do rapaz. Palavras ásperas saíram de sua boca, porém o tom utilizado fora totalmente calmo.
– Olha, em minha defesa, você estava tratando todo mundo muito mal lá dentro. – apontou para trás com o polegar. – Eu precisava te dar um choque de realidade.
– E O SEU CHOQUE DE REALIDADE ERA GRITAR COMIGO? – avançou no rapaz e distribuía socos em seu peito, fortes demais para uma garota, ele pensou. Louis cambaleou para trás e bateu na lateral de um carro ali parado. – NINGUÉM PODE ME MANDAR CALAR A BOCA, E NÃO ADMITO QUE GRITEM COMIGO!
– IGUAL VOCÊ TÁ FAZENDO AGORA? – gritou ainda mais alto, agarrando seus pulsos. lutava para se soltar e até mesmo tentou chutá-lo, mas ele desviou desajeitadamente. – Para com isso, eu vou ter que segurar mais forte e vou acabar te machucando. – se ela parou? Claro que não. Ela já tinha desistido de se soltar, mas continuava se mexendo só porque o rapaz havia pedido para que ela parasse. – PARA!
– JÁ DISSE PRA NÃO GRITAR COMIGO! – parou de se chacoalhar.
– CALA A BOCA!
– NÃO ME MANDA CALAR A BOCA!
– Cala a boca! – o rapaz disse baixo e, se ele não estivesse segurando os pulsos da ruiva, a garota teria lhe dado um soco no rosto.
– EU ODEIO VOCÊ! – esbravejou, tentando se livrar das mãos firmes do garoto, que não se abalava com seus movimentos bruscos.
Louis juntou as mãos da garota e as segurou com apenas uma das suas. Com a outra, tirou as chaves do carro do bolso de seu casaco e puxou até seu automóvel.
– Entra. – destrancou seu carro e abriu a porta do carona.
A ruiva, finalmente com os punhos soltos, cruzou os braços e disse claramente:
– Não!
– Entra.
– Não!
O rapaz passou as mãos pelo rosto, nervoso, e bagunçou os cabelos.
– Eu só quero te dar uma carona. Entra!
– Não! – sorriu ironicamente.
– Senhorita Westwick, poderia fazer o favor de entrar na merda do carro? – aumentou seu tom de voz no fim da frase.
A garota se aproximou dele a passos lentos para dizer mais uma vez:
– Não!
– Mas que menina teimosa! – puxou-a pelo braço e a jogou dentro do carro.
– EI, SEU FILHO DA PUTA, O QUE PENSA QUE TÁ FAZENDO? – gritou em alto e bom som, chamando a atenção de uma pobre família que passava pelo lugar. Foi possível ver a pequena menininha arregalar os olhos e a mãe tentar tapar os ouvidos das três crianças de uma só vez. – Socorro, eu tô sendo sequestrada! – batia no vidro do Audi e era encarada pela família, que estava estática.
– Minha namorada. – Louis sorriu, envergonhado, aproximando-se do homem. – TPM, sabe?
Sorria, balançando a cabeça, e o homem o acompanhou, pensando entender o que se passava ali.
– Não é nada de mais, crianças, está tudo bem. Boa sorte, filho! – antes de sair, deu uma olhada para o carro e pôde ver com os dedos do meio levantados para ele. Saiu sem jeito, empurrando seus filhos para longe dos dois malucos.
O rapaz viu o que havia acontecido e correu em direção ao Audi. Entrou, irritado, e bateu a porta com força, se arrependendo segundos mais tarde.
– Você assustou as crianças, que tipo de monstro é você? E foi mal educada com aquele cara, ele era legal, sabia? – arrumou o cinto de segurança, virando a chave na ignição. – Você deveria aprender boas maneiras. – deu a partida e a ruiva, que se irritou com suas palavras, distribuiu socos e tapas por seu ombro. – Sua louca, para com isso! Você quer que eu bata o carro? – encostou o carro e segurou os pulsos da garota, a endireitando no banco. – Coloca o cinto! – falou, ríspido, e não moveu um músculo. Suspirou, irritado, retirando seu cinto de segurança para colocar o dela, logo depois arrumando o seu novamente. – Você bate como uma garotinha. – riu de suas próprias palavras.
– Não me faça chutar suas bolas com tanta força que seus olhos saltarão da órbita por causa da dor. – falou entre dentes, olhando para frente com os braços cruzados.
– Adoro as nervosinhas. – piscou, sorrindo maliciosamente enquanto ela revirava os olhos.
Finalmente o moreno pôde dirigir em paz, sem a garota ficar lhe perturbando. Isso era claro por apenas dois minutos, pois tivera uma grande ideia. E lá estava ela, revirando o porta-luvas do Audi. O rapaz alternava seus olhos entre a estrada e a bagunça que ela fazia, jogando capas de CD, uma caixa de óculos de sol, embrulhos de chicletes e chocolates no chão. Os de camisinha, ela atirava em Louis. Apenas parou o que estava fazendo quando encontrou o que procurava, e o garoto gargalhou ao perceber o motivo do tal alvoroço. estava com papel e caneta em suas mãos e escrevia "HELP ME", para depois levantar a placa e grudá-la na janela.
– O que você pensa que está fazendo? – ele perguntou entre uma risada e outra.
– Cala a boca, isso não é da sua conta.
– OK...
Depois de quase dez minutos com a placa levantada e nenhum ser vivo lhe ajudar, amassou o papel e gritou, irritada:
– E se fosse um sequestro de verdade? – cruzou os braços e recostou as costas no banco. O rapaz mantinha um sorriso divertido nos lábios, o que a incomodava ainda mais. – Ãhn... Posso saber para onde está me levando? – a ruiva perguntou ao ver Louis seguir em frente na avenida e não virar a esquina que os levariam para a casa dela.
– To com vontade de beber alguma coisa e decidi que você vai comigo. – respondeu com um dos braços apoiado na porta, sem tirar os olhos da estrada.
– E desde quando VOCÊ decide meu destino?
– Desde que VOCÊ entrou no meu carro! – a encarou sem emoção no olhar.
– Apenas um detalhe, uma coisa mínima que você deve ter esquecido. – sorria, simpática, virando-se no banco para ficar de frente para o rapaz. – Você me jogou dentro dessa merda! – aumentou o tom de voz, fazendo Louis fechar os olhos pelo escândalo que ele sabia que ela faria. – Eu não quero estar aqui! Eu não quero ir pra porra de lugar nenhum com você. Eu odeio você. E eu quero ir para casa... AGORA! – enumerava as frases nos dedos e cada palavra que dizia falava mais alto. Estava tão nervosa que nem percebera que já haviam saído da grande avenida, iluminada e movimentada, e agora estavam em uma rua escura e abandonada.
– OK. Vamos fazer assim – estacionou o carro e destravou a porta. – Você pode voltar para casa daqui. – a garota olhou ao seu redor e se surpreendeu com a mudança de cenário. – Eu poderia te levar, mas seria contramão pra mim, e eu sei que poderia fazer isso por bondade – encarava a garota com sua melhor expressão de inocente, e quem não o conhecia poderia jurar que ele realmente era. – Porém, você foi incrivelmente CHATA a noite toda e gritou comigo quando eu tentei ser legal com você. – soltou o cinto de segurança dela, abriu sua porta e a empurrou para fora do carro. – E não fique com medo, essa não é a pior rua de Londres... É a terceira mais perigosa! – sorria, mostrando todos os dentes, se divertindo com a expressão que ela fazia. – São denunciados apenas uns treze estupros por noite, vinte assaltos a mão armada, alguns baleados, outras mortes. – seus braços estavam cruzados e ele encarava o volante à sua frente, recordando os dados. Enquanto isso, abraçava seu próprio corpo e olhava ao redor, tentando digerir todas as informações. – Ahhh, eu falei das brigas de gangues que tem aqui? Acho que não... Pois é, tem isso também. Então... boa noite! – fechou a porta de seu carro, que estava aberta até o momento, e a ruiva rapidamente sacou seu celular para ligar para um táxi. No entanto, estava sem bateria. Fechou os olhos, engolindo todos os palavrões, a ira e vontade de arremessar seu iPhone longe, que vinham à tona Virou-se para Louis e quase teve um ataque ao ver o sorriso cínico que ele sustentava.
– ARGH! – batia os pés com força no chão, em uma tentativa inútil de descontar sua raiva, e o rapaz gargalhava por sua atitude. abriu a porta a contragosto, se jogando no banco.
– Você não tinha que ir pra casa ou algo assim? – apontou para trás, prendendo o riso ao vê-la virar o rosto lentamente para ele.
– Apenas dirija. – disse, respirando e cruzando os braços. Fechou a cara e decidiu que não responderia as provocações do rapaz. Louis sorria com os lábios cerrados e voltou a dirigir.
O moreno apenas seguiu seu caminho por alguns metros e voltou a estacionar seu carro. Retirou o cinto de segurança, pegou o celular e a carteira e desceu do carro.
– Tá de brincadeira, né? – a garota perguntou quando ele abriu sua porta para que ela saísse.
– Ãhn... Não! Oh, eu te assustei com aquela história? – fingiu preocupação e ela arregalou os olhos. – Me desculpe! Não se preocupe, ok! Agora vem logo, que eu preciso beber alguma coisa.
– Eu não vou sair daqui! – se esticou para fechar sua porta novamente, mas Louis se colocou no meio.
– Vem logo.
– Não.
– Vem!
– Não!
– Para com isso, vem! – a puxou pelo braço.
– Não! – soltou-se e voltou a recostar as costas no banco.
– Você realmente não gosta de fazer o que te pedem ou isso é um privilégio só meu? – estava com os olhos cerrados, apontando para si e, para sua surpresa, sorriu minimamente. Todavia, tal sorriso fora repreendido assim que percebido pela garota.
– Você mesmo disse que essa é a terceira rua mais perigosa da cidade, eu não vou sair daqui!
– Tudo bem, se você acha que é mais seguro ficar aqui a entrar em um recinto com muitas pessoas e que podem te ajudar caso aconteça algo, quem sou eu pra te impedir? – levantou as mãos em rendição e virou-se de costas, caminhando até o bar. Sorriu ao ouvir a porta se fechar e parou de andar, esperando a ruiva. – Você não ia...
– Cala a boca! – disse pausadamente. Ela abraçava seu corpo pelo vento gelado e pelo medo que sentia. – Seu objetivo é me matar, jogar meu corpo sem vida naquela lixeira e depois ir para um bar beber em comemoração ao seu crime? – perguntava, séria, e Louis gargalhou.
– Até que não seria má ideia! – disse, passando a mão pelos cabelos, e não percebeu o olhar ofendido que lhe lançara. – Mas aí se alguém descobrisse, eu teria que me mudar para Butão, assumir uma nova identidade e viver da pesca. – falou, pensativo, e a garota mordeu os lábios com força, repreendendo o sorriso que forçava transparecer pela piada que ele fizera. O rapaz percebera sua atitude e a encarava sorrindo, sem mostrar os dentes. A única coisa que pensava era que, no final das contas, Westwick não era tão durona assim. A pedra de gelo que ele pensava que ela tinha no lugar de um coração podia ser derretida se ele atacasse da maneira certa e no momento oportuno.
– O que foi? – perguntou, incomodada, arqueando as sobrancelhas e empinando o nariz, assumindo novamente a pose de arrogante que ele tanto odiava.
– Nada. – disfarçou, falando rápido. – É só que eu me lembrei que odeio peixe!
– Você é um idiota, Tomlinson! – sorria de lado.
– Minhas primas costumavam dizer isso quando eu me recusava a brincar de casinha com elas, depois me batiam. E teve um dia que aquelas malditas me maquiaram e pintaram minhas unhas enquanto eu dormia. – balançava a cabeça negativamente, lembrando-se de tal ocasião deplorável. – Odeio reuniões de família!
– Você tem fotos disso, certo?
– Infelizmente, minha mãe deve ter, sim... E, se você for uma boa garota, eu deixo você ver! Quem sabe uma dia!
– Ótimo! – finalmente sorriu verdadeiramente, sem se incomodar.
– Você fica bonita assim, deveria tentar mais vezes, é melhor que aquela carranca que você vive...
– Você é insuportável mesmo, hein! – revirou os olhos e caminhou de volta ao carro.
– Tá, tá, espera! – colocou-se à sua frente, impedindo-a de concluir sua caminhada. – Já estamos aqui, vamos beber alguma coisa e aí eu te levo pra casa.
– Eu não tenho escolha, que isso fique bem claro! Não vou te seguir porque eu quero, é porque eu sou obrigada a ir, entendeu? – mantinha o dedo indicador riste.
– Tanto faz! Vamos? – apresentou o caminho à garota, que o encarava enraivecida e empinou o nariz antes de ir em direção à porta do bar. Louis, que se controlava para não xingá-la, fez uma careta quando a seguiu.
– Eu vi isso! – a ruiva disse sem olhar para trás, fazendo-o revirar os olhos e continuar.
O rapaz caminhou um pouco mais rápido que a garota para poder abrir a porta para que ela entrasse. se surpreendeu com o ambiente. Pouca iluminação, fumaça de cigarro, um leve cheiro de madeira, parecia até um local para as reuniões de máfias italianas.
– Pensei que lugares assim não existissem mais.– pensou alto.
– Tenho certeza de que pensou. – Louis falou logo atrás dela. – Vou pegar umas bebidas, vai se sentar em algum lugar e eu já te acho. – disse, indo em direção ao balcão.
– E como pensa que vai conseguir alguma coisa? Não estamos em uma festa de garagem, Tomlinson, você é menor de idade! – falou, o impedindo de continuar andando. Ele sacou a carteira e lhe apresentou um documento. – Identidade falsa? Quantos anos tem, de acordo com esse negócio? – dizia, com as sobrancelhas arqueadas.
– 22. – sorriu, debochado.
– E eu, 21. – também sorria.
– Tem identidade falsa?
– Não seja ridículo, claro que tenho! Mas geralmente nem a uso, os homens fazem qualquer coisa por um rostinho bonito. – se retirou em direção às mesas, deixando para trás um Louis que estava realmente se divertindo com toda a situação.
Indo para o bar, fez o pedido de duas cervejas e procurou por , mas nem sinal da garota. Depois de estar com o pedido em mãos, o moreno foi até as mesas e, mais uma vez, não a encontrou. Cogitou a possibilidade de perguntar a alguém pela garota, no entanto, no momento em que se dirigiu a um homem, pode vê-la apoiada numa mesa de sinuca, com um taco na mão, encarando o nada.
– Sinuca? Sério? – disse, apoiando-se ao seu lado. Entregou-lhe uma garrafa de cerveja e abriu a sua.
– Faz tanto tempo que não jogo, pensei que você poderia perder pra mim hoje! – sorria cínica, fazendo força para abrir sua bebida.
– Perder para você? Uma garota! Perder para você, uma garota, na sinuca? – gargalhou alto enquanto ela ainda tentava, sem sucesso, abrir a maldita garrafa. – Não diga besteiras, querida!
– Então, já que está tão certo que vai ganhar, joga comigo. – falava pausadamente, ainda lutando contra a tampa da garrafa. Louis a encarou com uma sobrancelha erguida e tomou de suas mãos a bebida, a abrindo sem nenhum esforço aparente, lhe devolvendo em seguida. Os dois se olhavam nos olhos, tentando, em vão, ler os pensamentos um do outro. O rapaz cogitava a possibilidade de jogar e a garota se perguntava por qual razão estava naquele lugar.
Louis se colocou de frente para e pôs sua bebida sobre a madeira da mesa. Escondeu as mãos dentro dos bolsos do jeans e continuou a encarando, pensando no próximo passo. A ruiva, por sua vez, arqueou as sobrancelhas, como que fazendo uma pergunta silenciosamente.
– Não vai dizer "obrigada"? – ele disse, apontando para a bebida dela, e a garota se pôs a observar as unhas. – Não? Nada? Ok... Vou pegar meu taco.
Louis escolheu um taco e, ora ou outra, encarava disfarçadamente pelo canto dos olhos enquanto arrumava as bolas para o início do jogo. A garota estava alheia a seus movimentos e bebia sua cerveja sem se preocupar com o que acontecia ao redor. Logo após endireitar a bolo branca um pouco distante das outras, o rapaz fez sua jogada e conseguiu derrubar uma na caçapa. Virou-se para sua adversária com um sorriso orgulhoso nos lábios e, com um aceno de mão, ela o disse para continuar. Ele analisa a situação do jogo, dando algumas voltas pela mesa, fazendo-a revirar os olhos, e finalmente se curvou para a próxima tacada, que encaçapou, com louvor, mais duas bolas. O sorriso de orgulho que ele tinha em seus lábios estava começando a incomodar , que mantinha sua pose indiferente ao que se passava ali. O rapaz tentaria sua terceira jogada, porém não conseguiu derrubar nenhuma, havia batido com muita força na pobre bola quatro, e esta se recusou a ser encaçapada. Acabou batendo na parede da mesa e se distanciando de seu destino.
– Sua vez. Resolvi te dar uma chance. – o garoto dizia, sorrindo, apoiado em seu taco.
– Quais são as minhas? – ela se aproximou da mesa, colocando suas mãos sobre o móvel e dando uma olhada no jogo.
– De nove pra cima. – falava divertido. Estava curioso para vê-la jogar, era sempre tão segura de si, mostrava ter sempre tanta certeza de que era boa em tudo o que fazia, que o rapaz estava começando a ficar curioso se ela era realmente tudo aquilo.
– Ok... – disse, imitando os movimentos anteriores de Louis. Deu algumas voltas na mesa e se curvou para fazer sua jogada e, para a felicidade do garoto, ela estava de costas para ele, então ele teve ótimos segundos apreciando a vista. Porém, seu devaneio fora interrompido pelos gritinhos abafado da ruiva, que comemorava sua bela tacada. – Matei duas, Tomlinson. – sorria convencida e pôde vê-lo deixar seu queixo cair.
– Como?
– Isso mesmo! Matei duas bolas. O que significa que sou eu mais uma vez.
Dirigiu-se para o outro lado da mesa e Louis não tivera tempo de raciocinar quando a ouviu comemorar mais uma bela tacada, o que aconteceu mais duas vezes, até ela errar, o que significava que faltava apenas mais duas bolas para ela e quatro para ele.
– Você realmente sabe jogar! – dizia, abismado. – Você não estava blefando! Foram cinco bolas encaçapadas... CINCO! – fazia o número cinco com a mão, se aproximando da garota.
– É claro que eu não estava blefando, blefe é para quando jogamos pôquer!
– Sabe jogar pôquer?
– Não sou a melhor do mundo, mas melhor que você, isso com certeza! – a ruiva disse com sua típica pose arrogante.
O jogo continuou e revoltado com o resultado Louis exigiu mais um, após perder novamente os dois decidiram – na verdade quem decidiu, e obrigou o rapaz a aceitar sua ordem, caso contrário, espalharia para todo o colégio que ele havia perdido para ela na sinuca, duas vezes! – que seria melhor apenas sentar bebendo alguma coisa e conversar, ou apenas sentar e beber, porque em treze minutos que eles estavam sentados lado a lado nenhum havia aberto a boca.
– Então... Ãhn, tipo? – o moreno se pronunciava pela primeira vez – Último ano, hein! – esperava que a garota falasse algo, para que surgisse um diálogo, todavia ela apenas o encarava tediosa. – Sabe o que vai fazer na faculdade? – tentou mais uma vez.
A única coisa que Louis pensava era por qual maldito motivo havia aceitado aquela maldita aposta. Nunca era tão difícil conversar com uma garota, geralmente ele apenas a cumprimentava, eles trocavam algumas palavras e ela já estava encantada com toda a Magia Tomlinson, como ele costumava chamar nas brincadeiras com os amigos. Pensava que alguém poderia reconhecer seu esforço e lhe pagar a aposta sem necessariamente levar a Senhorita Valentona para a cama, mas estava dividido, pois a cada momento que respondia suas provocações a altura e empinava aquele narizinho irritante, tudo ficava mais interessante, e concluir a aposta serviria para ela engolir toda aquela arrogância que ela tinha.
– Não tenho certeza ainda. – respondeu sem virar-se para ele, continuava encarando a garrafa de cerveja à sua frente. – Alguma coisa na área das humanas com absoluta certeza.
Ela não perguntara o que ele cursaria, mas ele achara bom dizer de qualquer forma, para tentar continuar a conversa:
– Vou fazer MBA.
– Uhmm... Que bom pra você. – levou seus olhos para o garoto. – Vai administrar as empresas do papai então.
– Alguém tem que fazer, né! Acho bom que seja o herdeiro.
– E se você não carregasse o nome Tomlinson? – perguntou de repente, apoiando os cotovelos na mesa, desencostando-se da cadeira.
– Quê? – respondeu com outra pergunta, sem entender o que ela queria, e a ruiva revirou os olhos.
– E se você não tivesse a empresa da sua família? O que faria? Onde trabalharia? Cursaria MBA?... O que seria, Tomlinson? – sorria maleficamente, vendo que havia encurralado-o.
Ele nunca havia pensado nisso porque simplesmente não precisava! Toda a sua vida seu pai lhe dizia que ele seria ótimo no que faria e era óbvio que se referia às empresas da família. Já possuía o futuro certo, e gostava do que via quando pensava em como seria daqui dez ou quinze anos, um grande homem de negócios e apenas isso.
– Bem... Eu nunca pensei nisso! – refletiu nas palavras da garota.
– Então pense agora – voltou-se a recostar a costas na cadeira e cruzou os braços. Louis pensou ver um sorriso mínimo em seu rosto, sem resquícios de arrogância, apenas um sorriso cerrado. Todavia, preferiu não a encarar demais.
– Ok... Uhmm... – apoiou o queixo em uma das mãos e batia o indicador nos lábios. – Em que contexto eu vivo?
– Você é um adolescente inglês de 17 anos, filho de uma ex-atriz de teatro e um palhaço de circo. – disse a primeira coisa que lhe veio à mente.
– Quê? De onde você tirou isso? – riu de sua ideia maluca.
– Tenho uma imaginação fértil. Agora me diga, o que faria da sua vida, pequeno Anthony?
– Anthony?
– Sim, decidi que seu novo nome é Anthony. – ria, dando um gole em sua bebida.
– Tá bom, vejamos, teatro e circo... Eu sei cantar? – perguntou de repente, com os olhos cerrados.
– O que isso vai influenciar na sua vida?
– Acredite em mim, MUITO! Agora me diga, eu canto?
– Tá, eu deixo você cantar!
– Legal... – sorriu sozinho, pensando em algumas coisas, e a garota fez um sinal impaciente com as mãos para que continuasse. – Oh, então, eu provavelmente trabalharia em alguma coisa que envolvesse atuar. Como via minha mãe atuando e meu pai divertindo as pessoas no picadeiro, eu acho que...
– Quem disse que você conheceu seu pai?
– Por que eu não conheceria meu pai? – perguntou, juntando as sobrancelhas.
– Seu pai morreu no dia em que você nasceu. – a garota disse simplesmente com a maior naturalidade, e o rapaz a lançou um olhar perplexo.
– Você quis dizer a minha mãe?
– Não, eu quis dizer o seu pai! Ele foi atropelado quando estava indo ao hospital para conhecer o filhão. – balançava a cabeça negativamente com uma expressão triste – Ele foi atravessar a rua do hospital e foi atropelado por uma ambulância. – a garota falava séria, com uma das mãos sobre a boca, e Louis ria da história bizarra e de sua performance. – Os paramédicos não chegaram a tempo...
– Em frente ao hospital? – perguntou, com ar de riso, enquanto ela já gargalhava. – Ok... – ria junto com a ruiva. – Então eu presenciei apenas a minha mãe atuar e...
– Você nunca viu sua mãe atuar! – ela falou e esperou que ele retrucasse, porém o garoto apenas cruzou os braços e esperou uma nova maluquice sair de sua boca. – Sua mãe foi trabalhar em outra coisa pra conseguir sustentar a casa sozinha. Eu disse que ela era uma ex-atriz.
– Acho que já chega de cerveja pra você... – falou sério, fazendo-a rir. – Mas eu sei cantar, certo? – ela balançou a cabeça positivamente. – Tá bom, eu acho que... Provavelmente eu... eu não tenho a mínima ideia do que faria! – falou, se rendendo.
– É uma posição difícil, mas você se sairia bem, Anthony! – sorriu em forma de incentivo, lhe dando tapinhas no ombro.
– Tá bom...
Aquilo era realmente estranho. Eles estavam conversando a meia hora e não haviam tentado se matar ainda. É claro que o sarcasmo não havia deixado o ambiente e os dois continuavam se provocando, no entanto, riam da maioria das piadas que um levantava sobre o outro. Conversavam sobre um futuro que nunca chegaria e zombavam de algumas pessoas que estavam ao seu redor.
No meio do diálogo, Louis levantou-se e disse que pegaria mais cervejas para os dois. Até que a noite não estava sendo horrível, e ele descobrira um lado de que pensara não existir, sempre ouvia alguma pessoas dizendo que ela era engraçada e divertida, porém nunca tentara se aproximar dela senão para irritá-la, e agora que haviam conversado há um bom tempo, concluiu que ela não era tão ruim assim e, sim, era possível conversar com ela civilizadamente!
Do outro lado do bar, a ruiva tinha o mesmo raciocínio. Estava até que se divertindo ao lado daquele que tanto desprezou, lhe permitira, pela primeira vez em toda a sua vida, rir das piadas do moreno. E de repente, algo lhe veio à mente. O garoto nunca fora legal para com ela e nunca iria convidá-la para uma cerveja se não ganhasse algo em troca; ele queria algo maior no fim da noite, e a garota decidiu que não ficaria ali para descobrir o que era. Por isso, não pensou duas vezes quando se levantou, pegou as chaves do Audi e se dirigiu para a saída discretamente.
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A manhã estava fria, o céu, nublado, e os pássaros não cantavam alegremente. Os alunos do Eton estavam chegando pouco a pouco. Alguns entravam pelos portões principais do grande colégio e outros ocupavam o gramado, que ficava em frente à escola.
Harry, Liam, Niall, Zayn, e conversavam, sentados em uma mesa próxima ao estacionamento.
– A cor laranja tem esse nome porque a fruta é laranja, ou a laranja é laranja por causa da cor laranja? – perguntou, com as sobrancelhas juntas e os olhos cerrados.
– Eu acho que a fruta se chama laranja por causa da cor laranja. – Niall lhe respondeu, como sempre dando ouvidos a suas maluquices.
– Ou não! – Zayn disse – A cor laranja pode ter esse nome por causa da fruta. – sorriu ao ver a expressão de confusa que a menina fazia.
– Essa pergunta é tão idiota quanto “quem veio primeiro, o ovo ou a galinha?” – Harry falava ríspido.
– É uma dúvida minha e eu queria compartilhar com meus amigos, com licença? – a mais nova se ofendeu e Niall a abraçou de lado.
– Mas até que é uma pergunta interessante! – falava, pensativa.
– É claro que é! – sorriu orgulhosa de si.
– Olha que vem aí! – Liam levantou os braços ao céu – Quase ligamos para a polícia, sabia? – perguntou a Louis, que chegava mal humorado, jogando a mochila em cima da mesa e sentando-se ao lado de Harry.
– Cadê a ? – perguntou inocentemente, e se arrependeu assim que fechara a boca.
– Sei lá, daquela demônia! – o moreno respondeu, irritado.
– Vemos que tiveram uma ótima noite na companhia um do outro! – Zayn falava rindo, junto com Harry e Niall.
– Nossa, Malik, você é muito engraçado, por que não faz Stand Up?
– O que aconteceu, Lou? – perguntou delicadamente, segurando a mão do rapaz.
– Eu a levei pra aquele bar que eu gosto, sabe aquele? – se virou para os garotos, que sabiam ao o que ele se referia. – Bebemos algumas cervejas, conversamos um pouco...
– Você não tá se esquecendo de uma parte? – Niall perguntou, mexendo nos cabelos de , e Louis não disse nada, apenas o encarou, esperando que terminasse. – A parte que ela gritou com você, e eu tenho certeza de que foi muito engraçado.
– Idiota! Sim, ela bateu em mim, se recusou a entrar no carro e eu a joguei lá dentro. Uma família passava, ela mostrou o dedo do meio para o cara e fez uma placa escrito "socorro". Eu a joguei para fora do carro quando ela começou a gritar comigo, depois ela entrou de novo. Quando chegamos ao bar, ela se recusou a sair do carro e a convenci a sair e finalmente fomos beber algo. – falou rápido, encarando suas mãos, que gesticulavam abertamente, e os amigos o encaravam; as meninas, com os olhos cerrados, e os rapazes, rindo ora ou outra. – Satisfeito?
– Sim, pode continuar. – Niall respondeu com ar de riso.
– Nós jogamos sinuca e...
– Ela sabe jogar sinuca? – Zayn perguntou com os braços cruzados, apoiando-os em cima da mesa.
– Sim, ela sabe, sabe até demais!
– Ela ganhou de você, não foi? – Harry adivinhou, dando tapinhas no ombro de Louis.
– Duas vezes... – falou, levantando dois dedos, e abaixou a cabeça, escondendo o rosto.
– Vocês só jogaram duas vezes, não foi? – Harry adivinhou mais uma vez e Louis levantou o polegar para respondê-lo.
– Pobrezinho! – fazia biquinho e se esticava para fazer um cafuné nos cabelos do rapaz. Ele, por sua vez, abraçou Liam de lado e apoiou a cabeça no ombro do amigo, que ficou imóvel e virou o rosto para ele com os olhos cerrados.
– Depois de jogarmos...
– Depois de você perder para uma garota na sinuca. – Niall o corrigiu.
– Eu vou bater em você, irlandês! – falou, sério, com os olhos fechados, fazendo as duas meninas e Niall rirem. – Depois de jogarmos, nós nos sentamos e ficamos conversando. Eu pensei que tudo estava indo bem, e aí fui pegar mais umas cervejas pra gente. Quando eu voltei pra mesa, ela... – parou de falar e deu um soco no ar.
– Ela?... – o incentivou a continuar.
– Ela não estava mais lá! Westwick fugiu, e levou MEU carro junto! – falou, nervoso, e todos o encaravam sérios, quietos, não mexeram um músculo, afinal, qualquer um sabia que ninguém tocava no volante do Audi. Continuaram em silêncio, até ouvirem a gargalhada que Niall estava prendendo. Então caíram na risada. – Traidores! – falou, ofendido.
– Como você voltou pra casa? – Liam perguntou.
– Ela teve o mínimo de consideração e deixou um cartão com o número de um taxista.
– Isso vai entrar para a história!
– Não vai entrar pra porra nenhuma porque não vai sair dessa mesa, entenderam? – Louis disse, nervoso, e sentiu seu rosto ficar vermelho ao ouvir uma risadinha abafada atrás dele, aquela risadinha cínica e arrogante.
– Obrigada pela carona, Tomlinson! – disse e jogou a chave do carro em cima da mesa. – Foi muito gentil da sua parte! – falou baixo no ouvido do rapaz, que continuou de costas para ela.
– Agora eu vou ouvir a versão dela! – levantou-se, puxando a bolsa, e foi atrás da melhor amiga.
Louis encarava a chave de seu Audi à sua frente com a boca levemente aberta.
– ARGH! – resmungou, irritado, pegando a primeira bolsa que encontrou, e distribuía socos pela pobrezinha. – Eu odeio a Westwick!
– E eu tinha trazido banana e brownies... – disse, pegando a vítima de Louis e a abrindo, procurando pela sacola de papel em que seu almoço estava. – E agora é só pasta e farelo... – concluiu ao ver o que restara de sua futura refeição.
– Desculpa, , eu pago alguma coisa pra você mais tarde.
– Não se preocupa, Lou... Bem, acho que os rapazes tem muito o que conversar, eu vou jogar isso no lixo e procurar a Meester. Tchau, gente! – deu um beijo na bochecha do primo e saiu com a bolsa no ombro.
– Não consigo acreditar que você saiu mesmo com a ! – Zayn disse com a cabeça baixa, a balançando negativamente.
– Quem é ? Entre nós, a chamaremos por demônia, maldita, vadia, insuportável ou outra coisa que nos vier à mente! – Louis falava entre dentes, socando a mochila de Liam.
– Ok, acho melhor retirarmos tudo de cima da mesa! – o rapaz falou com ar de riso, tirando sua mochila das mãos de Louis.
– Ah, não... – Niall resmungou, encarando a tela de seu celular.
– O que foi, passarinho? – Harry lhe chamou pelo apelido ridículo que lhe deram porque ele vivia cantando pelos cantos.
– Já disse pra não me chamarem assim!
– E nós já dissemos que não ligamos para o que você quer! – Zayn sorria com as sobrancelhas arqueadas. – Mas fala aí o que aconteceu.
– É a April, ela quer comemorar nosso aniversário de cinco meses! – o irlandês falava, entediado. – Parece que eu tenho que planejar um jantar romântico.
– Você vai ganhar recompensa no fim da noite, não é como se fosse tudo em vão! – Liam dizia, rindo, e era acompanhado por Zayn e Harry. Apenas Louis estava em uma bolha, não prestando atenção ao que se passava. Provavelmente pensava em uma maneira de matar , lenta e dolorosamente.
– Niall, nós sabemos que você tem uma garotinha por dentro e gosta de relacionamentos – Harry brincava –, mas por que a Winster? Você já ficou com garotas mais atraentes, cara! – desenhava um violão com as mãos, representando o que dizia.
– Você já a viu nua? – o loiro perguntou, gesticulando, e o amigo negou. – Então cala a boca!
– E você, Lou, o que acha? – Zayn tentava tirar o amigo de seu transe. – April Winster?
– Tanto faz... – falou amargamente.
– E um jantar romântico?
– Cara, sei lá! Eu nunca tive namorada!
– Ótimo, o meu encontro está sendo discutido por quatro idiotas que passaram o resto de suas medíocres vidas sozinhos! – Niall passava as mãos pelos cabelos, os bagunçando.
– Não fala assim, Horan! – Louis disse, sério – Liam vai se ofender! – ria de sua piada e da cara que o amigo fazia.
– Bem, eu sou um cara legal com as mulheres quando preciso, diferente de vocês!
– Acho que, de todos nós, apenas vocês dois já estiveram em relacionamentos sérios. – Harry apontava para Niall e Liam.
– É porque eles têm uma vagina interior. – Louis disse, fazendo os amigos gargalharem. – Eles precisam de atenção!
– Vocês são estranhos, sério! Por que mesmo sou seu amigo? – Liam perguntava, de braços cruzados.
– Não aja como se não nos amasse, Payne! – Harry dizia, com o dedo em riste.
– Mas o namoro do Niall não conta! – Louis dizia, com um sorriso cerrado. Todos sabiam do que ele falava e o irlandês o encarava com medo de ele fizesse uma besteira.
– É verdade! Você tem um relacionamento aberto que a Winster acha que é fechado! – Zayn ria.
– Idiota!
– Me fala uma coisa, Niall: quando vamos conhecer a bela garota que te torna polígamo? – Harry zombava e Louis o encarava, sorrindo, com uma expressão engraçada e com vontade de dizer: "É a sua irmã, seu idiota!".
– Uhmmm... Deixa eu ver. – o loiro apoiava o cotovelo na mesa e a cabeça em sua mão. – Hoje é terça, tem festa no sábado e... NUNCA!
– Fala sério! Eu acho que a pobrezinha deve ser apresentada a nós e ver que existe coisa melhor que você! – Harry sorria maliciosamente.
– Harry, Harry, meu querido Harry! – Louis apertava suas bochechas, e ele deu um tapa nas mãos do amigo para que parasse. – Não fale besteiras! – sorria sugestivo e os garotos, exceto Niall, o encaravam, curiosos.
– Por que diz isso? – foi Liam quem perguntou.
– Nada! – respondeu rapidamente – Só estou comentando...
– Ok, provavelmente a colocou alguma coisa na bebida dele noite passada! – o loiro disse, querendo desesperadamente mudar de assunto.
– Tá, eu vou falar com a e com a . – Liam disse, levantando-se com a mochila em um dos ombros e saindo à procura das garotas.
– Agora que ele foi – Zayn falava, olhando o amigo se distanciar – Vamos falar do que importa!
– Que seria?... – Niall perguntou, sem entender.
– A aposta, seu idiota! – Harry respondeu e o loiro balançou a cabeça, confirmando.
– Meester é um demônio! – Zayn foi logo soltando e os rapazes riram levemente.
– E você, Louis? O que achou da Westwick depois de ter passado uma noite com ela? – o cacheado perguntava, encarando o amigo.
– Bem, eu descobri uma coisa nela que eu pensei que nunca iria! – falava, lembrando-se da noite passada e das risadas que tivera ao lado da ruiva. – O sorriso dela, o modo que arruma o cabelo e uma mania que ela tem de ficar coçando o nariz com o dedo indicador. Só me mostram que – falava sorrindo e imitava os movimentos da garota. Os rapazes não acreditavam no que ele dizia e estavam sérios, arregalando os olhos a cada palavra que saía de sua boca. Não acreditavam que Tomlinson havia reparado em tantos detalhes de Westwick! – Ela é um ser humano! – gritou e pôde ver seus amigos suspirarem aliviados, rindo depois. Pensavam que o garoto iria dizer o quão maravilhosa a garota era, contudo, estavam falando de Louis, e Louis nunca fala sério. – Não é um robô ou um alienígena sem coração! Ela tem um e eu vou conquistá-lo, meus queridos, porque Louis Tomlinson nunca perde uma aposta! – dizia, seguro de si, e os garotos bateram palmas pelo seu pequeno discurso.
– E como você pretende obter o coração da pobre garota em questão, senhor Tomlinson? – Niall perguntou.
– É simples, senhor Horan. – tinha a voz engrossada e os garotos riam de sua performance – Quantos namorados ela já teve?
– Sei lá!
– Não faço a menor ideia!
– Quatro é a resposta para nossa incógnita, meus caros! – tinha quatro dedos levantados para dar ênfase ao número, e Niall ainda ria da voz que Louis carregava.
– Como você sabe? – Zayn perguntou.
– Fiz meu dever de casa!
– Perguntou para as meninas ontem no boliche, não foi? – Harry adivinhou.
– Você tem que para com isso, cara! Sério! – Louis dissera, e o garota riu da expressão que ele carregava. –E u precisava fazer alguma coisa enquanto esperava minha vez de jogar! Enfim, foram quatro malucos, e sabem o porquê de ela ter terminado com todos eles? – os três garotos balançavam a cabeça negativamente. – Traída! Ela foi traída as quatro vezes!
– Talvez eles não eram tão malucos assim! – Harry disse e Louis riu de seu comentário.
– E o que isso tem a ver com a sua situação? – Niall não entendia o motivo de tanto rodeio.
– Simples: eu me aproximou dela e mostro que sou diferente dos outros com quem ela já esteve, a maldita se apaixona por mim. Porque se lembrem que, sim, ela tem um coração, e aí, HÁ! – gritou de repente, assustando o irlandês. – Westwick é minha por uma noite, ou por alguns minutos, não determinaram o tempo da transa, certo?! – Louis carregava um sorriso orgulhoso nos lábios e batia um high-five com Harry.
– Você levou quanto tempo bolando isso e preparando esse discurso? – Zayn perguntou, de braços cruzados.
– O tempo que o táxi levou pra chegar ao bar e me deixar em casa... – respondeu, lembrando-se tristemente da noite passada, e os amigos riram por lembrarem da história.
– Só tem um problema, campeão! – Zayn falava, com as sobrancelhas arqueadas – Você é exatamente igual aos caras, senão pior!
– Eu sei, babe! – o rapaz sorria e se esticou para passar a mão pelo rosto do amigo, que se esquivou, fazendo uma careta. – Mas eu vou mostrar pra aquela demônia que era tudo fofoca. Sabe como é, as pessoas falam demais. Acredita em mim, Malik, ela vai cair como um patinho na minha! – apontava para si e tinha certeza de que seu plano funcionaria.
– E você, Zayn, tem um plano pra conquistar a ? – Niall perguntou.
– Tô pensando seriamente em chegar estilo homem das cavernas, puxá-la pelos cabelos, trancá-la em um quarto e mostrar o que ela estava rejeitando todo esse tempo!
– Zayn, você é ridículo! – Harry falava, rindo com os amigos.
– Quer apostar que vai funcionar?
– Acho que nós fazemos muitas apostas... – o irlandês refletia nos fatos dos últimos dias. – Com certeza nós fazemos muitas apostas!
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estava sentada na arquibancada do grande ginásio do colégio Elton. A garota havia se inscrito para o time de vôlei e estava lá para fazer os testes físicos e saber se poderia competir novamente naquele ano. Ela amarrava o cadarço de seu tênis e tentava se lembrar o que trouxera para o almoço, quando viu alguém se aproximar e sentar-se ao seu lado. Não se deu ao trabalho de levantar o rosto e cumprimentar o indivíduo. Continuou arrumando seu tênis e suas meias, quando ouviu uma voz grave lhe chamar.
– Hilton, certo? – o rapaz com rosto perfeitamente desenhado, cabelos castanhos, olhos negros, um sorriso de dentes alinhados e charmoso lhe cumprimentava.
– Aham... – estava perdida no brilho daqueles olhos e se esquecera da habilidade de falar. Não sabia se o encarava nos olhos ou poderia vagar pelos músculos de seus braços.
– Eu sou novo aqui, mas já ouvi falar muito de você. – sorria, simpático, e a loira continuava em silêncio, admirando tal escultura.
– E você é?...
E lá se foram minutos e minutos de conversa. Joshua Swan era um atleta americano que havia se mudado para a Inglaterra devido ao trabalho de seu pai. O rapaz morava na Califórnia, e por este motivo possuía um tom de pele bronzeado. Durante o tempo que passaram juntos, ele contara para a garota que estava no ginásio para realizar os testes físicos para o time de vôlei e que, quando morava nos Estados Unidos, ele costumava jogar muito nas praias e também surfar.
estava encantada com o rapaz, porém o treinador Dempsen a chamara para iniciar o aquecimento e exercícios. Ao fim de seu teste, o treinador já lhe deu a notícia de que com certeza ela estaria no time naquele ano e a liberou para ir ao vestiário se arrumar, lhe dando o resto da aula vaga. No entanto, permanecer no ginásio para ver os testes dos rapazes pareceu uma opção muito mais agradável. E foi isso o que ela fez. Sentou-se na arquibancada como quem não queria nada, e fingia usar o celular, alheia a tudo o que acontecia ao seu redor. Outras garotas estavam ali também, com o mesmo intuito que o seu, todavia, ela não queria parecer desesperada, e por este motivo usava o iPhone, alternando seus olhos castanhos da tela para Joshua, que jogava, felizmente, na quadra.
Foi possível ouvir o sinal para o almoço soar por todo o colégio, e os alunos saíam de suas salas e se dirigiam para o refeitório ou a cantina. passara na sala de matemática para esperar por e as duas foram almoçar juntas. Estavam sentadas em uma mesa próxima a janela, uma de frente para a outra, e conversavam sobre o que acontecera nas aulas anteriores, quando chegou como um furacão.
– Tenho boas notícias! Tenho boas notícias! Tenho boas notícias! – a loira batia palmas e falava rápido.
– Respira, Hilton! – disse, rindo e acenando.
– O que aconteceu? – perguntou, também rindo de toda a animação de .
– Tenho um encontro! YEAH! – sorria feliz, com os braços erguidos.
– Com?...
– O homem mais bonito que já vi em toda minha vida. – suspirava com os olhos fechados e as mãos sobre o coração.
– Que seria? – Ortega perguntou, cansada de tanta enrolação.
– Joshua Swan, americano, bronzeado, sorriso lindo, divertido e ele estava de camiseta, mas tenho certeza de que tem um abdômen perfeito... – permanecia de olhos fechados e as amigas riam levemente de sua expressão calma e feliz. – Eu tenho um encontro! YEAH! – gritou de repente, erguendo os braços mais uma vez.
– Posso saber com quem? – Niall perguntou, atrás da garota, com uma bandeja nas mãos e Liam ao seu lado.
– O homem mais bonito que ela já vi em toda sua vida! – falava, imitando a maneira com que a loira lhe dissera antes, fazendo os amigos rirem, menos , que limitou-se a cruzar os braços e revirar os olhos, divertida, sentando ao seu lado.
– Joshua Swan, americano, bronzeado, sorriso lindo, divertido e ele estava de camiseta, mas ela tem certeza de que ele tem um abdômen PERFEITO... – entrara na brincadeira e os amigos riram mais uma vez, até mesmo Hilton. Todavia, isso não a impediu de dar um tapa de leve no ombro da amiga.
– Quem é esse, ? – Niall perguntou, se sentando ao lado de e a observando disfarçadamente pelo canto dos olhos. A garota abria um pote com morangos e, ao perceber que o rapaz a encarava, lhe jogou um no rosto.
– Sei lá... Sua amiga que chegou toda louca aqui gritando e fazendo propagando do Senhor Swen. – mordia o sanduíche que comprara na cantina, pois Louis havia literalmente socado o que a garota trouxera para comer.
– Swan. – a loira lhe corrigiu, a encarando, irritada, por ter errado o nome do rapaz, e deu de ombros. – E vocês não o conhecem, ele é novato.
– E Hilton vai sair com um novato? Não posso acreditar. Isso não é ruim pra sua imagem ou algo assim? – Liam perguntou.
– Que imagem? – a garota lhe encarava, sem entender.
– A imagem que você tem de garota perfeita, linda e popular, a queridinha do Eton! – falava, segurando seu garfo com duas mãos e sorrindo falsamente. – O que toda garota quer ser! Até descobrirem que você é irritante, aí ninguém vai querer ser igual a você! – disse com ar de riso, encarando a garota, que se fingia ofendida por suas palavras.
– Eu sou um amor, ok?! – disse, roubando um dos donuts do melhor amigo, que lhe deu um tapa na mão, tentando impedi-la. – E respondendo sua pergunta, Liam, o Joshua é tão, mas tão LINDO E PERFEITO, que acho difícil ele estragar a minha "imagem".
– Que imagem? – Zayn perguntou, sentando ao lado de Liam, e revirou os olhos pela presença do rapaz. Ao olhar para frente, viu a encarando com sua típica expressão de misericórdia. A mais velha bufou, querendo levantar-se e ir terminar sua refeição em outro lugar, mas ouvia tanto a amiga dizer que seria legal ela se dar bem com seu primo, que deu uma chance ao momento e continuou sentada.
– Imagem de princesinha do colégio. – Niall falava de boca cheia, e o moreno apenas confirmou.
– Tem mesmo! – disse e também pegou um donuts do amigo.
– Ah, qual é? – o garoto reclamou.
– Aprenda a dividir, Horan! – Zayn sorria por ver a decepção nos olhos do irlandês. – Eu tenho uma dúvida. Qual é a chance de um aluno, tipo eu, ter um caso com a professora gostosa da escola?
– Baixa. Eu espero... – se esticou sobre a mesa para encarar o primo, que a olhava sem emoção. – Que foi? É o que eu acho! – ele mantinha seu olhar tedioso sobre a garota, que voltou a sentar-se ereta, e Liam passou seu braço por seu ombro.
– Bem, espero que você não esteja falando da professora de matemática! – sorria, sugestiva, e Zayn tremeu da cabeça aos pés, por se lembrar da imagem da velha que deveria ter nascido no mesmo ano em que Monalisa fora pintada.
– Você sabe que estou falando da Celiny! – se referia à professora de história.
– Nenhuma, considerando que a senhorita Wayne tem cérebro! – sorria, sarcástica, de braços cruzados, encarando o rapaz, que se fingiu assustado ao ouvir sua voz.
– Nossa, Meester, não tinha te visto aí, porém é só você abrir a boca que sua voz irritante já é notada! – a garota virou o rosto para amiga e depois voltou para Zayn. Repetiu o movimento duas vezes e se levantou, segurando sua bandeja.
– ... – tentou argumentar, mas foi interrompida.
– Não sou obrigada a suportar isso, . Sei que é importante pra você, no entanto, seu primo é um imbecil e não se importa com o que você quer, assim como eu me importo! Se esse idiota – apontou para o moreno, que gritou um "EI" ao ser xingado pela segunda vez. – Não vai colaborar, eu não posso fazer nada! Com licença. – se virou para ir embora e, até então, não tinha reparado a presença de alguém atrás de si. Harry estava lá esperando a garota terminar seu discurso e, ao virar-se para deixar a mesa, ele deu um tapa em sua bandeja, fazendo-a virar por sobre a morena, fazendo uma mancha de molho em sua camisa branca e molhando seus sapatos com o suco.
– Seu imbecil! – gritou e o viu rir divertido, o que fez sua raiva triplicar.
– Ops! Desculpa, ! É que você é tão insignificante que eu nunca te vejo! – falou, sarcástico, e a garota tentava se controlar para não arremessá-lo pela janela. Ele ainda sorria quando abaixou seu olhar para sua bandeja e pôde ver um pote de pudim. Não pensou duas vezes e agarrou o pote, acertando-o no rosto e cabelo.
– Ops! – sorria alegremente, jogando o resto do pudim no chão e pisando duro. – Que lindo, cachinhos de chocolate!
– Ow, ow, OW! – Louis chegava e tentava acalmar os ânimos daqueles dois, que se encaravam vermelhos de raiva. O rapaz voltou-se para os amigos, que estavam com olhos arregalados e mãos atadas. – Que tal irmos nos limpar e esquecer do que aconteceu aqui?
Harry nem ao menos escutara o que o amigo falara. Pegou o copo de suco, jogando-o na garota à sua frente, que se esquivou, e o líquido seguiu seu caminho livremente até acertar ninguém mais, ninguém menos que Westwick, que se aproximava da mesa com ao seu lado.
– Ou podemos fazer isso... – Louis disse, analisando o estado da ruiva, temendo o que estava por vir.
– Qual é o seu maldito problema? – gritou enraivecida e, ao ouvir rir, fechou os olhos, contando até dez, porém ela não ia deixar barato.
– , não! – Louis gritou antes de ser acertado no rosto por purê de batatas.
– Posso saber o que está acontecendo aqui? – a voz do diretor foi ouvida próxima a eles e os dez não tiveram coragem de levantar o rosto e encarar o mais velho. – Os quatro para a minha sala! JÁ! – gritou por fim e deixou o refeitório, furioso por presenciar tal bagunça.
– O que tá fazendo? – perguntou naturalmente, como se nada tivesse acontecido. A garota se assustou com a abordagem repentina e quase deixou o iPhone cair no chão.
– Vai tomar no meio do seu cu! – respondeu, olhando no fundo dos olhos azuis do rapaz. Palavras ásperas saíram de sua boca, porém o tom utilizado fora totalmente calmo.
– Olha, em minha defesa, você estava tratando todo mundo muito mal lá dentro. – apontou para trás com o polegar. – Eu precisava te dar um choque de realidade.
– E O SEU CHOQUE DE REALIDADE ERA GRITAR COMIGO? – avançou no rapaz e distribuía socos em seu peito, fortes demais para uma garota, ele pensou. Louis cambaleou para trás e bateu na lateral de um carro ali parado. – NINGUÉM PODE ME MANDAR CALAR A BOCA, E NÃO ADMITO QUE GRITEM COMIGO!
– IGUAL VOCÊ TÁ FAZENDO AGORA? – gritou ainda mais alto, agarrando seus pulsos. lutava para se soltar e até mesmo tentou chutá-lo, mas ele desviou desajeitadamente. – Para com isso, eu vou ter que segurar mais forte e vou acabar te machucando. – se ela parou? Claro que não. Ela já tinha desistido de se soltar, mas continuava se mexendo só porque o rapaz havia pedido para que ela parasse. – PARA!
– JÁ DISSE PRA NÃO GRITAR COMIGO! – parou de se chacoalhar.
– CALA A BOCA!
– NÃO ME MANDA CALAR A BOCA!
– Cala a boca! – o rapaz disse baixo e, se ele não estivesse segurando os pulsos da ruiva, a garota teria lhe dado um soco no rosto.
– EU ODEIO VOCÊ! – esbravejou, tentando se livrar das mãos firmes do garoto, que não se abalava com seus movimentos bruscos.
Louis juntou as mãos da garota e as segurou com apenas uma das suas. Com a outra, tirou as chaves do carro do bolso de seu casaco e puxou até seu automóvel.
– Entra. – destrancou seu carro e abriu a porta do carona.
A ruiva, finalmente com os punhos soltos, cruzou os braços e disse claramente:
– Não!
– Entra.
– Não!
O rapaz passou as mãos pelo rosto, nervoso, e bagunçou os cabelos.
– Eu só quero te dar uma carona. Entra!
– Não! – sorriu ironicamente.
– Senhorita Westwick, poderia fazer o favor de entrar na merda do carro? – aumentou seu tom de voz no fim da frase.
A garota se aproximou dele a passos lentos para dizer mais uma vez:
– Não!
– Mas que menina teimosa! – puxou-a pelo braço e a jogou dentro do carro.
– EI, SEU FILHO DA PUTA, O QUE PENSA QUE TÁ FAZENDO? – gritou em alto e bom som, chamando a atenção de uma pobre família que passava pelo lugar. Foi possível ver a pequena menininha arregalar os olhos e a mãe tentar tapar os ouvidos das três crianças de uma só vez. – Socorro, eu tô sendo sequestrada! – batia no vidro do Audi e era encarada pela família, que estava estática.
– Minha namorada. – Louis sorriu, envergonhado, aproximando-se do homem. – TPM, sabe?
Sorria, balançando a cabeça, e o homem o acompanhou, pensando entender o que se passava ali.
– Não é nada de mais, crianças, está tudo bem. Boa sorte, filho! – antes de sair, deu uma olhada para o carro e pôde ver com os dedos do meio levantados para ele. Saiu sem jeito, empurrando seus filhos para longe dos dois malucos.
O rapaz viu o que havia acontecido e correu em direção ao Audi. Entrou, irritado, e bateu a porta com força, se arrependendo segundos mais tarde.
– Você assustou as crianças, que tipo de monstro é você? E foi mal educada com aquele cara, ele era legal, sabia? – arrumou o cinto de segurança, virando a chave na ignição. – Você deveria aprender boas maneiras. – deu a partida e a ruiva, que se irritou com suas palavras, distribuiu socos e tapas por seu ombro. – Sua louca, para com isso! Você quer que eu bata o carro? – encostou o carro e segurou os pulsos da garota, a endireitando no banco. – Coloca o cinto! – falou, ríspido, e não moveu um músculo. Suspirou, irritado, retirando seu cinto de segurança para colocar o dela, logo depois arrumando o seu novamente. – Você bate como uma garotinha. – riu de suas próprias palavras.
– Não me faça chutar suas bolas com tanta força que seus olhos saltarão da órbita por causa da dor. – falou entre dentes, olhando para frente com os braços cruzados.
– Adoro as nervosinhas. – piscou, sorrindo maliciosamente enquanto ela revirava os olhos.
Finalmente o moreno pôde dirigir em paz, sem a garota ficar lhe perturbando. Isso era claro por apenas dois minutos, pois tivera uma grande ideia. E lá estava ela, revirando o porta-luvas do Audi. O rapaz alternava seus olhos entre a estrada e a bagunça que ela fazia, jogando capas de CD, uma caixa de óculos de sol, embrulhos de chicletes e chocolates no chão. Os de camisinha, ela atirava em Louis. Apenas parou o que estava fazendo quando encontrou o que procurava, e o garoto gargalhou ao perceber o motivo do tal alvoroço. estava com papel e caneta em suas mãos e escrevia "HELP ME", para depois levantar a placa e grudá-la na janela.
– O que você pensa que está fazendo? – ele perguntou entre uma risada e outra.
– Cala a boca, isso não é da sua conta.
– OK...
Depois de quase dez minutos com a placa levantada e nenhum ser vivo lhe ajudar, amassou o papel e gritou, irritada:
– E se fosse um sequestro de verdade? – cruzou os braços e recostou as costas no banco. O rapaz mantinha um sorriso divertido nos lábios, o que a incomodava ainda mais. – Ãhn... Posso saber para onde está me levando? – a ruiva perguntou ao ver Louis seguir em frente na avenida e não virar a esquina que os levariam para a casa dela.
– To com vontade de beber alguma coisa e decidi que você vai comigo. – respondeu com um dos braços apoiado na porta, sem tirar os olhos da estrada.
– E desde quando VOCÊ decide meu destino?
– Desde que VOCÊ entrou no meu carro! – a encarou sem emoção no olhar.
– Apenas um detalhe, uma coisa mínima que você deve ter esquecido. – sorria, simpática, virando-se no banco para ficar de frente para o rapaz. – Você me jogou dentro dessa merda! – aumentou o tom de voz, fazendo Louis fechar os olhos pelo escândalo que ele sabia que ela faria. – Eu não quero estar aqui! Eu não quero ir pra porra de lugar nenhum com você. Eu odeio você. E eu quero ir para casa... AGORA! – enumerava as frases nos dedos e cada palavra que dizia falava mais alto. Estava tão nervosa que nem percebera que já haviam saído da grande avenida, iluminada e movimentada, e agora estavam em uma rua escura e abandonada.
– OK. Vamos fazer assim – estacionou o carro e destravou a porta. – Você pode voltar para casa daqui. – a garota olhou ao seu redor e se surpreendeu com a mudança de cenário. – Eu poderia te levar, mas seria contramão pra mim, e eu sei que poderia fazer isso por bondade – encarava a garota com sua melhor expressão de inocente, e quem não o conhecia poderia jurar que ele realmente era. – Porém, você foi incrivelmente CHATA a noite toda e gritou comigo quando eu tentei ser legal com você. – soltou o cinto de segurança dela, abriu sua porta e a empurrou para fora do carro. – E não fique com medo, essa não é a pior rua de Londres... É a terceira mais perigosa! – sorria, mostrando todos os dentes, se divertindo com a expressão que ela fazia. – São denunciados apenas uns treze estupros por noite, vinte assaltos a mão armada, alguns baleados, outras mortes. – seus braços estavam cruzados e ele encarava o volante à sua frente, recordando os dados. Enquanto isso, abraçava seu próprio corpo e olhava ao redor, tentando digerir todas as informações. – Ahhh, eu falei das brigas de gangues que tem aqui? Acho que não... Pois é, tem isso também. Então... boa noite! – fechou a porta de seu carro, que estava aberta até o momento, e a ruiva rapidamente sacou seu celular para ligar para um táxi. No entanto, estava sem bateria. Fechou os olhos, engolindo todos os palavrões, a ira e vontade de arremessar seu iPhone longe, que vinham à tona Virou-se para Louis e quase teve um ataque ao ver o sorriso cínico que ele sustentava.
– ARGH! – batia os pés com força no chão, em uma tentativa inútil de descontar sua raiva, e o rapaz gargalhava por sua atitude. abriu a porta a contragosto, se jogando no banco.
– Você não tinha que ir pra casa ou algo assim? – apontou para trás, prendendo o riso ao vê-la virar o rosto lentamente para ele.
– Apenas dirija. – disse, respirando e cruzando os braços. Fechou a cara e decidiu que não responderia as provocações do rapaz. Louis sorria com os lábios cerrados e voltou a dirigir.
O moreno apenas seguiu seu caminho por alguns metros e voltou a estacionar seu carro. Retirou o cinto de segurança, pegou o celular e a carteira e desceu do carro.
– Tá de brincadeira, né? – a garota perguntou quando ele abriu sua porta para que ela saísse.
– Ãhn... Não! Oh, eu te assustei com aquela história? – fingiu preocupação e ela arregalou os olhos. – Me desculpe! Não se preocupe, ok! Agora vem logo, que eu preciso beber alguma coisa.
– Eu não vou sair daqui! – se esticou para fechar sua porta novamente, mas Louis se colocou no meio.
– Vem logo.
– Não.
– Vem!
– Não!
– Para com isso, vem! – a puxou pelo braço.
– Não! – soltou-se e voltou a recostar as costas no banco.
– Você realmente não gosta de fazer o que te pedem ou isso é um privilégio só meu? – estava com os olhos cerrados, apontando para si e, para sua surpresa, sorriu minimamente. Todavia, tal sorriso fora repreendido assim que percebido pela garota.
– Você mesmo disse que essa é a terceira rua mais perigosa da cidade, eu não vou sair daqui!
– Tudo bem, se você acha que é mais seguro ficar aqui a entrar em um recinto com muitas pessoas e que podem te ajudar caso aconteça algo, quem sou eu pra te impedir? – levantou as mãos em rendição e virou-se de costas, caminhando até o bar. Sorriu ao ouvir a porta se fechar e parou de andar, esperando a ruiva. – Você não ia...
– Cala a boca! – disse pausadamente. Ela abraçava seu corpo pelo vento gelado e pelo medo que sentia. – Seu objetivo é me matar, jogar meu corpo sem vida naquela lixeira e depois ir para um bar beber em comemoração ao seu crime? – perguntava, séria, e Louis gargalhou.
– Até que não seria má ideia! – disse, passando a mão pelos cabelos, e não percebeu o olhar ofendido que lhe lançara. – Mas aí se alguém descobrisse, eu teria que me mudar para Butão, assumir uma nova identidade e viver da pesca. – falou, pensativo, e a garota mordeu os lábios com força, repreendendo o sorriso que forçava transparecer pela piada que ele fizera. O rapaz percebera sua atitude e a encarava sorrindo, sem mostrar os dentes. A única coisa que pensava era que, no final das contas, Westwick não era tão durona assim. A pedra de gelo que ele pensava que ela tinha no lugar de um coração podia ser derretida se ele atacasse da maneira certa e no momento oportuno.
– O que foi? – perguntou, incomodada, arqueando as sobrancelhas e empinando o nariz, assumindo novamente a pose de arrogante que ele tanto odiava.
– Nada. – disfarçou, falando rápido. – É só que eu me lembrei que odeio peixe!
– Você é um idiota, Tomlinson! – sorria de lado.
– Minhas primas costumavam dizer isso quando eu me recusava a brincar de casinha com elas, depois me batiam. E teve um dia que aquelas malditas me maquiaram e pintaram minhas unhas enquanto eu dormia. – balançava a cabeça negativamente, lembrando-se de tal ocasião deplorável. – Odeio reuniões de família!
– Você tem fotos disso, certo?
– Infelizmente, minha mãe deve ter, sim... E, se você for uma boa garota, eu deixo você ver! Quem sabe uma dia!
– Ótimo! – finalmente sorriu verdadeiramente, sem se incomodar.
– Você fica bonita assim, deveria tentar mais vezes, é melhor que aquela carranca que você vive...
– Você é insuportável mesmo, hein! – revirou os olhos e caminhou de volta ao carro.
– Tá, tá, espera! – colocou-se à sua frente, impedindo-a de concluir sua caminhada. – Já estamos aqui, vamos beber alguma coisa e aí eu te levo pra casa.
– Eu não tenho escolha, que isso fique bem claro! Não vou te seguir porque eu quero, é porque eu sou obrigada a ir, entendeu? – mantinha o dedo indicador riste.
– Tanto faz! Vamos? – apresentou o caminho à garota, que o encarava enraivecida e empinou o nariz antes de ir em direção à porta do bar. Louis, que se controlava para não xingá-la, fez uma careta quando a seguiu.
– Eu vi isso! – a ruiva disse sem olhar para trás, fazendo-o revirar os olhos e continuar.
O rapaz caminhou um pouco mais rápido que a garota para poder abrir a porta para que ela entrasse. se surpreendeu com o ambiente. Pouca iluminação, fumaça de cigarro, um leve cheiro de madeira, parecia até um local para as reuniões de máfias italianas.
– Pensei que lugares assim não existissem mais.– pensou alto.
– Tenho certeza de que pensou. – Louis falou logo atrás dela. – Vou pegar umas bebidas, vai se sentar em algum lugar e eu já te acho. – disse, indo em direção ao balcão.
– E como pensa que vai conseguir alguma coisa? Não estamos em uma festa de garagem, Tomlinson, você é menor de idade! – falou, o impedindo de continuar andando. Ele sacou a carteira e lhe apresentou um documento. – Identidade falsa? Quantos anos tem, de acordo com esse negócio? – dizia, com as sobrancelhas arqueadas.
– 22. – sorriu, debochado.
– E eu, 21. – também sorria.
– Tem identidade falsa?
– Não seja ridículo, claro que tenho! Mas geralmente nem a uso, os homens fazem qualquer coisa por um rostinho bonito. – se retirou em direção às mesas, deixando para trás um Louis que estava realmente se divertindo com toda a situação.
Indo para o bar, fez o pedido de duas cervejas e procurou por , mas nem sinal da garota. Depois de estar com o pedido em mãos, o moreno foi até as mesas e, mais uma vez, não a encontrou. Cogitou a possibilidade de perguntar a alguém pela garota, no entanto, no momento em que se dirigiu a um homem, pode vê-la apoiada numa mesa de sinuca, com um taco na mão, encarando o nada.
– Sinuca? Sério? – disse, apoiando-se ao seu lado. Entregou-lhe uma garrafa de cerveja e abriu a sua.
– Faz tanto tempo que não jogo, pensei que você poderia perder pra mim hoje! – sorria cínica, fazendo força para abrir sua bebida.
– Perder para você? Uma garota! Perder para você, uma garota, na sinuca? – gargalhou alto enquanto ela ainda tentava, sem sucesso, abrir a maldita garrafa. – Não diga besteiras, querida!
– Então, já que está tão certo que vai ganhar, joga comigo. – falava pausadamente, ainda lutando contra a tampa da garrafa. Louis a encarou com uma sobrancelha erguida e tomou de suas mãos a bebida, a abrindo sem nenhum esforço aparente, lhe devolvendo em seguida. Os dois se olhavam nos olhos, tentando, em vão, ler os pensamentos um do outro. O rapaz cogitava a possibilidade de jogar e a garota se perguntava por qual razão estava naquele lugar.
Louis se colocou de frente para e pôs sua bebida sobre a madeira da mesa. Escondeu as mãos dentro dos bolsos do jeans e continuou a encarando, pensando no próximo passo. A ruiva, por sua vez, arqueou as sobrancelhas, como que fazendo uma pergunta silenciosamente.
– Não vai dizer "obrigada"? – ele disse, apontando para a bebida dela, e a garota se pôs a observar as unhas. – Não? Nada? Ok... Vou pegar meu taco.
Louis escolheu um taco e, ora ou outra, encarava disfarçadamente pelo canto dos olhos enquanto arrumava as bolas para o início do jogo. A garota estava alheia a seus movimentos e bebia sua cerveja sem se preocupar com o que acontecia ao redor. Logo após endireitar a bolo branca um pouco distante das outras, o rapaz fez sua jogada e conseguiu derrubar uma na caçapa. Virou-se para sua adversária com um sorriso orgulhoso nos lábios e, com um aceno de mão, ela o disse para continuar. Ele analisa a situação do jogo, dando algumas voltas pela mesa, fazendo-a revirar os olhos, e finalmente se curvou para a próxima tacada, que encaçapou, com louvor, mais duas bolas. O sorriso de orgulho que ele tinha em seus lábios estava começando a incomodar , que mantinha sua pose indiferente ao que se passava ali. O rapaz tentaria sua terceira jogada, porém não conseguiu derrubar nenhuma, havia batido com muita força na pobre bola quatro, e esta se recusou a ser encaçapada. Acabou batendo na parede da mesa e se distanciando de seu destino.
– Sua vez. Resolvi te dar uma chance. – o garoto dizia, sorrindo, apoiado em seu taco.
– Quais são as minhas? – ela se aproximou da mesa, colocando suas mãos sobre o móvel e dando uma olhada no jogo.
– De nove pra cima. – falava divertido. Estava curioso para vê-la jogar, era sempre tão segura de si, mostrava ter sempre tanta certeza de que era boa em tudo o que fazia, que o rapaz estava começando a ficar curioso se ela era realmente tudo aquilo.
– Ok... – disse, imitando os movimentos anteriores de Louis. Deu algumas voltas na mesa e se curvou para fazer sua jogada e, para a felicidade do garoto, ela estava de costas para ele, então ele teve ótimos segundos apreciando a vista. Porém, seu devaneio fora interrompido pelos gritinhos abafado da ruiva, que comemorava sua bela tacada. – Matei duas, Tomlinson. – sorria convencida e pôde vê-lo deixar seu queixo cair.
– Como?
– Isso mesmo! Matei duas bolas. O que significa que sou eu mais uma vez.
Dirigiu-se para o outro lado da mesa e Louis não tivera tempo de raciocinar quando a ouviu comemorar mais uma bela tacada, o que aconteceu mais duas vezes, até ela errar, o que significava que faltava apenas mais duas bolas para ela e quatro para ele.
– Você realmente sabe jogar! – dizia, abismado. – Você não estava blefando! Foram cinco bolas encaçapadas... CINCO! – fazia o número cinco com a mão, se aproximando da garota.
– É claro que eu não estava blefando, blefe é para quando jogamos pôquer!
– Sabe jogar pôquer?
– Não sou a melhor do mundo, mas melhor que você, isso com certeza! – a ruiva disse com sua típica pose arrogante.
O jogo continuou e revoltado com o resultado Louis exigiu mais um, após perder novamente os dois decidiram – na verdade quem decidiu, e obrigou o rapaz a aceitar sua ordem, caso contrário, espalharia para todo o colégio que ele havia perdido para ela na sinuca, duas vezes! – que seria melhor apenas sentar bebendo alguma coisa e conversar, ou apenas sentar e beber, porque em treze minutos que eles estavam sentados lado a lado nenhum havia aberto a boca.
– Então... Ãhn, tipo? – o moreno se pronunciava pela primeira vez – Último ano, hein! – esperava que a garota falasse algo, para que surgisse um diálogo, todavia ela apenas o encarava tediosa. – Sabe o que vai fazer na faculdade? – tentou mais uma vez.
A única coisa que Louis pensava era por qual maldito motivo havia aceitado aquela maldita aposta. Nunca era tão difícil conversar com uma garota, geralmente ele apenas a cumprimentava, eles trocavam algumas palavras e ela já estava encantada com toda a Magia Tomlinson, como ele costumava chamar nas brincadeiras com os amigos. Pensava que alguém poderia reconhecer seu esforço e lhe pagar a aposta sem necessariamente levar a Senhorita Valentona para a cama, mas estava dividido, pois a cada momento que respondia suas provocações a altura e empinava aquele narizinho irritante, tudo ficava mais interessante, e concluir a aposta serviria para ela engolir toda aquela arrogância que ela tinha.
– Não tenho certeza ainda. – respondeu sem virar-se para ele, continuava encarando a garrafa de cerveja à sua frente. – Alguma coisa na área das humanas com absoluta certeza.
Ela não perguntara o que ele cursaria, mas ele achara bom dizer de qualquer forma, para tentar continuar a conversa:
– Vou fazer MBA.
– Uhmm... Que bom pra você. – levou seus olhos para o garoto. – Vai administrar as empresas do papai então.
– Alguém tem que fazer, né! Acho bom que seja o herdeiro.
– E se você não carregasse o nome Tomlinson? – perguntou de repente, apoiando os cotovelos na mesa, desencostando-se da cadeira.
– Quê? – respondeu com outra pergunta, sem entender o que ela queria, e a ruiva revirou os olhos.
– E se você não tivesse a empresa da sua família? O que faria? Onde trabalharia? Cursaria MBA?... O que seria, Tomlinson? – sorria maleficamente, vendo que havia encurralado-o.
Ele nunca havia pensado nisso porque simplesmente não precisava! Toda a sua vida seu pai lhe dizia que ele seria ótimo no que faria e era óbvio que se referia às empresas da família. Já possuía o futuro certo, e gostava do que via quando pensava em como seria daqui dez ou quinze anos, um grande homem de negócios e apenas isso.
– Bem... Eu nunca pensei nisso! – refletiu nas palavras da garota.
– Então pense agora – voltou-se a recostar a costas na cadeira e cruzou os braços. Louis pensou ver um sorriso mínimo em seu rosto, sem resquícios de arrogância, apenas um sorriso cerrado. Todavia, preferiu não a encarar demais.
– Ok... Uhmm... – apoiou o queixo em uma das mãos e batia o indicador nos lábios. – Em que contexto eu vivo?
– Você é um adolescente inglês de 17 anos, filho de uma ex-atriz de teatro e um palhaço de circo. – disse a primeira coisa que lhe veio à mente.
– Quê? De onde você tirou isso? – riu de sua ideia maluca.
– Tenho uma imaginação fértil. Agora me diga, o que faria da sua vida, pequeno Anthony?
– Anthony?
– Sim, decidi que seu novo nome é Anthony. – ria, dando um gole em sua bebida.
– Tá bom, vejamos, teatro e circo... Eu sei cantar? – perguntou de repente, com os olhos cerrados.
– O que isso vai influenciar na sua vida?
– Acredite em mim, MUITO! Agora me diga, eu canto?
– Tá, eu deixo você cantar!
– Legal... – sorriu sozinho, pensando em algumas coisas, e a garota fez um sinal impaciente com as mãos para que continuasse. – Oh, então, eu provavelmente trabalharia em alguma coisa que envolvesse atuar. Como via minha mãe atuando e meu pai divertindo as pessoas no picadeiro, eu acho que...
– Quem disse que você conheceu seu pai?
– Por que eu não conheceria meu pai? – perguntou, juntando as sobrancelhas.
– Seu pai morreu no dia em que você nasceu. – a garota disse simplesmente com a maior naturalidade, e o rapaz a lançou um olhar perplexo.
– Você quis dizer a minha mãe?
– Não, eu quis dizer o seu pai! Ele foi atropelado quando estava indo ao hospital para conhecer o filhão. – balançava a cabeça negativamente com uma expressão triste – Ele foi atravessar a rua do hospital e foi atropelado por uma ambulância. – a garota falava séria, com uma das mãos sobre a boca, e Louis ria da história bizarra e de sua performance. – Os paramédicos não chegaram a tempo...
– Em frente ao hospital? – perguntou, com ar de riso, enquanto ela já gargalhava. – Ok... – ria junto com a ruiva. – Então eu presenciei apenas a minha mãe atuar e...
– Você nunca viu sua mãe atuar! – ela falou e esperou que ele retrucasse, porém o garoto apenas cruzou os braços e esperou uma nova maluquice sair de sua boca. – Sua mãe foi trabalhar em outra coisa pra conseguir sustentar a casa sozinha. Eu disse que ela era uma ex-atriz.
– Acho que já chega de cerveja pra você... – falou sério, fazendo-a rir. – Mas eu sei cantar, certo? – ela balançou a cabeça positivamente. – Tá bom, eu acho que... Provavelmente eu... eu não tenho a mínima ideia do que faria! – falou, se rendendo.
– É uma posição difícil, mas você se sairia bem, Anthony! – sorriu em forma de incentivo, lhe dando tapinhas no ombro.
– Tá bom...
Aquilo era realmente estranho. Eles estavam conversando a meia hora e não haviam tentado se matar ainda. É claro que o sarcasmo não havia deixado o ambiente e os dois continuavam se provocando, no entanto, riam da maioria das piadas que um levantava sobre o outro. Conversavam sobre um futuro que nunca chegaria e zombavam de algumas pessoas que estavam ao seu redor.
No meio do diálogo, Louis levantou-se e disse que pegaria mais cervejas para os dois. Até que a noite não estava sendo horrível, e ele descobrira um lado de que pensara não existir, sempre ouvia alguma pessoas dizendo que ela era engraçada e divertida, porém nunca tentara se aproximar dela senão para irritá-la, e agora que haviam conversado há um bom tempo, concluiu que ela não era tão ruim assim e, sim, era possível conversar com ela civilizadamente!
Do outro lado do bar, a ruiva tinha o mesmo raciocínio. Estava até que se divertindo ao lado daquele que tanto desprezou, lhe permitira, pela primeira vez em toda a sua vida, rir das piadas do moreno. E de repente, algo lhe veio à mente. O garoto nunca fora legal para com ela e nunca iria convidá-la para uma cerveja se não ganhasse algo em troca; ele queria algo maior no fim da noite, e a garota decidiu que não ficaria ali para descobrir o que era. Por isso, não pensou duas vezes quando se levantou, pegou as chaves do Audi e se dirigiu para a saída discretamente.
A manhã estava fria, o céu, nublado, e os pássaros não cantavam alegremente. Os alunos do Eton estavam chegando pouco a pouco. Alguns entravam pelos portões principais do grande colégio e outros ocupavam o gramado, que ficava em frente à escola.
Harry, Liam, Niall, Zayn, e conversavam, sentados em uma mesa próxima ao estacionamento.
– A cor laranja tem esse nome porque a fruta é laranja, ou a laranja é laranja por causa da cor laranja? – perguntou, com as sobrancelhas juntas e os olhos cerrados.
– Eu acho que a fruta se chama laranja por causa da cor laranja. – Niall lhe respondeu, como sempre dando ouvidos a suas maluquices.
– Ou não! – Zayn disse – A cor laranja pode ter esse nome por causa da fruta. – sorriu ao ver a expressão de confusa que a menina fazia.
– Essa pergunta é tão idiota quanto “quem veio primeiro, o ovo ou a galinha?” – Harry falava ríspido.
– É uma dúvida minha e eu queria compartilhar com meus amigos, com licença? – a mais nova se ofendeu e Niall a abraçou de lado.
– Mas até que é uma pergunta interessante! – falava, pensativa.
– É claro que é! – sorriu orgulhosa de si.
– Olha que vem aí! – Liam levantou os braços ao céu – Quase ligamos para a polícia, sabia? – perguntou a Louis, que chegava mal humorado, jogando a mochila em cima da mesa e sentando-se ao lado de Harry.
– Cadê a ? – perguntou inocentemente, e se arrependeu assim que fechara a boca.
– Sei lá, daquela demônia! – o moreno respondeu, irritado.
– Vemos que tiveram uma ótima noite na companhia um do outro! – Zayn falava rindo, junto com Harry e Niall.
– Nossa, Malik, você é muito engraçado, por que não faz Stand Up?
– O que aconteceu, Lou? – perguntou delicadamente, segurando a mão do rapaz.
– Eu a levei pra aquele bar que eu gosto, sabe aquele? – se virou para os garotos, que sabiam ao o que ele se referia. – Bebemos algumas cervejas, conversamos um pouco...
– Você não tá se esquecendo de uma parte? – Niall perguntou, mexendo nos cabelos de , e Louis não disse nada, apenas o encarou, esperando que terminasse. – A parte que ela gritou com você, e eu tenho certeza de que foi muito engraçado.
– Idiota! Sim, ela bateu em mim, se recusou a entrar no carro e eu a joguei lá dentro. Uma família passava, ela mostrou o dedo do meio para o cara e fez uma placa escrito "socorro". Eu a joguei para fora do carro quando ela começou a gritar comigo, depois ela entrou de novo. Quando chegamos ao bar, ela se recusou a sair do carro e a convenci a sair e finalmente fomos beber algo. – falou rápido, encarando suas mãos, que gesticulavam abertamente, e os amigos o encaravam; as meninas, com os olhos cerrados, e os rapazes, rindo ora ou outra. – Satisfeito?
– Sim, pode continuar. – Niall respondeu com ar de riso.
– Nós jogamos sinuca e...
– Ela sabe jogar sinuca? – Zayn perguntou com os braços cruzados, apoiando-os em cima da mesa.
– Sim, ela sabe, sabe até demais!
– Ela ganhou de você, não foi? – Harry adivinhou, dando tapinhas no ombro de Louis.
– Duas vezes... – falou, levantando dois dedos, e abaixou a cabeça, escondendo o rosto.
– Vocês só jogaram duas vezes, não foi? – Harry adivinhou mais uma vez e Louis levantou o polegar para respondê-lo.
– Pobrezinho! – fazia biquinho e se esticava para fazer um cafuné nos cabelos do rapaz. Ele, por sua vez, abraçou Liam de lado e apoiou a cabeça no ombro do amigo, que ficou imóvel e virou o rosto para ele com os olhos cerrados.
– Depois de jogarmos...
– Depois de você perder para uma garota na sinuca. – Niall o corrigiu.
– Eu vou bater em você, irlandês! – falou, sério, com os olhos fechados, fazendo as duas meninas e Niall rirem. – Depois de jogarmos, nós nos sentamos e ficamos conversando. Eu pensei que tudo estava indo bem, e aí fui pegar mais umas cervejas pra gente. Quando eu voltei pra mesa, ela... – parou de falar e deu um soco no ar.
– Ela?... – o incentivou a continuar.
– Ela não estava mais lá! Westwick fugiu, e levou MEU carro junto! – falou, nervoso, e todos o encaravam sérios, quietos, não mexeram um músculo, afinal, qualquer um sabia que ninguém tocava no volante do Audi. Continuaram em silêncio, até ouvirem a gargalhada que Niall estava prendendo. Então caíram na risada. – Traidores! – falou, ofendido.
– Como você voltou pra casa? – Liam perguntou.
– Ela teve o mínimo de consideração e deixou um cartão com o número de um taxista.
– Isso vai entrar para a história!
– Não vai entrar pra porra nenhuma porque não vai sair dessa mesa, entenderam? – Louis disse, nervoso, e sentiu seu rosto ficar vermelho ao ouvir uma risadinha abafada atrás dele, aquela risadinha cínica e arrogante.
– Obrigada pela carona, Tomlinson! – disse e jogou a chave do carro em cima da mesa. – Foi muito gentil da sua parte! – falou baixo no ouvido do rapaz, que continuou de costas para ela.
– Agora eu vou ouvir a versão dela! – levantou-se, puxando a bolsa, e foi atrás da melhor amiga.
Louis encarava a chave de seu Audi à sua frente com a boca levemente aberta.
– ARGH! – resmungou, irritado, pegando a primeira bolsa que encontrou, e distribuía socos pela pobrezinha. – Eu odeio a Westwick!
– E eu tinha trazido banana e brownies... – disse, pegando a vítima de Louis e a abrindo, procurando pela sacola de papel em que seu almoço estava. – E agora é só pasta e farelo... – concluiu ao ver o que restara de sua futura refeição.
– Desculpa, , eu pago alguma coisa pra você mais tarde.
– Não se preocupa, Lou... Bem, acho que os rapazes tem muito o que conversar, eu vou jogar isso no lixo e procurar a Meester. Tchau, gente! – deu um beijo na bochecha do primo e saiu com a bolsa no ombro.
– Não consigo acreditar que você saiu mesmo com a ! – Zayn disse com a cabeça baixa, a balançando negativamente.
– Quem é ? Entre nós, a chamaremos por demônia, maldita, vadia, insuportável ou outra coisa que nos vier à mente! – Louis falava entre dentes, socando a mochila de Liam.
– Ok, acho melhor retirarmos tudo de cima da mesa! – o rapaz falou com ar de riso, tirando sua mochila das mãos de Louis.
– Ah, não... – Niall resmungou, encarando a tela de seu celular.
– O que foi, passarinho? – Harry lhe chamou pelo apelido ridículo que lhe deram porque ele vivia cantando pelos cantos.
– Já disse pra não me chamarem assim!
– E nós já dissemos que não ligamos para o que você quer! – Zayn sorria com as sobrancelhas arqueadas. – Mas fala aí o que aconteceu.
– É a April, ela quer comemorar nosso aniversário de cinco meses! – o irlandês falava, entediado. – Parece que eu tenho que planejar um jantar romântico.
– Você vai ganhar recompensa no fim da noite, não é como se fosse tudo em vão! – Liam dizia, rindo, e era acompanhado por Zayn e Harry. Apenas Louis estava em uma bolha, não prestando atenção ao que se passava. Provavelmente pensava em uma maneira de matar , lenta e dolorosamente.
– Niall, nós sabemos que você tem uma garotinha por dentro e gosta de relacionamentos – Harry brincava –, mas por que a Winster? Você já ficou com garotas mais atraentes, cara! – desenhava um violão com as mãos, representando o que dizia.
– Você já a viu nua? – o loiro perguntou, gesticulando, e o amigo negou. – Então cala a boca!
– E você, Lou, o que acha? – Zayn tentava tirar o amigo de seu transe. – April Winster?
– Tanto faz... – falou amargamente.
– E um jantar romântico?
– Cara, sei lá! Eu nunca tive namorada!
– Ótimo, o meu encontro está sendo discutido por quatro idiotas que passaram o resto de suas medíocres vidas sozinhos! – Niall passava as mãos pelos cabelos, os bagunçando.
– Não fala assim, Horan! – Louis disse, sério – Liam vai se ofender! – ria de sua piada e da cara que o amigo fazia.
– Bem, eu sou um cara legal com as mulheres quando preciso, diferente de vocês!
– Acho que, de todos nós, apenas vocês dois já estiveram em relacionamentos sérios. – Harry apontava para Niall e Liam.
– É porque eles têm uma vagina interior. – Louis disse, fazendo os amigos gargalharem. – Eles precisam de atenção!
– Vocês são estranhos, sério! Por que mesmo sou seu amigo? – Liam perguntava, de braços cruzados.
– Não aja como se não nos amasse, Payne! – Harry dizia, com o dedo em riste.
– Mas o namoro do Niall não conta! – Louis dizia, com um sorriso cerrado. Todos sabiam do que ele falava e o irlandês o encarava com medo de ele fizesse uma besteira.
– É verdade! Você tem um relacionamento aberto que a Winster acha que é fechado! – Zayn ria.
– Idiota!
– Me fala uma coisa, Niall: quando vamos conhecer a bela garota que te torna polígamo? – Harry zombava e Louis o encarava, sorrindo, com uma expressão engraçada e com vontade de dizer: "É a sua irmã, seu idiota!".
– Uhmmm... Deixa eu ver. – o loiro apoiava o cotovelo na mesa e a cabeça em sua mão. – Hoje é terça, tem festa no sábado e... NUNCA!
– Fala sério! Eu acho que a pobrezinha deve ser apresentada a nós e ver que existe coisa melhor que você! – Harry sorria maliciosamente.
– Harry, Harry, meu querido Harry! – Louis apertava suas bochechas, e ele deu um tapa nas mãos do amigo para que parasse. – Não fale besteiras! – sorria sugestivo e os garotos, exceto Niall, o encaravam, curiosos.
– Por que diz isso? – foi Liam quem perguntou.
– Nada! – respondeu rapidamente – Só estou comentando...
– Ok, provavelmente a colocou alguma coisa na bebida dele noite passada! – o loiro disse, querendo desesperadamente mudar de assunto.
– Tá, eu vou falar com a e com a . – Liam disse, levantando-se com a mochila em um dos ombros e saindo à procura das garotas.
– Agora que ele foi – Zayn falava, olhando o amigo se distanciar – Vamos falar do que importa!
– Que seria?... – Niall perguntou, sem entender.
– A aposta, seu idiota! – Harry respondeu e o loiro balançou a cabeça, confirmando.
– Meester é um demônio! – Zayn foi logo soltando e os rapazes riram levemente.
– E você, Louis? O que achou da Westwick depois de ter passado uma noite com ela? – o cacheado perguntava, encarando o amigo.
– Bem, eu descobri uma coisa nela que eu pensei que nunca iria! – falava, lembrando-se da noite passada e das risadas que tivera ao lado da ruiva. – O sorriso dela, o modo que arruma o cabelo e uma mania que ela tem de ficar coçando o nariz com o dedo indicador. Só me mostram que – falava sorrindo e imitava os movimentos da garota. Os rapazes não acreditavam no que ele dizia e estavam sérios, arregalando os olhos a cada palavra que saía de sua boca. Não acreditavam que Tomlinson havia reparado em tantos detalhes de Westwick! – Ela é um ser humano! – gritou e pôde ver seus amigos suspirarem aliviados, rindo depois. Pensavam que o garoto iria dizer o quão maravilhosa a garota era, contudo, estavam falando de Louis, e Louis nunca fala sério. – Não é um robô ou um alienígena sem coração! Ela tem um e eu vou conquistá-lo, meus queridos, porque Louis Tomlinson nunca perde uma aposta! – dizia, seguro de si, e os garotos bateram palmas pelo seu pequeno discurso.
– E como você pretende obter o coração da pobre garota em questão, senhor Tomlinson? – Niall perguntou.
– É simples, senhor Horan. – tinha a voz engrossada e os garotos riam de sua performance – Quantos namorados ela já teve?
– Sei lá!
– Não faço a menor ideia!
– Quatro é a resposta para nossa incógnita, meus caros! – tinha quatro dedos levantados para dar ênfase ao número, e Niall ainda ria da voz que Louis carregava.
– Como você sabe? – Zayn perguntou.
– Fiz meu dever de casa!
– Perguntou para as meninas ontem no boliche, não foi? – Harry adivinhou.
– Você tem que para com isso, cara! Sério! – Louis dissera, e o garota riu da expressão que ele carregava. –E u precisava fazer alguma coisa enquanto esperava minha vez de jogar! Enfim, foram quatro malucos, e sabem o porquê de ela ter terminado com todos eles? – os três garotos balançavam a cabeça negativamente. – Traída! Ela foi traída as quatro vezes!
– Talvez eles não eram tão malucos assim! – Harry disse e Louis riu de seu comentário.
– E o que isso tem a ver com a sua situação? – Niall não entendia o motivo de tanto rodeio.
– Simples: eu me aproximou dela e mostro que sou diferente dos outros com quem ela já esteve, a maldita se apaixona por mim. Porque se lembrem que, sim, ela tem um coração, e aí, HÁ! – gritou de repente, assustando o irlandês. – Westwick é minha por uma noite, ou por alguns minutos, não determinaram o tempo da transa, certo?! – Louis carregava um sorriso orgulhoso nos lábios e batia um high-five com Harry.
– Você levou quanto tempo bolando isso e preparando esse discurso? – Zayn perguntou, de braços cruzados.
– O tempo que o táxi levou pra chegar ao bar e me deixar em casa... – respondeu, lembrando-se tristemente da noite passada, e os amigos riram por lembrarem da história.
– Só tem um problema, campeão! – Zayn falava, com as sobrancelhas arqueadas – Você é exatamente igual aos caras, senão pior!
– Eu sei, babe! – o rapaz sorria e se esticou para passar a mão pelo rosto do amigo, que se esquivou, fazendo uma careta. – Mas eu vou mostrar pra aquela demônia que era tudo fofoca. Sabe como é, as pessoas falam demais. Acredita em mim, Malik, ela vai cair como um patinho na minha! – apontava para si e tinha certeza de que seu plano funcionaria.
– E você, Zayn, tem um plano pra conquistar a ? – Niall perguntou.
– Tô pensando seriamente em chegar estilo homem das cavernas, puxá-la pelos cabelos, trancá-la em um quarto e mostrar o que ela estava rejeitando todo esse tempo!
– Zayn, você é ridículo! – Harry falava, rindo com os amigos.
– Quer apostar que vai funcionar?
– Acho que nós fazemos muitas apostas... – o irlandês refletia nos fatos dos últimos dias. – Com certeza nós fazemos muitas apostas!
estava sentada na arquibancada do grande ginásio do colégio Elton. A garota havia se inscrito para o time de vôlei e estava lá para fazer os testes físicos e saber se poderia competir novamente naquele ano. Ela amarrava o cadarço de seu tênis e tentava se lembrar o que trouxera para o almoço, quando viu alguém se aproximar e sentar-se ao seu lado. Não se deu ao trabalho de levantar o rosto e cumprimentar o indivíduo. Continuou arrumando seu tênis e suas meias, quando ouviu uma voz grave lhe chamar.
– Hilton, certo? – o rapaz com rosto perfeitamente desenhado, cabelos castanhos, olhos negros, um sorriso de dentes alinhados e charmoso lhe cumprimentava.
– Aham... – estava perdida no brilho daqueles olhos e se esquecera da habilidade de falar. Não sabia se o encarava nos olhos ou poderia vagar pelos músculos de seus braços.
– Eu sou novo aqui, mas já ouvi falar muito de você. – sorria, simpático, e a loira continuava em silêncio, admirando tal escultura.
– E você é?...
E lá se foram minutos e minutos de conversa. Joshua Swan era um atleta americano que havia se mudado para a Inglaterra devido ao trabalho de seu pai. O rapaz morava na Califórnia, e por este motivo possuía um tom de pele bronzeado. Durante o tempo que passaram juntos, ele contara para a garota que estava no ginásio para realizar os testes físicos para o time de vôlei e que, quando morava nos Estados Unidos, ele costumava jogar muito nas praias e também surfar.
estava encantada com o rapaz, porém o treinador Dempsen a chamara para iniciar o aquecimento e exercícios. Ao fim de seu teste, o treinador já lhe deu a notícia de que com certeza ela estaria no time naquele ano e a liberou para ir ao vestiário se arrumar, lhe dando o resto da aula vaga. No entanto, permanecer no ginásio para ver os testes dos rapazes pareceu uma opção muito mais agradável. E foi isso o que ela fez. Sentou-se na arquibancada como quem não queria nada, e fingia usar o celular, alheia a tudo o que acontecia ao seu redor. Outras garotas estavam ali também, com o mesmo intuito que o seu, todavia, ela não queria parecer desesperada, e por este motivo usava o iPhone, alternando seus olhos castanhos da tela para Joshua, que jogava, felizmente, na quadra.
Foi possível ouvir o sinal para o almoço soar por todo o colégio, e os alunos saíam de suas salas e se dirigiam para o refeitório ou a cantina. passara na sala de matemática para esperar por e as duas foram almoçar juntas. Estavam sentadas em uma mesa próxima a janela, uma de frente para a outra, e conversavam sobre o que acontecera nas aulas anteriores, quando chegou como um furacão.
– Tenho boas notícias! Tenho boas notícias! Tenho boas notícias! – a loira batia palmas e falava rápido.
– Respira, Hilton! – disse, rindo e acenando.
– O que aconteceu? – perguntou, também rindo de toda a animação de .
– Tenho um encontro! YEAH! – sorria feliz, com os braços erguidos.
– Com?...
– O homem mais bonito que já vi em toda minha vida. – suspirava com os olhos fechados e as mãos sobre o coração.
– Que seria? – Ortega perguntou, cansada de tanta enrolação.
– Joshua Swan, americano, bronzeado, sorriso lindo, divertido e ele estava de camiseta, mas tenho certeza de que tem um abdômen perfeito... – permanecia de olhos fechados e as amigas riam levemente de sua expressão calma e feliz. – Eu tenho um encontro! YEAH! – gritou de repente, erguendo os braços mais uma vez.
– Posso saber com quem? – Niall perguntou, atrás da garota, com uma bandeja nas mãos e Liam ao seu lado.
– O homem mais bonito que ela já vi em toda sua vida! – falava, imitando a maneira com que a loira lhe dissera antes, fazendo os amigos rirem, menos , que limitou-se a cruzar os braços e revirar os olhos, divertida, sentando ao seu lado.
– Joshua Swan, americano, bronzeado, sorriso lindo, divertido e ele estava de camiseta, mas ela tem certeza de que ele tem um abdômen PERFEITO... – entrara na brincadeira e os amigos riram mais uma vez, até mesmo Hilton. Todavia, isso não a impediu de dar um tapa de leve no ombro da amiga.
– Quem é esse, ? – Niall perguntou, se sentando ao lado de e a observando disfarçadamente pelo canto dos olhos. A garota abria um pote com morangos e, ao perceber que o rapaz a encarava, lhe jogou um no rosto.
– Sei lá... Sua amiga que chegou toda louca aqui gritando e fazendo propagando do Senhor Swen. – mordia o sanduíche que comprara na cantina, pois Louis havia literalmente socado o que a garota trouxera para comer.
– Swan. – a loira lhe corrigiu, a encarando, irritada, por ter errado o nome do rapaz, e deu de ombros. – E vocês não o conhecem, ele é novato.
– E Hilton vai sair com um novato? Não posso acreditar. Isso não é ruim pra sua imagem ou algo assim? – Liam perguntou.
– Que imagem? – a garota lhe encarava, sem entender.
– A imagem que você tem de garota perfeita, linda e popular, a queridinha do Eton! – falava, segurando seu garfo com duas mãos e sorrindo falsamente. – O que toda garota quer ser! Até descobrirem que você é irritante, aí ninguém vai querer ser igual a você! – disse com ar de riso, encarando a garota, que se fingia ofendida por suas palavras.
– Eu sou um amor, ok?! – disse, roubando um dos donuts do melhor amigo, que lhe deu um tapa na mão, tentando impedi-la. – E respondendo sua pergunta, Liam, o Joshua é tão, mas tão LINDO E PERFEITO, que acho difícil ele estragar a minha "imagem".
– Que imagem? – Zayn perguntou, sentando ao lado de Liam, e revirou os olhos pela presença do rapaz. Ao olhar para frente, viu a encarando com sua típica expressão de misericórdia. A mais velha bufou, querendo levantar-se e ir terminar sua refeição em outro lugar, mas ouvia tanto a amiga dizer que seria legal ela se dar bem com seu primo, que deu uma chance ao momento e continuou sentada.
– Imagem de princesinha do colégio. – Niall falava de boca cheia, e o moreno apenas confirmou.
– Tem mesmo! – disse e também pegou um donuts do amigo.
– Ah, qual é? – o garoto reclamou.
– Aprenda a dividir, Horan! – Zayn sorria por ver a decepção nos olhos do irlandês. – Eu tenho uma dúvida. Qual é a chance de um aluno, tipo eu, ter um caso com a professora gostosa da escola?
– Baixa. Eu espero... – se esticou sobre a mesa para encarar o primo, que a olhava sem emoção. – Que foi? É o que eu acho! – ele mantinha seu olhar tedioso sobre a garota, que voltou a sentar-se ereta, e Liam passou seu braço por seu ombro.
– Bem, espero que você não esteja falando da professora de matemática! – sorria, sugestiva, e Zayn tremeu da cabeça aos pés, por se lembrar da imagem da velha que deveria ter nascido no mesmo ano em que Monalisa fora pintada.
– Você sabe que estou falando da Celiny! – se referia à professora de história.
– Nenhuma, considerando que a senhorita Wayne tem cérebro! – sorria, sarcástica, de braços cruzados, encarando o rapaz, que se fingiu assustado ao ouvir sua voz.
– Nossa, Meester, não tinha te visto aí, porém é só você abrir a boca que sua voz irritante já é notada! – a garota virou o rosto para amiga e depois voltou para Zayn. Repetiu o movimento duas vezes e se levantou, segurando sua bandeja.
– ... – tentou argumentar, mas foi interrompida.
– Não sou obrigada a suportar isso, . Sei que é importante pra você, no entanto, seu primo é um imbecil e não se importa com o que você quer, assim como eu me importo! Se esse idiota – apontou para o moreno, que gritou um "EI" ao ser xingado pela segunda vez. – Não vai colaborar, eu não posso fazer nada! Com licença. – se virou para ir embora e, até então, não tinha reparado a presença de alguém atrás de si. Harry estava lá esperando a garota terminar seu discurso e, ao virar-se para deixar a mesa, ele deu um tapa em sua bandeja, fazendo-a virar por sobre a morena, fazendo uma mancha de molho em sua camisa branca e molhando seus sapatos com o suco.
– Seu imbecil! – gritou e o viu rir divertido, o que fez sua raiva triplicar.
– Ops! Desculpa, ! É que você é tão insignificante que eu nunca te vejo! – falou, sarcástico, e a garota tentava se controlar para não arremessá-lo pela janela. Ele ainda sorria quando abaixou seu olhar para sua bandeja e pôde ver um pote de pudim. Não pensou duas vezes e agarrou o pote, acertando-o no rosto e cabelo.
– Ops! – sorria alegremente, jogando o resto do pudim no chão e pisando duro. – Que lindo, cachinhos de chocolate!
– Ow, ow, OW! – Louis chegava e tentava acalmar os ânimos daqueles dois, que se encaravam vermelhos de raiva. O rapaz voltou-se para os amigos, que estavam com olhos arregalados e mãos atadas. – Que tal irmos nos limpar e esquecer do que aconteceu aqui?
Harry nem ao menos escutara o que o amigo falara. Pegou o copo de suco, jogando-o na garota à sua frente, que se esquivou, e o líquido seguiu seu caminho livremente até acertar ninguém mais, ninguém menos que Westwick, que se aproximava da mesa com ao seu lado.
– Ou podemos fazer isso... – Louis disse, analisando o estado da ruiva, temendo o que estava por vir.
– Qual é o seu maldito problema? – gritou enraivecida e, ao ouvir rir, fechou os olhos, contando até dez, porém ela não ia deixar barato.
– , não! – Louis gritou antes de ser acertado no rosto por purê de batatas.
– Posso saber o que está acontecendo aqui? – a voz do diretor foi ouvida próxima a eles e os dez não tiveram coragem de levantar o rosto e encarar o mais velho. – Os quatro para a minha sala! JÁ! – gritou por fim e deixou o refeitório, furioso por presenciar tal bagunça.
Capítulo 5
O diretor, Charlie Gellner, era famoso por sua rígida política escolar. Expulsava os arruaceiros, não lhe dando chance alguma de argumentar, e punia os que não possuíam notas correspondente com a média aceitável.
Os quatro alunos estavam na sala do mais velho há sete minutos. Seus amigos os esperavam do lado de fora e podiam ouvir os gritos de Sr. Gellner. Vez ou outra, era possível escutar ou tentarem falar, porém o homem não lhes dava chance.
– O que será que vai acontecer? – pergunta, aflita, encarando cada um dos amigos.
– No mínimo, expulsão... – Zayn respondeu, fingindo indiferença, e riu ao ver a mais nova arregalar os olhos. Sabia que seu pai ficaria furioso se o irmão tivesse este destino.
– Esse idiota tá brincando, . Tenho certeza de que o diretor Gellner não faria isso! – acalmou a garota, e o rapaz rolou os olhos por ser xingado.
– A gente tem que esperar e ver o que acontece. – disse, apoiada na parede e preocupada com o que faria com Styles quando saísse daquela sala. Se a mais velha não fosse expulsa pela sujeira no refeitório, seria por cometer homicídio nas dependências do colégio.
O silêncio agonizante voltou a se instalar entre os seis e era possível ouvir novamente a fala enraivecida de Charlie Gellner do outro lado da porta. Quando os quatro jovens foram liberados para voltarem a suas atividades, deixaram a sala cabisbaixos.
– Desculpe mais uma vez, Sr. Gellner. – Louis disse.
– Que isso não se repita!
Os adolescentes que esperavam ansiosos do lado de fora agora encaravam os outros quatro, querendo saber qual fora o veredicto, porém eles estavam mudos, e ninguém ousaria ser o primeiro a abrir a boca. Até que se irritou mais ainda e marchou para fora da diretoria.
– Será que a gente vai falar agora com ela? – Liam perguntou a , coçando a nuca.
– Não sei, acho que sim, mas também acho que é bom deixá-la sozinha um pouco.
– É, vamos lá! – o rapaz concluiu e foram, lado a lado, tentar conversar com a amiga.
Era para ser uma conversa entre os três, apenas. No entanto, todos deixaram a diretoria e seguiram o mesmo caminho em direção aos armários.
– , espera! – a alcançou e colocou a mão em seu ombro para que parasse de andar.
– Eu tô muito, muito irritada... Não, eu não tô irritada, eu tô furiosa, irada! – dizia entre dentes e mantinha-se de costas para o grupo.
– Para de fazer showzinho, Meester! – Harry estava com os braços cruzados. Apoiava seu ombro na parede e sorria sarcasticamente, com alguns fios do cabelo grudados na testa pelo pudim. – Por sua culpa, eu vou ter que limpar aquele caralho de cozinha! – foi para frente da morena, que tentava se lembrar das aulas de yoga e, assim, mantinha o controle para não matar o rapaz.
– Showzinho? Styles, saia da minha frente antes que eu te dê um soco no olho! – a cada palavra que saía de sua boca, ela aumentava o tom de voz e ia para cima do garoto, distribuindo tapas, chutes e socos. Liam a segurou pela cintura, a levantado do chão.
– O que foi? A culpa é sua, sim. Se não tivesse entrado na minha frente, nada disso teria acontecido!
– Você deu um tapa na minha bandeja, foi isso que aconteceu, seu hipócrita! – gritava aos sete ventos e todos agradeciam por estarem longe dos ouvidos do diretor.
– Por que eu perderia meu tempo ao menos olhando pra você? Se toca, Meester!
– Eu vou matá-lo! – Liam ainda a mantinha em seus braços, porém a morena se debatia, tentando do se soltar. – Me solta, Payne, porra! – gritou por fim, agora batendo no amigo.
– Acredite em mim, você ainda vai me agradecer por isso. – Liam a colocou no chão, mas ainda a segurava, temendo o que ela poderia fazer.
– Você é uma descontrolada! – Harry esbravejou e soltou o ar pela boca, calculando os prós e contras de torturá-lo até a morte.
– Liam, me solta. – o rapaz não moveu um músculo. – Me solta! – falou pausadamente e ele obedeceu lentamente. – Styles, você não vale o chão que pisa!
– Obrigado, querida, o mesmo pra você!
– ARGH! EU TE ODEIO! – ia para cima dele mais vez e, de novo, teve seus pés erguidos do chão pelo melhor amigo.
– Já chega, Harry, para com isso! , se controla! – Liam falou, irritado por tanta picuinha, e soltou a amiga bruscamente. – Já chega!
– Olha, cara... – o cacheado tentou argumentar, porém Payne o cortou.
– Eu disse já chega! Pare de provocá-la!
– Liam está certo, não adianta de nada vocês ficarem aí discutindo! – Louis se aproximava do "ringue" em que Styles e Meester estavam. – Afinal, a culpa é da ! – virou-se para a garota de braços cruzados, que arqueou as sobrancelhas, soltando uma risada esganiçada.
– Como é que é? O que tinha naquele purê, afinal? Drogas, provavelmente, e das fortes! – caminhava até o garoto – Tá maluco, Tomlinson? Eu não sou culpada de merda nenhuma, você só diz isso porque sabe que o verdadeiro de culpado é seu amiguinho aí!
– Querida, se você não tivesse revidado, o Gellner não teria visto nada, simples assim. Você é a culpada!
– Não mesmo! Cala a sua boca. Se esse merda do seu lado não é culpado, então a premiada da vez é a Meester!
– Eu não tenho culpa de nada, Westwick! Os culpados são vocês dois! – apontava para Harry e .
– Olha aqui...
E então os quatro estavam discutindo, quer dizer, gritando. Cada um tinha uma pessoa para culpar e possuíam argumentos ridículos para provarem suas teorias.
Zayn e Niall apenas riam assistindo àquela confusão e aos xingamentos que vez ou outra saíam. Liam estava ao lado de e tentava defendê-la e fazê-la parar de gritar. Todavia, a cada vez que abria a boca, alguém o calava e, por fim, as caçulas estavam saturadas de tanta ladainha.
– CALEM A BOCA! – gritou mais alto que todos, batendo um pé no chão, com as mãos fechadas em punho e os braços colados ao corpo. , que estava ao seu lado, fez uma careta; a voz estridente da garota quase estourou seus tímpanos. – Parem de brigar, todos vocês são culpados.
– Ãhn, ... – seu irmão tentou contestá-la, porém a loira não estava para brincadeira.
– Harry! Você não deveria ter dado um tapa na bandeja da . – pôde ver a mais velha abrir um sorriso vitorioso, mas não por muito tempo. – E a senhorita – apontou para ela. – Não deveria ter revidado. Louis, você não podia ter se metido na briga e, por fim, , você não tinha que acertar purê no Louis! Todos culpados, sem mais uma palavra. Acabou! – cruzou os braços, bufando, irritada.
– Como você consegue gritar tão alto? – Niall perguntou, desconsiderando toda a fala da garota, e levou um tapa de Zayn na nuca.
– A tem razão. Não adianta vocês ficarem aí brigando por uma coisa que já passou! – disse, encarando-os, e não sabia que suas palavras não surtiriam o efeito que pretendia. Os quatro só estavam ficando mais certos de que deveriam expor suas opiniões sobre o ocorrido. – Como o senhor Gellner puniu vocês?
– Teremos que limpar a cozinha INTEIRA depois do horário das aulas! – disse, irritada, com os braços cruzados. – Graças à princesinha aí! – apontou Harry com um movimento de cabeça.
– Não vamos começar tudo de novo, ! – Liam passava uma das mãos pelo rosto, já se irritando com a discussão que poderia se instalar novamente.
– Não estou falando com você, Payne!
– Quem você pensa que é pra falar assim com ele? – defendeu o amigo.
– Meester, eu falo do jeito que eu quiser com...
– HEY! – chamou-as à atenção. – Voltando ao assunto. Vocês tiveram chance de contestar o diretor?
– Claro que não, ! Ele não nos deixou falar um segundo sequer. – Louis estava cabisbaixo, se martirizando por ter tanto trabalho para o fim do dia.
– Só vocês quatro pra limpar a cozinha inteira? – Zayn falava com as mãos nos bolsos e as sobrancelhas arqueadas.
– É, cara, lavar a louça, secar, guardar e limpar o chão! – Harry enumerava sua fala nos dedos.
– Boa sorte, hein! – sorria ironicamente, porém continuava com aquela áurea doce que lhe cercava.
– Quem disse que vamos sozinhos? – Louis cruzava os braços, encarando os amigos com um sorriso divertido no rosto.
– Desculpa? – perguntou, já imaginando o que se passava pela cabeça insana do mais velho. – Só pra confirmar, você não acha que nós... – apontou para os "anjinhos" que ficaram fora da confusão, desta vez. E o moreno balançou a cabeça positivamente. – Não!
– O quê? – indagou, sem entender a linguagem de sinais que se passava à sua frente, todavia, foi necessário apenas mais uma olhada para Louis que ela se deu conta do que estavam falando. – Não! – imitou os movimentos anteriores da amiga.
– Você só pode estar louco, Tomlinson! – Zayn disse, se colocando na frente da prima. – Não vamos limpar porra nenhuma! Vocês que se meteram nessa confusão, vocês que se virem!
– Caralho, Malik, cadê o espírito da parceragem? – Harry se aproximou do rapaz, que balançava a cabeça negativamente, e colocou mão em seu ombro.
– Você quer dizer da burrice, né, cara? – Niall se apoiava em um dos armários, com as mãos nos bolsos e encarando o chão.
Definitivamente ele não queria passar o resto de sua tarde sendo escravo da instituição Eton, todavia, também não queria deixar os amigos na mão, e sabia que se sentiria culpado mais tarde se não os ajudasse.
– Vamos lá, pessoal! – Louis tentava os convencer. – Por favor! Vocês realmente acham que vamos chegar lá e PÁ! – bateu as costas de uma das mãos na outra – Vamos chegar num consenso de como fazer as coisas e terminar tudo antes de estarmos com 70 anos? É claro que eles vão tentar se matar antes – indicou os outros três culpados com o polegar. – E eu vou pagar o pato. Sou apenas um homem!
– Tá... Não me convenceu. – falava sem emoção ao lado do melhor amigo.
– Hilton, pare de ter uma pedra em vez de um coração! – cruzava os braços e a encarava com as sobrancelhas arqueadas. – Nos ajude! Faríamos o mesmo por você.
Todos ficaram quietos, olhando um para a cara do outro, questionando-se internamente se iriam ajudá-los e calculando a possibilidade mínima de deixarem o colégio vivos naquela tarde.
– Tá bom... Eu ajudo. – Liam foi o primeiro a se pronunciar e parecia não ter certeza de sua decisão. A única certeza que tinha naquele momento era de que, no fim das contas, ia dar merda.
– Eu tenho o melhor amigo do mundo! – se jogou no garoto, o abraçando fortemente.
– Tá, eu também vou... – Niall parecia estar incerto.
– Dois já foram... Falta o resto. – Louis encarou os outros malignamente.
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E lá estavam os dez jovens trabalhando, ou quase isso. estava sentada na pia balançando seus pés alegremente e observava o movimento, com seu iPhone em mãos, vez ou outra visualizando alguma atualização em suas redes sociais. apoiava-se na parede e conversava com Niall e , que limpavam os fogões. Seu lindo e doce sorriso não saÍa do rosto enquanto o melhor amigo lhe contava piadas e histórias. As duas caçulas disseram que não poderiam ajudar por que haviam feito às unhas no dia anterior, contudo dariam um apoio moral, ficando no local até tudo estar limpo. e lavavam os pratos e bandejas. As garotas riam juntas e, ora ou outra, desviavam a água para o rosto da outra. Liam e Louis deveriam secar a louça, porém enrolar o pano e tentar acertar o coleguinha era bem mais divertido. Zayn e Harry varreriam o chão, mas fingiam que o cabo da vassoura era uma espada e estavam "lutando" há um bom tempo.
– , para! Não fui eu quem jogou água em você dessa vez! – ria, limpando o rosto.
– Como não, senhorita Meester? Você é a única com esse poder aqui além de mim! – a caçula dizia, já se protegendo. – , para, você que começou tudo, eu só tô revidando, sou inocente! – falava, manhosa, fazendo a amiga sorrir divertida.
– Você é muito chata, Ortega! – a morena desistira de brincar e voltava a lavar os pratos. A caçula espelhou seus movimentos e estava alheia, ensaboando a louça, quando gritou "HÁ" e ameaçou jogar o jato nela, fazendo a menina se assustar, soltando o prato, que acabou quebrando ao se chocar na pia. As duas garotas observavam em silêncio a bagunça que haviam feito e Louis e Liam se aproximavam das duas pelo barulho que haviam escutado. – Parabéns, !
– O quê? A culpa não foi minha, você me assustou e aí aconteceu...
– Quem estava com o prato? Quem se assustou? A culpa é sua! – a mais velha cruzava os braços e a encarava, tentando prender o riso pela expressão que a caçula fazia.
– Por quê? – perguntou, cabisbaixa, e a amiga soltou a risada.
– Vou falar para o Gellner o que vocês fizeram! – Louis falava, sério, com as sobrancelhas arqueadas.
– Acho que vocês deveriam ser punidas severamente! – Liam o acompanhou na brincadeira e enquanto ria, apenas sorria, com os braços ainda cruzados.
E, às 17h, eles finalmente conseguiram terminar de arrumar tudo, do jeito deles, é claro. Digamos que a cozinha não estava devidamente arrumada, porém, para adolescentes de 17 e 15 anos, tudo estava perfeito e não existia uma maneira de melhorar.
Cada um seguiu seu caminho para casa, para descansarem e esquecerem de um segundo dia de aula tão estressante como aquele.
avisara o primo que dormiria na casa da melhor amiga para irem ao shopping comprar um modelito para usarem no sábado na grande festa de boas-vindas aos calouros. As festas de boas-vindas eram uma tradição do Eton. Todos os anos, era assim que os novatos eram introduzidos na elite do colégio e, a cada vez, o anfitrião mudava. Há dois anos, fora Niall, e, no ano que passara, Harry tivera a honra. Desta vez, seria Daniel Phillips, o capitão do time de basquete.
Todos os alunos estavam animados para a grande noite e a esperavam ansiosamente, afinal, era lá que as novas lendas poderiam surgir e as antigas mostrariam porque possuíam tal título.
– Eu acho que vou de vestido ou um cropped com short, pode ser uma saia também... Ou que tal uma calça? – não parava de falar desde que entraram e apenas sorria com a ansiedade da mais nova. – O que você acha? – abrira a boca para respondê-la, mas ela não estava atrás de uma solução para suas perguntas, apenas não conseguia manter a boca fechada. – Quando a gente chegar lá, eu decido... Mas um cropped é legal!
– , princesa, não querendo te decepcionar, mas já te decepcionando, não vamos ao shopping hoje! – a mais velha disse e o carro fez a curva que lhes levariam para sua casa.
– Como assim? Você me iludiu! Não pode ser! , por favooor, vamos às compras, você não pode fazer isso comigo! Alfred, não, não faça isso, volte para a avenida – a garota falava para o motorista de , que ria de seu drama. – Por favor!
– Desculpe, senhorita Ortega, estou apenas seguindo ordens. – a olhava pelo retrovisor, com aquele charmoso sorriso nos lábios.
– Já combinamos que quando EU estou no carro, EU que decido para onde vamos! – dizia, de braços cruzados, fazendo o motorista e a amiga rirem.
– Mil perdões, senhorita Ortega, havia me esquecido disso!
– Já falei pra me chamar de !
– Para de encher o saco do Fred, garota! – falava, entediada, e homem apenas sorria.
– Mas, ...
– , eu tô cansada, com sono. Vamos pra minha casa, a gente conversa e come alguma coisa ou então assistimos a um filme. O que acha?
– Eu acho que deveríamos ir para o shopping!
– Tanto faz, o carro é meu, o Alfred é meu, eu que decido pra onde a gente vai!
– Você é má, isso é injusto! – cruzava os braços, birrenta, e a mais velha apenas sorria por sua infantilidade.
– Primeiro, as lojas não vão fugir. Segundo, todas as roupas bonitas de Londres não vão ser compradas em uma única tarde. – o motorista estacionava o Mercedes na garagem da mansão Meester.
– Eu preciso estar linda nessa festa, Meester, você não entende? – dizia, emburrada, ainda com os braços cruzados e sua bolsa pendurada em seu ombro, seguindo a amiga, que entrava em sua casa.
– Eu entendo que o Danny te convidou, safada! – um sorriso cerrado e malicioso surgia nos lábios da mais velha.
– Isso não tem nada a ver! – a morena falava, séria, tentando reprimir a risada que sairia a qualquer momento, pela expressão da amiga. -É a festa de boas-vindas, todos do colégio estão convidados.
– Tá, mas ele convidou todos E A ! – ria e a mais nova ainda tentava, sem muito sucesso, prender sua risada.
– Você está tentando mudar de assunto! Vamos voltar para o carro e ir para o shopping!
– Olha pelo lado bom: você vai dormir aqui em casa dois dias seguidos!
– Mas eu quero fazer comprar!
– Para de drama, ! E por que todo esse desespero? – perguntou, se encaminhando para as escadas. – DOROTHY, CHEGAMOS! – a garota gritou cumprimentando a governanta, que respondeu dizendo que levaria daqui a pouco um lanche para elas no quarto.
– Ah, ... Você sabe! – a menina dizia, já no andar de cima, jogando a bolsa no divã e tirando o blazer, o sapato e as meias.
fora para seu closet guardar sua bolsa e trocar de roupa, porém, no momento em que ouvira a frase da garota e sua entonação, apareceu na porta com sua pose de mais velha e mandona:
– Não, ! Não, não, não!
– Aff, , nós vamos ficar, só isso! – a moreninha dizia simplesmente, se dirigindo para a cama da amiga e sentando no meio dela com pernas de índio.
– Eu vou agora capar aquele filho da puta! – se dirigiu à porta, gritando por Alfred, e pôde ouvir a mais nova interceder por Liam. – , você não vai nessa festa! – voltou para o quarto de braços cruzados, falando, decidida.
– Como assim? – estava de joelhos sobre a cama e a encarava com as sobrancelhas juntas.
– Você não vai e ponto final. Você não vai atrás do Liam e acabou!
– Mas você não pode me impedir!
– Posso e vou! Você não vai cair na lábia do meu amigo, é meu melhor amigo, mas é um canalha. – falava, convicta de sua acusação.
– Tudo bem, eu não fico com ele, mas eu vou à festa. – a mais nova disse com aquele jeitinho só dela, que convencia qualquer um a ceder a seus caprichos. Voltou a se sentar e sorriu minimamente, sem deixá-la perceber.
odiava discussões, fato. Por isso, as evitava até o fim, totalmente ao contrário da melhor amiga, que adorava assistir a uma briga verbal ou participar de uma.
– Não vai.
– POR QUÊ?
– Porque eu te conheço e sei que, na primeira olhada do Liam, você corre para os braços dele. – se aproximou da cama e sentou-se ao lado da mais nova.
– Ah, , qual é? Eu juro, juradinho, que não vou me aproximar dele! – levantou o dedo mindinho como sempre fazia quando prometia algo e pôde ver a amiga suspirar alto, colocando uma mecha teimosa que caía em seu rosto atrás da orelha.
– Ok. Como eu vou falar isso pra você? – perguntou retoricamente, sentando-se de frente para a mais nova e passando as mãos pelo rosto, nervosa. – , ele vai te decepcionar, não se desperdice assim, não viva sua vida desse jeito. É claro que ele vai dizer tudo o que você quiser e depois vai embora mais rápido do que veio e vai te deixar só, se sentindo culpada. Por dois anos, ele diz as mesmas malditas coisas que você acredita tão rápido e você faz de novo e de novo. E eu fico vendo você cometer os mesmo erros. Por favor, , não seja tão inocente, não espere até seu coração sangrar. O Liam continua confundido a sua cabeça, tentando se aproveitar de você toda noite e, de manhã, você só se odeia por perceber que ele não vai falar com o Zayn. Eu tenho visto por dois anos você sofrer e eu não vou mais deixar vocês sofrerem assim. Nem que pra isso eu tenha que falar com seu primo! – concluiu, abraçando a amiga, que estava de cabeça baixa, apenas a ouvindo.
Liam e nunca namoraram, mas o que ela sentia por ele era tão forte que, às vezes, isso não importava, se apenas por algumas horas os dois pudessem ficar juntos, o que geralmente acontecia toda semana, em algumas fugas; "treinos de boxe" dele e "aulas de dança" dela.
Almoçavam juntos e passavam o resto da tarde em qualquer lugar, fazendo absolutamente nada além de conversar e se beijar, apenas aproveitando a companhia uma do outro. Se por acaso Zayn soubesse que naquele dia não deveria ocorrer treinos e aulas, e Harry sempre estavam lá para ajudar o "casal".
Era horrível vê-lo com outra, e, como havia dito, seu coração quase chegava a sangrar. Como não possuíam um relacionamento, Liam achava natural sair com outras garotas, o que não o impedia de achar ruim quando saía com alguém que não fosse ele, fazendo se revoltar com o melhor amigo por ser cafajeste e egoísta.
Ele, assim como ela, odiava tal situação humilhante. Gostaria de mudar isto, no entanto, tinha medo do que o melhor amigo acabaria fazendo. Já havia pensando muitas vezes em falar com o primo da menina, todavia, Zayn sempre deixava bem claro que manteria em uma bolha se possível, e amigo que é amigo não mexe com família! Desistir dela também não era uma opção, afinal, seu sorriso era bonito demais para deixá-lo partir, seu perfume o atraía, seus olhos verdes, brilhantes com uma esmeralda, eram intensos e cheios de amor e seu jeitinho inocente o instigava a permanecer.
Por tais condições, esse medo de assumirem, e ao mesmo tempo de ficarem longe um do outro, praticamente os forçava a viverem se escondendo, todavia, tal drama era desnecessário e o "casal" nunca saberia a posição de Zayn se não falasse com ele. e Harry eram contra tal posicionamento dos dois, mas juraram não falar nada para o primo da caçula. Acabaram se acomodando na situação e basicamente desistiram de tentar mudá-la.
– E você vai à festa... – disse, soltando-se do abraço.
– Eu vou? – perguntou, fungando o nariz.
– Você vai se arrumar, ficar linda, porque tem um cara gato e que gosta de você te esperando. Antes, porém, você vai procurar o Liam e acabar com essa palhaçada, okay?
– Okay. – deu um meio sorriso.
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Três dias se passaram desde a catástrofe no refeitório do Eton, que se tornara matéria na coluna de fofocas do colégio. Acredite se quiser, existe gente que se submete a isso, escrever sobre a vida dos alunos e expô-la por nada em troca, o que revoltava , que vivia dizendo que, se fosse diretora da redação do jornal, isto não aconteceria, porém, ela também dizia que não tinha tempo para gastar com pouca coisa.
Já estava no horário do almoço naquela sexta-feira de vinte graus, temperatura até que agradável, e, por isso, a maioria dos alunos decidiu sentar-se nas mesas do pátio externo da escola, assim como alguns dos nossos queridos amigos.
Niall, Zayn, , e estavam acomodados embaixo de uma das árvores do grande gramado e conversavam aleatoriamente, rindo vez ou outra por algumas piadas.
– Vocês vão à festa amanhã? – perguntou, animada.
– Eu tava a fim de ir a uma festa, mas uma de verdade, sabe? – Zayn dizia, com seu isqueiro em mãos. – Em que eu possa pegar quantas eu quiser e depois elas sumam da minha frente pra sempre. Se eu ficar com alguém da escola, é possível que ela me persiga até o inferno!
– Você é um poço de delicadeza! – estava com um sorriso cerrado e o rapaz sorriu de lado ao encará-la.
Aqueles dois não se odiavam como alguns outros do grupo, só gostavam de implicar um com o outro. Achavam divertido as provocações e esperavam ansiosos as respostas azedas para poderem continuar se "odiando". Apenas eles se entendiam e provavelmente seria assim para sempre!
– Agora me diz você, , quando vamos conhecer o Josh? – perguntou, sorrindo abertamente. – Ouvi dizer que ele é simplesmente gostoso! – disse na lata, revirando os olhos com a imagem daquele corpo maravilhosamente esculpido e bronzeado.
Os amigos riram de sua falta de vergonha na cara e a loira ficou levemente envergonhada, também rindo e rolando os olhos.
– Primeiro, não é Josh, é Joshua! – fez biquinho, enfatizando a pronúncia do nome do americano, e Niall sorriu por sua performance.
– Ele não gosta que o chamem de Josh? – seu amigo perguntou.
– Não, eu que não gosto! – sorria sapeca, dando de ombros. – E segundo, tira o olho, Westwick! – soltou um gritinho agudo, arremessando uma bolinha de papel na amiga. – Mas, sim, ele é tão lindo, perfeito, fofo e gostoso que dá vontade de bater nele! – sorria de olhos fechados, batendo na mesa.
– Acho que finalmente sei o que vou fazer naquela aula vaga que eu tinha! – chegou correndo, sentando-se ao lado de .
– E o que seria? – seu primo perguntou, sem encará-la, ainda brincando com o isqueiro.
– Vou fazer teste para as líderes de torcida! – disse, sorridente, apenas esperando a reação de Zayn, que foi exatamente, senão pior do que imaginou. O garoto soltou o isqueiro na mesa e a encarou de olhos arregalados.
– Você o quê? – perguntou e a menina pôde ouvir a voz de Liam atrás de si, com a mesma entonação chocada do primo.
– Bem, essa aula é dedicada a coisas que gostamos de fazer, e eu amo dançar, então...
– Não mesmo! – Liam soltou uma risada nasalada, sentando-se ao lado de Zayn, que o encarou, achando curiosa a sua atitude, mas sem tempo de fazer perguntas para ele.
e Niall riam da cena, encarava a amiga de forma engraçada, com um sorriso cerrado e já tinha uma ideia em mente.
– Quanto drama, por que não?
– Porque não, acabou, próximo assunto. – seu primo dizia decidido, não dando a mínima para sua vontade.
– Mas, Zayn...
– Já disse que não!
– Ele disse que não! – Liam estava quase beijando o rosto do amigo em agradecimento.
– Vocês não mandam em mim! E ser líder de torcida não tem nada demais, tenho certeza de que eu seria muito boa!
– , acho que esse é o problema aqui! – sorria ao lado de Niall enquanto comiam amendoins.
– Pelo amor de Deus, o que pode acontecer de mais?
– No mínimo te confundirem com uma putinha, sabe como é, ossos do ofício! – ria e batia high-five com e Niall.
– Estou ofendida! – dizia com as sobrancelhas arqueadas e a mão sobre o peito. – Não é só porque eu vou entrar para o time que serei igual a elas!
– , deixa eu te explicar uma coisa: ser uma líder de torcida significa, SIM, dar pra todo mundo, é lei, você não pode mudar isso. – Zayn dizia como se explicasse algo a uma criança.
– Você é ridículo!
– Eu acho que ela deveria tentar! – disse, enrolando uma mecha de cabelo nos dedos.
– Obrigada! Pelo menos alguém aqui não é preconceituoso! – colocava sua mão no ombro da amiga, que sorria toda alegre.
– Styles, fica na sua! – Zayn apontava para a loira, que abaixou a cabeça, tristonha por ele ter sido rude com ela, e depois se virou novamente para a prima. – As coisas funcionam assim, por exemplo, nunca existirá um nerd bonito, ou um jogador de futebol inteligente, ou... ou um cara do time de esgrima que não seja metido, também como nunca existirá uma líder de torcida virgem. São as leis da vida! – o moreno falava sério e menina rolava os olhos. – Estou fazendo isso para o seu bem, acredite em mim!
ainda o encarava com a boca levemente aberta. O silêncio reinava na mesa quando Harry chegou com uma lata de refrigerante em mãos e se sentou ao lado de . O rapaz continuou quieto, alternando seus olhos verdes pelos amigos, que não diziam uma única palavra.
– O que tá acontecendo? – finalmente perguntou, dando um gole em sua Pepsi.
– A teve a grande ideia de entrar para as líderes de torcida! – Niall disse, rindo, e o cacheado gargalhou, batendo uma das mãos na coxa.
– Ihhh, Zayn! – foi o que ele disse, encarando o moreno e a Liam com um sorriso divertido nos lábios. – E como vai ser?
– Ela não vai fazer teste nenhum. – o primo da menina disse, sério, encerrando o assunto.
– Que injustiça, acho que ela se sairia muito bem! – Harry fez questão de continuar, afinal, pimenta nos olhos do outro é refresco.
– Obrigada! – falou alto e foi ignorada pelo amigo e pelo primo.
– Queria ver se fosse sua irmã se você ia dar todo esse apoio. – Zayn dizia com os olhos cerrados.
– Minha irmã nunca faria isso.
– Na verdade, eu tava pensando em fazer o teste com a ! – disse, empolgada, batendo palminhas, e foi abraçada pela amiga, que ria.
Zayn gargalhou pela declaração de e encarou o amigo, divertido:
– E agora, Curly Boy? – perguntou, ainda rindo, acompanhado por , e Liam.
– Você o quê? – o irmão da menina e Niall gritaram juntos.
– Tá maluca, ? O Harry nunca deixaria você fazer uma coisa dessas, né, cara? – o irlandês quase implorava para o amigo não dar permissão à garota.
– Claro que não! Tá maluca, ?
– Gente, qual é o problema? Como a disse, não tem nada de mais e, além do mais, aquele uniforme é uma gracinha! – sorria, empolgada, já se imaginado com a roupa.
– Ela tem razão – disse, ainda com seus amendoins, e todos viraram para ela, estranhando sua frase. – É uma gracinha mesmo, gracinha bem inha, porque nem tecido direito aquilo tem! – ria da própria piada, batendo no ombro de Niall, incentivando-o a acompanhá-la, sem muito sucesso. A única que gargalhou foi e levantou a mão em forma de soquinho, cumprimentando a amiga.
– Isso não tem nada a ver! – arrumou sua postura, costas eretas e mãos repousadas sobre a mesa. – Não devemos ter preconceito com nenhum grupo do colégio, temos que socializar com todos sem nos importar com as diferenças! – começava seu discurso e pôde reparar nos garotos revirando os olhos, e sorrindo divertidas e rindo minimamente pela reação do primo. – Ser líder de torcida não significa ser puta, como vocês disseram. E, além disso, é muito bom fazer atividades novas, conhecer novas pessoas e novas amizades, que acontecerão se a e eu entrarmos para o time. Lembrando que existe o campeonato de líderes de torcida que nossa escola foi campeã nos dois últimos anos, entrar para o time seria difícil e vocês – apontou para cada um dos amigos, que estavam quietos, a ouvindo. – Deveriam se orgulhar de nós se conseguíssemos. – parou de falar e pôde ver que o irmão iria contestá-la, porém lembrou-se de mais um ponto. – Ahhh, e mais uma coisa: Zayn, sua prima é uma ótima bailarina, você deveria apoiá-la.
começou a bater palmas e logo e a imitavam.
– Eu ensinei tudo o que ela sabe! – a ruiva disse e a loirinha sorriu orgulhosa, com a cabeça deitada alguns centímetros para o lado.
– Tá bom, agora me deixa falar só uma coisinha. – Niall pedia a atenção de todos. – Ser líder de torcida quer dizer, sim, transar loucamente por aí – dizia, sério, porém a gargalhada que e soltaram o distraiu e ele acabou rindo também. – , você está certa em dizer que devemos conversar com todas as pessoas que existem aqui, mas deve ter em mente que existem características para alguém entrar em um grupo, e o das líderes de torcida é esse!
– É como um ritual de entrada – Liam começou a dizer, batendo o dedo indicador ora ou outra na mesa. – Se você é virgem, elas te tornam uma pessoa não virgem! – , , e Niall riam, enquanto continuava séria, com os braços cruzados.
– Uma "pessoa não virgem"! – fez aspas com os dedos. – Belo termo, Liam! – ria e o rapaz também riu levemente.
– Estou indignada que vocês pensem assim! – a loira aparentava estar decepcionada.
– Não fique, é só a verdade! – Harry deu seu último gole em sua Pepsi e a arremessou em direção ao lixo, acertando-o. – Nós já participamos desses rituais. – disse, sério, e pôde perceber olhares curiosos sobre si.
– Somos nós que as tornam "pessoas não virgens" – foi Zayn quem explicou com um sorriso malicioso nos lábios, fazendo alguns presentes rirem.
– Vocês são nojentos! – falava com as sobrancelhas arqueadas.
– Pessoa não virgem... – sorria de cabeça baixa, ainda achando graça do termo.
– O que você disse, ? – se aproximou da mesa e, ao ouvir a fala da loira, riu.
– Longa história, , vem que eu te conto. – levantou da mesa, pegando a bolsa. – Mas posso adiantar que tudo começou com a grande ideia que a sua amiga teve. – apontou para , que estava de cabeça baixa, esperando a reação de . – De ser líder de torcida.
Meester encarou , depois se virou para Zayn e Liam e voltou os olhos para a caçula. – A , líder de torcida? – gargalhava com a cabeça para trás, fazendo alguns acompanhá-la. – , tá doida, menina? – ainda ria e puxava a amiga pelo braço.
– Ahh, eu pensei que seria legal...
– Aham! Seria muito legal mesmo!
As três meninas se despediram do grupo e andavam conversando até a porta principal.
– Bem, gente, eu também tenho que ir. – levantou, colocando a bolsa no ombro. – Sabem como é, um dia sem perturbar a Foster é um dia perdido! – se referia a Julie Foster, diretora da redação do colégio. Os amigos riram por sua infantilidade, contudo, sabiam que não adiantava dizer para a garota parar, Westwick adorava fazer pirraça. – Me acompanha, Princesinha Styles? – chamou a amiga, que sorriu alegremente, aceitando o convite, e deu um beijo estalado no rosto do irmão em despedida. – Ahh, e primogênito Styles, apesar de eu não gostar de você, não se preocupe, eu tiro essa ideia da cabeça dela! – disse de braços cruzados, com seu sorriso arrogante no rosto, e pôde ver Harry agradecê-la com um sinal.
– Fico te devendo essa.
– E eu vou cobrar! – se despediu de todos com um aceno de cabeça e virou-se para ir à redação do jornal.
– , você não devia ter dito isso pro Harry! Eu vou fazer o teste.
– Não vai não. – disse segura de que a caçula não faria isso.
– Por que você tem tanta certeza? – cruzou os braços e a encarou com as sobrancelhas juntas.
– Porque eu te conheço, . Você é fogo de palha, daqui a pouco apaga! – respondeu simplesmente e pôde ver a cara de confusa da amiga, que não sabia se ficava ou não ofendida com suas palavras.
– Tanto faz! – a loirinha optou por não ligar. – Nós vamos à festa do Danny, né? – perguntou, animada.
– Claro que sim, não perderia por nada, adoro as festas de boas-vindas! Eu vou com toda certeza...
– Muito bom saber, ! – Louis entrou no meio das duas meninas e passou o braço pelo ombro de ambas. Sorria alegremente enquanto se soltava dele.
– Sai daqui, Tomlinson, tá maluco? Nunca te dei liberdade pra ficar me abraçando por aí! – falava, irritada, limpando a área em que o rapaz havia a tocado.
– Nossa, , por que tá brava? Eu atrapalhei alguma coisa? – virou para , que negou com um aceno de cabeça. – Nós poderíamos ir para a festa juntos, né, ? – perguntou para a garota, que gargalhou, irônica, e rapidamente voltou à pose séria.
– Por que eu faria isso, sua anta? Estou em meu estado mental perfeito!
– Poderíamos ser o casal do ano!
– EU APOIO! – gritou, com as mãos levantadas, e a ruiva a fuzilou com os olhos.
– Eu não vou nessa festa! – falou, brava, saindo de perto dos dois.
– Mas você acabou de dizer que não perderia por nada! – a loirinha falava, decepcionada.
– Não frequento os mesmos lugares que essa coisa vai! – A garota gritou de onde estava, sem parar de andar, e, em dois tempos, já estava dentro do colégio.
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e deixaram na sala de gramática e foram juntas para a aula de economia, uma das poucas aulas em que os mais velhos e os mais novos se misturavam.
A moreninha sentou-se em uma mesa e abaixou a cabeça, esperando a professora chegar para começar suas atividades. Sentiu a carteira vibrar e pegou o celular, que estava no bolsinho externo de sua bolsa, vendo que recebera uma mensagem de Liam.
Vamos nos encontrar hoje, Pingo?
sorriu instintivamente encarando a tela do celular. Aquele apelido ridículo, que ela achava graça, ficava fofo na voz dele. Queria tanto vê-lo, mas sabia que ficaria sabendo desse encontro e exigiria dela uma conversa com Payne, que teria um final não muito agradável para ambas as partes. E foi com medo desse papo que a garota decidiu adiar o encontro, pelo menos até o fim de semana.
Tenho aula de dança hoje, e dessa vez é de verdade! ;) Hahaha Sinto muito
A resposta não era tão mentirosa assim, ela realmente precisava passar na academia de dança para conversar com seu professor. Todavia, isso não lhe tomaria mais de dez minutos. Ainda estava com o iPhone em mãos quando o sentiu vibrar novamente.
Decepcionado... Mas ok, boa sorte. Nós vemos no sábado, certo?
Claro! A vai passar na minha casa as oito pra me pegar, a gente se vê na festa.
Esperando ansiosamente, Pingo!
sorriu abertamente ao ler a SMS e começava a digitar uma resposta, porém a professora entrou na sala e parecia não estar de bom humor. Cumprimentou os alunos com um bom dia baixo e se caminhou para a lousa, já começando a escrevendo. A morena apenas digitou que a aula estava começando e guardou o aparelho de telefone.
O restante do dia foi tranquilo e o último sinal soou antes do esperado, anunciando o último dia de aula da semana e o fim da primeira e traumatizante semana de aula. Pelos corredores de todo Eton, a única notícia que circulava era a festa de boas-vindas, que prometia ser memorável. Danny era parado de tempos em tempos por onde andava, sendo questionado sobre os preparativos. O rapaz estava feliz e orgulhoso por ser o futuro anfitrião.
estava no gramado do colégio esperando Niall, que sempre lhe dava uma carona para casa, e conversava com Tracey, uma líder de torcida, quando viu Joshua se aproximar. Por dentro, ela vibrava por vê-lo indo em sua direção. Por fora, continuava falando normalmente para a morena à sua frente como a primeira semana estava indo.
– Oi! – o rapaz cumprimentou as duas com um sorriso cerrado, tímido, e estava meditando o quão fofo e mordível aquele garoto era.
– Oi, Joshua! – sorria simpática e torcia para que Tracey encontrasse algo melhor para fazer, e foi isso o que aconteceu. Ao perceber o clima, a líder de torcida arrumou uma desculpa qualquer e foi embora, deixando os dois sozinhos.
– E então, como estão indo as coisas? – a menina perguntou, tentando puxar assunto.
– Bem, eu passei para a equipe de vôlei! – sorriu sem mostrar os dentes, diferente dela, que o parabenizou alegremente.
– Você vai à festa amanhã? – perguntou, fingindo indiferença à resposta.
– Era sobre isso que eu queria falar. – o rapaz disse e a loira não entendeu. – Eu te vejo lá amanhã?
– Claro! – respondeu rápido demais, se arrependendo segundos depois por parecer desesperada. Sorriu tímida e abaixou o rosto para o chão, vendo-o aumentar o sorriso. – Ãhn... Eu acho que tenho que ir, meu amigo está me esperando. – falava, envergonhada, balançando a cabeça.
– Amigo? – o rapaz perguntou, amaldiçoando tal pessoa, afinal, amigos nunca eram legais neste caso, amizades coloridas existiam.
A garota percebeu sua reação e logo tratou de consertar o que dissera.
– É, como eu ainda não tenho idade pra dirigir – revirou os olhos – Ele me dá uma carona, mas eu não gosto de deixá-lo esperando porque ele tem que passar na casa da namorada todos os dias!
– Ohh... Entendo.
– Pois é, namorada, todos os dias. Eles vivem juntos, se amam! – falava com as sobrancelhas arqueadas e Josh riu levemente por sua expressão. – Sabe a April Winster?
– Pra falar a verdade, não...
– Pois é, é ela, a NAMORADA. – estava quase soletrando a palavra para enfatizar que não existia nada entre ela e esse amigo e estava livre e desimpedida!
Joshua percebeu sua tática e riu, a fazendo acompanhá-lo. A menina continuou ali por alguns segundos sem dizer nada, apenas o admirando, quando foi despertada de seus devaneios.
– Você não tinha que ir? – o rapaz perguntou, apontando para trás com o polegar.
– Ah, é! – balançou a cabeça rapidamente, como se a forçasse a sair de outra realidade. – Tchau, Joshua, até amanhã. – andava de costas, acenando para o garoto.
– Até! – sorriu, charmoso, também acenando.
A garota correu até o estacionamento, encontrando Niall e Louis conversando, apoiados no carro do irlandês. Não disse nada, apenas entrou na Range Rover e esperou pelo amigo.
Tentava se lembrar de todas as roupas de seu closet, pensando qual escolha seria a melhor. Afinal, agora precisava estar deslumbrante.
Os quatro alunos estavam na sala do mais velho há sete minutos. Seus amigos os esperavam do lado de fora e podiam ouvir os gritos de Sr. Gellner. Vez ou outra, era possível escutar ou tentarem falar, porém o homem não lhes dava chance.
– O que será que vai acontecer? – pergunta, aflita, encarando cada um dos amigos.
– No mínimo, expulsão... – Zayn respondeu, fingindo indiferença, e riu ao ver a mais nova arregalar os olhos. Sabia que seu pai ficaria furioso se o irmão tivesse este destino.
– Esse idiota tá brincando, . Tenho certeza de que o diretor Gellner não faria isso! – acalmou a garota, e o rapaz rolou os olhos por ser xingado.
– A gente tem que esperar e ver o que acontece. – disse, apoiada na parede e preocupada com o que faria com Styles quando saísse daquela sala. Se a mais velha não fosse expulsa pela sujeira no refeitório, seria por cometer homicídio nas dependências do colégio.
O silêncio agonizante voltou a se instalar entre os seis e era possível ouvir novamente a fala enraivecida de Charlie Gellner do outro lado da porta. Quando os quatro jovens foram liberados para voltarem a suas atividades, deixaram a sala cabisbaixos.
– Desculpe mais uma vez, Sr. Gellner. – Louis disse.
– Que isso não se repita!
Os adolescentes que esperavam ansiosos do lado de fora agora encaravam os outros quatro, querendo saber qual fora o veredicto, porém eles estavam mudos, e ninguém ousaria ser o primeiro a abrir a boca. Até que se irritou mais ainda e marchou para fora da diretoria.
– Será que a gente vai falar agora com ela? – Liam perguntou a , coçando a nuca.
– Não sei, acho que sim, mas também acho que é bom deixá-la sozinha um pouco.
– É, vamos lá! – o rapaz concluiu e foram, lado a lado, tentar conversar com a amiga.
Era para ser uma conversa entre os três, apenas. No entanto, todos deixaram a diretoria e seguiram o mesmo caminho em direção aos armários.
– , espera! – a alcançou e colocou a mão em seu ombro para que parasse de andar.
– Eu tô muito, muito irritada... Não, eu não tô irritada, eu tô furiosa, irada! – dizia entre dentes e mantinha-se de costas para o grupo.
– Para de fazer showzinho, Meester! – Harry estava com os braços cruzados. Apoiava seu ombro na parede e sorria sarcasticamente, com alguns fios do cabelo grudados na testa pelo pudim. – Por sua culpa, eu vou ter que limpar aquele caralho de cozinha! – foi para frente da morena, que tentava se lembrar das aulas de yoga e, assim, mantinha o controle para não matar o rapaz.
– Showzinho? Styles, saia da minha frente antes que eu te dê um soco no olho! – a cada palavra que saía de sua boca, ela aumentava o tom de voz e ia para cima do garoto, distribuindo tapas, chutes e socos. Liam a segurou pela cintura, a levantado do chão.
– O que foi? A culpa é sua, sim. Se não tivesse entrado na minha frente, nada disso teria acontecido!
– Você deu um tapa na minha bandeja, foi isso que aconteceu, seu hipócrita! – gritava aos sete ventos e todos agradeciam por estarem longe dos ouvidos do diretor.
– Por que eu perderia meu tempo ao menos olhando pra você? Se toca, Meester!
– Eu vou matá-lo! – Liam ainda a mantinha em seus braços, porém a morena se debatia, tentando do se soltar. – Me solta, Payne, porra! – gritou por fim, agora batendo no amigo.
– Acredite em mim, você ainda vai me agradecer por isso. – Liam a colocou no chão, mas ainda a segurava, temendo o que ela poderia fazer.
– Você é uma descontrolada! – Harry esbravejou e soltou o ar pela boca, calculando os prós e contras de torturá-lo até a morte.
– Liam, me solta. – o rapaz não moveu um músculo. – Me solta! – falou pausadamente e ele obedeceu lentamente. – Styles, você não vale o chão que pisa!
– Obrigado, querida, o mesmo pra você!
– ARGH! EU TE ODEIO! – ia para cima dele mais vez e, de novo, teve seus pés erguidos do chão pelo melhor amigo.
– Já chega, Harry, para com isso! , se controla! – Liam falou, irritado por tanta picuinha, e soltou a amiga bruscamente. – Já chega!
– Olha, cara... – o cacheado tentou argumentar, porém Payne o cortou.
– Eu disse já chega! Pare de provocá-la!
– Liam está certo, não adianta de nada vocês ficarem aí discutindo! – Louis se aproximava do "ringue" em que Styles e Meester estavam. – Afinal, a culpa é da ! – virou-se para a garota de braços cruzados, que arqueou as sobrancelhas, soltando uma risada esganiçada.
– Como é que é? O que tinha naquele purê, afinal? Drogas, provavelmente, e das fortes! – caminhava até o garoto – Tá maluco, Tomlinson? Eu não sou culpada de merda nenhuma, você só diz isso porque sabe que o verdadeiro de culpado é seu amiguinho aí!
– Querida, se você não tivesse revidado, o Gellner não teria visto nada, simples assim. Você é a culpada!
– Não mesmo! Cala a sua boca. Se esse merda do seu lado não é culpado, então a premiada da vez é a Meester!
– Eu não tenho culpa de nada, Westwick! Os culpados são vocês dois! – apontava para Harry e .
– Olha aqui...
E então os quatro estavam discutindo, quer dizer, gritando. Cada um tinha uma pessoa para culpar e possuíam argumentos ridículos para provarem suas teorias.
Zayn e Niall apenas riam assistindo àquela confusão e aos xingamentos que vez ou outra saíam. Liam estava ao lado de e tentava defendê-la e fazê-la parar de gritar. Todavia, a cada vez que abria a boca, alguém o calava e, por fim, as caçulas estavam saturadas de tanta ladainha.
– CALEM A BOCA! – gritou mais alto que todos, batendo um pé no chão, com as mãos fechadas em punho e os braços colados ao corpo. , que estava ao seu lado, fez uma careta; a voz estridente da garota quase estourou seus tímpanos. – Parem de brigar, todos vocês são culpados.
– Ãhn, ... – seu irmão tentou contestá-la, porém a loira não estava para brincadeira.
– Harry! Você não deveria ter dado um tapa na bandeja da . – pôde ver a mais velha abrir um sorriso vitorioso, mas não por muito tempo. – E a senhorita – apontou para ela. – Não deveria ter revidado. Louis, você não podia ter se metido na briga e, por fim, , você não tinha que acertar purê no Louis! Todos culpados, sem mais uma palavra. Acabou! – cruzou os braços, bufando, irritada.
– Como você consegue gritar tão alto? – Niall perguntou, desconsiderando toda a fala da garota, e levou um tapa de Zayn na nuca.
– A tem razão. Não adianta vocês ficarem aí brigando por uma coisa que já passou! – disse, encarando-os, e não sabia que suas palavras não surtiriam o efeito que pretendia. Os quatro só estavam ficando mais certos de que deveriam expor suas opiniões sobre o ocorrido. – Como o senhor Gellner puniu vocês?
– Teremos que limpar a cozinha INTEIRA depois do horário das aulas! – disse, irritada, com os braços cruzados. – Graças à princesinha aí! – apontou Harry com um movimento de cabeça.
– Não vamos começar tudo de novo, ! – Liam passava uma das mãos pelo rosto, já se irritando com a discussão que poderia se instalar novamente.
– Não estou falando com você, Payne!
– Quem você pensa que é pra falar assim com ele? – defendeu o amigo.
– Meester, eu falo do jeito que eu quiser com...
– HEY! – chamou-as à atenção. – Voltando ao assunto. Vocês tiveram chance de contestar o diretor?
– Claro que não, ! Ele não nos deixou falar um segundo sequer. – Louis estava cabisbaixo, se martirizando por ter tanto trabalho para o fim do dia.
– Só vocês quatro pra limpar a cozinha inteira? – Zayn falava com as mãos nos bolsos e as sobrancelhas arqueadas.
– É, cara, lavar a louça, secar, guardar e limpar o chão! – Harry enumerava sua fala nos dedos.
– Boa sorte, hein! – sorria ironicamente, porém continuava com aquela áurea doce que lhe cercava.
– Quem disse que vamos sozinhos? – Louis cruzava os braços, encarando os amigos com um sorriso divertido no rosto.
– Desculpa? – perguntou, já imaginando o que se passava pela cabeça insana do mais velho. – Só pra confirmar, você não acha que nós... – apontou para os "anjinhos" que ficaram fora da confusão, desta vez. E o moreno balançou a cabeça positivamente. – Não!
– O quê? – indagou, sem entender a linguagem de sinais que se passava à sua frente, todavia, foi necessário apenas mais uma olhada para Louis que ela se deu conta do que estavam falando. – Não! – imitou os movimentos anteriores da amiga.
– Você só pode estar louco, Tomlinson! – Zayn disse, se colocando na frente da prima. – Não vamos limpar porra nenhuma! Vocês que se meteram nessa confusão, vocês que se virem!
– Caralho, Malik, cadê o espírito da parceragem? – Harry se aproximou do rapaz, que balançava a cabeça negativamente, e colocou mão em seu ombro.
– Você quer dizer da burrice, né, cara? – Niall se apoiava em um dos armários, com as mãos nos bolsos e encarando o chão.
Definitivamente ele não queria passar o resto de sua tarde sendo escravo da instituição Eton, todavia, também não queria deixar os amigos na mão, e sabia que se sentiria culpado mais tarde se não os ajudasse.
– Vamos lá, pessoal! – Louis tentava os convencer. – Por favor! Vocês realmente acham que vamos chegar lá e PÁ! – bateu as costas de uma das mãos na outra – Vamos chegar num consenso de como fazer as coisas e terminar tudo antes de estarmos com 70 anos? É claro que eles vão tentar se matar antes – indicou os outros três culpados com o polegar. – E eu vou pagar o pato. Sou apenas um homem!
– Tá... Não me convenceu. – falava sem emoção ao lado do melhor amigo.
– Hilton, pare de ter uma pedra em vez de um coração! – cruzava os braços e a encarava com as sobrancelhas arqueadas. – Nos ajude! Faríamos o mesmo por você.
Todos ficaram quietos, olhando um para a cara do outro, questionando-se internamente se iriam ajudá-los e calculando a possibilidade mínima de deixarem o colégio vivos naquela tarde.
– Tá bom... Eu ajudo. – Liam foi o primeiro a se pronunciar e parecia não ter certeza de sua decisão. A única certeza que tinha naquele momento era de que, no fim das contas, ia dar merda.
– Eu tenho o melhor amigo do mundo! – se jogou no garoto, o abraçando fortemente.
– Tá, eu também vou... – Niall parecia estar incerto.
– Dois já foram... Falta o resto. – Louis encarou os outros malignamente.
E lá estavam os dez jovens trabalhando, ou quase isso. estava sentada na pia balançando seus pés alegremente e observava o movimento, com seu iPhone em mãos, vez ou outra visualizando alguma atualização em suas redes sociais. apoiava-se na parede e conversava com Niall e , que limpavam os fogões. Seu lindo e doce sorriso não saÍa do rosto enquanto o melhor amigo lhe contava piadas e histórias. As duas caçulas disseram que não poderiam ajudar por que haviam feito às unhas no dia anterior, contudo dariam um apoio moral, ficando no local até tudo estar limpo. e lavavam os pratos e bandejas. As garotas riam juntas e, ora ou outra, desviavam a água para o rosto da outra. Liam e Louis deveriam secar a louça, porém enrolar o pano e tentar acertar o coleguinha era bem mais divertido. Zayn e Harry varreriam o chão, mas fingiam que o cabo da vassoura era uma espada e estavam "lutando" há um bom tempo.
– , para! Não fui eu quem jogou água em você dessa vez! – ria, limpando o rosto.
– Como não, senhorita Meester? Você é a única com esse poder aqui além de mim! – a caçula dizia, já se protegendo. – , para, você que começou tudo, eu só tô revidando, sou inocente! – falava, manhosa, fazendo a amiga sorrir divertida.
– Você é muito chata, Ortega! – a morena desistira de brincar e voltava a lavar os pratos. A caçula espelhou seus movimentos e estava alheia, ensaboando a louça, quando gritou "HÁ" e ameaçou jogar o jato nela, fazendo a menina se assustar, soltando o prato, que acabou quebrando ao se chocar na pia. As duas garotas observavam em silêncio a bagunça que haviam feito e Louis e Liam se aproximavam das duas pelo barulho que haviam escutado. – Parabéns, !
– O quê? A culpa não foi minha, você me assustou e aí aconteceu...
– Quem estava com o prato? Quem se assustou? A culpa é sua! – a mais velha cruzava os braços e a encarava, tentando prender o riso pela expressão que a caçula fazia.
– Por quê? – perguntou, cabisbaixa, e a amiga soltou a risada.
– Vou falar para o Gellner o que vocês fizeram! – Louis falava, sério, com as sobrancelhas arqueadas.
– Acho que vocês deveriam ser punidas severamente! – Liam o acompanhou na brincadeira e enquanto ria, apenas sorria, com os braços ainda cruzados.
E, às 17h, eles finalmente conseguiram terminar de arrumar tudo, do jeito deles, é claro. Digamos que a cozinha não estava devidamente arrumada, porém, para adolescentes de 17 e 15 anos, tudo estava perfeito e não existia uma maneira de melhorar.
Cada um seguiu seu caminho para casa, para descansarem e esquecerem de um segundo dia de aula tão estressante como aquele.
avisara o primo que dormiria na casa da melhor amiga para irem ao shopping comprar um modelito para usarem no sábado na grande festa de boas-vindas aos calouros. As festas de boas-vindas eram uma tradição do Eton. Todos os anos, era assim que os novatos eram introduzidos na elite do colégio e, a cada vez, o anfitrião mudava. Há dois anos, fora Niall, e, no ano que passara, Harry tivera a honra. Desta vez, seria Daniel Phillips, o capitão do time de basquete.
Todos os alunos estavam animados para a grande noite e a esperavam ansiosamente, afinal, era lá que as novas lendas poderiam surgir e as antigas mostrariam porque possuíam tal título.
– Eu acho que vou de vestido ou um cropped com short, pode ser uma saia também... Ou que tal uma calça? – não parava de falar desde que entraram e apenas sorria com a ansiedade da mais nova. – O que você acha? – abrira a boca para respondê-la, mas ela não estava atrás de uma solução para suas perguntas, apenas não conseguia manter a boca fechada. – Quando a gente chegar lá, eu decido... Mas um cropped é legal!
– , princesa, não querendo te decepcionar, mas já te decepcionando, não vamos ao shopping hoje! – a mais velha disse e o carro fez a curva que lhes levariam para sua casa.
– Como assim? Você me iludiu! Não pode ser! , por favooor, vamos às compras, você não pode fazer isso comigo! Alfred, não, não faça isso, volte para a avenida – a garota falava para o motorista de , que ria de seu drama. – Por favor!
– Desculpe, senhorita Ortega, estou apenas seguindo ordens. – a olhava pelo retrovisor, com aquele charmoso sorriso nos lábios.
– Já combinamos que quando EU estou no carro, EU que decido para onde vamos! – dizia, de braços cruzados, fazendo o motorista e a amiga rirem.
– Mil perdões, senhorita Ortega, havia me esquecido disso!
– Já falei pra me chamar de !
– Para de encher o saco do Fred, garota! – falava, entediada, e homem apenas sorria.
– Mas, ...
– , eu tô cansada, com sono. Vamos pra minha casa, a gente conversa e come alguma coisa ou então assistimos a um filme. O que acha?
– Eu acho que deveríamos ir para o shopping!
– Tanto faz, o carro é meu, o Alfred é meu, eu que decido pra onde a gente vai!
– Você é má, isso é injusto! – cruzava os braços, birrenta, e a mais velha apenas sorria por sua infantilidade.
– Primeiro, as lojas não vão fugir. Segundo, todas as roupas bonitas de Londres não vão ser compradas em uma única tarde. – o motorista estacionava o Mercedes na garagem da mansão Meester.
– Eu preciso estar linda nessa festa, Meester, você não entende? – dizia, emburrada, ainda com os braços cruzados e sua bolsa pendurada em seu ombro, seguindo a amiga, que entrava em sua casa.
– Eu entendo que o Danny te convidou, safada! – um sorriso cerrado e malicioso surgia nos lábios da mais velha.
– Isso não tem nada a ver! – a morena falava, séria, tentando reprimir a risada que sairia a qualquer momento, pela expressão da amiga. -É a festa de boas-vindas, todos do colégio estão convidados.
– Tá, mas ele convidou todos E A ! – ria e a mais nova ainda tentava, sem muito sucesso, prender sua risada.
– Você está tentando mudar de assunto! Vamos voltar para o carro e ir para o shopping!
– Olha pelo lado bom: você vai dormir aqui em casa dois dias seguidos!
– Mas eu quero fazer comprar!
– Para de drama, ! E por que todo esse desespero? – perguntou, se encaminhando para as escadas. – DOROTHY, CHEGAMOS! – a garota gritou cumprimentando a governanta, que respondeu dizendo que levaria daqui a pouco um lanche para elas no quarto.
– Ah, ... Você sabe! – a menina dizia, já no andar de cima, jogando a bolsa no divã e tirando o blazer, o sapato e as meias.
fora para seu closet guardar sua bolsa e trocar de roupa, porém, no momento em que ouvira a frase da garota e sua entonação, apareceu na porta com sua pose de mais velha e mandona:
– Não, ! Não, não, não!
– Aff, , nós vamos ficar, só isso! – a moreninha dizia simplesmente, se dirigindo para a cama da amiga e sentando no meio dela com pernas de índio.
– Eu vou agora capar aquele filho da puta! – se dirigiu à porta, gritando por Alfred, e pôde ouvir a mais nova interceder por Liam. – , você não vai nessa festa! – voltou para o quarto de braços cruzados, falando, decidida.
– Como assim? – estava de joelhos sobre a cama e a encarava com as sobrancelhas juntas.
– Você não vai e ponto final. Você não vai atrás do Liam e acabou!
– Mas você não pode me impedir!
– Posso e vou! Você não vai cair na lábia do meu amigo, é meu melhor amigo, mas é um canalha. – falava, convicta de sua acusação.
– Tudo bem, eu não fico com ele, mas eu vou à festa. – a mais nova disse com aquele jeitinho só dela, que convencia qualquer um a ceder a seus caprichos. Voltou a se sentar e sorriu minimamente, sem deixá-la perceber.
odiava discussões, fato. Por isso, as evitava até o fim, totalmente ao contrário da melhor amiga, que adorava assistir a uma briga verbal ou participar de uma.
– Não vai.
– POR QUÊ?
– Porque eu te conheço e sei que, na primeira olhada do Liam, você corre para os braços dele. – se aproximou da cama e sentou-se ao lado da mais nova.
– Ah, , qual é? Eu juro, juradinho, que não vou me aproximar dele! – levantou o dedo mindinho como sempre fazia quando prometia algo e pôde ver a amiga suspirar alto, colocando uma mecha teimosa que caía em seu rosto atrás da orelha.
– Ok. Como eu vou falar isso pra você? – perguntou retoricamente, sentando-se de frente para a mais nova e passando as mãos pelo rosto, nervosa. – , ele vai te decepcionar, não se desperdice assim, não viva sua vida desse jeito. É claro que ele vai dizer tudo o que você quiser e depois vai embora mais rápido do que veio e vai te deixar só, se sentindo culpada. Por dois anos, ele diz as mesmas malditas coisas que você acredita tão rápido e você faz de novo e de novo. E eu fico vendo você cometer os mesmo erros. Por favor, , não seja tão inocente, não espere até seu coração sangrar. O Liam continua confundido a sua cabeça, tentando se aproveitar de você toda noite e, de manhã, você só se odeia por perceber que ele não vai falar com o Zayn. Eu tenho visto por dois anos você sofrer e eu não vou mais deixar vocês sofrerem assim. Nem que pra isso eu tenha que falar com seu primo! – concluiu, abraçando a amiga, que estava de cabeça baixa, apenas a ouvindo.
Liam e nunca namoraram, mas o que ela sentia por ele era tão forte que, às vezes, isso não importava, se apenas por algumas horas os dois pudessem ficar juntos, o que geralmente acontecia toda semana, em algumas fugas; "treinos de boxe" dele e "aulas de dança" dela.
Almoçavam juntos e passavam o resto da tarde em qualquer lugar, fazendo absolutamente nada além de conversar e se beijar, apenas aproveitando a companhia uma do outro. Se por acaso Zayn soubesse que naquele dia não deveria ocorrer treinos e aulas, e Harry sempre estavam lá para ajudar o "casal".
Era horrível vê-lo com outra, e, como havia dito, seu coração quase chegava a sangrar. Como não possuíam um relacionamento, Liam achava natural sair com outras garotas, o que não o impedia de achar ruim quando saía com alguém que não fosse ele, fazendo se revoltar com o melhor amigo por ser cafajeste e egoísta.
Ele, assim como ela, odiava tal situação humilhante. Gostaria de mudar isto, no entanto, tinha medo do que o melhor amigo acabaria fazendo. Já havia pensando muitas vezes em falar com o primo da menina, todavia, Zayn sempre deixava bem claro que manteria em uma bolha se possível, e amigo que é amigo não mexe com família! Desistir dela também não era uma opção, afinal, seu sorriso era bonito demais para deixá-lo partir, seu perfume o atraía, seus olhos verdes, brilhantes com uma esmeralda, eram intensos e cheios de amor e seu jeitinho inocente o instigava a permanecer.
Por tais condições, esse medo de assumirem, e ao mesmo tempo de ficarem longe um do outro, praticamente os forçava a viverem se escondendo, todavia, tal drama era desnecessário e o "casal" nunca saberia a posição de Zayn se não falasse com ele. e Harry eram contra tal posicionamento dos dois, mas juraram não falar nada para o primo da caçula. Acabaram se acomodando na situação e basicamente desistiram de tentar mudá-la.
– E você vai à festa... – disse, soltando-se do abraço.
– Eu vou? – perguntou, fungando o nariz.
– Você vai se arrumar, ficar linda, porque tem um cara gato e que gosta de você te esperando. Antes, porém, você vai procurar o Liam e acabar com essa palhaçada, okay?
– Okay. – deu um meio sorriso.
Três dias se passaram desde a catástrofe no refeitório do Eton, que se tornara matéria na coluna de fofocas do colégio. Acredite se quiser, existe gente que se submete a isso, escrever sobre a vida dos alunos e expô-la por nada em troca, o que revoltava , que vivia dizendo que, se fosse diretora da redação do jornal, isto não aconteceria, porém, ela também dizia que não tinha tempo para gastar com pouca coisa.
Já estava no horário do almoço naquela sexta-feira de vinte graus, temperatura até que agradável, e, por isso, a maioria dos alunos decidiu sentar-se nas mesas do pátio externo da escola, assim como alguns dos nossos queridos amigos.
Niall, Zayn, , e estavam acomodados embaixo de uma das árvores do grande gramado e conversavam aleatoriamente, rindo vez ou outra por algumas piadas.
– Vocês vão à festa amanhã? – perguntou, animada.
– Eu tava a fim de ir a uma festa, mas uma de verdade, sabe? – Zayn dizia, com seu isqueiro em mãos. – Em que eu possa pegar quantas eu quiser e depois elas sumam da minha frente pra sempre. Se eu ficar com alguém da escola, é possível que ela me persiga até o inferno!
– Você é um poço de delicadeza! – estava com um sorriso cerrado e o rapaz sorriu de lado ao encará-la.
Aqueles dois não se odiavam como alguns outros do grupo, só gostavam de implicar um com o outro. Achavam divertido as provocações e esperavam ansiosos as respostas azedas para poderem continuar se "odiando". Apenas eles se entendiam e provavelmente seria assim para sempre!
– Agora me diz você, , quando vamos conhecer o Josh? – perguntou, sorrindo abertamente. – Ouvi dizer que ele é simplesmente gostoso! – disse na lata, revirando os olhos com a imagem daquele corpo maravilhosamente esculpido e bronzeado.
Os amigos riram de sua falta de vergonha na cara e a loira ficou levemente envergonhada, também rindo e rolando os olhos.
– Primeiro, não é Josh, é Joshua! – fez biquinho, enfatizando a pronúncia do nome do americano, e Niall sorriu por sua performance.
– Ele não gosta que o chamem de Josh? – seu amigo perguntou.
– Não, eu que não gosto! – sorria sapeca, dando de ombros. – E segundo, tira o olho, Westwick! – soltou um gritinho agudo, arremessando uma bolinha de papel na amiga. – Mas, sim, ele é tão lindo, perfeito, fofo e gostoso que dá vontade de bater nele! – sorria de olhos fechados, batendo na mesa.
– Acho que finalmente sei o que vou fazer naquela aula vaga que eu tinha! – chegou correndo, sentando-se ao lado de .
– E o que seria? – seu primo perguntou, sem encará-la, ainda brincando com o isqueiro.
– Vou fazer teste para as líderes de torcida! – disse, sorridente, apenas esperando a reação de Zayn, que foi exatamente, senão pior do que imaginou. O garoto soltou o isqueiro na mesa e a encarou de olhos arregalados.
– Você o quê? – perguntou e a menina pôde ouvir a voz de Liam atrás de si, com a mesma entonação chocada do primo.
– Bem, essa aula é dedicada a coisas que gostamos de fazer, e eu amo dançar, então...
– Não mesmo! – Liam soltou uma risada nasalada, sentando-se ao lado de Zayn, que o encarou, achando curiosa a sua atitude, mas sem tempo de fazer perguntas para ele.
e Niall riam da cena, encarava a amiga de forma engraçada, com um sorriso cerrado e já tinha uma ideia em mente.
– Quanto drama, por que não?
– Porque não, acabou, próximo assunto. – seu primo dizia decidido, não dando a mínima para sua vontade.
– Mas, Zayn...
– Já disse que não!
– Ele disse que não! – Liam estava quase beijando o rosto do amigo em agradecimento.
– Vocês não mandam em mim! E ser líder de torcida não tem nada demais, tenho certeza de que eu seria muito boa!
– , acho que esse é o problema aqui! – sorria ao lado de Niall enquanto comiam amendoins.
– Pelo amor de Deus, o que pode acontecer de mais?
– No mínimo te confundirem com uma putinha, sabe como é, ossos do ofício! – ria e batia high-five com e Niall.
– Estou ofendida! – dizia com as sobrancelhas arqueadas e a mão sobre o peito. – Não é só porque eu vou entrar para o time que serei igual a elas!
– , deixa eu te explicar uma coisa: ser uma líder de torcida significa, SIM, dar pra todo mundo, é lei, você não pode mudar isso. – Zayn dizia como se explicasse algo a uma criança.
– Você é ridículo!
– Eu acho que ela deveria tentar! – disse, enrolando uma mecha de cabelo nos dedos.
– Obrigada! Pelo menos alguém aqui não é preconceituoso! – colocava sua mão no ombro da amiga, que sorria toda alegre.
– Styles, fica na sua! – Zayn apontava para a loira, que abaixou a cabeça, tristonha por ele ter sido rude com ela, e depois se virou novamente para a prima. – As coisas funcionam assim, por exemplo, nunca existirá um nerd bonito, ou um jogador de futebol inteligente, ou... ou um cara do time de esgrima que não seja metido, também como nunca existirá uma líder de torcida virgem. São as leis da vida! – o moreno falava sério e menina rolava os olhos. – Estou fazendo isso para o seu bem, acredite em mim!
ainda o encarava com a boca levemente aberta. O silêncio reinava na mesa quando Harry chegou com uma lata de refrigerante em mãos e se sentou ao lado de . O rapaz continuou quieto, alternando seus olhos verdes pelos amigos, que não diziam uma única palavra.
– O que tá acontecendo? – finalmente perguntou, dando um gole em sua Pepsi.
– A teve a grande ideia de entrar para as líderes de torcida! – Niall disse, rindo, e o cacheado gargalhou, batendo uma das mãos na coxa.
– Ihhh, Zayn! – foi o que ele disse, encarando o moreno e a Liam com um sorriso divertido nos lábios. – E como vai ser?
– Ela não vai fazer teste nenhum. – o primo da menina disse, sério, encerrando o assunto.
– Que injustiça, acho que ela se sairia muito bem! – Harry fez questão de continuar, afinal, pimenta nos olhos do outro é refresco.
– Obrigada! – falou alto e foi ignorada pelo amigo e pelo primo.
– Queria ver se fosse sua irmã se você ia dar todo esse apoio. – Zayn dizia com os olhos cerrados.
– Minha irmã nunca faria isso.
– Na verdade, eu tava pensando em fazer o teste com a ! – disse, empolgada, batendo palminhas, e foi abraçada pela amiga, que ria.
Zayn gargalhou pela declaração de e encarou o amigo, divertido:
– E agora, Curly Boy? – perguntou, ainda rindo, acompanhado por , e Liam.
– Você o quê? – o irmão da menina e Niall gritaram juntos.
– Tá maluca, ? O Harry nunca deixaria você fazer uma coisa dessas, né, cara? – o irlandês quase implorava para o amigo não dar permissão à garota.
– Claro que não! Tá maluca, ?
– Gente, qual é o problema? Como a disse, não tem nada de mais e, além do mais, aquele uniforme é uma gracinha! – sorria, empolgada, já se imaginado com a roupa.
– Ela tem razão – disse, ainda com seus amendoins, e todos viraram para ela, estranhando sua frase. – É uma gracinha mesmo, gracinha bem inha, porque nem tecido direito aquilo tem! – ria da própria piada, batendo no ombro de Niall, incentivando-o a acompanhá-la, sem muito sucesso. A única que gargalhou foi e levantou a mão em forma de soquinho, cumprimentando a amiga.
– Isso não tem nada a ver! – arrumou sua postura, costas eretas e mãos repousadas sobre a mesa. – Não devemos ter preconceito com nenhum grupo do colégio, temos que socializar com todos sem nos importar com as diferenças! – começava seu discurso e pôde reparar nos garotos revirando os olhos, e sorrindo divertidas e rindo minimamente pela reação do primo. – Ser líder de torcida não significa ser puta, como vocês disseram. E, além disso, é muito bom fazer atividades novas, conhecer novas pessoas e novas amizades, que acontecerão se a e eu entrarmos para o time. Lembrando que existe o campeonato de líderes de torcida que nossa escola foi campeã nos dois últimos anos, entrar para o time seria difícil e vocês – apontou para cada um dos amigos, que estavam quietos, a ouvindo. – Deveriam se orgulhar de nós se conseguíssemos. – parou de falar e pôde ver que o irmão iria contestá-la, porém lembrou-se de mais um ponto. – Ahhh, e mais uma coisa: Zayn, sua prima é uma ótima bailarina, você deveria apoiá-la.
começou a bater palmas e logo e a imitavam.
– Eu ensinei tudo o que ela sabe! – a ruiva disse e a loirinha sorriu orgulhosa, com a cabeça deitada alguns centímetros para o lado.
– Tá bom, agora me deixa falar só uma coisinha. – Niall pedia a atenção de todos. – Ser líder de torcida quer dizer, sim, transar loucamente por aí – dizia, sério, porém a gargalhada que e soltaram o distraiu e ele acabou rindo também. – , você está certa em dizer que devemos conversar com todas as pessoas que existem aqui, mas deve ter em mente que existem características para alguém entrar em um grupo, e o das líderes de torcida é esse!
– É como um ritual de entrada – Liam começou a dizer, batendo o dedo indicador ora ou outra na mesa. – Se você é virgem, elas te tornam uma pessoa não virgem! – , , e Niall riam, enquanto continuava séria, com os braços cruzados.
– Uma "pessoa não virgem"! – fez aspas com os dedos. – Belo termo, Liam! – ria e o rapaz também riu levemente.
– Estou indignada que vocês pensem assim! – a loira aparentava estar decepcionada.
– Não fique, é só a verdade! – Harry deu seu último gole em sua Pepsi e a arremessou em direção ao lixo, acertando-o. – Nós já participamos desses rituais. – disse, sério, e pôde perceber olhares curiosos sobre si.
– Somos nós que as tornam "pessoas não virgens" – foi Zayn quem explicou com um sorriso malicioso nos lábios, fazendo alguns presentes rirem.
– Vocês são nojentos! – falava com as sobrancelhas arqueadas.
– Pessoa não virgem... – sorria de cabeça baixa, ainda achando graça do termo.
– O que você disse, ? – se aproximou da mesa e, ao ouvir a fala da loira, riu.
– Longa história, , vem que eu te conto. – levantou da mesa, pegando a bolsa. – Mas posso adiantar que tudo começou com a grande ideia que a sua amiga teve. – apontou para , que estava de cabeça baixa, esperando a reação de . – De ser líder de torcida.
Meester encarou , depois se virou para Zayn e Liam e voltou os olhos para a caçula. – A , líder de torcida? – gargalhava com a cabeça para trás, fazendo alguns acompanhá-la. – , tá doida, menina? – ainda ria e puxava a amiga pelo braço.
– Ahh, eu pensei que seria legal...
– Aham! Seria muito legal mesmo!
As três meninas se despediram do grupo e andavam conversando até a porta principal.
– Bem, gente, eu também tenho que ir. – levantou, colocando a bolsa no ombro. – Sabem como é, um dia sem perturbar a Foster é um dia perdido! – se referia a Julie Foster, diretora da redação do colégio. Os amigos riram por sua infantilidade, contudo, sabiam que não adiantava dizer para a garota parar, Westwick adorava fazer pirraça. – Me acompanha, Princesinha Styles? – chamou a amiga, que sorriu alegremente, aceitando o convite, e deu um beijo estalado no rosto do irmão em despedida. – Ahh, e primogênito Styles, apesar de eu não gostar de você, não se preocupe, eu tiro essa ideia da cabeça dela! – disse de braços cruzados, com seu sorriso arrogante no rosto, e pôde ver Harry agradecê-la com um sinal.
– Fico te devendo essa.
– E eu vou cobrar! – se despediu de todos com um aceno de cabeça e virou-se para ir à redação do jornal.
– , você não devia ter dito isso pro Harry! Eu vou fazer o teste.
– Não vai não. – disse segura de que a caçula não faria isso.
– Por que você tem tanta certeza? – cruzou os braços e a encarou com as sobrancelhas juntas.
– Porque eu te conheço, . Você é fogo de palha, daqui a pouco apaga! – respondeu simplesmente e pôde ver a cara de confusa da amiga, que não sabia se ficava ou não ofendida com suas palavras.
– Tanto faz! – a loirinha optou por não ligar. – Nós vamos à festa do Danny, né? – perguntou, animada.
– Claro que sim, não perderia por nada, adoro as festas de boas-vindas! Eu vou com toda certeza...
– Muito bom saber, ! – Louis entrou no meio das duas meninas e passou o braço pelo ombro de ambas. Sorria alegremente enquanto se soltava dele.
– Sai daqui, Tomlinson, tá maluco? Nunca te dei liberdade pra ficar me abraçando por aí! – falava, irritada, limpando a área em que o rapaz havia a tocado.
– Nossa, , por que tá brava? Eu atrapalhei alguma coisa? – virou para , que negou com um aceno de cabeça. – Nós poderíamos ir para a festa juntos, né, ? – perguntou para a garota, que gargalhou, irônica, e rapidamente voltou à pose séria.
– Por que eu faria isso, sua anta? Estou em meu estado mental perfeito!
– Poderíamos ser o casal do ano!
– EU APOIO! – gritou, com as mãos levantadas, e a ruiva a fuzilou com os olhos.
– Eu não vou nessa festa! – falou, brava, saindo de perto dos dois.
– Mas você acabou de dizer que não perderia por nada! – a loirinha falava, decepcionada.
– Não frequento os mesmos lugares que essa coisa vai! – A garota gritou de onde estava, sem parar de andar, e, em dois tempos, já estava dentro do colégio.
e deixaram na sala de gramática e foram juntas para a aula de economia, uma das poucas aulas em que os mais velhos e os mais novos se misturavam.
A moreninha sentou-se em uma mesa e abaixou a cabeça, esperando a professora chegar para começar suas atividades. Sentiu a carteira vibrar e pegou o celular, que estava no bolsinho externo de sua bolsa, vendo que recebera uma mensagem de Liam.
sorriu instintivamente encarando a tela do celular. Aquele apelido ridículo, que ela achava graça, ficava fofo na voz dele. Queria tanto vê-lo, mas sabia que ficaria sabendo desse encontro e exigiria dela uma conversa com Payne, que teria um final não muito agradável para ambas as partes. E foi com medo desse papo que a garota decidiu adiar o encontro, pelo menos até o fim de semana.
A resposta não era tão mentirosa assim, ela realmente precisava passar na academia de dança para conversar com seu professor. Todavia, isso não lhe tomaria mais de dez minutos. Ainda estava com o iPhone em mãos quando o sentiu vibrar novamente.
sorriu abertamente ao ler a SMS e começava a digitar uma resposta, porém a professora entrou na sala e parecia não estar de bom humor. Cumprimentou os alunos com um bom dia baixo e se caminhou para a lousa, já começando a escrevendo. A morena apenas digitou que a aula estava começando e guardou o aparelho de telefone.
O restante do dia foi tranquilo e o último sinal soou antes do esperado, anunciando o último dia de aula da semana e o fim da primeira e traumatizante semana de aula. Pelos corredores de todo Eton, a única notícia que circulava era a festa de boas-vindas, que prometia ser memorável. Danny era parado de tempos em tempos por onde andava, sendo questionado sobre os preparativos. O rapaz estava feliz e orgulhoso por ser o futuro anfitrião.
estava no gramado do colégio esperando Niall, que sempre lhe dava uma carona para casa, e conversava com Tracey, uma líder de torcida, quando viu Joshua se aproximar. Por dentro, ela vibrava por vê-lo indo em sua direção. Por fora, continuava falando normalmente para a morena à sua frente como a primeira semana estava indo.
– Oi! – o rapaz cumprimentou as duas com um sorriso cerrado, tímido, e estava meditando o quão fofo e mordível aquele garoto era.
– Oi, Joshua! – sorria simpática e torcia para que Tracey encontrasse algo melhor para fazer, e foi isso o que aconteceu. Ao perceber o clima, a líder de torcida arrumou uma desculpa qualquer e foi embora, deixando os dois sozinhos.
– E então, como estão indo as coisas? – a menina perguntou, tentando puxar assunto.
– Bem, eu passei para a equipe de vôlei! – sorriu sem mostrar os dentes, diferente dela, que o parabenizou alegremente.
– Você vai à festa amanhã? – perguntou, fingindo indiferença à resposta.
– Era sobre isso que eu queria falar. – o rapaz disse e a loira não entendeu. – Eu te vejo lá amanhã?
– Claro! – respondeu rápido demais, se arrependendo segundos depois por parecer desesperada. Sorriu tímida e abaixou o rosto para o chão, vendo-o aumentar o sorriso. – Ãhn... Eu acho que tenho que ir, meu amigo está me esperando. – falava, envergonhada, balançando a cabeça.
– Amigo? – o rapaz perguntou, amaldiçoando tal pessoa, afinal, amigos nunca eram legais neste caso, amizades coloridas existiam.
A garota percebeu sua reação e logo tratou de consertar o que dissera.
– É, como eu ainda não tenho idade pra dirigir – revirou os olhos – Ele me dá uma carona, mas eu não gosto de deixá-lo esperando porque ele tem que passar na casa da namorada todos os dias!
– Ohh... Entendo.
– Pois é, namorada, todos os dias. Eles vivem juntos, se amam! – falava com as sobrancelhas arqueadas e Josh riu levemente por sua expressão. – Sabe a April Winster?
– Pra falar a verdade, não...
– Pois é, é ela, a NAMORADA. – estava quase soletrando a palavra para enfatizar que não existia nada entre ela e esse amigo e estava livre e desimpedida!
Joshua percebeu sua tática e riu, a fazendo acompanhá-lo. A menina continuou ali por alguns segundos sem dizer nada, apenas o admirando, quando foi despertada de seus devaneios.
– Você não tinha que ir? – o rapaz perguntou, apontando para trás com o polegar.
– Ah, é! – balançou a cabeça rapidamente, como se a forçasse a sair de outra realidade. – Tchau, Joshua, até amanhã. – andava de costas, acenando para o garoto.
– Até! – sorriu, charmoso, também acenando.
A garota correu até o estacionamento, encontrando Niall e Louis conversando, apoiados no carro do irlandês. Não disse nada, apenas entrou na Range Rover e esperou pelo amigo.
Tentava se lembrar de todas as roupas de seu closet, pensando qual escolha seria a melhor. Afinal, agora precisava estar deslumbrante.
Capítulo 6
A garota se olhava no espelho pela décima vez, desta vez, passando o batom e observando toda aquela produção, finalmente satisfeita com o que via. Estava se arrumando desde as quatro da tarde, pois era lenta e sempre se atrasava para os compromissos e, naquela noite, a amiga lhe tinha dito que se chegasse e a morena não estivesse pronta a esperando, ia embora sem pensar duas vezes.
– Tá bonita! – seu primo disse, se encostando na batente da porta. – Quer impressionar quem em especial?
– O máximo de gatinhos que eu conseguir! – disse, rindo.
– Acho que mudei de ideia, vou nessa festa sim. Alguém tem que tomar conta de você.
– Tenho certeza que Louis, Niall e Liam exercerão seu papel muito bem! – falava, rindo, guardando a maquiagem. Vira o moreno pedir para os amigos ficarem de olho em sua prima, já que ele não iria à festa.
Motivo para Zayn Malik recusar uma farra, indeterminado. Ninguém entendeu o porquê de ele e Harry não irem à festa naquela noite. , todos sabiam que era apenas pirraça, porque Louis havia dito que iria apenas por ela.
O rapaz riu minimamente.
– Tenho certeza de que sim. Na verdade, o Niall eu não tenho muita certeza, porque ele vai estar ocupado com a Winster, e o Louis com todas as outras garotas que existirem lá! – ria junto com a menina. – Agora o Liam é de responsa! Pelo menos nas primeiras duas horas... – lembrava de vezes que o amigo ficara bêbado antes que ele.
, por sua vez, lembrou da conversa que deveria ter com o rapaz, mas que provavelmente não aconteceria naquela noite.
– Posso te fazer uma pergunta hipotética? – virou-se de repente para o rapaz, apontando-o um pincel de blush.
– Claro, manda. – sorriu, incentivando-a a continuar.
– Tá, hmm... Se você gostasse de um cara... – a garota não encarava o rosto do primo, estava com de cabeça baixa, e não percebeu que Zayn abria um sorriso acusador, gargalhando em seguida.
– Tá apaixonada, ?
– Eu disse em algum momento que estava apaixonada? Não seja ridículo, já disse que é uma pergunta hipotética, mas esquece, você não se importa com essas coisas, você não liga pra mim!
– Quanto stress, calma, priminha! Vai, continua. – balançou a cabeça negativamente, fazendo manha, e o rapaz rolou os olhos por sua infantilidade e passou as mãos pelo rosto nervosamente. – Eu prometo não abrir a boca.
– Pergunta hipotética, OK? – Zayn se limitou a balançar a cabeça positivamente. – Você gosta de um cara, faz um tempinho já e aí tem outro muito gato que gosta de você, você ficaria com qual?
– Preciso de mais detalhes, não posso simplesmente escolher um e ficar por isso mesmo. – Zayn puxou a morena pelo braço para se sentarem na cama dela.
– Você gosta de um garoto, e não sabe se é recíproco. Ele diz que é, mas, por motivos da vida, vocês não podem ficar juntos...
– Que tipo de motivos? – o rapaz estava de braços cruzados e encarava a prima, prestando total atenção ao que ela falava.
– Ah, Zayn... Motivos! Isso não vem ao caso. O que importa é que não dá pra vocês ficarem juntos. E o outro cara gosta de você e as coisas podem ser diferentes com ele, eu acho...
– Olha, , se você me desse nomes, ficaria tudo mais fácil – a menina sorriu travessa e balançou a cabeça negativamente. –, mas a minha intuição de primo mais velho diz que um desses dois é um tal de Daniel Phillips. E eu acho que o Danny será uma boa opção.
– Não estamos falando de mim, estamos falando da sua garotinha interior!
Zayn gargalhou ao ouvir tal frase ridícula e encarou a garota com um sorriso.
– , você só tem 15 anos, não é como se você fosse casar e ter filhos amanhã. Apenas aproveite essa fase da vida, que é a melhor de todas, não fique presa a alguém. – aquela frase tão típica de Malik, "Relacionamentos são uma droga, nunca queira um!" – Vá àquela festa e curta a noite, mas nem olhe para o outro filho da puta, porque está claro que ele não te merece!
sorriu fraco com os olhos abaixados para seus pés. Sabia que o moreno lhe dizia aquelas coisas e só tinha mais certeza de que deveria acabar tudo de uma vez com pseudo-namorado, apesar de não ser esse seu desejo.
– Acho que não era isso que você queria ouvir, né? – o rapaz disse, olhando para o mesmo ponto que ela encarava.
– Não, é só que você é a segunda pessoa que me diz isso, e a primeira acabou de me mandar uma mensagem falando que tá me esperando lá fora.
A morena se despediu do primo e desceu as escadas correndo, encontrando a amiga na sala, a esperando.
– Oi, safada. Tá bonita, hein! – ria enquanto a menor fazia uma pose e dava uma voltinha para ela ver sua roupa.
– Você também tá linda, xuxu!
– Xuxu é o meu pau, ! – a morena falou, séria, e desatou a rir quando a caçula virou a cabeça para trás, gargalhando.
– Olha a boca, , não gosto de palavras de baixo calão na minha casa. – a voz de Zayn foi ouvida do andar de cima.
– Vamos, . Adeus, Malik.
– Tchau, babe! – gritou para o primo e foi puxada pela amiga até o carro, no qual Alfred as esperavam, apoiado na Mercedez. Camisa social com as mangas dobradas um pouco abaixo dos cotovelos, braços cruzados e um sorriso charmoso.
– Boa noite, senhoritas. – cumprimentou as garotas e abriu a porta para que entrassem.
Foi só ouvir a batida de sua porta que disse baixo para a amiga:
– Eu ainda dou pra esse homem.
– ! – falou, horrorizada, gargalhando.
– É uma questão de honra! – a mais velha também ria.
– Você é louca, tá andando demais com o Louis!
– Para onde, senhorita Meester? – Alfred perguntou educadamente do banco da frente ,a observando pelo retrovisor.
– Pra casa do Phillips, eu te passei o endereço ontem, lembra?
– Claro, chegamos lá em quinze minutos, senhoritas.
– O que dizer desse Fred, com toda essa educação e charme? – a caçula falava, rindo, e o homem sorriu divertido.
– Tira o olho, garota, já disse que o Alfred é meu, SÓ MEU! Sou uma mulher ciumenta. – gesticulava abertamente. As duas garotas gargalhavam e o motorista ria, às vezes.
A festa de boas-vindas estava bombando na mansão Phillips. O gramado já estava repleto de copos, garrafas e adolescentes se embebedando. Dentro da casa, um jogo de beer pong acontecia no porão. Na sala, uma mesa redonda fora improvisada para o pôquer. Várias pessoas estavam na piscina, algumas com roupas de banho e outras com roupas normais. Todo e qualquer canto da casa tinha casais se agarrando. Os adolescentes já se sentiam razoavelmente mais soltos pelos efeitos das bebidas alcoólicas, e esbarrava em outro enquanto andava à procura de Louis, com logo atrás dela.
– Hey, garotas! – Jason, o capitão do time de futebol, chegou, as cumprimentando, ficando entre as meninas e passando um braço pelo ombro de cada. – Vocês já são gostosas, mas conseguiram ficar mais atraentes essa noite! – sorria e surpreendeu com um beijo na bochecha. Virou seu rosto para repetir o ato com e a garota tapou o rosto do rapaz com sua mão, o empurrando para trás e tentando se desvencilhar dele.
– Te dou dois minutos pra sumir da minha frente com esse bafo de tequila!
– Nossa, , não seja assim, estou só lhe dando as boas-vindas! – falava embolado pelo efeito do álcool.
– Entenda uma coisa, querido, eu não gosto de você e nunca fingiria simpatia por alguém que tenho repulsa! – sorria, arrogante, e algumas pessoas disfarçadamente prestavam atenção à conversa.
– Sabia que eu prefiro as difíceis? Vamos lá pra cima conversar em particular?
arqueou as sobrancelhas, oprimindo uma risada que tentava escapar. No entanto, gargalhou pelo convite feito para ela.
– Você é ridículo... Ãhn?... Como é seu nome mesmo? – cerrou os olhos, encarando o rapaz.
– Meester, o que você tem de gostosa você tem de arrogante e, no fim das contas, o seu conteúdo não vale a embalagem! – levantou os braços, se rendendo, e afastou-se das garotas com um sorriso vitorioso nos lábios por fazer o queixo de cair. Foi possível ouvir as risadinhas de pessoas que estavam ao redor e acompanhavam a cena. A garota fechou as mãos em punho, sentindo o rosto ficar vermelho e os olhos se esquentar pelas lágrimas de puro ódio que se formavam.
– , deixa pra lá, pelo menos, por enquanto... – disse, a segurando pelo braço.
– Ele vai se arrepender, , ah, vai! – a garota se soltou da amiga e foi em direção à cozinha, abrindo a geladeira, procurando por algo para beber.
– Olha quem eu achei! – chegou minutos depois de braço dado com Louis. abria uma garrafa de vodka e deu um grande gole, fechando os olhos, sentindo o líquido quente rasgar sua garganta.
– Eu vi o que aconteceu e posso dizer que daremos um jeito nele depois. – Louis piscou para a morena, que revirou os olhos e voltou a tomar sua vodka.
– Sabia que eu não devia ter vindo nessa festa maldita. – falava, irritada, derrubando no chão alguns copos que estavam em cima da bancada.
– Não fala isso, estamos aqui apenas há dez minutos, a festa tá só começando. – estava de braços cruzados, apoiada na pia.
– Dez minutos que entrarão para os piores da minha vida...
– Acho que você tem que entrar no trenzinho da felicidade Tomlinson e aproveitar a festa com estilo. – Louis se aproximou da amiga e apoiou suas mãos nos ombros da garota, os apertando, fazendo cócegas, e riu, se soltando dele.
– Para, Lou! Aquele filho da puta vai me pagar.
– É claro que vai, , mas daqui a pouco. Primeiro vamos beber, dar uma risadas, conversar, beber mais um pouco, planejar algo pro Bennett, beber mais, socializar com algumas pessoas enquanto bebemos e talvez vomitar um pouco porque beberemos muito. – dizia, rindo, e a garota fez cara de nojo, também rindo. – O trenzinho da alegria Tomlinson está fazendo a última chamada, pois deixará a estação em poucos minutos. Pedimos aos passageiros que se acomodem e aproveite a viagem. Obrigado, de nada.
– Me convenceu... – disse, abraçando sua garrafa de vodka, e Louis sorriu, animado.
– É assim que se fala, terei as duas garotas mais lindas da noite no expresso Tomlinson! – dizia, arrumando os cabelos como um badboy dos anos 90.
– Apesar de ser um convite irrecusável, eu vou ter recusar. – sorria, se fazendo de inocente.
– Mas se é irrecusável, como você pode recusar? – o rapaz a encarava com os olhos cerrados.
– Eu vou dar uma volta e depois embarco na diversão com vocês! – a caçula deu uma piscada, caminhando de costas para a porta que levava para a área da piscina.
– Tô de olho em você. – falou, séria, tendo em mente o que pretendia fazer, ou melhor, quem pretendia encontrar.
– Sim, senhor, senhor! – a garota bateu continência de forma desajeitada, fazendo Louis rir e rolar os olhos, sorrindo, e saiu pela porta.
– E então, quando o trem deixa a estação? – virou seu rosto para Louis, que estava apoiado na bancada ao seu lado. O garoto sorriu, a puxando pela mão.
– É assim que se fala!
***
Em uma das salas da grande mansão, o jogo de pôquer estava começando a ficar sério. estava assistindo Joshua competir e havia chegado à conclusão de que nem tudo era perfeito, pois, apesar de ser um poço de beleza, charme e um ótimo jogador de vôlei, o rapaz não era tão bom assim no pôquer. Estavam na segunda rodada, ele perdera a primeira e estava prestes a perder a segunda.
A loira, que estava em pé atrás de Joshua, apoiando as mãos na cadeira em que ele estava sentado, observava suas cartas. Pensava em alguma dica para dar ao rapaz, porque além de não querer que ele fosse derrotado mais uma vez, não queria ouvir de novo a comemoração ridícula de Trenton Harvey, riquinho, popular e nojento, que poluía qualquer local com sua presença. No entanto, o jogo de Joshua estava morto, não tinha o que fazer com aquele grupo de cartas horríveis, com certeza a sorte não estava ao lado do americano naquela rodada, e foi então que Harvey desafiou seus oponentes e, um a um, eles foram desistindo, fazendo de Trenton vencedor.
– O papai aqui é bom ou não é? – o rapaz comemorava e revirou os olhos, irritada. – Ei, Hilton, não fique brava porque seu namoradinho perdeu, mais tarde eu o ensino a jogar. – disse e caiu na gargalhada, fazendo a namorada e alguns amigos rirem.
ia responder, porém Joshua se pôs de pé e a interrompeu.
– Vamos, . – o rapaz disse, tentando levá-la junto.
– Você vai deixá-lo te insultar assim?
– Esquece isso, , não é nada de mais, é só um jogo. Vem, vamos aproveitar a festa. – tentou levá-la para longe dali.
– Não é "apenas um jogo"! – fez aspas, parecendo estar ofendida pelas palavras do rapaz. – É pôquer. E eu não saio daqui até ganharmos!
– Mas já deu pra ver que esse tal de Trenton é muito melhor que eu, eu nunca venceria dele.
– Isso não me impede de tentar!
– Você vai jogar? – Joshua parecia desafiá-la.
– E qual o problema? – perguntou, cruzando os braços, e o rapaz levantou os seus como se estivesse se rendendo.
– Nenhum, vai lá. – sorria charmoso, todavia, não sentira vontade de beijá-lo como sempre acontecia quando ele sorria daquela forma, mas sim vontade de socar aquele rosto perfeito por duvidar de sua capacidade.
A menina se virou para a mesa, encontrando Trenton com a namorada, Phoebe, em seu colo. Fez uma careta de nojo e se aproximou como quem não queria nada.
– Trent, vocês vão jogar de novo? Será que posso tentar? – perguntou, piscando seus longos cílios.
– Tá tristinha porque o namoradinho perdeu, Hilton? – Phoebe perguntou, azeda.
– Phoebe, desculpe, mas não estou falando com você. – palavras duras e afiadas como uma faca contrastavam com sua feição doce e sua voz calma. era a arrogante, porém, não ficava atrás. A única coisa que as diferenciava era a pose superior que insistia em manter, enquanto era simpática e meiga todo o tempo.
– Olha aqui, garota...
– Phoebe, por favor, não se meta aonde não é chamada, estou apenas perguntando se posso jogar. – mantinha o tom calmo e as mãos juntas em frente ao corpo. – E então, Trent, posso?
O rapaz pareceu pensar por alguns minutos e acabou cedendo.
– Tá, senta aí.
– Amor?! – Phoebe gritou, brava, e o garoto rolou os olhos, irritado por sua infantilidade.
bateu palminhas em comemoração e virou-se para Joshua com um sorriso orgulhoso nos lábios. O americano puxou uma cadeira para que ela se sentasse e pegou outra para ele, sentando-se ao seu lado.
– Você tem certeza disso? – Joshua perguntou em seu ouvido.
– Não... Mas não se preocupe, é questão de honra ganhar dessa loira oxigenada! – levantou os olhos para Phoebe, que estava com os braços cruzados e a cara fechada.
As cartas eram distribuídas entre a loira e mais quatro oponentes. aproveitava o momento para analisar os rapazes que estavam sentados ao redor da mesa. Não conhecia nenhum verdadeiramente, apenas os sobrenomes, e tinha certeza de que já tinha derrubado sua salada de frutas sem querer nas calças de um deles. Lembrava-se do que seu pai uma vez lhe dissera: "Sabe qual é a vantagem de ser uma mulher no pôquer? Vão pensar que você não sabe o que está fazendo, e aí que ataca, querida! E nunca se esqueça... Use esse rostinho lindo para fazê-los pensar que não sabe jogar!". Levantou os olhos, vendo que um dos garotos a encarava malicioso e sorriu docemente, seguindo os conselhos do Senhor Hilton.
***
Na área da piscina, Demetria conversava alegremente com um rapaz que ninguém vira aquela semana pelos corredores do Eton. O tal Johnny era de uma outra escola e apenas estava lá aquela noite porque era primo de um dos jogadores do time de Danny.
Um pouco mais a frente, Niall observava os dois disfarçadamente, afinal, sua namorada April estava ao seu lado – lê-se pendurada em seu pescoço, lhe tirando o ar –, com um vestido vermelho sangue escandalosamente curto, chamando a atenção para si não apenas pela cor, mas também pelo comprimento, ou a falta dele. Totalmente diferente de Demetria, que chamava a atenção apenas por estar ali, com aqueles olhos verdes que transbordavam ingenuidade e alegria, um sorriso lindo e uma espontaneidade única. Todos que passavam por ela, homem ou mulher, a encaravam, pois, além de estar deslumbrante aquela noite, a menina sempre chamava atenção.
O loiro observava Demi e o, até então, desconhecido, reparando que não paravam de rir um segundo sequer de algo que ela falava gesticulando abertamente, e era impossível segurar alguns sorrisos que lhe escapavam vez ou outra, que ele disfarçava dando golinhos em sua cerveja.
– Do que está rindo, Nini? – April o chamou e ele levou alguns segundos para perceber que precisava respondê-la.
– Hum... Nada! Nada de mais, só aqueles caras tentando jogar aquele nerd na piscina.
– Argh, bem feito, essa festa não é pra esse tipo de gente.
– Pelo amor de Deus, April, deixa o moleque! Eu vou lá ver se tem alguma coisa pra eu beber. – reparou que Demi entrava na mansão e queria segui-la, todavia, é claro que sua namorada iria reclamar.
– Mas você tá com um copo cheio, amor!
– Eu não quero cerveja, vou procurar outra coisa. – falou, já se distanciando e deixando para trás sua namorada, muito irritada pela atitude que ele tomara.
Antes de seguir Demi, Niall sabia que precisaria de uma ajudinha de um dos amigos. Por isso, correu até Liam, que estava conversando com Chase e Frank, do time de futebol.
– Cara, preciso de um favor! – puxou Liam pelo braço, nem se dando ao trabalho de cumprimentar os outros meninos.
– Oi pra você também, passarinho! Aproveitando a festa? – o amigo o encarou com as sobrancelhas arqueadas.
– Tanto faz, Payne! O negócio é sério! – falava, afoito, olhando ao seu redor para ver se reencontrava Demetria.
– Me deixa adivinhar, você vai se encontrar com a Dama Misteriosa e quer que eu conte uma mentira pra Winster se ela me perguntar alguma coisa sobre você.
– Você faria isso por mim? – Niall o encarava nos olhos pela primeira vez, seus olhos azuis clamavam por piedade.
– Tá bom, Horan, vai lá... – o rapaz nem terminara de falar e o irlandês já saira correndo, fazendo o amigo balançar a cabeça negativamente e sorrir ladino.
Liam correu seus olhos pelo ambiente e nem sinal de . Já começava a cogitar a ideia de que Ortega havia lhe dado bolo, quando sentiu um toque leve em seu ombro e sorriu, pensando ser a menina. Virou-se para abraçá-la, dando de cara com ninguém mais, ninguém menos que Lexi.
– Oi, Li! – falava, provocante.
– Ahh, oi... – disse, desapontado.
– Nossa, Li, não está feliz em me ver?
– É que eu pensei que fosse outra pessoa!
– Uhmm, acho que posso compensar a falta dessa pessoa... – sorriu, se aproximando e passando um dos braços pelo pescoço do rapaz.
Niall, que saíra correndo, apressado, já estava quase dentro da mansão quando trombou em alguém menor que ele e a segurou firme para que não caísse.
– Desculpa aí. – não abaixou os olhos para ver quem era e tentava empurrar a menina para entrar na cozinha, porém esta o chamou.
– Oi, Niall! – sorriu, levantando seus olhos verdes e rindo da surpresa do amigo ao ver em quem havia trombado.
– Oi, little ! Pensei que não vinha mais. – a soltou e continuou olhando para dentro da casa disfarçadamente.
– Eu me atrasei um pouquinho, mas ainda são onze horas, então ainda tem muita festa pela frente.
– Com certeza... Ãhn, você viu a Demi passar por aqui? Eu preciso avisá-la que o Harry me ligou e queria falar com ela, porque ela não atende o celular. – inventou uma mentira de última hora.
– Ela acabou de passar por aqui, deve estar na cozinha... – Niall já estava caminhando novamente, sem esperar o final de sua resposta. A morena deu de ombros e voltou a procurar por Liam. Mal sabia ela que o rapaz já estava ocupado.
Como um furacão, o irlandês finalmente entrou na casa, sendo recepcionado por e Louis, que estava sentados na bancada, dividindo uma garrafa de vodka.
– Oi, Niall! – sorriu, acenando para ele.
– Oi. É... Vocês viram a Demi? Eu precisava falar com ela, porque...
– Ela deve tá na frente da casa. O Harry te ligou, né? – Louis falou, fingindo não saber de nada, e Meester intercalava seus olhos pelos dois garotos, um pouco desconfiada com a atitude de ambos.
– Isso. Ela tá lá na frente? Beleza... Tchau. – saiu apressado.
Louis tomou um gole de sua bebida e percebeu o olhar acusador da amiga sobre ele.
– Que foi?
– Nada. Eu espero... – falou, sustentando seu olhar sobre o garoto, que disfarçou indiferença e pulou da bancada, a ajudando a descer.
– O que acha de armarmos nossa vingança agora?
– Nossa vingança?
– Mexeu com você, mexeu comigo, Meester! É assim que funciona! – sorriu divertido, e a garota retribuiu seu sorriso.
Niall andava apressado pelos cômodos da mansão em busca de Demetria e já estava a xingando mentalmente por ter desaparecido. Apoiou-se na batente da uma das portas para analisar suas opções: continuar procurando ou voltar para April. Foi então que ela falou atrás dele.
– Procurando por mim, Nialler? – Demetria falou em seu ouvido, dando uma risadinha.
– Por onde andou? Procurei você por todo o lado! – se virou para ela, mas não se aproximou para não chamar atenção.
– Não procurou direito! Eu estava bem aqui, esperando por você... – puxou uma das mechas dos cabelos e brincava com ela entre os dedos.
– Estava esperando por mim? Então, problema resolvido, estou aqui agora. – puxou– a pela mão, a levando para lugar nenhum.
– Para onde estamos indo? – Demi perguntou, curiosa, quando passaram pela porta de entrada e caminhavam para o carro dele.
– Não sei, mas você vai gostar!
– Por que acha isso? – parou de andar e como o rapaz estava correndo à sua frente de mãos dadas com ela, acabou indo de encontro com ele.
– Porque você é maluquinha e adora maluquices, então vai gostar!
– Faz sentido...
Niall puxou-a novamente pela mão e a segurou pela cintura, aproximando seus rostos, sentindo o hálito quente dela bater em seus lábios. Queria tanto beijá-la, no entanto, havia muitas testemunhas ao redor e algum problema maior poderia surgir futuramente. Por isso, apenas lhe deu um beijo carinhoso no topo da cabeça, aspirando o perfume que emanava dos cabelos dela.
– Vamos! – Demi falou, sorridente, guiando o garoto pelo gramado. – Nós vamos andando ou de carro? – soltou sua mão da dele e virou o rosto para os dois lados, meditando em sua própria pergunta.
– Eu nem ao menos sei para onde vamos!
– Podemos ficar aqui mesmo. – ela provocou e viu o amado ficar vermelho. Ela começou a rir.
– Que sem graça, você. – Niall reclamou, visivelmente assustado pela brincadeira da garota.
– Calma, Ni! Acho que sei pra onde podemos ir, mas é um pouco longe, então vamos de carro. Passa a chave! – estendeu a mão para ele, que gargalhou alto, pendendo a cabeça para trás.
– Entra no carro, Demi! – foi apenas o que ele disse, dirigindo-se para o banco do motorista.
A loirinha sorriu esperta e entrou na Range Rover. Ligou o rádio e abriu a janela.
– Nini, me empresta seu celular?
– Não vai pôr o cinto? – o rapaz disse, tirando o aparelho de telefone do bolso, a entregando-o, logo depois arrumando seu cinto de segurança.
– Não acho que seja necessário... Digita aqui sua senha.
– 2056. – disse, girando a chave na ignição. – Coloca o cinto, Demi!
– Mas...
– Coloca!
– Tá! – falou, levemente irritada por ser contrariada, e fez o que ele a pediu. Niall apenas sorriu. Demetria era tão infantil quando queria e, de algum modo, ele gostava desse jeito da garota.
– Para onde devo ir?
– Vai pra avenida e segue pra escola. Duas quadras antes, vira à esquerda. – falou tudo rápido demais, sem dar tempo para Niall calcular seus movimentos. – Aí você segue até uma casa branca e vira à esquerda de novo, depois esquerda, direita e chegamos. – abriu o porta-luvas do carro, jogando lá dentro os dois iPhones.
– Primeiro: não entendi nada do que você falou! – disse, com as sobrancelhas juntas, fazendo-a rir. – Segundo: o que fez com meu celular?
– Uma regra quando se está comigo é: não se preocupe com o tempo! Na verdade, quando se tem a oportunidade de se estar ao lado de Demetria Styles, ele nem existe! – sorriu, satisfeita por suas palavras, se arrumando no banco do carona sem que o cinto a incomodasse.
– Escola, né? – Niall perguntou, entrando na rua que os levariam a seu destino, e a garota sorriu.
Depois de trinta e sete minutos, a Ranger Rover branca estacionou em frente a um portão, pequeno e baixo, de ferro. Um muro da mesma altura do portão estava revestido por um tipo de folhagem e se estendia por quilômetros, escondendo algo valioso para a garota atrás de si.
– Demi, que lugar é esse? – Niall perguntou, encarando o lugar à sua volta, e foi ignorado pela menina, que descia do carro. – Hey! Espera! – seguiu a garota, que estava imóvel em frente ao portão, com o olhar perdido nas gravuras que se encontravam ali.
– Isso é um condomínio fechado? – o rapaz perguntou e a loirinha balançou a cabeça afirmativamente.
– Você ainda tem aquela mantinha no seu porta-malas?
– Sim, ela sempre tá lá, mas porque você...
– Pega lá, Nini, por favor! – se aproximou dele e lhe deu um beijo estalado na bochecha.
– Tá, espera aí. – foi até a Range Rover e abriu a porta do carona, pegando o celular que a garota havia colocado no porta-luvas. Ligou-o e colocou no bolso do jeans. Fechou a porta e se dirigiu ao porta-malas. – Todo mundo diz que sou louco por carregar essas coisas no carro, mas eu não concordo. Prefiro ser caracterizado como um homem prevenido, o que você acha... – virou o rosto para onde Demetria estava, não a encontrando lá. – Demi? – a chamou, achando seu desaparecimento estranho, e correu para o portão. – Demetria?! – gritou, desesperado, encarando os dois lados da rua, procurando pela garota.
– Niall, não grita! – ouviu a voz da loirinha atrás de si.
– C-Como você... Como você entrou aí? – se aproximou do portão de fero, tentando abri-lo e comprovando que estava trancado.
– Cadê a manta?
– Como você entrou aí? – perguntou novamente, fazendo-a rolar os olhos.
– Eu pulei o portão, ué! – falou como se fosse óbvio e o rapaz levantou os olhos, constatando estacas de fero no topo do portão.
– Como você...
– Niall, de novo isso? Pega a mantinha, passa pra mim e pula também!
– Eu não vou fazer isso, Demetria, você está louca? – se afastou e colocou as mãos na cintura, indignado pelo pedido da mais nova. – Você por acaso viu como aquela coisa é pontiaguda?
– Claro que sim, eu passei por lá, se você esqueceu! – levantou os braços, chacoalhando os sapatos de salto nas mãos. – Para de ser bichinha e pule esse muro agora, Niall James Horan!
– Isso é invasão de propriedade, podemos ser presos!
– Para de falar besteiras, se você pular agora, nada vai acontecer, vai logo!
– Eu não acredito que vou fazer isso! – subiu até metade do portão e passou para o outro lado a manta. – Eu simplesmente não acredito que isso realmente está acontecendo! – chegando até o topo, analisou o que poderia fazer, vendo que Demi já andava, descalça, mais a frente, com os saltos e a manta toda embolada nas mãos. – Espera! – gritou para ela, que se virou a tempo de vê-lo se desequilibrar e cair.
Niall estava com as costas no chão duro e frio, os olhos fechados, tentando pensar em qualquer coisa, menos na dor em seu pulso.
– Meu Deus, você está bem?– Demetria perguntou, preocupada, ao lado dele.
– Sim. Só o meu pulso que tá um pouco dolorido.
– Acha que tá quebrado? – arregalou os olhos com a suposição e colocou uma das mãos sobre a boca.
– Não, quebrado não tá, talvez eu precise de um pouco de gelo, mas só isso. – sentou-se, segurando o pulso direito com a mão esquerda.
– Vamos embora, então!
– Não! Agora que eu entrei, quero ver o que esse lugar tem de tão especial! – se levantou do chão, estendendo a mão esquerda para ajudar a garota. – E então, princesinha Styles, onde estamos?
– Tem certeza de que tá bem? – perguntou mais uma vez e o rapaz balançou a cabeça positivamente. – Que bom, porque aquilo foi muito engraçado! – gargalhou, jogando a cabeça para trás.
Niall a encarou, entediado, tentando disfarçar um sorriso sutil.
– Foi muito engraçado, meu Deus! Quando eu vi, você já tava no chão!
– Vamos logo, Demi! – a apressou, rendendo-se a ela e rindo também.
Eles caminhavam lado a lado para algum lugar que o irlandês não tinha a mínima ideia de onde era. Ela estava enrolada na manta e ele levava os saltos dela nas mãos. A neblina da noite ia banhando a grama e deixando os pés da garota frios. O som de sua risada contida ia preenchendo a escuridão e fazendo-o sorrir apenas por ouvi-la.
– Chegamos! – Demetria disse, se colocando a frente de um grande banco de madeira de lei.
Niall encarou a paisagem ao seu redor, constatando nada além do gramado, o banco, uma grande mansão um pouco a frente e que a Demetria era realmente louca.
– Eu quase morri por isso?
– Você só caiu de um portão, não morreria por causa disso! – disse, se sentando, e lhe mostrou a língua. – Eu já caí muitas vezes daquela árvore e ainda estou aqui!
– Demi, que lugar é esse? – sentou ao seu lado, encarando para onde ela havia apontado.
– O condomínio que eu morava quando meus pais ainda eram casados. – o rapaz percebeu uma certa tristeza em sua voz. – Eu fiquei com saudade e resolvi vir até aqui. – virou o rosto para encará-lo e lhe deu uma parte da manta para que se cobrisse. – Minha mãe nunca me traria aqui, Harry me acharia idiota por pedir algo assim, você foi a única pessoa que eu pensei que poderia fazer isso por mim!
– Há quanto tempo seus pais são divorciados? – perguntou e logo depois se arrependeu. – Quer dizer, você não precisa me contar se não quiser.
– Tá tudo bem, Ni! – pegou a mão direita do rapaz, com cuidado, e passou o braço dele ao redor dela, se aconchegando a ele, que sorriu e a abraçou. – Faz oito anos. Eu tinha só sete anos... Nós costumávamos vir até aqui aos sábados de manhã. – as lembranças retornaram à sua mente e o sorriso ao seu rosto. – Mamãe esticava a toalha de piquenique bem em frente a esse banco, papai sentava aqui e lia o jornal com uma xícara de café na mão. Depois de comer, ele brincava de bola comigo, e a mamãe filmava tudo. Ela adorava filmar as coisas e tirar fotos, vivia carregando câmeras para cima e para baixo e... – parou de falar e levantou a cabeça, que estava no ombro do rapaz. – Desculpa, Nini, você não quer ouvir essas coisas chatas!
– Imagina, Demi, pode falar! – a incentivou, apertando-a em seus braços.
– Já sei! Vou te levar pra ver a casa em que eu morava! – se levantou, animada, batendo palminhas e o rapaz sorriu também, se levantando e colocando a manta nos ombros dela para que se aquecesse. – Obrigada! – disse, sorrindo docemente.
O grande condomínio fechado tinha uma distância grande de uma casa para a outra, que eram separadas por um muro baixinho. As mansões se erguiam majestosas diante de um grande gramado, e árvores se estendiam por todo o terreno.
Niall e Demetria caminhavam lado a lado de mãos dadas, conversando sobre o que lembravam de suas respectivas infâncias; como brincadeiras favoritas, amigos, desenhos animados que costumavam ver, brinquedos que tinham.
O rapaz lhe contara uma vez que ficara irritado com seus pais por um motivo que não lembrava e "fugira de casa". Na verdade, ele arrumou uma lancheira com barras de chocolate e uma garrafa de água, armou a pequena barraca de brinquedo que havia ganhado de presente de seu avô no Natal anterior e morou na frente de sua casa por três horas, até começar a chover e um trovão alto o assustar, fazendo com que ele voltasse correndo para dentro de casa e procurasse por sua mãe.
– Eu não acredito! – Demetria falava, rindo. – Quantos anos você tinha?
– Não sei, acho que seis. Eu não lembro disso, a minha mãe que adora contar para todo mundo!
Então, era a vez da loirinha contar alguma de suas traquinagens na infância. E ela contou para ele uma vez quando seu pai precisou sair de viagem pela milionésima vez naquele mês de julho.
A garotinha estava de férias e esperava poder passá-la ao lado dos pais. No entanto, as tantas reuniões e detalhes que seu pai precisava resolver sobre a empresa lhe roubaram um tempo que ele nunca poderia ter de volta, a infância de sua única filha.
A pequena Demi pensava que sairia para um acampamento com a família por uma semana. Seu pai havia prometido para ela que eles iriam pescar, comer marshmallows aquecidos na fogueira, visitariam uma cachoeira, veriam o nascer do sol. Seria o primeiro acampamento da menina e ela pensava que para sempre ocuparia o primeiro lugar na sua lista de férias perfeitas.
Foi então que mais uma viagem de última hora devastou o conto de fadas da pequena Demetria. Ela ficara arrasada com a notícia, ainda mais porque ele acabara de chegar. Foi então que a "grande ideia" lhe ocorreu. Demi pensou que se ela se escondesse e ele não tivesse chance de se despedir, ficaria para procurá-la e não iria para a viagem.
A loirinha, na época com apenas sete anos, subiu em uma das muitas árvores que existiam no grande condomínio e esperou para que seu pai a encontrasse.
Como esperado, seus pais ficaram desesperados quando não a encontraram em lugar nenhum pela casa e saíram para procurá-la.
De cima da árvore, Demi ouviu sua mãe gritar seu nome. Foi então que tentou descer, acabou escorrendo e quebrando o braço. O que resultou nas férias inteiras com um gesso, sem acampamento e mais viagens de seu pai.
– Com certeza temos ótimas histórias para contar sobre nossas infâncias! – Niall falava, sorrindo. – Você lembra disso?
– Só de mim subindo na árvore, os meus pais comigo no carro me levando pro hospital e depois algumas coisas que o gesso me impedia de fazer...
– Você vê o seu pai bastante? – o rapaz virou-se para encará-la e ela ficou surpresa com a pergunta.
– Ele ainda viaja bastante, mas eu o vejo de vez em quando... Sinto falta dele, sabe? – abaixou a cabeça e Niall a abraçou de lado, sorrindo.
– Eu entendo.
Continuaram a caminhada em abraçados e em silêncio, até Demi pegar na mão do rapaz e correr a um parquinho.
– Chegamos! – girou e pisou na barra da manta que arrastava no chão e acabou caindo na grama, rindo de sua infantilidade.
– Você está bem? – Niall perguntou, rindo também e se aproximando. Se abaixou para vê-la melhor.
– Claro que sim, Nialler! – ela o empurrou e o garoto caiu sentado.
– Ah, Demi! A grama tá molhada! – reclamou e a loirinha não se importou. Se jogou em cima do rapaz, fazendo-o deitar na grama com um careta no rosto.
– Não reclama! Daqui a uns anos, quando você for contar histórias para alguma outra garota, você pode falar que conhecia uma menina maluquinha e ela te influenciava a fazer coisas bem legais! – falava, sorrindo daquele jeitinho que fazia Niall querer morder suas bochechas e beijá-la até todo o oxigênio se esgotar. Demi estendeu a manta na grama e se deitou sobre ela, ao lado dele.
– Muita esperta você, né, moça? – virou o rosto para ela, que ainda sorria, sem encará-lo. – Me faz deitar na grama molhada e estende a mantinha quentinha e seca pra você!
– O que posso dizer? Você me pegou! – virou o rosto para ele.
Naquela noite, a lua cheia tinha o privilégio de brilhar sozinha num céu sem estrelas. A neblina continuava a molhar o rosto dos dois apaixonados, que estavam deitados na grama, tentando resistir ao impulso de experimentar um o lábio do outro.
Niall se aproximou um pouco mais da garota, que não moveu um músculo sequer. Continuou se aproximando. Pôde sentir o hálito cálido dela lhe tocar os lábios.
Demi sentiu as mãos ficando suadas, mesmo que estivessem frias. Seu coração se chocava contra a caixa torácica, a vontade e o nervosismo lhe arrebatando. Viu o rapaz se aproximar, fechou os olhos, deixando os lábios entre abertos e...
– Alô?! – o celular de Niall gritou em seu bolso, os assustando. O garoto se apressou a atender, sem ao menos ver quem era. – Oi, April... O-onde eu tô?... Ele disse, é?... Bem é isso. Eu já, tô voltando! Ok, amor... Tchau.
Demetria estava em pé, dobrando a manta e pegando seus saltos.
– Demi, espera! – o loiro a chamou quando a viu se afastar.
– Tem gente te esperando, acho melhor irmos. – falou, seca, se distanciando.
Niall levantou, guardou o celular no bolso e correu até ela.
– Desculpa por isso. Sério! – falava, se sentindo um idiota, e o fato da garota não encará-lo apenas piorava a situação.
– Sua namorada tá te esperando, vamos logo. – apressou o passo, o deixando para trás, meditando em "Sua namorada". Parabéns, Horan, você conseguiu magoar a garota que realmente gosta!
Niall começou a andar, alguns passos atrás da loirinha, e pensava em sua situação. Era louco por Demetria e namorava April Winster, por quê? Ele não sabia! Talvez houvesse percebido tarde demais que seu coração batia pela Princesinha Styles e não pela Falsa Puritana.
Todas as tardes que passava ao lado de Demi lhe davam um sentimento de culpa no final. Não porque estava outra garota em vez da namorada, mas sim devido ao semblante triste que a garota se despedia quando ele precisava sair porque Winster havia ligado.
No fim das contas, ele nem se importava com April, ela era só um passatempo, que estava lhe tomando mais tempo que o previsto. A única que importou e sempre lhe importaria era a mesma que estava andando à sua frente de cabeça baixa, se sentindo estúpida por se deixar levar por seus impulsos, e se sentindo trocada, como sempre acontecia...
Demi pulou o portão e esperou que o rapaz o fizesse. Mantinha a cabeça baixa, esperando que ele abrisse o carro. Quando o irlandês o fez, ela não entrou. Apenas pegou o celular no porta-luvas e o ligou, fechando a porta.
– O que está fazendo? – Niall perguntou, sentado no banco do motorista, e ela o ignorou. – Demi? – saiu da Range Rover e foi até a menina.
– Pedi para um táxi vir me buscar. Eu não quero voltar pra festa e a sua namorada tá te esperando, não quero te atrapalhar mais.
– Você sabe que nunca me atrapalha, eu adoro ficar ao seu lado. – se aproximou e ela se afastou.
– Seu tempo acabou...
– Eu sinto muito, mesmo! – falava, passando as mãos pelos cabelos. Aquilo que ela estava fazendo não fazia sentido para ele, pois ela sabia que, no fim das contas, ele tinha uma N-A-M-O-R-A-D-A!
– Niall, esquece isso, pode ir, o táxi já tá vindo.
– Eu vou esperar aqui com você, mas vamos entrar porque tá frio aqui, você pode ficar doente.
Dentro do carro, o silêncio constrangedor continuou até o carro que levaria a garota para casa chegasse. Ela se despediu e partiu, sem olhar para trás.
O coração apertado e a única pergunta que conseguia fazer era: "Por que, com tantos meninos no Eton, com tantos milhões de garotos em Londres, ela tinha que se apaixonar logo por Niall Horan?".
***
A piscina aquecida da mansão Phillips era enorme e acomodava estudantes com ou sem roupas de banho. Alguns estavam lá porque queriam, outros porque foram jogados. Um bom exemplo era Daniel Phillips, o dono da casa e da festa, que fora arremessado na água pelos amigos e agora saía de lá encharcado.
O rapaz se sentou em uma cadeira e lhe jogaram uma toalha. Ele retirou os tênis e as meias, ensopados. Tirou a camiseta e secou os cabelos, deixando os fios loiros perfeitamente bagunçados.
– Gostou do banho, Cachinhos Dourados? – Mark, um dos integrantes do time de basquete e melhor amigo de Danny, perguntou, fazendo graça.
– Há-há, muito engraçado, você!
– Qual é, Dan? Você sabe que é uma das tradições jogar o anfitrião da festa na piscina!
– Claro, Mark, claro! – falou, escondendo o rosto na toalha, secando mais os cabelos.
– Ih, Phillips, não olha agora, mas alguém que te interessa chegou! – Mark disse, dando um tapinha no ombro do amigo.
– O quê? – Daniel perguntou, tirando a toalha da cabeça e procurando pela garota.
– Ali, seu cego, vai lá! – o amigo lhe disse, o puxando para cima, fazendo-o ficar de pé, e o empurrou.
– Cara, olha a minha situação!
– Você é um homem ou uma mulherzinha? Quer aquele negócio que elas passam nos cílios também?
– O quê? – Danny perguntou, rindo.
– Vai logo, Phillips, senão eu vou!
– Tá, tô indo! – falou, apressado, passando a toalha mais uma vez nos cabelos, como se isso fosse secar seus jeans e lhe dar de presente uma camiseta e tênis novos.
O rapaz jogou a toalha em cima de um dos ombros e caminhou até a menina. Esbarrou em algumas pessoas, chegou a levar um pisão nos pés desprotegidos, todavia, conseguiu chegar ao seu destino com êxito!
– Oi, ! – sorriu, simpático, e a morena retribuiu um sorriso animado.
– Oi, Danny! A festa tá incrível, parabéns! E eu não acredito que você foi batizado e eu não vi! – cruzou os braços, fingindo estar chateada.
– Pois é... Dá pra notar? – brincou, passando a mão na nuca.
– Eu sou muito perspectiva! – falou, rindo. – Ano passado o Harry também não conseguiu fugir. Foi hilário porque ele levou o Zayn e Louis junto!
– Eu lembro disso! – Daniel falou de cabeça baixa, lembrando da grande festa Styles. – Eu não vi seu primo por aí, ele não vem? – no fim das contas, Zayn e Danny tinham uma relação educada. Já haviam conversado algumas vezes.
– Não, não vem! Não sei por que... Mas o Louis e o Niall vieram, eu já vi os dois, e o Liam também disse que vinha. Você o viu por aí? – perguntou como quem não queria nada, mas, na verdade, queria tudo!
– Vi sim, ele tava aqui fora conversando com o Chase e o Frank.
– Hum... – murmurou, correndo os olhos verdes pelo ambiente, procurando por Payne.
– , você espera eu trocar de roupa rapidinho? – Daniel perguntou.
– Imagina, Danny! Vai lá! – a garota disse. Ele agradeceu e saiu.
A morena começou a andar sem rumo entre as pessoas, procurando por Liam. Se Danny havia o visto por ali, ele ainda poderia estar lá. E o moreno, infelizmente, estava. O rapaz não havia deixado a área da piscina porque estava ocupado. Lindo e sorrindo, esbanjando charme apenas com o olhar, Liam era simpático demais para sua própria saúde.
O garoto, que estava perdido nos lábios de Lexy, reparou um par de olhos verdes reprovadores. Largou a líder de torcida e viu se perdendo no meio da multidão. Se levantou apressado, quase derrubando a loira falsa.
– Ei, Li, a gente vai aonde? – a garota perguntou, sem se preocupar em abaixar o vestido.
– Eu vou sair, você fica aqui! – falou e ela soltou muxuxo em desaprovação, mas o moreno saiu antes que a discussão continuasse. Caminhava rápido entre os estudantes bêbados e os casais que se agarravam. Os olhos castanhos percorriam o ambiente e nada de encontrar a garota, parecia que ela tinha apenas desaparecido.
Foi então que a viu conversando com Mark, do time de basquete, e a namorada – que Liam não conseguia lembrar o nome. Mas então a pessoa que Payne mais odiava em todo o planeta Terra caminhou ao encontro do pequeno grupo e entregou uma bebida para .
Para Liam, Daniel Phillips era simplesmente o ser mais detestável da história da humanidade. Por quê? Ninguém sabia! A raiva que alimentavam um pelo outro era de longa data, desde os tempos de criança, quando os dois garotinhos eram vizinhos. Continuou quando entraram para a escola e agora, no Ensino Médio, estava pior, principalmente porque os dois queriam a mesma garota!
A queda que os dois tinham por não era assumida, mas Liam suspeitava que Danny estava armando seu exército para o ataque. Daniel, por sua vez, já estava cansado de ver e Payne conversando pelos cantos do Eton.
Ao ver Dan sorrindo todo charmoso para , Liam apressou o passo e chegou rápido até o grupo.
– Hey, Payne, o que tá achando da festa? – Danny perguntou, fingindo simpatia.
– Razoável... – o rapaz respondeu, dando de ombros. – , será que eu posso falar com você um minutinho? – virou-se para a garot,a que não o encarava.
– Estou ocupada, Liam, você também não estava? – ainda não havia direcionado seus olhos para o garoto, mas isso não o fez desistir.
– Vai ser bem rápido. Com licença, pessoal... e Daniel. – disse, pegando na mão da menina, que se soltou dele.
– A gente se vê, até daqui a pouco, Dan! – sorriu para o jogador e Liam rolou os olhos.
O moreno procurava um canto mais reservado para conversar com ela e ora ou outra se virava para trás para ter certeza de que a garota o seguia. apenas o encarava, irritada, e esperava que ele continuasse andando. Liam sabia que ela estava brava e ele, encrencado, no entanto, precisava esclarecer o que a menina havia visto.
– ... – disse quando encontrou um lugar reservado o suficiente para conversar com ela.
– Cadê a Lexi? – a garota perguntou, seca.
– Não vamos falar dela, vamos falar de nós! – sorria e colocou suas mãos na cintura dela, levando um tapa no braço para que se afastasse.
– Nós? – arqueou as sobrancelhas. – Desde quando existe "nós"? Ah, desde que você começou a comer aquela loira falsa? Ou quando me fez acreditar que nós ficaríamos juntos hoje? Ou talvez quando um dia na minha vida eu acreditei que você não era um babaca idiota que conseguiu me fazer de trouxa por DOIS ANOS! Olha, parabéns, Liam, você é realmente FODA! Agora pode voltar lá e terminar o que você começou com a líder de torcida.
– Não me venha com essa agora! – falou, irritado. – Você sabe que o seu primo nunca...
– Para de pôr a culpa no Zayn! – falou mais alto que antes. – Liam, por DOIS MALDITOS ANOS você me fez de idiota! E eu quero saber por que você escolheu a mim para brincar!
– Do que você tá falando? Brincar? , você nunca me escutou dizer que gosto de você mais que tudo? – Payne era sempre calmo, mas todos sabiam que quando ficava bravo – como agora –, era como uma bomba relógio, que explodiria e levaria uma infeliz vítima.
– Você gosta de mim mais que tudo? – disse de olhos cerrados e o rapaz, que ainda estava irritado, balançou a cabeça afirmativamente. – Liam, você prefere sair à noite sozinho com os meninos, como se fosse o solteiro pegador, a ficar comigo!
– E quem disse que temos alguma coisa? – BOOM, a bomba havia explodido.
A feição decepcionada de era apenas a ponta do iceberg. Se seu rosto aparentava tristeza, seu coração estava sangrando, porque seu conto de fadas fajuto havia chegado ao fim, e não era com um "Feliz Para Sempre". No fim, estava certa, ele só a decepcionava. A menina só não conseguia entender o porquê de Liam não querer um relacionamento com ela.
– Tem razão... – disse, baixo – Nós não temos nada, eu nem sei por que você tá aqui me incomodando. – deu as costas para ir embora.
– ... Eu posso explicar... – coçava a cabeça, nervoso, se recusando a admitir que o relacionamento dele com a garota estava em colapso.
– Não quero suas explicações! – falou por cima do ombro e deu mais alguns passos, até que ele entrou na sua frente, e colocou suas mãos na cintura dela, que continuou cabisbaixa.
Se levantasse a cabeça, estaria perto demais dos lábios de Liam ,e ela sabia que jogaria tudo para o alto para ficar com ele.
– Mas... – o rapaz buscava palavras para expressar seu arrependimento pelas palavras ríspidas e impensadas. Ele apenas não podia perdê-la. – , não fala isso... Eu gosto de você! Eu gosto mesmo de você! É diferente do que aconteceu com as outras garotas...
– Liam, não me importa mais o que você sente por mim. – ele levantou seu rosto, pôde mergulhar naqueles olhos verdes que tanto amava, porém não possuíam mais o brilho de sempre, estavam brilhando pelas lágrimas que ela segurava. – Eu tô cansada de ser sua segunda opção!
– , não faz isso... – implorou, encostou sua testa na dela, apertando mais a cintura fina da garota. Ele podia sentir o hálito quente da menina bater como uma brisa em seus lábios vermelhos. O coração de estava a mil por segundo e ela colocou suas mãos sobre as do garoto. – A gente pode consertar tudo isso... Se ficarmos juntos, podemos consertar tudo isso. – sussurrou contra o lábio dela, pondo fim no assunto, mergulhando em um beijo.
– Liam, não... – Ortega murmurou sem certeza. Ela se lembrava vagamente da conversa que tivera com alguns dias atrás, tinha certeza de que era algo envolvido com Liam, mas estava perdida naquele beijo e não conseguia raciocinar.
– Eu vou falar com Zayn. A gente vai poder ficar junto de verdade. – sussurrava, apertando-a mais em seus braços e distribuindo beijos de seu maxilar ao pescoço.
– E-Eu não posso... – tentava convencer primeiro a si mesma de que queria deixar Liam para trás. Afastou-o um pouco, que a encarou com as sobrancelhas juntas. – Eu não posso acreditar em você de novo.
– , é verdade!
– Você disse isso da última vez... – tirou as mãos dele de si e se afastou alguns passos.
– Você não quer isso, eu sei que não! – dizia, se aproximando, e a garota ia sempre recuando. – Não seja ridícula.
– Eu tô cansada de ser sua segunda opção. Eu tô cansada de esperar por você enquanto você tá com outra. Eu tô cansada das mentiras. Eu tô cansada disso! – indicou os dois, sentindo as lágrimas vindo, mas não querendo chorar na frente de Liam.
– Então é assim? Vai acabar assim? – o rapaz falava, bravo.
– Vai. – falou, decidida por fora, totalmente incerta por dentro. – A gente se vê na segunda, Liam. Tchau. – disse rápido, andando para longe, sem rumo, esbarrando em alguns bêbados.
Fugiu porque sentiu uma lágrima rolar pelo rosto. Não queria se mostrar sensível, queria que ele pensasse que ela tinha certeza do que estava fazendo. Torcia para que Liam não tivesse visto a maldita e teimosa lágrima, porém ele tinha visto e assim teve certeza de que ela não queria aquilo, mas estava o fazendo. Estava correndo dele.
Ortega continuou sua caminhada e tentava limpar o rosto, que parecia nunca secar. Tinha certeza de que a maquiagem estava borrada e estava horrível, por isso não levantava a cabeça para encarar o mundo, e se assustou quando sentiu mãos fortes segurarem-lhe pelos ombros. Ainda de cabeça baixa, tentava se soltar.
– , , o que aconteceu? – Danny tentava olhar nos olhos da garota, que se esquivava. O loiro levantou o rosto da menina e viu que ela chorava. Sem dizer nada, ele pegou a mão da morena e a conduziu até a parte superior da casa. Nos bolsos de seu jeans, pegou a chave de seu quarto, que estava trancado para evitar uma bagunça no cômodo. Entrou, fechou a porta e sentou-se a beira da cama. já chorava menos. – O que aconteceu, ? O Liam fez alguma coisa?
– NÃO! – soltou rápido, fazendo Daniel desconfiar de sua resposta. O rapaz a encarava com os olhos levemente cerrados. A menina, que até então estava em pé ao lado da porta, se dirigiu até ele e sentou-se bem na pontinha da cama. – Bom, eu só preciso de dez minutos sozinha e daí eu desço.
Danny encarou aqueles olhos verdes, que estavam pequenos e um pouco avermelhados, e pensou que era realmente muito difícil negar algo para Ortega.
– Tudo bem. – o rapaz disse, entregando para ela a chave do quarto. Ele se aproximou e acariciou o rosto delicado da morena, que engoliu em seco. Se aproximou mais e sentiu que ele iria beijá-la, então abaixou o rosto. Daniel não desistiu e o levantou, lhe dando um beijo no canto dos lábios. – Qualquer coisa, chama.
– Tá. – disse, sentindo que estava com o rosto vermelho. E Danny sorriu para ela, saindo do cômodo.
Então era aquilo, o relacionamento com Liam, que nunca havia começado, agora estava acabado.
Enquanto estava no quarto de Phillips, Liam, totalmente desnorteado, ainda não acreditava que aquilo era o fim. Pensava que era uma questão de tempo até a garota perceber que sentia sua falta e precisava dele tanto quanto ele precisava dela, e então voltaria e, juntos, consertariam seus erros.
Pobre Liam. Se ele soubesse o que a realidade lhe preparava para a pós-ressaca...
***
pulou feliz de sua cadeira quando conseguiu vencer os marmanjos metidos no pôquer. Joshua, que estava atrás dela, não acreditava no que a garota acabara de fazer e, quando foi abraçado por ela, continuou encarando a mesa, estupefato.
O fato era que mentira tão bem que fizera todos os caras desistirem. No final, suas cartas não eram tão boas, e ela poderia ter perdido se alguém preferisse confrontá-la.
– Eu não acredito que você... – o americano disse, finalmente colocando uma de suas mãos na cintura da menina.
– Eu te disse que sabia o que estava fazendo. – falou em seu ouvido.
– Isso foi sorte de principiante! – Phoebe, namorada de Trenton, surgiu reclamando atrás do rapaz. E apenas por ouvir a voz esganiçada da garota, rolou os olhos e fez uma careta engraçada, que foi vista por Joshua e o fez rir.
– Claro, Phoebe, se lhe dói menos acreditar nisso, quem sou eu para negar? – Hilton sorria como um anjo, tirando a atenção de alguns de suas palavras ásperas para seu rostinho perfeito.
– Você é mesmo muito metida, né, Hilton? – Phoebe cruzou os braços e seu namorado revirou os olhos. – Acha que é muita coisa, mas não passa de uma riquinha azeda.
Ao ouvir tais palavras, o real desejo de era pular no pescoço daquela loira oxigenada e fazê-la calar aquela maldita boca, mas não o fez. Em vez disso, apenas falou, sorrindo:
– Me desculpe, mas não vou perder meu tempo discutindo com gente do seu tipinho, com licença. – todos da mesa e alguns que estava ao redor encararam , que era do tipo que arranhava e escondia as unhas, e depois Phoebe, que parecia prestes a explodir de raiva.
A menina puxou Joshua pela mão e se afastou um pouco da mesa. O rapaz estava impressionado com a partida que ela fizera no jogo e a forma como tratara a namorada de Trenton. Quem via de longe tinha certeza de que a garota era do tipo quieta, tímida e sensível, porém, estava mais para falante, extrovertida e, às vezes, até cínica!
Eles andavam de mãos dadas, e pensava em como aquilo parecia certo. Joshua parecia ser o certo! O cara pelo qual ela estava procurando todo o tempo, aquele por quem ela se apaixonaria e tudo ficaria bem. Ela gostava dessa ideia, afinal, o rapaz era atraente em todos os sentidos da palavra!
– Eu vou pegar uma bebida pra gente, tá? – a loira o ouviu dizer e balançou a cabeça positivamente.
– Eu vou esperar aqui. – sorriu docemente e o garoto pensou duas vezes em ir pegar as bebidas ou ficar ali e finalmente provar o sabor daqueles lábios tão atrativos. Todavia, no final, foi em direção À cozinha.
Hilton, que estava do lado das escadas, viu no alto dela, um tanto quanto abatida. Cogitou gritar pela amiga, porém, a música estava alta e ela não a ouviria. Por isso, começou a fazer sinais para a menina avistá-la, até que finalmente a viu e foi até ela.
– Oi menina! – disse, a abraçando – Tá tudo bem? Você parece tristinha.
– Não... – balançou a cabeça negativamente, com as sobrancelhas juntas – Eu estou perfeitamente bem! – mentiu. Afinal, ela não poderia virar para a amiga e dizer: "Então, , eu tô assim porque acabei de 'terminar' com o Liam. Ele é um idiota".
– Tem certeza? Sua maquiagem tá borrada, você tava... chorando?
– Não! – falou rápido, odiando o assunto. – Vamos parar de falar sobre mim, me fale de você, como tá indo a festa?
– Bem, joguei pôquer...
– Claro!
– Venci!
– Com certeza! – riu, vendo a felicidade da amiga. Todos sabiam que a loirinha amava o jogo de cartas.
– E eu tô aqui com Joshua! – disse, fazendo uma cara engraçada – Vai que rola, né...
– O Josh tá aqui? – Ortega disse o apelido do rapaz apenas para provocar a garota, e conseguiu.
– , quantas vezes eu tenho que te dizer que é Joshua? Joshua! Joshua! – fazia biquinho, enfatizando o nome do rapaz.
– Relaxa, Hilton, aposto que ele adora esse apelido! – a caçula disse, dando um tapinha no ombro de , que rolou os olhos, divertida. – Quando você vai me apresentar o príncipe americano?
– Não dá pra ser agora, você sabe por quê!
As garotas tinham o trato de que quando elas conheciam alguém, não poderiam apresentá-lo para o resto do grupo até o relacionamento ficar um pouco mais sério, evitando que as amigas se aproximassem do rapaz em questão. Se o casal não fosse para frente, as meninas não sentiriam falta do garoto. Como já aconteceu outras vezes.
– Eu sei... Sinto falta do David! – se referiu a um rapaz que saiu por um tempo.
– É, o Davi era legal! – disse, com um sorriso de saudade, também se lembrando dele. Até que avistou o americano se dirigindo até ela lentamente, conversando com Shepley. – O Joshua tá voltando!
– O quê? – a encarou – E daí?
– E daí que você tem que ir!
– ...
– Vai, ! – empurrou a amiga para a direção oposta em que o rapaz estava e se virou, esperando por ele. – Obrigada. – agradeceu ao receber um copo. – Tava falando com o Shepley, é?
– Quem? – o americano fez cara de desentendido.
– O garoto com quem você falava, o Shepley... – Joshua ainda a encarava, sem entender – O mascote do time da escola... – nada! – O menino alto e ruivo com quem você tava falando!
– Ah, aquele chato? – se lembrou. A loira juntou as sobrancelhas pela forma como Swan se referiria a Shep. – Pois é, ele é um pé no saco.
– Por que diz isso? – ainda não entendia.
Tudo bem que todos os idiotas daquela escola tratavam Shepley mal, mas o americano não tinha motivo para fazê-lo. Shep era simplesmente o menino mais doce e gentil que existia no Eton, e era por isso que todos se aproveitavam dele. Estudando no segundo ano, ele era mascote do time desde que entrara para o colegial.
– Porque ele é! Os meninos do time de futebol vão aprontar com ele. – falava, rindo, e Hilton arqueou as sobrancelhas. – Vai ser hilário!
– O que vão fazer? – a garota perguntou, receosa.
– Jogar melado e algumas penas, depois vão andar por aí com a galinha do Eton, só isso. – Joshua ainda ria e estava prestes a socá-lo.
– Só isso? Como assim só isso? Isso não se faz!
– Relaxa, ele supera, não é como se fosse ficar traumatizado ou algo assim!
– Com licença. – encarava o chão e balançava a cabeça negativamente, não acreditava que o cara por quem tinha um quedinha era um completo babaca!
– Hey, aonde você vai? – Swan a segurou pelo braço.
– Uma amiga tá me procurando. – arrumou uma desculpa e saiu, deixando Joshua Swan, lindo, charmoso, sarado e completamente idiota para trás.
começou a andar pela mansão, procurando por qualquer alma que pudesse ajudá-la. Sacou o celular na bolsa e ligou para Niall. O celular em um ouvido e o outro sendo tapado com os dedos para a música alta não a atrapalhar tanto.
– Alô? – o rapaz atendeu rápido e a menina pulava de felicidade por dentro.
– Nialler, onde você tá? Eu preciso de você urgente! – gritou e o garoto afastou o iPhone para que não ficasse surdo.
– O que aconteceu, ? Você tá bem? – perguntou, preocupado.
– Não aconteceu nada... ainda! Onde você tá?
– Estacionado o carro em frente à casa! O que tá acontecendo, cacete? – o irlandês não estava com paciência, pois já se irritara com o aconteceu com Demetria.
– Uns meninos vão aprontar com o Shep e a gente não pode deixar isso acontecer! – se encaminhava para a entrada da mansão para poder encontrar o amigo.
– , a gente não tem nada a ver com isso! Deixa pra lá!
– Não, Niall! Eles não podem fazer isso com o Shep. Ele vai ser humilhado na frente de todo mundo!
– Ele vai sobreviver. Eu conheço o Shep, o cara é duro na queda!
– Niall Horan! Nós vamos ajudá-lo, ele não merece isso!
– E como você pretende salvar a dama em perigo? – o loiro perguntou atrás da amiga, que o esperava no hall de entrada da mansão. A garota nem percebera sua presença.
– Vem pra cá que eu tenho um plano.
– Então pode falar. – disse, prendendo o riso.
– Vem pra cá primeiro... – deu a volta, dando de cara com o garoto atrás de si. – Eu tenho que desligar, um amigo meu chegou. – ria e desligou o celular.
– Qual é o grande plano? – perguntou, entediado, não gostando nada do que estava acontecendo.
– Vem comigo.
Niall precisava encontrar April, porém estava bravo com ela por ter atrapalhado o quase beijo com Demi. Sabia que aproveitaria melhor a noite ao lado da melhor amiga, tudo sempre ficava melhor ao lado dela, afinal!
Plano de salvação de Shepley e vingança dupla.
e Niall foram atrás de , que conversava com Danny, Mark e Marissa. A loira chegou desesperada, vomitando todas as informações que sabia sobre o que aconteceria. O pequeno grupo a encarava atônito e seu melhor amigo a esperava acabar de falar para poder tentar fazê-la desistir.
– Esquece isso, Hilton, pelo amor de Deus! – Niall falava, gesticulando abertamente.
– Não, não, não e não! – o encarou, brava, e voltou ao grupo. – A gente não pode deixar isso acontecer, é injusto!
– Ela tem razão. – disse.
– Daniel, a casa é sua! Dá um jeito!
– Não é tão fácil assim, eu não posso simplesmente expulsar o pessoal, daria uma confusão total. – explicou e abaixou a cabeça, triste. – Mas poderíamos evitar que o Shepley seja atingido.
– Mas aí eles fariam com outro. Algum pobre nerd que está aqui curtindo a festa e terá um trágico fim. – dava uma olhada em volta. – Tipo aquele. – apontou para um menino de óculos gigantes e camisa estampada.
– Bem, é impossível impedir que isso aconteça a alguém. – Marissa, namorada de Mark, se pronunciou. – MAS e se a galinha fosse alguém que NÓS quiséssemos?
– Eu tô gostando disso, continua! – abriu um sorriso gigantesco.
– Não, não continua. Apenas esquece, Hilton! – Niall tentou mais uma vez e foi encarado feio de novo.
– Pensa em alguém que você não gosta, é só a gente descobrir aonde eles pretendem fazer a pegadinha e colocar o nosso escolhido lá.
– Tenho uma namorada maligna, que sexy! – Mark disse e beijou a ruiva.
– Parem vocês dois! – Danny separou o casal, ficando entre eles, fazendo e rirem. – Eu acho que posso descobrir aonde eles vão jogar o melado e as penas.
– Tá, agora falta o nosso escolhido. – Marissa falou, encarando um por um do grupo. – Alguém sabe quem pode ser?
– Phoebe Alguma Coisa! – disse de sobrancelhas juntas.
– Muito específico, , parabéns! – Ortega tirou sarro.
– Desistam disso! – Niall falou, entediado.
– De novo isso?
– Não vamos desistir!
– Você devia ajudar e não atrapalhar!
– Para de ser chato, irlandês!
– Enfim, sabem a namorada do Trenton Harvey? Então, ela encheu meu saco hoje, acho que ela merece! – encarava o nada, se lembrando das coisas que a garota havia dito.
– Mais alguém?
– Lexi? – estava de cabeça baixa e deixou escapar. Mordeu o lábio em seguida, esperando que ninguém tivesse a ouvido.
– Por quê? – Niall quis saber, achando estranho.
– Não gosto dela. – deu de ombros.
– Essas mulheres estão muito más, para o meu gosto. – Mark disse, encarando as três com as sobrancelhas juntas, fazendo-as rirem.
– Então o Danny consegue as informações, eu consigo atrair a Lexi para o lugar, mas a Phoebe Alguma Coisa – riu – Eu não tenho certeza. – Marissa enumerava nos dedos o que precisavam fazer.
– Eu conheço o Trent, posso levá-lo para o lugar, e eu sei que, pra onde ele vai, a Alguma Coisa também vai. – Mark explicou.
– Ok, agora só falta alguém pra tirar o Shep de circulação. – Daniel disse e todos olharam para Niall, que nem prestava atenção no que acontecia.
– Que foi? – perguntou, percebendo que era encarado por olhos pidões e maliciosos.
– Você só precisa tirar o Shepley daqui e... – começou a explicar, mas ele nem lhe seu tempo de terminar.
– Ah, não, mas não mesmo!
– Niall, para de ser ruim! O que deu em você hoje? – perguntou, irritada com toda a recusa do rapaz para ajudá-los.
– Tá! Eu faço... Se algo der errado, eu vou ser o primeiro a entregar vocês! – disse, saindo de perto.
– Aonde você vai? – Marissa gritou para ele.
– Atrás do Shep, comecem logo com isso! – gritou de volta e entrou na casa para procurar pelo garoto ruivo.
– Ouviram a loira, gente, vamos começar! – disse, batendo palmas, incentivando-os a começar.
Daniel concluiu sua parte com sucesso. Ele explicou para o grupo que Frank estaria no topo das escadas com o melado e as penas, Chase e Henrie levariam Shep para o local e, assim, o pobre garoto se tornaria a galinha Eton.
– Você sabe quando eles pretendem fazer isso? – perguntou, sentada em uma cadeira, pois seus sapatos de salto já a incomodavam.
– Daqui a quinze minutos.
– Ok, então é o seguinte: – Marissa, o cérebro da operação, falou – e , vocês duas vão atrás do Frank, uma o distrai e a outra joga as coisas no meu sinal. – as meninas ouviram e balançaram a cabeça de forma afirmativa. – Mark, amor, você vai atrás da Phoebe Alguma Coisa – Hilton sorriu, feliz pela forma como se referiam à garota – E dá um jeito de ver as meninas no topo das escadas e colocar a Alguma Coisa no local certo. – o rapaz levantou o polegar. – Danny, Cachinhos Dourados – o loiro rolou os olhos e Ortega sorriu por seu apelido –, você vai ter que distrair o Chase e o Henrie, okay?
– Okay! – todos falaram juntos.
– E o que você vai fazer? – seu namorado quis saber.
– Eu vou atrair a Lexi, esqueceu? – disse e o rapaz se lembrou.
– Então é isso, gente, mãos à obra! – pegou uma das mãos de para irem pôr em prática suas respectivas partes.
As duas garotas foram em direção à porta e puderam ver Daniel e Marissa também entrando em ação. Continuaram sua caminhada e adentraram na cozinha da mansão Phillips, que já estava uma bagunça completa.
Havia copos espalhados por todos os lados, cacos de vidro dentro da pia, jogados pelo chão e em cima da bancada. O azulejo branco agora estava preto, manchado de pegadas. Chicletes foram grudados na geladeira, fogão e no chão. No teto, fatias de mussarela foram grudadas com mostarda e algumas já haviam despencado, deixando uma mancha amarela na tintura.
As garotas atravessaram o cômodo com uma careta de nojo e se perguntando como Daniel daria um jeito de limpar aquela casa por inteiro. Se apenas a cozinha estava naquela situação deplorável, imagina o resto da mansão.
– , olha ali o Frank! – apontou para o topo das escadas e as duas saíram em disparada para onde ele estava.
– Tá bom, eu o distraio e você joga as coisas no sinal da Marissa. – falou e a amiga concordou. – Não, espera! – puxou pelo ombro, parando de andar. – Você distrai e eu jogo as coisas. – a loira concordou e ia voltar a andar, mas a impediu novamente. – Acho melhor eu distrair e...
– , tanto faz!
– Eu distraio e você joga! – finalmente se decidiu e voltaram a subir os degraus.
Estavam nervosas, e se algo desse errado? E se acertassem a pessoa errada? E se os caras do time ficassem bravos? Muitas suposições e tempo nenhum para encontrar soluções para elas. Pela primeira vez, a coisa certa a se fazer era não pensar em nada e apenas fazê-la.
Ao chegarem ao andar de cima, avistou o grande balde com o melado e o saco com as penas. foi até o rapaz, que estava ali perto.
– Oi. Frank, certo? – disse, colocando as mãos para trás.
– Sim. – juntou as sobrancelhas, surpreso por ela estar falando com ele.
– . – se apresentou – Ortega, prima do Malik.
– Eu sei quem você é. – o garoto disse, ainda achando estanha a aproximação dela.
– Ah. Então, Frank, eu... – colocou uma de suas mãos no braço do rapaz, que intercalou seu olhar do rosto dela para o braço dele.
arrastou o garoto para o canto e começou a dizer as primeiras bobagens que lhe vinham à mente. Toda vez que ele tentava se virar para trás para ver se o balde com melado e o saco com penas ainda estava lá, a garota o puxava pelo ombro, fazendo-o encará-la novamente.
ria discretamente vendo a cena do amiga, e, a cada minuto que passava, voltava a atenção para o piso de baixo para ver se tudo estava andando dentro dos conformes. Sentia-se tão ansiosa para arremessar aquelas coisas lá de cima e fazer Phoebe Alguma Coisa morder a maldita língua, que suas mãos tremiam um pouco, sem seu controle.
Percebeu que Ortega estava se saindo bem em entreter Frank. A morena mexia nos cabelos e colocava a mão no braço do rapaz, tentando fazê-lo prestar atenção apenas nela. No entanto, sabia que chegaria um momento que a amiga não saberia mais o que falar e uma vergonha descomunal tomaria conta de seu ser. era assim, ficava tímida do nada, sem conseguir ao menos falar.
Hilton sentiu um calafrio passar pela espinha quando viu Mark se aproximando com Trenton ao seu lado, porém nada de Alguma Coisa. Mark disfarçadamente olhou para cima, procurando pelas garotas, e logo encontrou . Fez um sinal a ela, pedindo que esperasse, e a loira sentiu vontade de jogar o melado nele. Ela não tinha tempo para esperar, na verdade, ela não tinha tempo algum.
Soltou o ar pela boca pesadamente e avistou Marissa vindo com Lexi ao seu lado. As duas garotas conversavam e riam como velhas amigas e pensou o quão falsa Marissa poderia ser. Deveria ficar esperta com ela!
A namorada de Mark olhou para cima, encontrando os olhos castanhos de , e balançou a cabeça disfarçadamente. Virou-se para o namorado e perguntou por telepatia onde diabos estava a segunda escolhida, com os olhos o rapaz pediu para que ela se acalmasse.
Todavia, no segundo seguinte, tudo ficou rápido demais. Uma gritaria começou do lado de fora e ficava cada vez mais alta. Todos viraram os rostos para onde o barulho vinha e puderam ver Shepley ser carregado nos ombros de um brutamontes até o purgatório, onde ele pagaria todos os pecados.
Danny e Niall estavam à frente do time de futebol, tentando fazer com que soltassem o mascote, porém fingiam não os ouvir.
Frank apareceu ao lado de . tentava o puxar pelo braço, mas agora ele estava concentrado em algo maior. As duas garotas se entreolharam, sem saber o que fazer. Ortega soltou o ar pela boca e, com uma careta no rosto, puxou o garoto com toda a força que tinha, fazendo-o virar-se para ela e, então, se jogou nos braços dele, colando seus lábios.
– ! – a garota ouviu seu nome ser gritado pelo melhor amigo, que subia as escadas correndo e, sem pensar duas vezes, com a ajuda dele, jogou o melado em quer que fosse, logo depois as penas.
Quem foram as vítimas? Bem, Phoebe surgiu lá, Lexi também estava, mas uma pessoa que ninguém imaginou também foi atingida: Joshua Swan.
– As galinhas do Eton! – Niall gritou, caindo na gargalhada logo depois.
Os dois bateram um high-five e viram a bagunça em que o piso inferior se transformara. Frank praguejou alto, descendo as escadas o mais rápido que podia. Com certeza seus amigos ficariam bravos como ele. Os caras do time ergueram as galinhas e as levaram para um passeio. Shepley se escondia atrás de Mark e Daniel, Marissa tirava fotos de tudo para enviar ao jornal da escola, algumas pessoas escorregavam no melado e outras foram atingidas também por resquícios dele, mas todos, sem exceção, riam histericamente por ver a cara de desespero das duas Garotas Galinhas e o quão bravo o americano Swan estava.
– É isso, gente? Acabou? – perguntou ao lado dos amigos.
– Acho que sim... – Niall passou o braço pelo ombro da loirinha. – Felizes?
– Não acredito que você beijou Frank O'Brian! – foi apenas o que conseguiu dizer a , só agora ela tivera tempo para ficar estupefata.
– Foi pelo bem da operação! – respondeu, séria, logo depois ficando vermelha como um pimentão.
– Ela tá toda vermelhinha! Tá com vergonha! – Niall tirou sarro.
– Não tô vermelha.
– Tá sim!
– Tá muito vermelha!
– Vão se ferrar! – disse, irritada, e desceu as escadas, sendo seguida pelos amigos.
– Foi incrível. Você viu a cara daquele americano? Impagável! – Danny falava, rindo.
– Parabéns, gente! Deu tudo certo. – Marissa disse, batendo high-fives com todos.
– Pessoal, obrigado! Devo essa a vocês! – Shepley dizia, envergonhado, mexendo nos cabelos.
– Vem cá, Shep! – as duas caçulas disseram e abraçaram o garoto, que sorriu, ficando vermelho.
– Que isso, cara.
– Não se preocupa, Shepley, não se preocupa.
– Então é oficial! – Niall disse e todos o encararam, sem entender. – Esse vai ser o melhor ano de todos! – gritou e foi acompanhado pela galera, que estava empolgada.
***
A biblioteca da mansão Phillips havia se tornado a área dos fumantes. Mesmo com as portas abertas, o ambiente estava com um odor forte de cigarro. O carpete, manchado de vinho, servia de colchão para algumas pessoas. Ao lado de uma das estantes, duas garrafas de Amarula estavam quebradas e abandonadas no meio da poça da bebida alcoólica. Sobre a mesa principal, as cinzas dos cigarros de vários estavam esquecidas. Na mesa de centro, copos vermelhos vazios e cheios aguardavam por seus donos, e alguns livros estavam caídos pelo chão. A música que rolava alta pela casa inteira ecoava pela grande sala de dois andares, com estantes repletas de livros das mais diversas áreas do conhecimento.
Louis estava sentado no chão, apoiando o braço direito no joelho. Em uma mão, um cigarro e, na outra, uma garrafa de cerveja. Sua jaqueta jeans já não estava mais em seus ombros, e sim nos de , que estava sentada ao seu lado, com pernas de índio, segurando uma garrafa de whisky. A garota não fumava e odiava apenas o cheiro do cigarro, porém, já estava bêbada o suficiente para não se importar, e a companhia do amigo lhe fazia bem. Então, optou por não se incomodar, mesmo que, às vezes, seu pulmão não suportasse o cheiro, e uma crise de tosse rompesse sua garganta, ela apenas ria e voltava a conversar com Louis ou então voltava ao silêncio confortável que eles proporcionavam um ao outro. Depois de mais uma crise forte de tosses por parte da garota, o rapaz se levantou e a puxou pelos ombros.
– Eu estou bem! Não precisamos sair daqui. – dizia, ainda tossindo.
– Até o meu pulmão já tá doendo só de te ver assim! Vamos lá pra fora, pra você respirar ar puro. – o cigarro pendia de sua boca e ele se abaixou para pegar a bolsa da garota, seu isqueiro e suas bebidas.
– Além do mais, você já fumou metade do maço mesmo, né?! – falou, divertida, e Louis sorriu de canto.
– Vamos. – entregou a ela suas coisas e saiu da biblioteca, deixando para trás, para a imensa gratidão de , toda a fumaça de cigarro, porém levando um na boca.
– Nossa, bem melhor! – a garota disse, encostando-se em uma parede e aspirando a maior quantidade de ar que suportava de uma vez só.
– Eu te disse. – Louis cruzou os braços e se encostou ao seu lado. – Ei, ! – chamou a menina, que estava de olhos fechados.
– Hum?
– Quer brincar?
– O quê? – disse, divertida e confusa, juntando as sobrancelhas.
– Uma brincadeira que eu chamo de: "Tomlinson consegue um beijo de qualquer garota dessa festa".
– Nome grande pra uma brincadeira, hein! – falou, irônica, e deu um gole em seu whisky.
– Para de ser chata, vai ser legal! Você escolhe qualquer uma e eu tenho certeza de que consigo um beijo dela.
A garota o encarou, incerta por alguns minutos, e finalmente cedeu.
– Okay! Eu brinco com você de "Tomlinson consegue um beijo de qualquer garota dessa festa".
– Isso! – levantou a mão para um high-five – Você não vai se arrepender! – entregou a ela sua garrafa de cerveja e fingiu fazer um aquecimento, estralando os dedos e o pescoço. – Escolhe qualquer uma, qualquer uma!
– Tá, deixa eu ver... – correu os olhos por todo o ambiente até mirar em sua primeira vitima. – Aquela ali. – apontou para uma menina. – A morena, de vestido azul e sapato preto. Parece ser tímida, será que você consegue?
– Cara senhorita Meester. – Louis colocou a mão no ombro da garota, que rolou os olhos, divertida. – Eu sou o rei das mulheres, eu entendo a psicologia feminina...
– Ah, Tomlinson, conta outra!
– , presta atenção! Esse vestido que ela tá usando não chama atenção para o corpo, porém a maquiagem forte e o rabo de cavalo chamam atenção para o rosto...
– Você é ridículo! – falou, balançando a cabeça negativamente.
– Você diz isso porque sabe que é verdade! – a encarou nos olhos, arqueando as sobrancelhas e se aproximou mais. – Repara que ela tá de batom vermelho e não para de olhar para os lados. – virou o rosto para a desconhecida, que estava sendo analisada, e percebeu que ela fazia exatamente o que Louis dissera.
– Isso é impossível! Você não pode estar certo!
– Ela tá morrendo de vontade de receber uma cantada. Espera aí! – o rapaz piscou e saiu em direção à sua primeira brincadeira da noite.
Louis caminhou calmamente até a entrada da sala em que a garota estava e se encostou na batente da porta, encarando-a com um sorriso de canto, um cigarro pendendo de seus lábios e as mãos nos bolsos. A desconhecida, que estava entretida uma conversa com algumas amigas, continuava percorrendo os olhos castanhos por todo ambiente, procurando por alguém, e, quando mergulhou nos azuis dos olhos de Louis, sorriu tímida e voltou-se para as amigas.
, que estava a uma pouca distância do amigo, ria de seus movimentos descaradamente calculados e gargalhou ao ver que a desconhecida já havia caído como um patinho e faria a honra ser a primeira da noite em "Tomlinson consegue um beijo de qualquer garota dessa festa".
Ao vê-la desviar os olhos dos seus mais uma vez, Louis virou o rosto para trás, procurando pela amiga, que o cumprimentou levantando a garrafa de whisky, dando um gole logo depois. O rapaz sorriu e voltou-se para frente, cerrou os lábios, abaixou a cabeça e, em um gesto rápido, passou a mão direita pelos cabelos da nuca. Quem verdadeiramente conhecia Louis William Tomlinson saberia que aquilo significava apenas uma coisa. Ele já havia mirado e sua presa que já estava encurralada, sem chances de escapar, nenhuma escolha a não ser se render. Caminhou até a garota e estendeu a mão para um cumprimento formal.
– Oi. Muito prazer, Louis. – sorriu, simpático.
– Melissa. Me chame de Liz, se preferir. – a garota dizia, derretida por dentro, e o rapaz sufocava a gargalhada que implorava para sair.
– Hmm... Liz, a minha amiga ali – apontou para , que os encaravam, sem conseguir ouvir o que diziam, e não entendeu o motivo de Louis falar dela para a menina. – Gostou muito do seu sapato!
– D-Do meu sapato?! – Melissa disse, surpresa pelo rumo que a conversa tomava.
– Sim, ela disse que gostou bastante, e eu concordo que é um sapato muito bonito. – falava, olhando para os pés da garota. – Um belo Dior.
– Na verdade, é um Gucci. – o corrigiu.
– Ow, um Gucci! – disse, colocando as mãos nos bolsos, fingindo nervosismo. – É... Olha, Melissa, desculpa. Eu sou um idiota! Eu estava conversando com a minha amiga e aí eu vi você e... UAU... Você é linda! Então eu pensei em vir aqui puxar assunto, mas eu sou um idiota, é melhor eu voltar pro meu canto... – virou-se de costas para a garota ,que estava atônita por sua declaração e lisonjeada com o elogio.
, que ainda estava encostada na parede, esperando o avanço de Louis, já começava a ficar impaciente e não entendeu quando o rapaz deu as costas para a brincadeira.
– Hey, espera! – Melissa disse com uma voz calma, o segurando pelo braço, e Louis abriu um sorriso ao ser impedido de partir. Aquela estava no papo – Você não é um idiota, foi muito legal da sua parte vir aqui!
– Você está falando isso só pra eu não me sentir horrível... – disse, cabisbaixo – Como se nenhum garoto dessa festa já não tivesse vindo aqui cantar você! Sabe... Uma garota bonita como você... – a encarou nos olhos, com um sorriso de canto.
– Na verdade, você foi o primeiro... Esses garotos são uns idiotas! – falou amarga e Louis arqueou as sobrancelhas.
– Espero que você não me odeie pelo que eu vou fazer... – Liz o encarou, sem entender suas palavras, e foi surpreendida por um beijo.
, que esperava do outro lado da sala, arregalou os olhos e pôs uma das mãos sobre a boca.
– Eu não acredito... – falava sozinha. – Esse filho da puta! – mantinha um sorriso divertido nos lábios e viu o amigo sacar o celular para provavelmente anotar o telefone da garota. Depois, viu quando ele provavelmente deu uma desculpa esfarrapada para sair dali e o olhar decepcionado que recebeu.
Louis voltou para onde a amiga estava e foi recebido com palmas, curvando-se agradecendo.
– Muito obrigada! Eu sou foda ou não sou?
– O que você fez pra conseguir?
– Eu não posso dizer senão a magia do mundo masculino desmorona! Um dia pode acontecer a mesma coisa com você, e aí você vai estar imune!
– Idiota! Pobre garota, ela pareceu gostar de você...
– A sorte dela é que foi só um beijo. Se tivesse transado comigo, teria se apaixonado!
– Você é um nojento, ridículo e asqueroso! – gargalhava e Louis ria dela – Coitada da menina...
– Esquece a Liz, vamos pra próxima.
– Liz? – a morena disse, com um sorriso cerrado e as sobrancelhas arqueadas. – Já tão íntimos?
– Para de ser chata? Escolhe logo outra! – Louis ria e tomou das mãos dela garrafa de whisky.
– Que tal uma loira? – disse de braços cruzados, encostando um dos ombros na parede. – Aquela ali que tá vestida com um pingo de tecido.
Louis procurou pela fulana e se voltou para a morena com um sorriso no rosto.
– Eu pensei que você ia me dar um desafio! Aquela ali vai demorar um pouquinho, mas é porque eu vou transar com ela no banheiro!
– Ai, seu nojento, sai daqui! Vai logo! – o empurrou, gargalhando, e Louis se voltou para ela, sorrindo, aquele sorriso divertido e lindo que ela adorava, afinal, eles eram grandes amigos.
– Espera dez minutos! Talvez menos... – piscou divertido.
– Você não presta, Tomlinson! – gritou para ele, que jogou a cabeça para trás, rindo.
Doze minutos depois...
– Eu não acredito que você fez isso! – dizia de braços cruzados, balançando a cabeça negativamente.
– Teria feito duas vezes se você não tivesse batido na porta! – Louis disse, irritado.
– Primeiro: feche o zíper, "pegador". – disse, fazendo aspas com os dedos e saindo. O rapaz olhou para baixo e constatou que realmente estava exposto. Fechou o zíper com pressa e saiu correndo atrás da morena, que já estava mais a frente.
– Segundo? – o rapaz perguntou, já perto dela, arrumando a camiseta.
– Segundo... Eu resolvi brincar de "Meester consegue um beijo de qualquer babaca dessa festa" e acabei encontrando um babaca de marca maior. – falava, mexendo em sua bolsa, procurando pelo batom e o espelho para retocar a maquiagem.
– Você o quê? – Louis perguntou e gargalhou histericamente, jogando a cabeça para trás.
– Cala a boca, Tomlinson! – a garota disse, irritada, e o amigo passou o braço por seu ombro.
– O que aconteceu exatamente, ?
– Eu fiquei com ele e ele não saía do meu pé, aí eu fui atrás de você pra me salvar. Ele estava quase me pedindo em casamento, Lou!
– Que babaca... Casamento? Que tipo de mulher quer casar e ser feliz, certo?
– Tô falando sério, seu idiota! – lhe deu um tapa no ombro enquanto ria.
Depois de contar a história para Louis e lhe dar mil pisões no pé para que falasse mais baixo, desenhava em uma das paredes da mansão com seu batom vermelho enquanto esperava o rapaz voltar de mais uma brincadeira.
– Por que exatamente está fazendo isso? – o amigo perguntou ao seu lado.
– Porque eu odeio o Phillips... – disse, ainda encostada na parede, e Louis deu uma risadinha nasalada. – E porque você me prometeu que me ajudaria a me vingar do Bennett e até agora NADA! – disse, mimada, jogando o batom longe.
– Eu gostava daquela cor, não deveria ter feito aquilo! – apontou para onde o batom rolara e sorriu forçado, mostrando todos os dentes ao ver a cara de tédio que o encarava. – Brincadeira, ! Eu acho que estamos prontos para nossa vingança, você tem alguma ideia do que quer fazer?
– Humilhação fora do normal, algo que fique na história do Eton, que aquele nojento aprenda a nunca mais brincar comigo e me subestimar!
– Quanto rancor, hein! Credo... Quero morrer seu amigo!
– Louis! Para... – falou , manhosa, e o amigo riu.
– Eu acho que eu sei o que podemos fazer! – sorriu maligno e a morena também sorriu ao encará-lo.
Plano de vingança e humilhação eterna em ação.
– Não sei se consigo fazer isso... – dizia, balançando a cabeça negativamente, encarando Jason Bennett, capitão do time de futebol, mais a frente, sentado em sofá com uma garota em seu colo.
– , é só dar uns amasso com o cara, depois eu cuido do resto!
– Louis, ele é nojento!
– Meester, você quer se vingar ou não? – o rapaz perguntou, impaciente. Afinal, estavam naquela conversa há dez minutos e nada do plano de vingança e humilhação eterna entrar em ação.
– Tá bom, eu faço isso... – disse, dando passos para trás, já se arrependendo do que dissera. Louis a segurou pelos ombros e a empurrou em direção a Bennett.
virou o rosto para trás, vendo Louis subir as escadas para arrumar tudo lá em cima, e fez o caminho da vergonha até Jason. Não vergonha por estar tímida ou algo parecido, mas sim pelo barraco que o capitão armara mais cedo e chamara a atenção de algumas pessoas que estavam à sua volta naquele momento.
Pé ante pé, a morena se encaminhava até o rapaz, tentando controlar a respiração, que estava irregular, e o formigamento nas pontas dos dedos para não socar aquele – infelizmente – rostinho lindo de Bennett. Jason era realmente muito atraente e charmoso, mas era só abrir a boca que estragava todo o encantamento... Idiota de marca maior.
Quando já estava de frente para o rapaz, a morena cruzou os braços e esperou que sua presença fosse notada. O que não demorou muito.
– A o que devo a honra, Meester? – Bennett dissera, enrolado, por estar bêbado.
– Quero apenas duas coisas de você, Jason. – enumerou com os dedos. – Primeiro: tire essa vadia do seu colo. – pedido realizado sem pestanejar, afinal, Bannett tinha uma queda pela garota. – Segundo...
sentou em seu colo e começou a passar as unhas, pintadas de preto, pelo pescoço do rapaz e sussurrou em seu ouvido o que "queria". Nem ao menos terminara sua fala e Bennett já atacava seu pescoço e apertava uma de suas coxas. A única coisa que a morena fazia era se controlar para não vomitar e gritar, furiosa, porém não conseguia controlar a careta de nojo que Jason não notara ou ignorara.
– J-Jason... – mordeu o lábio inferior, tentando empurrá-lo um pouco, e segurando um choro de raiva por ter um acéfalo beijando seus lábios e deixando marcas em seu pescoço. – Por que nós não subimos e vemos se conseguimos um quarto?
– Acorda, Meester – o rapaz falava, entretido com a barra do short dela, e a garota continuava se controlando para não gritar –, não vai ter nenhum quarto vazio a uma hora dessa! – voltou a beijar-lhe o pescoço e sentiu uma mão boba fazer o caminho até seu seio por de baixo da blusa.
– Hey! – quase gritou, segurando-o pelo braço. – Por que não subimos e vemos o que conseguimos, hum? – perguntou, implorando por dentro para que ele aceitasse.
– Okay... – disse, entediado, se levantando, quase a derrubando de seu colo. – Não sabia que você era recatada, Meester! – Bennett disse, abraçando-a pela cintura.
– Há muitas coisas sobre mim que você não sabe, Jason... – sorriu, sedutora, e o rapaz a beijou. "Língua demais!" era a única coisa em que ela conseguia pensar.
Com muito esforço, conseguiu fazer com que ela e Bennett chegassem até as escadas, afinal, não era fácil andar com um brutamontes te agarrando.
Esse era um dos problemas, Jason era muito maior que ela em todos os sentidos da palavra! Mesmo com os saltos, a morena tinha que levantar o queixo para encará-lo nos olhos, o que a fazia se sentir impotente, e a garota conseguia ver o brilho nos olhos de Jason por ela ser menor e mais fraca que ele.
Ela se lembrava das palavras de Louis: "Leve-o até o quarto e, se algo der errado, é só gritar que eu vou estar lá fora, grudado na porta. Não vou deixá-lo fazer nada de mal com você, okay?". Ela admitia que eram palavras bonitas, e estava honrada pelo cuidado de Louis para com ela, porém e se o rapaz não pudesse fazer nada e tudo desse errado?
Degrau por degrau, ela se encaminhava para a batalha final. Se sentia indo em direção à forca e as mãos de Jason apertando seu quadril não melhoravam a situação. Pôde ver Louis no topo das escadas, sentiu vontade de matá-lo por vê-lo prender o riso, mas a única coisa que pôde fazer foi suspirar alto.
E lá estava a porta do inferno, mais a frente. O corredor não estava vazio, porém Louis lhe dissera que conseguiria um quarto e deixaria a porta encostada para que ela apenas entrasse e o plano de vingança e humilhação eterna começasse.
E foi isso o que ela fez. Empurrou James para longe de seus lábios e o puxou pelo braço, procurando pelo quarto que Louis arrumara para ela e seu grande fardo. Encontrou uma porta entreaberta e a escancarou, constatando que o cômodo estava vazio.
– Eu te disse que valia a pena procurar! – sorriu, orgulhosa, de braços cruzados, e pôde ouvir o click da porta sendo trancada.
não sabia ao certo, mas podia sentir o sangue correndo mais rápido pelas veias, o desespero lhe batendo e a consciência, voltando. Ela havia tomado muita vodka e whisky, não estava hiper bêbada, porém também não estava em seu estado mental perfeito, até aquele momento...
"Esse plano é ridículo!" era a única coisa que conseguiu pensar enquanto Jason apertava com força sua cintura e lhe dava um chupão nada gentil no pescoço. Aquilo com certeza ficaria marcado. O loiro a encaminhava de costas até a cama, e ela sentou no colchão macio ao bater com as coxas no móvel. James se deitou sobre ela e, sem lhe dar tempo para raciocinar o que estava acontecendo, tirou a blusa da garota, revelando o sutiã branco e rendado, delicado como ela. Um sorriso malicioso surgiu nos lábios do rapaz, que começou a distribuir beijos pelo colo da garota, desenhar a clavícula dela com sua língua, mais beijos em seu pescoço, maxilar, lábios... estava surtando, precisava fazer algo e rápido!
Empurrou Bennett para o lado e passou uma perna por cada lado do rapaz, sustentando um sorriso espertinho.
– Oh, Meester, deixa eu te falar uma coisa. Eu domino, não sou dominado... – o rapaz falava, encarando as coxas da menina.
– Vamos fazer um jogo... – puxou o rapaz pela gola da blusa. – Você fica quietinho – tirou a camiseta dele – E a gente se diverte! – começou a distribuir beijos pelo pescoço de James e, com a unha, o arranhou até o cós de sua calça, abrindo o zíper sem pensar duas vezes.
– Rapidinha você, hein! – Bennett disse, vendo-a tirar as calças dele, junto com os tênis e as meias, o deixando apenas de boxer.
– É agora que o jogo começa... – sorriu maligna e se dirigiu até o criado-mudo, que estava ao lado da cama. Abriu a gaveta e, como Louis havia lhe dito, lá estavam as coisas que ela precisaria. Sorriu, agradecendo o amigo mentalmente.
– O que você tá fazendo? – James perguntou, se aproximando dela, que tirou de dentro da gaveta três gravatas. – Pra que isso? – o rapaz arqueou uma sobrancelha, achando tudo aquilo muito estranho.
– Nosso jogo... – disse, pegando a mão esquerda do rapaz e, com uma das gravatas, amarrou o pulso dele à cama.
– Para com isso agora, Meester! Me solta! – disse, autoritário, todavia, a morena não iria parar agora que estava tão perto.
– Confia em mim, querido! – deu a volta na cama correndo e amarrou o pulso direito do rapaz à cama.
Agradecia a Liam mentalmente por ter ensinado-a aqueles nós de escoteiro. Na época, ela achara tudo aquilo ridículo e idiota, porém, até que tiveram utilidade para ela.
tirou as sandálias e subiu na cama, ficando em pé, e tirou o short. Mesmo amarrado e sem poder fazer nada, James abriu um sorriso, e a garota quase gargalhou por sua ignorância. Se o "pobrezinho" soubesse o que estava por vir... A morena ficou de joelhos sobre a cama e vendou os olhos do rapaz.
– Eu estava achando tudo muito estranho, mas admito que você está conseguindo deixar tudo mais excitante, Meester!
– Você ainda não viu nada... – tirou a boxer do rapaz e saiu da cama.
– O que está fazendo? – James perguntou.
– Procurando camisinha! – falou a primeira coisa que lhe veio à cabeça e começou a se vestir às pressas. – Você tem alguma?
– No bolso da minha calça, babe! – disse, sorrindo, e a garota quase vomitou. Definitivamente não havia ninguém mais no mundo que odiasse mais que Jason Bennett, nem mesmo Styles! – Por que está demorando tanto?
– Nada... - voltara ao criado-mudo e pegava o batom vermelho, aquele mesmo que ela jogara fora e Louis fora buscar para que ela usasse naquele momento tão especial.
– O que está fazendo? – Jason perguntou, ao sentir algo que ele não sabia o que era, tocar sua pele.
– Uma peculiaridade pessoal! – dissera com um sorriso de uma orelha a outra.
A tal peculiaridade pessoal era escrever, de batom vermelho, no rapaz: "Pintinho do Eton!! Ass: Meester".
Ao ver sua obra de arte, a morena não conseguira controlar a gargalhada que soltara e invadira os ouvidos de Bennett.
– Do que está rindo? Porra, Meester, o que você tá fazendo?
– Armando a sua desgraça, querido! Aproveite a humilhação.
Recolheu às pressas as roupas de Jason, que estava no chão, ignorando seus gritos e palavrões. Escancarou a porta e saiu correndo e gargalhando.
Ao ver a amiga sair do quarto, Louis, que a esperava um pouco mais a frente, foi em direção às escadas e gritou o mais alto que pôde.
– Hey, pessoal, venham conhecer o Pintinho do Eton!
Tomlinson e Meester não contaram nem quinze segundos para que o andar de cima da mansão Phillips estivesse cheio de pessoas querendo ver o que estava acontecendo. E o rapaz tivera tomado o devido cuidado para que Julie Foster, do jornal da escola, soubesse o que estava prestes a acontecer e estivesse com o celular em mãos para tirar algumas fotos interessantes. Digamos que "Tomlinson consegue um beijo de qualquer garota dessa festa" não fora tão inútil naquela noite e Louis conseguiu tirar proveito de Julie ser uma de sua brincadeira.
– Vem! – Louis puxou a garota pelo braço.
– Espera – parou no meio das escadas. – Você não quer o Bennett nu e amarrado numa cama?
– Olha minha cara de quem quer ver o Jason Jr.! – disse, sério, e gargalhou.
Os dois deixaram a mansão correndo de mãos dadas. ainda estava com as roupas do jogador nas mãos e com certeza algum de seus lacaios viria tirar satisfações. Por isso, eles não tinham muito tempo.
Meester esquecera que estava de saltos e corria desesperada pelo gramado, com Louis a puxando pela mão um pouquinho mais a frente. Chegaram até a rua e olharam para os dois lados, pensando no próximo passo.
– E agora? – perguntou, com a respiração pesada.
– Olha quem tá ali! – Louis falou, na mesma condição que a garota. – Vamos lá.
Do outro lado da rua, sentados no meio fio, , e Niall conversavam, dividindo uma bebida.
– E aí, pessoal? – cumprimentou, ainda respirando com dificuldade.
– Deveria perguntar sobre isso na sua mão? – perguntou, apontando para a muda de roupas.
– Não antes de EU perguntar pra esse irlandês safado o que ele tá te dando pra beber! – disse, chutando de leve o pé de Niall, fazendo rir.
– É só Smirnoff, relaxa! – o loiro falou, entediado.
– É só Smirnoff, relaxa! – o imitou, afinado a voz. – Me dá isso aqui! – tomou a garrafa das mãos de , que sorria pela performance da garota. A mais velha encarou , depois a bebida. Seus olhos foram para Niall, voltaram para bebida e, então, ela tomou um gole.
– Tem espírito de bêbada mesmo, hein! – Louis brincou, pegando a garrafa e tomando também. – Não pode ver álcool pela frente que já fica de boca seca!
– Parem, vocês dois! – pegou a garrafa de volta.
– Vai com calma, Hilton! Você é uma dama, não pode desmaiar bêbada! – Louis disse, sorrindo brincalhão. – A pode...
– Cala a boca, Tomlinson! – a morena disse, lhe dando um tapa no ombro. – Porra, Louis, olha! – apontou para o portão da mansão Phillips.
– Caralho, corre! – o rapaz disse com os olhos arregalados, vendo que Frank e Albert – um grande pequeno rapaz, zagueiro do time, de dois metros de altura e MUITO músculo – procuravam por eles.
Quando os lacaios de Jason viram Meester segurando as roupas dele, foram até eles, porém puxou pelo braço e correu atrás de Louis para o carro do rapaz. Niall se apressou a levantar, levando consigo, e foi até a Ranger, que estava estacionada ali perto.
No Audi, Tomlinson se apressou a dar a partida e fez questão de jogar os tênis de Jason pela janela enquanto o amigo pressionava a buzina, deixando tudo mais dramático.
– Eu não sei o que está acontecendo, mas vocês são malucos! – falava, rindo do banco de trás. Louis e se entreolharam e bateram um high-five.
O celular de tocou e a garota atendeu. Era dizendo que não queria que a noite acabasse e, então, os cinco decidiram ir para algum lugar. Um pub de esquina foi escolhido e eles foram para lá.
Já acomodados dentro do bar, finalmente contou toda a história das roupas, fazendo os amigos roerem as unhas, arregalarem os olhos com os detalhes sórdidos e gargalharem, batendo palmas com o desfecho incrível. Na vez de Louis, ele contou que havia transado com uma loira no banheiro e que Meester o interrompera, fazendo as mais novas o chamarem de nojento e jogarem os amendoins que estavam em cima da mesa em seu rosto. Niall, por sua vez, o parabenizou, batendo um high-five com o amigo, e acabou ganhando amendoins na cara também. começou a contar que destruíra quatro caras no pôquer e que desistira de Joshua. Ele não era quem ela pensava. Ao declarar isso, Louis a abraçou forte e se ofereceu para lhe confortar em um local mais reservado. As garotas gargalharam e Niall tirou o amigo de perto da loirinha, o puxando pela orelha e se sentou ao lado dela, a “protegendo” do Tomlinson. A menina se animou quando chegou a parte do Plano de Salvação do Shepley. a interrompia vez ou outra para falar algumas coisas e, ao declarar que Lexi e Phoebe Alguma Coisa foram as galinhas da noite e carregadas nos ombros dos jogadores de futebol para exposição, gargalhou, jogando a cabeça para trás, e alegou ter ensinado tudo o que sabia sobre uma pessoa má.
As risadas continuaram até o pub fechar. O grupo estava rindo e se divertindo tanto que nem viram o tempo passar, porém, foi só saírem do estabelecimento que o cansaço bateu e os bocejos começaram. Louis levou e até a casa de Meester antes de ir para a sua. Niall levou para a casa dela e acabou ficando por lá.
E a festa de boas-vindas para os calouros do Eton finalmente acabara. De fato, lendas surgiram e outras continuaram seu reinado. Corações foram quebrados e alguns encontraram um parceiro temporário. Algumas amizades foram estabelecidas, quebradas ou até mesmo fortalecidas.
Com certeza a coluna de fofocas do jornal da escola estaria recheada de histórias que circulariam pelo corredor do colégio por um bom tempo. E com certeza alguns dos dez jovens estavam com um espaço reservado lá.
O ano estava apenas começando e, em uma única noite, um mix de sentimentos foi despejado sobre aquela mansão, fazendo-os irem do amor ao ódio. Todavia, no fim, tudo se acertaria. Ou não...
Até aqui betada por: Caroline Cahill.
– Tá bonita! – seu primo disse, se encostando na batente da porta. – Quer impressionar quem em especial?
– O máximo de gatinhos que eu conseguir! – disse, rindo.
– Acho que mudei de ideia, vou nessa festa sim. Alguém tem que tomar conta de você.
– Tenho certeza que Louis, Niall e Liam exercerão seu papel muito bem! – falava, rindo, guardando a maquiagem. Vira o moreno pedir para os amigos ficarem de olho em sua prima, já que ele não iria à festa.
Motivo para Zayn Malik recusar uma farra, indeterminado. Ninguém entendeu o porquê de ele e Harry não irem à festa naquela noite. , todos sabiam que era apenas pirraça, porque Louis havia dito que iria apenas por ela.
O rapaz riu minimamente.
– Tenho certeza de que sim. Na verdade, o Niall eu não tenho muita certeza, porque ele vai estar ocupado com a Winster, e o Louis com todas as outras garotas que existirem lá! – ria junto com a menina. – Agora o Liam é de responsa! Pelo menos nas primeiras duas horas... – lembrava de vezes que o amigo ficara bêbado antes que ele.
, por sua vez, lembrou da conversa que deveria ter com o rapaz, mas que provavelmente não aconteceria naquela noite.
– Posso te fazer uma pergunta hipotética? – virou-se de repente para o rapaz, apontando-o um pincel de blush.
– Claro, manda. – sorriu, incentivando-a a continuar.
– Tá, hmm... Se você gostasse de um cara... – a garota não encarava o rosto do primo, estava com de cabeça baixa, e não percebeu que Zayn abria um sorriso acusador, gargalhando em seguida.
– Tá apaixonada, ?
– Eu disse em algum momento que estava apaixonada? Não seja ridículo, já disse que é uma pergunta hipotética, mas esquece, você não se importa com essas coisas, você não liga pra mim!
– Quanto stress, calma, priminha! Vai, continua. – balançou a cabeça negativamente, fazendo manha, e o rapaz rolou os olhos por sua infantilidade e passou as mãos pelo rosto nervosamente. – Eu prometo não abrir a boca.
– Pergunta hipotética, OK? – Zayn se limitou a balançar a cabeça positivamente. – Você gosta de um cara, faz um tempinho já e aí tem outro muito gato que gosta de você, você ficaria com qual?
– Preciso de mais detalhes, não posso simplesmente escolher um e ficar por isso mesmo. – Zayn puxou a morena pelo braço para se sentarem na cama dela.
– Você gosta de um garoto, e não sabe se é recíproco. Ele diz que é, mas, por motivos da vida, vocês não podem ficar juntos...
– Que tipo de motivos? – o rapaz estava de braços cruzados e encarava a prima, prestando total atenção ao que ela falava.
– Ah, Zayn... Motivos! Isso não vem ao caso. O que importa é que não dá pra vocês ficarem juntos. E o outro cara gosta de você e as coisas podem ser diferentes com ele, eu acho...
– Olha, , se você me desse nomes, ficaria tudo mais fácil – a menina sorriu travessa e balançou a cabeça negativamente. –, mas a minha intuição de primo mais velho diz que um desses dois é um tal de Daniel Phillips. E eu acho que o Danny será uma boa opção.
– Não estamos falando de mim, estamos falando da sua garotinha interior!
Zayn gargalhou ao ouvir tal frase ridícula e encarou a garota com um sorriso.
– , você só tem 15 anos, não é como se você fosse casar e ter filhos amanhã. Apenas aproveite essa fase da vida, que é a melhor de todas, não fique presa a alguém. – aquela frase tão típica de Malik, "Relacionamentos são uma droga, nunca queira um!" – Vá àquela festa e curta a noite, mas nem olhe para o outro filho da puta, porque está claro que ele não te merece!
sorriu fraco com os olhos abaixados para seus pés. Sabia que o moreno lhe dizia aquelas coisas e só tinha mais certeza de que deveria acabar tudo de uma vez com pseudo-namorado, apesar de não ser esse seu desejo.
– Acho que não era isso que você queria ouvir, né? – o rapaz disse, olhando para o mesmo ponto que ela encarava.
– Não, é só que você é a segunda pessoa que me diz isso, e a primeira acabou de me mandar uma mensagem falando que tá me esperando lá fora.
A morena se despediu do primo e desceu as escadas correndo, encontrando a amiga na sala, a esperando.
– Oi, safada. Tá bonita, hein! – ria enquanto a menor fazia uma pose e dava uma voltinha para ela ver sua roupa.
– Você também tá linda, xuxu!
– Xuxu é o meu pau, ! – a morena falou, séria, e desatou a rir quando a caçula virou a cabeça para trás, gargalhando.
– Olha a boca, , não gosto de palavras de baixo calão na minha casa. – a voz de Zayn foi ouvida do andar de cima.
– Vamos, . Adeus, Malik.
– Tchau, babe! – gritou para o primo e foi puxada pela amiga até o carro, no qual Alfred as esperavam, apoiado na Mercedez. Camisa social com as mangas dobradas um pouco abaixo dos cotovelos, braços cruzados e um sorriso charmoso.
– Boa noite, senhoritas. – cumprimentou as garotas e abriu a porta para que entrassem.
Foi só ouvir a batida de sua porta que disse baixo para a amiga:
– Eu ainda dou pra esse homem.
– ! – falou, horrorizada, gargalhando.
– É uma questão de honra! – a mais velha também ria.
– Você é louca, tá andando demais com o Louis!
– Para onde, senhorita Meester? – Alfred perguntou educadamente do banco da frente ,a observando pelo retrovisor.
– Pra casa do Phillips, eu te passei o endereço ontem, lembra?
– Claro, chegamos lá em quinze minutos, senhoritas.
– O que dizer desse Fred, com toda essa educação e charme? – a caçula falava, rindo, e o homem sorriu divertido.
– Tira o olho, garota, já disse que o Alfred é meu, SÓ MEU! Sou uma mulher ciumenta. – gesticulava abertamente. As duas garotas gargalhavam e o motorista ria, às vezes.
A festa de boas-vindas estava bombando na mansão Phillips. O gramado já estava repleto de copos, garrafas e adolescentes se embebedando. Dentro da casa, um jogo de beer pong acontecia no porão. Na sala, uma mesa redonda fora improvisada para o pôquer. Várias pessoas estavam na piscina, algumas com roupas de banho e outras com roupas normais. Todo e qualquer canto da casa tinha casais se agarrando. Os adolescentes já se sentiam razoavelmente mais soltos pelos efeitos das bebidas alcoólicas, e esbarrava em outro enquanto andava à procura de Louis, com logo atrás dela.
– Hey, garotas! – Jason, o capitão do time de futebol, chegou, as cumprimentando, ficando entre as meninas e passando um braço pelo ombro de cada. – Vocês já são gostosas, mas conseguiram ficar mais atraentes essa noite! – sorria e surpreendeu com um beijo na bochecha. Virou seu rosto para repetir o ato com e a garota tapou o rosto do rapaz com sua mão, o empurrando para trás e tentando se desvencilhar dele.
– Te dou dois minutos pra sumir da minha frente com esse bafo de tequila!
– Nossa, , não seja assim, estou só lhe dando as boas-vindas! – falava embolado pelo efeito do álcool.
– Entenda uma coisa, querido, eu não gosto de você e nunca fingiria simpatia por alguém que tenho repulsa! – sorria, arrogante, e algumas pessoas disfarçadamente prestavam atenção à conversa.
– Sabia que eu prefiro as difíceis? Vamos lá pra cima conversar em particular?
arqueou as sobrancelhas, oprimindo uma risada que tentava escapar. No entanto, gargalhou pelo convite feito para ela.
– Você é ridículo... Ãhn?... Como é seu nome mesmo? – cerrou os olhos, encarando o rapaz.
– Meester, o que você tem de gostosa você tem de arrogante e, no fim das contas, o seu conteúdo não vale a embalagem! – levantou os braços, se rendendo, e afastou-se das garotas com um sorriso vitorioso nos lábios por fazer o queixo de cair. Foi possível ouvir as risadinhas de pessoas que estavam ao redor e acompanhavam a cena. A garota fechou as mãos em punho, sentindo o rosto ficar vermelho e os olhos se esquentar pelas lágrimas de puro ódio que se formavam.
– , deixa pra lá, pelo menos, por enquanto... – disse, a segurando pelo braço.
– Ele vai se arrepender, , ah, vai! – a garota se soltou da amiga e foi em direção à cozinha, abrindo a geladeira, procurando por algo para beber.
– Olha quem eu achei! – chegou minutos depois de braço dado com Louis. abria uma garrafa de vodka e deu um grande gole, fechando os olhos, sentindo o líquido quente rasgar sua garganta.
– Eu vi o que aconteceu e posso dizer que daremos um jeito nele depois. – Louis piscou para a morena, que revirou os olhos e voltou a tomar sua vodka.
– Sabia que eu não devia ter vindo nessa festa maldita. – falava, irritada, derrubando no chão alguns copos que estavam em cima da bancada.
– Não fala isso, estamos aqui apenas há dez minutos, a festa tá só começando. – estava de braços cruzados, apoiada na pia.
– Dez minutos que entrarão para os piores da minha vida...
– Acho que você tem que entrar no trenzinho da felicidade Tomlinson e aproveitar a festa com estilo. – Louis se aproximou da amiga e apoiou suas mãos nos ombros da garota, os apertando, fazendo cócegas, e riu, se soltando dele.
– Para, Lou! Aquele filho da puta vai me pagar.
– É claro que vai, , mas daqui a pouco. Primeiro vamos beber, dar uma risadas, conversar, beber mais um pouco, planejar algo pro Bennett, beber mais, socializar com algumas pessoas enquanto bebemos e talvez vomitar um pouco porque beberemos muito. – dizia, rindo, e a garota fez cara de nojo, também rindo. – O trenzinho da alegria Tomlinson está fazendo a última chamada, pois deixará a estação em poucos minutos. Pedimos aos passageiros que se acomodem e aproveite a viagem. Obrigado, de nada.
– Me convenceu... – disse, abraçando sua garrafa de vodka, e Louis sorriu, animado.
– É assim que se fala, terei as duas garotas mais lindas da noite no expresso Tomlinson! – dizia, arrumando os cabelos como um badboy dos anos 90.
– Apesar de ser um convite irrecusável, eu vou ter recusar. – sorria, se fazendo de inocente.
– Mas se é irrecusável, como você pode recusar? – o rapaz a encarava com os olhos cerrados.
– Eu vou dar uma volta e depois embarco na diversão com vocês! – a caçula deu uma piscada, caminhando de costas para a porta que levava para a área da piscina.
– Tô de olho em você. – falou, séria, tendo em mente o que pretendia fazer, ou melhor, quem pretendia encontrar.
– Sim, senhor, senhor! – a garota bateu continência de forma desajeitada, fazendo Louis rir e rolar os olhos, sorrindo, e saiu pela porta.
– E então, quando o trem deixa a estação? – virou seu rosto para Louis, que estava apoiado na bancada ao seu lado. O garoto sorriu, a puxando pela mão.
– É assim que se fala!
Em uma das salas da grande mansão, o jogo de pôquer estava começando a ficar sério. estava assistindo Joshua competir e havia chegado à conclusão de que nem tudo era perfeito, pois, apesar de ser um poço de beleza, charme e um ótimo jogador de vôlei, o rapaz não era tão bom assim no pôquer. Estavam na segunda rodada, ele perdera a primeira e estava prestes a perder a segunda.
A loira, que estava em pé atrás de Joshua, apoiando as mãos na cadeira em que ele estava sentado, observava suas cartas. Pensava em alguma dica para dar ao rapaz, porque além de não querer que ele fosse derrotado mais uma vez, não queria ouvir de novo a comemoração ridícula de Trenton Harvey, riquinho, popular e nojento, que poluía qualquer local com sua presença. No entanto, o jogo de Joshua estava morto, não tinha o que fazer com aquele grupo de cartas horríveis, com certeza a sorte não estava ao lado do americano naquela rodada, e foi então que Harvey desafiou seus oponentes e, um a um, eles foram desistindo, fazendo de Trenton vencedor.
– O papai aqui é bom ou não é? – o rapaz comemorava e revirou os olhos, irritada. – Ei, Hilton, não fique brava porque seu namoradinho perdeu, mais tarde eu o ensino a jogar. – disse e caiu na gargalhada, fazendo a namorada e alguns amigos rirem.
ia responder, porém Joshua se pôs de pé e a interrompeu.
– Vamos, . – o rapaz disse, tentando levá-la junto.
– Você vai deixá-lo te insultar assim?
– Esquece isso, , não é nada de mais, é só um jogo. Vem, vamos aproveitar a festa. – tentou levá-la para longe dali.
– Não é "apenas um jogo"! – fez aspas, parecendo estar ofendida pelas palavras do rapaz. – É pôquer. E eu não saio daqui até ganharmos!
– Mas já deu pra ver que esse tal de Trenton é muito melhor que eu, eu nunca venceria dele.
– Isso não me impede de tentar!
– Você vai jogar? – Joshua parecia desafiá-la.
– E qual o problema? – perguntou, cruzando os braços, e o rapaz levantou os seus como se estivesse se rendendo.
– Nenhum, vai lá. – sorria charmoso, todavia, não sentira vontade de beijá-lo como sempre acontecia quando ele sorria daquela forma, mas sim vontade de socar aquele rosto perfeito por duvidar de sua capacidade.
A menina se virou para a mesa, encontrando Trenton com a namorada, Phoebe, em seu colo. Fez uma careta de nojo e se aproximou como quem não queria nada.
– Trent, vocês vão jogar de novo? Será que posso tentar? – perguntou, piscando seus longos cílios.
– Tá tristinha porque o namoradinho perdeu, Hilton? – Phoebe perguntou, azeda.
– Phoebe, desculpe, mas não estou falando com você. – palavras duras e afiadas como uma faca contrastavam com sua feição doce e sua voz calma. era a arrogante, porém, não ficava atrás. A única coisa que as diferenciava era a pose superior que insistia em manter, enquanto era simpática e meiga todo o tempo.
– Olha aqui, garota...
– Phoebe, por favor, não se meta aonde não é chamada, estou apenas perguntando se posso jogar. – mantinha o tom calmo e as mãos juntas em frente ao corpo. – E então, Trent, posso?
O rapaz pareceu pensar por alguns minutos e acabou cedendo.
– Tá, senta aí.
– Amor?! – Phoebe gritou, brava, e o garoto rolou os olhos, irritado por sua infantilidade.
bateu palminhas em comemoração e virou-se para Joshua com um sorriso orgulhoso nos lábios. O americano puxou uma cadeira para que ela se sentasse e pegou outra para ele, sentando-se ao seu lado.
– Você tem certeza disso? – Joshua perguntou em seu ouvido.
– Não... Mas não se preocupe, é questão de honra ganhar dessa loira oxigenada! – levantou os olhos para Phoebe, que estava com os braços cruzados e a cara fechada.
As cartas eram distribuídas entre a loira e mais quatro oponentes. aproveitava o momento para analisar os rapazes que estavam sentados ao redor da mesa. Não conhecia nenhum verdadeiramente, apenas os sobrenomes, e tinha certeza de que já tinha derrubado sua salada de frutas sem querer nas calças de um deles. Lembrava-se do que seu pai uma vez lhe dissera: "Sabe qual é a vantagem de ser uma mulher no pôquer? Vão pensar que você não sabe o que está fazendo, e aí que ataca, querida! E nunca se esqueça... Use esse rostinho lindo para fazê-los pensar que não sabe jogar!". Levantou os olhos, vendo que um dos garotos a encarava malicioso e sorriu docemente, seguindo os conselhos do Senhor Hilton.
Na área da piscina, Demetria conversava alegremente com um rapaz que ninguém vira aquela semana pelos corredores do Eton. O tal Johnny era de uma outra escola e apenas estava lá aquela noite porque era primo de um dos jogadores do time de Danny.
Um pouco mais a frente, Niall observava os dois disfarçadamente, afinal, sua namorada April estava ao seu lado – lê-se pendurada em seu pescoço, lhe tirando o ar –, com um vestido vermelho sangue escandalosamente curto, chamando a atenção para si não apenas pela cor, mas também pelo comprimento, ou a falta dele. Totalmente diferente de Demetria, que chamava a atenção apenas por estar ali, com aqueles olhos verdes que transbordavam ingenuidade e alegria, um sorriso lindo e uma espontaneidade única. Todos que passavam por ela, homem ou mulher, a encaravam, pois, além de estar deslumbrante aquela noite, a menina sempre chamava atenção.
O loiro observava Demi e o, até então, desconhecido, reparando que não paravam de rir um segundo sequer de algo que ela falava gesticulando abertamente, e era impossível segurar alguns sorrisos que lhe escapavam vez ou outra, que ele disfarçava dando golinhos em sua cerveja.
– Do que está rindo, Nini? – April o chamou e ele levou alguns segundos para perceber que precisava respondê-la.
– Hum... Nada! Nada de mais, só aqueles caras tentando jogar aquele nerd na piscina.
– Argh, bem feito, essa festa não é pra esse tipo de gente.
– Pelo amor de Deus, April, deixa o moleque! Eu vou lá ver se tem alguma coisa pra eu beber. – reparou que Demi entrava na mansão e queria segui-la, todavia, é claro que sua namorada iria reclamar.
– Mas você tá com um copo cheio, amor!
– Eu não quero cerveja, vou procurar outra coisa. – falou, já se distanciando e deixando para trás sua namorada, muito irritada pela atitude que ele tomara.
Antes de seguir Demi, Niall sabia que precisaria de uma ajudinha de um dos amigos. Por isso, correu até Liam, que estava conversando com Chase e Frank, do time de futebol.
– Cara, preciso de um favor! – puxou Liam pelo braço, nem se dando ao trabalho de cumprimentar os outros meninos.
– Oi pra você também, passarinho! Aproveitando a festa? – o amigo o encarou com as sobrancelhas arqueadas.
– Tanto faz, Payne! O negócio é sério! – falava, afoito, olhando ao seu redor para ver se reencontrava Demetria.
– Me deixa adivinhar, você vai se encontrar com a Dama Misteriosa e quer que eu conte uma mentira pra Winster se ela me perguntar alguma coisa sobre você.
– Você faria isso por mim? – Niall o encarava nos olhos pela primeira vez, seus olhos azuis clamavam por piedade.
– Tá bom, Horan, vai lá... – o rapaz nem terminara de falar e o irlandês já saira correndo, fazendo o amigo balançar a cabeça negativamente e sorrir ladino.
Liam correu seus olhos pelo ambiente e nem sinal de . Já começava a cogitar a ideia de que Ortega havia lhe dado bolo, quando sentiu um toque leve em seu ombro e sorriu, pensando ser a menina. Virou-se para abraçá-la, dando de cara com ninguém mais, ninguém menos que Lexi.
– Oi, Li! – falava, provocante.
– Ahh, oi... – disse, desapontado.
– Nossa, Li, não está feliz em me ver?
– É que eu pensei que fosse outra pessoa!
– Uhmm, acho que posso compensar a falta dessa pessoa... – sorriu, se aproximando e passando um dos braços pelo pescoço do rapaz.
Niall, que saíra correndo, apressado, já estava quase dentro da mansão quando trombou em alguém menor que ele e a segurou firme para que não caísse.
– Desculpa aí. – não abaixou os olhos para ver quem era e tentava empurrar a menina para entrar na cozinha, porém esta o chamou.
– Oi, Niall! – sorriu, levantando seus olhos verdes e rindo da surpresa do amigo ao ver em quem havia trombado.
– Oi, little ! Pensei que não vinha mais. – a soltou e continuou olhando para dentro da casa disfarçadamente.
– Eu me atrasei um pouquinho, mas ainda são onze horas, então ainda tem muita festa pela frente.
– Com certeza... Ãhn, você viu a Demi passar por aqui? Eu preciso avisá-la que o Harry me ligou e queria falar com ela, porque ela não atende o celular. – inventou uma mentira de última hora.
– Ela acabou de passar por aqui, deve estar na cozinha... – Niall já estava caminhando novamente, sem esperar o final de sua resposta. A morena deu de ombros e voltou a procurar por Liam. Mal sabia ela que o rapaz já estava ocupado.
Como um furacão, o irlandês finalmente entrou na casa, sendo recepcionado por e Louis, que estava sentados na bancada, dividindo uma garrafa de vodka.
– Oi, Niall! – sorriu, acenando para ele.
– Oi. É... Vocês viram a Demi? Eu precisava falar com ela, porque...
– Ela deve tá na frente da casa. O Harry te ligou, né? – Louis falou, fingindo não saber de nada, e Meester intercalava seus olhos pelos dois garotos, um pouco desconfiada com a atitude de ambos.
– Isso. Ela tá lá na frente? Beleza... Tchau. – saiu apressado.
Louis tomou um gole de sua bebida e percebeu o olhar acusador da amiga sobre ele.
– Que foi?
– Nada. Eu espero... – falou, sustentando seu olhar sobre o garoto, que disfarçou indiferença e pulou da bancada, a ajudando a descer.
– O que acha de armarmos nossa vingança agora?
– Nossa vingança?
– Mexeu com você, mexeu comigo, Meester! É assim que funciona! – sorriu divertido, e a garota retribuiu seu sorriso.
Niall andava apressado pelos cômodos da mansão em busca de Demetria e já estava a xingando mentalmente por ter desaparecido. Apoiou-se na batente da uma das portas para analisar suas opções: continuar procurando ou voltar para April. Foi então que ela falou atrás dele.
– Procurando por mim, Nialler? – Demetria falou em seu ouvido, dando uma risadinha.
– Por onde andou? Procurei você por todo o lado! – se virou para ela, mas não se aproximou para não chamar atenção.
– Não procurou direito! Eu estava bem aqui, esperando por você... – puxou uma das mechas dos cabelos e brincava com ela entre os dedos.
– Estava esperando por mim? Então, problema resolvido, estou aqui agora. – puxou– a pela mão, a levando para lugar nenhum.
– Para onde estamos indo? – Demi perguntou, curiosa, quando passaram pela porta de entrada e caminhavam para o carro dele.
– Não sei, mas você vai gostar!
– Por que acha isso? – parou de andar e como o rapaz estava correndo à sua frente de mãos dadas com ela, acabou indo de encontro com ele.
– Porque você é maluquinha e adora maluquices, então vai gostar!
– Faz sentido...
Niall puxou-a novamente pela mão e a segurou pela cintura, aproximando seus rostos, sentindo o hálito quente dela bater em seus lábios. Queria tanto beijá-la, no entanto, havia muitas testemunhas ao redor e algum problema maior poderia surgir futuramente. Por isso, apenas lhe deu um beijo carinhoso no topo da cabeça, aspirando o perfume que emanava dos cabelos dela.
– Vamos! – Demi falou, sorridente, guiando o garoto pelo gramado. – Nós vamos andando ou de carro? – soltou sua mão da dele e virou o rosto para os dois lados, meditando em sua própria pergunta.
– Eu nem ao menos sei para onde vamos!
– Podemos ficar aqui mesmo. – ela provocou e viu o amado ficar vermelho. Ela começou a rir.
– Que sem graça, você. – Niall reclamou, visivelmente assustado pela brincadeira da garota.
– Calma, Ni! Acho que sei pra onde podemos ir, mas é um pouco longe, então vamos de carro. Passa a chave! – estendeu a mão para ele, que gargalhou alto, pendendo a cabeça para trás.
– Entra no carro, Demi! – foi apenas o que ele disse, dirigindo-se para o banco do motorista.
A loirinha sorriu esperta e entrou na Range Rover. Ligou o rádio e abriu a janela.
– Nini, me empresta seu celular?
– Não vai pôr o cinto? – o rapaz disse, tirando o aparelho de telefone do bolso, a entregando-o, logo depois arrumando seu cinto de segurança.
– Não acho que seja necessário... Digita aqui sua senha.
– 2056. – disse, girando a chave na ignição. – Coloca o cinto, Demi!
– Mas...
– Coloca!
– Tá! – falou, levemente irritada por ser contrariada, e fez o que ele a pediu. Niall apenas sorriu. Demetria era tão infantil quando queria e, de algum modo, ele gostava desse jeito da garota.
– Para onde devo ir?
– Vai pra avenida e segue pra escola. Duas quadras antes, vira à esquerda. – falou tudo rápido demais, sem dar tempo para Niall calcular seus movimentos. – Aí você segue até uma casa branca e vira à esquerda de novo, depois esquerda, direita e chegamos. – abriu o porta-luvas do carro, jogando lá dentro os dois iPhones.
– Primeiro: não entendi nada do que você falou! – disse, com as sobrancelhas juntas, fazendo-a rir. – Segundo: o que fez com meu celular?
– Uma regra quando se está comigo é: não se preocupe com o tempo! Na verdade, quando se tem a oportunidade de se estar ao lado de Demetria Styles, ele nem existe! – sorriu, satisfeita por suas palavras, se arrumando no banco do carona sem que o cinto a incomodasse.
– Escola, né? – Niall perguntou, entrando na rua que os levariam a seu destino, e a garota sorriu.
Depois de trinta e sete minutos, a Ranger Rover branca estacionou em frente a um portão, pequeno e baixo, de ferro. Um muro da mesma altura do portão estava revestido por um tipo de folhagem e se estendia por quilômetros, escondendo algo valioso para a garota atrás de si.
– Demi, que lugar é esse? – Niall perguntou, encarando o lugar à sua volta, e foi ignorado pela menina, que descia do carro. – Hey! Espera! – seguiu a garota, que estava imóvel em frente ao portão, com o olhar perdido nas gravuras que se encontravam ali.
– Isso é um condomínio fechado? – o rapaz perguntou e a loirinha balançou a cabeça afirmativamente.
– Você ainda tem aquela mantinha no seu porta-malas?
– Sim, ela sempre tá lá, mas porque você...
– Pega lá, Nini, por favor! – se aproximou dele e lhe deu um beijo estalado na bochecha.
– Tá, espera aí. – foi até a Range Rover e abriu a porta do carona, pegando o celular que a garota havia colocado no porta-luvas. Ligou-o e colocou no bolso do jeans. Fechou a porta e se dirigiu ao porta-malas. – Todo mundo diz que sou louco por carregar essas coisas no carro, mas eu não concordo. Prefiro ser caracterizado como um homem prevenido, o que você acha... – virou o rosto para onde Demetria estava, não a encontrando lá. – Demi? – a chamou, achando seu desaparecimento estranho, e correu para o portão. – Demetria?! – gritou, desesperado, encarando os dois lados da rua, procurando pela garota.
– Niall, não grita! – ouviu a voz da loirinha atrás de si.
– C-Como você... Como você entrou aí? – se aproximou do portão de fero, tentando abri-lo e comprovando que estava trancado.
– Cadê a manta?
– Como você entrou aí? – perguntou novamente, fazendo-a rolar os olhos.
– Eu pulei o portão, ué! – falou como se fosse óbvio e o rapaz levantou os olhos, constatando estacas de fero no topo do portão.
– Como você...
– Niall, de novo isso? Pega a mantinha, passa pra mim e pula também!
– Eu não vou fazer isso, Demetria, você está louca? – se afastou e colocou as mãos na cintura, indignado pelo pedido da mais nova. – Você por acaso viu como aquela coisa é pontiaguda?
– Claro que sim, eu passei por lá, se você esqueceu! – levantou os braços, chacoalhando os sapatos de salto nas mãos. – Para de ser bichinha e pule esse muro agora, Niall James Horan!
– Isso é invasão de propriedade, podemos ser presos!
– Para de falar besteiras, se você pular agora, nada vai acontecer, vai logo!
– Eu não acredito que vou fazer isso! – subiu até metade do portão e passou para o outro lado a manta. – Eu simplesmente não acredito que isso realmente está acontecendo! – chegando até o topo, analisou o que poderia fazer, vendo que Demi já andava, descalça, mais a frente, com os saltos e a manta toda embolada nas mãos. – Espera! – gritou para ela, que se virou a tempo de vê-lo se desequilibrar e cair.
Niall estava com as costas no chão duro e frio, os olhos fechados, tentando pensar em qualquer coisa, menos na dor em seu pulso.
– Meu Deus, você está bem?– Demetria perguntou, preocupada, ao lado dele.
– Sim. Só o meu pulso que tá um pouco dolorido.
– Acha que tá quebrado? – arregalou os olhos com a suposição e colocou uma das mãos sobre a boca.
– Não, quebrado não tá, talvez eu precise de um pouco de gelo, mas só isso. – sentou-se, segurando o pulso direito com a mão esquerda.
– Vamos embora, então!
– Não! Agora que eu entrei, quero ver o que esse lugar tem de tão especial! – se levantou do chão, estendendo a mão esquerda para ajudar a garota. – E então, princesinha Styles, onde estamos?
– Tem certeza de que tá bem? – perguntou mais uma vez e o rapaz balançou a cabeça positivamente. – Que bom, porque aquilo foi muito engraçado! – gargalhou, jogando a cabeça para trás.
Niall a encarou, entediado, tentando disfarçar um sorriso sutil.
– Foi muito engraçado, meu Deus! Quando eu vi, você já tava no chão!
– Vamos logo, Demi! – a apressou, rendendo-se a ela e rindo também.
Eles caminhavam lado a lado para algum lugar que o irlandês não tinha a mínima ideia de onde era. Ela estava enrolada na manta e ele levava os saltos dela nas mãos. A neblina da noite ia banhando a grama e deixando os pés da garota frios. O som de sua risada contida ia preenchendo a escuridão e fazendo-o sorrir apenas por ouvi-la.
– Chegamos! – Demetria disse, se colocando a frente de um grande banco de madeira de lei.
Niall encarou a paisagem ao seu redor, constatando nada além do gramado, o banco, uma grande mansão um pouco a frente e que a Demetria era realmente louca.
– Eu quase morri por isso?
– Você só caiu de um portão, não morreria por causa disso! – disse, se sentando, e lhe mostrou a língua. – Eu já caí muitas vezes daquela árvore e ainda estou aqui!
– Demi, que lugar é esse? – sentou ao seu lado, encarando para onde ela havia apontado.
– O condomínio que eu morava quando meus pais ainda eram casados. – o rapaz percebeu uma certa tristeza em sua voz. – Eu fiquei com saudade e resolvi vir até aqui. – virou o rosto para encará-lo e lhe deu uma parte da manta para que se cobrisse. – Minha mãe nunca me traria aqui, Harry me acharia idiota por pedir algo assim, você foi a única pessoa que eu pensei que poderia fazer isso por mim!
– Há quanto tempo seus pais são divorciados? – perguntou e logo depois se arrependeu. – Quer dizer, você não precisa me contar se não quiser.
– Tá tudo bem, Ni! – pegou a mão direita do rapaz, com cuidado, e passou o braço dele ao redor dela, se aconchegando a ele, que sorriu e a abraçou. – Faz oito anos. Eu tinha só sete anos... Nós costumávamos vir até aqui aos sábados de manhã. – as lembranças retornaram à sua mente e o sorriso ao seu rosto. – Mamãe esticava a toalha de piquenique bem em frente a esse banco, papai sentava aqui e lia o jornal com uma xícara de café na mão. Depois de comer, ele brincava de bola comigo, e a mamãe filmava tudo. Ela adorava filmar as coisas e tirar fotos, vivia carregando câmeras para cima e para baixo e... – parou de falar e levantou a cabeça, que estava no ombro do rapaz. – Desculpa, Nini, você não quer ouvir essas coisas chatas!
– Imagina, Demi, pode falar! – a incentivou, apertando-a em seus braços.
– Já sei! Vou te levar pra ver a casa em que eu morava! – se levantou, animada, batendo palminhas e o rapaz sorriu também, se levantando e colocando a manta nos ombros dela para que se aquecesse. – Obrigada! – disse, sorrindo docemente.
O grande condomínio fechado tinha uma distância grande de uma casa para a outra, que eram separadas por um muro baixinho. As mansões se erguiam majestosas diante de um grande gramado, e árvores se estendiam por todo o terreno.
Niall e Demetria caminhavam lado a lado de mãos dadas, conversando sobre o que lembravam de suas respectivas infâncias; como brincadeiras favoritas, amigos, desenhos animados que costumavam ver, brinquedos que tinham.
O rapaz lhe contara uma vez que ficara irritado com seus pais por um motivo que não lembrava e "fugira de casa". Na verdade, ele arrumou uma lancheira com barras de chocolate e uma garrafa de água, armou a pequena barraca de brinquedo que havia ganhado de presente de seu avô no Natal anterior e morou na frente de sua casa por três horas, até começar a chover e um trovão alto o assustar, fazendo com que ele voltasse correndo para dentro de casa e procurasse por sua mãe.
– Eu não acredito! – Demetria falava, rindo. – Quantos anos você tinha?
– Não sei, acho que seis. Eu não lembro disso, a minha mãe que adora contar para todo mundo!
Então, era a vez da loirinha contar alguma de suas traquinagens na infância. E ela contou para ele uma vez quando seu pai precisou sair de viagem pela milionésima vez naquele mês de julho.
A garotinha estava de férias e esperava poder passá-la ao lado dos pais. No entanto, as tantas reuniões e detalhes que seu pai precisava resolver sobre a empresa lhe roubaram um tempo que ele nunca poderia ter de volta, a infância de sua única filha.
A pequena Demi pensava que sairia para um acampamento com a família por uma semana. Seu pai havia prometido para ela que eles iriam pescar, comer marshmallows aquecidos na fogueira, visitariam uma cachoeira, veriam o nascer do sol. Seria o primeiro acampamento da menina e ela pensava que para sempre ocuparia o primeiro lugar na sua lista de férias perfeitas.
Foi então que mais uma viagem de última hora devastou o conto de fadas da pequena Demetria. Ela ficara arrasada com a notícia, ainda mais porque ele acabara de chegar. Foi então que a "grande ideia" lhe ocorreu. Demi pensou que se ela se escondesse e ele não tivesse chance de se despedir, ficaria para procurá-la e não iria para a viagem.
A loirinha, na época com apenas sete anos, subiu em uma das muitas árvores que existiam no grande condomínio e esperou para que seu pai a encontrasse.
Como esperado, seus pais ficaram desesperados quando não a encontraram em lugar nenhum pela casa e saíram para procurá-la.
De cima da árvore, Demi ouviu sua mãe gritar seu nome. Foi então que tentou descer, acabou escorrendo e quebrando o braço. O que resultou nas férias inteiras com um gesso, sem acampamento e mais viagens de seu pai.
– Com certeza temos ótimas histórias para contar sobre nossas infâncias! – Niall falava, sorrindo. – Você lembra disso?
– Só de mim subindo na árvore, os meus pais comigo no carro me levando pro hospital e depois algumas coisas que o gesso me impedia de fazer...
– Você vê o seu pai bastante? – o rapaz virou-se para encará-la e ela ficou surpresa com a pergunta.
– Ele ainda viaja bastante, mas eu o vejo de vez em quando... Sinto falta dele, sabe? – abaixou a cabeça e Niall a abraçou de lado, sorrindo.
– Eu entendo.
Continuaram a caminhada em abraçados e em silêncio, até Demi pegar na mão do rapaz e correr a um parquinho.
– Chegamos! – girou e pisou na barra da manta que arrastava no chão e acabou caindo na grama, rindo de sua infantilidade.
– Você está bem? – Niall perguntou, rindo também e se aproximando. Se abaixou para vê-la melhor.
– Claro que sim, Nialler! – ela o empurrou e o garoto caiu sentado.
– Ah, Demi! A grama tá molhada! – reclamou e a loirinha não se importou. Se jogou em cima do rapaz, fazendo-o deitar na grama com um careta no rosto.
– Não reclama! Daqui a uns anos, quando você for contar histórias para alguma outra garota, você pode falar que conhecia uma menina maluquinha e ela te influenciava a fazer coisas bem legais! – falava, sorrindo daquele jeitinho que fazia Niall querer morder suas bochechas e beijá-la até todo o oxigênio se esgotar. Demi estendeu a manta na grama e se deitou sobre ela, ao lado dele.
– Muita esperta você, né, moça? – virou o rosto para ela, que ainda sorria, sem encará-lo. – Me faz deitar na grama molhada e estende a mantinha quentinha e seca pra você!
– O que posso dizer? Você me pegou! – virou o rosto para ele.
Naquela noite, a lua cheia tinha o privilégio de brilhar sozinha num céu sem estrelas. A neblina continuava a molhar o rosto dos dois apaixonados, que estavam deitados na grama, tentando resistir ao impulso de experimentar um o lábio do outro.
Niall se aproximou um pouco mais da garota, que não moveu um músculo sequer. Continuou se aproximando. Pôde sentir o hálito cálido dela lhe tocar os lábios.
Demi sentiu as mãos ficando suadas, mesmo que estivessem frias. Seu coração se chocava contra a caixa torácica, a vontade e o nervosismo lhe arrebatando. Viu o rapaz se aproximar, fechou os olhos, deixando os lábios entre abertos e...
– Alô?! – o celular de Niall gritou em seu bolso, os assustando. O garoto se apressou a atender, sem ao menos ver quem era. – Oi, April... O-onde eu tô?... Ele disse, é?... Bem é isso. Eu já, tô voltando! Ok, amor... Tchau.
Demetria estava em pé, dobrando a manta e pegando seus saltos.
– Demi, espera! – o loiro a chamou quando a viu se afastar.
– Tem gente te esperando, acho melhor irmos. – falou, seca, se distanciando.
Niall levantou, guardou o celular no bolso e correu até ela.
– Desculpa por isso. Sério! – falava, se sentindo um idiota, e o fato da garota não encará-lo apenas piorava a situação.
– Sua namorada tá te esperando, vamos logo. – apressou o passo, o deixando para trás, meditando em "Sua namorada". Parabéns, Horan, você conseguiu magoar a garota que realmente gosta!
Niall começou a andar, alguns passos atrás da loirinha, e pensava em sua situação. Era louco por Demetria e namorava April Winster, por quê? Ele não sabia! Talvez houvesse percebido tarde demais que seu coração batia pela Princesinha Styles e não pela Falsa Puritana.
Todas as tardes que passava ao lado de Demi lhe davam um sentimento de culpa no final. Não porque estava outra garota em vez da namorada, mas sim devido ao semblante triste que a garota se despedia quando ele precisava sair porque Winster havia ligado.
No fim das contas, ele nem se importava com April, ela era só um passatempo, que estava lhe tomando mais tempo que o previsto. A única que importou e sempre lhe importaria era a mesma que estava andando à sua frente de cabeça baixa, se sentindo estúpida por se deixar levar por seus impulsos, e se sentindo trocada, como sempre acontecia...
Demi pulou o portão e esperou que o rapaz o fizesse. Mantinha a cabeça baixa, esperando que ele abrisse o carro. Quando o irlandês o fez, ela não entrou. Apenas pegou o celular no porta-luvas e o ligou, fechando a porta.
– O que está fazendo? – Niall perguntou, sentado no banco do motorista, e ela o ignorou. – Demi? – saiu da Range Rover e foi até a menina.
– Pedi para um táxi vir me buscar. Eu não quero voltar pra festa e a sua namorada tá te esperando, não quero te atrapalhar mais.
– Você sabe que nunca me atrapalha, eu adoro ficar ao seu lado. – se aproximou e ela se afastou.
– Seu tempo acabou...
– Eu sinto muito, mesmo! – falava, passando as mãos pelos cabelos. Aquilo que ela estava fazendo não fazia sentido para ele, pois ela sabia que, no fim das contas, ele tinha uma N-A-M-O-R-A-D-A!
– Niall, esquece isso, pode ir, o táxi já tá vindo.
– Eu vou esperar aqui com você, mas vamos entrar porque tá frio aqui, você pode ficar doente.
Dentro do carro, o silêncio constrangedor continuou até o carro que levaria a garota para casa chegasse. Ela se despediu e partiu, sem olhar para trás.
O coração apertado e a única pergunta que conseguia fazer era: "Por que, com tantos meninos no Eton, com tantos milhões de garotos em Londres, ela tinha que se apaixonar logo por Niall Horan?".
A piscina aquecida da mansão Phillips era enorme e acomodava estudantes com ou sem roupas de banho. Alguns estavam lá porque queriam, outros porque foram jogados. Um bom exemplo era Daniel Phillips, o dono da casa e da festa, que fora arremessado na água pelos amigos e agora saía de lá encharcado.
O rapaz se sentou em uma cadeira e lhe jogaram uma toalha. Ele retirou os tênis e as meias, ensopados. Tirou a camiseta e secou os cabelos, deixando os fios loiros perfeitamente bagunçados.
– Gostou do banho, Cachinhos Dourados? – Mark, um dos integrantes do time de basquete e melhor amigo de Danny, perguntou, fazendo graça.
– Há-há, muito engraçado, você!
– Qual é, Dan? Você sabe que é uma das tradições jogar o anfitrião da festa na piscina!
– Claro, Mark, claro! – falou, escondendo o rosto na toalha, secando mais os cabelos.
– Ih, Phillips, não olha agora, mas alguém que te interessa chegou! – Mark disse, dando um tapinha no ombro do amigo.
– O quê? – Daniel perguntou, tirando a toalha da cabeça e procurando pela garota.
– Ali, seu cego, vai lá! – o amigo lhe disse, o puxando para cima, fazendo-o ficar de pé, e o empurrou.
– Cara, olha a minha situação!
– Você é um homem ou uma mulherzinha? Quer aquele negócio que elas passam nos cílios também?
– O quê? – Danny perguntou, rindo.
– Vai logo, Phillips, senão eu vou!
– Tá, tô indo! – falou, apressado, passando a toalha mais uma vez nos cabelos, como se isso fosse secar seus jeans e lhe dar de presente uma camiseta e tênis novos.
O rapaz jogou a toalha em cima de um dos ombros e caminhou até a menina. Esbarrou em algumas pessoas, chegou a levar um pisão nos pés desprotegidos, todavia, conseguiu chegar ao seu destino com êxito!
– Oi, ! – sorriu, simpático, e a morena retribuiu um sorriso animado.
– Oi, Danny! A festa tá incrível, parabéns! E eu não acredito que você foi batizado e eu não vi! – cruzou os braços, fingindo estar chateada.
– Pois é... Dá pra notar? – brincou, passando a mão na nuca.
– Eu sou muito perspectiva! – falou, rindo. – Ano passado o Harry também não conseguiu fugir. Foi hilário porque ele levou o Zayn e Louis junto!
– Eu lembro disso! – Daniel falou de cabeça baixa, lembrando da grande festa Styles. – Eu não vi seu primo por aí, ele não vem? – no fim das contas, Zayn e Danny tinham uma relação educada. Já haviam conversado algumas vezes.
– Não, não vem! Não sei por que... Mas o Louis e o Niall vieram, eu já vi os dois, e o Liam também disse que vinha. Você o viu por aí? – perguntou como quem não queria nada, mas, na verdade, queria tudo!
– Vi sim, ele tava aqui fora conversando com o Chase e o Frank.
– Hum... – murmurou, correndo os olhos verdes pelo ambiente, procurando por Payne.
– , você espera eu trocar de roupa rapidinho? – Daniel perguntou.
– Imagina, Danny! Vai lá! – a garota disse. Ele agradeceu e saiu.
A morena começou a andar sem rumo entre as pessoas, procurando por Liam. Se Danny havia o visto por ali, ele ainda poderia estar lá. E o moreno, infelizmente, estava. O rapaz não havia deixado a área da piscina porque estava ocupado. Lindo e sorrindo, esbanjando charme apenas com o olhar, Liam era simpático demais para sua própria saúde.
O garoto, que estava perdido nos lábios de Lexy, reparou um par de olhos verdes reprovadores. Largou a líder de torcida e viu se perdendo no meio da multidão. Se levantou apressado, quase derrubando a loira falsa.
– Ei, Li, a gente vai aonde? – a garota perguntou, sem se preocupar em abaixar o vestido.
– Eu vou sair, você fica aqui! – falou e ela soltou muxuxo em desaprovação, mas o moreno saiu antes que a discussão continuasse. Caminhava rápido entre os estudantes bêbados e os casais que se agarravam. Os olhos castanhos percorriam o ambiente e nada de encontrar a garota, parecia que ela tinha apenas desaparecido.
Foi então que a viu conversando com Mark, do time de basquete, e a namorada – que Liam não conseguia lembrar o nome. Mas então a pessoa que Payne mais odiava em todo o planeta Terra caminhou ao encontro do pequeno grupo e entregou uma bebida para .
Para Liam, Daniel Phillips era simplesmente o ser mais detestável da história da humanidade. Por quê? Ninguém sabia! A raiva que alimentavam um pelo outro era de longa data, desde os tempos de criança, quando os dois garotinhos eram vizinhos. Continuou quando entraram para a escola e agora, no Ensino Médio, estava pior, principalmente porque os dois queriam a mesma garota!
A queda que os dois tinham por não era assumida, mas Liam suspeitava que Danny estava armando seu exército para o ataque. Daniel, por sua vez, já estava cansado de ver e Payne conversando pelos cantos do Eton.
Ao ver Dan sorrindo todo charmoso para , Liam apressou o passo e chegou rápido até o grupo.
– Hey, Payne, o que tá achando da festa? – Danny perguntou, fingindo simpatia.
– Razoável... – o rapaz respondeu, dando de ombros. – , será que eu posso falar com você um minutinho? – virou-se para a garot,a que não o encarava.
– Estou ocupada, Liam, você também não estava? – ainda não havia direcionado seus olhos para o garoto, mas isso não o fez desistir.
– Vai ser bem rápido. Com licença, pessoal... e Daniel. – disse, pegando na mão da menina, que se soltou dele.
– A gente se vê, até daqui a pouco, Dan! – sorriu para o jogador e Liam rolou os olhos.
O moreno procurava um canto mais reservado para conversar com ela e ora ou outra se virava para trás para ter certeza de que a garota o seguia. apenas o encarava, irritada, e esperava que ele continuasse andando. Liam sabia que ela estava brava e ele, encrencado, no entanto, precisava esclarecer o que a menina havia visto.
– ... – disse quando encontrou um lugar reservado o suficiente para conversar com ela.
– Cadê a Lexi? – a garota perguntou, seca.
– Não vamos falar dela, vamos falar de nós! – sorria e colocou suas mãos na cintura dela, levando um tapa no braço para que se afastasse.
– Nós? – arqueou as sobrancelhas. – Desde quando existe "nós"? Ah, desde que você começou a comer aquela loira falsa? Ou quando me fez acreditar que nós ficaríamos juntos hoje? Ou talvez quando um dia na minha vida eu acreditei que você não era um babaca idiota que conseguiu me fazer de trouxa por DOIS ANOS! Olha, parabéns, Liam, você é realmente FODA! Agora pode voltar lá e terminar o que você começou com a líder de torcida.
– Não me venha com essa agora! – falou, irritado. – Você sabe que o seu primo nunca...
– Para de pôr a culpa no Zayn! – falou mais alto que antes. – Liam, por DOIS MALDITOS ANOS você me fez de idiota! E eu quero saber por que você escolheu a mim para brincar!
– Do que você tá falando? Brincar? , você nunca me escutou dizer que gosto de você mais que tudo? – Payne era sempre calmo, mas todos sabiam que quando ficava bravo – como agora –, era como uma bomba relógio, que explodiria e levaria uma infeliz vítima.
– Você gosta de mim mais que tudo? – disse de olhos cerrados e o rapaz, que ainda estava irritado, balançou a cabeça afirmativamente. – Liam, você prefere sair à noite sozinho com os meninos, como se fosse o solteiro pegador, a ficar comigo!
– E quem disse que temos alguma coisa? – BOOM, a bomba havia explodido.
A feição decepcionada de era apenas a ponta do iceberg. Se seu rosto aparentava tristeza, seu coração estava sangrando, porque seu conto de fadas fajuto havia chegado ao fim, e não era com um "Feliz Para Sempre". No fim, estava certa, ele só a decepcionava. A menina só não conseguia entender o porquê de Liam não querer um relacionamento com ela.
– Tem razão... – disse, baixo – Nós não temos nada, eu nem sei por que você tá aqui me incomodando. – deu as costas para ir embora.
– ... Eu posso explicar... – coçava a cabeça, nervoso, se recusando a admitir que o relacionamento dele com a garota estava em colapso.
– Não quero suas explicações! – falou por cima do ombro e deu mais alguns passos, até que ele entrou na sua frente, e colocou suas mãos na cintura dela, que continuou cabisbaixa.
Se levantasse a cabeça, estaria perto demais dos lábios de Liam ,e ela sabia que jogaria tudo para o alto para ficar com ele.
– Mas... – o rapaz buscava palavras para expressar seu arrependimento pelas palavras ríspidas e impensadas. Ele apenas não podia perdê-la. – , não fala isso... Eu gosto de você! Eu gosto mesmo de você! É diferente do que aconteceu com as outras garotas...
– Liam, não me importa mais o que você sente por mim. – ele levantou seu rosto, pôde mergulhar naqueles olhos verdes que tanto amava, porém não possuíam mais o brilho de sempre, estavam brilhando pelas lágrimas que ela segurava. – Eu tô cansada de ser sua segunda opção!
– , não faz isso... – implorou, encostou sua testa na dela, apertando mais a cintura fina da garota. Ele podia sentir o hálito quente da menina bater como uma brisa em seus lábios vermelhos. O coração de estava a mil por segundo e ela colocou suas mãos sobre as do garoto. – A gente pode consertar tudo isso... Se ficarmos juntos, podemos consertar tudo isso. – sussurrou contra o lábio dela, pondo fim no assunto, mergulhando em um beijo.
– Liam, não... – Ortega murmurou sem certeza. Ela se lembrava vagamente da conversa que tivera com alguns dias atrás, tinha certeza de que era algo envolvido com Liam, mas estava perdida naquele beijo e não conseguia raciocinar.
– Eu vou falar com Zayn. A gente vai poder ficar junto de verdade. – sussurrava, apertando-a mais em seus braços e distribuindo beijos de seu maxilar ao pescoço.
– E-Eu não posso... – tentava convencer primeiro a si mesma de que queria deixar Liam para trás. Afastou-o um pouco, que a encarou com as sobrancelhas juntas. – Eu não posso acreditar em você de novo.
– , é verdade!
– Você disse isso da última vez... – tirou as mãos dele de si e se afastou alguns passos.
– Você não quer isso, eu sei que não! – dizia, se aproximando, e a garota ia sempre recuando. – Não seja ridícula.
– Eu tô cansada de ser sua segunda opção. Eu tô cansada de esperar por você enquanto você tá com outra. Eu tô cansada das mentiras. Eu tô cansada disso! – indicou os dois, sentindo as lágrimas vindo, mas não querendo chorar na frente de Liam.
– Então é assim? Vai acabar assim? – o rapaz falava, bravo.
– Vai. – falou, decidida por fora, totalmente incerta por dentro. – A gente se vê na segunda, Liam. Tchau. – disse rápido, andando para longe, sem rumo, esbarrando em alguns bêbados.
Fugiu porque sentiu uma lágrima rolar pelo rosto. Não queria se mostrar sensível, queria que ele pensasse que ela tinha certeza do que estava fazendo. Torcia para que Liam não tivesse visto a maldita e teimosa lágrima, porém ele tinha visto e assim teve certeza de que ela não queria aquilo, mas estava o fazendo. Estava correndo dele.
Ortega continuou sua caminhada e tentava limpar o rosto, que parecia nunca secar. Tinha certeza de que a maquiagem estava borrada e estava horrível, por isso não levantava a cabeça para encarar o mundo, e se assustou quando sentiu mãos fortes segurarem-lhe pelos ombros. Ainda de cabeça baixa, tentava se soltar.
– , , o que aconteceu? – Danny tentava olhar nos olhos da garota, que se esquivava. O loiro levantou o rosto da menina e viu que ela chorava. Sem dizer nada, ele pegou a mão da morena e a conduziu até a parte superior da casa. Nos bolsos de seu jeans, pegou a chave de seu quarto, que estava trancado para evitar uma bagunça no cômodo. Entrou, fechou a porta e sentou-se a beira da cama. já chorava menos. – O que aconteceu, ? O Liam fez alguma coisa?
– NÃO! – soltou rápido, fazendo Daniel desconfiar de sua resposta. O rapaz a encarava com os olhos levemente cerrados. A menina, que até então estava em pé ao lado da porta, se dirigiu até ele e sentou-se bem na pontinha da cama. – Bom, eu só preciso de dez minutos sozinha e daí eu desço.
Danny encarou aqueles olhos verdes, que estavam pequenos e um pouco avermelhados, e pensou que era realmente muito difícil negar algo para Ortega.
– Tudo bem. – o rapaz disse, entregando para ela a chave do quarto. Ele se aproximou e acariciou o rosto delicado da morena, que engoliu em seco. Se aproximou mais e sentiu que ele iria beijá-la, então abaixou o rosto. Daniel não desistiu e o levantou, lhe dando um beijo no canto dos lábios. – Qualquer coisa, chama.
– Tá. – disse, sentindo que estava com o rosto vermelho. E Danny sorriu para ela, saindo do cômodo.
Então era aquilo, o relacionamento com Liam, que nunca havia começado, agora estava acabado.
Enquanto estava no quarto de Phillips, Liam, totalmente desnorteado, ainda não acreditava que aquilo era o fim. Pensava que era uma questão de tempo até a garota perceber que sentia sua falta e precisava dele tanto quanto ele precisava dela, e então voltaria e, juntos, consertariam seus erros.
Pobre Liam. Se ele soubesse o que a realidade lhe preparava para a pós-ressaca...
pulou feliz de sua cadeira quando conseguiu vencer os marmanjos metidos no pôquer. Joshua, que estava atrás dela, não acreditava no que a garota acabara de fazer e, quando foi abraçado por ela, continuou encarando a mesa, estupefato.
O fato era que mentira tão bem que fizera todos os caras desistirem. No final, suas cartas não eram tão boas, e ela poderia ter perdido se alguém preferisse confrontá-la.
– Eu não acredito que você... – o americano disse, finalmente colocando uma de suas mãos na cintura da menina.
– Eu te disse que sabia o que estava fazendo. – falou em seu ouvido.
– Isso foi sorte de principiante! – Phoebe, namorada de Trenton, surgiu reclamando atrás do rapaz. E apenas por ouvir a voz esganiçada da garota, rolou os olhos e fez uma careta engraçada, que foi vista por Joshua e o fez rir.
– Claro, Phoebe, se lhe dói menos acreditar nisso, quem sou eu para negar? – Hilton sorria como um anjo, tirando a atenção de alguns de suas palavras ásperas para seu rostinho perfeito.
– Você é mesmo muito metida, né, Hilton? – Phoebe cruzou os braços e seu namorado revirou os olhos. – Acha que é muita coisa, mas não passa de uma riquinha azeda.
Ao ouvir tais palavras, o real desejo de era pular no pescoço daquela loira oxigenada e fazê-la calar aquela maldita boca, mas não o fez. Em vez disso, apenas falou, sorrindo:
– Me desculpe, mas não vou perder meu tempo discutindo com gente do seu tipinho, com licença. – todos da mesa e alguns que estava ao redor encararam , que era do tipo que arranhava e escondia as unhas, e depois Phoebe, que parecia prestes a explodir de raiva.
A menina puxou Joshua pela mão e se afastou um pouco da mesa. O rapaz estava impressionado com a partida que ela fizera no jogo e a forma como tratara a namorada de Trenton. Quem via de longe tinha certeza de que a garota era do tipo quieta, tímida e sensível, porém, estava mais para falante, extrovertida e, às vezes, até cínica!
Eles andavam de mãos dadas, e pensava em como aquilo parecia certo. Joshua parecia ser o certo! O cara pelo qual ela estava procurando todo o tempo, aquele por quem ela se apaixonaria e tudo ficaria bem. Ela gostava dessa ideia, afinal, o rapaz era atraente em todos os sentidos da palavra!
– Eu vou pegar uma bebida pra gente, tá? – a loira o ouviu dizer e balançou a cabeça positivamente.
– Eu vou esperar aqui. – sorriu docemente e o garoto pensou duas vezes em ir pegar as bebidas ou ficar ali e finalmente provar o sabor daqueles lábios tão atrativos. Todavia, no final, foi em direção À cozinha.
Hilton, que estava do lado das escadas, viu no alto dela, um tanto quanto abatida. Cogitou gritar pela amiga, porém, a música estava alta e ela não a ouviria. Por isso, começou a fazer sinais para a menina avistá-la, até que finalmente a viu e foi até ela.
– Oi menina! – disse, a abraçando – Tá tudo bem? Você parece tristinha.
– Não... – balançou a cabeça negativamente, com as sobrancelhas juntas – Eu estou perfeitamente bem! – mentiu. Afinal, ela não poderia virar para a amiga e dizer: "Então, , eu tô assim porque acabei de 'terminar' com o Liam. Ele é um idiota".
– Tem certeza? Sua maquiagem tá borrada, você tava... chorando?
– Não! – falou rápido, odiando o assunto. – Vamos parar de falar sobre mim, me fale de você, como tá indo a festa?
– Bem, joguei pôquer...
– Claro!
– Venci!
– Com certeza! – riu, vendo a felicidade da amiga. Todos sabiam que a loirinha amava o jogo de cartas.
– E eu tô aqui com Joshua! – disse, fazendo uma cara engraçada – Vai que rola, né...
– O Josh tá aqui? – Ortega disse o apelido do rapaz apenas para provocar a garota, e conseguiu.
– , quantas vezes eu tenho que te dizer que é Joshua? Joshua! Joshua! – fazia biquinho, enfatizando o nome do rapaz.
– Relaxa, Hilton, aposto que ele adora esse apelido! – a caçula disse, dando um tapinha no ombro de , que rolou os olhos, divertida. – Quando você vai me apresentar o príncipe americano?
– Não dá pra ser agora, você sabe por quê!
As garotas tinham o trato de que quando elas conheciam alguém, não poderiam apresentá-lo para o resto do grupo até o relacionamento ficar um pouco mais sério, evitando que as amigas se aproximassem do rapaz em questão. Se o casal não fosse para frente, as meninas não sentiriam falta do garoto. Como já aconteceu outras vezes.
– Eu sei... Sinto falta do David! – se referiu a um rapaz que saiu por um tempo.
– É, o Davi era legal! – disse, com um sorriso de saudade, também se lembrando dele. Até que avistou o americano se dirigindo até ela lentamente, conversando com Shepley. – O Joshua tá voltando!
– O quê? – a encarou – E daí?
– E daí que você tem que ir!
– ...
– Vai, ! – empurrou a amiga para a direção oposta em que o rapaz estava e se virou, esperando por ele. – Obrigada. – agradeceu ao receber um copo. – Tava falando com o Shepley, é?
– Quem? – o americano fez cara de desentendido.
– O garoto com quem você falava, o Shepley... – Joshua ainda a encarava, sem entender – O mascote do time da escola... – nada! – O menino alto e ruivo com quem você tava falando!
– Ah, aquele chato? – se lembrou. A loira juntou as sobrancelhas pela forma como Swan se referiria a Shep. – Pois é, ele é um pé no saco.
– Por que diz isso? – ainda não entendia.
Tudo bem que todos os idiotas daquela escola tratavam Shepley mal, mas o americano não tinha motivo para fazê-lo. Shep era simplesmente o menino mais doce e gentil que existia no Eton, e era por isso que todos se aproveitavam dele. Estudando no segundo ano, ele era mascote do time desde que entrara para o colegial.
– Porque ele é! Os meninos do time de futebol vão aprontar com ele. – falava, rindo, e Hilton arqueou as sobrancelhas. – Vai ser hilário!
– O que vão fazer? – a garota perguntou, receosa.
– Jogar melado e algumas penas, depois vão andar por aí com a galinha do Eton, só isso. – Joshua ainda ria e estava prestes a socá-lo.
– Só isso? Como assim só isso? Isso não se faz!
– Relaxa, ele supera, não é como se fosse ficar traumatizado ou algo assim!
– Com licença. – encarava o chão e balançava a cabeça negativamente, não acreditava que o cara por quem tinha um quedinha era um completo babaca!
– Hey, aonde você vai? – Swan a segurou pelo braço.
– Uma amiga tá me procurando. – arrumou uma desculpa e saiu, deixando Joshua Swan, lindo, charmoso, sarado e completamente idiota para trás.
começou a andar pela mansão, procurando por qualquer alma que pudesse ajudá-la. Sacou o celular na bolsa e ligou para Niall. O celular em um ouvido e o outro sendo tapado com os dedos para a música alta não a atrapalhar tanto.
– Alô? – o rapaz atendeu rápido e a menina pulava de felicidade por dentro.
– Nialler, onde você tá? Eu preciso de você urgente! – gritou e o garoto afastou o iPhone para que não ficasse surdo.
– O que aconteceu, ? Você tá bem? – perguntou, preocupado.
– Não aconteceu nada... ainda! Onde você tá?
– Estacionado o carro em frente à casa! O que tá acontecendo, cacete? – o irlandês não estava com paciência, pois já se irritara com o aconteceu com Demetria.
– Uns meninos vão aprontar com o Shep e a gente não pode deixar isso acontecer! – se encaminhava para a entrada da mansão para poder encontrar o amigo.
– , a gente não tem nada a ver com isso! Deixa pra lá!
– Não, Niall! Eles não podem fazer isso com o Shep. Ele vai ser humilhado na frente de todo mundo!
– Ele vai sobreviver. Eu conheço o Shep, o cara é duro na queda!
– Niall Horan! Nós vamos ajudá-lo, ele não merece isso!
– E como você pretende salvar a dama em perigo? – o loiro perguntou atrás da amiga, que o esperava no hall de entrada da mansão. A garota nem percebera sua presença.
– Vem pra cá que eu tenho um plano.
– Então pode falar. – disse, prendendo o riso.
– Vem pra cá primeiro... – deu a volta, dando de cara com o garoto atrás de si. – Eu tenho que desligar, um amigo meu chegou. – ria e desligou o celular.
– Qual é o grande plano? – perguntou, entediado, não gostando nada do que estava acontecendo.
– Vem comigo.
Niall precisava encontrar April, porém estava bravo com ela por ter atrapalhado o quase beijo com Demi. Sabia que aproveitaria melhor a noite ao lado da melhor amiga, tudo sempre ficava melhor ao lado dela, afinal!
Plano de salvação de Shepley e vingança dupla.
e Niall foram atrás de , que conversava com Danny, Mark e Marissa. A loira chegou desesperada, vomitando todas as informações que sabia sobre o que aconteceria. O pequeno grupo a encarava atônito e seu melhor amigo a esperava acabar de falar para poder tentar fazê-la desistir.
– Esquece isso, Hilton, pelo amor de Deus! – Niall falava, gesticulando abertamente.
– Não, não, não e não! – o encarou, brava, e voltou ao grupo. – A gente não pode deixar isso acontecer, é injusto!
– Ela tem razão. – disse.
– Daniel, a casa é sua! Dá um jeito!
– Não é tão fácil assim, eu não posso simplesmente expulsar o pessoal, daria uma confusão total. – explicou e abaixou a cabeça, triste. – Mas poderíamos evitar que o Shepley seja atingido.
– Mas aí eles fariam com outro. Algum pobre nerd que está aqui curtindo a festa e terá um trágico fim. – dava uma olhada em volta. – Tipo aquele. – apontou para um menino de óculos gigantes e camisa estampada.
– Bem, é impossível impedir que isso aconteça a alguém. – Marissa, namorada de Mark, se pronunciou. – MAS e se a galinha fosse alguém que NÓS quiséssemos?
– Eu tô gostando disso, continua! – abriu um sorriso gigantesco.
– Não, não continua. Apenas esquece, Hilton! – Niall tentou mais uma vez e foi encarado feio de novo.
– Pensa em alguém que você não gosta, é só a gente descobrir aonde eles pretendem fazer a pegadinha e colocar o nosso escolhido lá.
– Tenho uma namorada maligna, que sexy! – Mark disse e beijou a ruiva.
– Parem vocês dois! – Danny separou o casal, ficando entre eles, fazendo e rirem. – Eu acho que posso descobrir aonde eles vão jogar o melado e as penas.
– Tá, agora falta o nosso escolhido. – Marissa falou, encarando um por um do grupo. – Alguém sabe quem pode ser?
– Phoebe Alguma Coisa! – disse de sobrancelhas juntas.
– Muito específico, , parabéns! – Ortega tirou sarro.
– Desistam disso! – Niall falou, entediado.
– De novo isso?
– Não vamos desistir!
– Você devia ajudar e não atrapalhar!
– Para de ser chato, irlandês!
– Enfim, sabem a namorada do Trenton Harvey? Então, ela encheu meu saco hoje, acho que ela merece! – encarava o nada, se lembrando das coisas que a garota havia dito.
– Mais alguém?
– Lexi? – estava de cabeça baixa e deixou escapar. Mordeu o lábio em seguida, esperando que ninguém tivesse a ouvido.
– Por quê? – Niall quis saber, achando estranho.
– Não gosto dela. – deu de ombros.
– Essas mulheres estão muito más, para o meu gosto. – Mark disse, encarando as três com as sobrancelhas juntas, fazendo-as rirem.
– Então o Danny consegue as informações, eu consigo atrair a Lexi para o lugar, mas a Phoebe Alguma Coisa – riu – Eu não tenho certeza. – Marissa enumerava nos dedos o que precisavam fazer.
– Eu conheço o Trent, posso levá-lo para o lugar, e eu sei que, pra onde ele vai, a Alguma Coisa também vai. – Mark explicou.
– Ok, agora só falta alguém pra tirar o Shep de circulação. – Daniel disse e todos olharam para Niall, que nem prestava atenção no que acontecia.
– Que foi? – perguntou, percebendo que era encarado por olhos pidões e maliciosos.
– Você só precisa tirar o Shepley daqui e... – começou a explicar, mas ele nem lhe seu tempo de terminar.
– Ah, não, mas não mesmo!
– Niall, para de ser ruim! O que deu em você hoje? – perguntou, irritada com toda a recusa do rapaz para ajudá-los.
– Tá! Eu faço... Se algo der errado, eu vou ser o primeiro a entregar vocês! – disse, saindo de perto.
– Aonde você vai? – Marissa gritou para ele.
– Atrás do Shep, comecem logo com isso! – gritou de volta e entrou na casa para procurar pelo garoto ruivo.
– Ouviram a loira, gente, vamos começar! – disse, batendo palmas, incentivando-os a começar.
Daniel concluiu sua parte com sucesso. Ele explicou para o grupo que Frank estaria no topo das escadas com o melado e as penas, Chase e Henrie levariam Shep para o local e, assim, o pobre garoto se tornaria a galinha Eton.
– Você sabe quando eles pretendem fazer isso? – perguntou, sentada em uma cadeira, pois seus sapatos de salto já a incomodavam.
– Daqui a quinze minutos.
– Ok, então é o seguinte: – Marissa, o cérebro da operação, falou – e , vocês duas vão atrás do Frank, uma o distrai e a outra joga as coisas no meu sinal. – as meninas ouviram e balançaram a cabeça de forma afirmativa. – Mark, amor, você vai atrás da Phoebe Alguma Coisa – Hilton sorriu, feliz pela forma como se referiam à garota – E dá um jeito de ver as meninas no topo das escadas e colocar a Alguma Coisa no local certo. – o rapaz levantou o polegar. – Danny, Cachinhos Dourados – o loiro rolou os olhos e Ortega sorriu por seu apelido –, você vai ter que distrair o Chase e o Henrie, okay?
– Okay! – todos falaram juntos.
– E o que você vai fazer? – seu namorado quis saber.
– Eu vou atrair a Lexi, esqueceu? – disse e o rapaz se lembrou.
– Então é isso, gente, mãos à obra! – pegou uma das mãos de para irem pôr em prática suas respectivas partes.
As duas garotas foram em direção à porta e puderam ver Daniel e Marissa também entrando em ação. Continuaram sua caminhada e adentraram na cozinha da mansão Phillips, que já estava uma bagunça completa.
Havia copos espalhados por todos os lados, cacos de vidro dentro da pia, jogados pelo chão e em cima da bancada. O azulejo branco agora estava preto, manchado de pegadas. Chicletes foram grudados na geladeira, fogão e no chão. No teto, fatias de mussarela foram grudadas com mostarda e algumas já haviam despencado, deixando uma mancha amarela na tintura.
As garotas atravessaram o cômodo com uma careta de nojo e se perguntando como Daniel daria um jeito de limpar aquela casa por inteiro. Se apenas a cozinha estava naquela situação deplorável, imagina o resto da mansão.
– , olha ali o Frank! – apontou para o topo das escadas e as duas saíram em disparada para onde ele estava.
– Tá bom, eu o distraio e você joga as coisas no sinal da Marissa. – falou e a amiga concordou. – Não, espera! – puxou pelo ombro, parando de andar. – Você distrai e eu jogo as coisas. – a loira concordou e ia voltar a andar, mas a impediu novamente. – Acho melhor eu distrair e...
– , tanto faz!
– Eu distraio e você joga! – finalmente se decidiu e voltaram a subir os degraus.
Estavam nervosas, e se algo desse errado? E se acertassem a pessoa errada? E se os caras do time ficassem bravos? Muitas suposições e tempo nenhum para encontrar soluções para elas. Pela primeira vez, a coisa certa a se fazer era não pensar em nada e apenas fazê-la.
Ao chegarem ao andar de cima, avistou o grande balde com o melado e o saco com as penas. foi até o rapaz, que estava ali perto.
– Oi. Frank, certo? – disse, colocando as mãos para trás.
– Sim. – juntou as sobrancelhas, surpreso por ela estar falando com ele.
– . – se apresentou – Ortega, prima do Malik.
– Eu sei quem você é. – o garoto disse, ainda achando estanha a aproximação dela.
– Ah. Então, Frank, eu... – colocou uma de suas mãos no braço do rapaz, que intercalou seu olhar do rosto dela para o braço dele.
arrastou o garoto para o canto e começou a dizer as primeiras bobagens que lhe vinham à mente. Toda vez que ele tentava se virar para trás para ver se o balde com melado e o saco com penas ainda estava lá, a garota o puxava pelo ombro, fazendo-o encará-la novamente.
ria discretamente vendo a cena do amiga, e, a cada minuto que passava, voltava a atenção para o piso de baixo para ver se tudo estava andando dentro dos conformes. Sentia-se tão ansiosa para arremessar aquelas coisas lá de cima e fazer Phoebe Alguma Coisa morder a maldita língua, que suas mãos tremiam um pouco, sem seu controle.
Percebeu que Ortega estava se saindo bem em entreter Frank. A morena mexia nos cabelos e colocava a mão no braço do rapaz, tentando fazê-lo prestar atenção apenas nela. No entanto, sabia que chegaria um momento que a amiga não saberia mais o que falar e uma vergonha descomunal tomaria conta de seu ser. era assim, ficava tímida do nada, sem conseguir ao menos falar.
Hilton sentiu um calafrio passar pela espinha quando viu Mark se aproximando com Trenton ao seu lado, porém nada de Alguma Coisa. Mark disfarçadamente olhou para cima, procurando pelas garotas, e logo encontrou . Fez um sinal a ela, pedindo que esperasse, e a loira sentiu vontade de jogar o melado nele. Ela não tinha tempo para esperar, na verdade, ela não tinha tempo algum.
Soltou o ar pela boca pesadamente e avistou Marissa vindo com Lexi ao seu lado. As duas garotas conversavam e riam como velhas amigas e pensou o quão falsa Marissa poderia ser. Deveria ficar esperta com ela!
A namorada de Mark olhou para cima, encontrando os olhos castanhos de , e balançou a cabeça disfarçadamente. Virou-se para o namorado e perguntou por telepatia onde diabos estava a segunda escolhida, com os olhos o rapaz pediu para que ela se acalmasse.
Todavia, no segundo seguinte, tudo ficou rápido demais. Uma gritaria começou do lado de fora e ficava cada vez mais alta. Todos viraram os rostos para onde o barulho vinha e puderam ver Shepley ser carregado nos ombros de um brutamontes até o purgatório, onde ele pagaria todos os pecados.
Danny e Niall estavam à frente do time de futebol, tentando fazer com que soltassem o mascote, porém fingiam não os ouvir.
Frank apareceu ao lado de . tentava o puxar pelo braço, mas agora ele estava concentrado em algo maior. As duas garotas se entreolharam, sem saber o que fazer. Ortega soltou o ar pela boca e, com uma careta no rosto, puxou o garoto com toda a força que tinha, fazendo-o virar-se para ela e, então, se jogou nos braços dele, colando seus lábios.
– ! – a garota ouviu seu nome ser gritado pelo melhor amigo, que subia as escadas correndo e, sem pensar duas vezes, com a ajuda dele, jogou o melado em quer que fosse, logo depois as penas.
Quem foram as vítimas? Bem, Phoebe surgiu lá, Lexi também estava, mas uma pessoa que ninguém imaginou também foi atingida: Joshua Swan.
– As galinhas do Eton! – Niall gritou, caindo na gargalhada logo depois.
Os dois bateram um high-five e viram a bagunça em que o piso inferior se transformara. Frank praguejou alto, descendo as escadas o mais rápido que podia. Com certeza seus amigos ficariam bravos como ele. Os caras do time ergueram as galinhas e as levaram para um passeio. Shepley se escondia atrás de Mark e Daniel, Marissa tirava fotos de tudo para enviar ao jornal da escola, algumas pessoas escorregavam no melado e outras foram atingidas também por resquícios dele, mas todos, sem exceção, riam histericamente por ver a cara de desespero das duas Garotas Galinhas e o quão bravo o americano Swan estava.
– É isso, gente? Acabou? – perguntou ao lado dos amigos.
– Acho que sim... – Niall passou o braço pelo ombro da loirinha. – Felizes?
– Não acredito que você beijou Frank O'Brian! – foi apenas o que conseguiu dizer a , só agora ela tivera tempo para ficar estupefata.
– Foi pelo bem da operação! – respondeu, séria, logo depois ficando vermelha como um pimentão.
– Ela tá toda vermelhinha! Tá com vergonha! – Niall tirou sarro.
– Não tô vermelha.
– Tá sim!
– Tá muito vermelha!
– Vão se ferrar! – disse, irritada, e desceu as escadas, sendo seguida pelos amigos.
– Foi incrível. Você viu a cara daquele americano? Impagável! – Danny falava, rindo.
– Parabéns, gente! Deu tudo certo. – Marissa disse, batendo high-fives com todos.
– Pessoal, obrigado! Devo essa a vocês! – Shepley dizia, envergonhado, mexendo nos cabelos.
– Vem cá, Shep! – as duas caçulas disseram e abraçaram o garoto, que sorriu, ficando vermelho.
– Que isso, cara.
– Não se preocupa, Shepley, não se preocupa.
– Então é oficial! – Niall disse e todos o encararam, sem entender. – Esse vai ser o melhor ano de todos! – gritou e foi acompanhado pela galera, que estava empolgada.
A biblioteca da mansão Phillips havia se tornado a área dos fumantes. Mesmo com as portas abertas, o ambiente estava com um odor forte de cigarro. O carpete, manchado de vinho, servia de colchão para algumas pessoas. Ao lado de uma das estantes, duas garrafas de Amarula estavam quebradas e abandonadas no meio da poça da bebida alcoólica. Sobre a mesa principal, as cinzas dos cigarros de vários estavam esquecidas. Na mesa de centro, copos vermelhos vazios e cheios aguardavam por seus donos, e alguns livros estavam caídos pelo chão. A música que rolava alta pela casa inteira ecoava pela grande sala de dois andares, com estantes repletas de livros das mais diversas áreas do conhecimento.
Louis estava sentado no chão, apoiando o braço direito no joelho. Em uma mão, um cigarro e, na outra, uma garrafa de cerveja. Sua jaqueta jeans já não estava mais em seus ombros, e sim nos de , que estava sentada ao seu lado, com pernas de índio, segurando uma garrafa de whisky. A garota não fumava e odiava apenas o cheiro do cigarro, porém, já estava bêbada o suficiente para não se importar, e a companhia do amigo lhe fazia bem. Então, optou por não se incomodar, mesmo que, às vezes, seu pulmão não suportasse o cheiro, e uma crise de tosse rompesse sua garganta, ela apenas ria e voltava a conversar com Louis ou então voltava ao silêncio confortável que eles proporcionavam um ao outro. Depois de mais uma crise forte de tosses por parte da garota, o rapaz se levantou e a puxou pelos ombros.
– Eu estou bem! Não precisamos sair daqui. – dizia, ainda tossindo.
– Até o meu pulmão já tá doendo só de te ver assim! Vamos lá pra fora, pra você respirar ar puro. – o cigarro pendia de sua boca e ele se abaixou para pegar a bolsa da garota, seu isqueiro e suas bebidas.
– Além do mais, você já fumou metade do maço mesmo, né?! – falou, divertida, e Louis sorriu de canto.
– Vamos. – entregou a ela suas coisas e saiu da biblioteca, deixando para trás, para a imensa gratidão de , toda a fumaça de cigarro, porém levando um na boca.
– Nossa, bem melhor! – a garota disse, encostando-se em uma parede e aspirando a maior quantidade de ar que suportava de uma vez só.
– Eu te disse. – Louis cruzou os braços e se encostou ao seu lado. – Ei, ! – chamou a menina, que estava de olhos fechados.
– Hum?
– Quer brincar?
– O quê? – disse, divertida e confusa, juntando as sobrancelhas.
– Uma brincadeira que eu chamo de: "Tomlinson consegue um beijo de qualquer garota dessa festa".
– Nome grande pra uma brincadeira, hein! – falou, irônica, e deu um gole em seu whisky.
– Para de ser chata, vai ser legal! Você escolhe qualquer uma e eu tenho certeza de que consigo um beijo dela.
A garota o encarou, incerta por alguns minutos, e finalmente cedeu.
– Okay! Eu brinco com você de "Tomlinson consegue um beijo de qualquer garota dessa festa".
– Isso! – levantou a mão para um high-five – Você não vai se arrepender! – entregou a ela sua garrafa de cerveja e fingiu fazer um aquecimento, estralando os dedos e o pescoço. – Escolhe qualquer uma, qualquer uma!
– Tá, deixa eu ver... – correu os olhos por todo o ambiente até mirar em sua primeira vitima. – Aquela ali. – apontou para uma menina. – A morena, de vestido azul e sapato preto. Parece ser tímida, será que você consegue?
– Cara senhorita Meester. – Louis colocou a mão no ombro da garota, que rolou os olhos, divertida. – Eu sou o rei das mulheres, eu entendo a psicologia feminina...
– Ah, Tomlinson, conta outra!
– , presta atenção! Esse vestido que ela tá usando não chama atenção para o corpo, porém a maquiagem forte e o rabo de cavalo chamam atenção para o rosto...
– Você é ridículo! – falou, balançando a cabeça negativamente.
– Você diz isso porque sabe que é verdade! – a encarou nos olhos, arqueando as sobrancelhas e se aproximou mais. – Repara que ela tá de batom vermelho e não para de olhar para os lados. – virou o rosto para a desconhecida, que estava sendo analisada, e percebeu que ela fazia exatamente o que Louis dissera.
– Isso é impossível! Você não pode estar certo!
– Ela tá morrendo de vontade de receber uma cantada. Espera aí! – o rapaz piscou e saiu em direção à sua primeira brincadeira da noite.
Louis caminhou calmamente até a entrada da sala em que a garota estava e se encostou na batente da porta, encarando-a com um sorriso de canto, um cigarro pendendo de seus lábios e as mãos nos bolsos. A desconhecida, que estava entretida uma conversa com algumas amigas, continuava percorrendo os olhos castanhos por todo ambiente, procurando por alguém, e, quando mergulhou nos azuis dos olhos de Louis, sorriu tímida e voltou-se para as amigas.
, que estava a uma pouca distância do amigo, ria de seus movimentos descaradamente calculados e gargalhou ao ver que a desconhecida já havia caído como um patinho e faria a honra ser a primeira da noite em "Tomlinson consegue um beijo de qualquer garota dessa festa".
Ao vê-la desviar os olhos dos seus mais uma vez, Louis virou o rosto para trás, procurando pela amiga, que o cumprimentou levantando a garrafa de whisky, dando um gole logo depois. O rapaz sorriu e voltou-se para frente, cerrou os lábios, abaixou a cabeça e, em um gesto rápido, passou a mão direita pelos cabelos da nuca. Quem verdadeiramente conhecia Louis William Tomlinson saberia que aquilo significava apenas uma coisa. Ele já havia mirado e sua presa que já estava encurralada, sem chances de escapar, nenhuma escolha a não ser se render. Caminhou até a garota e estendeu a mão para um cumprimento formal.
– Oi. Muito prazer, Louis. – sorriu, simpático.
– Melissa. Me chame de Liz, se preferir. – a garota dizia, derretida por dentro, e o rapaz sufocava a gargalhada que implorava para sair.
– Hmm... Liz, a minha amiga ali – apontou para , que os encaravam, sem conseguir ouvir o que diziam, e não entendeu o motivo de Louis falar dela para a menina. – Gostou muito do seu sapato!
– D-Do meu sapato?! – Melissa disse, surpresa pelo rumo que a conversa tomava.
– Sim, ela disse que gostou bastante, e eu concordo que é um sapato muito bonito. – falava, olhando para os pés da garota. – Um belo Dior.
– Na verdade, é um Gucci. – o corrigiu.
– Ow, um Gucci! – disse, colocando as mãos nos bolsos, fingindo nervosismo. – É... Olha, Melissa, desculpa. Eu sou um idiota! Eu estava conversando com a minha amiga e aí eu vi você e... UAU... Você é linda! Então eu pensei em vir aqui puxar assunto, mas eu sou um idiota, é melhor eu voltar pro meu canto... – virou-se de costas para a garota ,que estava atônita por sua declaração e lisonjeada com o elogio.
, que ainda estava encostada na parede, esperando o avanço de Louis, já começava a ficar impaciente e não entendeu quando o rapaz deu as costas para a brincadeira.
– Hey, espera! – Melissa disse com uma voz calma, o segurando pelo braço, e Louis abriu um sorriso ao ser impedido de partir. Aquela estava no papo – Você não é um idiota, foi muito legal da sua parte vir aqui!
– Você está falando isso só pra eu não me sentir horrível... – disse, cabisbaixo – Como se nenhum garoto dessa festa já não tivesse vindo aqui cantar você! Sabe... Uma garota bonita como você... – a encarou nos olhos, com um sorriso de canto.
– Na verdade, você foi o primeiro... Esses garotos são uns idiotas! – falou amarga e Louis arqueou as sobrancelhas.
– Espero que você não me odeie pelo que eu vou fazer... – Liz o encarou, sem entender suas palavras, e foi surpreendida por um beijo.
, que esperava do outro lado da sala, arregalou os olhos e pôs uma das mãos sobre a boca.
– Eu não acredito... – falava sozinha. – Esse filho da puta! – mantinha um sorriso divertido nos lábios e viu o amigo sacar o celular para provavelmente anotar o telefone da garota. Depois, viu quando ele provavelmente deu uma desculpa esfarrapada para sair dali e o olhar decepcionado que recebeu.
Louis voltou para onde a amiga estava e foi recebido com palmas, curvando-se agradecendo.
– Muito obrigada! Eu sou foda ou não sou?
– O que você fez pra conseguir?
– Eu não posso dizer senão a magia do mundo masculino desmorona! Um dia pode acontecer a mesma coisa com você, e aí você vai estar imune!
– Idiota! Pobre garota, ela pareceu gostar de você...
– A sorte dela é que foi só um beijo. Se tivesse transado comigo, teria se apaixonado!
– Você é um nojento, ridículo e asqueroso! – gargalhava e Louis ria dela – Coitada da menina...
– Esquece a Liz, vamos pra próxima.
– Liz? – a morena disse, com um sorriso cerrado e as sobrancelhas arqueadas. – Já tão íntimos?
– Para de ser chata? Escolhe logo outra! – Louis ria e tomou das mãos dela garrafa de whisky.
– Que tal uma loira? – disse de braços cruzados, encostando um dos ombros na parede. – Aquela ali que tá vestida com um pingo de tecido.
Louis procurou pela fulana e se voltou para a morena com um sorriso no rosto.
– Eu pensei que você ia me dar um desafio! Aquela ali vai demorar um pouquinho, mas é porque eu vou transar com ela no banheiro!
– Ai, seu nojento, sai daqui! Vai logo! – o empurrou, gargalhando, e Louis se voltou para ela, sorrindo, aquele sorriso divertido e lindo que ela adorava, afinal, eles eram grandes amigos.
– Espera dez minutos! Talvez menos... – piscou divertido.
– Você não presta, Tomlinson! – gritou para ele, que jogou a cabeça para trás, rindo.
Doze minutos depois...
– Eu não acredito que você fez isso! – dizia de braços cruzados, balançando a cabeça negativamente.
– Teria feito duas vezes se você não tivesse batido na porta! – Louis disse, irritado.
– Primeiro: feche o zíper, "pegador". – disse, fazendo aspas com os dedos e saindo. O rapaz olhou para baixo e constatou que realmente estava exposto. Fechou o zíper com pressa e saiu correndo atrás da morena, que já estava mais a frente.
– Segundo? – o rapaz perguntou, já perto dela, arrumando a camiseta.
– Segundo... Eu resolvi brincar de "Meester consegue um beijo de qualquer babaca dessa festa" e acabei encontrando um babaca de marca maior. – falava, mexendo em sua bolsa, procurando pelo batom e o espelho para retocar a maquiagem.
– Você o quê? – Louis perguntou e gargalhou histericamente, jogando a cabeça para trás.
– Cala a boca, Tomlinson! – a garota disse, irritada, e o amigo passou o braço por seu ombro.
– O que aconteceu exatamente, ?
– Eu fiquei com ele e ele não saía do meu pé, aí eu fui atrás de você pra me salvar. Ele estava quase me pedindo em casamento, Lou!
– Que babaca... Casamento? Que tipo de mulher quer casar e ser feliz, certo?
– Tô falando sério, seu idiota! – lhe deu um tapa no ombro enquanto ria.
Depois de contar a história para Louis e lhe dar mil pisões no pé para que falasse mais baixo, desenhava em uma das paredes da mansão com seu batom vermelho enquanto esperava o rapaz voltar de mais uma brincadeira.
– Por que exatamente está fazendo isso? – o amigo perguntou ao seu lado.
– Porque eu odeio o Phillips... – disse, ainda encostada na parede, e Louis deu uma risadinha nasalada. – E porque você me prometeu que me ajudaria a me vingar do Bennett e até agora NADA! – disse, mimada, jogando o batom longe.
– Eu gostava daquela cor, não deveria ter feito aquilo! – apontou para onde o batom rolara e sorriu forçado, mostrando todos os dentes ao ver a cara de tédio que o encarava. – Brincadeira, ! Eu acho que estamos prontos para nossa vingança, você tem alguma ideia do que quer fazer?
– Humilhação fora do normal, algo que fique na história do Eton, que aquele nojento aprenda a nunca mais brincar comigo e me subestimar!
– Quanto rancor, hein! Credo... Quero morrer seu amigo!
– Louis! Para... – falou , manhosa, e o amigo riu.
– Eu acho que eu sei o que podemos fazer! – sorriu maligno e a morena também sorriu ao encará-lo.
Plano de vingança e humilhação eterna em ação.
– Não sei se consigo fazer isso... – dizia, balançando a cabeça negativamente, encarando Jason Bennett, capitão do time de futebol, mais a frente, sentado em sofá com uma garota em seu colo.
– , é só dar uns amasso com o cara, depois eu cuido do resto!
– Louis, ele é nojento!
– Meester, você quer se vingar ou não? – o rapaz perguntou, impaciente. Afinal, estavam naquela conversa há dez minutos e nada do plano de vingança e humilhação eterna entrar em ação.
– Tá bom, eu faço isso... – disse, dando passos para trás, já se arrependendo do que dissera. Louis a segurou pelos ombros e a empurrou em direção a Bennett.
virou o rosto para trás, vendo Louis subir as escadas para arrumar tudo lá em cima, e fez o caminho da vergonha até Jason. Não vergonha por estar tímida ou algo parecido, mas sim pelo barraco que o capitão armara mais cedo e chamara a atenção de algumas pessoas que estavam à sua volta naquele momento.
Pé ante pé, a morena se encaminhava até o rapaz, tentando controlar a respiração, que estava irregular, e o formigamento nas pontas dos dedos para não socar aquele – infelizmente – rostinho lindo de Bennett. Jason era realmente muito atraente e charmoso, mas era só abrir a boca que estragava todo o encantamento... Idiota de marca maior.
Quando já estava de frente para o rapaz, a morena cruzou os braços e esperou que sua presença fosse notada. O que não demorou muito.
– A o que devo a honra, Meester? – Bennett dissera, enrolado, por estar bêbado.
– Quero apenas duas coisas de você, Jason. – enumerou com os dedos. – Primeiro: tire essa vadia do seu colo. – pedido realizado sem pestanejar, afinal, Bannett tinha uma queda pela garota. – Segundo...
sentou em seu colo e começou a passar as unhas, pintadas de preto, pelo pescoço do rapaz e sussurrou em seu ouvido o que "queria". Nem ao menos terminara sua fala e Bennett já atacava seu pescoço e apertava uma de suas coxas. A única coisa que a morena fazia era se controlar para não vomitar e gritar, furiosa, porém não conseguia controlar a careta de nojo que Jason não notara ou ignorara.
– J-Jason... – mordeu o lábio inferior, tentando empurrá-lo um pouco, e segurando um choro de raiva por ter um acéfalo beijando seus lábios e deixando marcas em seu pescoço. – Por que nós não subimos e vemos se conseguimos um quarto?
– Acorda, Meester – o rapaz falava, entretido com a barra do short dela, e a garota continuava se controlando para não gritar –, não vai ter nenhum quarto vazio a uma hora dessa! – voltou a beijar-lhe o pescoço e sentiu uma mão boba fazer o caminho até seu seio por de baixo da blusa.
– Hey! – quase gritou, segurando-o pelo braço. – Por que não subimos e vemos o que conseguimos, hum? – perguntou, implorando por dentro para que ele aceitasse.
– Okay... – disse, entediado, se levantando, quase a derrubando de seu colo. – Não sabia que você era recatada, Meester! – Bennett disse, abraçando-a pela cintura.
– Há muitas coisas sobre mim que você não sabe, Jason... – sorriu, sedutora, e o rapaz a beijou. "Língua demais!" era a única coisa em que ela conseguia pensar.
Com muito esforço, conseguiu fazer com que ela e Bennett chegassem até as escadas, afinal, não era fácil andar com um brutamontes te agarrando.
Esse era um dos problemas, Jason era muito maior que ela em todos os sentidos da palavra! Mesmo com os saltos, a morena tinha que levantar o queixo para encará-lo nos olhos, o que a fazia se sentir impotente, e a garota conseguia ver o brilho nos olhos de Jason por ela ser menor e mais fraca que ele.
Ela se lembrava das palavras de Louis: "Leve-o até o quarto e, se algo der errado, é só gritar que eu vou estar lá fora, grudado na porta. Não vou deixá-lo fazer nada de mal com você, okay?". Ela admitia que eram palavras bonitas, e estava honrada pelo cuidado de Louis para com ela, porém e se o rapaz não pudesse fazer nada e tudo desse errado?
Degrau por degrau, ela se encaminhava para a batalha final. Se sentia indo em direção à forca e as mãos de Jason apertando seu quadril não melhoravam a situação. Pôde ver Louis no topo das escadas, sentiu vontade de matá-lo por vê-lo prender o riso, mas a única coisa que pôde fazer foi suspirar alto.
E lá estava a porta do inferno, mais a frente. O corredor não estava vazio, porém Louis lhe dissera que conseguiria um quarto e deixaria a porta encostada para que ela apenas entrasse e o plano de vingança e humilhação eterna começasse.
E foi isso o que ela fez. Empurrou James para longe de seus lábios e o puxou pelo braço, procurando pelo quarto que Louis arrumara para ela e seu grande fardo. Encontrou uma porta entreaberta e a escancarou, constatando que o cômodo estava vazio.
– Eu te disse que valia a pena procurar! – sorriu, orgulhosa, de braços cruzados, e pôde ouvir o click da porta sendo trancada.
não sabia ao certo, mas podia sentir o sangue correndo mais rápido pelas veias, o desespero lhe batendo e a consciência, voltando. Ela havia tomado muita vodka e whisky, não estava hiper bêbada, porém também não estava em seu estado mental perfeito, até aquele momento...
"Esse plano é ridículo!" era a única coisa que conseguiu pensar enquanto Jason apertava com força sua cintura e lhe dava um chupão nada gentil no pescoço. Aquilo com certeza ficaria marcado. O loiro a encaminhava de costas até a cama, e ela sentou no colchão macio ao bater com as coxas no móvel. James se deitou sobre ela e, sem lhe dar tempo para raciocinar o que estava acontecendo, tirou a blusa da garota, revelando o sutiã branco e rendado, delicado como ela. Um sorriso malicioso surgiu nos lábios do rapaz, que começou a distribuir beijos pelo colo da garota, desenhar a clavícula dela com sua língua, mais beijos em seu pescoço, maxilar, lábios... estava surtando, precisava fazer algo e rápido!
Empurrou Bennett para o lado e passou uma perna por cada lado do rapaz, sustentando um sorriso espertinho.
– Oh, Meester, deixa eu te falar uma coisa. Eu domino, não sou dominado... – o rapaz falava, encarando as coxas da menina.
– Vamos fazer um jogo... – puxou o rapaz pela gola da blusa. – Você fica quietinho – tirou a camiseta dele – E a gente se diverte! – começou a distribuir beijos pelo pescoço de James e, com a unha, o arranhou até o cós de sua calça, abrindo o zíper sem pensar duas vezes.
– Rapidinha você, hein! – Bennett disse, vendo-a tirar as calças dele, junto com os tênis e as meias, o deixando apenas de boxer.
– É agora que o jogo começa... – sorriu maligna e se dirigiu até o criado-mudo, que estava ao lado da cama. Abriu a gaveta e, como Louis havia lhe dito, lá estavam as coisas que ela precisaria. Sorriu, agradecendo o amigo mentalmente.
– O que você tá fazendo? – James perguntou, se aproximando dela, que tirou de dentro da gaveta três gravatas. – Pra que isso? – o rapaz arqueou uma sobrancelha, achando tudo aquilo muito estranho.
– Nosso jogo... – disse, pegando a mão esquerda do rapaz e, com uma das gravatas, amarrou o pulso dele à cama.
– Para com isso agora, Meester! Me solta! – disse, autoritário, todavia, a morena não iria parar agora que estava tão perto.
– Confia em mim, querido! – deu a volta na cama correndo e amarrou o pulso direito do rapaz à cama.
Agradecia a Liam mentalmente por ter ensinado-a aqueles nós de escoteiro. Na época, ela achara tudo aquilo ridículo e idiota, porém, até que tiveram utilidade para ela.
tirou as sandálias e subiu na cama, ficando em pé, e tirou o short. Mesmo amarrado e sem poder fazer nada, James abriu um sorriso, e a garota quase gargalhou por sua ignorância. Se o "pobrezinho" soubesse o que estava por vir... A morena ficou de joelhos sobre a cama e vendou os olhos do rapaz.
– Eu estava achando tudo muito estranho, mas admito que você está conseguindo deixar tudo mais excitante, Meester!
– Você ainda não viu nada... – tirou a boxer do rapaz e saiu da cama.
– O que está fazendo? – James perguntou.
– Procurando camisinha! – falou a primeira coisa que lhe veio à cabeça e começou a se vestir às pressas. – Você tem alguma?
– No bolso da minha calça, babe! – disse, sorrindo, e a garota quase vomitou. Definitivamente não havia ninguém mais no mundo que odiasse mais que Jason Bennett, nem mesmo Styles! – Por que está demorando tanto?
– Nada... - voltara ao criado-mudo e pegava o batom vermelho, aquele mesmo que ela jogara fora e Louis fora buscar para que ela usasse naquele momento tão especial.
– O que está fazendo? – Jason perguntou, ao sentir algo que ele não sabia o que era, tocar sua pele.
– Uma peculiaridade pessoal! – dissera com um sorriso de uma orelha a outra.
A tal peculiaridade pessoal era escrever, de batom vermelho, no rapaz: "Pintinho do Eton!! Ass: Meester".
Ao ver sua obra de arte, a morena não conseguira controlar a gargalhada que soltara e invadira os ouvidos de Bennett.
– Do que está rindo? Porra, Meester, o que você tá fazendo?
– Armando a sua desgraça, querido! Aproveite a humilhação.
Recolheu às pressas as roupas de Jason, que estava no chão, ignorando seus gritos e palavrões. Escancarou a porta e saiu correndo e gargalhando.
Ao ver a amiga sair do quarto, Louis, que a esperava um pouco mais a frente, foi em direção às escadas e gritou o mais alto que pôde.
– Hey, pessoal, venham conhecer o Pintinho do Eton!
Tomlinson e Meester não contaram nem quinze segundos para que o andar de cima da mansão Phillips estivesse cheio de pessoas querendo ver o que estava acontecendo. E o rapaz tivera tomado o devido cuidado para que Julie Foster, do jornal da escola, soubesse o que estava prestes a acontecer e estivesse com o celular em mãos para tirar algumas fotos interessantes. Digamos que "Tomlinson consegue um beijo de qualquer garota dessa festa" não fora tão inútil naquela noite e Louis conseguiu tirar proveito de Julie ser uma de sua brincadeira.
– Vem! – Louis puxou a garota pelo braço.
– Espera – parou no meio das escadas. – Você não quer o Bennett nu e amarrado numa cama?
– Olha minha cara de quem quer ver o Jason Jr.! – disse, sério, e gargalhou.
Os dois deixaram a mansão correndo de mãos dadas. ainda estava com as roupas do jogador nas mãos e com certeza algum de seus lacaios viria tirar satisfações. Por isso, eles não tinham muito tempo.
Meester esquecera que estava de saltos e corria desesperada pelo gramado, com Louis a puxando pela mão um pouquinho mais a frente. Chegaram até a rua e olharam para os dois lados, pensando no próximo passo.
– E agora? – perguntou, com a respiração pesada.
– Olha quem tá ali! – Louis falou, na mesma condição que a garota. – Vamos lá.
Do outro lado da rua, sentados no meio fio, , e Niall conversavam, dividindo uma bebida.
– E aí, pessoal? – cumprimentou, ainda respirando com dificuldade.
– Deveria perguntar sobre isso na sua mão? – perguntou, apontando para a muda de roupas.
– Não antes de EU perguntar pra esse irlandês safado o que ele tá te dando pra beber! – disse, chutando de leve o pé de Niall, fazendo rir.
– É só Smirnoff, relaxa! – o loiro falou, entediado.
– É só Smirnoff, relaxa! – o imitou, afinado a voz. – Me dá isso aqui! – tomou a garrafa das mãos de , que sorria pela performance da garota. A mais velha encarou , depois a bebida. Seus olhos foram para Niall, voltaram para bebida e, então, ela tomou um gole.
– Tem espírito de bêbada mesmo, hein! – Louis brincou, pegando a garrafa e tomando também. – Não pode ver álcool pela frente que já fica de boca seca!
– Parem, vocês dois! – pegou a garrafa de volta.
– Vai com calma, Hilton! Você é uma dama, não pode desmaiar bêbada! – Louis disse, sorrindo brincalhão. – A pode...
– Cala a boca, Tomlinson! – a morena disse, lhe dando um tapa no ombro. – Porra, Louis, olha! – apontou para o portão da mansão Phillips.
– Caralho, corre! – o rapaz disse com os olhos arregalados, vendo que Frank e Albert – um grande pequeno rapaz, zagueiro do time, de dois metros de altura e MUITO músculo – procuravam por eles.
Quando os lacaios de Jason viram Meester segurando as roupas dele, foram até eles, porém puxou pelo braço e correu atrás de Louis para o carro do rapaz. Niall se apressou a levantar, levando consigo, e foi até a Ranger, que estava estacionada ali perto.
No Audi, Tomlinson se apressou a dar a partida e fez questão de jogar os tênis de Jason pela janela enquanto o amigo pressionava a buzina, deixando tudo mais dramático.
– Eu não sei o que está acontecendo, mas vocês são malucos! – falava, rindo do banco de trás. Louis e se entreolharam e bateram um high-five.
O celular de tocou e a garota atendeu. Era dizendo que não queria que a noite acabasse e, então, os cinco decidiram ir para algum lugar. Um pub de esquina foi escolhido e eles foram para lá.
Já acomodados dentro do bar, finalmente contou toda a história das roupas, fazendo os amigos roerem as unhas, arregalarem os olhos com os detalhes sórdidos e gargalharem, batendo palmas com o desfecho incrível. Na vez de Louis, ele contou que havia transado com uma loira no banheiro e que Meester o interrompera, fazendo as mais novas o chamarem de nojento e jogarem os amendoins que estavam em cima da mesa em seu rosto. Niall, por sua vez, o parabenizou, batendo um high-five com o amigo, e acabou ganhando amendoins na cara também. começou a contar que destruíra quatro caras no pôquer e que desistira de Joshua. Ele não era quem ela pensava. Ao declarar isso, Louis a abraçou forte e se ofereceu para lhe confortar em um local mais reservado. As garotas gargalharam e Niall tirou o amigo de perto da loirinha, o puxando pela orelha e se sentou ao lado dela, a “protegendo” do Tomlinson. A menina se animou quando chegou a parte do Plano de Salvação do Shepley. a interrompia vez ou outra para falar algumas coisas e, ao declarar que Lexi e Phoebe Alguma Coisa foram as galinhas da noite e carregadas nos ombros dos jogadores de futebol para exposição, gargalhou, jogando a cabeça para trás, e alegou ter ensinado tudo o que sabia sobre uma pessoa má.
As risadas continuaram até o pub fechar. O grupo estava rindo e se divertindo tanto que nem viram o tempo passar, porém, foi só saírem do estabelecimento que o cansaço bateu e os bocejos começaram. Louis levou e até a casa de Meester antes de ir para a sua. Niall levou para a casa dela e acabou ficando por lá.
E a festa de boas-vindas para os calouros do Eton finalmente acabara. De fato, lendas surgiram e outras continuaram seu reinado. Corações foram quebrados e alguns encontraram um parceiro temporário. Algumas amizades foram estabelecidas, quebradas ou até mesmo fortalecidas.
Com certeza a coluna de fofocas do jornal da escola estaria recheada de histórias que circulariam pelo corredor do colégio por um bom tempo. E com certeza alguns dos dez jovens estavam com um espaço reservado lá.
O ano estava apenas começando e, em uma única noite, um mix de sentimentos foi despejado sobre aquela mansão, fazendo-os irem do amor ao ódio. Todavia, no fim, tudo se acertaria. Ou não...
Até aqui betada por: Caroline Cahill.
Capítulo 7
O despertador berrava marcando 7h da manhã, porém o céu nublado e sem resquícios de sol fazia com que o garoto quisesse mais um fim de semana, ou pelo menos, mais um domingo. Afinal, a festa de sábado não tinha sido tão boa assim e ele não se lembrava de muita coisa, apenas da briga.
Levantou-se de sua cama e admitiu que mesmo sendo segunda feira, e ele precisasse ir para a escola, era muito legal acordar daquela forma. Acordar com a cabeça pesada, preste a explodir e o estômago revirando enjoado.
Conforme escovava os dentes, Liam pensava como deveria encarar ao chegar no colégio. Indiferença? Raiva? Se mostrar feliz e satisfeito com a bela vida que tinha?
Ninguém entenderia o motivo de ele se mostrar zangado com a garota e com certeza o primo dela acharia estranho, já que Zayn sempre brincava dizendo que Liam cuidava mais de que ele mesmo.
Após toda a rotina matinal, o rapaz estava em seu carro, dirigindo para a escola e tentava pensar em tudo e qualquer coisa sem ser ela, todavia, até a padaria que ele passara em frente fazia-o lembrá-la.
Em seu peito, um misto de extrema tristeza e raiva o dominavam. Não entendia o porquê de ter feito aquilo. No fundo, ele sabia o motivo e a compreendia, mas, no entanto, não queria se sentir tão culpado, não queria sentir cem por cento da culpa que sabia que carregava e por isso se enganava dizendo que se tivesse continuado levando o "relacionamento" deles daquela forma por um tempo, tudo se acertaria no final.
Estacionou o carro em sua vaga de costume e foi em direção ao gramado, para a mesa que sempre sentava ao chegar ao colégio. Tinha certeza que alguns dos amigos já estariam lá, e ele tinha razão. Pode ver Niall e sentados um ao lado do outro, absortos ao que acontecia. E o que chamava total atenção era Jason Bennett falando algo para , que estava de braços cruzados, o encarando nos olhos, sem piscar. Louis estava logo atrás da garota, apoiado a mesa também de braços cruzados, encarando o divertido cara.
- O que aconteceu? - Liam perguntou a Niall.
- Cara, senta e escuta! - o loiro nem ao se deu ao trabalho de olhar o amigo nos olhos, ele nem sequer piscava, estava vidrado na conversa.
Liam se encaminhou até a amiga, se pondo atrás dela, para ouvir o que se passava ali.
- ... você me paga Meester! Você não perde por esperar! - Jason falava vermelho de raiva.
- Poupe suas ameaças, Bennett! Você já viu do que sou capaz. E se aprontar comigo de novo... Você vai se arrepender do dia em que nasceu, entendeu? - o encarava nos olhos, como era bem menor que o jogador, seu queixo estava erguido, porém isso não afetou a mensagem que queria passar.
O capitão do time de futebol soltou o ar pela boca pesadamente, apertando a bola que estava em sua mão. Imaginando que aquilo fosse o pescoço da pequena, e nada indefesa, garota a sua frente.
Virou-se de costa e saiu pisando duro, não antes de gritar por ele mais uma vez.
- Bennett! - ele se voltou para a morena. - Se quiser suas roupas de volta... - sorriu perversa e apontou para os mastros que ficavam na entrada do Colégio Eton.
As grandes traves de ferro que regularmente estavam com a bandeira do Reino Unido, da Inglaterra e de Londres hasteadas, agora penduravam uma cueca, calças jeans e uma camiseta.
Ao ver a cena, Jason se segurou para não gritar, enquanto e seus amigos gargalhavam. O rapaz pegou seu celular rapidamente no bolso e ligou para seus lacaios, pedindo para que fossem ao seu encontro em menos de cinco minutos.
- Ok, eu não sei como e porque você fez aquilo, mas foi incrível! - Payne disse abraçando a amiga de lado.
- Longa história, Leeyum, longa história. - Louis se sentou ao lado de .
- Acho que temos tempo... - o rapaz disse, checando as horas em seu relógio, constatando que faltava um bom tempo para o tocar dos sinos.
Foi então que e Louis começaram a contar a história do "plano de vingança e humilhação eterna", desde o comecinho, bem comecinho. iniciou da parte que não queria ir à festa, e uma pessoa - a morena tomou todo o cuidado do mundo para não mencionar uma única vez, pois sabia o que havia acontecido na festa de boas vindas. - insistira muito por sua companhia e ela resolvera ceder. Passaram toda a parte em que Jason havia sido grosso com ela, Louis fizera questão de contar os dez minutos que tivera no banheiro com a loira e finalmente chegaram à parte em que havia deixado Jason nu, vendado e amarrado numa cama.
- Ahh cara! E eu perdi? - Liam disse chateado.
- Da próxima vez, aproveite a festa com quem vale a pena, Payne. - Louis estava com os braços cruzados e apoiados sobre a mesa.
- De novo isso, Louis? Esquece, cara! - Liam falou irritado.
Tomlinson havia dito ao amigo um dia antes que passariam toda a festa juntos "caçando" - maneira muito gentil que os cinco rapazes se referiam ao fato de flertar com alguém. - , todavia Payne dissera que já tinha planos - - e, por isso, aquilo não aconteceria aquela noite.
- Você me trocou! - Louis gritou, fingindo choro. - Trocou seu melhor amigo...
- Zayn é meu melhor amigo. - Liam disse entediado. Aquilo sempre acontecia.
- Seu melhor amigo! - Tomlinson apontava para si. , Niall e riam da conversa e eram encarados feio por Payne, que se lembrava que poderia ter aproveitado a festa ao lado do amigo, mas estragara tudo por causa de Ortega. - Trocou a mim por um rabo de saia qualquer. Eu poderia ter arranjado uns trinta para você aquela noite, mas você não me quis! - dramatizava, chorando nos ombro de Hilton, que o acalentava.
- Ninguém merece... - Liam deitou a cabeça sobre a mesa.
- , pela décima vez, NÃO! - Harry chegou falando irritado, sentou-se ao lado de Niall e rolou os olhos por sua presença.
- Mas Hazza...
- Não! Não é não!
- Mas...
- Não! Não! - falava decidido e os amigos os encaravam querendo saber do que a discussão se tratava. Menos , que encarava as unhas e Liam, que continuava com a cabeça baixa. - Eu não vou comprar uma zebra para você e te ajudar a esconder no quarto de hóspedes! - gargalhou e todos se viraram para ela.
- Mas eu preciso de uma zebrinha. Eu já até dei nome pra ela! - disse e continuou encarando o irmão, que retribuía a encarada de forma irritada e cansada. permaneceu em seu silêncio, apenas esperando que alguém a perguntasse.
Louis sorriu divertido : - Qual é o nome da zebra, ?
- Cara! - Harry levantou as mãos aos céus e deu um tapa na nuca de Tomlinson, que fez cara feia para ela. - Primeiro: obrigada, . - a menina sorriu meiga - Segundo: já falei para não dar atenção para as besteiras que a fala. E terceiro - se virou para a irmã que cutucava seu braço sem cessar - NÃO!
- Mas você nem conhece a Esther! Ela é uma ótima zebra! - Princesinha Styles argumentava de forma infantil.
- Ta bom, me desculpa, mas eu tenho que perguntar! - Liam finalmente levantou a cabeça. - Pra que diabos você quer uma zebra, garota?
- Por que eu preciso saber se elas são pretas com listras brancas ou brancas com listras pretas! - falou séria e o grupo se silenciou, se entreolhando.
- Vai tomar no cu! - Harry gritou irritado, se levantando, e todos caíram na gargalhada. - Se você me seguir, eu conto pra sua mãe que foi você quem perdeu aquele brinco de rubis que ela tava procurando! - disse para a menina que voltou a se sentar quietinha, sorrindo lindamente para ele.
- Será que eu vou direto para o inferno por adorar irritá-lo dessa forma? - perguntou vendo o irmão se distanciando.
- Talvez... - sorria brincando com os chaveiros de sua bolsa.
- , onde você ficou a festa inteira? Eu não te vi em lugar nenhum! - disse como quem não queria nada e a loirinha se virou para ela sem entender. - Niall, você conseguiu encontrá-la quando a estava procurando? - continuou e Louis arqueou suas sobrancelhas. - Pensando bem, depois que o Niall passou na cozinha procurando por você, , vocês dois sumiram... - Horan, Princesinha Styles e Tomlinson encaravam Meester sem saber o que dizer ou fazer, totalmente sem ação.
O casal soltou uma risada nervosa e começaram a dizer as primeiras coisas que lhes vieram a mente, fazendo com que ninguém os entendesse. Até mesmo Louis tentou mudar de assunto. e Liam mantiveram o silêncio, ambos com caras de paisagem sem entender nada e começava a levantar suposições em sua mente.
- Eu fui embora cedo, sabe? - disse mexendo nas pontas dos cabelos loiros.
- O Harry ligou aquela hora pedindo que ela fosse embora. - Niall completou.
- Aí eu fui.
- Ela foi!
- Fim! - Louis disse com as mãos erguidas, soltando um riso nasalado.
- Entendi... - abaixou a cabeça para o celular, segundos depois olhou para , que corou quando percebeu que a mais velha não tinha engolido a conversa.
- EU VOU DAR UM BEIJO NA BOCA DE QUEM FEZ ISSO! - chegou gritando, com o jornal da escola nas mãos, aberto na coluna de fofocas, onde a foto censurada de Jason Bennett nu, vendado e amarrado numa cama estava exposta sob a manchete: "Pintinho do Eton? Brincadeira de Mal Gosto Na Festa de Boas Vindas".
- Eu passo... - Meester disse com uma careta.
- Eu aceito! - Louis se levantou sorridente.
- Quê?
- Foram esses dois que fizeram isso com o pobre Bennett. - o irlandês disse, rindo da cara que fazia.
- Pobre é meu pau, Niall! Ele mereceu aquilo. - se levantou arrastando Liam junto. Já que Westwick chegara, ela ia embora, era assim que funcionava.
- E essa história que vocês atrapalharam o plano do time de futebol? - a ruiva se sentou e encarava os amigos com os olhos negros brilhando, afinal ela era uma menina má que adora maldades!
Liam pegou sua mochila em cima da mesa e ao levantar o rosto viu caminhando de cabeça baixa ao lado do primo até a mesa onde estava. Zayn dizia algo para ela, que o escutava atenta, dando suma importância ao assunto. Seu coração acelerou, sentiu seu rosto queimar e suas mãos começarem a suar.
Ortega levantou os olhos que se encontraram com os castanhos de Liam, a falta de ação da morena foi notável, a sua respiração trancada a entregou - até notara as caras que os dois faziam. Alguns segundos desconfortáveis depois, a menina lhe deu aquele sorriso só dela, como sempre fazia quando o via, como se nada tivesse acontecido, como se não estivessem brigados, como se ela não houvesse "terminado" com ele, como se ela não houvesse agido de forma egoísta - na opinião dele - e o deixado para trás como se os dois continuassem juntos e fossem se encontrar no final do dia, o que o deixou mais irritado.
Ela o dispensar era algo totalmente diferente de fingir que nada havia acontecido, ele não admitiria que Monike agisse de forma tão infantil como aquela.
O rapaz apenas deu as costas para a caçula, com a sua mochila e a bolsa de nos ombros. A melhor amiga do casal encarou a cena fingindo que não prestava atenção, afinal havia contado o que ocorrera na festa nos mínimos detalhes e ela tinha total consciência que Liam estava simplesmente puto com tudo aquilo. A mais velha sorriu acolhedora para a garota e saiu correndo atrás do amigo.
- Hey Payne, espera. Que foi, hein? - perguntou o alcançando. - Agora que a chegou, você deveria ficar todo alegrinho e ir babando atrás dela, como sempre faz.
- Não aja como se não soubesse.
- Saber do quê? - se fingia de inocente e foi encarado de forma acusadora. - Okay, eu sei do que você está falando, ela me contou.
- Claro que contou! - disse com raiva - Você não achou ridículo? Foi ridículo! Eu só queria saber o porquê... - meditava em suas incógnitas e procurava uma forma de dizer : "Ela fez aquilo porque eu abri os olhos dela para ver o quanto você é panaca!"
- Talvez, ela só estava cansada da situação! - foi o que preferiu soltar.
- Ela não queria aquilo, dava para ver nos olhos dela! - Liam continuou falando como se não ouvisse a amiga.
- Aqueles olhos verdes que você tanto ama! - disse de forma gay, juntando as mãos e fazendo biquinho. O rapaz não achou a menor graça. - Que falta de humor, hein Payne!
- Não estou com cabeça para piada agora, estou ocupado ficando cada vez mais puto com a sua amiguinha.
- Esquece isso, Liam. Foi melhor assim.
- Não, não foi! Ambos não queríamos que terminasse assim. Na verdade, nós nem queríamos que terminasse!
- Oh babe, vem cá. - abraçou o amigo pela cintura e lhe deu um beijo na bochecha. - Tudo vai acabar bem, se é para vocês ficarem juntos, no final vocês vão ficar juntos, mas se não é... A gente vai dar um jeito, okay? - dizia com carinho materno e Liam balançou a cabeça positiva como um garotinho de oito anos, o que fez a morena o abraçar mais forte. - Vamos entrar?
- Eu tenho que fazer uma coisa antes, vai lá. - entregou a bolsa dela - A gente se vê. - jogou um beijo para ela.
- Ta bom, até daqui a pouco. - acenou para ele e também jogou um beijo.
desfilava pelo gramado da Eton com a cabeça erguida, o nariz empinado e era admirada por todos. A morena sempre era observada ao caminhar pelos corredores do colégio, porém desta vez mais rapazes a cobiçavam e mais moças a invejavam. A matéria, na coluna de fofocas do jornal, com seu nome estampado, servira para aumentar sua popularidade.
A garota abriu seu armário e procurava por seus livros de matemática, biologia e física para o primeiro período das aulas. "Bela forma de começar o dia", pensou enquanto afundava o material em sua bolsa.
- O que você quer, Styles? - Meester disse terminando de arrumar seus pertences.
- Nada, meu bem.
- Já disse pra não me chamar assim. - falou irritada e bateu a porta de armário, revelando um belo rapaz de cabelos enrolados, olhos verdes brilhantes e expressivos e lábios rosados que sustentavam um sorriso confiante.
- As pessoas me dizem muitas coisas, nunca garanti que as seguiria.
A morena revirou os olhos: - Repito, o que você quer?
- Lhe dar os parabéns. - estendeu a mão para cumprimentá-la.
intercalou seus olhos, que o desprezavam, entre a mão do rapaz e seu rosto, cruzou os braços e se encostou no armário, sem dizer uma palavra.
Harry sorriu abaixando a mão e a cabeça: - Você é durona. Gosto disso...
- E você está indo embora. Gosto disso.
- O que fez com Bennett na festa é digno de admiração, por isso estou aqui.
- Está aqui para me admirar? - sorriu abertamente - Sempre te falei que esse dia chegaria.
- E eu sempre soube que tudo o que você queria era um pouco de atenção da minha humilde pessoa.
- Styles, eu sei que você gosta de se sentir útil, mas não preciso da sua atenção, nunca precisei e nunca vou precisar. - arrumou a bolsa no ombro e jogou os cabelos negros para trás, levantando seu perfume, que Harry nunca admitiria que era bom. - Poupe meu tempo e vá embora.
- Como quiser... Senhorita. - pegou a mão da menina e depositou um beijo nos nós de seus dedos só porque sabia que a irritaria profundamente.
puxou sua mão de volta e a limpou em sua gravata, esbarrou no ombro do rapaz ao sair em direção a sala de matemática e quase matou uma líder de torcida que a cumprimentou.
Passando pela porta do inferno matemático, encarou o ambiente a sua frente com total tristeza e depressão, caminhou até seu lugar de costume como se estivesse indo para a forca, um passo para frente, dois para trás.
Seu assento era estrategicamente ao lado da janela que tinha uma bela vista do campo de futebol. Quando se sentia entediada com a aula - 99.99999999999% das vezes - admirava os jogadores do time da escola praticando, nos dias em que não houvesse treino o balançar das folhas nas árvores, alguns esquilos que corriam pelo gramado em direção a suas casas e até mesmo o nada a entretia.
A morena suspirou profundamente e se virou para a porta esperando seus amigos. Graças ao bom Deus, Liam e Louis estavam naquela aula e não seria capaz de explicar com palavras o quão grata estava a pessoa que organizou os horários de cada aluno.
E lá vinham eles. Payne, Tomlinson e Malik entraram na sala chamando o máximo de atenção que poderiam, não apenas por serem deuses gregos, mas sim pelo motivo de Liam estar carregando Louis nas costas e ele estar fazendo o maior escândalo.
- Anda escravo, me leve ao meu lugar. - Louis falou autoritário e Meester gargalhava.
- Cale a boca.
- Acho que vou comprar um chicote pra você começar a me obedecer de boca fechada.
- Eu vou te derrubar e aí eu quero ver! - ameaçou.
- Chicote? Que exóticos vocês. Não sabia que você gostava dessas coisas, Liam! - Zayn disse atrás dos dois segurando as mochilas de todos.
- Cale a boca, porra! - Payne se irritou.
- Não gosto do seu tom de voz, escravo. Me ponha com cuidado no chão.
- Vai se ferrar! - soltou Louis brutalmente, e os dois quase caíram.
- Ta bom, o que foi aquilo? - perguntou ainda rindo.
- Vou resumir a história para você. - Tomlinson disse pegando seus pertences com o amigo e sentou-se ao lado da garota. Seus lábios cerrados deixavam tudo mais dramático - Seu amigo é um bosta. Fim.
Liam o encarou sem emoção aparente e então deu um tapa em sua nuca.
- Payne... Não faça mais isso! - Louis sorria convencido.
- Eu odeio você.
- Você não me odeia, você não pode odiar seu melhor amigo.
- Você não é meu melhor amigo.
- Não vamos discutir isso de novo.
- Concordo. - Liam pegou sua mochila no chão e foi se sentar em seu local de costume, na frente de e, todavia, teve a péssima surpresa de encontrar Zayn Malik lá, sorrindo simpático para ele. - O que você ta fazendo aí agora?
- Pensei que seria legal mudar de carteira. - o moreno disse pacificamente, no entanto seu real objetivo era chamar a atenção de Meester e ganhar aquela maldita aposta.
- Sabe o que seria legal? - Payne perguntou retoricamente, porém ninguém entendeu seu tom de voz. Todos levantaram os braços pedindo permissão para falar.
Primeiro Liam sentiu vontade de morrer, depois pensou que seria melhor matá-los e enfim apontou para Louis lhe dando permissão para falar.
- Um mundo onde mulheres sempre andassem nuas? - o rapaz tentou e esperou com expectativa para saber se havia acertado ou não a resposta. Liam negou.
- Camas com computador, TV e frigobar, assim você pode passar o dia todo deitado! Tudo o que você precisa está em um cubículo extremamente confortável.- arriscou.
- E quando precisar ir ao banheiro? - Zayn perguntou.
- Mira para o outro lado. - Louis disse rindo de sua própria piada e bateu um high-five com o moreno que também ria.
- Vocês são nojentos... - a garota disse fazendo uma caretinha sutil.
- Próximo! - Liam disse alto e Malik se apressou a dizer.
- Uma lei determinado que em todas sextas e sábados festas são obrigatórias.
- Gostei dessa.
- Até eu concordo com esse acéfalo!
- Seria legal se vocês parassem de me encher a paciência! - Liam falou e foi encarado sem emoção pelos amigos.
- Não... Eu prefiro a ideia do Zayn. - Louis se abaixava para abrir sua mochila e pegar seu material.
- Já disse, até eu concordo com o Malik! - se encostou à parede.
- Perdeu, Liam!
- Sai do meu lugar, Zayn! - o rapaz mudou totalmente de assunto quando percebeu que se insistisse no anterior nunca teria sossego.
- Você não pode sentar em outra cadeira, não?
- Não! Eu sempre fico aqui. Por que logo hoje que eu não tô afim de brincadeirinha, você quer sentar aí? - Liam era um cara pacífico, mas quando ficava bravo ninguém ficava perto pra ver o resultado.
- Malik, sai do lugar dele! - falou irritada com Zayn por sua implicância.
- Sentem todos em seus lugares, já! Vamos começar a aula. - a senhorita Dinossauro Morris entrou na sala, mal humorada como sempre, assustando todos os alunos que a temiam, não por sua autoridade, mas sim por sua aparência horrível.
- Anda Malik, vaza.
- Liam será que dá pra parar de ser chato? É só uma cadeira!
- Senhor Payne qual parte do "sentem em seus lugares, a aula vai começar", o senhor não entendeu? - a professora disse azeda.
- Desculpe, senhorita Morris. - o rapaz falou derrotado, caminhando até o habitual lugar de Zayn, ao lado de Louis. Sentou-se e abaixou a cabeça
- Cara, o que você tem hoje? - Tomlinson perguntou, cuidando com o tom de voz para não despertar a fera velha Morris.
- Nada... - foi tudo o que disse.
Liam não era o tipo de pessoa que vivia espalhando alegria como , mas também não era mal humorado 24h por dia, 7 dias por semana. No entanto, naquele momento, até mesmo o som do giz ao se encontrar com a superfície do quadro negro o irritava, o modo como a garota a sua frente não parava de se mexer o incomodava e o fato de um menino magricela, sentado uma fileira de distância da sua não parar de bater a caneta em sua mesa, estava o deixando possesso.
o observava de onde estava. Odiava ver o amigo naquela situação e sabia que o motivo era , mas também odiava ver a amiga triste pelos cantos por causa dele. Os dois sempre sofrendo um pelo outro era muito triste e pior era assistir a tudo aquilo sem poder fazer algo.
- Nossa, eu adoro essa música. - Zayn virou-se, encostando-se à parede e colocando o caderno no colo para que pudesse continuar copiando o que a mulher velha e feia passava na lousa.
- Que música? Ninguém ta ouvindo música aqui! Não sei do que está falando. - a verdade era que, a morena estava com seus fones sem fio, o que era perfeito para não chamar atenção. Porém usava apenas em um ouvido, o outro estava dentro de seu estojo, e como a música estava um tanto quanto alta, foi possível que o rapaz a ouvisse.
- Relaxa Meester, não vou contar.
A aula continuou normalmente. Todos os alunos estavam mudos e copiando a matéria. Do jeito que Morris gostava, "uma turma comportada é uma turma modelo", era o que ela sempre dizia. E a turma B do último ano era quase modelo, afinal ela a contava com Malik, Tomlinson, Payne e Meester em seu elenco, o que não ajudava muito.
Os quatro não calavam a matraca um segundo sequer durante toda a aula e se estavam quietos, não estavam prestando atenção, pois preferiam dormir, desenhar nos cantos de seus cadernos, fuçar disfarçadamente em seus celulares ou ficar encarando o nada. Recusavam-se a ser bons alunos nas aulas de Edna Morris.
Naquele exato momento, por exemplo, Zayn estava tentando manter um diálogo com a e a cada vez que era ignorado, Louis e Liam riam de seus acentos, fazendo com que a professora chamasse suas atenções. Como o moreno não desistia de falar com a garota, acabou sendo expulso da sala de aula ocasionando mais risadas dos dois "grandes amigos de merda", como sempre dizia. Payne pode voltar para seu usual lugar e a aula continuou sem mais interrupções, para a tristeza dos alunos.
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Às vezes, tudo em sua vida está indo bem, até que você para e pensa num detalhe que poderia estar melhor e, assim, uma avalanche de sentimentos começa no seu coração que é tão pequenininho para suportá-la que tudo o que você quer fazer é chorar, porque a sensação de alívio que vem após a tempestade é pacificadora.
Era assim que Hilton estava se sentindo naquele dia. Ela estava com boas notas no colégio, tinha amigos bons que a amava e pais que se preocupavam com seu bem estar. Todavia, aquele era o problema.
Seus pais se preocupavam tanto com seu bem estar que estavam há meses numa viajem de negócios, rodando o mundo, cuidando de detalhes da rede de Hotéis Hilton. E a garota ficara para estudar. Ela sentia tanta falta dos pais e naquele dia em especial sentia mais. Talvez estivesse de TPM, ou talvez só fosse o azar de possuir aquele sentimento arrebatador.
saíra da aula de física, alegando mal estar e agora estava no campo de futebol, sentada na arquibancada. O frio e o vento gelado não a incomodavam, pelo contrário, lhe ajudava a secar as lágrimas que rolavam pelo seu rosto.
Zayn, que fora expulso da aula de matemática, andava sem rumo pela escola. Já havia ido ao banheiro, passara em seu armário, caminhara até seu carro e voltava para dentro do colégio quando decidiu acender um cigarro, então achou melhor ir para o campo de futebol, lá ninguém o incomodaria.
O rapaz já fumava quando chegou ao seu destino. Encostou-se às grades, olhando para o típico céu cinza londrino, respirou fundo e pode ver uma pessoa sentada no mar de bancos que se estendiam pelo gramado. Abriu o portão de ferro e andou sutilmente até a garota ainda não identificada.
- ? - o rapaz não acreditava no que via. Hilton, a aluna modelo, matando aula?
- O que você quer? - deixou os cabelos loiros caírem sobre o rosto, escondendo os olhos avermelhados. O moreno se fez de desentendido e fingiu não vê-la chorar.
- Eu só vim fumar um cigarro. - sentou-se ao lado dela que desviou o rosto para o outro lado. - Você está bem?
- Como se você quisesse saber.
Ela se levantou. Encaminhara-se aos degraus quando foi impedida pelo rapaz.
- Não precisa ir embora só porque estou aqui, eu deixo você admirar a minha beleza. Relaxa.
- Egocêntrico.
- Realista!- Malik rebateu e continuou - Se você andar comigo vai ver que sou até assediado por menininhos!
- Cala a boca. - a menina sorriu minimamente.
- E, eu sei. Eu sou demais... - Zayn sustentava o sorriso convencido enquanto liberava a fumaça do cigarro no ar frio.
- Você é irritante. - A loira disse sentindo um vento gelado bater em seu rosto, balançando seus cabelos.
- E você parou de chorar, então funcionou... - Malik constatou.
O garoto virou seu rosto para frente admirando as folhas das árvores dançarem ao ritmo que o vento ditava. Hilton o encarava surpresa por seu ato, um sorriso pequeno e acolhedor, curvava os cantos dos lábios da garota. E então ela também se virou para frente, para ter a mesma visão que o rapaz tinha.
Enquanto o tempo passava, nenhum dos dois ousava quebrar o silêncio confortavél que prevalecia ali, não queriam estragar o momento, pois palavras demais sempre atrapalham.
Ao ouvir o sinal, Zayn se levantou e estendeu sua mão a garota, ajudando-a a descer os degraus, encaminharam-se lado a lado para suas respectivas salas e só voltaram a utilizar suas falas para uma breve despedida.
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A semana passou devagar, e os garotos estavam mais animados do que nunca para a sexta-feira, pois naquela semana havia uma festa das grandes. A universidade de Oxford não é conhecida apenas por um ensino modelo, mas sim pelas maravilhosas festas que as irmandades proporcionavam.
A cidade ficava a duas horas de Londres, porém, quem disse que eles ligavam?
- Bom dia, meninas! Bom dia, escórias da sociedade. – cumprimentou os amigos que estavam juntos, os garotos empoleirados nas mesas enquanto conversavam com , e . casualmente se intrometia, alfinetando Styles.
- , meu bem! O dia ficou até mais lindo depois que você chegou! – Louis fez falsa animação e a ruiva fechou a cara imediatamente.
- Se você valoriza suas bolas, não refira sua palavra a mim, Tomlinson. - falou por fim, cruzando os braços e voltando-se para as amigas, já acostumadas com seus modos. - E então, o que ta acontecendo?
- Ah, o Zayn precisa levar uma acompanhante para a festa do Sigma Pi. - explicou, mais animada que o próprio rapaz.
- E desde quando isso é problema pra você, Malik? O cardápio já está aqui, meu filho, é só escolher!!! Muitas putas por pouco preço. - disse, apontando para as alunas que transitavam pelo pátio. mordeu o lábio, teria gargalhado se a piada não tivesse partido da Westwick. sorriu, embora a piada não tenha sido tão engraçada como ela pensou que seria.
- Eu vou levar a April. Não é como se eu tivesse outra opção. – Niall disse, tomando cuidado para que não ouvisse. Fail. A loirinha ouviu e o sorriso fraquejou em seus lábios.
- Eu não quero me atrasar pra aula. Vem comigo, Lou? – levantou, arrumando a sainha sobre as pernas. Louis colocou sua mochila sobre o ombro e enfiou as mãos nos bolsos.
- Vamos lá, loirinha.
- Você ainda não decidiu quem vai levar, Louis. – Harry lembrou.
- Ele vai me levar, óbvio. – Meester arqueou as sobrancelhas e abraçou o amigo, que sorriu.
- Quem mais eu poderia levar? – o moreno questionou, filosófico. - Já vou me preparando para o porre de duas aulas de sociologia. – Tomlinson bocejou.
- Ei, eu também tenho sociologia agora. – falou animada. Ninguém entendia o porquê da garota amar tanto a matéria. Adorava passar tempo tentando entender a diferença entre a ética e a moral e todas essas baboseiras sociológicas.
- Então vamos, migs! – Louis fez um tom afeminado. A morena revirou os olhos e seguiu ao lado de . Logo os três sumiram no corredor, deixando os amigos pra trás. Niall suspirou, não era sua intenção deixar sua princesinha mal daquele jeito, mas sempre era assim, eles estavam bem até que April fosse citada. O maldito nome era motivo de diversas situações chatas, já que não discutia, apenas ficava indiferente.
- E então Z, quem você vai levar nessa festa? – quis saber e o primo a encarou por alguns segundos, antes de formular uma resposta.
- Uh... Não sei. – mentiu. Era uma boa oportunidade para levar , ou tentar ao menos.
- Man, você devia levar a Amber. O Liam vai levar a Lexi e você leva a melhor amiguinha dela. Foda garantida pra você. – Niall sugeriu. quase engasgou quando soube da novidade. Não evitando olhar para Liam, fuzilando-o com o olhar. Não deveria se importar, mas se importava mais do que gostaria.
- Yeah. Pode ser. Harry você não vai levar ela? – Zayn perguntou ao curly.
- Nah. Eu vou sozinho. – Styles explicou. As garotas estranharam a atitude do amigo. Ele sempre amou a companhia feminina. Especialmente a de boas putas, mas o garoto planejava explorar território novo. Quem sabe alguma caloura?
- Conversinha agradável, mas é hora das crianças entrarem em suas respectivas celas. – Niall se espreguiçou, estralando os ossos. O grupo concordou, se dividindo e caminhando até suas respectivas salas. As aulas passaram mais lentas do que o normal. Cada qual preso em seus pensamentos e expectativas.
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- Vamos para casa, pirralha. – Harry chamou , que conversava distraída com e Louis.
- Não sou pirralha. – a loira tentou argumentar. O grupo todo sabia que quando começavam com as provocações, iam longe.
- Não se ache a radical só porque quando você está sozinha em casa coloca quatro fatias de queijo no pão. – o garoto disse. Seguindo até seu carro. Louis gargalhou alto, apenas deu um sorrisinho. soltou ar pela boca, irritada com a piadinha do irmão.
Ela nem mesmo comia queijo com pão!!! Pra quê comer o queijo com pão se podia comer apenas o queijo? Eram os pensamentos da loirinha que murmurou um adeus aos amigos e foi até o carro, sentou no banco do carona e cruzou os braços. Seu irmão sorriu, satisfeito.
- O cinto, pirralha. – ele avisou, dando partida. Por pura provocação, não colocou o cinto. Iria matar Harry se ele desse mais uma palavra. Não estava passando por seus melhores dias, já não bastava saber que Niall levaria a “oficial” para a porra de uma festa e agora ainda tinha que aguentar as provocações do irmão. Harry entendeu que sua irmã não estava nos melhores dias e ficou quieto. Ao chegar em casa, viu uma mensagem de Amber:
Xx Você acha que eu devo ir de vermelho ou preto? xX
Styles revirou os olhos, jogando as chaves na mesinha de centro e arrancando o terno. Ele estava pouco se fodendo para a roupa que a garota usaria. Que fosse nua! No fim das contas tudo somaria em quantidade de tecido a ser removido, o que resultava em tempo perdido despindo roupas.
Xx Tanto faz. Quanto menos roupa, melhor.” xX
Harry jogou o celular no canto e tombou em sua cama. Teria algumas horas de descanso enquanto Amber se arrumava. Embora fosse um porre todo o cerimonial pré-foda, compensava esperar pacientemente, no fim da noite estaria muito bem satisfeito. Qualquer sacrifício em troca de prazer.
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foi para a casa de , iria se arrumar por lá mesmo. A morena preferiu se encontrar com a amiga em casa, a ter que ir com ela e Danny. Não era segredo pra ninguém a implicância que ela tinha com o capitão do time de basquete. A mais velha chegou antes da dona da casa e quando Ortega estacionou atrás do carro da amiga, não abriu sua porta para descer, trocando beijos com Daniel. revirou os olhos e saiu da Mercedes que a carregava de um lado para o outro.
- Obrigada pela carona, Alfred. Você está liberado até as 6. – Meester se despediu, indo a passos largos até o corvette ZR1 vermelho. Bateu na janela do carona e cruzou os braços, impaciente. e Danny se soltaram imediatamente. Mais um beijinho e a caçula descia do carro, corada.
- Impaciente. – murmurou, constrangida. Dan sorriu sem graça para .
- Da próxima vez tente não enfiar sua língua na garganta da minha amiga. Virjão do caralho. – falou séria, dando tapas fortes no capô do carro apenas para irritar o rapaz.
- MEU CARRO! – Danny quase enlouqueceu ao vê-la tocando em seu garoto.
- Isso não é um “um carro” seu idiota. É um corvette ZR1, a série mais bosta de corvettes. – sentenciou e seguiu para dentro da residência dos Ortega, puxando a moreninha pelo braço. Logo as duas estavam almoçando besteiras e conversando. Mais algumas horas e as garotas começaram a tarefa de arrumar .
- E então, você vai com quem até Oxford? - quis saber enquanto terminava a maquiagem de Meester.
- Com o Li e a vagabunda. Nós vamos com o helicóptero do tio Geoff. É mais rápido. - respondeu, checando seu celular. deu um meio sorriso ao ouvir o carinhoso nome que a amiga deu para Lexi.
- Ele já sabe que você foi a favor de eu terminar o nosso "namoro"? - Ortega falava se concentrando em delinear os olhos de perfeitamente.
- Nah. Ele não estaria falando comigo. - a morena fez biquinho.
- Bom, no que depender de mim, ele não vai saber. - a garota garantiu, guardando seus produtos de maquiagem. Sua amiga estava pronta.
- Obrigada. Mas ele vai acabar sabendo. É inevitável. Com um pouco de sorte ele não fique tão bravo.
- Ele não tem o direito de ficar bravo com você. Foi eu quem terminou o "namoro". Não você.
- Nós sabemos que o Liam tem complexos mentais depois da infância traumática de gordo dele. Então ele vai ficar bravo. - disse, se admirando no espelho, enquanto a caçula gargalhava - É uma lastima eu ter que gastar algumas mil libras me vestindo pra, no final das contas, algum bêbado vomitar na minha roupa e eu acabar com a minha maquiagem depois do décimo shot.
- Você é uma vadia por não ter o menor respeito pelo meu árduo trabalho. - dramatizou enquanto as duas desciam as escadas.
- Eu fiz um favor pra você, Ortega. Agora, deixe-me ir. Tem um americano gostoso me esperando naquela faculdade. - Meester sorriu alegrinha. A mais nova olhou para a amiga de lado.
- Eu entendi errado ou você está saindo com esse cara pela terceira vez?
- Ele é americano, porra!!! Você já ouviu o sotaque dele? Oh meu deus!!! - levou as mãos ao alto. Exagerando.
- Eu não gosto do sotaque americano. - foi categórica, revirando os olhos.
- Xenofóbica.
- Idiota.
- Tem certeza que não quer que eu fique com você?
- Tenho.
- Pense bem, porque depois que eu entrar naquele carro, Fred e eu iremos viver incríveis aventuras! - Meester gritou, levando uma das mãos ao alto e rindo abertamente junto com a amiga. Nem havia bebido e já estava alegrinha. Só o fato de saber que poderia beber o quanto quisesse a animava.
- Tarada. - acusou com os olhos cerrados - De qualquer maneira, o Danny vai me levar ao cinema hoje. Eu vou ficar bem.
- Claro que vai. - sorriu maldosa. - Eu já vou indo. E, em nível de informação, eu não gosto desse Danniel.
- Quem tem que gostar sou eu! - gritou enquanto a amiga entrava no carro. Só foi possível captar um dedo se erguendo em sua direção. Ortega gargalhou e entrou em casa. A morena foi levada até onde estavam Liam e Lexi Saint. A acompanhante de Payne estava reclamando do vento produzido pelas hélices do helicóptero que estavam sendo acionadas.
- Oi. – cumprimentou o casal. Sorriu abertamente para o amigo e deu um sorrisinho para a líder de torcida.
- Oi . Podemos ir? – o rapaz perguntou, deixando um beijo na bochecha da amiga e ela assentiu.
- Oi ! Você está linda! – Lexi elogiou enquanto colocavam os fones. a encarou por alguns segundos e sorriu sem mostrar os dentes.
- Eu tenho que estar linda, a quem me arrumou. Li, eu estou linda? – Meester perguntou, ignorando completamente o elogio recebido. O garoto a observou.
- Tá, ué! Vem. – Liam estendeu a mão para ajudá-la a subir. Desentendendo a pergunta repentina da amiga. Lexi sorriu totalmente sem graça, sendo a próxima a entrar, sentando ao lado do moreno e deixando um selinho em seus lábios. não fez questão de desviar o olhar, sorrindo para ele, não era um sorriso simpático, estava mais pra algo acusador. Liam desviou o olhar, preferindo observar o chão se afastar de seus pés. Em menos de meia hora estariam no campus da universidade. Melhor do que receber os olhares acusadores de Meester ou os beijos pegajosos da Saint, era deixar seus pensamentos vaguearem para uma universidade paralela onde os sorrisos e as risadinhas de uma certa Ortega serviam como música aos seus ouvidos.
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A festa já estava em seu auge. Copos vermelhos de bebidas espalhados tanto por fora quanto por dentro da casa da Sigma Pi. Uma das grandes salas servia como pista de dança, luzes coloridas iluminavam o ambiente, sozinhas; um DJ ditava o ritmo animado que ajudava as pessoas a se sentirem mais leves e ao mesmo tempo agitadas. No gramado, alguns jogavam beer pong, individualmente ou em duplas.
Niall divertia-se com o jogo, e não estava tão bêbado pelo fato de ser um bom jogador e fazer os outros beberem demais, todavia ele não ingeria cerveja com frequência. Zayn, estava todo feliz conversando com seus amigos universitários, os rapazes abriam garrafas de cerveja das formas mais inusitadas possíveis, até mesmo com os olhos. Harry, sempre com sua lábia o acompanhando, conversava com algumas calouras; o rapaz era do tipo que adorava ficar com mulheres mais velhas, e mulheres mais velhas adoravam ficar com ele.
Um pop qualquer tocava alto no ambiente. já estava no seu quarto Roller Martini, conversando alegremente enquanto Travis mantinha seu braço na cintura da garota desapercebida. A bebida a deixava feliz o suficiente para não se incomodar com a presença de Louis há alguns metros de distância de si. Tomlinson também estava despreocupado com a quantidade de bebida que ingerira, estava cercado por calouras que se insinuavam de todas as formas possíveis. Mais algum tempo e a música estava alta demais, já era possível localizar focos de pequenos grupos usando todos os tipos de drogas. Ecstasy era disponibilizada para os convidados. Não eram necessários mais que 30 minutos para que a droga fizesse efeito e os jovens estivessem em excitação total, como cadelas no cio.
- Se divertindo bastante, uh? - Louis perguntou amigavelmente, sentando ao lado de . A ruiva olhou-o e sorriu de lado.
- Não mais que você, Tomlinson. - ela se referiu aos olhos castanhos agora avermelhados e ao fato de ele estar mais sorridente, o que denunciavam o uso de alguma droga. Sua voz já saia totalmente alterada pela bebida. A fala arrastada e o sorriso fácil eram a prova de que ela estava alta.
- Você está linda. - Louis sentenciou. Talvez tivesse bebido um pouquinho a mais que a cota comum e não estivesse muito lúcida para compreender o real sentido das palavras do garoto ao seu lado. Ele sorriu largo e estendeu a bebida em suas mãos para a garota, que aceitou prontamente, tomando um grande gole. Os dois permaneceram em silêncio enquanto a música alta tocava. As batidas de 23 soaram e começou a mover os ombros, em uma espécie de dancinha. Balançava a cabeça e murmurava de forma incompreensível a letra da música. Louis se mantinha de olhos conectados à garota a sua frente, balançando a cabeça. Por alguns segundos os olhos faiscantes se encararam. Em um momento, um sorriso brilhantemente feliz desenhou-se pelos rostinhos bêbados e, no outro, Louis e estavam em cima de uma mesa, dançando juntos e cantando alto, levando os presentes na sala a participarem da brincadeira. A menina se sentia quente, seu corpo era aquecido pela proximidade de Tomlinson. Talvez essa fosse a vez em que Louis mais se aproximou de . Seus braços agora estavam em cima dos ombros dele enquanto ela movia seu corpo e cantava alto, interpretando as vezes de Miley Cyrus. O rapaz por sua vez, se sentia swag. Movia-se como um mano, balançando a cabeça como um rapper. Ele se sentia encantado com os sorrisos fáceis de . A jaqueta dela já estava perdida no meio da multidão, os toques dela eram captados rápida e intensamente por seus neurônios atiçados pelo êxtase e só serviam para deixá-lo mais ensandecidos. Quando a música acabou todos gritavam efusivamente. A ruiva gargalhava, jogando a cabeça pra trás e dando a Louis a visão de seu pescoço desnudo. Tomlinson desceu da mesa e auxiliou a alegre a descer também. Westwick se desequilibrou e só não encontrou-se com o chão graças ao rapaz. Estavam próximos demais e loucos demais para entenderem que estavam próximos a ponto de se beijarem. Louis umedeceu os lábios, fechou os olhos e esperou o beijo que nunca veio.
- !! - Travis brotou do meio da multidão. deu um sobressalto, soltando-se rapidamente do aperto dos braços do moreno.
- Hey Traav... Você viu como eu cantei pra você? - ela perguntou, apoiando-se no rapaz. Travis sorriu, ele não estava tão bêbado assim.
- Já é hora de irmos pra casa, mocinha. - ele murmurou, tirando o cabelo do rosto dela - Desculpa por isso, man. Eu a deixei beber demais.
O universitário se desculpou pelo comportamento de sua acompanhante. Se afastando e levando para longe dos especuladores. Tomlinson estava estupefato demais usando o que lhe restava de consciência, absorvendo os acontecimentos de minutos atrás para responder algo a Travis. Porque, porra... Ele quase havia beijado Westwick!
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Em um dos cantos da grande casa da irmandade, um sofá vermelho suportava dois casais e uma garota loira que definitivamente não deveria estar ali, todavia adorava o fato de estar em uma festa de faculdade.
Todos observavam a cena, perplexos. Não acreditavam que Westwick e Tomlinson estavam bêbados o suficiente para cantar e dançar juntos sobre uma mesa. Não era o fato de estarem bêbados, ou estarem chamando atenção que surpreendia os amigos, mas sim o fato de estarem fazendo tudo isso juntos.
- Alguém me tira uma dúvida? - Zayn se aproximou, segurando uma garrafa de Jack Daniels e um cigarro pendendo dos lábios avermelhados. - Eu estou alto demais, ou o Louis e a estão realmente se divertindo juntos?
- Milagres acontecem! - Niall falou entediado. Estava sentado entre Hilton e Styles, e começava a se incomodar pelo fato de o amigo estar a ponto de copular ao seu lado.
- Mas esse é um milagre, bem milagre, hein! - Harry disse parando por um segundo de desentupir a boca de uma morena vulgar qualquer.
- Nini, cadê a April? - perguntou. Sentiu um peso cair em seu braço e viu que era um Malik sem controle em seus pés. - Tá maluco? Quase me matou.
- Sem drama, loirinha!
- Grosso.
- Parem com isso. - o loiro disse - E eu não faço ideia de onde a April esteja, . Estou dando graças aos céus por ela ter me deixado em paz por pelo menos 5 minutos.
- Cara, que bicho te mordeu? Vai aproveitar a festa, olha tem um monte... - e Zayn continuaria sua frase, se não fosse por um gritinho frustrado que soltou. - Que foi? Vai reclamar que estou encostando em você? - Não, seu idiota. - falou com desdém - É que o Louis e a estavam a ponto de se beijar quando aquele tal de Travis apareceu. Merda...
Os dois garotos se viraram para encarar a cena. O moreno se voltou para a menina e gargalhou verdadeiramente.
- Que foi? - Hilton perguntou sem entender.
- E daí que eles iam se beijar? - Malik ainda ria. - Desculpa te decepcionar, mas isso aqui não é conto de fadas, loira! Não é como se com um único beijo eles se apaixonassem e vivessem felizes para sempre. Fim.
- Mas é com um beijo que o romance começa!
- Por favor, não tenham essa discussão... - Niall se perguntava, internamente, se o que o irritava era o fato de a música estar alta demais ou estar brava com ele.
- As pessoas se beijam o tempo todo, . Não é por isso que se apaixonam. - Zayn juntou as sobrancelhas. - Olha para o Harry - apontou o amigo que estava do outro lado do sofá, curvado por sobre uma caloura. - , ele nem deve se lembrar o nome daquela garota!
- São circunstâncias diferentes! - falou rolando os olhos.
- Claro que não. E você sabe disso. - apoiou um dos braços nas costas do sofá. Colocou sua garrafa entre as pernas e terminou seu cigarro em paz, até acender outro.
A loira cruzou os braços, brava por ter sido contrariada e virou-se para Niall, afim de iniciar uma conversa e espantar o mal humor do melhor amigo. Pode ver Harry e a Garota Que Não Havia Sido Apresentada saírem em direção às escadas, provavelmente a procura de um local mais reservado.
Horan e Hilton reparavam nas pessoas que passavam por onde estavam e faziam piadas sobre os bêbados, incluindo os que conheciam. A garota havia deixado o loiro um pouco menos irritado, e se sentia feliz pelo fato de tê-lo ajudado. ria de mais uma piada que o irlandês fazia quando April apareceu de sabe lá onde, e arrastou o namorado para longe.
E então eles ficaram sozinhos. Hilton e Zayn Malik ficaram sozinhos.
Desde aquele dia em que o moreno a flagrou chorando na arquibancada do Colégio Eton, os dois não havia trocado mais nenhuma palavra sem ser as brincadeirinhas e provocações de sempre.
O moreno mantinha a expressão séria no rosto e intercalava o cigarro e a garrafa na boca. Ao contrário dele, a menina se incomodava com o silêncio e tratou de mudar aquilo rápido, pois começava a ficar envergonhada.
- Nossa, eu adoro essa música. - falou como quem não queria nada, ao ouvir a introdução de Outside.
Zayn, que encarava o nada a sua frente, virou o rosto para a menina, sorriu achando aquela fala típica de garotas como ela e voltou seu rosto para frente.
A garota bufou: - Nossa, Malik, é agora que você me chama para dançar... - disse como se fosse óbvio.
- Como é? - voltou a encará-la com as sobrancelhas juntas. Como aquela garota podia ser tão ingênua?
- Eu disse, que é agora que você me chama para dançar. - Hilton se aproximou do rapaz e falou mais alto, pensando que o motivo de sua pergunta fora o fato de não tê-la escutado antes.
- E por quê, exatamente, eu faria isso? - aquela conversa estava se estendo mais do que ele queria.
- Porque é assim que funciona - começou a explicar. - : a garota diz que gosta da música que está tocando e o carinha a chama para dançar.
Ele riu, levando o rosto para cima, soltando a fumaça do cigarro sem que a incomodasse.
- Isso aqui não é um filme de Hollywood, loira.
- Tem razão... - disse cruzando os braços, disfarçando a irritação. Por que ele tinha que se opor a tudo o que ela dizia? - Você seria um péssimo badboy hollywoodiano. - mordeu o lábio inferior, segurando um sorrisinho irritante e esperto.
- Como é? - ele a encarou... Ofendido?
- Me responde uma coisa, Zayn. - sentou-se de lado no sofá, podendo olhar diretamente nos olhos castanhos do rapaz. - Você não quer dançar comigo porque é um péssimo dançarino? Ou por que sabe que eu sou muita areia para o seu caminhãozinho?
O moreno a encarou, com a boca levemente aberta e as sobrancelhas arqueadas, sem conseguir digerir sua ousadia. Ninguém... ninguém, NINGUÉM Era muita areia para o caminhão Malik. O super e desenvolvido, veículo de morte Zayn Malik, embarcava apenas mercadoria de alta, e não seria Hilton a desafiar isso.
O rapaz se levantou num impulso e a puxou pelo braço, voando até a pista de dança improvisada e a posicionando em sua frente. Seus corpos estavam próximos, até demais, e a garota precisou levantar o queixo para conseguir fazer contato visual. estremeceu, pela carranca que ele sustentava, talvez ela teria ido longe demais e ferido o ego inflado do pobre rapaz perfeito, quase se sentiu mal. Quase!
Soltou um sorrisinho meigo e espertinho demais - Típico dela! - Zayn pensou ainda irritado. , colocou repousou uma das mãos em um dos ombros do rapaz, delicadamente, ele nem ao menos conseguia sentir seu toque suave. Malik alternou seus olhos castanhos da mão da menina ao seu rosto. E então ela envolveu o pescoço do rapaz com seus braços, alargando o sorriso.
O moreno subiu, automaticamente, suas mãos na cintura dela e enquanto se movia minimante ao ritmo da música, ele continuava imóvel.
- Então você não sabe dançar! - a loira disse mordendo os lábios para esconder o sorriso.
O rapaz espelhou seu movimento e abaixou a cabeça para esconder aquele lindo e sincero sorriso, que fazia tantas garotas da Eton School suspirarem. Ele começava a achar graça das piadinhas infantis dela.
-Você está me subestimando, Hilton... - puxou-a para mais perto e começou a se movimentar junto com ela.
Castanho com castanho, ambos não desconectavam o olhar. Estavam submersos numa realidade paralela em que não se importavam de estar dançando um com outro e que o fato de seus corpos estarem tão próximos os agradavam.
, não tirava o sorrisinho sutil do rosto, e Zayn achava aquilo irritantemente adorável.
A música que estourava a caixa de som era agitada, todavia,o casal se movimentavam em seu próprio ritmo, dançando sua própria música lenta, com passos delicados que a garota ditava - afinal Malik de fato não sabia dançar -, como se estivessem sobre a superfície da lua.
- Meu Deus, Zayn! - ria, e escondeu seu rosto no peito do rapaz, que não entendia sua reação. - Olha ali. - virou-o de frente para uma garota que usava um vestido curto demais. Quando caiu, deixou sua calcinha a mostra.
O rapaz também ria e puxou a garota pela mão para voltarem à dança.
Ela apoiou sua cabeça no peito dele, e Zayn aspirou o perfume âmbar que vinha da garota e começou a achar tudo aquilo muito estranho... Afinal, sempre fora a criança amiga de sua prima caçula, a criança caloura no Eton, a criança caloura virgem!
Mas os olhos castanhos dela eram tão bonitos e redondos... redondos como duas avelãs. Agora ele estava dançando como um gay e tendo pensamentos gays! No entanto, foi só a levantar seu rostinhos delicado de feição suave, que o moreno tirou todos aqueles pensamentos de sua cabeça, a única coisa que importava era o fato de ela estar com aquele típico sorrisinho dela para ele.
Aqueles lábios rosados sorriam para ele, e pareciam atraí-lo, como nunca antes...
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Niall não estava se divertindo tanto quanto achou que se divertiria. Pra começar, sua namorada estava conversando com um veterano, estavam em uma conversa íntima demais pra alguém compromissada. Não que ele se importasse com April, se tinha uma pessoa por quem Niall sentia asco, essa pessoa era sua falsa puritana. A garota estava cada dia mais implicante e ciumenta com ele e era cada vez mais difícil tirar um tempo para . Depois do showzinho /Louis se esfregando-e-amassando-na-frente-de-todos, as pessoas pareceram ficar mais loucas porque não era possível encontrar mais ninguém são por ali. Seus amigos haviam evaporado e, qual é!? Eles foram em oito, como era possível todos sumirem? E o fator mais importante para deixar sua noite pior era: estava brava com ele. Meu deus! A loirinha havia o ignorado o dia inteiro! Ele já estava louco! Precisava dar um jeito nessa situação o mais rápido possível. Não era justo com . E falando na caçula Styles, o telefone de Niall vibrou sutilmente. Em qualquer outra circunstância ele não teria ouvido, porém, ele estava com o celular nas mãos. Uma mensagem de voz. O loiro suspirou alto. Como caralhos ele conseguiria ouvir uma mensagem de voz no meio daquele furdúncio? Horan vagarosamente se encaminhou para fora da casa. No gramado, alguns casais mais atrevidos se agarravam ao ar livre, dividindo cigarros de maconha e aproveitando a noite bela na cidade de Oxford.
Hey Ni... Uh, eu liguei pra pedir desculpa por hoje. Eu fui infantil, eu sei. O que eu esperava, né? A April é a sua namorada. É óbvio que você devia levá-la! Enfim... Era isso. Desculpa, Ni. Ignora essa mensagem, talvez eu esteja idiota assim porque eu tô sozinha e meio carente. Vai aproveitar a festa com a sua namorada... Acho que é isso... É... Tchau.
Niall se sentia idiota por fazer o que iria fazer naquele momento. Mas era isso o que ele era quando se tratava de . O loiro caminhou rapidamente de volta pra dentro da festa. Andou por entre os convidados, procurando por sua namorada. Só a viu quando ela se fez aparecer.
- Oi amor! - April o cumprimentou.
- Tá tudo bem? - Niall perguntou, vendo os olhos negros da namorada crescerem.
- Tá. Tá tudo perfeito. Por quê? Tá parecendo que não tá tudo bem? - ela disparou, e o irlandês arqueou as sobrancelhas.
- Não, tá tudo ok. É que eu não estou legal e eu estava querendo ir pra casa. Mas pelo jeito você tá se divertindo... - Horan riu fraco.
- Faz tempo que eu não me divirto tanto assim mesmo. Mas se você não está bem, nós podemos ir pra casa. - a garota falou, visivelmente frustrada. Ela passou a tarde toda se arrumando para a festa e para os veteranos que estariam ali. Pretendia sair dali apenas quando a festa acabasse e, de preferência, que fosse acabar na cama de algum universitário.
- Não. Eu não vou estragar sua diversão. Vou procurar um lugar mais calmo pra ficar. – o garoto avisou, ia dar meia volta, porém foi impedido.
- Amor, não quero te prender aqui. Você pode voltar pra casa se quiser. Eu volto com a Alli.
- Você tem certeza? Porque eu posso te esperar. É minha obrigação. – perguntou, torcendo para que ela ficasse. April sorriu e lhe deu um beijo molhado.
- Tudo bem, amor. Eu vou ficar bem. – Winston assegurou e nem se deu ao trabalho de acompanhar o namorado até a porta. Voltou para o grupo onde estava.
O loiro saiu em dispara à procura de , afinal Harry havia trazido a garota, no entanto, com certeza teria companhia para a volta. O rapaz procurava a melhor amiga por toda a casa, quando finalmente a viu, na pista de dança... Com Zayn... dançando próximos demais!
-Com licença! - disse alto, se aproximando do casal que se soltou depressa e encarou rapaz como se estivessem fazendo algo errado e foram apanhados. - Estou interrompendo algo... Zayn? - fuzilou o amigo com o olhar. O moreno coçava a nuca e mantinha os olhos presos no chão.
- Claro que não, Nini! - disse - Aconteceu algo?
- Nada não, . - Niall mantinha seus olhos azuis sobre o rapaz. - É só que eu vou embora e vim saber se você vai comigo.
A garota abriu a boca para se pronunciar, quando Zayn se adiantou: - Eu levo ela.
- Você leva, Malik?
- Ele leva! Algum problema? - a loirinha perguntou, sentindo o clima estranho.
-Nah! - seu amigo a puxou para um abraço de despedida e aproveitou para dar AQUELA encarada em Zayn, que apenas ergueu seus braços se fazendo de desentendido. - Se cuida, viu! - reforçou o aviso amiga, lhe beijando os cabelos e deu um aceno de cabeça para o outro rapaz.
- Então... - , tentou quebrar o clima quase-beijo.
- Pois é... - o garoto disse balançando a cabeça. - Quer conhecer uns amigos meus?
- Claro, por que não?
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Niall entrou em seu carro dando graças a Deus. Olhou no relógio e sorriu. Se corresse um pouquinho, chegaria em seu destino em uma hora e alguns minutos. O caminho parecia se estender a cada km rodado. Uma musiquinha boba rodava de fundo, fazendo com que ele batucasse os dedos ao seu ritmo, sorriu sozinho ao pensar na loucura que estava fazendo, Harry e April o assassinariam se ao menos sonhassem com a hipótese. Quando entrou na cidade, o loiro sacou seu celular e apertou a discagem rápida.
1, 2, 3 vezes e finalmente a ligação foi atendida.
- Hey, babe. Te acordei? – Niall perguntou ao ouvir os murmúrios confusos do outro lado da linha.
- Hmm? Niall? – murmurou, sonolenta.
- Yeah. Sou eu. – Horan deu uma risadinha.
- Hey. Tá tudo bem? – pigarreou, acostumando sua voz, que estava mais grossa que o normal.
- Uhum. Liguei pra conversar com você.
- Oh... Então vamos conversar.
- Sua voz tá rouca. Você estava chorando? – ele perguntou, estava se aproximando da casa da garota. Pretendia manter conversa até que ele chegasse lá.
- Hum? Não. Eu estava dormindo, ué.
- Sei.
- E você está dirigindo?
- Yeah. Mas podemos ir conversando.
- Não é legal conversar enquanto dirige. Tá indo pra onde?
- Indo ver uma pessoa. Com um pouco de sorte, eu vou ter uma boa companhia pro restante da noite. – o loiro falou só pra provocar sua garotinha.
- Hum, ok. Vou desligar, estou com sono. – a menina falou em um tom perceptível de irritação. O rapaz sorriu ao perceber que havia conseguido seu objetivo.
- Hey, vamos continuar conversando. Já estou chegando ao meu destino e aí você vai poder desligar. – Ele já estava quase em frente à mansão Styles.
- Eu não quero conversar, Niall. Eu vou dormir. Tchau.
- Será que você podia descer aqui embaixo e abrir essa porta pra mim? Tá um pouquinho frio e... – Horan se desesperou pra manter a garota no telefone por mais alguns segundos. Antes de terminar sua explicação, foi cortado.
- O quê? Onde você tá? – quase cuspiu no telefone.
- Bom, nesse momento eu estou estacionando meu carro na porta da residência dos Styles. E eu espero que você ainda more aqui, porque eu realmente estou cansado e só quero deitar com a minha garotinha e dormir.
-Isso é algum tipo de brincadeira?
- Desça aqui e venha ver a brincadeira.
Dito isso, Niall cruzou os braços e esperou. Em menos de dois minutos, apareceu. A surpresa estampada em seu rosto era tanta que um sorriso quase rasgava sua face. O coração do rapaz aqueceu ao ver a felicidade da menina. Logo a porta foi aberta e ele não perdeu tempo em abráça-la, aspirando o cheiro de seu cabelo recém lavado.
- Meu deus, você é um idiota. – ela murmurou, feliz demais enquanto subiam as escadas de mãos dadas.
- E você estava realmente chorando, posso saber o porquê? – Horan deu um leve empurrão nos ombros da loira.
- Porque você é um idiota as vezes e eu também sou. – fez biquinho e o loiro não resistiu a juntar seus lábios em um rápido selinho. - Você está cheirando a bebida e mulher. Argh. Vai ter que tomar um banho.
- Mas eu não tenho roupa aqui, babe. – o loiro TENTOU argumentar.
- Não é o meu problema. Eu vou pegar uma roupa do meu irmão pra você emprestada. Agora vai logo tomar banho. Anda!
- Já vou, mamãe. – Niall provocou e sorriu. Ele não foi tomar um banho antes de beijá-la carinhosamente e confessar que havia sentido a falta dela durante todo o dia. No fim das contas a noite seria bem produtiva para os dois jovenzinhos amantes.
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estava definitivamente bêbada, ok. Ela não conseguia captar os rostos ao seu redor. Já estava a meia hora procurando Liam e porra! Ela estava andando em círculos porque já estava enjoada. O filho da puta havia desaparecido com a prostituta dele. Com dificuldade, ela conseguiu alcançar o segundo andar.
- Leeeyum! – cantarolava enquanto tentava abrir as portas dos quartos, procurando o melhor amigo.
- Você não pode se esconder de mim, seu bobinho! – continuava a murmurar, dando risadinhas como se estivesse se divertindo à beça enquanto cambaleava pelos corredores. Depois de inúmeras portas abertas e muitos flagras em casais que estavam a pleno vapor e não tiveram nem a boa vontade de trancar suas portas, a última porta aberta teria sido uma verdadeira surpresa se estivesse sóbria. O irmão de Stan, presidente da fraternidade, estava aos beijos com um who. A morena fez uma careta engraçada antes de fechar a porta e partir para a próxima e finalmente encontrar Liam. E a Lexi.
- Oh meu deus! Eu tinha razão em mandar a acabar com você. Argh – a morena fez careta ao ver Lexi só de calcinha em cima do seu amigo, que estava só de jeans.
- O QUÊ VOCÊ DISSE? - um Liam realmente bravo se levantou, empurrando a garota que estava em seu colo para o lado.
- O que ela tá falando? - Lexi também se chocou com a notícia.
- Ops! - fez biquinho como se tivesse sido pega fazendo algo errado.
- Repete o que você falou. - Payne mandou. Sem dar opções para outra resposta.
- Ops? - Meester respondeu, confusa.
- Antes disso.
- Liam, você tava namorando a Ortega?! - Saint reclamou a atenção do garoto.
- Cala a boca, Lexi.
- Liam, eu exijo sab...
- CALA A BOCA E SAI DAQUI, AGORA.
- Você está me mandando embora, Liam? - a líder de torcida gritou de volta, furiosa, enquanto juntava suas roupas e enfiava o vestido de qualquer forma. parecia uma criança de 3 anos observando a briga do casal.
- Não Lexi! Merda! Desculpa. Eu só preciso falar com a Meester e então nós vamos sair daqui e ir pra um bom hotel aproveitar a noite, tudo bem?
- Tudo. Eu vou te esperar aqui fora. - a garota avisou, irritada.
- Ele me chamou pelo meu sobrenome, viu? - a morena disse a Lexi. - Deve estar bravo comigo... - "cochichou" tão alto para a garota ao seu lado, que até Liam escutara.
Quando a porta foi fechada, mostrou a língua para a Saint e Payne não deu o ar da graça.
- Pode falar, melhor amiguinho. - a morena bêbada falou em um tom leve e feliz.
- , repete o que você falou. Eu quero ouvir.
- Eu falei sobre a ter razão em ter deixado você. Desculpa Li, eu estava errada e...
- NÃO! VOCÊ DISSE QUE MANDOU ELA TERMINAR COMIGO!
Liam gritou e a garota se encolheu, assustada com o surto do seu melhor amigo.
- Li, mas...
- Mas nada, . Eu achei que você era a minha melhor amiga. O que eu podia esperar de você, uh? - Payne riu, irônico.
- Mas eu sou sua melhor amiga! - tentou argumentar, inutilmente. Ela não conseguia formular argumentos reais, estava alta demais e talvez, apenas talvez, ela tivesse tomado um dos comprimidos que Louis engoliu. E por isso ela não compreendia o quão irritado Liam estava.
- Melhores amigos não traem seus parceiros. - Foi o que Payne disse antes de deixar a garota sozinha dentro do quarto.
- Blá blá blá melhores amigos blá blá blá... Seu broxa... - a morena murmurou arrastado e saindo também. Meio cambaleante ela conseguiu chegar até a escada, quando conseguiu descer todos os degraus, depois de meia hora, se sentiu vitoriosa por não cair durante o percurso.
- OOOWA gatinha! Calma aí! – um veterano se aproximou da garota, “ajudando-a” a se equilibrar. – Vem, vamos pra um lugar mais calmo.
O rapaz ofereceu, já tentando arrastar a garota ébria para um dos quartos. Só não foi bem sucedido em sua tentativa porque Harry Styles estava ali perto. Apenas observando a cena.
- Calma lá, Warburton. – o rapaz parou em frente ao loiro que mantinha suas mãos ao redor da cintura da .
- Harold! – Meester gritou com os olhos brilhando de alegria, como se tivesse encontrado o tesouro da noite.
- Vocês se conhecem? – o universitário perguntou já soltando o aperto da cintura da garota.
- Olha! É o Harold! – apontou para o cacheado e sorrindo largo.
- Sim, nos conhecemos MUITO bem. Agora dá o fora daqui. E ela vem comigo. – Harry foi categórico. Edward se afastou e emergiu na multidão, em busca da próxima vítima. O moreno bufou alto.
- Cadê o Liam? – ele perguntou para a garota que agora olhava atentamente para um cachinho bem feito que tinha na ponta do cabelo do curly.
- Uh... Ele tá bravo. Comigo. – ela respondeu fazendo um biquinho digno de risadas. O rapaz revirou os olhos e sacou o celular, em uma rápida ligação, segurando a menina pelo braço, ele descobriu que ela havia perdido a carona da noite. Guardou o telefone olhou para o lado, vendo enrolando o dedo na alça da camiseta que usava.
- Vem, vou te levar pra casa. Vou ver se a vai com a gente.
- ? Você conhece minha amiguinha de onde? Sabia que ela tá caidinha pelo Joshua? E sabia que ele broxou quando tava com a Sarah?
- Shiu. Vem logo. – Styles concluiu a conversa fiada e continuou puxando-a pelo braço. Depois de alguns minutos de busca frustrada, ele decidiu usar-se novamente da tecnologia. Ligando para a amiga.
- Hey , onde você tá?
- Eu tô aqui com o Zayn e uns amigos dele. Por quê? Tá tudo bem?
- Yeah. Eu já tô querendo voltar.
- Mas já?
- É que eu tenho que resolver algumas coisas amanhã e não posso voltar tão tarde.
- Oh. Entendi. Hazz, calma. O Z quer falar com você.
- Ok.
- Ei mate.
- Fala Zayn.
- Não se preocupa que eu levo a pra casa quando eu for.
- E a Amber?
- Ela vai junto, oras!
- Tem certeza?
- Absoluta.
- Tudo bem então. E você tá bem?
- Tô. Por quê?
- Indo embora cedo assim.
- Preciso resolver algumas coisas amanhã. Não dá pra ficar até tão tarde.
- Entendi. Falou então.
- Falou. Valeu por cuidar da .
- Problema nenhum.
Styles guardou o IPhone e não pode deixar de sorrir ao ver apertando as bochechas de um who, que estava próximo deles, fazendo biquinho de peixinho enquanto ela mesma fazia conversava com ele fazendo biquinho também.
- Hora de ir pra casa, Meester. – ele anunciou, mais uma vez arrastando-a pra fora da festa e a morena não saiu da casa antes de roubar uma bandeja cheia de petiscos. Harry estava um pouco irritado - muito talvez - com Liam por ter deixado a garota naquelas condições e sozinha em uma casa cheia de garotos com os hormônios a flor da pele. Ao chegarem em seu carro, o rapaz abriu a porta de trás para ela entrar. A garota nem questionou, enquanto separava os petiscos por categoria de tamanhos, embora não fosse confiável, já que ela não estava em seu perfeito juízo.
- Harold, você quer um dos meus petiscos especiais? – Meester ofereceu, cruzando as pernas desajeitadamente.
- Não. – Styles negou, entrando no carro e dando partida. Sentia-se um perfeito imbecil por estar abandonando uma festa pra deixar a garota mais irritante do colégio em casa. “Muito másculo da sua parte, hein Harry!”. Pra não ter que escutar as asneiras que sua companhia murmurava, ele ligou o rádio em uma estação de música.
- Ó MEU DEUS! HAROLD!!! EU AMO ESSA MÚSICA! – deu um grito enquanto balançava a cabeça, cantando o que conseguia de Uptown Funk e tentando repetir os passinhos de Bruno Mars.
- Não grita no meu ouvido, caralho! – o rapaz reclamou, passando uma das mãos no ouvido. ignorou, dançando descoordenadamente. Ele observava pelo retrovisor e sorria minimamente, achando graça da dança da garota. viu Harry sorrindo e sorriu também.
- Você é legal Harold. – ela diz, pegando um petisco e levando-o a boca. – Você parece com o chato do Harry Styles, mas você é legal de verdade.
Uma freada brusca.
Dois pares de olhos arregalados e chocados se encarando.
- O que você disse? – virou-se para que procurava seu salgadinho no chão do carro.
- Você parece com o Harry Styles. Você é tipo uma versão legal dele. – disse e logo sorriu. Levantando no ar seu achado. Vai levando a boca, mas Harry a interrompe.
- Isso caiu no chão?
- Sim... Caiu no chão. – Meester fez biquinho e o garoto estendeu a mão, querendo o salgado para jogar fora.
- Me dá.
- Mas eu peguei bem rapidinho! Nem deu tempo de os micróbios subirem nele!
Harry mordeu o lábio para não gargalhar da cena que acabara de se passar. estava agindo como se tivesse 5 anos de idade!
- Tudo bem. Mas me dá esse e você pega outro, pode ser?
- Uhum.
A morena, satisfeita entregou o petisco que havia caído no chão e pegou outro, comendo-o alegremente. O rapaz jogou seu salgadinho fora e voltou a dirigir.
- Então... Você não gosta do Styles? – ele provocou.
- Nah. Ele é muito “eu sou o machão que come todas as vadias”. Não gosto disso. – a garota respondeu fácil, empurrando um docinho na boca. Ele riu, irônico, da afirmação dela. “Sério que você acha que eu sou Harold e não sou o Harry?” era o que ele se perguntava, mas nada falou. Seguiram em silêncio absoluto pelos próximos minutos. Styles nem se deu ao trabalho de olhar para a parte de trás do carro, devia estar dormindo.
Completamente enganado.
Ela estava quietinha no banco de trás, observando os movimentos do garoto, com olhos totalmente espertos. Deu um risinho animado ao ter uma grande ideia. Lenta e silenciosamente, ela se aproximou da parte da frente do carro e então, numa explosão, avançou por entre o espaço entre os bancos do motorista e do carona. Metendo a cara na frente de Harry.
- BOO! - CARALHO,GAROTA! PORRA! VOCÊ TÁ LOUCA? EU PODIA BATER O CARRO! – surtou depois de acostar o veículo. cresceu os olhos e recuou automaticamente. Parecendo de fato assustada com a reação de seu motorista.
- Mas, Hazzie, eu...
Harry estagnou quando ouviu o apelido que a morena inventara. E ele quase desistiu de se irritar. Quase.
- Calada. Você já aprontou demais, mocinha. – Styles disse, soltando seu cinto e se virando totalmente pra trás, colocando o cinto em e voltando para o seu lugar. A morena não deu mais um piu. Ficou brincando em seu canto, as pernas estiradas e a roupa totalmente amarrotada. Teria ficado quieta a viagem inteira, não fosse uma reviravolta em seu estômago.
- Harold.
Chamou baixinho. Se o rapaz ouviu, fingiu não escutar.
- Harold.
Tentou mais uma vez. Fail.
- Harold, e-eu vou... vomitar! – avisou, já com a mão na boca, pronta pra despejar tudo dentro do carro de Harry.
- Ai meu deus! Abre a porta! Anda! Não ouse vomitar no meu bebê! – surtou, acostando o carro mais uma vez e destravando as portas, só deu tempo de ver se esticando para fora, presa no cinto e vomitando tudo no asfalto. O garoto fechou os olhos e travou a respiração. Depois de alguns minutos se recompondo, ela conseguiu parar de provocar ânsia e entrou, fechando a porta com pouca força. Só captou um braço esticado em sua direção, lhe oferecendo água, tomou a garrafinha da mão de quem lhe oferecia e bebeu-a quase toda, jogando o restante pra fora do carro. Apoiou a cabeça no encosto e respirou fundo.
- Podemos ir? – Harry perguntou e não recebeu resposta. Olhou pra trás e viu a morena dormindo profundamente. Ela provavelmente acordaria com uma puta dor no pescoço. Mas seria melhor que ela dormisse depois de dar tanto trabalho. O restante da viagem foi totalmente quieto e rápido. A cidade estava costumeiramente agitada, afinal de contas, era uma sexta-feira à noite. Styles levou-a até sua casa, parando o mais próximo possível da porta. Logo uma luz dentro da casa foi acesa e Harry soube que Alfred ou Doroth estariam ali em pouco tempo.
- . Chegamos. – Ele chamou. – . Anda.
- Hmmmm. – tentou virar, mas o cinto a impediu e ao sentir seu pescoço doer, abriu os olhos.
- Chegamos. – Harry avisou. olhou pra dentro do carro, tentado reconhecer o ambiente onde estava.
- Styles? – perguntou enquanto soltava-se do cinto.
- Eu mesmo, meu bem. – Harry deu um sorriso morto. arregalou os olhos.
- O que você fez comigo, seu imbecil? – perguntou tentando gritar, porém falou o mais alto que a sua cabeça-entrando-em-processo-de-ressaca permitiu. – Styles eu não acredito que você teve a corag...
- Você não é tão interessante assim inconsciente, acredite. – se divertia com a situação da garota.
- Seu grande filho da puta! – Foi o que gritou ao sair do carro, batendo a porta com força e estremecendo quando o baque foi alto demais para seus ouvidos sensíveis. Doroth já a aguardava na porta.
- De nada, . – Harry gargalhou antes de sair cantando pneus apenas para irritar a garota. Ao estar de volta na estrada, dirigiu mais devagar, não queria ir pra casa. Ainda tinha ânimo para uma noitada, embora seus amigos estivessem todos longes. Batucou os dedos no volante, pensando no que fazer de divertido e sorriu, pegando o celular e acelerando. Com um pouquinho de sorte, acabaria a noite com gêmeas ruivas e tomando vinho suíço.
Levantou-se de sua cama e admitiu que mesmo sendo segunda feira, e ele precisasse ir para a escola, era muito legal acordar daquela forma. Acordar com a cabeça pesada, preste a explodir e o estômago revirando enjoado.
Conforme escovava os dentes, Liam pensava como deveria encarar ao chegar no colégio. Indiferença? Raiva? Se mostrar feliz e satisfeito com a bela vida que tinha?
Ninguém entenderia o motivo de ele se mostrar zangado com a garota e com certeza o primo dela acharia estranho, já que Zayn sempre brincava dizendo que Liam cuidava mais de que ele mesmo.
Após toda a rotina matinal, o rapaz estava em seu carro, dirigindo para a escola e tentava pensar em tudo e qualquer coisa sem ser ela, todavia, até a padaria que ele passara em frente fazia-o lembrá-la.
Em seu peito, um misto de extrema tristeza e raiva o dominavam. Não entendia o porquê de ter feito aquilo. No fundo, ele sabia o motivo e a compreendia, mas, no entanto, não queria se sentir tão culpado, não queria sentir cem por cento da culpa que sabia que carregava e por isso se enganava dizendo que se tivesse continuado levando o "relacionamento" deles daquela forma por um tempo, tudo se acertaria no final.
Estacionou o carro em sua vaga de costume e foi em direção ao gramado, para a mesa que sempre sentava ao chegar ao colégio. Tinha certeza que alguns dos amigos já estariam lá, e ele tinha razão. Pode ver Niall e sentados um ao lado do outro, absortos ao que acontecia. E o que chamava total atenção era Jason Bennett falando algo para , que estava de braços cruzados, o encarando nos olhos, sem piscar. Louis estava logo atrás da garota, apoiado a mesa também de braços cruzados, encarando o divertido cara.
- O que aconteceu? - Liam perguntou a Niall.
- Cara, senta e escuta! - o loiro nem ao se deu ao trabalho de olhar o amigo nos olhos, ele nem sequer piscava, estava vidrado na conversa.
Liam se encaminhou até a amiga, se pondo atrás dela, para ouvir o que se passava ali.
- ... você me paga Meester! Você não perde por esperar! - Jason falava vermelho de raiva.
- Poupe suas ameaças, Bennett! Você já viu do que sou capaz. E se aprontar comigo de novo... Você vai se arrepender do dia em que nasceu, entendeu? - o encarava nos olhos, como era bem menor que o jogador, seu queixo estava erguido, porém isso não afetou a mensagem que queria passar.
O capitão do time de futebol soltou o ar pela boca pesadamente, apertando a bola que estava em sua mão. Imaginando que aquilo fosse o pescoço da pequena, e nada indefesa, garota a sua frente.
Virou-se de costa e saiu pisando duro, não antes de gritar por ele mais uma vez.
- Bennett! - ele se voltou para a morena. - Se quiser suas roupas de volta... - sorriu perversa e apontou para os mastros que ficavam na entrada do Colégio Eton.
As grandes traves de ferro que regularmente estavam com a bandeira do Reino Unido, da Inglaterra e de Londres hasteadas, agora penduravam uma cueca, calças jeans e uma camiseta.
Ao ver a cena, Jason se segurou para não gritar, enquanto e seus amigos gargalhavam. O rapaz pegou seu celular rapidamente no bolso e ligou para seus lacaios, pedindo para que fossem ao seu encontro em menos de cinco minutos.
- Ok, eu não sei como e porque você fez aquilo, mas foi incrível! - Payne disse abraçando a amiga de lado.
- Longa história, Leeyum, longa história. - Louis se sentou ao lado de .
- Acho que temos tempo... - o rapaz disse, checando as horas em seu relógio, constatando que faltava um bom tempo para o tocar dos sinos.
Foi então que e Louis começaram a contar a história do "plano de vingança e humilhação eterna", desde o comecinho, bem comecinho. iniciou da parte que não queria ir à festa, e uma pessoa - a morena tomou todo o cuidado do mundo para não mencionar uma única vez, pois sabia o que havia acontecido na festa de boas vindas. - insistira muito por sua companhia e ela resolvera ceder. Passaram toda a parte em que Jason havia sido grosso com ela, Louis fizera questão de contar os dez minutos que tivera no banheiro com a loira e finalmente chegaram à parte em que havia deixado Jason nu, vendado e amarrado numa cama.
- Ahh cara! E eu perdi? - Liam disse chateado.
- Da próxima vez, aproveite a festa com quem vale a pena, Payne. - Louis estava com os braços cruzados e apoiados sobre a mesa.
- De novo isso, Louis? Esquece, cara! - Liam falou irritado.
Tomlinson havia dito ao amigo um dia antes que passariam toda a festa juntos "caçando" - maneira muito gentil que os cinco rapazes se referiam ao fato de flertar com alguém. - , todavia Payne dissera que já tinha planos - - e, por isso, aquilo não aconteceria aquela noite.
- Você me trocou! - Louis gritou, fingindo choro. - Trocou seu melhor amigo...
- Zayn é meu melhor amigo. - Liam disse entediado. Aquilo sempre acontecia.
- Seu melhor amigo! - Tomlinson apontava para si. , Niall e riam da conversa e eram encarados feio por Payne, que se lembrava que poderia ter aproveitado a festa ao lado do amigo, mas estragara tudo por causa de Ortega. - Trocou a mim por um rabo de saia qualquer. Eu poderia ter arranjado uns trinta para você aquela noite, mas você não me quis! - dramatizava, chorando nos ombro de Hilton, que o acalentava.
- Ninguém merece... - Liam deitou a cabeça sobre a mesa.
- , pela décima vez, NÃO! - Harry chegou falando irritado, sentou-se ao lado de Niall e rolou os olhos por sua presença.
- Mas Hazza...
- Não! Não é não!
- Mas...
- Não! Não! - falava decidido e os amigos os encaravam querendo saber do que a discussão se tratava. Menos , que encarava as unhas e Liam, que continuava com a cabeça baixa. - Eu não vou comprar uma zebra para você e te ajudar a esconder no quarto de hóspedes! - gargalhou e todos se viraram para ela.
- Mas eu preciso de uma zebrinha. Eu já até dei nome pra ela! - disse e continuou encarando o irmão, que retribuía a encarada de forma irritada e cansada. permaneceu em seu silêncio, apenas esperando que alguém a perguntasse.
Louis sorriu divertido : - Qual é o nome da zebra, ?
- Cara! - Harry levantou as mãos aos céus e deu um tapa na nuca de Tomlinson, que fez cara feia para ela. - Primeiro: obrigada, . - a menina sorriu meiga - Segundo: já falei para não dar atenção para as besteiras que a fala. E terceiro - se virou para a irmã que cutucava seu braço sem cessar - NÃO!
- Mas você nem conhece a Esther! Ela é uma ótima zebra! - Princesinha Styles argumentava de forma infantil.
- Ta bom, me desculpa, mas eu tenho que perguntar! - Liam finalmente levantou a cabeça. - Pra que diabos você quer uma zebra, garota?
- Por que eu preciso saber se elas são pretas com listras brancas ou brancas com listras pretas! - falou séria e o grupo se silenciou, se entreolhando.
- Vai tomar no cu! - Harry gritou irritado, se levantando, e todos caíram na gargalhada. - Se você me seguir, eu conto pra sua mãe que foi você quem perdeu aquele brinco de rubis que ela tava procurando! - disse para a menina que voltou a se sentar quietinha, sorrindo lindamente para ele.
- Será que eu vou direto para o inferno por adorar irritá-lo dessa forma? - perguntou vendo o irmão se distanciando.
- Talvez... - sorria brincando com os chaveiros de sua bolsa.
- , onde você ficou a festa inteira? Eu não te vi em lugar nenhum! - disse como quem não queria nada e a loirinha se virou para ela sem entender. - Niall, você conseguiu encontrá-la quando a estava procurando? - continuou e Louis arqueou suas sobrancelhas. - Pensando bem, depois que o Niall passou na cozinha procurando por você, , vocês dois sumiram... - Horan, Princesinha Styles e Tomlinson encaravam Meester sem saber o que dizer ou fazer, totalmente sem ação.
O casal soltou uma risada nervosa e começaram a dizer as primeiras coisas que lhes vieram a mente, fazendo com que ninguém os entendesse. Até mesmo Louis tentou mudar de assunto. e Liam mantiveram o silêncio, ambos com caras de paisagem sem entender nada e começava a levantar suposições em sua mente.
- Eu fui embora cedo, sabe? - disse mexendo nas pontas dos cabelos loiros.
- O Harry ligou aquela hora pedindo que ela fosse embora. - Niall completou.
- Aí eu fui.
- Ela foi!
- Fim! - Louis disse com as mãos erguidas, soltando um riso nasalado.
- Entendi... - abaixou a cabeça para o celular, segundos depois olhou para , que corou quando percebeu que a mais velha não tinha engolido a conversa.
- EU VOU DAR UM BEIJO NA BOCA DE QUEM FEZ ISSO! - chegou gritando, com o jornal da escola nas mãos, aberto na coluna de fofocas, onde a foto censurada de Jason Bennett nu, vendado e amarrado numa cama estava exposta sob a manchete: "Pintinho do Eton? Brincadeira de Mal Gosto Na Festa de Boas Vindas".
- Eu passo... - Meester disse com uma careta.
- Eu aceito! - Louis se levantou sorridente.
- Quê?
- Foram esses dois que fizeram isso com o pobre Bennett. - o irlandês disse, rindo da cara que fazia.
- Pobre é meu pau, Niall! Ele mereceu aquilo. - se levantou arrastando Liam junto. Já que Westwick chegara, ela ia embora, era assim que funcionava.
- E essa história que vocês atrapalharam o plano do time de futebol? - a ruiva se sentou e encarava os amigos com os olhos negros brilhando, afinal ela era uma menina má que adora maldades!
Liam pegou sua mochila em cima da mesa e ao levantar o rosto viu caminhando de cabeça baixa ao lado do primo até a mesa onde estava. Zayn dizia algo para ela, que o escutava atenta, dando suma importância ao assunto. Seu coração acelerou, sentiu seu rosto queimar e suas mãos começarem a suar.
Ortega levantou os olhos que se encontraram com os castanhos de Liam, a falta de ação da morena foi notável, a sua respiração trancada a entregou - até notara as caras que os dois faziam. Alguns segundos desconfortáveis depois, a menina lhe deu aquele sorriso só dela, como sempre fazia quando o via, como se nada tivesse acontecido, como se não estivessem brigados, como se ela não houvesse "terminado" com ele, como se ela não houvesse agido de forma egoísta - na opinião dele - e o deixado para trás como se os dois continuassem juntos e fossem se encontrar no final do dia, o que o deixou mais irritado.
Ela o dispensar era algo totalmente diferente de fingir que nada havia acontecido, ele não admitiria que Monike agisse de forma tão infantil como aquela.
O rapaz apenas deu as costas para a caçula, com a sua mochila e a bolsa de nos ombros. A melhor amiga do casal encarou a cena fingindo que não prestava atenção, afinal havia contado o que ocorrera na festa nos mínimos detalhes e ela tinha total consciência que Liam estava simplesmente puto com tudo aquilo. A mais velha sorriu acolhedora para a garota e saiu correndo atrás do amigo.
- Hey Payne, espera. Que foi, hein? - perguntou o alcançando. - Agora que a chegou, você deveria ficar todo alegrinho e ir babando atrás dela, como sempre faz.
- Não aja como se não soubesse.
- Saber do quê? - se fingia de inocente e foi encarado de forma acusadora. - Okay, eu sei do que você está falando, ela me contou.
- Claro que contou! - disse com raiva - Você não achou ridículo? Foi ridículo! Eu só queria saber o porquê... - meditava em suas incógnitas e procurava uma forma de dizer : "Ela fez aquilo porque eu abri os olhos dela para ver o quanto você é panaca!"
- Talvez, ela só estava cansada da situação! - foi o que preferiu soltar.
- Ela não queria aquilo, dava para ver nos olhos dela! - Liam continuou falando como se não ouvisse a amiga.
- Aqueles olhos verdes que você tanto ama! - disse de forma gay, juntando as mãos e fazendo biquinho. O rapaz não achou a menor graça. - Que falta de humor, hein Payne!
- Não estou com cabeça para piada agora, estou ocupado ficando cada vez mais puto com a sua amiguinha.
- Esquece isso, Liam. Foi melhor assim.
- Não, não foi! Ambos não queríamos que terminasse assim. Na verdade, nós nem queríamos que terminasse!
- Oh babe, vem cá. - abraçou o amigo pela cintura e lhe deu um beijo na bochecha. - Tudo vai acabar bem, se é para vocês ficarem juntos, no final vocês vão ficar juntos, mas se não é... A gente vai dar um jeito, okay? - dizia com carinho materno e Liam balançou a cabeça positiva como um garotinho de oito anos, o que fez a morena o abraçar mais forte. - Vamos entrar?
- Eu tenho que fazer uma coisa antes, vai lá. - entregou a bolsa dela - A gente se vê. - jogou um beijo para ela.
- Ta bom, até daqui a pouco. - acenou para ele e também jogou um beijo.
desfilava pelo gramado da Eton com a cabeça erguida, o nariz empinado e era admirada por todos. A morena sempre era observada ao caminhar pelos corredores do colégio, porém desta vez mais rapazes a cobiçavam e mais moças a invejavam. A matéria, na coluna de fofocas do jornal, com seu nome estampado, servira para aumentar sua popularidade.
A garota abriu seu armário e procurava por seus livros de matemática, biologia e física para o primeiro período das aulas. "Bela forma de começar o dia", pensou enquanto afundava o material em sua bolsa.
- O que você quer, Styles? - Meester disse terminando de arrumar seus pertences.
- Nada, meu bem.
- Já disse pra não me chamar assim. - falou irritada e bateu a porta de armário, revelando um belo rapaz de cabelos enrolados, olhos verdes brilhantes e expressivos e lábios rosados que sustentavam um sorriso confiante.
- As pessoas me dizem muitas coisas, nunca garanti que as seguiria.
A morena revirou os olhos: - Repito, o que você quer?
- Lhe dar os parabéns. - estendeu a mão para cumprimentá-la.
intercalou seus olhos, que o desprezavam, entre a mão do rapaz e seu rosto, cruzou os braços e se encostou no armário, sem dizer uma palavra.
Harry sorriu abaixando a mão e a cabeça: - Você é durona. Gosto disso...
- E você está indo embora. Gosto disso.
- O que fez com Bennett na festa é digno de admiração, por isso estou aqui.
- Está aqui para me admirar? - sorriu abertamente - Sempre te falei que esse dia chegaria.
- E eu sempre soube que tudo o que você queria era um pouco de atenção da minha humilde pessoa.
- Styles, eu sei que você gosta de se sentir útil, mas não preciso da sua atenção, nunca precisei e nunca vou precisar. - arrumou a bolsa no ombro e jogou os cabelos negros para trás, levantando seu perfume, que Harry nunca admitiria que era bom. - Poupe meu tempo e vá embora.
- Como quiser... Senhorita. - pegou a mão da menina e depositou um beijo nos nós de seus dedos só porque sabia que a irritaria profundamente.
puxou sua mão de volta e a limpou em sua gravata, esbarrou no ombro do rapaz ao sair em direção a sala de matemática e quase matou uma líder de torcida que a cumprimentou.
Passando pela porta do inferno matemático, encarou o ambiente a sua frente com total tristeza e depressão, caminhou até seu lugar de costume como se estivesse indo para a forca, um passo para frente, dois para trás.
Seu assento era estrategicamente ao lado da janela que tinha uma bela vista do campo de futebol. Quando se sentia entediada com a aula - 99.99999999999% das vezes - admirava os jogadores do time da escola praticando, nos dias em que não houvesse treino o balançar das folhas nas árvores, alguns esquilos que corriam pelo gramado em direção a suas casas e até mesmo o nada a entretia.
A morena suspirou profundamente e se virou para a porta esperando seus amigos. Graças ao bom Deus, Liam e Louis estavam naquela aula e não seria capaz de explicar com palavras o quão grata estava a pessoa que organizou os horários de cada aluno.
E lá vinham eles. Payne, Tomlinson e Malik entraram na sala chamando o máximo de atenção que poderiam, não apenas por serem deuses gregos, mas sim pelo motivo de Liam estar carregando Louis nas costas e ele estar fazendo o maior escândalo.
- Anda escravo, me leve ao meu lugar. - Louis falou autoritário e Meester gargalhava.
- Cale a boca.
- Acho que vou comprar um chicote pra você começar a me obedecer de boca fechada.
- Eu vou te derrubar e aí eu quero ver! - ameaçou.
- Chicote? Que exóticos vocês. Não sabia que você gostava dessas coisas, Liam! - Zayn disse atrás dos dois segurando as mochilas de todos.
- Cale a boca, porra! - Payne se irritou.
- Não gosto do seu tom de voz, escravo. Me ponha com cuidado no chão.
- Vai se ferrar! - soltou Louis brutalmente, e os dois quase caíram.
- Ta bom, o que foi aquilo? - perguntou ainda rindo.
- Vou resumir a história para você. - Tomlinson disse pegando seus pertences com o amigo e sentou-se ao lado da garota. Seus lábios cerrados deixavam tudo mais dramático - Seu amigo é um bosta. Fim.
Liam o encarou sem emoção aparente e então deu um tapa em sua nuca.
- Payne... Não faça mais isso! - Louis sorria convencido.
- Eu odeio você.
- Você não me odeia, você não pode odiar seu melhor amigo.
- Você não é meu melhor amigo.
- Não vamos discutir isso de novo.
- Concordo. - Liam pegou sua mochila no chão e foi se sentar em seu local de costume, na frente de e, todavia, teve a péssima surpresa de encontrar Zayn Malik lá, sorrindo simpático para ele. - O que você ta fazendo aí agora?
- Pensei que seria legal mudar de carteira. - o moreno disse pacificamente, no entanto seu real objetivo era chamar a atenção de Meester e ganhar aquela maldita aposta.
- Sabe o que seria legal? - Payne perguntou retoricamente, porém ninguém entendeu seu tom de voz. Todos levantaram os braços pedindo permissão para falar.
Primeiro Liam sentiu vontade de morrer, depois pensou que seria melhor matá-los e enfim apontou para Louis lhe dando permissão para falar.
- Um mundo onde mulheres sempre andassem nuas? - o rapaz tentou e esperou com expectativa para saber se havia acertado ou não a resposta. Liam negou.
- Camas com computador, TV e frigobar, assim você pode passar o dia todo deitado! Tudo o que você precisa está em um cubículo extremamente confortável.- arriscou.
- E quando precisar ir ao banheiro? - Zayn perguntou.
- Mira para o outro lado. - Louis disse rindo de sua própria piada e bateu um high-five com o moreno que também ria.
- Vocês são nojentos... - a garota disse fazendo uma caretinha sutil.
- Próximo! - Liam disse alto e Malik se apressou a dizer.
- Uma lei determinado que em todas sextas e sábados festas são obrigatórias.
- Gostei dessa.
- Seria legal se vocês parassem de me encher a paciência! - Liam falou e foi encarado sem emoção pelos amigos.
- Não... Eu prefiro a ideia do Zayn. - Louis se abaixava para abrir sua mochila e pegar seu material.
- Já disse, até eu concordo com o Malik! - se encostou à parede.
- Perdeu, Liam!
- Sai do meu lugar, Zayn! - o rapaz mudou totalmente de assunto quando percebeu que se insistisse no anterior nunca teria sossego.
- Você não pode sentar em outra cadeira, não?
- Não! Eu sempre fico aqui. Por que logo hoje que eu não tô afim de brincadeirinha, você quer sentar aí? - Liam era um cara pacífico, mas quando ficava bravo ninguém ficava perto pra ver o resultado.
- Malik, sai do lugar dele! - falou irritada com Zayn por sua implicância.
- Sentem todos em seus lugares, já! Vamos começar a aula. - a senhorita Dinossauro Morris entrou na sala, mal humorada como sempre, assustando todos os alunos que a temiam, não por sua autoridade, mas sim por sua aparência horrível.
- Anda Malik, vaza.
- Liam será que dá pra parar de ser chato? É só uma cadeira!
- Senhor Payne qual parte do "sentem em seus lugares, a aula vai começar", o senhor não entendeu? - a professora disse azeda.
- Desculpe, senhorita Morris. - o rapaz falou derrotado, caminhando até o habitual lugar de Zayn, ao lado de Louis. Sentou-se e abaixou a cabeça
- Cara, o que você tem hoje? - Tomlinson perguntou, cuidando com o tom de voz para não despertar a fera velha Morris.
- Nada... - foi tudo o que disse.
Liam não era o tipo de pessoa que vivia espalhando alegria como , mas também não era mal humorado 24h por dia, 7 dias por semana. No entanto, naquele momento, até mesmo o som do giz ao se encontrar com a superfície do quadro negro o irritava, o modo como a garota a sua frente não parava de se mexer o incomodava e o fato de um menino magricela, sentado uma fileira de distância da sua não parar de bater a caneta em sua mesa, estava o deixando possesso.
o observava de onde estava. Odiava ver o amigo naquela situação e sabia que o motivo era , mas também odiava ver a amiga triste pelos cantos por causa dele. Os dois sempre sofrendo um pelo outro era muito triste e pior era assistir a tudo aquilo sem poder fazer algo.
- Nossa, eu adoro essa música. - Zayn virou-se, encostando-se à parede e colocando o caderno no colo para que pudesse continuar copiando o que a mulher velha e feia passava na lousa.
- Que música? Ninguém ta ouvindo música aqui! Não sei do que está falando. - a verdade era que, a morena estava com seus fones sem fio, o que era perfeito para não chamar atenção. Porém usava apenas em um ouvido, o outro estava dentro de seu estojo, e como a música estava um tanto quanto alta, foi possível que o rapaz a ouvisse.
- Relaxa Meester, não vou contar.
A aula continuou normalmente. Todos os alunos estavam mudos e copiando a matéria. Do jeito que Morris gostava, "uma turma comportada é uma turma modelo", era o que ela sempre dizia. E a turma B do último ano era quase modelo, afinal ela a contava com Malik, Tomlinson, Payne e Meester em seu elenco, o que não ajudava muito.
Os quatro não calavam a matraca um segundo sequer durante toda a aula e se estavam quietos, não estavam prestando atenção, pois preferiam dormir, desenhar nos cantos de seus cadernos, fuçar disfarçadamente em seus celulares ou ficar encarando o nada. Recusavam-se a ser bons alunos nas aulas de Edna Morris.
Naquele exato momento, por exemplo, Zayn estava tentando manter um diálogo com a e a cada vez que era ignorado, Louis e Liam riam de seus acentos, fazendo com que a professora chamasse suas atenções. Como o moreno não desistia de falar com a garota, acabou sendo expulso da sala de aula ocasionando mais risadas dos dois "grandes amigos de merda", como sempre dizia. Payne pode voltar para seu usual lugar e a aula continuou sem mais interrupções, para a tristeza dos alunos.
Às vezes, tudo em sua vida está indo bem, até que você para e pensa num detalhe que poderia estar melhor e, assim, uma avalanche de sentimentos começa no seu coração que é tão pequenininho para suportá-la que tudo o que você quer fazer é chorar, porque a sensação de alívio que vem após a tempestade é pacificadora.
Era assim que Hilton estava se sentindo naquele dia. Ela estava com boas notas no colégio, tinha amigos bons que a amava e pais que se preocupavam com seu bem estar. Todavia, aquele era o problema.
Seus pais se preocupavam tanto com seu bem estar que estavam há meses numa viajem de negócios, rodando o mundo, cuidando de detalhes da rede de Hotéis Hilton. E a garota ficara para estudar. Ela sentia tanta falta dos pais e naquele dia em especial sentia mais. Talvez estivesse de TPM, ou talvez só fosse o azar de possuir aquele sentimento arrebatador.
saíra da aula de física, alegando mal estar e agora estava no campo de futebol, sentada na arquibancada. O frio e o vento gelado não a incomodavam, pelo contrário, lhe ajudava a secar as lágrimas que rolavam pelo seu rosto.
Zayn, que fora expulso da aula de matemática, andava sem rumo pela escola. Já havia ido ao banheiro, passara em seu armário, caminhara até seu carro e voltava para dentro do colégio quando decidiu acender um cigarro, então achou melhor ir para o campo de futebol, lá ninguém o incomodaria.
O rapaz já fumava quando chegou ao seu destino. Encostou-se às grades, olhando para o típico céu cinza londrino, respirou fundo e pode ver uma pessoa sentada no mar de bancos que se estendiam pelo gramado. Abriu o portão de ferro e andou sutilmente até a garota ainda não identificada.
- ? - o rapaz não acreditava no que via. Hilton, a aluna modelo, matando aula?
- O que você quer? - deixou os cabelos loiros caírem sobre o rosto, escondendo os olhos avermelhados. O moreno se fez de desentendido e fingiu não vê-la chorar.
- Eu só vim fumar um cigarro. - sentou-se ao lado dela que desviou o rosto para o outro lado. - Você está bem?
- Como se você quisesse saber.
Ela se levantou. Encaminhara-se aos degraus quando foi impedida pelo rapaz.
- Não precisa ir embora só porque estou aqui, eu deixo você admirar a minha beleza. Relaxa.
- Egocêntrico.
- Realista!- Malik rebateu e continuou - Se você andar comigo vai ver que sou até assediado por menininhos!
- Cala a boca. - a menina sorriu minimamente.
- E, eu sei. Eu sou demais... - Zayn sustentava o sorriso convencido enquanto liberava a fumaça do cigarro no ar frio.
- Você é irritante. - A loira disse sentindo um vento gelado bater em seu rosto, balançando seus cabelos.
- E você parou de chorar, então funcionou... - Malik constatou.
O garoto virou seu rosto para frente admirando as folhas das árvores dançarem ao ritmo que o vento ditava. Hilton o encarava surpresa por seu ato, um sorriso pequeno e acolhedor, curvava os cantos dos lábios da garota. E então ela também se virou para frente, para ter a mesma visão que o rapaz tinha.
Enquanto o tempo passava, nenhum dos dois ousava quebrar o silêncio confortavél que prevalecia ali, não queriam estragar o momento, pois palavras demais sempre atrapalham.
Ao ouvir o sinal, Zayn se levantou e estendeu sua mão a garota, ajudando-a a descer os degraus, encaminharam-se lado a lado para suas respectivas salas e só voltaram a utilizar suas falas para uma breve despedida.
A semana passou devagar, e os garotos estavam mais animados do que nunca para a sexta-feira, pois naquela semana havia uma festa das grandes. A universidade de Oxford não é conhecida apenas por um ensino modelo, mas sim pelas maravilhosas festas que as irmandades proporcionavam.
A cidade ficava a duas horas de Londres, porém, quem disse que eles ligavam?
- Bom dia, meninas! Bom dia, escórias da sociedade. – cumprimentou os amigos que estavam juntos, os garotos empoleirados nas mesas enquanto conversavam com , e . casualmente se intrometia, alfinetando Styles.
- , meu bem! O dia ficou até mais lindo depois que você chegou! – Louis fez falsa animação e a ruiva fechou a cara imediatamente.
- Se você valoriza suas bolas, não refira sua palavra a mim, Tomlinson. - falou por fim, cruzando os braços e voltando-se para as amigas, já acostumadas com seus modos. - E então, o que ta acontecendo?
- Ah, o Zayn precisa levar uma acompanhante para a festa do Sigma Pi. - explicou, mais animada que o próprio rapaz.
- E desde quando isso é problema pra você, Malik? O cardápio já está aqui, meu filho, é só escolher!!! Muitas putas por pouco preço. - disse, apontando para as alunas que transitavam pelo pátio. mordeu o lábio, teria gargalhado se a piada não tivesse partido da Westwick. sorriu, embora a piada não tenha sido tão engraçada como ela pensou que seria.
- Eu vou levar a April. Não é como se eu tivesse outra opção. – Niall disse, tomando cuidado para que não ouvisse. Fail. A loirinha ouviu e o sorriso fraquejou em seus lábios.
- Eu não quero me atrasar pra aula. Vem comigo, Lou? – levantou, arrumando a sainha sobre as pernas. Louis colocou sua mochila sobre o ombro e enfiou as mãos nos bolsos.
- Vamos lá, loirinha.
- Você ainda não decidiu quem vai levar, Louis. – Harry lembrou.
- Ele vai me levar, óbvio. – Meester arqueou as sobrancelhas e abraçou o amigo, que sorriu.
- Quem mais eu poderia levar? – o moreno questionou, filosófico. - Já vou me preparando para o porre de duas aulas de sociologia. – Tomlinson bocejou.
- Ei, eu também tenho sociologia agora. – falou animada. Ninguém entendia o porquê da garota amar tanto a matéria. Adorava passar tempo tentando entender a diferença entre a ética e a moral e todas essas baboseiras sociológicas.
- Então vamos, migs! – Louis fez um tom afeminado. A morena revirou os olhos e seguiu ao lado de . Logo os três sumiram no corredor, deixando os amigos pra trás. Niall suspirou, não era sua intenção deixar sua princesinha mal daquele jeito, mas sempre era assim, eles estavam bem até que April fosse citada. O maldito nome era motivo de diversas situações chatas, já que não discutia, apenas ficava indiferente.
- E então Z, quem você vai levar nessa festa? – quis saber e o primo a encarou por alguns segundos, antes de formular uma resposta.
- Uh... Não sei. – mentiu. Era uma boa oportunidade para levar , ou tentar ao menos.
- Man, você devia levar a Amber. O Liam vai levar a Lexi e você leva a melhor amiguinha dela. Foda garantida pra você. – Niall sugeriu. quase engasgou quando soube da novidade. Não evitando olhar para Liam, fuzilando-o com o olhar. Não deveria se importar, mas se importava mais do que gostaria.
- Yeah. Pode ser. Harry você não vai levar ela? – Zayn perguntou ao curly.
- Nah. Eu vou sozinho. – Styles explicou. As garotas estranharam a atitude do amigo. Ele sempre amou a companhia feminina. Especialmente a de boas putas, mas o garoto planejava explorar território novo. Quem sabe alguma caloura?
- Conversinha agradável, mas é hora das crianças entrarem em suas respectivas celas. – Niall se espreguiçou, estralando os ossos. O grupo concordou, se dividindo e caminhando até suas respectivas salas. As aulas passaram mais lentas do que o normal. Cada qual preso em seus pensamentos e expectativas.
- Vamos para casa, pirralha. – Harry chamou , que conversava distraída com e Louis.
- Não sou pirralha. – a loira tentou argumentar. O grupo todo sabia que quando começavam com as provocações, iam longe.
- Não se ache a radical só porque quando você está sozinha em casa coloca quatro fatias de queijo no pão. – o garoto disse. Seguindo até seu carro. Louis gargalhou alto, apenas deu um sorrisinho. soltou ar pela boca, irritada com a piadinha do irmão.
Ela nem mesmo comia queijo com pão!!! Pra quê comer o queijo com pão se podia comer apenas o queijo? Eram os pensamentos da loirinha que murmurou um adeus aos amigos e foi até o carro, sentou no banco do carona e cruzou os braços. Seu irmão sorriu, satisfeito.
- O cinto, pirralha. – ele avisou, dando partida. Por pura provocação, não colocou o cinto. Iria matar Harry se ele desse mais uma palavra. Não estava passando por seus melhores dias, já não bastava saber que Niall levaria a “oficial” para a porra de uma festa e agora ainda tinha que aguentar as provocações do irmão. Harry entendeu que sua irmã não estava nos melhores dias e ficou quieto. Ao chegar em casa, viu uma mensagem de Amber:
Xx Você acha que eu devo ir de vermelho ou preto? xX
Styles revirou os olhos, jogando as chaves na mesinha de centro e arrancando o terno. Ele estava pouco se fodendo para a roupa que a garota usaria. Que fosse nua! No fim das contas tudo somaria em quantidade de tecido a ser removido, o que resultava em tempo perdido despindo roupas.
Xx Tanto faz. Quanto menos roupa, melhor.” xX
Harry jogou o celular no canto e tombou em sua cama. Teria algumas horas de descanso enquanto Amber se arrumava. Embora fosse um porre todo o cerimonial pré-foda, compensava esperar pacientemente, no fim da noite estaria muito bem satisfeito. Qualquer sacrifício em troca de prazer.
foi para a casa de , iria se arrumar por lá mesmo. A morena preferiu se encontrar com a amiga em casa, a ter que ir com ela e Danny. Não era segredo pra ninguém a implicância que ela tinha com o capitão do time de basquete. A mais velha chegou antes da dona da casa e quando Ortega estacionou atrás do carro da amiga, não abriu sua porta para descer, trocando beijos com Daniel. revirou os olhos e saiu da Mercedes que a carregava de um lado para o outro.
- Obrigada pela carona, Alfred. Você está liberado até as 6. – Meester se despediu, indo a passos largos até o corvette ZR1 vermelho. Bateu na janela do carona e cruzou os braços, impaciente. e Danny se soltaram imediatamente. Mais um beijinho e a caçula descia do carro, corada.
- Impaciente. – murmurou, constrangida. Dan sorriu sem graça para .
- Da próxima vez tente não enfiar sua língua na garganta da minha amiga. Virjão do caralho. – falou séria, dando tapas fortes no capô do carro apenas para irritar o rapaz.
- MEU CARRO! – Danny quase enlouqueceu ao vê-la tocando em seu garoto.
- Isso não é um “um carro” seu idiota. É um corvette ZR1, a série mais bosta de corvettes. – sentenciou e seguiu para dentro da residência dos Ortega, puxando a moreninha pelo braço. Logo as duas estavam almoçando besteiras e conversando. Mais algumas horas e as garotas começaram a tarefa de arrumar .
- E então, você vai com quem até Oxford? - quis saber enquanto terminava a maquiagem de Meester.
- Com o Li e a vagabunda. Nós vamos com o helicóptero do tio Geoff. É mais rápido. - respondeu, checando seu celular. deu um meio sorriso ao ouvir o carinhoso nome que a amiga deu para Lexi.
- Ele já sabe que você foi a favor de eu terminar o nosso "namoro"? - Ortega falava se concentrando em delinear os olhos de perfeitamente.
- Nah. Ele não estaria falando comigo. - a morena fez biquinho.
- Bom, no que depender de mim, ele não vai saber. - a garota garantiu, guardando seus produtos de maquiagem. Sua amiga estava pronta.
- Obrigada. Mas ele vai acabar sabendo. É inevitável. Com um pouco de sorte ele não fique tão bravo.
- Ele não tem o direito de ficar bravo com você. Foi eu quem terminou o "namoro". Não você.
- Nós sabemos que o Liam tem complexos mentais depois da infância traumática de gordo dele. Então ele vai ficar bravo. - disse, se admirando no espelho, enquanto a caçula gargalhava - É uma lastima eu ter que gastar algumas mil libras me vestindo pra, no final das contas, algum bêbado vomitar na minha roupa e eu acabar com a minha maquiagem depois do décimo shot.
- Você é uma vadia por não ter o menor respeito pelo meu árduo trabalho. - dramatizou enquanto as duas desciam as escadas.
- Eu fiz um favor pra você, Ortega. Agora, deixe-me ir. Tem um americano gostoso me esperando naquela faculdade. - Meester sorriu alegrinha. A mais nova olhou para a amiga de lado.
- Eu entendi errado ou você está saindo com esse cara pela terceira vez?
- Ele é americano, porra!!! Você já ouviu o sotaque dele? Oh meu deus!!! - levou as mãos ao alto. Exagerando.
- Eu não gosto do sotaque americano. - foi categórica, revirando os olhos.
- Xenofóbica.
- Idiota.
- Tem certeza que não quer que eu fique com você?
- Tenho.
- Pense bem, porque depois que eu entrar naquele carro, Fred e eu iremos viver incríveis aventuras! - Meester gritou, levando uma das mãos ao alto e rindo abertamente junto com a amiga. Nem havia bebido e já estava alegrinha. Só o fato de saber que poderia beber o quanto quisesse a animava.
- Tarada. - acusou com os olhos cerrados - De qualquer maneira, o Danny vai me levar ao cinema hoje. Eu vou ficar bem.
- Claro que vai. - sorriu maldosa. - Eu já vou indo. E, em nível de informação, eu não gosto desse Danniel.
- Quem tem que gostar sou eu! - gritou enquanto a amiga entrava no carro. Só foi possível captar um dedo se erguendo em sua direção. Ortega gargalhou e entrou em casa. A morena foi levada até onde estavam Liam e Lexi Saint. A acompanhante de Payne estava reclamando do vento produzido pelas hélices do helicóptero que estavam sendo acionadas.
- Oi. – cumprimentou o casal. Sorriu abertamente para o amigo e deu um sorrisinho para a líder de torcida.
- Oi . Podemos ir? – o rapaz perguntou, deixando um beijo na bochecha da amiga e ela assentiu.
- Oi ! Você está linda! – Lexi elogiou enquanto colocavam os fones. a encarou por alguns segundos e sorriu sem mostrar os dentes.
- Eu tenho que estar linda, a quem me arrumou. Li, eu estou linda? – Meester perguntou, ignorando completamente o elogio recebido. O garoto a observou.
- Tá, ué! Vem. – Liam estendeu a mão para ajudá-la a subir. Desentendendo a pergunta repentina da amiga. Lexi sorriu totalmente sem graça, sendo a próxima a entrar, sentando ao lado do moreno e deixando um selinho em seus lábios. não fez questão de desviar o olhar, sorrindo para ele, não era um sorriso simpático, estava mais pra algo acusador. Liam desviou o olhar, preferindo observar o chão se afastar de seus pés. Em menos de meia hora estariam no campus da universidade. Melhor do que receber os olhares acusadores de Meester ou os beijos pegajosos da Saint, era deixar seus pensamentos vaguearem para uma universidade paralela onde os sorrisos e as risadinhas de uma certa Ortega serviam como música aos seus ouvidos.
A festa já estava em seu auge. Copos vermelhos de bebidas espalhados tanto por fora quanto por dentro da casa da Sigma Pi. Uma das grandes salas servia como pista de dança, luzes coloridas iluminavam o ambiente, sozinhas; um DJ ditava o ritmo animado que ajudava as pessoas a se sentirem mais leves e ao mesmo tempo agitadas. No gramado, alguns jogavam beer pong, individualmente ou em duplas.
Niall divertia-se com o jogo, e não estava tão bêbado pelo fato de ser um bom jogador e fazer os outros beberem demais, todavia ele não ingeria cerveja com frequência. Zayn, estava todo feliz conversando com seus amigos universitários, os rapazes abriam garrafas de cerveja das formas mais inusitadas possíveis, até mesmo com os olhos. Harry, sempre com sua lábia o acompanhando, conversava com algumas calouras; o rapaz era do tipo que adorava ficar com mulheres mais velhas, e mulheres mais velhas adoravam ficar com ele.
Um pop qualquer tocava alto no ambiente. já estava no seu quarto Roller Martini, conversando alegremente enquanto Travis mantinha seu braço na cintura da garota desapercebida. A bebida a deixava feliz o suficiente para não se incomodar com a presença de Louis há alguns metros de distância de si. Tomlinson também estava despreocupado com a quantidade de bebida que ingerira, estava cercado por calouras que se insinuavam de todas as formas possíveis. Mais algum tempo e a música estava alta demais, já era possível localizar focos de pequenos grupos usando todos os tipos de drogas. Ecstasy era disponibilizada para os convidados. Não eram necessários mais que 30 minutos para que a droga fizesse efeito e os jovens estivessem em excitação total, como cadelas no cio.
- Se divertindo bastante, uh? - Louis perguntou amigavelmente, sentando ao lado de . A ruiva olhou-o e sorriu de lado.
- Não mais que você, Tomlinson. - ela se referiu aos olhos castanhos agora avermelhados e ao fato de ele estar mais sorridente, o que denunciavam o uso de alguma droga. Sua voz já saia totalmente alterada pela bebida. A fala arrastada e o sorriso fácil eram a prova de que ela estava alta.
- Você está linda. - Louis sentenciou. Talvez tivesse bebido um pouquinho a mais que a cota comum e não estivesse muito lúcida para compreender o real sentido das palavras do garoto ao seu lado. Ele sorriu largo e estendeu a bebida em suas mãos para a garota, que aceitou prontamente, tomando um grande gole. Os dois permaneceram em silêncio enquanto a música alta tocava. As batidas de 23 soaram e começou a mover os ombros, em uma espécie de dancinha. Balançava a cabeça e murmurava de forma incompreensível a letra da música. Louis se mantinha de olhos conectados à garota a sua frente, balançando a cabeça. Por alguns segundos os olhos faiscantes se encararam. Em um momento, um sorriso brilhantemente feliz desenhou-se pelos rostinhos bêbados e, no outro, Louis e estavam em cima de uma mesa, dançando juntos e cantando alto, levando os presentes na sala a participarem da brincadeira. A menina se sentia quente, seu corpo era aquecido pela proximidade de Tomlinson. Talvez essa fosse a vez em que Louis mais se aproximou de . Seus braços agora estavam em cima dos ombros dele enquanto ela movia seu corpo e cantava alto, interpretando as vezes de Miley Cyrus. O rapaz por sua vez, se sentia swag. Movia-se como um mano, balançando a cabeça como um rapper. Ele se sentia encantado com os sorrisos fáceis de . A jaqueta dela já estava perdida no meio da multidão, os toques dela eram captados rápida e intensamente por seus neurônios atiçados pelo êxtase e só serviam para deixá-lo mais ensandecidos. Quando a música acabou todos gritavam efusivamente. A ruiva gargalhava, jogando a cabeça pra trás e dando a Louis a visão de seu pescoço desnudo. Tomlinson desceu da mesa e auxiliou a alegre a descer também. Westwick se desequilibrou e só não encontrou-se com o chão graças ao rapaz. Estavam próximos demais e loucos demais para entenderem que estavam próximos a ponto de se beijarem. Louis umedeceu os lábios, fechou os olhos e esperou o beijo que nunca veio.
- !! - Travis brotou do meio da multidão. deu um sobressalto, soltando-se rapidamente do aperto dos braços do moreno.
- Hey Traav... Você viu como eu cantei pra você? - ela perguntou, apoiando-se no rapaz. Travis sorriu, ele não estava tão bêbado assim.
- Já é hora de irmos pra casa, mocinha. - ele murmurou, tirando o cabelo do rosto dela - Desculpa por isso, man. Eu a deixei beber demais.
O universitário se desculpou pelo comportamento de sua acompanhante. Se afastando e levando para longe dos especuladores. Tomlinson estava estupefato demais usando o que lhe restava de consciência, absorvendo os acontecimentos de minutos atrás para responder algo a Travis. Porque, porra... Ele quase havia beijado Westwick!
Em um dos cantos da grande casa da irmandade, um sofá vermelho suportava dois casais e uma garota loira que definitivamente não deveria estar ali, todavia adorava o fato de estar em uma festa de faculdade.
Todos observavam a cena, perplexos. Não acreditavam que Westwick e Tomlinson estavam bêbados o suficiente para cantar e dançar juntos sobre uma mesa. Não era o fato de estarem bêbados, ou estarem chamando atenção que surpreendia os amigos, mas sim o fato de estarem fazendo tudo isso juntos.
- Alguém me tira uma dúvida? - Zayn se aproximou, segurando uma garrafa de Jack Daniels e um cigarro pendendo dos lábios avermelhados. - Eu estou alto demais, ou o Louis e a estão realmente se divertindo juntos?
- Milagres acontecem! - Niall falou entediado. Estava sentado entre Hilton e Styles, e começava a se incomodar pelo fato de o amigo estar a ponto de copular ao seu lado.
- Mas esse é um milagre, bem milagre, hein! - Harry disse parando por um segundo de desentupir a boca de uma morena vulgar qualquer.
- Nini, cadê a April? - perguntou. Sentiu um peso cair em seu braço e viu que era um Malik sem controle em seus pés. - Tá maluco? Quase me matou.
- Sem drama, loirinha!
- Grosso.
- Parem com isso. - o loiro disse - E eu não faço ideia de onde a April esteja, . Estou dando graças aos céus por ela ter me deixado em paz por pelo menos 5 minutos.
- Cara, que bicho te mordeu? Vai aproveitar a festa, olha tem um monte... - e Zayn continuaria sua frase, se não fosse por um gritinho frustrado que soltou. - Que foi? Vai reclamar que estou encostando em você? - Não, seu idiota. - falou com desdém - É que o Louis e a estavam a ponto de se beijar quando aquele tal de Travis apareceu. Merda...
Os dois garotos se viraram para encarar a cena. O moreno se voltou para a menina e gargalhou verdadeiramente.
- Que foi? - Hilton perguntou sem entender.
- E daí que eles iam se beijar? - Malik ainda ria. - Desculpa te decepcionar, mas isso aqui não é conto de fadas, loira! Não é como se com um único beijo eles se apaixonassem e vivessem felizes para sempre. Fim.
- Mas é com um beijo que o romance começa!
- Por favor, não tenham essa discussão... - Niall se perguntava, internamente, se o que o irritava era o fato de a música estar alta demais ou estar brava com ele.
- As pessoas se beijam o tempo todo, . Não é por isso que se apaixonam. - Zayn juntou as sobrancelhas. - Olha para o Harry - apontou o amigo que estava do outro lado do sofá, curvado por sobre uma caloura. - , ele nem deve se lembrar o nome daquela garota!
- São circunstâncias diferentes! - falou rolando os olhos.
- Claro que não. E você sabe disso. - apoiou um dos braços nas costas do sofá. Colocou sua garrafa entre as pernas e terminou seu cigarro em paz, até acender outro.
A loira cruzou os braços, brava por ter sido contrariada e virou-se para Niall, afim de iniciar uma conversa e espantar o mal humor do melhor amigo. Pode ver Harry e a Garota Que Não Havia Sido Apresentada saírem em direção às escadas, provavelmente a procura de um local mais reservado.
Horan e Hilton reparavam nas pessoas que passavam por onde estavam e faziam piadas sobre os bêbados, incluindo os que conheciam. A garota havia deixado o loiro um pouco menos irritado, e se sentia feliz pelo fato de tê-lo ajudado. ria de mais uma piada que o irlandês fazia quando April apareceu de sabe lá onde, e arrastou o namorado para longe.
E então eles ficaram sozinhos. Hilton e Zayn Malik ficaram sozinhos.
Desde aquele dia em que o moreno a flagrou chorando na arquibancada do Colégio Eton, os dois não havia trocado mais nenhuma palavra sem ser as brincadeirinhas e provocações de sempre.
O moreno mantinha a expressão séria no rosto e intercalava o cigarro e a garrafa na boca. Ao contrário dele, a menina se incomodava com o silêncio e tratou de mudar aquilo rápido, pois começava a ficar envergonhada.
- Nossa, eu adoro essa música. - falou como quem não queria nada, ao ouvir a introdução de Outside.
Zayn, que encarava o nada a sua frente, virou o rosto para a menina, sorriu achando aquela fala típica de garotas como ela e voltou seu rosto para frente.
A garota bufou: - Nossa, Malik, é agora que você me chama para dançar... - disse como se fosse óbvio.
- Como é? - voltou a encará-la com as sobrancelhas juntas. Como aquela garota podia ser tão ingênua?
- Eu disse, que é agora que você me chama para dançar. - Hilton se aproximou do rapaz e falou mais alto, pensando que o motivo de sua pergunta fora o fato de não tê-la escutado antes.
- E por quê, exatamente, eu faria isso? - aquela conversa estava se estendo mais do que ele queria.
- Porque é assim que funciona - começou a explicar. - : a garota diz que gosta da música que está tocando e o carinha a chama para dançar.
Ele riu, levando o rosto para cima, soltando a fumaça do cigarro sem que a incomodasse.
- Isso aqui não é um filme de Hollywood, loira.
- Tem razão... - disse cruzando os braços, disfarçando a irritação. Por que ele tinha que se opor a tudo o que ela dizia? - Você seria um péssimo badboy hollywoodiano. - mordeu o lábio inferior, segurando um sorrisinho irritante e esperto.
- Como é? - ele a encarou... Ofendido?
- Me responde uma coisa, Zayn. - sentou-se de lado no sofá, podendo olhar diretamente nos olhos castanhos do rapaz. - Você não quer dançar comigo porque é um péssimo dançarino? Ou por que sabe que eu sou muita areia para o seu caminhãozinho?
O moreno a encarou, com a boca levemente aberta e as sobrancelhas arqueadas, sem conseguir digerir sua ousadia. Ninguém... ninguém, NINGUÉM Era muita areia para o caminhão Malik. O super e desenvolvido, veículo de morte Zayn Malik, embarcava apenas mercadoria de alta, e não seria Hilton a desafiar isso.
O rapaz se levantou num impulso e a puxou pelo braço, voando até a pista de dança improvisada e a posicionando em sua frente. Seus corpos estavam próximos, até demais, e a garota precisou levantar o queixo para conseguir fazer contato visual. estremeceu, pela carranca que ele sustentava, talvez ela teria ido longe demais e ferido o ego inflado do pobre rapaz perfeito, quase se sentiu mal. Quase!
Soltou um sorrisinho meigo e espertinho demais - Típico dela! - Zayn pensou ainda irritado. , colocou repousou uma das mãos em um dos ombros do rapaz, delicadamente, ele nem ao menos conseguia sentir seu toque suave. Malik alternou seus olhos castanhos da mão da menina ao seu rosto. E então ela envolveu o pescoço do rapaz com seus braços, alargando o sorriso.
O moreno subiu, automaticamente, suas mãos na cintura dela e enquanto se movia minimante ao ritmo da música, ele continuava imóvel.
- Então você não sabe dançar! - a loira disse mordendo os lábios para esconder o sorriso.
O rapaz espelhou seu movimento e abaixou a cabeça para esconder aquele lindo e sincero sorriso, que fazia tantas garotas da Eton School suspirarem. Ele começava a achar graça das piadinhas infantis dela.
-Você está me subestimando, Hilton... - puxou-a para mais perto e começou a se movimentar junto com ela.
Castanho com castanho, ambos não desconectavam o olhar. Estavam submersos numa realidade paralela em que não se importavam de estar dançando um com outro e que o fato de seus corpos estarem tão próximos os agradavam.
, não tirava o sorrisinho sutil do rosto, e Zayn achava aquilo irritantemente adorável.
A música que estourava a caixa de som era agitada, todavia,o casal se movimentavam em seu próprio ritmo, dançando sua própria música lenta, com passos delicados que a garota ditava - afinal Malik de fato não sabia dançar -, como se estivessem sobre a superfície da lua.
- Meu Deus, Zayn! - ria, e escondeu seu rosto no peito do rapaz, que não entendia sua reação. - Olha ali. - virou-o de frente para uma garota que usava um vestido curto demais. Quando caiu, deixou sua calcinha a mostra.
O rapaz também ria e puxou a garota pela mão para voltarem à dança.
Ela apoiou sua cabeça no peito dele, e Zayn aspirou o perfume âmbar que vinha da garota e começou a achar tudo aquilo muito estranho... Afinal, sempre fora a criança amiga de sua prima caçula, a criança caloura no Eton, a criança caloura virgem!
Mas os olhos castanhos dela eram tão bonitos e redondos... redondos como duas avelãs. Agora ele estava dançando como um gay e tendo pensamentos gays! No entanto, foi só a levantar seu rostinhos delicado de feição suave, que o moreno tirou todos aqueles pensamentos de sua cabeça, a única coisa que importava era o fato de ela estar com aquele típico sorrisinho dela para ele.
Aqueles lábios rosados sorriam para ele, e pareciam atraí-lo, como nunca antes...
Niall não estava se divertindo tanto quanto achou que se divertiria. Pra começar, sua namorada estava conversando com um veterano, estavam em uma conversa íntima demais pra alguém compromissada. Não que ele se importasse com April, se tinha uma pessoa por quem Niall sentia asco, essa pessoa era sua falsa puritana. A garota estava cada dia mais implicante e ciumenta com ele e era cada vez mais difícil tirar um tempo para . Depois do showzinho /Louis se esfregando-e-amassando-na-frente-de-todos, as pessoas pareceram ficar mais loucas porque não era possível encontrar mais ninguém são por ali. Seus amigos haviam evaporado e, qual é!? Eles foram em oito, como era possível todos sumirem? E o fator mais importante para deixar sua noite pior era: estava brava com ele. Meu deus! A loirinha havia o ignorado o dia inteiro! Ele já estava louco! Precisava dar um jeito nessa situação o mais rápido possível. Não era justo com . E falando na caçula Styles, o telefone de Niall vibrou sutilmente. Em qualquer outra circunstância ele não teria ouvido, porém, ele estava com o celular nas mãos. Uma mensagem de voz. O loiro suspirou alto. Como caralhos ele conseguiria ouvir uma mensagem de voz no meio daquele furdúncio? Horan vagarosamente se encaminhou para fora da casa. No gramado, alguns casais mais atrevidos se agarravam ao ar livre, dividindo cigarros de maconha e aproveitando a noite bela na cidade de Oxford.
Hey Ni... Uh, eu liguei pra pedir desculpa por hoje. Eu fui infantil, eu sei. O que eu esperava, né? A April é a sua namorada. É óbvio que você devia levá-la! Enfim... Era isso. Desculpa, Ni. Ignora essa mensagem, talvez eu esteja idiota assim porque eu tô sozinha e meio carente. Vai aproveitar a festa com a sua namorada... Acho que é isso... É... Tchau.
Niall se sentia idiota por fazer o que iria fazer naquele momento. Mas era isso o que ele era quando se tratava de . O loiro caminhou rapidamente de volta pra dentro da festa. Andou por entre os convidados, procurando por sua namorada. Só a viu quando ela se fez aparecer.
- Oi amor! - April o cumprimentou.
- Tá tudo bem? - Niall perguntou, vendo os olhos negros da namorada crescerem.
- Tá. Tá tudo perfeito. Por quê? Tá parecendo que não tá tudo bem? - ela disparou, e o irlandês arqueou as sobrancelhas.
- Não, tá tudo ok. É que eu não estou legal e eu estava querendo ir pra casa. Mas pelo jeito você tá se divertindo... - Horan riu fraco.
- Faz tempo que eu não me divirto tanto assim mesmo. Mas se você não está bem, nós podemos ir pra casa. - a garota falou, visivelmente frustrada. Ela passou a tarde toda se arrumando para a festa e para os veteranos que estariam ali. Pretendia sair dali apenas quando a festa acabasse e, de preferência, que fosse acabar na cama de algum universitário.
- Não. Eu não vou estragar sua diversão. Vou procurar um lugar mais calmo pra ficar. – o garoto avisou, ia dar meia volta, porém foi impedido.
- Amor, não quero te prender aqui. Você pode voltar pra casa se quiser. Eu volto com a Alli.
- Você tem certeza? Porque eu posso te esperar. É minha obrigação. – perguntou, torcendo para que ela ficasse. April sorriu e lhe deu um beijo molhado.
- Tudo bem, amor. Eu vou ficar bem. – Winston assegurou e nem se deu ao trabalho de acompanhar o namorado até a porta. Voltou para o grupo onde estava.
O loiro saiu em dispara à procura de , afinal Harry havia trazido a garota, no entanto, com certeza teria companhia para a volta. O rapaz procurava a melhor amiga por toda a casa, quando finalmente a viu, na pista de dança... Com Zayn... dançando próximos demais!
-Com licença! - disse alto, se aproximando do casal que se soltou depressa e encarou rapaz como se estivessem fazendo algo errado e foram apanhados. - Estou interrompendo algo... Zayn? - fuzilou o amigo com o olhar. O moreno coçava a nuca e mantinha os olhos presos no chão.
- Claro que não, Nini! - disse - Aconteceu algo?
- Nada não, . - Niall mantinha seus olhos azuis sobre o rapaz. - É só que eu vou embora e vim saber se você vai comigo.
A garota abriu a boca para se pronunciar, quando Zayn se adiantou: - Eu levo ela.
- Você leva, Malik?
- Ele leva! Algum problema? - a loirinha perguntou, sentindo o clima estranho.
-Nah! - seu amigo a puxou para um abraço de despedida e aproveitou para dar AQUELA encarada em Zayn, que apenas ergueu seus braços se fazendo de desentendido. - Se cuida, viu! - reforçou o aviso amiga, lhe beijando os cabelos e deu um aceno de cabeça para o outro rapaz.
- Então... - , tentou quebrar o clima quase-beijo.
- Pois é... - o garoto disse balançando a cabeça. - Quer conhecer uns amigos meus?
- Claro, por que não?
Niall entrou em seu carro dando graças a Deus. Olhou no relógio e sorriu. Se corresse um pouquinho, chegaria em seu destino em uma hora e alguns minutos. O caminho parecia se estender a cada km rodado. Uma musiquinha boba rodava de fundo, fazendo com que ele batucasse os dedos ao seu ritmo, sorriu sozinho ao pensar na loucura que estava fazendo, Harry e April o assassinariam se ao menos sonhassem com a hipótese. Quando entrou na cidade, o loiro sacou seu celular e apertou a discagem rápida.
1, 2, 3 vezes e finalmente a ligação foi atendida.
- Hey, babe. Te acordei? – Niall perguntou ao ouvir os murmúrios confusos do outro lado da linha.
- Hmm? Niall? – murmurou, sonolenta.
- Yeah. Sou eu. – Horan deu uma risadinha.
- Hey. Tá tudo bem? – pigarreou, acostumando sua voz, que estava mais grossa que o normal.
- Uhum. Liguei pra conversar com você.
- Oh... Então vamos conversar.
- Sua voz tá rouca. Você estava chorando? – ele perguntou, estava se aproximando da casa da garota. Pretendia manter conversa até que ele chegasse lá.
- Hum? Não. Eu estava dormindo, ué.
- Sei.
- E você está dirigindo?
- Yeah. Mas podemos ir conversando.
- Não é legal conversar enquanto dirige. Tá indo pra onde?
- Indo ver uma pessoa. Com um pouco de sorte, eu vou ter uma boa companhia pro restante da noite. – o loiro falou só pra provocar sua garotinha.
- Hum, ok. Vou desligar, estou com sono. – a menina falou em um tom perceptível de irritação. O rapaz sorriu ao perceber que havia conseguido seu objetivo.
- Hey, vamos continuar conversando. Já estou chegando ao meu destino e aí você vai poder desligar. – Ele já estava quase em frente à mansão Styles.
- Eu não quero conversar, Niall. Eu vou dormir. Tchau.
- Será que você podia descer aqui embaixo e abrir essa porta pra mim? Tá um pouquinho frio e... – Horan se desesperou pra manter a garota no telefone por mais alguns segundos. Antes de terminar sua explicação, foi cortado.
- O quê? Onde você tá? – quase cuspiu no telefone.
- Bom, nesse momento eu estou estacionando meu carro na porta da residência dos Styles. E eu espero que você ainda more aqui, porque eu realmente estou cansado e só quero deitar com a minha garotinha e dormir.
-Isso é algum tipo de brincadeira?
- Desça aqui e venha ver a brincadeira.
Dito isso, Niall cruzou os braços e esperou. Em menos de dois minutos, apareceu. A surpresa estampada em seu rosto era tanta que um sorriso quase rasgava sua face. O coração do rapaz aqueceu ao ver a felicidade da menina. Logo a porta foi aberta e ele não perdeu tempo em abráça-la, aspirando o cheiro de seu cabelo recém lavado.
- Meu deus, você é um idiota. – ela murmurou, feliz demais enquanto subiam as escadas de mãos dadas.
- E você estava realmente chorando, posso saber o porquê? – Horan deu um leve empurrão nos ombros da loira.
- Porque você é um idiota as vezes e eu também sou. – fez biquinho e o loiro não resistiu a juntar seus lábios em um rápido selinho. - Você está cheirando a bebida e mulher. Argh. Vai ter que tomar um banho.
- Mas eu não tenho roupa aqui, babe. – o loiro TENTOU argumentar.
- Não é o meu problema. Eu vou pegar uma roupa do meu irmão pra você emprestada. Agora vai logo tomar banho. Anda!
- Já vou, mamãe. – Niall provocou e sorriu. Ele não foi tomar um banho antes de beijá-la carinhosamente e confessar que havia sentido a falta dela durante todo o dia. No fim das contas a noite seria bem produtiva para os dois jovenzinhos amantes.
estava definitivamente bêbada, ok. Ela não conseguia captar os rostos ao seu redor. Já estava a meia hora procurando Liam e porra! Ela estava andando em círculos porque já estava enjoada. O filho da puta havia desaparecido com a prostituta dele. Com dificuldade, ela conseguiu alcançar o segundo andar.
- Leeeyum! – cantarolava enquanto tentava abrir as portas dos quartos, procurando o melhor amigo.
- Você não pode se esconder de mim, seu bobinho! – continuava a murmurar, dando risadinhas como se estivesse se divertindo à beça enquanto cambaleava pelos corredores. Depois de inúmeras portas abertas e muitos flagras em casais que estavam a pleno vapor e não tiveram nem a boa vontade de trancar suas portas, a última porta aberta teria sido uma verdadeira surpresa se estivesse sóbria. O irmão de Stan, presidente da fraternidade, estava aos beijos com um who. A morena fez uma careta engraçada antes de fechar a porta e partir para a próxima e finalmente encontrar Liam. E a Lexi.
- Oh meu deus! Eu tinha razão em mandar a acabar com você. Argh – a morena fez careta ao ver Lexi só de calcinha em cima do seu amigo, que estava só de jeans.
- O QUÊ VOCÊ DISSE? - um Liam realmente bravo se levantou, empurrando a garota que estava em seu colo para o lado.
- O que ela tá falando? - Lexi também se chocou com a notícia.
- Ops! - fez biquinho como se tivesse sido pega fazendo algo errado.
- Repete o que você falou. - Payne mandou. Sem dar opções para outra resposta.
- Ops? - Meester respondeu, confusa.
- Antes disso.
- Liam, você tava namorando a Ortega?! - Saint reclamou a atenção do garoto.
- Cala a boca, Lexi.
- Liam, eu exijo sab...
- CALA A BOCA E SAI DAQUI, AGORA.
- Você está me mandando embora, Liam? - a líder de torcida gritou de volta, furiosa, enquanto juntava suas roupas e enfiava o vestido de qualquer forma. parecia uma criança de 3 anos observando a briga do casal.
- Não Lexi! Merda! Desculpa. Eu só preciso falar com a Meester e então nós vamos sair daqui e ir pra um bom hotel aproveitar a noite, tudo bem?
- Tudo. Eu vou te esperar aqui fora. - a garota avisou, irritada.
- Ele me chamou pelo meu sobrenome, viu? - a morena disse a Lexi. - Deve estar bravo comigo... - "cochichou" tão alto para a garota ao seu lado, que até Liam escutara.
Quando a porta foi fechada, mostrou a língua para a Saint e Payne não deu o ar da graça.
- Pode falar, melhor amiguinho. - a morena bêbada falou em um tom leve e feliz.
- , repete o que você falou. Eu quero ouvir.
- Eu falei sobre a ter razão em ter deixado você. Desculpa Li, eu estava errada e...
- NÃO! VOCÊ DISSE QUE MANDOU ELA TERMINAR COMIGO!
Liam gritou e a garota se encolheu, assustada com o surto do seu melhor amigo.
- Li, mas...
- Mas nada, . Eu achei que você era a minha melhor amiga. O que eu podia esperar de você, uh? - Payne riu, irônico.
- Mas eu sou sua melhor amiga! - tentou argumentar, inutilmente. Ela não conseguia formular argumentos reais, estava alta demais e talvez, apenas talvez, ela tivesse tomado um dos comprimidos que Louis engoliu. E por isso ela não compreendia o quão irritado Liam estava.
- Melhores amigos não traem seus parceiros. - Foi o que Payne disse antes de deixar a garota sozinha dentro do quarto.
- Blá blá blá melhores amigos blá blá blá... Seu broxa... - a morena murmurou arrastado e saindo também. Meio cambaleante ela conseguiu chegar até a escada, quando conseguiu descer todos os degraus, depois de meia hora, se sentiu vitoriosa por não cair durante o percurso.
- OOOWA gatinha! Calma aí! – um veterano se aproximou da garota, “ajudando-a” a se equilibrar. – Vem, vamos pra um lugar mais calmo.
O rapaz ofereceu, já tentando arrastar a garota ébria para um dos quartos. Só não foi bem sucedido em sua tentativa porque Harry Styles estava ali perto. Apenas observando a cena.
- Calma lá, Warburton. – o rapaz parou em frente ao loiro que mantinha suas mãos ao redor da cintura da .
- Harold! – Meester gritou com os olhos brilhando de alegria, como se tivesse encontrado o tesouro da noite.
- Vocês se conhecem? – o universitário perguntou já soltando o aperto da cintura da garota.
- Olha! É o Harold! – apontou para o cacheado e sorrindo largo.
- Sim, nos conhecemos MUITO bem. Agora dá o fora daqui. E ela vem comigo. – Harry foi categórico. Edward se afastou e emergiu na multidão, em busca da próxima vítima. O moreno bufou alto.
- Cadê o Liam? – ele perguntou para a garota que agora olhava atentamente para um cachinho bem feito que tinha na ponta do cabelo do curly.
- Vem, vou te levar pra casa. Vou ver se a vai com a gente.
- ? Você conhece minha amiguinha de onde? Sabia que ela tá caidinha pelo Joshua? E sabia que ele broxou quando tava com a Sarah?
- Shiu. Vem logo. – Styles concluiu a conversa fiada e continuou puxando-a pelo braço. Depois de alguns minutos de busca frustrada, ele decidiu usar-se novamente da tecnologia. Ligando para a amiga.
- Hey , onde você tá?
- Eu tô aqui com o Zayn e uns amigos dele. Por quê? Tá tudo bem?
- Yeah. Eu já tô querendo voltar.
- Mas já?
- É que eu tenho que resolver algumas coisas amanhã e não posso voltar tão tarde.
- Oh. Entendi. Hazz, calma. O Z quer falar com você.
- Ok.
- Ei mate.
- Fala Zayn.
- Não se preocupa que eu levo a pra casa quando eu for.
- E a Amber?
- Ela vai junto, oras!
- Tem certeza?
- Absoluta.
- Tudo bem então. E você tá bem?
- Tô. Por quê?
- Indo embora cedo assim.
- Preciso resolver algumas coisas amanhã. Não dá pra ficar até tão tarde.
- Entendi. Falou então.
- Falou. Valeu por cuidar da .
- Problema nenhum.
Styles guardou o IPhone e não pode deixar de sorrir ao ver apertando as bochechas de um who, que estava próximo deles, fazendo biquinho de peixinho enquanto ela mesma fazia conversava com ele fazendo biquinho também.
- Hora de ir pra casa, Meester. – ele anunciou, mais uma vez arrastando-a pra fora da festa e a morena não saiu da casa antes de roubar uma bandeja cheia de petiscos. Harry estava um pouco irritado - muito talvez - com Liam por ter deixado a garota naquelas condições e sozinha em uma casa cheia de garotos com os hormônios a flor da pele. Ao chegarem em seu carro, o rapaz abriu a porta de trás para ela entrar. A garota nem questionou, enquanto separava os petiscos por categoria de tamanhos, embora não fosse confiável, já que ela não estava em seu perfeito juízo.
- Harold, você quer um dos meus petiscos especiais? – Meester ofereceu, cruzando as pernas desajeitadamente.
- Não. – Styles negou, entrando no carro e dando partida. Sentia-se um perfeito imbecil por estar abandonando uma festa pra deixar a garota mais irritante do colégio em casa. “Muito másculo da sua parte, hein Harry!”. Pra não ter que escutar as asneiras que sua companhia murmurava, ele ligou o rádio em uma estação de música.
- Ó MEU DEUS! HAROLD!!! EU AMO ESSA MÚSICA! – deu um grito enquanto balançava a cabeça, cantando o que conseguia de Uptown Funk e tentando repetir os passinhos de Bruno Mars.
- Não grita no meu ouvido, caralho! – o rapaz reclamou, passando uma das mãos no ouvido. ignorou, dançando descoordenadamente. Ele observava pelo retrovisor e sorria minimamente, achando graça da dança da garota. viu Harry sorrindo e sorriu também.
- Você é legal Harold. – ela diz, pegando um petisco e levando-o a boca. – Você parece com o chato do Harry Styles, mas você é legal de verdade.
Uma freada brusca.
Dois pares de olhos arregalados e chocados se encarando.
- O que você disse? – virou-se para que procurava seu salgadinho no chão do carro.
- Você parece com o Harry Styles. Você é tipo uma versão legal dele. – disse e logo sorriu. Levantando no ar seu achado. Vai levando a boca, mas Harry a interrompe.
- Isso caiu no chão?
- Sim... Caiu no chão. – Meester fez biquinho e o garoto estendeu a mão, querendo o salgado para jogar fora.
- Me dá.
- Mas eu peguei bem rapidinho! Nem deu tempo de os micróbios subirem nele!
Harry mordeu o lábio para não gargalhar da cena que acabara de se passar. estava agindo como se tivesse 5 anos de idade!
- Tudo bem. Mas me dá esse e você pega outro, pode ser?
- Uhum.
A morena, satisfeita entregou o petisco que havia caído no chão e pegou outro, comendo-o alegremente. O rapaz jogou seu salgadinho fora e voltou a dirigir.
- Então... Você não gosta do Styles? – ele provocou.
- Nah. Ele é muito “eu sou o machão que come todas as vadias”. Não gosto disso. – a garota respondeu fácil, empurrando um docinho na boca. Ele riu, irônico, da afirmação dela. “Sério que você acha que eu sou Harold e não sou o Harry?” era o que ele se perguntava, mas nada falou. Seguiram em silêncio absoluto pelos próximos minutos. Styles nem se deu ao trabalho de olhar para a parte de trás do carro, devia estar dormindo.
Completamente enganado.
Ela estava quietinha no banco de trás, observando os movimentos do garoto, com olhos totalmente espertos. Deu um risinho animado ao ter uma grande ideia. Lenta e silenciosamente, ela se aproximou da parte da frente do carro e então, numa explosão, avançou por entre o espaço entre os bancos do motorista e do carona. Metendo a cara na frente de Harry.
- BOO! - CARALHO,GAROTA! PORRA! VOCÊ TÁ LOUCA? EU PODIA BATER O CARRO! – surtou depois de acostar o veículo. cresceu os olhos e recuou automaticamente. Parecendo de fato assustada com a reação de seu motorista.
- Mas, Hazzie, eu...
Harry estagnou quando ouviu o apelido que a morena inventara. E ele quase desistiu de se irritar. Quase.
- Calada. Você já aprontou demais, mocinha. – Styles disse, soltando seu cinto e se virando totalmente pra trás, colocando o cinto em e voltando para o seu lugar. A morena não deu mais um piu. Ficou brincando em seu canto, as pernas estiradas e a roupa totalmente amarrotada. Teria ficado quieta a viagem inteira, não fosse uma reviravolta em seu estômago.
- Harold.
Chamou baixinho. Se o rapaz ouviu, fingiu não escutar.
- Harold.
Tentou mais uma vez. Fail.
- Harold, e-eu vou... vomitar! – avisou, já com a mão na boca, pronta pra despejar tudo dentro do carro de Harry.
- Ai meu deus! Abre a porta! Anda! Não ouse vomitar no meu bebê! – surtou, acostando o carro mais uma vez e destravando as portas, só deu tempo de ver se esticando para fora, presa no cinto e vomitando tudo no asfalto. O garoto fechou os olhos e travou a respiração. Depois de alguns minutos se recompondo, ela conseguiu parar de provocar ânsia e entrou, fechando a porta com pouca força. Só captou um braço esticado em sua direção, lhe oferecendo água, tomou a garrafinha da mão de quem lhe oferecia e bebeu-a quase toda, jogando o restante pra fora do carro. Apoiou a cabeça no encosto e respirou fundo.
- Podemos ir? – Harry perguntou e não recebeu resposta. Olhou pra trás e viu a morena dormindo profundamente. Ela provavelmente acordaria com uma puta dor no pescoço. Mas seria melhor que ela dormisse depois de dar tanto trabalho. O restante da viagem foi totalmente quieto e rápido. A cidade estava costumeiramente agitada, afinal de contas, era uma sexta-feira à noite. Styles levou-a até sua casa, parando o mais próximo possível da porta. Logo uma luz dentro da casa foi acesa e Harry soube que Alfred ou Doroth estariam ali em pouco tempo.
- . Chegamos. – Ele chamou. – . Anda.
- Hmmmm. – tentou virar, mas o cinto a impediu e ao sentir seu pescoço doer, abriu os olhos.
- Chegamos. – Harry avisou. olhou pra dentro do carro, tentado reconhecer o ambiente onde estava.
- Styles? – perguntou enquanto soltava-se do cinto.
- Eu mesmo, meu bem. – Harry deu um sorriso morto. arregalou os olhos.
- O que você fez comigo, seu imbecil? – perguntou tentando gritar, porém falou o mais alto que a sua cabeça-entrando-em-processo-de-ressaca permitiu. – Styles eu não acredito que você teve a corag...
- Você não é tão interessante assim inconsciente, acredite. – se divertia com a situação da garota.
- Seu grande filho da puta! – Foi o que gritou ao sair do carro, batendo a porta com força e estremecendo quando o baque foi alto demais para seus ouvidos sensíveis. Doroth já a aguardava na porta.
- De nada, . – Harry gargalhou antes de sair cantando pneus apenas para irritar a garota. Ao estar de volta na estrada, dirigiu mais devagar, não queria ir pra casa. Ainda tinha ânimo para uma noitada, embora seus amigos estivessem todos longes. Batucou os dedos no volante, pensando no que fazer de divertido e sorriu, pegando o celular e acelerando. Com um pouquinho de sorte, acabaria a noite com gêmeas ruivas e tomando vinho suíço.
Capítulo 8
Quarta- feira, horário de almoço na Eton School.
A morena estava sozinha em uma mesa do refeitório, encarando seu hambúrguer.
Já fazia alguns bons dias desde a festa da Sigma.PI e Liam ainda não havia lhe dirigido a palavra.
ligara para ele no fim de semana, mas o rapaz não atendia. No início ela não compreendeu o motivo, afinal o álcool daquela noite havia lhe dado de bônus o esquecimento, mas Payne não esquecera. A garota tentou apenas duas vezes a cada dia, para não demonstrar desespero. Na segunda-feira, havia tentado uma aproximação, porém tudo o que recebera em troca, fora o desprezo.
Okay, ela sabia que Liam gostava da Ortega, e que estava mal pelo fora que recebera, mas ela tinha certeza que isso iria passar em breve e que a decisão que havia tomado por Mon havia sido a certa. De fato, fora a decisão certa.
estava tão distraída que nem percebeu quando Niall e Louis chegaram para lhe fazer companhia. Os garotos conversavam entre si e vez ou outra lhe perguntavam alguma coisa, no entanto ela não respondia. Continuava encarando seu almoço. E permaneceu assim até aparecer uma cabeça a sua frente.
- Que isso? - perguntou assustada, empurrando o indivíduo.
- Estamos aqui na humildade tentando falar com você e tudo o que você faz é encarar esse hambúrguer! - Louis falava sério. - Eu quis ver o que ele tinha de tão interessante! - voltou a se sentar ao lado do amigo que ria.
- Ai Louis... - a morena disse também rindo.
- Que foi, hein gatinha?
- Nada não.
Eles continuaram comendo e conversando. Tomlinson fazia suas piadas costumeiras e Niall morria de rir como sempre, chegando a ficar vermelho e sem fôlego.
- Oi gente. - cumprimentou sentando-se ao lado da amiga e recebeu um oi coletivo. - O Liam ainda não está falando com você? - perguntou baixinho só para Meester ouvir. A mais velha balançou a cabeça negativamente de forma triste. - Eu sinto muito, ! Não era para você ter falado para ele sobre a conversa que tivemos.
- Digamos que escapou, foi mais forte que eu.
- Digamos que você estava bêbada.
- Eu? Bêbada? Está louca, Ortega? Você sabe que eu não fico bêbada. - mantinha uma pose séria e deixou escapar uma risada, mas logo a conteve para não chamar a atenção dos meninos.
- Me poupe, Meester!
- Me poupe você, Little Ortega! - sorriu fazendo uma caretinha - Eu nunca fico bêbada.
- Eu vou concordar com você só porque eu sou legal, ok? Que isso fique bem claro.
- Será que as comadres podem parar de fofocar por 1 segundo? - Louis estalava os dedos chamando atenção das duas meninas. - Olhem. Para. Aquilo!
E o rapaz apontava para ninguém mais ninguém menos que o badboy mais charmoso de todo o Eton. Zayn caminhava, com todo seu estilo, pela extensão do refeitório, chamando atenção não apenas devido sua beleza e seu sorriso, mas porque carregava uma bolsa com detalhes rosa, uma bolsa que Niall conhecia bem. Inclusive, o loiro conhecia muito bem a dona do objeto, que estava ao lado de Malik. A Hilton falava alguma coisa para o moreno e trazia uma bandeja consigo.
- Oi! - a loira sorriu ao se aproximar da mesa.
- Desde quando vocês mantém uma amizade fora do grupo?
- Desde quando vocês são amigos dentro do grupo?
- Desde quando vocês conversam sem querer se matarem?
- Desde quando você carrega bolsa de mulher, Zayn?
- Sinceramente não sei qual pergunta responder primeiro... - o rapaz brincou, se sentando ao lado da prima que ainda o encarava surpresa.
- Não está acontecendo nada, gente. Acalmem-se! - tentou aliviar a situação.
- Não está acontecendo nada? - Horan disse a encarando sugestivo. - Nós temos muito o que conversar, mocinha!
- Meu Deus, a bicha está brava! - fez piada e bateu um high-five com Tomlinson. Os amigos riram, porém o loiro lhe encarou entediado, lhe mostrando o dedo do meio.
- Eu estava no corredor, com a bolsa pesada, o Zayn me encontrou e ofereceu ajuda. Ele me esperou enquanto eu estava na fila para pegar a comida. - Hilton explicou mexendo em sua salada.
- Só? - Niall mantinha uma sobrancelha arqueada e um olhar ameaçador sobre o amigo.
- Só! - a menina e o moreno responderam juntos, com uma entonação diferente. A entonação de dizia "Só Niall, pare de ser paranoico" enquanto a de Zayn gritava em desespero "Só! Por favor, pare de me encarar assim!".
A verdade era que desde a festa a implicância que aqueles dois tinham um com o outro havia sido deixada de lado para dar espaço a pequenos diálogos. Eles conseguiam manter uma real conversa por cinco minutos, e aquilo era vitória para quem, antes, não conseguia dirigir a palavra ao outro sem que fosse uma patada ou resposta azeda.
Zayn não achava mais que era uma patricinha, metida e sem sal que sempre pensava no próprio umbigo. E a loira agora sabia que o rapaz não era uma um badboy superficial, sem conteúdo algum que não se importava com nada e queria apenas curtição.
A última parte, possivelmente, carregue um pouquinho de verdade... mas só um pouquinho...
Mais algumas perguntas seriam direcionadas a mais nova dupla dinâmica, quando de repente chega arrastando Liam e Harry pelo braço, estava logo atrás da mais nova e era perceptível que ela não estava feliz.
- Styles, dá um jeito na sua irmã, fala para ela parar com isso. – Payne reclamou e arrumou a manga do paletó.
- Vocês prometeram! – Demi gritou.
- Não tenho ideia do que você está falando, mas admito que tenho medo de perguntar... – encarava a cena com um a sobrancelha arqueada.
- O que eles prometeram? – foi Louis quem teve a bravura de perguntar.
- Que iriam me ajudar no lance da saia da minha mãe!
- Meu Deus, , ainda isso? Pensei que sua mãe já tinha descoberto e te colocado de castigo! – abria seu suco e colocava o conteúdo em um copo.
- Graças a Deus ela ainda não voltou de viagem, querida! – a menina falou soltando a bolsa no chão e se sentando ao lado Niall.
- Tá. – Zayn falou encarando a amiga – Eu conheço você, Little Styles – sorriu meiga pelo apelido. – O que você quer que nós façamos?
- Opa, opa, opa! Como assim “nós”? – perguntou parando de comer pela primeira vez desde que aquele assunto começara.
- Vocês são meus amigos, o mínimo que podem fazer é me ajudar com isso!
- Não! O mínimo que podemos fazer é sermos seus amigos! – Meester falava como se fosse óbvio e riu batendo um high-five com a melhor amiga.
-HÁ HÁ HÁ. Muito engraçado...
- Desembucha, , fala logo o que você quer! – seu irmão a apressou.
- Quero que vocês vão comigo até o shopping e me ajudem na caçada pela saia perfeita! – a menina falava mexendo os dedinhos e deixando tudo mais dramático.
- Não mesmo!
- Nem que você me comprasse um carro!
- Vai sonhando...
- Vocês são uns bostas mesmo, hein! – Princesinha Styles se irritou. – Sempre é assim, nós falamos que vamos fazer algo, mas sempre tem que ter os do contra, para depois estar todo mundo lá se divertindo e ajudando, será que não dava para todo mundo calar a boca e ir sem reclamar pelo menos dessa vez?
Mesmo que não fosse a intenção, o pequeno discurso da loirinha fora recitado mais alto que o necessário e os nerds da mesa ao lado encaravam a garota prestando atenção no que ela falava. sorriu e acenou para eles que ficaram todos sem graça por receberem atenção da Styles.
Os 9 jovens permaneceram quietos a encarando por um tempo, e Westwick foi a primeira a se pronunciar:
- Não me convenceu...
- ! – a mais nova chocou a testa contra a mesa e fez uma nota mental “Encontrar amigos melhores.”.
- O que ganhamos em troca se formos? – Tomlinson dava uma mordida em sua maçã e encarava a fruta com o maior tédio do mundo.
- Ah, não sei ainda. Deixa eu ver... – apoiou o rosto na mão. – Talvez o fato de continuar viva e frequentando esse círculo social, porque se eu não arrumar esse negócio minha mãe me mata!
- Já sei! – Harry falou alto erguendo o dedo indicador e todos se viraram para ele. Um raio de esperança irradiava nos olhos verdes da irmã. – Ninguém ajuda aí eu transformo o quarto dela num salão de jogos! – reclamou e voltou a chocar a testa contra a mesa, os meninos começaram a imaginar que seria legal ter um fliperama, uma mesa de ping pong e outra de sinuca, um alvo para dardos e uma jacuzzi. A conversa rendeu e embora todos soubessem que aquilo não aconteceria apenas um pensamento lhes rondava a cabeça: Seria realmente legal ter um salão de jogos em casa!
E foi quem parou com o sofrimento da amiga: - , estamos só brincando. É claro que te ajudamos.
- Eu realmente não sei se é seguro para a sociedade londrina nos todos juntos em um shopping! – Niall falou serio e concordou com ele.
- Bem, o máximo que pode acontecer é algum de nós explodir o lugar, mas ninguém vai se matar, afinal é um local público. – disse como se fosse a coisa mais normal do mundo. Para quem tinha uma rotina de brigas e discussão como eles tinham, de fato era algo normal.
- Então vocês prometem que no sábado vão me ajudar sem reclamar? – falava manhosa, com voz de choro.
- Sim... – responderam desanimados pelo fato de terem que cancelar seus compromissos pra ajudarem a amiga irresponsável.
- Fechado galera. Tchau. – Princesinha Styles se levantou, jogou um beijo para geral e saiu.
- A forma como ela nos explora me assusta... Às vezes acho que ela é nossa amiga só por causa dos favores. – Louis, com uma careta, encarava a menina se distanciar. Os amigos riram e concordaram.
Logo depois da fala do garoto, todos os presentes na mesa suspiraram audivelmente e se deu início ao “Momento-Constrangedor/Todos-Se-Encarando/O-Que-Estou-Fazendo-Aqui-?”.
Liam evitando contato visual com e , e vice-versa. Harry sentindo um climão pesado. Zayn constrangido por ninguém sugerir um assunto. Louis sorrindo para Westwick com seu melhor tipo “Cafajeste Gostoso”, e ela retribuindo um sorriso frio, assassino e psicopata. – O garoto estava com medo? Sim. Admitiria? Não. Iria parar de incomodá-la? Nunca! – se esforçava ao máximo para selecionar um assunto. E Niall... Bem, Niall estava tomando suco.
- Então... – falaram todos juntos. – Tchau?
E cada um se levantou e foi para o seu canto, como se nada tivesse acontecido.
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- Sério mesmo, , que nós todos vamos ter que fazer isso? - Liam perguntou quando chegaram ao Westfield Shopping.
- Super sério! - a loirinha balançou a cabeça afirmativamente. – Vocês prometeram que não iriam reclamar então xiu! – colocou o dedo indicador sobre os lábios.
- E porque EU tenho que vir? - perguntou indignada.
- Porque você e o Louis quase me obrigaram a ir naquela festa e eu falei: mas gente eu nem tenho roupa pra sair e a sugeriu: Ah, vai com aquela saia vermelha da sua mãe! - dizia interruptamente.
- Tá, mas e o que eu tenho a ver com isso? - Zayn perguntou com a esperança de que se livraria daquela encrenca.
- Você me levou na festa e não agiu como um bom amigo e me disse ", eu acho que você deveria ir com a outra roupa"! O que custava, hein? Estaríamos evitando todo esse transtorno! - quase gritava.
- Eu não devia estar aqui então, eu não tenho nada a ver com isso. - se escusou.
- Tem sim, você e o Niall falaram "Nossa , você tá um arraso com essa saia".
- Epa epa! Eu não falei nada de saia! - Niall interrompeu a garota.
- Eu não estaria linda sem a saia vermelha. Culpa sua também loirinho.
- Tá, mas e eu? - e Harry falaram ao mesmo tempo. A morena revirou os olhos azuis.
- Eu nem estava aqui nesse dia! - Harry falou. Ele estava visitando a mãe.
- Mas você é meu irmão! - rebateu.
- E daí? - Styles estava quase desesperado.
- É verdade, você não precisava estar aqui... - A loira ponderou - MAS você prometeu.
- Ah vai tomar no cu! - Harry xingou alto demais e algumas pessoas olharam. e Louis instantaneamente mostraram os dedos da discórdia.
- E você, , é culpada por ser a mais velha e não ter ido na festa pra ver se tudo ia correr bem. Ponto final. Todos os réus foram condenados. Vamos!
- Espera - chamou a atenção de todos - Não é melhor nos dividirmos em grupos menores pra acabarmos logo com isso?
- Ótima ideia - Louis concordou - formem trios e eu vou sozinho, tudo bem, eu supero. - o garoto falava em um tom de falso pesar. Torcendo para sua tática dar certo e que ele escapasse.
- Nada disso, Tomlinson, vamos nos dividir em duplas! - Niall disse com um sorriso malvado no rosto, havia acabado de foder com os projetos do amigo.
- Eu acho melhor separar os meninos e as meninas, nós para um lado e vocês para o outro. - Zayn opinou.
- Jamais ficaria com a Meester sem entregá-la nas mãos de Satanás. - falou sem humor. apenas levantou o olhar, fulminando a Westwick.
- Pelo amor de Deus! Pare , estamos aqui por um bem comum. Jamais eu cometeria a loucura de deixar vocês sozinhas e juntas. E vocês espertinhos, não ficarão sozinhos - a pequena Styles colocou as mãos sobre o coração.
- Tá bom, já entendi, foi só uma ideia. - Zayn se arrependeu de ter aberto a boca.
- Ok, então voltamos as duplas - Liam se manifestou - Como vai ser? Como a disse que não pode nos deixar sozinhos, vão ser casais? - perguntou, arqueando as sobrancelhas.
- Absolutamente não! Prefiro até a Meester a ter que ficar com isso - apontou para os garotos.
- Nunca em um milhão de anos... - disse tediosa.
- Tá bom, já chega. - tirou um saquinho transparente de dentro da bolsa. - Vai , tira sua dupla.
- Harry. - fez careta - Estou sem sorte mesmo.
- Eu ouvi isso. - Harry resmungou, sorriu e murmurou um "Brincadeira".
- , sua vez.
- Niall. - ela disse e o garoto fez uma caretinha pensando que a garota o mataria e jogaria seu corpo na lixeira atrás do shopping - Eu vi essa cara Nialler, melhor que eu não tivesse visto.
- Ok, já sabemos que apenas nove de nós voltaremos para casa hoje. Louis, tire sua dupla.
- Liam. - falou com um alívio audível na voz, arrancando uma risada do grupo.
- , sua vez.
- - a loira disse, animada.
- Só sobramos eu e você, Malik. Vamos pessoal.
- Lembrem-se, a saia que mais se pareça com essa - entregou uma foto da saia de sua mãe para cada dupla.
- Ok. Vamos lá, quanto mais rápido começarmos, mais rápido o pesadelo acaba. - Louis falou engrossando a voz.
- E que a sorte esteja conosco! - Niall complementou a brincadeira.
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amava , isso era fato.
Desde que a mãe da garota começou a se relacionar com o Sr. Styles, e a menina mudou de escola "para ter uma melhor relação com o irmão", elas se tornaram amigas. Uma amizade que começou sem um porque, mas permanecia intacta às intempéries do furacão . Quase nunca discutiam e quando isso acontecia, um minuto depois já estava tudo bem, como se nada tivesse acontecido.
Porém, naquele exato momento, a ruiva estava se segurando para não pular no pescoço daquela loirinha maldita e torcê-lo.
Passaram 2 horas andando por aquele shopping e toda loja que entravam contava sua "triste" história de que não queria ir a festa, mas dois amigos a convenceram, um lhe deu a ideia de ir com a saia preferida de sua mãe, e ninguém lhe alertou de que seria uma má ideia e sem querer ela tinha manchado a saia de modelo único de sua querida mãezinha, que quando descobrisse colocaria a menina de castigo por 30 anos e depois a mataria - palavras usadas por Styles.
- Ai minha diva, eu não tenho nenhum modelo parecido com esse - Chane, o atendente gay, entregou a foto da saia à garota depois dela ter contado toda aquela ladainha.
- Estou perdida! - dramatizou.
- Disso nós já sabemos - disse maldosamente, atraindo os olhares de Chane e Demi. - Que foi?
- Temos que fazer alguma coisa, ! - a loira choramingou enquanto o atendente ia recepcionar uma mulher que entrara na loja.
- Minha menina, eu sinto muito, mas nunca acharemos uma saia parecida com essa! Além do mais, sua mãe perceberia. Eu não sei nada sobre essas coisas, mas tecido, comprimento e não sei lá o que, influenciaria e sua mãe não é burra.
- Eu estou perdida!
- Para com isso, , que saco.
- , minha mãe vai me matar.
- E se comprássemos um tecido igual da saia e a fizesse uma nova?
- Ai. meu. deus!!! VOCÊ É UM GÊNIO! - gritou, chamando atenção de todos.
- Fala baixo, garota.
- Vem. - puxou a amiga e a arrastou até uma loja de tecidos.
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Os dois já estavam andando pelo shopping há um tempo e ainda não tinham encontrado nada.
- Eu desisto - Harry reclamou, se jogando em um banco no meio do shopping.
- Ah Hazz... Precisamos encontrar essa saia, a sua mãe vai matar a .
- Primeiro, ela não é minha mãe. - Harry disse entediado, fazendo revirar os olhos. - Segundo, esse problema é da , ela que ache uma solução. E terceiro, eu. estou. cansado!
- Você tem 3 anos? Isso foi muito egoísta da sua parte! - a morena se rendeu, sentando ao lado do amigo.
- Olha, essa é a verdade. Como vocês disseram, é um modelo único, nunca encontraremos isso. - Harry disse levantando a foto.
- Tá bom, você venceu. Vamos descansar um pouco e depois voltamos a procurar.
Harry sorriu vitorioso olhando em volta, notando um quiosque de sorvete.
- quer um sorvete? - perguntou à garota que mexia no celular.
- Claro.
- Eu também. - disse estendendo a mão.
- Tá brincando, né?! - perguntou com as sobrancelhas arqueadas.
- Ah vai! Minha carteira tá muito longe.
- Muito cavalheiro você. - reclamou entregando-lhe o dinheiro.
- Querida, somos mais íntimos que isso. - disse indo até o quiosque e voltou um tempo depois com dois sundaes - Aqui, Ortega.
- Como são seus encontros? Você assalta as líderes de torcida idiotas? - provocou, enchendo o saco do mais velho.
- Aí eu pago, né! Mas, como eu disse, somos mais íntimos que isso. Além do mais, eu acho ridículo as mulheres não pagarem a conta, já que vocês lutaram tanto por direitos iguais. Vocês querem ser iguais aos homens no trânsito, no trabalho, na sociedade, mas na hora da conta, cadê vocês? Não! Vocês não podem, porque nós temos que ser cavalh...
- HARRY! - gritou, assustando o garoto que soltou o sorvete, fazendo uma sujeira enorme no chão e na barra de sua calça, muito justa, diga-se de passagem.
- Caralho ! Não precisava gritar, se você não concor...
- Harry olha ali. - apontou para a vitrine de uma loja.
- O que foi?
- Parece que a saia modelo único não era tão única assim! - a garota sorriu, se levantando e dirigindo-se a entrada da loja com Styles a seguindo.
- Olá, posso ajudar? - a atendente morena, exalando elegância, perguntou quando os jovens adentraram a loja.
- Claro - Harry tomou a frente - você teria aquela saia da vitrine no tom vermelho?
- Anhm... - fez uma pausa tentando se lembrar. E os corações de e Harry pararam de bater enquanto esperavam a resposta -Não! - os dois soltaram um suspiro desapontado - mas eu tenho outros modelos no tom vermelho.
- Não, obrigada. - a morena sorriu educadamente - nós precisamos daquele modelo.
- Bom, eu tenho nesse tipo de modelo em azul royal e verde militar.
- No mundo das mulheres existe um milhão de cores, né! - Harry pensou alto, chamando a atenção das duas ao seu lado - Só uma observação, gente.
- Enfim... - disse voltando ao foco - nós vamos decidir aqui, ok? Podemos te procurar daqui a pouco?
- Claro, fiquem a vontade. Se precisarem de algo é só me chamar. Me chamo Jennifer.
- Obrigada. - Harry e falaram juntos. Saindo da loja.
- E aí? - Styles perguntou.
- Podemos comprar uma das saias e tingir, assim teremos uma saia vermelha!
- Boa ideia, pirralha! Cadê a vendedora?
Os dois voltaram até a loja, encontraram Jennifer e pediram pela saia azul Royal.
- 500 libras - a mulher que estava no caixa informou o preço.
- Uma saia? 500 libras? UMA SAIA? Nem tem tanto tecido assim! - Harry quase gritou de indignação.
- Styles, para com isso. - o repreendeu.
- , vamos dividir. - o garoto decidiu e a menor negou com a cabeça. - !
- Eu paguei o sorvete. - foi tudo o que ela disse, virando-se de costas.
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- Que ótimo, hein! Passar a tarde no shopping comprando roupas de mulher! Eu tenho culhões e dignidade sabia? - Louis reclamou enquanto apressava o passo e acompanhava Liam, que observava a vitrine de uma loja de surf.
- Você tava me ouvindo, cara? - Louis cruzou os braços.
- Uhum. - Liam acenou com a cabeça, ainda olhando para a vitrine - Saia vermelha.
- O quê? Você nem prestou atenção no que eu falei. Você tem que me valorizar mais já que eu sou seu melhor amigo! - Louis olhou para o amigo que acabava de pronunciar as duas palavras ao acaso.
- O Zayn é o meu melhor amigo. Temos que comprar uma saia vermelha pra mãe da . E vamos logo porque isso vai ser cansativo.
Os dois caminharam até a primeira loja, antes de entrarem, Louis estacou.
- O que foi? - Liam perguntou, entrando na áurea de mal humor por causa do "programa da tarde".
- Sabe uma coisa que faz tempo que nós não fazemos? - o rapaz perguntou e o amigo acompanhou seu olhar, até localizar o objeto de foco do amigo.
- Ah não! Não, não, não! Louis Tomlinson nem ouse cogitar fugir da nossa missão pra essa tarde!
- Qual é, Li! Vai me dizer que você quer mesmo gastar uma tarde inteira escolhendo saia, camiseta, vestido e sei lá o que mais?!
- Querer eu não quero, mas a Westwick vai arrancar meu pau se sonhar que nós não compramos essa saia! - Liam falou, fazendo careta ao se lembrar das palavras nada amigáveis da garota. E tentando convencer a si mesmo que era loucura a ideia do seu amigo.
- Me poupe. Medo da Little Westwick? Ela nem vai saber que a gente deu uma escapadinha.
- Mas, a saia...
- Olha, nós vamos comprar a saia. É muito simples, veja só, a gente vê o filme, come alguma coisa e depois cada um de nós vai em uma loja e compra todas as saias vermelhas que estiverem lá... Touché - sorriu se sentindo esperto e Payne suspirou, se dando por vencido e fazendo uma nota mental para parar de ser tão influenciável.
Duas horas depois os dois garotos saíam do cinema com a barriga doendo de tanto rir.
- PUTA QUE PARIU! Que filme BOM! - Liam suspirou para conter outra gargalhada.
- Eu sei porra! - Louis concordou entusiasmado com o último filme da série Jackass. Os risos foram interrompidos quando o celular de Liam vibrou. Uma mensagem.
Xx Espero que vocês já tenham encontrado alguma coisa, a vai matar vocês. xX
- O que foi? - Tomlinson perguntou ao ver o amigo empalidecer.
- Era a . Vamos comprar essas saias AGORA. Eu vou em duas lojas e você em duas. A gente se encontra no estacionamento e dizemos que fomos juntos nas quatro lojas.
- Ok.
- Você tem 10 minutos pra fazer isso, Louis. Só saias vermelhas. Todas.
- Ok.
- Louis?
- Hum?
- Boa sorte.
- Vai se foder seu maricas.
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- Não é porque eu não fico gritando a cada 20 segundos, como a ou a , que eu não poderia jogar o seu celular na puta que pariu. - falou em tom desinteressado enquanto entravam em uma loja.
- Desculpa. - Zayn sorriu e guardou o celular.
- Boa tarde, em que posso ajudá-los? - Uma mulher veio atendê-los.
- Eu preciso de uma saia verm...
- Pode vir aqui e eu vou mostrar toda a nossa coleção e... - a mulher interrompeu e foi interrompida em seguida.
- Eu preciso de saias exclusivamente vermelhas. Nem vinho, nem rosa, vermelhas. - falou quase silabando, como se a atendente fosse retardada. Malik deu um quase sorriso quando ouviu o tom impaciente da loira.
- Oh! Tudo bem. Vamos ter que dar uma boa procurada. Saias vermelhas estão saindo bastante. - a mulher explicou.
- Ou vocês não estão vendendo muito. - murmurou para si enquanto seguia a vendedora entre as muitas Araras.
- Eu ouvi isso. - Malik falou, passando o braço por trás da Hilton.
- Não era nenhum segredo. - ela retrucou, com um risinho.
- É mesmo? Então vamos compartilhar com a moça aí.
- Cala a boca, Zayn... - ela mandou.
- Vem calar, loira. - falou e a menina quase tropeçou nos próprios pés.
- Oi? - perguntou de novo, pra ter certeza do que acabara de ouvir. O moreno, rindo da reação dela, fez careta e murmurou um "nada". A garota suspirou e meneou a cabeça, voltando-se para a vendedora, que segurava algumas peças vermelhas na mão.
- Então são essas as saias que vocês tem? - ela perguntou, tomando as presas e analisando-as.
- Vermelhas, sim. - a vendedora respondeu olhando para o rapaz. A menina rapidamente viu as presas e não achou nada parecido com o que procurava.
- Nada do que precisamos. Mas obrigada. - Ela se despediu, puxando o rapaz até saírem da loja.
- Pa-Para! Eu preciso descansar! - Malik pediu, levemente ofegante.
- Seu pulmão é muito fraco, talvez você devesse parar de fumar. - alertou, sentando em um dos bancos do shopping.
- Não tem nem dois anos que eu fumo, até parece que a culpa é do cigarro. - Malik reclamou. Odiava que mandassem, pedissem ou falassem para que ele deixasse de fumar. Ele se sentia bem e pronto! Ninguém o faria mudar de ideia.
- Desculpa. Eu só quis ajudar. - fez uma caretinha pelo tom áspero que ele usar.
- Não foi por mal, loira... É que... Argh!
- Tudo bem. Vamos logo que nós temos muito pra fazer. - Hilton se levantou e sorriu amigavelmente, haviam passado a tarde juntos atrás da bendita saia e se divertiram bastante, embora estivessem cansados.
- Eu odeio tanto saias vermelhas, que vou proibir minhas namoradas de usarem. Estou traumatizado. - Zayn reclamou infantilmente. sorriu e eles entraram em uma loja, mais uma das 7 que já havia ido. Antes que qualquer pessoa os fosse atender, a loirinha deu um tapa no ombro do moreno.
- Zayn.
- Oi.
- Tive uma ideia.
- Fodeu.
- Idiota. É uma grande ideia.
- Fodeu mais ainda.
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- Ok, agora precisamos encontrar o tecido. - falou analisando rolos e mais rolos de tecidos com as mais variadas estampas, cores e texturas.
- Vamos perguntar para alguma vendedora, vêm. - dirigiu-se até uma mulher com uns 40 anos que estava no balcão. - Com licença.
- Pois não?! - ela respondeu com uma voz fina, nojenta e irritante demais.
Após fazer uma careta e se controlar para não mandar a senhora calar a boca, pediu pelo o que estavam procurando.
- Esse tecido é ótimo, meninas, boa escolha. - a mulher falava. E a cada palavra que saia de sua boca plastificada, se contraia disfarçadamente. - Quantos metros vocês vão querer?
- A quantidade necessária para fazer uma saia... - Princesinha Styles respondeu e a atendente começou uma palestra sobre medida de tecidos.
Westwick se perguntava como uma pessoa poderia ter uma voz tão insuportável. O ser em questão, era tão plastificado que não tinha mais expressão facial, estava sempre com um sorriso psicopata no rosto e os olhos esbugalhados. A ruiva se controlava para não encarar demais, no entanto, uma força maior a fazia voltar os olhos negros para aquela criatura macabra.
Depois de pagar pela compra, puxou a menor para fora daquele lugar, alegando estar com arrepios por aquela mulher ser tão estranha. E então, começou a dizer que era impossível a perua ter filhos, pois ninguém conseguiria transar com ela sem vomitar.
- Ai , que nojo, para! - gargalhava. - Para com isso! - tentou tapar a boca da amiga que imitava o suposto gemido da mulher macabra.
- Acho que o cara deve usar um tampão para não ouvir nada. - gargalhava indo para a praça de alimentação.
- Quero batata frita! - a loirinha disse e a mais velha sorriu concordando.
As duas meninas conversavam enquanto comiam seus respectivos lanches, quando avistaram Horan e Meester a algumas mesas de distância. engoliu o resto da comida, levantou rápido e arrastou , que ainda comia seu hambúrguer, até onde os outros estavam.
- Heey! - o irlandês cumprimentou.
-E ae? - Princesinha Styles sorria de forma, digamos, apaixonada. Gesto que não passou despercebido por , que intercalava seus olhos entre a menina e o rapaz.
- Acharam a bendita? - perguntou, percebendo que o casalzinho não assumido poderia manter o contato visual por muito mais tempo sem dizer uma única palavra e estava ocupada demais comendo.
- Quem? - a loirinha a encarou, sem entender.
- A saia!
- Ahhh! Isso... Não. Não achamos. Mas, tivemos uma super ideia. E vocês?
- Fomos em duas lojas, mas nada. Depois a me arrastou para cá. - Niall falou.
- Claro! Duas lojas, duas vendedoras pedófilas dando em cima de você alguns metros até à praça de alimentação e mil mulheres te secando. Eu tinha que proteger o bebê do grupo! - apertou as bochechas do garoto, que tentava se livrar.
- Então não acharam nada? - Westwick terminou seu lanche, amassou o papel e o jogou dentro da blusa de Niall, que revirou os olhos e o tirou de lá.
- Nadinha. - o loiro jogou a bolinha de papel na direção da ruiva, porém sua mira não é muito boa, e ele acabou acertando o olho de . - Oh meu Deus! - se levantou depressa. - Me perdoa. Eu queria acerta a , me desculpa, ...
- Está tudo bem... - a mais nova piscou algumas vezes.
- Deixa eu dar uma olhada. - ele segurou o rosto delicado da menina entre suas mãos.
Enquanto os dois se encaravam, nem se lembravam do motivo da proximidade. Meester mantinha uma sobrancelha arqueada, assim como .
Negro e azul, os olhos das duas meninas se encontraram e, com o olhar, perguntou se aquilo o que estava acontecendo era o que ela estava pensando. A ruiva apenas fez uma caretinha e cruzou os braços se voltando para os pombinhos.
- Você tá vendo se o olho dela ainda está na órbita, ou está fazendo uma cirurgia na retina? - perguntou entediada e o irlandês soltou a garota rapidamente.
- Acho melhor mandar uma mensagem para o pessoal falando para irmos para minha casa, né? - disfarçou, pegando o celular na bolsa.
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Quatro das cinco duplas já estavam na mansão Styles, esperavam por Louis e Liam. Os adolescentes estavam jogados pelos sofás e o carpete, conversando e discutindo sobre tudo e qualquer coisa.
- Nobody said it was easy. - Tomlinson chegou berrando no ouvido de Zayn, que se assustou fazendo as meninas rirem.
- It's such a same for us to part. - completou também gritando.
- Nobody said it was easy. - juntos gritaram mais uma parte de The Scientist, e todos já relevavam pela algazarra.
- Em sua homenagem, gatinha. - Louis piscou para a morena, que sorriu e devolveu uma joinha.
- Cala a boca e senta logo, Tomlinson! - Harry disse incomodado por tanto barulho.
- Não fica com ciúme, Hazz! Você é único no meu coração. - o amigo fez um coraçãozinho com as mãos e recebeu um dedo médio. - Ingrato! - pegou uma almofada que estava no colo de e arremessou na cara de Styles que não se defendeu a tempo.
- Ok, já deu. - se levantou do chão, rindo. Pegou uma sacola que estava ao seu lado e retirou de lá algo não identificado.
- Nós encontramos isso aí, Hilton teve uma ideia e ela vai falar para vocês. Posso ir embora agora? - Zayn dizia entediado.
- Aquieta o rabo nessa poltrona, Malik! - , como sempre um amorzinho...
- Bem, o modelo da sua mãe, , tem um laço bem aqui. Como podem ver esta saia não possui este detalhe...
- Isso nós já vimos.
- Posso terminar?! - a menina se irritou com a interrupção. - Obrigada. Enfim, fomos em um loja de aviamentos e encontramos um laço idêntico, é só costurar no local correto.
- Bravo! Bravo! - batia palmas, correu até a amiga e lhe deu um forte abraço. - Eu vou viver! - foi até Zayn e se pendurou em seu pescoço. O rapaz riu de seu exagero e passou os braços pelo ombro da mais nova.
- Próximo? - perguntou, e foi se sentar ao lado de Niall que deitou a cabeça em seu colo.
- Nós! - Louis falou em seu tom de voz normal, que para todas as outras pessoas era alto demais.
- Pegamos as mais parecidas. - Liam disse, os dois despejaram o conteúdo de cinco sacolas.
- Oh Deus! - riu - Vocês assaltaram o shopping? - Compramos tudo o que era vermelho e saia.
- Quase tudo... - puxou uma saia vermelha comprida.
- A Joy disse que era um luxo! - Tomlinson disse em sua melhor performance gay.
- Ok... Por esses dois eu morro! - se soltou do amigo que lhe deu um tapinha na cabeça. E foi até a pilha de roupas. - Nossa que linda! Possa pegar para mim? - encarou Liam com aqueles olhos verdes pidões e o rapaz até desviou o olhar.
- Claro, fofa! Ou você acha que fica bem em mim? - fez piada e foi se sentar em algum lugar bem longe de e .
- Até que vocês não foram tão inúteis assim... - a menina analisava as peças de roupa.
- Obrigada! - Louis falou feliz. - Eu acho...
- Agora é a minha vez. Vamos acabar logo com essa palhaçada! - Harry disse "bem" humorado. - Encontramos isso aqui. - mostrou a saia azul royal.
- Fiquei cega com essa cor! - Princesinha Styles gritou.
- Para de gritar, garota! Qual é a necessidade disso? - o irmão se irritou.
- Grosso.
- Irritante!
- Idiota!
- Infantil!
- Já chega! - os repreendeu.
- , se você reparar, essa saia é idêntica à da sua mãe. - falou, na esperança de desviar a atenção da discussão e voltar para o projeto "Fazer viver". Segurava a tinta para tecidos. - É só descolorir e depois tingir... Eu acho que funciona.
- Parece que o modelo único da sua mãe não é tão exclusivo assim. – Harry usou as palavras da Ortega.
- Essa frase é minha, seu sem criatividade! - reclamou do plágio.
- Calada. – Harry devolveu e a morena suspirou, levemente irritada, indo se sentar ao lado do primo, que se mantinha concentrado na tela do seu IPhone, que parecia estar interessantíssima.
- e Niall, o que vocês conseguiram? – perguntou enquanto organizava o material adquirido até aquele momento.
- Não temos nada. – Horan disse, de olhos fechados, aproveitando o carinho que a amiga faziam em seus cabelos loiros.
- Como assim “NADA”? – Louis arqueou as sobrancelhas.
- Nada. Nadinha. Zero! Simples assim. – desdenhou e Louis mostrou-lhe o dedo do meio.
- Por quê? – Zayn quis saber, soltando o celular, finalmente.
- Porque a é louca! Perturbada! Tem distúrbio mental! – Niall se sentou no sofá, abandonando a massagem nos cabelos.
- Porque em todo lugar que íamos, o Niall era assediado por pessoas sem caráter e sem escrúpulos que tinham a audácia de ter pensamentos sexualmente imorais com esse bebezinho! Então, eu, uma pessoa decente, levei ele pra praça de alimentação e ficamos lá, seguros, junto com as crianças. – Juliana se jogou no chão, empurrando Niall embaixo de si e apertando com força as bochechas do irlandês, abraçando-o em seguida. Todos gargalharam e Niall fez biquinho quando suas bochechas foram finalmente libertadas.
- Pessoal, vamos logo! – Liam interrompeu o burburinho e o momento de descontração dos amigos – Eu ainda tenho compromisso hoje.
- Hummmmmmmmmmm Payno! – Zayn sorriu maldoso, os meninos pareceram captar uma piadinha interna e as garotas ficaram de fora.
- Enfim, e eu encontramos um tecido idêntico ao da saia, é só a costurar e criar uma nova saia. – explicou.
- Então vão trabalhar escravos. – Louis disse, se esparramando em um sofá, forçando e Zayn a saírem do acento.
- Escravo é você, escravoceta. – murmurou e Liam suspirou, irritado.
- e Louis, quietos. Pessoal, vamos começar, quanto mais rápido terminarmos isso, mais rápido estaremos liberados. – diz, se levantando. – Estamos em 10, temos 3 ideias, vamos nos dividir.
- Pode ser dois trios e um quarteto. – Harry sugeriu, ansioso para se livrar do trabalho criado por sua irmã. – Vamos dividir como?
- Você acha MESMO que alguma coisa além de sorteio de papelzinho dá certo com esse bando de crianças? – perguntou, fazendo um coque bem preso.
- Noooossa! Falou a mulher que atingiu a maturidade! – brincou e Louis concordou, trocaram um hi-5. revirou os olhos (de novo). , Niall e Zayn escreviam os nomes dos amigos nos papeizinhos enquanto o resto do grupo discutia bobamente.
- Prestem atenção aqui, crianças. – pediu enquanto fazia conchinha com as mãos e segurava os papeizinhos. Niall tirou o primeiro.
- Zayn.
anotou o nome do garoto em seu bloco de notas, no celular. Niall pegou mais dois papeis de uma vez.
- e Harry.
- Um trio fechou. Próximo. – avisou e pegou mais três papeizinhos das mãos da amiga. – , Liam. E fechando o trio, .
fechou os olhos ao ouvir o nome do seu melhor amigo. O filho da puta ainda estava bravo com ela. E pra fechar com chave de ouro: . Que beleza, o ex-casalzinho brigado, o melhor amigo bravo e ainda tinha que aguentar a caçula falando sobre o idiota do Daniel. Obrigada ! Sua mão podre do cacete.
- Então sobra a , o Lou bixinha, o Niall e a . – Zayn conclui.
- Bixinha é você quando tá chupando meu pau, viado do cacete. – Louis reclamou e deu um soco no braço do Malik, que riu achando mais graça ainda.
- Mãos à obra crianças, deixem as perrenguinhas de jardim I para depois. – diz, enquanto vai distribuindo os produtos de cada grupo.
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, Zayn e Harry
- Ok, ficamos com o que? – Harry perguntou à , que carregava algo nas mãos, algo vermelho.
- Precisamos transformar ISSO – ela aponta para o tecido informe em suas mãos – em uma saia que aparentemente deveria ser única e exclusiva. – a Hilton explica e suspira, sabia que ia dar trabalho fazer o servicinho.
- Não é você que sempre diz que vai fazer moda? Então, você vai conseguir, loira. Além do mais eu estou ligado dos boatos de que você arruma as roupas da minha prima. – Zayn tenta soar positivo e animador, porque se a rainha da moda daquele grupo não conseguisse, ninguém mais conseguiria.
- Arrumo não, ajusto. – a loira corrigiu o amigo, orgulhosa por estar sendo reconhecida.
- Além do mais você tem razão, não deve ser impossível. Eu tenho quase certeza que a sua mãe tem uma máquina de costura aqui, Hazz.
- Madrasta. – Styles a corrigiu.
- Que seja, ela tem ou não? – perguntou, apoiando a mão no quadril.
- Tem, no porão da casa da piscina. – o curly explicou, seu telefone começou a tocar – É o meu pai. Vão indo pra lá que eu já acompanho vocês.
- Okaay. – concordou e saiu em direção à casa da piscina, sendo seguida por Zayn. Entraram no cômodo e se depararam com um sofá, um armário, baús, a máquina de costura, outros itens e muita, muita poeira.
- Tem certeza de que quer ficar aqui? – Malik perguntou, fazendo careta quando respirou e um quilo de poeira invadiu seu aparelho respiratório.
- Eu acho melhor nós subirmos, vamos acabar morrendo com uma pneumonia se ficarmos aqui.
- Então, vamos ter que esperar o Harry de qualquer maneira, você não conseguiria me ajudar e eu sozinho muito menos. – o moreno disse enquanto se abaixava de cócoras para observar como funcionava o mecanismo da máquina.
- O que você está querendo dizer com isso, Malik? – cruzou os braços. Zayn se levantou, limpando as mãos na calça e se aproximando bem da loira.
- Eu estou querendo dizer que você não tem força o suficiente para me ajudar e que...
Uma rajada de vento varreu o porão e em seguida ouviu-se um baque seco, que ecoou por todo o cômodo, automaticamente os dois fecharam seus olhos, a menina protegeu os ouvidos, tapando-os.
- Me diz que isso não aconteceu. – ela pediu, ainda mantendo seus olhos fechados com força.
- Eu estou com medo de descobrir. – Zayn abriu os olhos e lentamente encarou a porta, que jazia trancada. – É, aconteceu sim.
A loira também abriu os olhos e foi além da porta, viu um lado da maçaneta caído próximo à porta.
- Ai que maravilha! Essa tarde não podia ficar melhor! – Hilton disse, cheia de sarcasmo, jogando-se no pequeno sofá empoeirado e tendo um acesso graças à tempestade de poeira que subiu.
- Relaxa, loira. Eu já ligo pro Harry e ele vem abrir pra gente, já vamos sair dess...
- Ahn, pessoal! – Harry gritou do outro lado da porta. – Me digam que a maçaneta não caiu aí também.
- COMO ASSIM “AÍ TAMBÉM”? – gritou desesperada, sentindo-se sufocada e fazendo aspas com os dedos, como se Harry pudesse vê-la.
- Mas que merda... – Zayn murmurou, olhando através do buraquinho onde devia estar a fechadura. Deu um baque para trás quando um olho verde tapou a luz do sol. – STYLES PORRA! O que você tá fazendo?
O moreno se assustou e não pode deixar de rir, achando a maior graça da situação. Do lado de fora, Harry também ria do susto do amigo.
- Faz alguma coisa e tira a gente daqui, Harry. – Mailk pediu, não vendo a menor graça em ter se assustado.
- Espera... Deixa eu pensar no que posso fazer...
- Que esperar o que, Harry! Tira a gente daqui!
- A janela! Passem pela janela!
- Nem o cabelo da vai passar por aquele buraco!
- Então eu não sei o que fazer. – Harry deu de ombros e suspirou. Ele queria bater na irmã.
- Só nos tire daqui! – foi a vez de apelar.
- Okay. Eu vou atrás de um chaveiro. Vou ver o que ele pode fazer.
- E fica de olho no celular – Zayn gritou. Harry saiu correndinho até a casa, avisou aos amigos da situação de Zayn e , pegou seu carro e saiu.
A jovem Hilton não perdeu tempo, indo até a máquina de costura e começando o trabalho. Estava com o tecido e com a saia original nas mãos, vez ou outra usava a tesoura e a fita métrica, garantindo que a peça saísse o mais verossímil possível. Malik se mantinha quieto, sentado no sofá empoeirado, fuçando o celular, os dois estava quietos, a única coisa que quebrava o silêncio, era o barulho da máquina, trabalhando a todo o vapor.
- OOOOI GENTE! – gritou do lado de fora do porão. gritou de susto, parando o trabalho com a máquina.
- Tá louca, ? Quer me matar de susto? – a Hilton ralhou, pondo a mão no coração, Zayn tirou o celular da cara e sorriu do jeito da menina, aproveitou para descer o olhar pelas costas da loira, que agora havia tirado a camisa azul, amarrando-a na cintura, deixando os ombros desnudos. Malik mordeu a língua ao espantar os pensamentos e se levantar, indo até onde estava.
- Quis vir aqui ver como vocês estavam. Eae, como estão indo as coisas por aí?
- Estão... indo... – mordeu o lábio, olhando para a sua mesa de trabalho precária, o lugar estava realmente sufocante.
- Seu irmão já chegou? – Zayn indagou, se espreguiçando e estralando o pescoço.
- Nope.
- Já faz mais de meia hora que ele saiu. Cadê aquele idiota?
- Calma, Zanye! Aproveite a presença maravilhosa da , cultivem a amizade! Agora eu vou voltar, não é seguro deixar o Lou e a sozinhos por muito tempo.
- O Niall não tá com eles? – perguntou enquanto descalçava as sapatilhas, estava ficando quente pra caralho, e olha que Zayn ainda nem tinha tirado a camisa.
- Tá né, mas o Ni não dá conta nem dele mesmo, quem dirá do Lou e da . TCHAU FOFINHOS! – gritou de repente e saiu correndo jardim a dentro.
- Essa menina tem problemas, não é possível. – Malik falava em tom risonho.
- Eu estou cansada. Estou quase há 1 hora aqui, está quente e eu estou com fome... – reclamou.
- Pede pra alguém te trazer algo pra comer.
- Não... Eu estou com fome de sorvete.
- Fome de sorvete?
- É, ué! – a loira disse como se fosse obvio, sentando no sofá.
- Isso não existe!
- Claro que existe.
- Não, não existe! – falava de olhos cerrados e sorrisinho esperto.
- Claro que sim, Zayn.
- Óbvio que não.
- Ah, tanto faz, saco! Não vou discutir com você.
- Tá de TPM, loira? – tirou sarro da menor.
- Não enche, volta para seu celular e me deixa em paz. – se virava de costas para o rapaz e voltava para seu trabalho. – Realmente não sei como a te aguenta!
- Okay, não precisa ficar tão brava assim. – se aproximou da menina que nem deu a mínima para sua presença. – Fala sério, ! Pensei que havíamos superado a fase “te odeio, não fala comigo”! – sorriu e foi acompanhado por ela que sorria fraco.
- Desculpa... É a fome.
Zayn abaixou a cabeça, rindo da teoria da loira.
- Ok, me convenceu. Quando sairmos daqui, te levo em uma sorveteria. Que tal?
- Como? O badboy, o “Senhor-Eu-Sou-Fodão” Malik vai ser bondoso ao ponto de levar a pobre caloura aqui pra tomar sorvete?
- Não estou entendo esse seu sarcasmo...
- É só que eu pensei que você fosse apenas um cara idiota e egoísta.
- Muito obrigada, Hilton! Fico muito satisfeito de saber que você me vê assim! – Zayn forjou um tom irritado, só servindo para fazer sorrir.
- A culpa é sua! – ela apontou para o garoto, que a encarava entediado.
- Minha culpa? Culpa do quê? – Ele perguntou, mordendo o lábio para não sorrir. - Olha, já deu para você reparar que eu não sou assim! Por que continua insistindo nisso?
- Você realmente parece metido e esnobe, às vezes.
- Claro que não! Você é quem é metida, esnobe e mimada! – levantou as mãos falando algo óbvio. – “Eu só como muffins de tal lugar porque eles não são tão calóricos!”, “Eu não troco uma Prada por nada!” – imitava a agarota, fazendo voz fina. – “Prefiro mil vezes comemorar meu aniversário em Paris do que em qualquer lugar do mundo!”.
- Já percebi que você prestou bastante atenção em mim! – falava convencida, com um sorrisinho irritante e uma expressão superior, típica dela. O rapaz rolou os olhos e riu fraco. – Mas para começo de conversa, eu sou um exemplo de humildade e simpatia!
- Tá tentando fazer uma piada, Hilton? – voltou ao sofá, se sentando com cuidado para não levantar mais poeira.
- Você não entende nada! – suspirou e revirou os olhos.
- Entendo sim, você é metidinha e esnobe. – enumerava nos dedos - Você vive num mundinho só seu, onde você é a rainha e todos os outros seus servos. É como se só seus desejos fossem importantes e os outros vivem apenas para adorá-la. – pegou um cigarro no bolso – Mas deixa eu te dar um aviso, cuidado, hein! Porque quando a sua bolha estourar e seu mundinho de cristal desmoronar, você vai começar a viver no mundo real onde o que você quer significa absolutamente nada e vai ser decepcionante.
o encarava não acreditando no que ele havia acabado de dizer.
Ela pensou em mil formas de responder aquela maldita fala e fazer aquele badboy de merda calar a boca para sempre, todavia, aquela semana eles andavam se entendo e a menina realmente pensara que eles parariam de implicar um com o outro. Talvez, Zayn não dizia aquilo para magoá-la, talvez ele só não pensara antes de dizer.
- Você tem mesmo que fumar aqui? – disse tentando evitar uma discussão maior.
- Viu o que eu disse! Os outros sempre precisam fazer o que a Vossa Majestade deseja. – apagou o cigarro no azulejo do porão.
- Eu só pedi porque está um inferno de quente esse lugar, tem poeira em cada centímetro, está difícil para respirar e você apenas pioraria a nossa situação acendendo um maldito cigarro!
- Já apaguei, loira. – levantou as mãos se fazendo de inocente. – Seu desejo é uma ordem!
- Vai se ferrar! – se irritou e voltou ao trabalho.
Definitivamente Zayn Malik era um grande merda!
Depois das 13H30, a saia já estava pronta, a loira e o moreno não haviam mais aberto a boca desde a discussão que nenhum dos dois sabia porque raios havia começado e Harry ainda não havia dado sinal de vida. O cacheado estava rodando por Londres na busca de um chaveiro, mas estava sem sucesso. Estava prestes a desistir da busca e deixar os amigos trancados no porão até na segunda de manhã, quando os funcionários retornariam e fariam algo pelo casal lá dentro, mas preferiu continuar a busca, para evitar o piti de Zayn quando saísse de dentro do lugar.
, Louis, Niall e
- VOCÊ NÃO VAI TINGIR ESSA SAIA SEM DESCOLORIR ANTES!
- VOU SIM.
- NÃO VAI NÃO, SEU IMBECIL! VAI DAR TUDO ERRADO!
- PARA DE GRITAR, GAROTA, EU NÃO SOU SURDO!
- CALA A BOCA, TOMLINSON E ME ENTREGA ISSO.
- NÃO WESTWICK, VAMOS TINGIR, ESTAMOS AQUI PARA TINGIR E NÃO DESCOLORIR, MENINA BURRA.
e Louis discutiam há 20 minutos sobre qual seria o processo para tingir a saia. Niall e estavam sentados na bancada, comendo os cookies favoritos da garota enquanto assistiam o espetáculo.
- Nossa, eu realmente AMO esses cookies – o irlandês falou para a loira enquanto o casal à sua frente ainda gritavam um com o outro.
- Eu também! A mãe do Hazz mandou pra mim lá de Los Angeles. São os meus preferidos.
ameaçava jogar seus sapatos em Louis e ele apenas a desafiava com um sorriso sarcástico.
- , diga pra esse idiota que temos que primeiro descolorir a saia antes de tingir essa porcaria! – estava vermelha de irritação.
- Não precisa desse trabalho todo, é só passar a tinta aí – Louis repetia como um mantra.
- Claro que não! Você faltou nas aulas do primário? Azul + vermelho dá roxo!
- Ahhh nada a ver! Para com isso!
- Me dá essa tinta AGORA, Tomlinson! – fechou as mãos, pronta para socar a cara do garoto. Correu até ele e Louis tentou salvar a tinta, mas acabou tropeçando nos cadarços e derrubou todo o conteúdo do potinho na saia.
- Eu não acredito que vocês fizeram isso! – pulou da bancada para ver o estrago que os amigos fizeram na peça de roupa.
- E não é que ficou roxo mesmo! – Niall constatou rindo, ainda comendo os biscoitinhos.
- EU VOU MATAR VOCÊ, TOMLINSON! – gritou e saiu, batendo pé. Foi embora sem ao menos se despedir dos amigos. Louis murmurou uma porrada de xingamentos e saiu atrás da ruiva. e Niall ficaram na cozinha limpando a bagunça.
- Eu não mereço esses dois! Parecem que tem dois anos! Por deus! – a loirinha reclamava, com as mãos sujas de vermelho. Niall foi quem teve que fazer todo o serviço, de fato.
- Não seja tão reclamona, ... – ele desconversou, tentando fazer com que ela mudasse o foco de sua irritação.
- Como eu não reclamo? Olha o que eles aprontaram por aqui! Isso vai ficar manchado até amanhã! Minhas mãos estão sujas e nojentas e vão ficar horrivelmente manchadas e...
foi calada com um beijo breve. Niall sorriu para ela, passando o dedo indicador sujo de vermelho na pontinha de seu nariz.
- Argh, Ni! Você me sujou!
- Fresca... – ele devolveu e deu um tapinha na bunda da loira enquanto iam atrás de e Zayn.
No pátio da frente da mansão Style, corria em direção ao seu Toyota. Estava possessa e nem deixando suas mãos duras como pedras, chegando a doer.
- Qual é, , para de ser marrenta!
- Marrenta? EU? Você acabou de estragar a saia, uma saia CARA e vem me chamar de marrenta? Marrenta é o meu pau! – desfazia o coque do cabelo, pronta para entrar em seu carro e atropelar Louis. E sim, talvez ela fosse um pouco descontrolada com seus sentimentos quando o assunto era aquele maldito garoto insolente.
- Como você é negativa! Jesus! Olhe por um novo ângulo! Eu criei uma nova saia! – o rapaz deu o seu melhor sorriso de “Isso é foi legal, cara” – No fim das contas eu fui extremamente criativo e você vai ter que concordar comigo, uh? Heeeein? Toca aqui. – ele pediu, levantando a mão para o ar à espera de um Hi-5. o encarou seríssima e deu a volta no carro, destravando-o. Louis não perdeu por esperar entrou no banco do carona.
- Mas que porra você tá fazendo aqui? – a ruiva passou a mão na cara, xingando-o de 1001 nomes diferentes.
- Estou sem carro. – Louis justificou enquanto se acomodava confortavelmente no banco macio do Toyota.
- E? Eu não sou taxista. Sai do meu carro, Tomlinson. Pelo amor de deus, sai do meu carro antes que eu o pinte com o seu sangue, SEU IDIOTA! – socou o painel do carro e Louis de fato se assustou.
- Você é capaz de falar uma sentença inteira sem gritar? – ele perguntou baixinho.
- NÃO TOMLINSON, EU NÃO SOU CAPAZ DE NÃO GRITAR, PRINCIPALMENTE QUANDO ESTOU FALANDO COM UMA ANTA ESTÚPIDA E SURDA COMO VOCÊ!
A gritaria foi sucedida por um silêncio constrangedor quando se tocou de que estava literalmente em cima de Louis e seus rostos estavam próximos demais. Ela virou o rosto para o lado, tentando disfarçar a vergonha. Afinal Westwick não se envergonha, certo?! Certo?... Ela prensou os lábios e se afastou do garoto, voltando ao seu banco. Endireitou a postura, passou as mãos pelos cabelos, arrumando-os e dirigiu, calmamente, seus negros olhos para os azuis intensos do moreno.
- Okay. Tudo bem. – se recompôs. – Você não vai sair do meu carro e eu não vou mais discutir. Eu vou deixar você em casa e não, não refira a palavra a mim, não toque em nada do meu carro, não respire, não abra a boca até que eu te entregue no seu endereço.
, e Liam
- OK. Só temos que costurar esse lacinho aqui na saia. – mostrava as peças de roupa – Vou perguntar pra onde tem linha e agulha. Já volto, pessoas.
Desde a festa de Danny, e Liam não conversaram mais. A garota estava saindo com o capitão do time de basquete e Liam estava transando regularmente com Lexi. Era sabido que Lexi odiava as cinco garotas, e o sentimento era mútuo. e até tentavam uma aproximação, mas era impossível pelo simples motivo de Lexi ser a pessoa mais egocêntrica e esnobe que já pisou no Planeta Terra.
Lexi Saint já tinha dormido com Harry, Zayn Liam, Louis e Niall, porém, Payne era sua grande obsessão. E esse era mais um motivo para não simpatizar da sua “rival”. Frequentemente ela era motivo das discussões de e Liam, e sempre que possível, fazia questão de ser maldosa com a Ortega. e eram as únicas que escapavam da maldade da Saint, já que era sabido por todas que as duas conseguiam ser pior do que a própria loira oxigenada.
Liam estava bravo com Meester desde que soube que a melhor amiga quem disse para não ficar mais com ele. Sentia-se traído pela pessoa em quem mais confiava. Ele apenas não entendia aquela atitude, a amiga deveria ajuda-lo e não atrapalhá-lo.
- Que confusão, né? – tentava estabelecer uma conversa com o rapaz, sendo completamente ignorada, Liam nem ao menos balançou a cabeça para dar alguma resposta, continuou usando o celular. – JÁ CHEGA, LIAM PAYNE! – Meester se levantou de repente, indo sentar em frente ao melhor amigo. – Olhe pra mim... Liam James, olha pra mim!
- O que você quer, ?
- Quero que você pare de agir como uma criança mimada! – falou em um tom que mostrasse que ela estava incomodada, mas que não transparecesse irritação, já que ela não se encontrava com essa moral toda.
- Só me deixa em paz, tá legal... – Liam suspirou fundo. Não estava na vibe pra discutir com a pessoa que havia fodido com a sua vida amorosa.
- Li, para com isso, precisamos conversar. Eu não quero que a gente fique brigado assim pra sempre. Eu entendo que você esteja irritado comigo, mas... - Irritado? Você acha que eu tô irritado? – ele riu em deboche, guardando o celular – eu tô é muito puto! Como você pode fazer isso com o seu “melhor amigo”?
- Você devia entender que a também é minha melhor amiga! E ela é mais nova do que nós dois, é a minha obrigação protege-la.
- Protegê-la de mim? – Payne demonstrava o choque em sua voz.
- Proteger ela de QUALQUER pessoa que possa magoá-la. Incluindo você, se for o caso.
- Ahhhh me poupe, ! – Liam levantou e passou a mão na cabeça, se virando de costas para a morena, que estava com a paciência no limite.
- Te poupar do que, Liam James? Você, mais do que ninguém sabe que está errado nessa história, VOCÊ sabe o quanto eu tive que consola-la enquanto você passava pelas porras das suas crises existenciais e ela chorava por SUA causa!!!
- Ainda sim, você não tinha o direito de se intrometer...
- Como sua melhor amiga, não. Mas como a melhor amiga da , sim, eu tenho o TOTAL direito de me intrometer quando eu quiser! E fique sabendo que ela tá MUITO feliz sem você!
Existem momentos em que paramos para respirar fundo e pensar muito bem antes de falar alguma merda que não poderá ser desfeita. E agora, era um desses momentos. e Liam se encaravam, medindo as palavras e procurando a coisa certa a se dizer.
- Olha, me desculpa tá legal! Mas um dia você vai ver que foi melhor assim, e eu espero que a nossa amizade não acabe por isso. – a morena pegou a bolsa e foi embora. Liam continuou sentado no sofá sem reação.
Será que seria mesmo melhor assim? Será que ele deveria ir atrás de e pedir desculpas? Será que a vida de outro cara de 19 anos estava tão bosta como a dele?
- Eu peguei essas coisas e acho que consigo... Ué... Cadê a ? – entrou na sala com a linha e a agulha em mãos.
- É... Ela teve que ir... – Payne pigarreou.
- Safada, nem se despediu. Se você quiser ir também, não tem problema. – disse, sentando com as pernas cruzadas e se apoiando na mesa, estudando a peça de roupa.
- Não se preocupe, eu te ajudo. – Liam se levantou, indo até onde estava . Ela sorriu agradecida, mas por dentro estava surtando, assim como o grandão.
- Você pode colocar a linha na agulha, por favor? Eu sempre me furo, e isso não é nada legal! – explicou e Liam sorriu de seu jeito meigo.
- Obrigada! – Ortega agradeceu novamente, quando Liam lhe entregou a agulha no ponto de usar. Os dois permaneceram em silêncio enquanto trabalhava, até que o celular de Liam começou a tocar, assustando os dois.
- Alô? Ah, sim... Tudo bem?... E vou demorar um pouco, porque estou resolvendo umas coisas... Eu disse que eu já estou indo, mas eu realmente preciso resolver mais coisas... Tudo bem... Lexi, calma, eu já estou indo te pegar e daí nós vamos chegar a tempo, okay?... Tudo bem, nós vemos daqui a pouco... Beijo... Eu também, tchau.
não falou nada, disfarçou muito bem, porém estava profundamente incomodada, sabia que Liam não ia ficar sozinho, mas Lexi? Logo aquela vadia? Que maravilha!!!
- Bom, já terminei – ela se levantou – Você tem compromisso, né? Sua sorte é que já acabamos por aqui.
Liam notou uma leve irritação na voz da morena e sorriu minimamente, achando engraçada a situação.
- Vou indo entregar para a . – a Ortega foi em direção a cozinha, mas quase foi atropelada por uma furiosa e um Louis gritando para que a ruiva o esperasse. não estava na cozinha, bem como Niall. Então ela deixou a saia no balcão da cozinha, ao lado de um pacote abandonado de biscoitos.
- Ué?! Ainda não foi embora? A Lexi vai ficar furiosa com você. – falou como quem não queria nada. Liam sorriu de lado suas suspeitas foram confirmadas, definitivamente estava incomodada.
- Ah, sim. Mas um número desconhecido acabou de me ligar e por um acaso era o Harry, que esqueceu o celular aqui e me ligou de um número emprestado só pra dizer que vai precisar da minha ajuda para desparafusar a porta do porão. Como ele não ia encontrar um chaveiro em pleno domingo a tarde, só resta... – o rapaz foi interrompido por uma buzina. – Deve ser ele.
e Liam foram até a janela e viram um carro estacionado em frente a mansão Styles. E não, aquele carro não era do Harry. Liam não fazia ideia de quem poderia ser, porém saberia dizer com muita categoria que aquele era o carro de Daniel Phillips.
- Quem é esse? O Harry e a estavam esperando visita? – Liam perguntou.
- Oh, é a minha carona. – explicou, sorridente, catou o celular no sofá e foi até a porta em passos rápidos - Por favor, fala pro Zayn que eu já fui, beleza?
- Aham, mas ele vai querer saber pra onde você foi.
- Diz que o Danny veio me buscar e que eu não vou demorar pra chegar em casa. Tchau, Liam! Valeu!
saiu correndo até o carro do capitão, que estava encostado na lateral do carro a esperar por ela. Trocaram um abraço rápido.
- Hey . Danny... – Harry cumprimentou o casal – , sabe dizer se eles ainda já saíram do porão?
- Uh, não. Eles estão esperando você. – diz e Daniel caminha até a porta do motorista.
- Beleza, deixe-me ir salvar as donzelas em perigo! – Styles brincou, caminhando até a casa, arrastando uma caixa de ferramentas.
- O que aconteceu? – Daniel perguntou enquanto dava partida e deixava para trás a casa dos Styles.
- Loooonga história. E talvez eu te conte...
- Qual a sua condição? - Phillips arqueou a sobrancelha, em dúvida.
- Desde que você me leve pra comer alguma coisa. – sugeriu e sorriu, corada.
- Tudo bem então, espertinha! Vamos comer alguma coisa enquanto você me conta essa história! – Daniel deixou um beijo rápido nos lábios da Ortega e mudou a rota do carro.
Liam ainda estava parado na janela, absorvendo a realidade de que sua garota estava saindo com Daniel. De tão absorto em suas reflexões, não notou que Harry se aproximava.
Harry encarou o amigo e depois a janela, tentando descobrir o que havia de tão interessante ali. Então associou a vista com o local onde o carro de Daniel estivera há poucos minutos atrás. Sorriu sorrateiro.
- Nossa Liam, pensei que você fosse mais esperto! – ele diz a tempo de ver Liam se assustando e voltando-se para ele.
- Que susto da porra! O que você disse?
- Disse que você é idiota!
- Você não disse isso.
- Se você entendeu o que eu disse, por que perguntou?
- Vai se foder.
- Mas é verdade! A garota que você gosta está lá fora com um cara que você odeia. Você é um trouxa. Por que deixou isso acontecer? – Harry perguntou enquanto os dois caminhavam até o porão do jardim.
- Eu não fiz nada, a senhorita eu-sei-de-tudo-e-mando-nessa-porra é quem fez a cabeça da pra ela terminar comigo. – Liam revirou os olhos, como se estivesse ali.
- Ohhh, parece que você e a sua bestie estão com problemas, uh? – Harry sorriu, sínico.
- Eu realmente tô puto com ela. Preciso de um LONGO tempo pra esfriar a cabeça.
- Tome o seu tempo, man. Lidar com a não parece ser a coisa mais fácil da terra.
- Não é mesmo... – Liam concordou baixinho, sentado ao lado de Harry, que soltava os parafusos.
- Mas de qualquer maneira, não deixe isso se prolongar muito, ficar brigado nunca é legal... – Styles falava com o pensamento longe, Liam arqueou a sobrancelha.
- Do que você tá falando, cara?
- Ah, nada demais, é que todo mundo sabe que você e a Meester são melhores amigos desde que existem e com toda certeza ela deve estar mal e isso significa ter que aguentar mais mau humor dela, o que não é fácil contando que ela já é naturalmente mal humorada. – Harry falava rápido, tornando a situação 100% mais constrangedora, principalmente porque ele NUNCA falava rápido.
- Que seja, a precisa entender que não pode se meter na minha vida sempre que ela quiser. – Payne falou, convicto. Quem ouvisse poderia jurar que a morena não seria o motivo do próximo termino de Liam com Lexi.
Quando Harry finalmente retirou a porta do lugar, deu um pulo de onde estava. Zayn e saíram em disparada.
- GRAÇAS A DEUS - o moreno disse, caindo de joelhos no chão, sendo apenas um pouco dramático.
- Seu nome é Zayn e o sobrenome é Drama, né! – Liam dizia sorrindo da reação do melhor amigo.
- Drama?! Meus pulmões estão sangrando de tanto que eu tossi! – falava enquanto era acudida pelo melhor amigo – E você mocinho... – ela se virou para o loiro e deu um tapa em seu braço. – nem se deu ao trabalho de ver se eu estava viva!
- Nossa, tá difícil estabelecer quem é o mais dramático aqui! – Niall mudou de assunto, apontando para o casal que ainda coçavam o nariz.
- Bem, já que todo mundo tá bem, vivo e feliz... Eu realmente preciso ir! – Liam se despediu dos amigos e foi embora.
- E eu vou dormir. – Harry deixou os amigos para trás, indo para o seu quarto hibernar.
- Aqui a saia da sua mãe, . – Malik entregou a peça para a loira.
- UHUUUUUUUUUUUUUL! Amo vocês! – gritava animada, dando pulinhos de satisfação.
- Que bom que gostou. – dizia sorridente, agradada por ter feito um excelente trabalho em tão pouco tempo. – Agora eu preciso ir.
- Eu te levo em casa. – Niall ofereceu.
- Não precisa. – falava meiga. – Aliás, eu estou chateada com você. Tchau gente! – olhou séria para Niall por exatos 5 segundos. Desmanchou-se em um sorriso, mas ainda assim seguiu rumo à porta de saída da casa.
Zayn pensou em ir atrás dela, ele não havia falado nada demais, porém sentia que a menina ficara magoada... Como ele pensava, ela realmente era uma criança mimada. Contudo, seus devaneios foram interrompidos por , que pediu/mandou que ele e Niall colocassem a porta de volta no lugar.
- Por que o Harry não faz isso? – tentou argumentar, mas foi mais rápida em seu discurso de que ninguém a ama e se importa com os problemas dela. No fim das contas não restava dúvidas de quem era a mais dramática do grupo. E talvez, apenas talvez, Niall fosse apaixonado por isso.
Malik e Horan colocaram a porta rapidamente. Sem muita conversa, já que os dois queriam terminar aquilo o mais rápido possível, para que pudessem ir atrás de certas duas loirinhas.
- Eu preciso ir, gente. – Zayn avisou, limpando as mãos na calça e saindo o mais rápido que conseguia.
- Espera! – gritou.
- O que foi, ? – ele perguntou impaciente, soltando todo o ar pela boca.
- Niall e eu vamos ver um filme. Quer ver com a gente? – a loira ofereceu, sorrindo simpática. Simplesmente não havia como se irritar com a mocinha.
- Obrigada pelo convite, mas não estou afim. Nos vemos amanhã no colégio. Tchau! – Ele se despediu tão rápido que nem notou como foi até Niall e beijou-o rapidamente. Entrou em seu carro e calculou que uma hora daquelas, deveria estar chegando em casa.
Acelerou o Maserati, e fez o caminho da casa da garota, que morava a algumas quadras dali, por isso ele tinha certeza que ela não havia convocado um táxi para ir busca-la. E estava certo, já em frente à casa da menina, a encontrou caminhando o portão e se aproximando do interfone para pedir que abrissem.
- Hey! – o moreno disse abaixando o vidro do automóvel e sorrindo para a caçula. Ela não chegou a apertar o botão do interfone.
- O que foi? – perguntou curiosa se aproximando do garoto. – Esqueci alguma coisa? – começou a mexer em sua bolsa checando tudo: celular, fones de ouvido, carregador do aparelho, carteira, maquiagem, óculos de sol... Tudo estava em seu devido lugar.
- Não, não é isso. – o rapaz respondeu vendo-a remexer em tudo. – É que eu disse que ia te levar em uma sorveteria... – parou o que fazia e ergueu seu rosto para ele com uma das sobrancelhas arqueadas. Zayn falava calmamente. – então estou aqui! – levantou o braço e deu leve batidinhas na lataria do carro. – Entra aí!
- Olha, realmente não é necessário. – caminhava de costas à procura do interfone, tateando a parede.
- Eu disse que te levava, eu insisto.
- Não precisa, já disse!
- Eu sei que ficou irritada com o que eu disse mais cedo. – abriu a porta do automóvel e saiu dele. – Me desculpa...Eu não queria... te magoar? - não gostava da ideia de a razão da raiva da menina ser ele.
- Você só falou demais... Não importa.
- Se não importa, como você diz, me acompanha! – falava sério.
- Por que é tão importante? – a loira perguntou batendo nas coxas, não entendendo o motivo de tanta insistência.
Ele só não queria que ela ficasse irritada com ele, naquela semana eles até que se divertiram nos cinco minutos diários que passavam conversando encostados no armário, ou na cantina, ou quando se esbarravam no bebedouro, ou então todas essas vezes em único dia.
- É só um maldito sorvete. – voltou para seu carro e colocou a chave na ignição. – Mas esquece.
o viu ligar o Maserati e então gritou: - Espera!
Ela não queria regredir todo o avanço que conseguiram! Zayn até que era um cara legal, ela gostava da companhia dele e da forma que ele raramente a encarava nos olhos, apesar de manter a pose de “Badboy-Pego-Todas” ela sabia que Malik era tímido, assim como a prima. – era extremante tímida, Zayn era apenas tímido. – gostava do sorriso que ele sempre mantinha quando estava cercado pelo amigos, jogando conversa fora. Gostava do olhar dele, era observador, como um falcão, passava calma, era caloroso... Todavia, quando os dois conversavam sozinhos, os olhos castanhos e brilhantes do rapaz dificilmente encontravam os dela.
- Sorvete parece uma boa. – a loira disse, dando a volta no carro e se aconchegando no banco do carona.
O caminho até o estabelecimento foi silencioso entre os dois, o único som que preenchia o ambiente era a música que saia das caixas de som e a voz baixinha de Hilton, que cantarolava Locked Out Of Heaven. A loira mantinha os olhos fechados, a cabeça descansando no banco se mexia com o ritmo da música. O rapaz que prestava atenção no trânsito, às vezes, desviava o olhar para a menina e curvava levemente um dos cantos dos lábios em um pequeno sorriso.
Algumas músicas depois, o garoto estacionava o automóvel um quarteirão antes da sorveteria, por falta de vagas mais próximas ao ambiente.
Já estava quase anoitecendo, o frio estava forte. Cada vez que o vento batia no rosto da garota ela podia sentir o ar entrando e saindo de suas narinas, como se ele se materializasse em uma pedra de gelo. Abraçava o casaco em volta do corpo e tentava esconder as mãos para que não congelassem.
Ao chegar ao destino, Zayn abriu a porta e adentrou, caminhando até uma mesa no canto. o seguia e observava o lugar, que era colorido e bem iluminado, alguns quadros de pontos turísticos adornavam as paredes do gracioso ambiente.
- É a sorveteria favorita da minha prima. – o moreno disse assim que ela sentou.
- É bem legal aqui. – admitiu com um sorriso, ainda olhando ao redor.
- Oi Zayn! – um rapaz alguns anos mais velho que o casal os cumprimentou, e se virou para a loira, sorrindo.
- Oi Carter! – o rapaz respondeu. – Essa é Hilton. Eu a trouxe para conhecer o lugar.
- Muito prazer, senhorita Hilton. Carter Eich. – estendeu a mão para a garota, cumprimentando-a.
- Me chame apenas de . – sorriu, retribuindo o gesto.
- Acho que essa é a primeira vez que você vem aqui sem a . – Carter disse a Zayn entregando a cada um deles um cardápio
- Pois é... A minha amiga – apontou para a menina que estava perdida em tantas deliciosas opções – disse que queria tomar sorvete e esse foi o primeiro lugar que me veio à mente.
- Modéstia a parte, você fez uma ótima escolha. – Eich, o filho do dono, sorriu orgulhoso – Vou deixar que vocês escolham e já volto para anotar o pedido.
- Então quer dizer que você vem muito aqui. – arriscou um assunto depois de alguns segundos de silêncio.
- Aham. Meus pais e meus tios sempre nos traziam aqui, agora eu sempre trago a . – explicou.
Ainda era difícil para ambos iniciar um assunto e já estava ficando constrangedor aquela situação. Ninguém falava alguma coisa, apenas evitavam que seus olhares se cruzassem e quando isso acontecia sorriam de forma nervosa e o desviavam para outro lado. Ficaram tanto tempo nessa ladainha que deu tempo de seus pedidos chegarem.
Zayn ia tomando seu milk-shake de chocolate, quando de repente sentiu uma forte dor na cabeça e dirigiu a mão ao local onde a dor estava intensa.
- Congelou o cérebro? – perguntou com um sorrisinho sutil e o viu confirmar com a cabeça, riu levemente e o rapaz moveu seus olhos castanhos até os dela.
- Não tem graça! – um dos cantos de seus lábios, avermelhados, estava curvado em um sorriso doce.
- Ah, tem sim! – cansada de momentos desagradáveis, a garota tentou iniciar um tópico. – Qual é a sua cor favorita?
- Sério? É assim que você pretender encerrar o silêncio? – voltou a sua sobremesa e manteve uma das sobrancelhas arqueadas.
- Estou fazendo meu melhor aqui! Você poderia ajudar... – Zayn achava irritantemente adorável como Hilton inclinava graciosamente sua cabeça sempre que ele se opunha a responder alguma de suas perguntas estúpidas. – Cor favorita?
- Preto. – respondeu simplesmente e abaixou o olhar para sua taça de milk-shake. , ao contrário, manteve seu olhar nele.
Ao perceber que era observado, o moreno levantou a cabeça e a encontrou o encarando.
- O que foi? – questionou. A loira permaneceu calada, o fitando. – Tá... Qual é a favorita?
- Obrigada por perguntar, Zayn! – sorria divertida pelo modo como ele se mostrava enfadado. – Eu sei que você acha que eu gosto de rosa...
- E não é?
- Eu admito que sou patricinha... Um pouquinho... Mas não amo rosa. É claro que eu gosto dessa cor, mas não a amo. Ela é bonita e tudo, mas não a mais linda que existe no mundo. E eu sei que tenho muitas coisas rosa, mas isso não quer dizer nada...
- Tenho que te avisar que parei de prestar atenção no meio da frase.
Sorriu divertida e voltou ao assunto: - De qualquer forma, a minha cor favorita é vermelho.
- Uma variação de rosa.
- Não é uma variação.
- É sim!
- Em que mundo?
- No de todo mundo! – levantou as sobrancelhas como se o que dissesse fosse óbvio.
- Homens são horríveis para diferenciar cores... – torceu os lábios e voltou para seu sorvete.
- Isso não é verdade!
- Okay, então que cor é meu casaco? – cruzou os braços, e mantinha uma expressão perspicaz.
- Branco?...
- Gelo.
- Meu Deus, não é a mesma coisa? – o garoto apoiou o rosto nas mãos e balançou a cabeça negativamente.
- São duas coisas totalmente diferentes. É a mesma coisa que falar que DC e Marvel são a mesma coisa só porque se trata de super-heróis!
- Me convenceu...
Era apenas difícil iniciar um assunto entre os dois, mas depois que alguém desse o pontapé inicial a conversa podia render horas. Falaram sobre o longo dia que tiveram, sobre os amigos, sobre a escola e finalmente falaram sobe o futuro.
No ano seguinte, Malik daria adeus a Eton, a sua casa, a Londres, a uma grande parte de sua vida. perguntava se aquilo não o assustava e tudo o que ele dizia era que não podia estar mais empolgado, seria uma nova etapa, uma vida nova, novos desafios, e tudo aquilo lhe soava muito prazeroso. E o melhor era que ele estaria entrando naquele novo ciclo com seus melhores amigos.
Ele ia dizendo o que esperava da faculdade e o que sentia vontade de fazer lá, e à medida que a garota ia ouvindo se perguntava o que ela ia fazer quando chegasse a sua hora de iniciar essa nova parte da vida.
- O que você pretende fazer? – Zayn indagou, brincando com seu canudo.
- Eu não sei... Ainda não tenho a mínima ideia de que curso quero fazer na faculdade. – replicou cabisbaixa.
- Eu pensei que você quisesse fazer moda e esse tipo de coisa... – apoiou um dos braços no encosto do banco.
- Não é tão simples assim... – balançava a cabeça negativamente, como uma criança.
- Não é?
- Não... Minha tia é modelo, minha mãe tem sua própria marca de roupas femininas.
- Aí! O caminho já estaria preparado para você!
- Mas eu não queria que os outros pensassem que eu teria sucesso só por causa da minha família, entende?
Zayn sustentou seu olhar em Hilton por alguns segundos.
- Eu entendo o que você que dizer. Mas você acha que não quer seguir esse caminho, ou...
- Eu não sei o que eu quero na verdade...
- Okay – riu levemente. – Porém, se você acha que deve fazer essas coisas de moda apenas faça! – o encarava concentrada em tudo o que ele dizia. – É sempre bom ter contatos em qualquer ramo que você siga, e pelo o que você disse sua família está bem por dentro dessas coisas. E, acerca de as pessoas dizerem que você conseguiu graças aos outros e não por esforço próprio, mostre que elas estão erradas e que você chegou onde está por seu próprio talento. No fim das contas não importa o que os demais dizem a nosso respeito, se nós conseguirmos comprovar que eles estão errados. Meu pai sempre diz isso.
- É um ditado bem legal. Obrigada Zayn. – sorriu sincera pelas palavras de apoio de recebera.
A menina nunca falara sobre este assunto com alguém, porque ainda estava no início do ensino do médio e não achava necessário se preocupar com isso no momento, todavia o discurso de ajuda que o rapaz lhe deu foi muito bem aceito.
Após uma pequena discórdia sobe quem pagaria a conta e Malik ser mais adiantado e conseguir efetuar o pagamento, o casal caminhou em direção ao carro do moreno reparando na bela lua cheia que banhava a todos com seu encanto, graça e formosura.
O Maserati era dirigido até a mansão Hilton, e no interior do automóvel a cena de cantando sem medo de ser feliz se repetia, Zayn sorria vez ou outra com a ousadia da loirinha, que cantarolava sem temor.
- Obrigada pelo passeio, Zayn. Eu me diverti bastante.
- Imagina. Não por isso.
A menina não sabia se apenas descia do carro, ou se despedia com um beijo, amigável, no rosto do mais velho. Permaneceu no seu dilema interno por alguns segundos, encarando Malik, sem saber o que fazer. “Será que vai ser desconfortável se eu o beijasse? Contudo, um beijo no rosto não mata ninguém... Mas e se ele achar que eu estou passando do limite de colegas? Quer saber?! Esquece!”. - Obrigada mais uma vez. Tchau! – se aproximou dele, lhe deu um beijinho suave na bochecha e desceu do carro a tempo o suficiente de vê-lo corar levemente.
caminhou até o interfone e o tocou, logo o portão se abriu ela pode entrar na segurança de seu lar. Acenou para Zayn, que aguardava que ela adentrasse e seguiu em direção à porta principal.
Sorriu ao se lembrar das bochechas rosadas do garoto quando ela o beijou. Ele ficara adorável, cativante, amável, encantador... atraente!
Okay, ele já era lindo, mas com as bochechinhas rosadas ficava a coisa mais fofa que poderia, um dia, existir na Terra.
A morena estava sozinha em uma mesa do refeitório, encarando seu hambúrguer.
Já fazia alguns bons dias desde a festa da Sigma.PI e Liam ainda não havia lhe dirigido a palavra.
ligara para ele no fim de semana, mas o rapaz não atendia. No início ela não compreendeu o motivo, afinal o álcool daquela noite havia lhe dado de bônus o esquecimento, mas Payne não esquecera. A garota tentou apenas duas vezes a cada dia, para não demonstrar desespero. Na segunda-feira, havia tentado uma aproximação, porém tudo o que recebera em troca, fora o desprezo.
Okay, ela sabia que Liam gostava da Ortega, e que estava mal pelo fora que recebera, mas ela tinha certeza que isso iria passar em breve e que a decisão que havia tomado por Mon havia sido a certa. De fato, fora a decisão certa.
estava tão distraída que nem percebeu quando Niall e Louis chegaram para lhe fazer companhia. Os garotos conversavam entre si e vez ou outra lhe perguntavam alguma coisa, no entanto ela não respondia. Continuava encarando seu almoço. E permaneceu assim até aparecer uma cabeça a sua frente.
- Que isso? - perguntou assustada, empurrando o indivíduo.
- Estamos aqui na humildade tentando falar com você e tudo o que você faz é encarar esse hambúrguer! - Louis falava sério. - Eu quis ver o que ele tinha de tão interessante! - voltou a se sentar ao lado do amigo que ria.
- Ai Louis... - a morena disse também rindo.
- Que foi, hein gatinha?
- Nada não.
Eles continuaram comendo e conversando. Tomlinson fazia suas piadas costumeiras e Niall morria de rir como sempre, chegando a ficar vermelho e sem fôlego.
- Oi gente. - cumprimentou sentando-se ao lado da amiga e recebeu um oi coletivo. - O Liam ainda não está falando com você? - perguntou baixinho só para Meester ouvir. A mais velha balançou a cabeça negativamente de forma triste. - Eu sinto muito, ! Não era para você ter falado para ele sobre a conversa que tivemos.
- Digamos que escapou, foi mais forte que eu.
- Digamos que você estava bêbada.
- Eu? Bêbada? Está louca, Ortega? Você sabe que eu não fico bêbada. - mantinha uma pose séria e deixou escapar uma risada, mas logo a conteve para não chamar a atenção dos meninos.
- Me poupe, Meester!
- Me poupe você, Little Ortega! - sorriu fazendo uma caretinha - Eu nunca fico bêbada.
- Eu vou concordar com você só porque eu sou legal, ok? Que isso fique bem claro.
- Será que as comadres podem parar de fofocar por 1 segundo? - Louis estalava os dedos chamando atenção das duas meninas. - Olhem. Para. Aquilo!
E o rapaz apontava para ninguém mais ninguém menos que o badboy mais charmoso de todo o Eton. Zayn caminhava, com todo seu estilo, pela extensão do refeitório, chamando atenção não apenas devido sua beleza e seu sorriso, mas porque carregava uma bolsa com detalhes rosa, uma bolsa que Niall conhecia bem. Inclusive, o loiro conhecia muito bem a dona do objeto, que estava ao lado de Malik. A Hilton falava alguma coisa para o moreno e trazia uma bandeja consigo.
- Oi! - a loira sorriu ao se aproximar da mesa.
- Desde quando vocês mantém uma amizade fora do grupo?
- Desde quando vocês são amigos dentro do grupo?
- Desde quando vocês conversam sem querer se matarem?
- Desde quando você carrega bolsa de mulher, Zayn?
- Sinceramente não sei qual pergunta responder primeiro... - o rapaz brincou, se sentando ao lado da prima que ainda o encarava surpresa.
- Não está acontecendo nada, gente. Acalmem-se! - tentou aliviar a situação.
- Não está acontecendo nada? - Horan disse a encarando sugestivo. - Nós temos muito o que conversar, mocinha!
- Meu Deus, a bicha está brava! - fez piada e bateu um high-five com Tomlinson. Os amigos riram, porém o loiro lhe encarou entediado, lhe mostrando o dedo do meio.
- Eu estava no corredor, com a bolsa pesada, o Zayn me encontrou e ofereceu ajuda. Ele me esperou enquanto eu estava na fila para pegar a comida. - Hilton explicou mexendo em sua salada.
- Só? - Niall mantinha uma sobrancelha arqueada e um olhar ameaçador sobre o amigo.
- Só! - a menina e o moreno responderam juntos, com uma entonação diferente. A entonação de dizia "Só Niall, pare de ser paranoico" enquanto a de Zayn gritava em desespero "Só! Por favor, pare de me encarar assim!".
A verdade era que desde a festa a implicância que aqueles dois tinham um com o outro havia sido deixada de lado para dar espaço a pequenos diálogos. Eles conseguiam manter uma real conversa por cinco minutos, e aquilo era vitória para quem, antes, não conseguia dirigir a palavra ao outro sem que fosse uma patada ou resposta azeda.
Zayn não achava mais que era uma patricinha, metida e sem sal que sempre pensava no próprio umbigo. E a loira agora sabia que o rapaz não era uma um badboy superficial, sem conteúdo algum que não se importava com nada e queria apenas curtição.
A última parte, possivelmente, carregue um pouquinho de verdade... mas só um pouquinho...
Mais algumas perguntas seriam direcionadas a mais nova dupla dinâmica, quando de repente chega arrastando Liam e Harry pelo braço, estava logo atrás da mais nova e era perceptível que ela não estava feliz.
- Styles, dá um jeito na sua irmã, fala para ela parar com isso. – Payne reclamou e arrumou a manga do paletó.
- Vocês prometeram! – Demi gritou.
- Não tenho ideia do que você está falando, mas admito que tenho medo de perguntar... – encarava a cena com um a sobrancelha arqueada.
- O que eles prometeram? – foi Louis quem teve a bravura de perguntar.
- Que iriam me ajudar no lance da saia da minha mãe!
- Meu Deus, , ainda isso? Pensei que sua mãe já tinha descoberto e te colocado de castigo! – abria seu suco e colocava o conteúdo em um copo.
- Graças a Deus ela ainda não voltou de viagem, querida! – a menina falou soltando a bolsa no chão e se sentando ao lado Niall.
- Tá. – Zayn falou encarando a amiga – Eu conheço você, Little Styles – sorriu meiga pelo apelido. – O que você quer que nós façamos?
- Opa, opa, opa! Como assim “nós”? – perguntou parando de comer pela primeira vez desde que aquele assunto começara.
- Vocês são meus amigos, o mínimo que podem fazer é me ajudar com isso!
- Não! O mínimo que podemos fazer é sermos seus amigos! – Meester falava como se fosse óbvio e riu batendo um high-five com a melhor amiga.
-HÁ HÁ HÁ. Muito engraçado...
- Desembucha, , fala logo o que você quer! – seu irmão a apressou.
- Quero que vocês vão comigo até o shopping e me ajudem na caçada pela saia perfeita! – a menina falava mexendo os dedinhos e deixando tudo mais dramático.
- Não mesmo!
- Nem que você me comprasse um carro!
- Vai sonhando...
- Vocês são uns bostas mesmo, hein! – Princesinha Styles se irritou. – Sempre é assim, nós falamos que vamos fazer algo, mas sempre tem que ter os do contra, para depois estar todo mundo lá se divertindo e ajudando, será que não dava para todo mundo calar a boca e ir sem reclamar pelo menos dessa vez?
Mesmo que não fosse a intenção, o pequeno discurso da loirinha fora recitado mais alto que o necessário e os nerds da mesa ao lado encaravam a garota prestando atenção no que ela falava. sorriu e acenou para eles que ficaram todos sem graça por receberem atenção da Styles.
Os 9 jovens permaneceram quietos a encarando por um tempo, e Westwick foi a primeira a se pronunciar:
- Não me convenceu...
- ! – a mais nova chocou a testa contra a mesa e fez uma nota mental “Encontrar amigos melhores.”.
- O que ganhamos em troca se formos? – Tomlinson dava uma mordida em sua maçã e encarava a fruta com o maior tédio do mundo.
- Ah, não sei ainda. Deixa eu ver... – apoiou o rosto na mão. – Talvez o fato de continuar viva e frequentando esse círculo social, porque se eu não arrumar esse negócio minha mãe me mata!
- Já sei! – Harry falou alto erguendo o dedo indicador e todos se viraram para ele. Um raio de esperança irradiava nos olhos verdes da irmã. – Ninguém ajuda aí eu transformo o quarto dela num salão de jogos! – reclamou e voltou a chocar a testa contra a mesa, os meninos começaram a imaginar que seria legal ter um fliperama, uma mesa de ping pong e outra de sinuca, um alvo para dardos e uma jacuzzi. A conversa rendeu e embora todos soubessem que aquilo não aconteceria apenas um pensamento lhes rondava a cabeça: Seria realmente legal ter um salão de jogos em casa!
E foi quem parou com o sofrimento da amiga: - , estamos só brincando. É claro que te ajudamos.
- Eu realmente não sei se é seguro para a sociedade londrina nos todos juntos em um shopping! – Niall falou serio e concordou com ele.
- Bem, o máximo que pode acontecer é algum de nós explodir o lugar, mas ninguém vai se matar, afinal é um local público. – disse como se fosse a coisa mais normal do mundo. Para quem tinha uma rotina de brigas e discussão como eles tinham, de fato era algo normal.
- Então vocês prometem que no sábado vão me ajudar sem reclamar? – falava manhosa, com voz de choro.
- Sim... – responderam desanimados pelo fato de terem que cancelar seus compromissos pra ajudarem a amiga irresponsável.
- Fechado galera. Tchau. – Princesinha Styles se levantou, jogou um beijo para geral e saiu.
- A forma como ela nos explora me assusta... Às vezes acho que ela é nossa amiga só por causa dos favores. – Louis, com uma careta, encarava a menina se distanciar. Os amigos riram e concordaram.
Logo depois da fala do garoto, todos os presentes na mesa suspiraram audivelmente e se deu início ao “Momento-Constrangedor/Todos-Se-Encarando/O-Que-Estou-Fazendo-Aqui-?”.
Liam evitando contato visual com e , e vice-versa. Harry sentindo um climão pesado. Zayn constrangido por ninguém sugerir um assunto. Louis sorrindo para Westwick com seu melhor tipo “Cafajeste Gostoso”, e ela retribuindo um sorriso frio, assassino e psicopata. – O garoto estava com medo? Sim. Admitiria? Não. Iria parar de incomodá-la? Nunca! – se esforçava ao máximo para selecionar um assunto. E Niall... Bem, Niall estava tomando suco.
- Então... – falaram todos juntos. – Tchau?
E cada um se levantou e foi para o seu canto, como se nada tivesse acontecido.
- Sério mesmo, , que nós todos vamos ter que fazer isso? - Liam perguntou quando chegaram ao Westfield Shopping.
- Super sério! - a loirinha balançou a cabeça afirmativamente. – Vocês prometeram que não iriam reclamar então xiu! – colocou o dedo indicador sobre os lábios.
- E porque EU tenho que vir? - perguntou indignada.
- Porque você e o Louis quase me obrigaram a ir naquela festa e eu falei: mas gente eu nem tenho roupa pra sair e a sugeriu: Ah, vai com aquela saia vermelha da sua mãe! - dizia interruptamente.
- Tá, mas e o que eu tenho a ver com isso? - Zayn perguntou com a esperança de que se livraria daquela encrenca.
- Você me levou na festa e não agiu como um bom amigo e me disse ", eu acho que você deveria ir com a outra roupa"! O que custava, hein? Estaríamos evitando todo esse transtorno! - quase gritava.
- Eu não devia estar aqui então, eu não tenho nada a ver com isso. - se escusou.
- Tem sim, você e o Niall falaram "Nossa , você tá um arraso com essa saia".
- Epa epa! Eu não falei nada de saia! - Niall interrompeu a garota.
- Eu não estaria linda sem a saia vermelha. Culpa sua também loirinho.
- Tá, mas e eu? - e Harry falaram ao mesmo tempo. A morena revirou os olhos azuis.
- Eu nem estava aqui nesse dia! - Harry falou. Ele estava visitando a mãe.
- Mas você é meu irmão! - rebateu.
- E daí? - Styles estava quase desesperado.
- É verdade, você não precisava estar aqui... - A loira ponderou - MAS você prometeu.
- Ah vai tomar no cu! - Harry xingou alto demais e algumas pessoas olharam. e Louis instantaneamente mostraram os dedos da discórdia.
- E você, , é culpada por ser a mais velha e não ter ido na festa pra ver se tudo ia correr bem. Ponto final. Todos os réus foram condenados. Vamos!
- Espera - chamou a atenção de todos - Não é melhor nos dividirmos em grupos menores pra acabarmos logo com isso?
- Ótima ideia - Louis concordou - formem trios e eu vou sozinho, tudo bem, eu supero. - o garoto falava em um tom de falso pesar. Torcendo para sua tática dar certo e que ele escapasse.
- Nada disso, Tomlinson, vamos nos dividir em duplas! - Niall disse com um sorriso malvado no rosto, havia acabado de foder com os projetos do amigo.
- Eu acho melhor separar os meninos e as meninas, nós para um lado e vocês para o outro. - Zayn opinou.
- Jamais ficaria com a Meester sem entregá-la nas mãos de Satanás. - falou sem humor. apenas levantou o olhar, fulminando a Westwick.
- Pelo amor de Deus! Pare , estamos aqui por um bem comum. Jamais eu cometeria a loucura de deixar vocês sozinhas e juntas. E vocês espertinhos, não ficarão sozinhos - a pequena Styles colocou as mãos sobre o coração.
- Tá bom, já entendi, foi só uma ideia. - Zayn se arrependeu de ter aberto a boca.
- Ok, então voltamos as duplas - Liam se manifestou - Como vai ser? Como a disse que não pode nos deixar sozinhos, vão ser casais? - perguntou, arqueando as sobrancelhas.
- Absolutamente não! Prefiro até a Meester a ter que ficar com isso - apontou para os garotos.
- Nunca em um milhão de anos... - disse tediosa.
- Tá bom, já chega. - tirou um saquinho transparente de dentro da bolsa. - Vai , tira sua dupla.
- Harry. - fez careta - Estou sem sorte mesmo.
- Eu ouvi isso. - Harry resmungou, sorriu e murmurou um "Brincadeira".
- , sua vez.
- Niall. - ela disse e o garoto fez uma caretinha pensando que a garota o mataria e jogaria seu corpo na lixeira atrás do shopping - Eu vi essa cara Nialler, melhor que eu não tivesse visto.
- Ok, já sabemos que apenas nove de nós voltaremos para casa hoje. Louis, tire sua dupla.
- Liam. - falou com um alívio audível na voz, arrancando uma risada do grupo.
- , sua vez.
- - a loira disse, animada.
- Só sobramos eu e você, Malik. Vamos pessoal.
- Lembrem-se, a saia que mais se pareça com essa - entregou uma foto da saia de sua mãe para cada dupla.
- Ok. Vamos lá, quanto mais rápido começarmos, mais rápido o pesadelo acaba. - Louis falou engrossando a voz.
- E que a sorte esteja conosco! - Niall complementou a brincadeira.
amava , isso era fato.
Desde que a mãe da garota começou a se relacionar com o Sr. Styles, e a menina mudou de escola "para ter uma melhor relação com o irmão", elas se tornaram amigas. Uma amizade que começou sem um porque, mas permanecia intacta às intempéries do furacão . Quase nunca discutiam e quando isso acontecia, um minuto depois já estava tudo bem, como se nada tivesse acontecido.
Porém, naquele exato momento, a ruiva estava se segurando para não pular no pescoço daquela loirinha maldita e torcê-lo.
Passaram 2 horas andando por aquele shopping e toda loja que entravam contava sua "triste" história de que não queria ir a festa, mas dois amigos a convenceram, um lhe deu a ideia de ir com a saia preferida de sua mãe, e ninguém lhe alertou de que seria uma má ideia e sem querer ela tinha manchado a saia de modelo único de sua querida mãezinha, que quando descobrisse colocaria a menina de castigo por 30 anos e depois a mataria - palavras usadas por Styles.
- Ai minha diva, eu não tenho nenhum modelo parecido com esse - Chane, o atendente gay, entregou a foto da saia à garota depois dela ter contado toda aquela ladainha.
- Estou perdida! - dramatizou.
- Disso nós já sabemos - disse maldosamente, atraindo os olhares de Chane e Demi. - Que foi?
- Temos que fazer alguma coisa, ! - a loira choramingou enquanto o atendente ia recepcionar uma mulher que entrara na loja.
- Minha menina, eu sinto muito, mas nunca acharemos uma saia parecida com essa! Além do mais, sua mãe perceberia. Eu não sei nada sobre essas coisas, mas tecido, comprimento e não sei lá o que, influenciaria e sua mãe não é burra.
- Eu estou perdida!
- Para com isso, , que saco.
- , minha mãe vai me matar.
- E se comprássemos um tecido igual da saia e a fizesse uma nova?
- Ai. meu. deus!!! VOCÊ É UM GÊNIO! - gritou, chamando atenção de todos.
- Fala baixo, garota.
- Vem. - puxou a amiga e a arrastou até uma loja de tecidos.
- Eu desisto - Harry reclamou, se jogando em um banco no meio do shopping.
- Ah Hazz... Precisamos encontrar essa saia, a sua mãe vai matar a .
- Primeiro, ela não é minha mãe. - Harry disse entediado, fazendo revirar os olhos. - Segundo, esse problema é da , ela que ache uma solução. E terceiro, eu. estou. cansado!
- Você tem 3 anos? Isso foi muito egoísta da sua parte! - a morena se rendeu, sentando ao lado do amigo.
- Olha, essa é a verdade. Como vocês disseram, é um modelo único, nunca encontraremos isso. - Harry disse levantando a foto.
- Tá bom, você venceu. Vamos descansar um pouco e depois voltamos a procurar.
Harry sorriu vitorioso olhando em volta, notando um quiosque de sorvete.
- quer um sorvete? - perguntou à garota que mexia no celular.
- Claro.
- Eu também. - disse estendendo a mão.
- Tá brincando, né?! - perguntou com as sobrancelhas arqueadas.
- Ah vai! Minha carteira tá muito longe.
- Muito cavalheiro você. - reclamou entregando-lhe o dinheiro.
- Querida, somos mais íntimos que isso. - disse indo até o quiosque e voltou um tempo depois com dois sundaes - Aqui, Ortega.
- Como são seus encontros? Você assalta as líderes de torcida idiotas? - provocou, enchendo o saco do mais velho.
- Aí eu pago, né! Mas, como eu disse, somos mais íntimos que isso. Além do mais, eu acho ridículo as mulheres não pagarem a conta, já que vocês lutaram tanto por direitos iguais. Vocês querem ser iguais aos homens no trânsito, no trabalho, na sociedade, mas na hora da conta, cadê vocês? Não! Vocês não podem, porque nós temos que ser cavalh...
- HARRY! - gritou, assustando o garoto que soltou o sorvete, fazendo uma sujeira enorme no chão e na barra de sua calça, muito justa, diga-se de passagem.
- Caralho ! Não precisava gritar, se você não concor...
- Harry olha ali. - apontou para a vitrine de uma loja.
- O que foi?
- Parece que a saia modelo único não era tão única assim! - a garota sorriu, se levantando e dirigindo-se a entrada da loja com Styles a seguindo.
- Olá, posso ajudar? - a atendente morena, exalando elegância, perguntou quando os jovens adentraram a loja.
- Claro - Harry tomou a frente - você teria aquela saia da vitrine no tom vermelho?
- Anhm... - fez uma pausa tentando se lembrar. E os corações de e Harry pararam de bater enquanto esperavam a resposta -Não! - os dois soltaram um suspiro desapontado - mas eu tenho outros modelos no tom vermelho.
- Não, obrigada. - a morena sorriu educadamente - nós precisamos daquele modelo.
- Bom, eu tenho nesse tipo de modelo em azul royal e verde militar.
- No mundo das mulheres existe um milhão de cores, né! - Harry pensou alto, chamando a atenção das duas ao seu lado - Só uma observação, gente.
- Enfim... - disse voltando ao foco - nós vamos decidir aqui, ok? Podemos te procurar daqui a pouco?
- Claro, fiquem a vontade. Se precisarem de algo é só me chamar. Me chamo Jennifer.
- Obrigada. - Harry e falaram juntos. Saindo da loja.
- E aí? - Styles perguntou.
- Podemos comprar uma das saias e tingir, assim teremos uma saia vermelha!
- Boa ideia, pirralha! Cadê a vendedora?
Os dois voltaram até a loja, encontraram Jennifer e pediram pela saia azul Royal.
- 500 libras - a mulher que estava no caixa informou o preço.
- Uma saia? 500 libras? UMA SAIA? Nem tem tanto tecido assim! - Harry quase gritou de indignação.
- Styles, para com isso. - o repreendeu.
- , vamos dividir. - o garoto decidiu e a menor negou com a cabeça. - !
- Eu paguei o sorvete. - foi tudo o que ela disse, virando-se de costas.
- Que ótimo, hein! Passar a tarde no shopping comprando roupas de mulher! Eu tenho culhões e dignidade sabia? - Louis reclamou enquanto apressava o passo e acompanhava Liam, que observava a vitrine de uma loja de surf.
- Você tava me ouvindo, cara? - Louis cruzou os braços.
- Uhum. - Liam acenou com a cabeça, ainda olhando para a vitrine - Saia vermelha.
- O quê? Você nem prestou atenção no que eu falei. Você tem que me valorizar mais já que eu sou seu melhor amigo! - Louis olhou para o amigo que acabava de pronunciar as duas palavras ao acaso.
- O Zayn é o meu melhor amigo. Temos que comprar uma saia vermelha pra mãe da . E vamos logo porque isso vai ser cansativo.
Os dois caminharam até a primeira loja, antes de entrarem, Louis estacou.
- O que foi? - Liam perguntou, entrando na áurea de mal humor por causa do "programa da tarde".
- Sabe uma coisa que faz tempo que nós não fazemos? - o rapaz perguntou e o amigo acompanhou seu olhar, até localizar o objeto de foco do amigo.
- Ah não! Não, não, não! Louis Tomlinson nem ouse cogitar fugir da nossa missão pra essa tarde!
- Qual é, Li! Vai me dizer que você quer mesmo gastar uma tarde inteira escolhendo saia, camiseta, vestido e sei lá o que mais?!
- Querer eu não quero, mas a Westwick vai arrancar meu pau se sonhar que nós não compramos essa saia! - Liam falou, fazendo careta ao se lembrar das palavras nada amigáveis da garota. E tentando convencer a si mesmo que era loucura a ideia do seu amigo.
- Me poupe. Medo da Little Westwick? Ela nem vai saber que a gente deu uma escapadinha.
- Mas, a saia...
- Olha, nós vamos comprar a saia. É muito simples, veja só, a gente vê o filme, come alguma coisa e depois cada um de nós vai em uma loja e compra todas as saias vermelhas que estiverem lá... Touché - sorriu se sentindo esperto e Payne suspirou, se dando por vencido e fazendo uma nota mental para parar de ser tão influenciável.
Duas horas depois os dois garotos saíam do cinema com a barriga doendo de tanto rir.
- PUTA QUE PARIU! Que filme BOM! - Liam suspirou para conter outra gargalhada.
- Eu sei porra! - Louis concordou entusiasmado com o último filme da série Jackass. Os risos foram interrompidos quando o celular de Liam vibrou. Uma mensagem.
Xx Espero que vocês já tenham encontrado alguma coisa, a vai matar vocês. xX
- O que foi? - Tomlinson perguntou ao ver o amigo empalidecer.
- Era a . Vamos comprar essas saias AGORA. Eu vou em duas lojas e você em duas. A gente se encontra no estacionamento e dizemos que fomos juntos nas quatro lojas.
- Ok.
- Você tem 10 minutos pra fazer isso, Louis. Só saias vermelhas. Todas.
- Ok.
- Louis?
- Hum?
- Boa sorte.
- Vai se foder seu maricas.
- Não é porque eu não fico gritando a cada 20 segundos, como a ou a , que eu não poderia jogar o seu celular na puta que pariu. - falou em tom desinteressado enquanto entravam em uma loja.
- Desculpa. - Zayn sorriu e guardou o celular.
- Boa tarde, em que posso ajudá-los? - Uma mulher veio atendê-los.
- Eu preciso de uma saia verm...
- Pode vir aqui e eu vou mostrar toda a nossa coleção e... - a mulher interrompeu e foi interrompida em seguida.
- Eu preciso de saias exclusivamente vermelhas. Nem vinho, nem rosa, vermelhas. - falou quase silabando, como se a atendente fosse retardada. Malik deu um quase sorriso quando ouviu o tom impaciente da loira.
- Oh! Tudo bem. Vamos ter que dar uma boa procurada. Saias vermelhas estão saindo bastante. - a mulher explicou.
- Ou vocês não estão vendendo muito. - murmurou para si enquanto seguia a vendedora entre as muitas Araras.
- Eu ouvi isso. - Malik falou, passando o braço por trás da Hilton.
- Não era nenhum segredo. - ela retrucou, com um risinho.
- É mesmo? Então vamos compartilhar com a moça aí.
- Cala a boca, Zayn... - ela mandou.
- Vem calar, loira. - falou e a menina quase tropeçou nos próprios pés.
- Oi? - perguntou de novo, pra ter certeza do que acabara de ouvir. O moreno, rindo da reação dela, fez careta e murmurou um "nada". A garota suspirou e meneou a cabeça, voltando-se para a vendedora, que segurava algumas peças vermelhas na mão.
- Então são essas as saias que vocês tem? - ela perguntou, tomando as presas e analisando-as.
- Vermelhas, sim. - a vendedora respondeu olhando para o rapaz. A menina rapidamente viu as presas e não achou nada parecido com o que procurava.
- Nada do que precisamos. Mas obrigada. - Ela se despediu, puxando o rapaz até saírem da loja.
- Pa-Para! Eu preciso descansar! - Malik pediu, levemente ofegante.
- Seu pulmão é muito fraco, talvez você devesse parar de fumar. - alertou, sentando em um dos bancos do shopping.
- Não tem nem dois anos que eu fumo, até parece que a culpa é do cigarro. - Malik reclamou. Odiava que mandassem, pedissem ou falassem para que ele deixasse de fumar. Ele se sentia bem e pronto! Ninguém o faria mudar de ideia.
- Desculpa. Eu só quis ajudar. - fez uma caretinha pelo tom áspero que ele usar.
- Não foi por mal, loira... É que... Argh!
- Tudo bem. Vamos logo que nós temos muito pra fazer. - Hilton se levantou e sorriu amigavelmente, haviam passado a tarde juntos atrás da bendita saia e se divertiram bastante, embora estivessem cansados.
- Eu odeio tanto saias vermelhas, que vou proibir minhas namoradas de usarem. Estou traumatizado. - Zayn reclamou infantilmente. sorriu e eles entraram em uma loja, mais uma das 7 que já havia ido. Antes que qualquer pessoa os fosse atender, a loirinha deu um tapa no ombro do moreno.
- Zayn.
- Oi.
- Tive uma ideia.
- Fodeu.
- Idiota. É uma grande ideia.
- Fodeu mais ainda.
- Ok, agora precisamos encontrar o tecido. - falou analisando rolos e mais rolos de tecidos com as mais variadas estampas, cores e texturas.
- Vamos perguntar para alguma vendedora, vêm. - dirigiu-se até uma mulher com uns 40 anos que estava no balcão. - Com licença.
- Pois não?! - ela respondeu com uma voz fina, nojenta e irritante demais.
- Esse tecido é ótimo, meninas, boa escolha. - a mulher falava. E a cada palavra que saia de sua boca plastificada, se contraia disfarçadamente. - Quantos metros vocês vão querer?
Westwick se perguntava como uma pessoa poderia ter uma voz tão insuportável. O ser em questão, era tão plastificado que não tinha mais expressão facial, estava sempre com um sorriso psicopata no rosto e os olhos esbugalhados. A ruiva se controlava para não encarar demais, no entanto, uma força maior a fazia voltar os olhos negros para aquela criatura macabra.
Depois de pagar pela compra, puxou a menor para fora daquele lugar, alegando estar com arrepios por aquela mulher ser tão estranha. E então, começou a dizer que era impossível a perua ter filhos, pois ninguém conseguiria transar com ela sem vomitar.
- Ai , que nojo, para! - gargalhava. - Para com isso! - tentou tapar a boca da amiga que imitava o suposto gemido da mulher macabra.
- Acho que o cara deve usar um tampão para não ouvir nada. - gargalhava indo para a praça de alimentação.
- Quero batata frita! - a loirinha disse e a mais velha sorriu concordando.
As duas meninas conversavam enquanto comiam seus respectivos lanches, quando avistaram Horan e Meester a algumas mesas de distância. engoliu o resto da comida, levantou rápido e arrastou , que ainda comia seu hambúrguer, até onde os outros estavam.
- Heey! - o irlandês cumprimentou.
-E ae? - Princesinha Styles sorria de forma, digamos, apaixonada. Gesto que não passou despercebido por , que intercalava seus olhos entre a menina e o rapaz.
- Acharam a bendita? - perguntou, percebendo que o casalzinho não assumido poderia manter o contato visual por muito mais tempo sem dizer uma única palavra e estava ocupada demais comendo.
- Quem? - a loirinha a encarou, sem entender.
- A saia!
- Ahhh! Isso... Não. Não achamos. Mas, tivemos uma super ideia. E vocês?
- Fomos em duas lojas, mas nada. Depois a me arrastou para cá. - Niall falou.
- Claro! Duas lojas, duas vendedoras pedófilas dando em cima de você alguns metros até à praça de alimentação e mil mulheres te secando. Eu tinha que proteger o bebê do grupo! - apertou as bochechas do garoto, que tentava se livrar.
- Então não acharam nada? - Westwick terminou seu lanche, amassou o papel e o jogou dentro da blusa de Niall, que revirou os olhos e o tirou de lá.
- Nadinha. - o loiro jogou a bolinha de papel na direção da ruiva, porém sua mira não é muito boa, e ele acabou acertando o olho de . - Oh meu Deus! - se levantou depressa. - Me perdoa. Eu queria acerta a , me desculpa, ...
- Está tudo bem... - a mais nova piscou algumas vezes.
- Deixa eu dar uma olhada. - ele segurou o rosto delicado da menina entre suas mãos.
Enquanto os dois se encaravam, nem se lembravam do motivo da proximidade. Meester mantinha uma sobrancelha arqueada, assim como .
Negro e azul, os olhos das duas meninas se encontraram e, com o olhar, perguntou se aquilo o que estava acontecendo era o que ela estava pensando. A ruiva apenas fez uma caretinha e cruzou os braços se voltando para os pombinhos.
- Você tá vendo se o olho dela ainda está na órbita, ou está fazendo uma cirurgia na retina? - perguntou entediada e o irlandês soltou a garota rapidamente.
- Acho melhor mandar uma mensagem para o pessoal falando para irmos para minha casa, né? - disfarçou, pegando o celular na bolsa.
Quatro das cinco duplas já estavam na mansão Styles, esperavam por Louis e Liam. Os adolescentes estavam jogados pelos sofás e o carpete, conversando e discutindo sobre tudo e qualquer coisa.
- Nobody said it was easy. - Tomlinson chegou berrando no ouvido de Zayn, que se assustou fazendo as meninas rirem.
- It's such a same for us to part. - completou também gritando.
- Nobody said it was easy. - juntos gritaram mais uma parte de The Scientist, e todos já relevavam pela algazarra.
- Em sua homenagem, gatinha. - Louis piscou para a morena, que sorriu e devolveu uma joinha.
- Cala a boca e senta logo, Tomlinson! - Harry disse incomodado por tanto barulho.
- Não fica com ciúme, Hazz! Você é único no meu coração. - o amigo fez um coraçãozinho com as mãos e recebeu um dedo médio. - Ingrato! - pegou uma almofada que estava no colo de e arremessou na cara de Styles que não se defendeu a tempo.
- Ok, já deu. - se levantou do chão, rindo. Pegou uma sacola que estava ao seu lado e retirou de lá algo não identificado.
- Nós encontramos isso aí, Hilton teve uma ideia e ela vai falar para vocês. Posso ir embora agora? - Zayn dizia entediado.
- Aquieta o rabo nessa poltrona, Malik! - , como sempre um amorzinho...
- Bem, o modelo da sua mãe, , tem um laço bem aqui. Como podem ver esta saia não possui este detalhe...
- Isso nós já vimos.
- Posso terminar?! - a menina se irritou com a interrupção. - Obrigada. Enfim, fomos em um loja de aviamentos e encontramos um laço idêntico, é só costurar no local correto.
- Bravo! Bravo! - batia palmas, correu até a amiga e lhe deu um forte abraço. - Eu vou viver! - foi até Zayn e se pendurou em seu pescoço. O rapaz riu de seu exagero e passou os braços pelo ombro da mais nova.
- Próximo? - perguntou, e foi se sentar ao lado de Niall que deitou a cabeça em seu colo.
- Nós! - Louis falou em seu tom de voz normal, que para todas as outras pessoas era alto demais.
- Pegamos as mais parecidas. - Liam disse, os dois despejaram o conteúdo de cinco sacolas.
- Oh Deus! - riu - Vocês assaltaram o shopping? - Compramos tudo o que era vermelho e saia.
- Quase tudo... - puxou uma saia vermelha comprida.
- A Joy disse que era um luxo! - Tomlinson disse em sua melhor performance gay.
- Ok... Por esses dois eu morro! - se soltou do amigo que lhe deu um tapinha na cabeça. E foi até a pilha de roupas. - Nossa que linda! Possa pegar para mim? - encarou Liam com aqueles olhos verdes pidões e o rapaz até desviou o olhar.
- Claro, fofa! Ou você acha que fica bem em mim? - fez piada e foi se sentar em algum lugar bem longe de e .
- Até que vocês não foram tão inúteis assim... - a menina analisava as peças de roupa.
- Obrigada! - Louis falou feliz. - Eu acho...
- Agora é a minha vez. Vamos acabar logo com essa palhaçada! - Harry disse "bem" humorado. - Encontramos isso aqui. - mostrou a saia azul royal.
- Fiquei cega com essa cor! - Princesinha Styles gritou.
- Para de gritar, garota! Qual é a necessidade disso? - o irmão se irritou.
- Grosso.
- Irritante!
- Idiota!
- Infantil!
- Já chega! - os repreendeu.
- , se você reparar, essa saia é idêntica à da sua mãe. - falou, na esperança de desviar a atenção da discussão e voltar para o projeto "Fazer viver". Segurava a tinta para tecidos. - É só descolorir e depois tingir... Eu acho que funciona.
- Parece que o modelo único da sua mãe não é tão exclusivo assim. – Harry usou as palavras da Ortega.
- Essa frase é minha, seu sem criatividade! - reclamou do plágio.
- Calada. – Harry devolveu e a morena suspirou, levemente irritada, indo se sentar ao lado do primo, que se mantinha concentrado na tela do seu IPhone, que parecia estar interessantíssima.
- e Niall, o que vocês conseguiram? – perguntou enquanto organizava o material adquirido até aquele momento.
- Não temos nada. – Horan disse, de olhos fechados, aproveitando o carinho que a amiga faziam em seus cabelos loiros.
- Como assim “NADA”? – Louis arqueou as sobrancelhas.
- Nada. Nadinha. Zero! Simples assim. – desdenhou e Louis mostrou-lhe o dedo do meio.
- Por quê? – Zayn quis saber, soltando o celular, finalmente.
- Porque a é louca! Perturbada! Tem distúrbio mental! – Niall se sentou no sofá, abandonando a massagem nos cabelos.
- Porque em todo lugar que íamos, o Niall era assediado por pessoas sem caráter e sem escrúpulos que tinham a audácia de ter pensamentos sexualmente imorais com esse bebezinho! Então, eu, uma pessoa decente, levei ele pra praça de alimentação e ficamos lá, seguros, junto com as crianças. – Juliana se jogou no chão, empurrando Niall embaixo de si e apertando com força as bochechas do irlandês, abraçando-o em seguida. Todos gargalharam e Niall fez biquinho quando suas bochechas foram finalmente libertadas.
- Pessoal, vamos logo! – Liam interrompeu o burburinho e o momento de descontração dos amigos – Eu ainda tenho compromisso hoje.
- Hummmmmmmmmmm Payno! – Zayn sorriu maldoso, os meninos pareceram captar uma piadinha interna e as garotas ficaram de fora.
- Enfim, e eu encontramos um tecido idêntico ao da saia, é só a costurar e criar uma nova saia. – explicou.
- Então vão trabalhar escravos. – Louis disse, se esparramando em um sofá, forçando e Zayn a saírem do acento.
- Escravo é você, escravoceta. – murmurou e Liam suspirou, irritado.
- e Louis, quietos. Pessoal, vamos começar, quanto mais rápido terminarmos isso, mais rápido estaremos liberados. – diz, se levantando. – Estamos em 10, temos 3 ideias, vamos nos dividir.
- Pode ser dois trios e um quarteto. – Harry sugeriu, ansioso para se livrar do trabalho criado por sua irmã. – Vamos dividir como?
- Você acha MESMO que alguma coisa além de sorteio de papelzinho dá certo com esse bando de crianças? – perguntou, fazendo um coque bem preso.
- Noooossa! Falou a mulher que atingiu a maturidade! – brincou e Louis concordou, trocaram um hi-5. revirou os olhos (de novo). , Niall e Zayn escreviam os nomes dos amigos nos papeizinhos enquanto o resto do grupo discutia bobamente.
- Prestem atenção aqui, crianças. – pediu enquanto fazia conchinha com as mãos e segurava os papeizinhos. Niall tirou o primeiro.
- Zayn.
anotou o nome do garoto em seu bloco de notas, no celular. Niall pegou mais dois papeis de uma vez.
- e Harry.
- Um trio fechou. Próximo. – avisou e pegou mais três papeizinhos das mãos da amiga. – , Liam. E fechando o trio, .
fechou os olhos ao ouvir o nome do seu melhor amigo. O filho da puta ainda estava bravo com ela. E pra fechar com chave de ouro: . Que beleza, o ex-casalzinho brigado, o melhor amigo bravo e ainda tinha que aguentar a caçula falando sobre o idiota do Daniel. Obrigada ! Sua mão podre do cacete.
- Então sobra a , o Lou bixinha, o Niall e a . – Zayn conclui.
- Bixinha é você quando tá chupando meu pau, viado do cacete. – Louis reclamou e deu um soco no braço do Malik, que riu achando mais graça ainda.
- Mãos à obra crianças, deixem as perrenguinhas de jardim I para depois. – diz, enquanto vai distribuindo os produtos de cada grupo.
, Zayn e Harry
- Ok, ficamos com o que? – Harry perguntou à , que carregava algo nas mãos, algo vermelho.
- Precisamos transformar ISSO – ela aponta para o tecido informe em suas mãos – em uma saia que aparentemente deveria ser única e exclusiva. – a Hilton explica e suspira, sabia que ia dar trabalho fazer o servicinho.
- Não é você que sempre diz que vai fazer moda? Então, você vai conseguir, loira. Além do mais eu estou ligado dos boatos de que você arruma as roupas da minha prima. – Zayn tenta soar positivo e animador, porque se a rainha da moda daquele grupo não conseguisse, ninguém mais conseguiria.
- Arrumo não, ajusto. – a loira corrigiu o amigo, orgulhosa por estar sendo reconhecida.
- Além do mais você tem razão, não deve ser impossível. Eu tenho quase certeza que a sua mãe tem uma máquina de costura aqui, Hazz.
- Madrasta. – Styles a corrigiu.
- Que seja, ela tem ou não? – perguntou, apoiando a mão no quadril.
- Tem, no porão da casa da piscina. – o curly explicou, seu telefone começou a tocar – É o meu pai. Vão indo pra lá que eu já acompanho vocês.
- Okaay. – concordou e saiu em direção à casa da piscina, sendo seguida por Zayn. Entraram no cômodo e se depararam com um sofá, um armário, baús, a máquina de costura, outros itens e muita, muita poeira.
- Tem certeza de que quer ficar aqui? – Malik perguntou, fazendo careta quando respirou e um quilo de poeira invadiu seu aparelho respiratório.
- Eu acho melhor nós subirmos, vamos acabar morrendo com uma pneumonia se ficarmos aqui.
- Então, vamos ter que esperar o Harry de qualquer maneira, você não conseguiria me ajudar e eu sozinho muito menos. – o moreno disse enquanto se abaixava de cócoras para observar como funcionava o mecanismo da máquina.
- O que você está querendo dizer com isso, Malik? – cruzou os braços. Zayn se levantou, limpando as mãos na calça e se aproximando bem da loira.
- Eu estou querendo dizer que você não tem força o suficiente para me ajudar e que...
Uma rajada de vento varreu o porão e em seguida ouviu-se um baque seco, que ecoou por todo o cômodo, automaticamente os dois fecharam seus olhos, a menina protegeu os ouvidos, tapando-os.
- Me diz que isso não aconteceu. – ela pediu, ainda mantendo seus olhos fechados com força.
- Eu estou com medo de descobrir. – Zayn abriu os olhos e lentamente encarou a porta, que jazia trancada. – É, aconteceu sim.
A loira também abriu os olhos e foi além da porta, viu um lado da maçaneta caído próximo à porta.
- Ai que maravilha! Essa tarde não podia ficar melhor! – Hilton disse, cheia de sarcasmo, jogando-se no pequeno sofá empoeirado e tendo um acesso graças à tempestade de poeira que subiu.
- Relaxa, loira. Eu já ligo pro Harry e ele vem abrir pra gente, já vamos sair dess...
- Ahn, pessoal! – Harry gritou do outro lado da porta. – Me digam que a maçaneta não caiu aí também.
- COMO ASSIM “AÍ TAMBÉM”? – gritou desesperada, sentindo-se sufocada e fazendo aspas com os dedos, como se Harry pudesse vê-la.
- Mas que merda... – Zayn murmurou, olhando através do buraquinho onde devia estar a fechadura. Deu um baque para trás quando um olho verde tapou a luz do sol. – STYLES PORRA! O que você tá fazendo?
O moreno se assustou e não pode deixar de rir, achando a maior graça da situação. Do lado de fora, Harry também ria do susto do amigo.
- Faz alguma coisa e tira a gente daqui, Harry. – Mailk pediu, não vendo a menor graça em ter se assustado.
- Espera... Deixa eu pensar no que posso fazer...
- Que esperar o que, Harry! Tira a gente daqui!
- A janela! Passem pela janela!
- Nem o cabelo da vai passar por aquele buraco!
- Então eu não sei o que fazer. – Harry deu de ombros e suspirou. Ele queria bater na irmã.
- Só nos tire daqui! – foi a vez de apelar.
- Okay. Eu vou atrás de um chaveiro. Vou ver o que ele pode fazer.
- E fica de olho no celular – Zayn gritou. Harry saiu correndinho até a casa, avisou aos amigos da situação de Zayn e , pegou seu carro e saiu.
A jovem Hilton não perdeu tempo, indo até a máquina de costura e começando o trabalho. Estava com o tecido e com a saia original nas mãos, vez ou outra usava a tesoura e a fita métrica, garantindo que a peça saísse o mais verossímil possível. Malik se mantinha quieto, sentado no sofá empoeirado, fuçando o celular, os dois estava quietos, a única coisa que quebrava o silêncio, era o barulho da máquina, trabalhando a todo o vapor.
- OOOOI GENTE! – gritou do lado de fora do porão. gritou de susto, parando o trabalho com a máquina.
- Tá louca, ? Quer me matar de susto? – a Hilton ralhou, pondo a mão no coração, Zayn tirou o celular da cara e sorriu do jeito da menina, aproveitou para descer o olhar pelas costas da loira, que agora havia tirado a camisa azul, amarrando-a na cintura, deixando os ombros desnudos. Malik mordeu a língua ao espantar os pensamentos e se levantar, indo até onde estava.
- Quis vir aqui ver como vocês estavam. Eae, como estão indo as coisas por aí?
- Estão... indo... – mordeu o lábio, olhando para a sua mesa de trabalho precária, o lugar estava realmente sufocante.
- Seu irmão já chegou? – Zayn indagou, se espreguiçando e estralando o pescoço.
- Nope.
- Já faz mais de meia hora que ele saiu. Cadê aquele idiota?
- Calma, Zanye! Aproveite a presença maravilhosa da , cultivem a amizade! Agora eu vou voltar, não é seguro deixar o Lou e a sozinhos por muito tempo.
- O Niall não tá com eles? – perguntou enquanto descalçava as sapatilhas, estava ficando quente pra caralho, e olha que Zayn ainda nem tinha tirado a camisa.
- Tá né, mas o Ni não dá conta nem dele mesmo, quem dirá do Lou e da . TCHAU FOFINHOS! – gritou de repente e saiu correndo jardim a dentro.
- Essa menina tem problemas, não é possível. – Malik falava em tom risonho.
- Eu estou cansada. Estou quase há 1 hora aqui, está quente e eu estou com fome... – reclamou.
- Pede pra alguém te trazer algo pra comer.
- Não... Eu estou com fome de sorvete.
- Fome de sorvete?
- É, ué! – a loira disse como se fosse obvio, sentando no sofá.
- Isso não existe!
- Claro que existe.
- Não, não existe! – falava de olhos cerrados e sorrisinho esperto.
- Claro que sim, Zayn.
- Óbvio que não.
- Ah, tanto faz, saco! Não vou discutir com você.
- Tá de TPM, loira? – tirou sarro da menor.
- Não enche, volta para seu celular e me deixa em paz. – se virava de costas para o rapaz e voltava para seu trabalho. – Realmente não sei como a te aguenta!
- Okay, não precisa ficar tão brava assim. – se aproximou da menina que nem deu a mínima para sua presença. – Fala sério, ! Pensei que havíamos superado a fase “te odeio, não fala comigo”! – sorriu e foi acompanhado por ela que sorria fraco.
- Desculpa... É a fome.
Zayn abaixou a cabeça, rindo da teoria da loira.
- Ok, me convenceu. Quando sairmos daqui, te levo em uma sorveteria. Que tal?
- Como? O badboy, o “Senhor-Eu-Sou-Fodão” Malik vai ser bondoso ao ponto de levar a pobre caloura aqui pra tomar sorvete?
- Não estou entendo esse seu sarcasmo...
- É só que eu pensei que você fosse apenas um cara idiota e egoísta.
- Muito obrigada, Hilton! Fico muito satisfeito de saber que você me vê assim! – Zayn forjou um tom irritado, só servindo para fazer sorrir.
- A culpa é sua! – ela apontou para o garoto, que a encarava entediado.
- Minha culpa? Culpa do quê? – Ele perguntou, mordendo o lábio para não sorrir. - Olha, já deu para você reparar que eu não sou assim! Por que continua insistindo nisso?
- Você realmente parece metido e esnobe, às vezes.
- Claro que não! Você é quem é metida, esnobe e mimada! – levantou as mãos falando algo óbvio. – “Eu só como muffins de tal lugar porque eles não são tão calóricos!”, “Eu não troco uma Prada por nada!” – imitava a agarota, fazendo voz fina. – “Prefiro mil vezes comemorar meu aniversário em Paris do que em qualquer lugar do mundo!”.
- Já percebi que você prestou bastante atenção em mim! – falava convencida, com um sorrisinho irritante e uma expressão superior, típica dela. O rapaz rolou os olhos e riu fraco. – Mas para começo de conversa, eu sou um exemplo de humildade e simpatia!
- Tá tentando fazer uma piada, Hilton? – voltou ao sofá, se sentando com cuidado para não levantar mais poeira.
- Você não entende nada! – suspirou e revirou os olhos.
- Entendo sim, você é metidinha e esnobe. – enumerava nos dedos - Você vive num mundinho só seu, onde você é a rainha e todos os outros seus servos. É como se só seus desejos fossem importantes e os outros vivem apenas para adorá-la. – pegou um cigarro no bolso – Mas deixa eu te dar um aviso, cuidado, hein! Porque quando a sua bolha estourar e seu mundinho de cristal desmoronar, você vai começar a viver no mundo real onde o que você quer significa absolutamente nada e vai ser decepcionante.
o encarava não acreditando no que ele havia acabado de dizer.
Ela pensou em mil formas de responder aquela maldita fala e fazer aquele badboy de merda calar a boca para sempre, todavia, aquela semana eles andavam se entendo e a menina realmente pensara que eles parariam de implicar um com o outro. Talvez, Zayn não dizia aquilo para magoá-la, talvez ele só não pensara antes de dizer.
- Você tem mesmo que fumar aqui? – disse tentando evitar uma discussão maior.
- Viu o que eu disse! Os outros sempre precisam fazer o que a Vossa Majestade deseja. – apagou o cigarro no azulejo do porão.
- Eu só pedi porque está um inferno de quente esse lugar, tem poeira em cada centímetro, está difícil para respirar e você apenas pioraria a nossa situação acendendo um maldito cigarro!
- Já apaguei, loira. – levantou as mãos se fazendo de inocente. – Seu desejo é uma ordem!
- Vai se ferrar! – se irritou e voltou ao trabalho.
Definitivamente Zayn Malik era um grande merda!
Depois das 13H30, a saia já estava pronta, a loira e o moreno não haviam mais aberto a boca desde a discussão que nenhum dos dois sabia porque raios havia começado e Harry ainda não havia dado sinal de vida. O cacheado estava rodando por Londres na busca de um chaveiro, mas estava sem sucesso. Estava prestes a desistir da busca e deixar os amigos trancados no porão até na segunda de manhã, quando os funcionários retornariam e fariam algo pelo casal lá dentro, mas preferiu continuar a busca, para evitar o piti de Zayn quando saísse de dentro do lugar.
, Louis, Niall e
- VOCÊ NÃO VAI TINGIR ESSA SAIA SEM DESCOLORIR ANTES!
- VOU SIM.
- NÃO VAI NÃO, SEU IMBECIL! VAI DAR TUDO ERRADO!
- PARA DE GRITAR, GAROTA, EU NÃO SOU SURDO!
- CALA A BOCA, TOMLINSON E ME ENTREGA ISSO.
- NÃO WESTWICK, VAMOS TINGIR, ESTAMOS AQUI PARA TINGIR E NÃO DESCOLORIR, MENINA BURRA.
e Louis discutiam há 20 minutos sobre qual seria o processo para tingir a saia. Niall e estavam sentados na bancada, comendo os cookies favoritos da garota enquanto assistiam o espetáculo.
- Nossa, eu realmente AMO esses cookies – o irlandês falou para a loira enquanto o casal à sua frente ainda gritavam um com o outro.
- Eu também! A mãe do Hazz mandou pra mim lá de Los Angeles. São os meus preferidos.
ameaçava jogar seus sapatos em Louis e ele apenas a desafiava com um sorriso sarcástico.
- , diga pra esse idiota que temos que primeiro descolorir a saia antes de tingir essa porcaria! – estava vermelha de irritação.
- Não precisa desse trabalho todo, é só passar a tinta aí – Louis repetia como um mantra.
- Claro que não! Você faltou nas aulas do primário? Azul + vermelho dá roxo!
- Ahhh nada a ver! Para com isso!
- Me dá essa tinta AGORA, Tomlinson! – fechou as mãos, pronta para socar a cara do garoto. Correu até ele e Louis tentou salvar a tinta, mas acabou tropeçando nos cadarços e derrubou todo o conteúdo do potinho na saia.
- Eu não acredito que vocês fizeram isso! – pulou da bancada para ver o estrago que os amigos fizeram na peça de roupa.
- E não é que ficou roxo mesmo! – Niall constatou rindo, ainda comendo os biscoitinhos.
- EU VOU MATAR VOCÊ, TOMLINSON! – gritou e saiu, batendo pé. Foi embora sem ao menos se despedir dos amigos. Louis murmurou uma porrada de xingamentos e saiu atrás da ruiva. e Niall ficaram na cozinha limpando a bagunça.
- Eu não mereço esses dois! Parecem que tem dois anos! Por deus! – a loirinha reclamava, com as mãos sujas de vermelho. Niall foi quem teve que fazer todo o serviço, de fato.
- Não seja tão reclamona, ... – ele desconversou, tentando fazer com que ela mudasse o foco de sua irritação.
- Como eu não reclamo? Olha o que eles aprontaram por aqui! Isso vai ficar manchado até amanhã! Minhas mãos estão sujas e nojentas e vão ficar horrivelmente manchadas e...
foi calada com um beijo breve. Niall sorriu para ela, passando o dedo indicador sujo de vermelho na pontinha de seu nariz.
- Argh, Ni! Você me sujou!
- Fresca... – ele devolveu e deu um tapinha na bunda da loira enquanto iam atrás de e Zayn.
No pátio da frente da mansão Style, corria em direção ao seu Toyota. Estava possessa e nem deixando suas mãos duras como pedras, chegando a doer.
- Qual é, , para de ser marrenta!
- Marrenta? EU? Você acabou de estragar a saia, uma saia CARA e vem me chamar de marrenta? Marrenta é o meu pau! – desfazia o coque do cabelo, pronta para entrar em seu carro e atropelar Louis. E sim, talvez ela fosse um pouco descontrolada com seus sentimentos quando o assunto era aquele maldito garoto insolente.
- Como você é negativa! Jesus! Olhe por um novo ângulo! Eu criei uma nova saia! – o rapaz deu o seu melhor sorriso de “Isso é foi legal, cara” – No fim das contas eu fui extremamente criativo e você vai ter que concordar comigo, uh? Heeeein? Toca aqui. – ele pediu, levantando a mão para o ar à espera de um Hi-5. o encarou seríssima e deu a volta no carro, destravando-o. Louis não perdeu por esperar entrou no banco do carona.
- Mas que porra você tá fazendo aqui? – a ruiva passou a mão na cara, xingando-o de 1001 nomes diferentes.
- Estou sem carro. – Louis justificou enquanto se acomodava confortavelmente no banco macio do Toyota.
- E? Eu não sou taxista. Sai do meu carro, Tomlinson. Pelo amor de deus, sai do meu carro antes que eu o pinte com o seu sangue, SEU IDIOTA! – socou o painel do carro e Louis de fato se assustou.
- Você é capaz de falar uma sentença inteira sem gritar? – ele perguntou baixinho.
- NÃO TOMLINSON, EU NÃO SOU CAPAZ DE NÃO GRITAR, PRINCIPALMENTE QUANDO ESTOU FALANDO COM UMA ANTA ESTÚPIDA E SURDA COMO VOCÊ!
A gritaria foi sucedida por um silêncio constrangedor quando se tocou de que estava literalmente em cima de Louis e seus rostos estavam próximos demais. Ela virou o rosto para o lado, tentando disfarçar a vergonha. Afinal Westwick não se envergonha, certo?! Certo?... Ela prensou os lábios e se afastou do garoto, voltando ao seu banco. Endireitou a postura, passou as mãos pelos cabelos, arrumando-os e dirigiu, calmamente, seus negros olhos para os azuis intensos do moreno.
- Okay. Tudo bem. – se recompôs. – Você não vai sair do meu carro e eu não vou mais discutir. Eu vou deixar você em casa e não, não refira a palavra a mim, não toque em nada do meu carro, não respire, não abra a boca até que eu te entregue no seu endereço.
, e Liam
- OK. Só temos que costurar esse lacinho aqui na saia. – mostrava as peças de roupa – Vou perguntar pra onde tem linha e agulha. Já volto, pessoas.
Desde a festa de Danny, e Liam não conversaram mais. A garota estava saindo com o capitão do time de basquete e Liam estava transando regularmente com Lexi. Era sabido que Lexi odiava as cinco garotas, e o sentimento era mútuo. e até tentavam uma aproximação, mas era impossível pelo simples motivo de Lexi ser a pessoa mais egocêntrica e esnobe que já pisou no Planeta Terra.
Lexi Saint já tinha dormido com Harry, Zayn Liam, Louis e Niall, porém, Payne era sua grande obsessão. E esse era mais um motivo para não simpatizar da sua “rival”. Frequentemente ela era motivo das discussões de e Liam, e sempre que possível, fazia questão de ser maldosa com a Ortega. e eram as únicas que escapavam da maldade da Saint, já que era sabido por todas que as duas conseguiam ser pior do que a própria loira oxigenada.
Liam estava bravo com Meester desde que soube que a melhor amiga quem disse para não ficar mais com ele. Sentia-se traído pela pessoa em quem mais confiava. Ele apenas não entendia aquela atitude, a amiga deveria ajuda-lo e não atrapalhá-lo.
- Que confusão, né? – tentava estabelecer uma conversa com o rapaz, sendo completamente ignorada, Liam nem ao menos balançou a cabeça para dar alguma resposta, continuou usando o celular. – JÁ CHEGA, LIAM PAYNE! – Meester se levantou de repente, indo sentar em frente ao melhor amigo. – Olhe pra mim... Liam James, olha pra mim!
- O que você quer, ?
- Quero que você pare de agir como uma criança mimada! – falou em um tom que mostrasse que ela estava incomodada, mas que não transparecesse irritação, já que ela não se encontrava com essa moral toda.
- Só me deixa em paz, tá legal... – Liam suspirou fundo. Não estava na vibe pra discutir com a pessoa que havia fodido com a sua vida amorosa.
- Li, para com isso, precisamos conversar. Eu não quero que a gente fique brigado assim pra sempre. Eu entendo que você esteja irritado comigo, mas... - Irritado? Você acha que eu tô irritado? – ele riu em deboche, guardando o celular – eu tô é muito puto! Como você pode fazer isso com o seu “melhor amigo”?
- Você devia entender que a também é minha melhor amiga! E ela é mais nova do que nós dois, é a minha obrigação protege-la.
- Protegê-la de mim? – Payne demonstrava o choque em sua voz.
- Proteger ela de QUALQUER pessoa que possa magoá-la. Incluindo você, se for o caso.
- Ahhhh me poupe, ! – Liam levantou e passou a mão na cabeça, se virando de costas para a morena, que estava com a paciência no limite.
- Te poupar do que, Liam James? Você, mais do que ninguém sabe que está errado nessa história, VOCÊ sabe o quanto eu tive que consola-la enquanto você passava pelas porras das suas crises existenciais e ela chorava por SUA causa!!!
- Ainda sim, você não tinha o direito de se intrometer...
- Como sua melhor amiga, não. Mas como a melhor amiga da , sim, eu tenho o TOTAL direito de me intrometer quando eu quiser! E fique sabendo que ela tá MUITO feliz sem você!
Existem momentos em que paramos para respirar fundo e pensar muito bem antes de falar alguma merda que não poderá ser desfeita. E agora, era um desses momentos. e Liam se encaravam, medindo as palavras e procurando a coisa certa a se dizer.
- Olha, me desculpa tá legal! Mas um dia você vai ver que foi melhor assim, e eu espero que a nossa amizade não acabe por isso. – a morena pegou a bolsa e foi embora. Liam continuou sentado no sofá sem reação.
Será que seria mesmo melhor assim? Será que ele deveria ir atrás de e pedir desculpas? Será que a vida de outro cara de 19 anos estava tão bosta como a dele?
- Eu peguei essas coisas e acho que consigo... Ué... Cadê a ? – entrou na sala com a linha e a agulha em mãos.
- É... Ela teve que ir... – Payne pigarreou.
- Safada, nem se despediu. Se você quiser ir também, não tem problema. – disse, sentando com as pernas cruzadas e se apoiando na mesa, estudando a peça de roupa.
- Não se preocupe, eu te ajudo. – Liam se levantou, indo até onde estava . Ela sorriu agradecida, mas por dentro estava surtando, assim como o grandão.
- Você pode colocar a linha na agulha, por favor? Eu sempre me furo, e isso não é nada legal! – explicou e Liam sorriu de seu jeito meigo.
- Obrigada! – Ortega agradeceu novamente, quando Liam lhe entregou a agulha no ponto de usar. Os dois permaneceram em silêncio enquanto trabalhava, até que o celular de Liam começou a tocar, assustando os dois.
- Alô? Ah, sim... Tudo bem?... E vou demorar um pouco, porque estou resolvendo umas coisas... Eu disse que eu já estou indo, mas eu realmente preciso resolver mais coisas... Tudo bem... Lexi, calma, eu já estou indo te pegar e daí nós vamos chegar a tempo, okay?... Tudo bem, nós vemos daqui a pouco... Beijo... Eu também, tchau.
não falou nada, disfarçou muito bem, porém estava profundamente incomodada, sabia que Liam não ia ficar sozinho, mas Lexi? Logo aquela vadia? Que maravilha!!!
- Bom, já terminei – ela se levantou – Você tem compromisso, né? Sua sorte é que já acabamos por aqui.
Liam notou uma leve irritação na voz da morena e sorriu minimamente, achando engraçada a situação.
- Vou indo entregar para a . – a Ortega foi em direção a cozinha, mas quase foi atropelada por uma furiosa e um Louis gritando para que a ruiva o esperasse. não estava na cozinha, bem como Niall. Então ela deixou a saia no balcão da cozinha, ao lado de um pacote abandonado de biscoitos.
- Ué?! Ainda não foi embora? A Lexi vai ficar furiosa com você. – falou como quem não queria nada. Liam sorriu de lado suas suspeitas foram confirmadas, definitivamente estava incomodada.
- Ah, sim. Mas um número desconhecido acabou de me ligar e por um acaso era o Harry, que esqueceu o celular aqui e me ligou de um número emprestado só pra dizer que vai precisar da minha ajuda para desparafusar a porta do porão. Como ele não ia encontrar um chaveiro em pleno domingo a tarde, só resta... – o rapaz foi interrompido por uma buzina. – Deve ser ele.
e Liam foram até a janela e viram um carro estacionado em frente a mansão Styles. E não, aquele carro não era do Harry. Liam não fazia ideia de quem poderia ser, porém saberia dizer com muita categoria que aquele era o carro de Daniel Phillips.
- Quem é esse? O Harry e a estavam esperando visita? – Liam perguntou.
- Oh, é a minha carona. – explicou, sorridente, catou o celular no sofá e foi até a porta em passos rápidos - Por favor, fala pro Zayn que eu já fui, beleza?
- Aham, mas ele vai querer saber pra onde você foi.
- Diz que o Danny veio me buscar e que eu não vou demorar pra chegar em casa. Tchau, Liam! Valeu!
saiu correndo até o carro do capitão, que estava encostado na lateral do carro a esperar por ela. Trocaram um abraço rápido.
- Hey . Danny... – Harry cumprimentou o casal – , sabe dizer se eles ainda já saíram do porão?
- Uh, não. Eles estão esperando você. – diz e Daniel caminha até a porta do motorista.
- Beleza, deixe-me ir salvar as donzelas em perigo! – Styles brincou, caminhando até a casa, arrastando uma caixa de ferramentas.
- O que aconteceu? – Daniel perguntou enquanto dava partida e deixava para trás a casa dos Styles.
- Loooonga história. E talvez eu te conte...
- Qual a sua condição? - Phillips arqueou a sobrancelha, em dúvida.
- Desde que você me leve pra comer alguma coisa. – sugeriu e sorriu, corada.
- Tudo bem então, espertinha! Vamos comer alguma coisa enquanto você me conta essa história! – Daniel deixou um beijo rápido nos lábios da Ortega e mudou a rota do carro.
Liam ainda estava parado na janela, absorvendo a realidade de que sua garota estava saindo com Daniel. De tão absorto em suas reflexões, não notou que Harry se aproximava.
Harry encarou o amigo e depois a janela, tentando descobrir o que havia de tão interessante ali. Então associou a vista com o local onde o carro de Daniel estivera há poucos minutos atrás. Sorriu sorrateiro.
- Nossa Liam, pensei que você fosse mais esperto! – ele diz a tempo de ver Liam se assustando e voltando-se para ele.
- Que susto da porra! O que você disse?
- Disse que você é idiota!
- Você não disse isso.
- Se você entendeu o que eu disse, por que perguntou?
- Vai se foder.
- Mas é verdade! A garota que você gosta está lá fora com um cara que você odeia. Você é um trouxa. Por que deixou isso acontecer? – Harry perguntou enquanto os dois caminhavam até o porão do jardim.
- Eu não fiz nada, a senhorita eu-sei-de-tudo-e-mando-nessa-porra é quem fez a cabeça da pra ela terminar comigo. – Liam revirou os olhos, como se estivesse ali.
- Ohhh, parece que você e a sua bestie estão com problemas, uh? – Harry sorriu, sínico.
- Eu realmente tô puto com ela. Preciso de um LONGO tempo pra esfriar a cabeça.
- Tome o seu tempo, man. Lidar com a não parece ser a coisa mais fácil da terra.
- Não é mesmo... – Liam concordou baixinho, sentado ao lado de Harry, que soltava os parafusos.
- Mas de qualquer maneira, não deixe isso se prolongar muito, ficar brigado nunca é legal... – Styles falava com o pensamento longe, Liam arqueou a sobrancelha.
- Do que você tá falando, cara?
- Ah, nada demais, é que todo mundo sabe que você e a Meester são melhores amigos desde que existem e com toda certeza ela deve estar mal e isso significa ter que aguentar mais mau humor dela, o que não é fácil contando que ela já é naturalmente mal humorada. – Harry falava rápido, tornando a situação 100% mais constrangedora, principalmente porque ele NUNCA falava rápido.
- Que seja, a precisa entender que não pode se meter na minha vida sempre que ela quiser. – Payne falou, convicto. Quem ouvisse poderia jurar que a morena não seria o motivo do próximo termino de Liam com Lexi.
Quando Harry finalmente retirou a porta do lugar, deu um pulo de onde estava. Zayn e saíram em disparada.
- GRAÇAS A DEUS - o moreno disse, caindo de joelhos no chão, sendo apenas um pouco dramático.
- Seu nome é Zayn e o sobrenome é Drama, né! – Liam dizia sorrindo da reação do melhor amigo.
- Drama?! Meus pulmões estão sangrando de tanto que eu tossi! – falava enquanto era acudida pelo melhor amigo – E você mocinho... – ela se virou para o loiro e deu um tapa em seu braço. – nem se deu ao trabalho de ver se eu estava viva!
- Nossa, tá difícil estabelecer quem é o mais dramático aqui! – Niall mudou de assunto, apontando para o casal que ainda coçavam o nariz.
- Bem, já que todo mundo tá bem, vivo e feliz... Eu realmente preciso ir! – Liam se despediu dos amigos e foi embora.
- E eu vou dormir. – Harry deixou os amigos para trás, indo para o seu quarto hibernar.
- Aqui a saia da sua mãe, . – Malik entregou a peça para a loira.
- UHUUUUUUUUUUUUUL! Amo vocês! – gritava animada, dando pulinhos de satisfação.
- Que bom que gostou. – dizia sorridente, agradada por ter feito um excelente trabalho em tão pouco tempo. – Agora eu preciso ir.
- Eu te levo em casa. – Niall ofereceu.
- Não precisa. – falava meiga. – Aliás, eu estou chateada com você. Tchau gente! – olhou séria para Niall por exatos 5 segundos. Desmanchou-se em um sorriso, mas ainda assim seguiu rumo à porta de saída da casa.
Zayn pensou em ir atrás dela, ele não havia falado nada demais, porém sentia que a menina ficara magoada... Como ele pensava, ela realmente era uma criança mimada. Contudo, seus devaneios foram interrompidos por , que pediu/mandou que ele e Niall colocassem a porta de volta no lugar.
- Por que o Harry não faz isso? – tentou argumentar, mas foi mais rápida em seu discurso de que ninguém a ama e se importa com os problemas dela. No fim das contas não restava dúvidas de quem era a mais dramática do grupo. E talvez, apenas talvez, Niall fosse apaixonado por isso.
Malik e Horan colocaram a porta rapidamente. Sem muita conversa, já que os dois queriam terminar aquilo o mais rápido possível, para que pudessem ir atrás de certas duas loirinhas.
- Eu preciso ir, gente. – Zayn avisou, limpando as mãos na calça e saindo o mais rápido que conseguia.
- Espera! – gritou.
- O que foi, ? – ele perguntou impaciente, soltando todo o ar pela boca.
- Niall e eu vamos ver um filme. Quer ver com a gente? – a loira ofereceu, sorrindo simpática. Simplesmente não havia como se irritar com a mocinha.
- Obrigada pelo convite, mas não estou afim. Nos vemos amanhã no colégio. Tchau! – Ele se despediu tão rápido que nem notou como foi até Niall e beijou-o rapidamente. Entrou em seu carro e calculou que uma hora daquelas, deveria estar chegando em casa.
Acelerou o Maserati, e fez o caminho da casa da garota, que morava a algumas quadras dali, por isso ele tinha certeza que ela não havia convocado um táxi para ir busca-la. E estava certo, já em frente à casa da menina, a encontrou caminhando o portão e se aproximando do interfone para pedir que abrissem.
- Hey! – o moreno disse abaixando o vidro do automóvel e sorrindo para a caçula. Ela não chegou a apertar o botão do interfone.
- O que foi? – perguntou curiosa se aproximando do garoto. – Esqueci alguma coisa? – começou a mexer em sua bolsa checando tudo: celular, fones de ouvido, carregador do aparelho, carteira, maquiagem, óculos de sol... Tudo estava em seu devido lugar.
- Não, não é isso. – o rapaz respondeu vendo-a remexer em tudo. – É que eu disse que ia te levar em uma sorveteria... – parou o que fazia e ergueu seu rosto para ele com uma das sobrancelhas arqueadas. Zayn falava calmamente. – então estou aqui! – levantou o braço e deu leve batidinhas na lataria do carro. – Entra aí!
- Olha, realmente não é necessário. – caminhava de costas à procura do interfone, tateando a parede.
- Eu disse que te levava, eu insisto.
- Não precisa, já disse!
- Eu sei que ficou irritada com o que eu disse mais cedo. – abriu a porta do automóvel e saiu dele. – Me desculpa...Eu não queria... te magoar? - não gostava da ideia de a razão da raiva da menina ser ele.
- Você só falou demais... Não importa.
- Se não importa, como você diz, me acompanha! – falava sério.
- Por que é tão importante? – a loira perguntou batendo nas coxas, não entendendo o motivo de tanta insistência.
Ele só não queria que ela ficasse irritada com ele, naquela semana eles até que se divertiram nos cinco minutos diários que passavam conversando encostados no armário, ou na cantina, ou quando se esbarravam no bebedouro, ou então todas essas vezes em único dia.
- É só um maldito sorvete. – voltou para seu carro e colocou a chave na ignição. – Mas esquece.
o viu ligar o Maserati e então gritou: - Espera!
Ela não queria regredir todo o avanço que conseguiram! Zayn até que era um cara legal, ela gostava da companhia dele e da forma que ele raramente a encarava nos olhos, apesar de manter a pose de “Badboy-Pego-Todas” ela sabia que Malik era tímido, assim como a prima. – era extremante tímida, Zayn era apenas tímido. – gostava do sorriso que ele sempre mantinha quando estava cercado pelo amigos, jogando conversa fora. Gostava do olhar dele, era observador, como um falcão, passava calma, era caloroso... Todavia, quando os dois conversavam sozinhos, os olhos castanhos e brilhantes do rapaz dificilmente encontravam os dela.
- Sorvete parece uma boa. – a loira disse, dando a volta no carro e se aconchegando no banco do carona.
O caminho até o estabelecimento foi silencioso entre os dois, o único som que preenchia o ambiente era a música que saia das caixas de som e a voz baixinha de Hilton, que cantarolava Locked Out Of Heaven. A loira mantinha os olhos fechados, a cabeça descansando no banco se mexia com o ritmo da música. O rapaz que prestava atenção no trânsito, às vezes, desviava o olhar para a menina e curvava levemente um dos cantos dos lábios em um pequeno sorriso.
Algumas músicas depois, o garoto estacionava o automóvel um quarteirão antes da sorveteria, por falta de vagas mais próximas ao ambiente.
Já estava quase anoitecendo, o frio estava forte. Cada vez que o vento batia no rosto da garota ela podia sentir o ar entrando e saindo de suas narinas, como se ele se materializasse em uma pedra de gelo. Abraçava o casaco em volta do corpo e tentava esconder as mãos para que não congelassem.
Ao chegar ao destino, Zayn abriu a porta e adentrou, caminhando até uma mesa no canto. o seguia e observava o lugar, que era colorido e bem iluminado, alguns quadros de pontos turísticos adornavam as paredes do gracioso ambiente.
- É a sorveteria favorita da minha prima. – o moreno disse assim que ela sentou.
- É bem legal aqui. – admitiu com um sorriso, ainda olhando ao redor.
- Oi Zayn! – um rapaz alguns anos mais velho que o casal os cumprimentou, e se virou para a loira, sorrindo.
- Oi Carter! – o rapaz respondeu. – Essa é Hilton. Eu a trouxe para conhecer o lugar.
- Muito prazer, senhorita Hilton. Carter Eich. – estendeu a mão para a garota, cumprimentando-a.
- Me chame apenas de . – sorriu, retribuindo o gesto.
- Acho que essa é a primeira vez que você vem aqui sem a . – Carter disse a Zayn entregando a cada um deles um cardápio
- Pois é... A minha amiga – apontou para a menina que estava perdida em tantas deliciosas opções – disse que queria tomar sorvete e esse foi o primeiro lugar que me veio à mente.
- Modéstia a parte, você fez uma ótima escolha. – Eich, o filho do dono, sorriu orgulhoso – Vou deixar que vocês escolham e já volto para anotar o pedido.
- Então quer dizer que você vem muito aqui. – arriscou um assunto depois de alguns segundos de silêncio.
- Aham. Meus pais e meus tios sempre nos traziam aqui, agora eu sempre trago a . – explicou.
Ainda era difícil para ambos iniciar um assunto e já estava ficando constrangedor aquela situação. Ninguém falava alguma coisa, apenas evitavam que seus olhares se cruzassem e quando isso acontecia sorriam de forma nervosa e o desviavam para outro lado. Ficaram tanto tempo nessa ladainha que deu tempo de seus pedidos chegarem.
Zayn ia tomando seu milk-shake de chocolate, quando de repente sentiu uma forte dor na cabeça e dirigiu a mão ao local onde a dor estava intensa.
- Congelou o cérebro? – perguntou com um sorrisinho sutil e o viu confirmar com a cabeça, riu levemente e o rapaz moveu seus olhos castanhos até os dela.
- Não tem graça! – um dos cantos de seus lábios, avermelhados, estava curvado em um sorriso doce.
- Ah, tem sim! – cansada de momentos desagradáveis, a garota tentou iniciar um tópico. – Qual é a sua cor favorita?
- Sério? É assim que você pretender encerrar o silêncio? – voltou a sua sobremesa e manteve uma das sobrancelhas arqueadas.
- Estou fazendo meu melhor aqui! Você poderia ajudar... – Zayn achava irritantemente adorável como Hilton inclinava graciosamente sua cabeça sempre que ele se opunha a responder alguma de suas perguntas estúpidas. – Cor favorita?
- Preto. – respondeu simplesmente e abaixou o olhar para sua taça de milk-shake. , ao contrário, manteve seu olhar nele.
Ao perceber que era observado, o moreno levantou a cabeça e a encontrou o encarando.
- O que foi? – questionou. A loira permaneceu calada, o fitando. – Tá... Qual é a favorita?
- Obrigada por perguntar, Zayn! – sorria divertida pelo modo como ele se mostrava enfadado. – Eu sei que você acha que eu gosto de rosa...
- E não é?
- Eu admito que sou patricinha... Um pouquinho... Mas não amo rosa. É claro que eu gosto dessa cor, mas não a amo. Ela é bonita e tudo, mas não a mais linda que existe no mundo. E eu sei que tenho muitas coisas rosa, mas isso não quer dizer nada...
- Tenho que te avisar que parei de prestar atenção no meio da frase.
Sorriu divertida e voltou ao assunto: - De qualquer forma, a minha cor favorita é vermelho.
- Uma variação de rosa.
- Não é uma variação.
- É sim!
- Em que mundo?
- No de todo mundo! – levantou as sobrancelhas como se o que dissesse fosse óbvio.
- Homens são horríveis para diferenciar cores... – torceu os lábios e voltou para seu sorvete.
- Isso não é verdade!
- Okay, então que cor é meu casaco? – cruzou os braços, e mantinha uma expressão perspicaz.
- Branco?...
- Gelo.
- Meu Deus, não é a mesma coisa? – o garoto apoiou o rosto nas mãos e balançou a cabeça negativamente.
- São duas coisas totalmente diferentes. É a mesma coisa que falar que DC e Marvel são a mesma coisa só porque se trata de super-heróis!
- Me convenceu...
Era apenas difícil iniciar um assunto entre os dois, mas depois que alguém desse o pontapé inicial a conversa podia render horas. Falaram sobre o longo dia que tiveram, sobre os amigos, sobre a escola e finalmente falaram sobe o futuro.
No ano seguinte, Malik daria adeus a Eton, a sua casa, a Londres, a uma grande parte de sua vida. perguntava se aquilo não o assustava e tudo o que ele dizia era que não podia estar mais empolgado, seria uma nova etapa, uma vida nova, novos desafios, e tudo aquilo lhe soava muito prazeroso. E o melhor era que ele estaria entrando naquele novo ciclo com seus melhores amigos.
Ele ia dizendo o que esperava da faculdade e o que sentia vontade de fazer lá, e à medida que a garota ia ouvindo se perguntava o que ela ia fazer quando chegasse a sua hora de iniciar essa nova parte da vida.
- O que você pretende fazer? – Zayn indagou, brincando com seu canudo.
- Eu não sei... Ainda não tenho a mínima ideia de que curso quero fazer na faculdade. – replicou cabisbaixa.
- Eu pensei que você quisesse fazer moda e esse tipo de coisa... – apoiou um dos braços no encosto do banco.
- Não é tão simples assim... – balançava a cabeça negativamente, como uma criança.
- Não é?
- Não... Minha tia é modelo, minha mãe tem sua própria marca de roupas femininas.
- Aí! O caminho já estaria preparado para você!
- Mas eu não queria que os outros pensassem que eu teria sucesso só por causa da minha família, entende?
Zayn sustentou seu olhar em Hilton por alguns segundos.
- Eu entendo o que você que dizer. Mas você acha que não quer seguir esse caminho, ou...
- Eu não sei o que eu quero na verdade...
- Okay – riu levemente. – Porém, se você acha que deve fazer essas coisas de moda apenas faça! – o encarava concentrada em tudo o que ele dizia. – É sempre bom ter contatos em qualquer ramo que você siga, e pelo o que você disse sua família está bem por dentro dessas coisas. E, acerca de as pessoas dizerem que você conseguiu graças aos outros e não por esforço próprio, mostre que elas estão erradas e que você chegou onde está por seu próprio talento. No fim das contas não importa o que os demais dizem a nosso respeito, se nós conseguirmos comprovar que eles estão errados. Meu pai sempre diz isso.
- É um ditado bem legal. Obrigada Zayn. – sorriu sincera pelas palavras de apoio de recebera.
A menina nunca falara sobre este assunto com alguém, porque ainda estava no início do ensino do médio e não achava necessário se preocupar com isso no momento, todavia o discurso de ajuda que o rapaz lhe deu foi muito bem aceito.
Após uma pequena discórdia sobe quem pagaria a conta e Malik ser mais adiantado e conseguir efetuar o pagamento, o casal caminhou em direção ao carro do moreno reparando na bela lua cheia que banhava a todos com seu encanto, graça e formosura.
O Maserati era dirigido até a mansão Hilton, e no interior do automóvel a cena de cantando sem medo de ser feliz se repetia, Zayn sorria vez ou outra com a ousadia da loirinha, que cantarolava sem temor.
- Obrigada pelo passeio, Zayn. Eu me diverti bastante.
- Imagina. Não por isso.
A menina não sabia se apenas descia do carro, ou se despedia com um beijo, amigável, no rosto do mais velho. Permaneceu no seu dilema interno por alguns segundos, encarando Malik, sem saber o que fazer. “Será que vai ser desconfortável se eu o beijasse? Contudo, um beijo no rosto não mata ninguém... Mas e se ele achar que eu estou passando do limite de colegas? Quer saber?! Esquece!”. - Obrigada mais uma vez. Tchau! – se aproximou dele, lhe deu um beijinho suave na bochecha e desceu do carro a tempo o suficiente de vê-lo corar levemente.
caminhou até o interfone e o tocou, logo o portão se abriu ela pode entrar na segurança de seu lar. Acenou para Zayn, que aguardava que ela adentrasse e seguiu em direção à porta principal.
Sorriu ao se lembrar das bochechas rosadas do garoto quando ela o beijou. Ele ficara adorável, cativante, amável, encantador... atraente!
Okay, ele já era lindo, mas com as bochechinhas rosadas ficava a coisa mais fofa que poderia, um dia, existir na Terra.
Capítulo 9
Relacionamentos em geral são difíceis, pois é complicado duas pessoas de temperamentos diferentes se relacionarem e sobreviverem a isso. Às vezes, alguns desistem no meio do caminho, pois não suporto a guerra de sentimentos, no entanto as cicatrizes dessas batalhas são eternas.
Pessoas vem e vão, amizades se iniciam e terminam todos os dias. O vazio e falta daquele companheiro permanece por um tempo curto, longo ou para sempre, depende dos sentimentos de cada um. E sabia que se não tomasse uma atitude, a falta de Liam duraria por um bom tempo, não para sempre, porque ela conhecia o melhor amigo e cedo ou tarde ele voltaria a falar com ela, todavia sentia que naquele momento deveria tomar a iniciativa.
Por isso se sentiu melhor quando enviou uma mensagem para o rapaz pedindo para que o encontrasse na cafeteria que costumavam ir aos sábados frios. A morena já estava lá há 27 minutos. Vinte e sete minutos observando a paisagem lá fora. Vinte sete minutos virando-se para a porta toda vez que o sininho tocava anunciando uma nova pessoa no estabelecimento. Vinte e sete minutos desbloqueando o celular para ver se Payne tivera justificado seu atraso de vinte e sete fucking minutos! Vinte e sete minutos que mais pareciam mais vinte e sete mil anos.
Já havia comido um pão de queijo e um muffin de chocolate, se servido duas vezes de café e estava pensando seriamente em pedir para o seu pai lhe comprar uma franquia daquelas como presente por seu décimo oitavo aniversário.
Estava de cabeça baixa, brincando com o açúcar e organizava seus pensamentos de como faria um pedido daqueles para seu velho quando sentiu a presença de alguém a sua frente. Levantou o rosto na expectativa de encontra o melhor amigo lá e poder finalmente conversar, mas...
- O que você está fazendo aqui? – perguntou entediada a Harry.
- Oi para você também, Meester . – O moreno sorria simpático, sentando-se a frente da garota.
- O que você está fazendo aqui? – repetiu a pergunta, tentando diminuir diálogo.
- O disco riscou? – fez piada e riu, a garota apenas continuou o encarando e piscando sonolenta. – Okay... – desistiu de fingir que eram amigos. – A queria brownies. Como sou um bom irmão vim até aqui, percorri este longo e frio caminho apenas para comprar algo para a minha irmã caçula.
- Sua casa é a duas quadras daqui... – disse com as sobrancelhas juntas.
- Culpado! – levantou os braços se rendendo e a menina curvou o canto da boca em um pequeno sorriso.
Harry observou aquele gesto, porém não comentou, apenas sorriu também.
- O que faz aqui? – perguntou a ela.
- Esperando uma pessoa. – preferiu não se aprofundar no assunto.
- Uhmmmmmmm.... Então isso é um encontro?! – o rapaz apontava ao redor.
- Não, garoto! Estou esperando o Liam! – riu de sua decepção visível.
- Falando em Liam, posso fazer uma pergunta?
- Tenho medo de permitir, mas ok, vai lá... – recostou-se no apoio de costas e levou sua bebida até a boca.
- Você e o Payne... Rola ou enrola?
se engasgou com o café quente, cuspiu grande parte por sobre a mesa e iniciou um ataque de tosse, ficando vermelha como um pimentão por não conseguir respirar direito, duas lágrimas solitárias escorreram por seu rosto e até um funcionário do lugar veio a ajudar, dando-lhe tapinhas nas costas enquanto Styles batia as mãos nas coxas de tanto rir.
- Terminou? Está melhor? – o moreno tentava, em vão, segurar o riso para mostrar apoio à garota.
- Ridículo! Eu poderia ter morrido aqui, e você estava ocupado rindo!
- Você não tem noção de como aquilo foi engraçado. – ainda ria com as costas da mão sobre a boca.
- Argh... – revirou os olhos – Respondendo sua pergunta, não. Liam e eu não temos nada, somos apenas bons amigos.
- Cara, por quê?
- Eu que te pergunto, por que é tão difícil de acreditar?
- Porque você é uma garota e ele um garoto.
- E o céu azul e as nuvens brancas! – falava se irritando com aquele assunto estúpido. Por que mesmo estava conversando com Styles? – Niall e também são melhores amigos. E daí?
O rapaz não disse nada, apenas a encarava em silêncio e ela começou a se sentir incomodada com aquilo. Sorriu, finalmente, levantando-se e pegou a carteira e chaves que estavam em cima da mesa.
- Eu vou comprar as coisas, se não daqui a pouco a aparece aqui de pijama reclamando que eu demorei demais. Tchau Meester. – a garota devolveu um aceno de cabeça e o rapaz se encaminhou para o caixa para fazer seu pedido.
A morena, disfarçadamente, o observava. Só porque não tinha nada mais para fazer, claro...
Harry, como sempre, foi muito educado ao conversar com a atendente. Usando muitos obrigado, por favor e por gentileza. Seu bonito sorriso simpático e gentil não se desmanchava. E a garota tinha que admitir que ao bagunçar os cachos para arrumá-los novamente ele ficava um tanto quanto charmoso... Talvez bastante... Sorte da população feminina que ele fazia isso com frequência.
- ! – a morena foi despertada por alguém que lhe chamava com a entonação irritada.
- Liam! Nossa, faz tempo que você tá aí? – disse tentando chamar sua atenção, pois o rapaz se virava para ver o que ela tanto encarava.
- Aquele é o Harry?
- Claro que não... Quer dizer não sei... Aonde? – se fez de desentendida. - Por que você não senta? – indicou o lugar para ele
- Espera aí, é o Harry lá sim. Eu vou lá cumprimentar e já volto. – e então ele se foi...
mexia no celular de cabeça baixa e desviava o olhar, disfarçadamente, para onde os dois rapazes conversavam. Harry ria de algo que Liam lhe contava, e em certo momento os dois se viraram para encarar a menina, que fingia não ver e fuçava o aparelho de telefone. Styles se despediu do amigo e foi saindo do estabelecimento, não antes de se virar para e lhe lançar uma piscada, a morena ficou o encarando sem entender e não devolveu gesto algum, apenas ignorou e se voltou sua atenção para Liam que chegava e se sentava a sua frente.
- Oi. – a morena disse e sorriu fraco.
- Oi. – respondeu seco.
- Precisamos conversar...
- Sobre? – o rapaz folheava o cardápio e bufava.
- Não se faça de mal entendido! Quer parar com isso? Olha para mim, Payne! – tirou o cardápio das mãos dele, que a encarou mal humorado.
- Olha, eu nem sei porque eu vim até aqui. Você quer falar sobre o quê? Sobre como me traiu? Como foi uma amiga ruim? – disparou a falar e a garota se segurou para não manda-lo calar aquela maldita boca.
- Quer parar de se fazer de vítima? A única alma sofrida aqui era a , okay? – falava irritada e batia o dedo indicador na mesa, tomando cuidado para não levantar o tom de voz e chamar atenção das pessoas para a conversa. – Liam, pelo amor de Deus, não é possível que você não via que aquela situação era ridícula e prejudicava apenas a ela!
- Ah, então você acha que eu gostava daquilo? Você não sabe de...
- Eu acho sim que você gostava daquela situação. Afinal, ela é bonitinha, vocês não tinham um relacionamento, podia sair comendo qualquer uma por aí enquanto ela ficava em casa esperando o “príncipe encantado”. Príncipe de merda... – falou tudo sem parar para respirar e Liam nem piscou, ouvindo tudo o que ela dizia.
- Você não sabe de nada relacionado a nós, pelo simples motivo de não estar envolvida em nosso relacionamento. – dizia baixo e com calma. – Você tem essa mania insuportável de se achar no direito de tomar decisões pelas pessoas. Você realmente acha que sabe o que é melhor para todos, mas você não vive suas vidas, seus conflitos e dificuldades. É muito fácil tomar uma decisão pelo outro quando não passa na pele o que ele passa. é crescida e tem capacidade de tomar suas próprias decisões, você não tinha o direito de se intrometer.
A morena ficou por um tempo digerindo tais palavras, realmente não sabia o que dizer, pois ela não era daquele jeito. Tinha certeza que não era. Será que não era?...
- Eu não sei o que dizer, mas... – não o encarava, o adoçante a sua frente parecia mais legal. – O fato é, minha melhor amiga estava sofrendo e eu intervi. Me processe.
- Você não tinha esse direito.
- Eu já entendi, okay? – falou mais alto que o necessário. Olhou ao redor para ver se alguém os encarava e constatou que todos estavam mais ocupados com suas próprias vidas medíocres. – A questão é, a estava sofrendo. Será que você não vê isso? Foi o melhor para ela! – Liam abriu a boca para contesta-la, todavia a morena o impediu antes de fazê-lo. – Não me venha com “Eu era o melhor para ela”. Argh... – revirava os olhos com cara de nojo.
- Eu não ia dizer isso...
- Não? – seus olhos azuis o acusavam. – Eu te chamei aqui para nos acertarmos, porque eu sinto sua falta, seu gordo filho da puta! – riu de sua piada, porém o garoto continuava sério. – Okay... Você quer um pedido de desculpa? – ele balançou a cabeça positivamente. – Não vai ter, porque eu estou certa, Liam! Foi o melhor para ela.
- Você é inacreditável! – passava as mãos pelo rosto, cansado daquele assunto. Não apenas daquele que estavam tendo há uns quinze minutos e sim toda a história Payne/Ortega.
- Liam, ela só sofria por sua causa, enquanto você estava bem! Não é como se você fosse morrer por estarem separados. Até a , que morria de amores por você, parece estar enfrentando isso muito bem. – cruzou os braços, pensando que o assunto já estava terminado e cogitava a ideia de pedir mais um pão de queijo.
- Ela está, não está... – suspirou profundamente, lembrando-se de vê-la muito feliz e satisfeita com Daniel.
Sentia-se um lixo por ter perdido aquela garota, e se sentia pior por tê-la perdido para o cara que mais odiava na face da Terra. Até ele era melhor para ela... - Me fala uma coisa, Payne Belly. O quanto você gostava dela? – sabia que o amigo gostava de , mas sempre pensara que era apenas uma coisinha pequena.
- Muito. – respondeu rápido. – Muito! Eu... Bem... É... Eu, não me sinto a vontade falando sobre isso, mas eu... Eu sou apaixonado por ela, . – dizia de cabeça baixa. Seus olhos castanhos tristes não tinham coragem de encarar os azuis da melhor amiga.
A garota arqueou as sobrancelhas, surpresa pela resposta: - Por que nunca me disse? Eu pensava que você só gostava dela, que não era demais... – agora se sentia mal pelo fato de estar com pena do rapaz.
- Eu não achei que era necessário gritar isso aos sete ventos... Acho que estava errado, se tivesse feito isso, poderíamos estar juntos agora.
Okay, vamos contar os fatos! fez “terminar” com Liam, porque ela só sofria e ele não gostava dela com a mesma intensidade. Agora, descobriu que Liam é apaixonado, APAIXONADO, A.P.A.I.X.O.N.A.D.O. (mais uma vez) APAIXONADO por !
Ela ia ser a responsável pela separação de um jovem casal? Seria ela a vilã do conto de fadas?
- Liam... Olha, eu não vou dizer que estou arrependida pelo que fiz – o rapaz reclamou baixinho, descansando a cabeça sobre a mesa. – Porque, de novo, foi o melhor para ela, mas... MAS você pode tê-la de volta, meu caro Watson.
- E como farei isso, meu caro Sherlock? – entrou na brincadeira e ambos sorriram, felizes por finalmente terem se acertado.
- Meu bem, ela também é apaixonada por você! É só você mostrar que se arrepende de tudo o que aconteceu e que vai mudar.
- Simples assim?
- Simples assim.
- Você só se esqueceu de uma coisa, gênio. Ela está com o Phillips.
- Argh... Me poupe, Payne... Aquela merda que se diz homem não será um obstáculo. A está com ele... Na verdade, eu não sei porque ela está com ele! Acho que nem ela sabe, mas tudo bem! – riram da piadinha. – Se mostre amigo. Demonstre que você sempre estará lá como companheiro. Não apresente segundas intenções em suas ações. Seja sincero o tempo todo. Faça-a se lembrar que é por você que ela é apaixonada.
- Falou bonito! – batia palmas para a amiga. – Essa é a receita para a felicidade?
- Com certeza é! – sorriu – Me diz uma coisa, que tal um cinema agora?
- Fechou.
Pessoas vem e vão, amizades se iniciam e terminam todos os dias. Mas os de verdade são para sempre.
¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬__________________________________
O rapaz dormia tranquilamente no escruto de seu quarto quando de repente foi acordado por Kesha cantando Your Love Is A Drug, no quarto ao lado. aumentou a música no último volume e a gritava totalmente desafinada.
Harry se controlou para não ir ao quarto da irmã e esganá-la. Apenas pegou o celular e mandou uma mensagem para a loira.
Xx , eu estava DORMINDO!! Será que da para tirar a Kesha do auto falante? Por favor... Xx
Meio minuto depois a mensagem surtiu efeito. A música parou e o moreno suspirou, cobriu a cabeça com o cobertor e voltou a fechar os olhos. Apreciou o silêncio por apenas dois minutos, pois agora era Rihanna que explodia no som com S&M. Ele sentou irado, pegou o IPhone no criado mudo e digitou cada letra como se estivesse matando alguém.
Xx !! Xx
A resposta chegou segundos depois:
Xx Você não disse nada sobre a Rihanna, nem vem! xX
Harry bufou impaciente e se rendeu a mais nova, levantou-se e foi se arrumar para mais um dia de escola. Enquanto se vestia, se pegou fazendo um feat para Black Eyed Peas em I Gotta Fealing. Jogou uma das alças da bolsa no ombro direito e saiu do quarto no exato momento que a irmã saia do seu.
- Ahhh! – bateu palmas, irritado – Agora você para a porra da música, né!
- Ah Hazz, não fica bravo comigo! – com as mãos atrás do corpo, se balançava de um lado para o outro como um criança sapeca.
O mais velho bagunçou seu cabelo e é claro que a menina reclamou, dizendo eu já estavam grandes demais para aquilo.
Depois do desjejum, Harry dirigiu em direção a Eton como todas as manhãs, discutindo o percurso inteiro com a irmã. Ele ligava o rádio, e ela mudava a estação em busca de algo que a agradasse, porém a anterior estava ótima para o garoto. O moreno ligava o ar condicionado e a menina reclamava de frio, por isso aumentava a temperatura, ele diminuía, ela aumentava, ele abaixava e ela aumentava de novo. se irritava e então decidiam abrir as janelas, todavia o vidro aberto demais bagunçava o cabelo dela, o que era mais um problema. Graças a Deus que a escola não era tão longe assim, senão aqueles dois já teriam se matado há muito tempo.
Já no estacionamento do colégio, Harry ainda reclamava de como era insuportavelmente irritante quando queria que tudo fosse de acordo com sua vontade e a menina se fazia e ofendida.
- Olá pessoas! – Niall disse assim que viu os Styles saindo do carro.
- Oi Nini. – a loirinha sorria simpática, no entanto fechou a cara assim que ouviu a voz do irmão a imitando. – Não enche, Harry! – explodiu impaciente.
- Você, sem dúvida, é o melhor irmão mais velho. – Horan tirou sarro, Harry riu da piadinha e a menina se preparou para responder o loiro quando sua namorada chegou.
- Oi amor! – April cumprimentou o rapaz com um selinho e se segurou para não vomitar. – Oi gente. – os Styles sorriram azedos para a morena. Coincidência ambos não gostarem da namoradinha de Niall, não?
- Gente, eu vou atrás da , okay? Tchau... – a loirinha acenou para os três e ia saído quando ouviu o irlandês a chamar.
- Eu vou com você.
- Vai? – e April perguntaram juntas, ambas surpresas pela revelação.
Winster soltou uma risadinha irritada: - Você não vai me acompanhar para a sala, amor? – uma entonação no vocativo empregado para o rapaz foi percebida por todos.
- É não vai acompanhar sua namorada para a sala, amor? – Princesinha Styles dizia “inocentemente”, enrolando uma mechinha dos fios de ouro nos dedos. Foi possível ouvir seu irmão prendendo uma risada e ver April brava com toda aquela situação que ela julgava ridícula.
Onde diabos já se viu seu namorado preferir acompanhar uma qualquer pelos corredores do colégio e não ela?
- Vamos, Niall! – a morena falou seca, arrastando o rapaz pela mão.
acenou para o casal “feliz” e soltou um “Tchau querida.”, virou-se para o irmão e riu assim como ele.
- Agora eu vou atrás da .
- Vai com Deus, você vai precisar, porque aquela lá é o capeta em forma de gente!
-Para com isso, Harry. Ela é minha amiga.
- Ainda bem que é sua e não minha, porque aquela lá...
- Tá okay, já entendi. Tchau! – riu do irmão e saiu à procura da amiga.
A caçula Styles caminhava pelo gramado do Colégio Eton e acenava para alguns conhecidos e outros que não tinha ideia quem eram, porém eles a chamavam pelo nome e a menina não queria ser mal educada. Por isso retribuía um sorriso e um “oi” murcho, por não ter ideia de onde aquela pessoa achava que a conhecia.
No corredor principal e garota foi até seu armário para pegar seu material quando encontrou .
- Oi . Você viu a por aí? – a loirinha perguntou colocando uns livros dentro da bolsa.
Meester não respondeu, apenas ficou encarando a amiga com cara de morta.
- Preciso mesmo responder? – a morena perguntou.
- Claro que sim! Se eu perguntei, ué! O fato de vocês não se gostarem não faz uma invisível para outra. – fechou o armário e se encostou nele, encarando que abria o dela um pouco mais para frente.
- Na verdade, princesinha Styles, Westwick é invisível para mim sim!
- Eu só não sei por que vocês se odeiam... – foi até a mais velha.
- Olha, eu poderia te dar um milhão de motivos, mas vou apenas dizer que é pelo simples de motivo de que a sua amiga é um pé no saco!
- Já pensou no fato de que vocês não se dão bem por que são exatamente iguais?! – a menina falou e a encarou por alguns segundos. – O que mais te irrita na pode ser o seu maior defeito também... Não é por nada... Só falando. – ergueu as duas mãos se rendendo. – Eu tenho que ir, mas pensa no que eu te falei. – deu um beijinho na amiga e saiu correndinho para a aula de biologia.
a encarou se distanciar e não conseguiu digerir as palavras que tinha acabado de ouvir. Styles era psicóloga agora?
Meester riu de seus pensamentos e das loucuras da loira e saiu em direção às escadas da ala leste onde ficava a sala de literatura. Reclamava mentalmente, porque até aturava a matéria, no entanto, detestava poemas. E era exatamente isso o que estava estudando. O fato de não ter Liam ali com ela também era irritante, se o garoto estivesse lá, ela poderia incomoda-lo e então não ficaria irritada.
Sentou-se na primeira cadeira que viu a sua frente e conectou-se aos fones de ouvido, ligando o modo aleatório e abaixou a cabeça. Pouco tempo depois, sentiu alguém cutuca-la no ombro. Pensou ser o professor, levantou a cabeça retirando os fones e não encontrou ninguém. Ouviu um riso debochado do outro lado e se virou para dar e cara com Styles e seus cachos bagunçadamente arrumados, seus olhos verdes expressivos e seu – na concepção da garota – ridículo sorriso irônico.
A garota apenas bufou impaciente e recolocou os fones, no momento que em o Sr. Mitchell entrava a sala.
- Senhorita Meester, os fones... – a garota guardou IPod revirando os olhos. – Bom dia, turma! Iniciaremos a manhã de uma ótima forma! Estudando o poema de... – E então ela começou a viajar.
rabiscava trechos de música no caderno, fazia desenhos, se entretinha com uma mexa de cabelo, sem que o professor visse, mandava mensagens pra e Liam, que mandavam a garota prestar atenção na aula e parar de dormir.
Ela ria, discretamente, de uma mensagem que a amiga lhe enviara quando sentiu alguém lhe cutucar e virou o rosto para espantar o ser que estava lhe incomodando, Não encontrou ninguém e ouviu uma voz rouca atrás de si.
- Que coisa feia! Você não prestou atenção nenhum minuto da aula.
- E você ficou prestando atenção em mim a aula toda – disse se virando – O que você quer?
- Calma ae! Não se anime. Você não é do tipo que desperta meu interesse. – o garoto sustentava seu sorriso sarcástico e se segurava para não agarrar os cachos do rapaz e chocar sua linda cabecinha contra parede. Apenas contou até 10 e pensou em uma boa resposta.
- Ah claro! As que despertam seu interesse são as que têm um belo par de pernas e nenhum cérebro. Nunca me senti tão feliz por ter os dois e poder ficar longe de gentinha como você, Agora pergunto de novo, o que você quer? – a morena encarava o garoto sem ao sequer piscar. Ahh, se ele soubesse o quanto detestava aquele sorrisinho de canalha que ele tinha e todas as outas amavam.
- De acordo com seu querido professor somos uma dupla agora!
- Vai se foder! – reclamou baixinho e se levantou na intenção de matar o professor. – George! Disse cruzando os braços e sustentava uma cara mal humorada.
- Pois não, senhorita Meester? – o professor levantou o rosto para encara-la
George Mitchell era um amigo antigo da família Meester. Nos tempos de faculdade era colega de quarto do pai da garota.
- Alguma dúvida a respeito da matéria? – perguntou com o intuito de ajuda-la, todavia sabia que aquilo era só um joguinho e ele sabia o real motivo de ela estar lá. – Talvez, achou o poema de difícil compreensão?
- Seu eu ficar mais um minuto com o Styles eu juro que o mato. E eu sei que você não quer uma de suas alunas presa por homicídio! – falava gesticulando abertamente e tudo o que o professor fez foi rir.
- Volte para o seu lugar, . Faça a atividade proposta e acabe logo com esse “tormento”.
- Também é um “tormento” ter aula de literatura! – disse irritada e voltou para seu lugar.
Sentada em sua carteira, com Harry ao seu lado, contou até 10. Uma, duas, três... sete VEZES. Contudo a risadinha que o rapaz soltou por vê-la tão concentrada no nada, fez ir por água abaixo todas as aulas de yoga e “tranquilidade”.
- É o seguinte – virou-se para ele, que arqueou as sobrancelhas, esperando suas próximas palavras – Eu odeio você e odeio essa matéria, então faça essa atividade quieto que eu prometo me comportar e não cortar meu pinto com a minha tesoura!
- Ui! Esquece o que eu falei, as nervosinhas despertam sim meu interesse.
- Você me enoja! – revirou os olhos.
- A recíproca é verdadeira, meu bem!
A imaginação fértil da garota a levou para uma realidade paralela, onde ela matava Harry de 42 formas diferentes e inimagináveis. Ao invés disso, ela apenas respirou fundo se lembrando de tudo o que seu professor de yoga lhe ensinara.
Pegou a folha de atividade e foi ler o que estava escrito: Relacionar o poema com a realidade histórica da época e a vida do autor.
Bufou, iniciando seu raciocínio. Enquanto as outras duplas discutiam e chegavam juntas a um consenso, seu parceiro estava mais ocupado mandando mensagens para algum qualquer. Terminou o pequeno texto sozinha e quase chorou de emoção quando o sinal tocou, informando o final da primeira aula do dia.
- Belo trabalho em equipe! – Harry levantou uma das mãos para um high-five enquanto estava em pé jogando a alça da bolsa em um dos ombros.
- Odeio você. – findou aquele drama com chave de ouro e saiu pela porta. O rapaz riu de sua atitude e mandou uma SMS a Zayn:
Xx Bendito dia em que você foi aceitar essa aposta! Boa sorte, você vai precisar! ;) xX
Saiu da sala de literatura e estava indo para a de física onde teria duas aulas seguidas, Louis e Liam também estariam lá. Andava tranquilamente pelo corredor, admirando a bela estrutura de sua bela escola quando foi atropelado por uma desesperada.
- Passa, mas não leva! – olhou para trás a fim de encontrar a garota.
- Desculpa! – gritou de volta e também se virou. – Esbarrei em você? – o rapaz chacoalhou a cabeça afirmando. – Ahhh... Então tomara que morra! – disse séria e acabou rindo pela cara que o garoto fez.
Depois voltou a correr em direção à sala de matemática. Não podia se atrasar, a professora havia deixado bem claro que em seu próximo atraso ficaria na detenção por 1 hora, uma semana inteira. Então nada de atrasos pelo resto do ano. O único problema era que eles ainda estavam na metade do primeiro semestre, não se atrasar para as aulas do restante do ano letivo seria um pouco complicado.
Adentrou a sala como um furacão, jogando a bolsa em cima de uma mesa e caindo em cima da cadeira, respirando pesadamente pelo esforço feito minutos atrás.
- O que deu em você? – Niall perguntou virando-se para a ruiva.
- Água. – suplicou.
O garoto lhe deu sua garrafinha e ela tomou quase por inteiro, agradeceu e devolveu ao amigo.
- E então? Resolveu chegar a tempo agora?
- Calado, Horan! – disse sorrindo – Eu vou ganhar um certificado de excelência por pontualidade e esfregar na cara da senhorita Morris. Fazer aquela vadia, mal comida...
- Olá, senhorita Westwick. – a professora entrou na sala. parou de falar no momento exato e cumprimentou a mais velha com um sorrisinho murcho e um aceno.
- Eu odeio essa velha verruguenta. – a garota falou baixo apenas para o amigo lhe ouvir e ele acabou rindo disfarçadamente.
- Coitada não fala assim, .
- Ahhh, nem vem, Niall. Essa mulher tem uns 60 anos e não é casada, não tem filhos e amigos. É odiada por 99.9% dos alunos dessa escola e pelo diretor, tem barba e uma verruga peluda, só usa roupas dos anos 70 e nem são roupas bonitas. Porque eu até gosto dos anos 70, o problema é que parece que ela não lava as roupas desde aquela época, e para fechar com chave de ouro, aposto que ela é virgem! – dizia séria e o irlandês abaixou a cabeça para gargalhar silenciosamente. – Para seu idiota, ela vai perceber. – falava também rindo.
- Quem vê pensa que você não é virgem!
- E quem disse que eu sou? – era sim, mas ninguém precisava saber disso. A ruiva sustentava uma cara séria e Niall a encarava sugestivo. – Desculpa loirinho, não dá para te mostrar meu hímen, ele já se foi...
- Cala a boca, Westwick! – o rapaz já estava vermelho de tanto rir. – Mas, o que você tem contra os virgens?
- Nada! Eu amo os virgens! Essas pessoas pacatas e cheias de amor para distribuir. O que seria do mundo sem eles? – e o momento filosófico da garota estava para acontecer. – O que seria de nós sem bons carros, comutadores e aparelhos eletrônicos?
- Hãn?
- Querido Horan, existem dois tipos de virgem. Os virgem virgem e os que tem atitudes virgem...
- Lá vem...
- Senhor Horan, senhorita Westwick, por favor quietos!
- Desculpe, senhorita Morris. – o rapaz falou mexendo em seu estojo e a ruiva abaixou a cabeça fingindo copiar a matéria que estava no quadro em seu caderno.
- Continuando... – A menina disse baixo – Por exemplo, o Zayn...
- O quê tem ele?
- Ele definitivamente não é virgem, mas tem aquele jeito de virjão, sabe?
- Não...
revirou os olhos e soltou o ar pela boca pesadamente: - Aquele jeito de badboy, todo misterioso.
- Escuta aqui garota. – virou-se completamente para ela, aproveitando que a professora não prestava a mínima atenção nos dois. – Olha nos meus olhos. Todos amam, A.M.A.M aquele jeito do Zayn, okay?
- Eu realmente acho que você tem uma garotinha interior apaixonada pelo Malik que está morrendo de vontade de sair.
- Isso, possivelmente, seja verdade, no entanto, não diga em voz alta porque eu tenho namorada. – o loiro falava de cabeça baixa e a garota riu lhe empurrando de leve.
E o restante daquele horário foi tranquilo para todos em suas respectivas aulas, contudo, quando o sinal tocou anunciando o almoço todos saíram correndo das salas.
Niall percorria os corredores da Eton a procura da namorada, quando avistou mais a frente Liam em seu armário.
- Oi, cara.
- Eae, Niall?
- Você acredita que ainda estão falando da festa do Danny? – Payne revirou os olhos pegando alguns livros para guardar em sua bolsa. – E olha que já faz duas semanas!
- Sério que você está aqui pra me falar desse cara? Sério?!
- Eu nuca entendi porque você odeia o Phillips.
- Eu não o odeio. – bateu a porta de seu armário e foi andando em direção ao refeitório. – Odiar é uma palavra muito forte, eu sou indiferente a ele, apenas o acho... Inútil, idiota, esnobe, aproveitador, falso...
- Já entendi que você acha muitas coisas cobre ele. – o loiro riu. – Enfim, o que você vai fazer em relação a Lexi?
- Eu tenho que fazer algo em relação a ela? – arqueou a sobrancelhas e encarou o rapaz ao seu lado.
- Cara, ela está falando por aí que vocês estão tendo algo sério. – cochichava a fofoca.
- Eu não sei se eu fico em choque por aquela garota totalmente maluca e absurdamente gostosa – Niall balançou a cabeça concordando com o amigo. Apesar de ser vadia, Lexi era gostosa. – ter a audácia de falar isso ou por você saber de todas essas coisas!
- April tem muitos contatos...
- Sei...
Chegando ao refeitório Liam avistou e Louis sentados em uma mesa no centro do ambiente e ia se encaminhando a eles quando foi puxado por Niall pelo blazer.
- A minha namorada está para aquele lado. – Horan apontou para uma mesa ao lado da janela, onde Winster estava conversando com um garoto de forma suspeita.
Suspeita, porque quem está em um relacionamento sério não deveria desabotoar os primeiros botões de sua camisa para deixar a vista o busto. No entanto, era exatamente isso o que a morena fazia, conversava com um cara que tinha aula de teatro juntamente com ela e se inclinava em sua direção.
O irlandês continuava guiando o amigo pelo blazer, e Liam que andava de costa ia esbarrando em cadeiras e tropeçando nos próprios pés.
- Você quer parar com isso? – se soltou do garoto, ajeitando a roupa ao corpo. – Você disse certo, sua namorada, não minha! Não vou almoçar na mesa dos esquisitões!
- Não é a mesa dos esquisitões, eles são mal compreendidos por essa sociedade opressora! - o loiro fazia seu discurso e o amigo revirava os olhos. - Eles são futuros atores e atrizes de sucesso. Os futuros artista da nossa geração.
- A Winster disse para você falar isso, não foi?
- Cara, eram três páginas de discurso, eu só decorei o começo.
- Tchau, passarinho. – Payne deu as costas para o rapaz.
- Não, não, não, não. Espera! – puxou-o mais uma vez pelo blazer.
- É sério, para de fazer isso, você está amassando a minha roupa! – passava a mão onde Niall havia o puxado.
- Liam, por favor, almoça comigo, cara! - o amigo pedia como se aquilo fosse um caso de vida ou morte. - Eu não tenho assunto com aquele pessoal, e você está certo, eles são esquisitos. Se você fizer isso por mim, eu fico te devendo uma. - esperava ansiosamente a resposta do rapaz e Payne odiava tal situação, pois não queria desperdiçar seu momento de folga com um bando de gente que não conhecia, no entanto, também não queria deixar o amigo na mão.
- Está bem. Eu vou.
Horan se jogou no amigo, o abraçando forte.
- Vamos logo. - Liam disse irritado, tomando a frente.
Como dito antes, April estava se jogando para cima do garoto, que estava quase salivando com a visão do busto da menina.
- Olá! - Niall se aproximou e sentou-se ao lado da namorada.
- Oi amor! - Winster se assustou com a surpresa e se ajeitou em seu lugar, ficando com a postura ereta, tentando disfarçar.
Liam, que encarava a cena desde que andava em direção à mesa estava achando tudo muito estranho. Era impossível que Niall não houvesse percebido o que aquela garota estava fazendo. Por que ele agia como se nada tivesse acontecido? Por que ele não estava irritado? Por que namorava April Winster?
- Oi Liam. - a morena o cumprimentou e ele acenou com um sorriso seco.
Quando Payne estava preste a se sentar, Zayn chegou o puxando belo blazer.
- Qual o problema de vocês com minhas roupas?
- Quê? - Malik perguntou sem entender. - Eu só vim chamar vocês para almoçar com a gente.
- Aceito! - Liam já foi andando até onde seus amigos estavam.
Niall, April e Zayn encararam o garoto quase correndo para a mesa onde os outros estavam, como se aqueles poucos segundos mesa dos “artistas” tivesse sido os piores de sua curta vida.
- O casal não vem?
- Obrigada pelo convite, Zayn, mas nós... - April ia dizendo, todavia Niall se levantou e a puxou pelo braço.
- Vamos sim. - o loiro odiava almoçar na mesa dos esquisitões, quer dizer, dos futuros artistas.
- Quantas calorias deve ter nesse negócio? – foi a primeira coisa que ouviram a chegar até a mesa. , que perguntou, segurava um saquinho de biscoito.
- O suficiente para fazer você explodir. – respondeu, mastigando.
- Deixa para lá, vou comer batata frita. Já volto. – se levantou para sair, mas antes deu um beijo no rosto do melhor amigo e cumprimentou a namorada dele.
- Pega um refrigerante para mim, por favor? – Harry pediu.
- Uma maçã para mim. – Louis pegou a mão da menina e deu um beijo.
- Eu vou querer batata frita também. – dizia fazendo os exercícios de biologia de última hora.
- Eu não sou garçonete, okay? Já chega!
- São apenas três itens a mais do que você ia pegar antes. Pare de reclamar! – não tirava os olhos da página do livro.
Hilton bufou e foi pegar uma bandeja para trazer o pedido de todos.
- Gente, tem um filme que eu quero muito ver e ele vai estrear essa quinta! – falou empolgada, ela fazia trancinhas no cabelo de , que comia sua comida em silêncio.
Princesinha Styles esperou alguém se manifestar, porém ninguém abriu a boca, continuaram comendo, mexendo em seus celulares, ou fazendo qualquer outra coisa que não era lhe dar atenção!
- Alguém?
- O que você quer de nós, humildes mortais, ? – Zayn foi o primeiro a dizer algo e a garota sorriu com sua frase. Ele tinha experiência em mimar caçulas, fazia isso o tempo todo com a prima.
- Cara. Cara, não! Não! Não! Cara, não! – Harry falava em clara aflição.
- Companhia, claro!
- Eu posso ir com você. – Niall falou inocentemente, sem inocência alguma.
Louis arqueou as sobrancelhas e o encarou. tirou os olhos do livro pela primeira vez desde que sentara lá e cruzou os braços esperando o circo pegar fogo. , que não tinha nenhuma certeza, porém estava cheia de suspeitas sobre a relação de e Niall, soltou o garfo no prato e se ajeitou em seu lugar intercalando seus olhos entre o namorado, a namorada e “a outra”. April encara o namorado como se dissesse “Filho da puta!”. Niall percebera que fizera caca. E ... Ohh ! Cínica Styles, esse poderia ser o nome da lorinha.
Riu vendo a reação de Winster, sorriu docemente e disse: - Eu adoraria. – balançando de um lado para o outro como uma criança.
Louis abaixou o olhar para suas mãos e em sua mente gritava “OWWWWWWWW!”. batia um high-five mental com a amiga. já tinha 78% de certeza que Horan e Styles tinham alguma coisa. April encarou a garota com os olhos vermelhos e bufando raiva. Niall mantinha seus olhos fixos no nada. E voltou a trançar o cabelo de Meester.
voltava com sua bandeja em mãos e achou o clima pesado quando chegou à mesa. Sentou ao lado de Harry e começou a comer suas batatas.
- O que aconteceu? – perguntou baixinho.
- Nada. A só chamou alguém para ir o cinema com ela e o Niall se ofereceu. – respondeu mexendo no celular, nem ao menos encarou a mais nova. - , que filme você vai ver? – perguntou, tomando um gole do refrigerante de Louis que tentava arranca-lo da mãos da menina.
- Eu não lembro o nome... Mas aquele com a Natalie Portman e eu preciso assistir!
- Também quero ir.
- Então vamos nós três! – Princesinhas Styles falava animada com a ideia.
- Quer vir conosco, April? – Hilton perguntou, inocentemente, à garota que tentava manter a calma, pois já tinha percebido que arrastava uma asa para SEU namorado.
Todos que estavam por dentro da “amizade” de Niall e ( e Louis) e a pessoa que tinha suas suspeitas (), se viraram para ouvir a resposta de Winster. Tomlinson estava até de boca aberta, Westwick mordia a ponta do lápis pela ansiedade e Meester queria saber o que Styles faria se a resposta fosse sim.
- Eu adoraria! – a falsa puritana sorriu, falsamente. Tudo naquela garota era ilegítimo!
- Que bom que vem conosco, April! – Cínica Styles abriu um sorriso ainda maior.
As duas continuariam se alfinetando, contudo Malik se pronunciou.
- , não olha agora, mas seu namorado está vindo. – o primo sorriu e manteve os olhos cerrados com uma cara de “UHMMMMMMMMMMMMMMMMMMM!”.
- Quem? – a morena perguntou sem entender, mastigando um pedaço de seu sanduiche.
- Oi ! – Danny disse ao lado da garota, que se assustou e acabou se engasgando com a comida.
teve um acesso de tosses e enquanto os amigos se matavam de rir e Daniel e Zayn tentavam a ajudar. Harry batia as mãos nas cochas de tanto rir, Louis gargalhava escandalosamente como de costume e um lágrima solitária chegou a escorrer do rosto de Niall.
- Mas é trouxa... – disse também rindo.
- Você está melhor? – Phillips pergunto preocupado.
- Aham! – afirmou chacoalhando a cabeça rapidamente, ainda com dificuldade para respirar.
- Posso falar com você por um minuto? – o capitão do time de basquete indagou coçando a nuca.
- Olha, eu acho que qualquer coisa que você tenha a dizer a , nós também temos o direito ouvir! – Louis falou com pose de garoto educado.
- De qualquer forma ela vai contar para nós depois... – ainda não havia terminado os exercícios de biologia e não tirava os olhos do livro.
- Acho melhor você agilizar o processo de nos deixar por dentro do que acontece na vida dessa garotinha! – jogou uma bolinha de papel na direção de que apenas fechou os olhos ao sentir a arma de lhe atingir o rosto.
- Desculpa cara... Somos curiosos! – Harry, que tinha as mãos juntas sobre a mesa, sorriu mostrando todos os dentes.
Danny riu achando graça da intromissão de todos eles e por ter certeza que Ortega estaria envergonhada.
- Eu vim até aqui convidar a para assistir o jogo de basquete que tem na quinta, aqui na escola.
- Ela com certeza vai! – tomou frente, batendo palminhas, eufórica.
- Eu ficaria feliz se todos vocês viessem! – o loiro sorriu simpático e Liam sentiu o almoço fazendo o caminho contrário e chegando até sua garganta. Fechou os olhos e apoio a testa na mão.
- Nós com certeza vamos vir!
- Vamos torcer pela Eton!
- Vai Eton!
- Danny, posso te fazer uma pergunta hipotética? – sorriu como quem não queria nada, com as mãos atrás do corpo, balançando de um lado para o outro como um criança.
- Claro. – o rapaz juntou as sobrancelhas, achando um pouco estranho.
- Hipoteticamente... Se eu fosse ajudar a a se arrumar, o que você preferiria que ela usasse? – a loirinha abriu um sorrisinho e Ortega escondeu o rosto nas mãos.
- Okay, já chega. – se levantou e pegou a bolsa. – Tchau. – pegou Daniel pelo braço e saiu.
- Coitadinha – Louis disse vendo a mais nova correr para fora do refeitório sem olhar para trás – Mal sabe ela que isso é só o começo... – bateu um high-five com .
- O que acha de basquete? – cochichou para Liam ao seu lado.
- Você só pode estar brincado! – falou debochado.
- Estou com cara de quem está brincando, Payne? – revirou os olhos.
- , eu não vou vir aqui assistir esse cara fazer o time dele vencer, ser o herói da noite e curtir o fato de que a Ortega tem um abismo por ele! – mantinha um sorriso irônico que apenas irritava mais ainda a melhor amiga.
- Você é muito trouxa, Payne! Lembre-se do que eu disse sobre se mostrar amigo? Quando você vai começar a fazer isso? Vai esperar a casar com esse cara, ter filhos e se mudar para Austrália para decidir que está hora de lutar por ela?
- Você discursa muito bem, Meester, parabéns! – bateu palminhas e a menina tentou esconder um sorriso, mas foi em vão. – Então... Eu te pego meia hora antes do jogo? – perguntou fazendo um biquinho.
- É assim que se fala. – a amiga sorriu ainda mais e piscou para ele.
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A prática de esportes é incentivada tanto para quem deseja seguir uma vida saudável, quanto para um adolescente cursando o ensino médio, que tenha o objetivo de obter uma bolsa de estudos na faculdade.
A bolsa esportiva é uma das muitas formas de ajudar os jovens a ingressarem no ensino superior. E esta específica funciona da seguinte forma: o aluno exerce sua função em determinada modalidade e assim seus estudos são pagos pela própria instituição de ensino.
Naquela quinta-feira à noite, um jogo de basquete masculino aconteceria no Colégio Eton. Era o primeiro jogo do campeonato estadual, que levava o vencedor para o campeonato nacional. Onde os olheiros das faculdades geralmente estavam, e facilitavam o processo do fornecimento de bolsa.
O encontro das duas equipes ocorreria em poucas horas. E Niall não se lembrava de quando ou o porquê ter aceitado o convite de para assistir a partida.
- Vamos logo, ! - batia, entediado, na porta do quarto da amiga.
- A senhorita Hilton sempre demora... - Íris, a "babá" de desde os 3 anos, comentou, se dirigindo as escadas e indo para o primeiro andar.
- Sem necessidade. - o loiro riu, lembrando-se de todas as vezes que a amiga se atrasou.
- O que foi? - a garota perguntou abrindo a porta e trombando no amigo.
- Falo no carro. Vamos senhorita? - estendeu o braço para a menina, que sorria achando graça.
- Estou com fome. - falou com a mão sobre a barriga, já no banco do carona da Range Rover branca.
- Ou a gente come o lanche do colégio, ou vai numa lanchonete depois do jogo. - o garoto manobrava o carro, saindo da residência dos Hilton.
- Ah não, já basta comer aquilo todas as manhãs, não quero comer de noite também! - fazia manha e colocou os pés no painel do carro.
- Ei! Pode sentar direito! - o rapaz reclamou, abanando a mão como um incentivo para a menina. - Como pode ser tão folgada, hein? Vamos, tira o pezão daí.
- Implicante. - murmurou e se arrumou no banco.
O restante do caminho, sem trânsito, fora como sempre. Niall fazendo a amiga rir e ela falando suas maluquices sem sentido. Ao chegar à escola, o irlandês decidiu deixar o carro no estacionamento mais próximo ao ginásio.
Puderam ver o ônibus do time rival estacionado há alguns metros de distância da porta que levava aos vestiários. Horan e Hilton, também puderam dar uma olhada nos jogadores e constataram que os atletas carismáticos eram também gigantes.
- Meu Deus, esse povo veio da onde? - o rapaz, perguntou abrindo a porta para a menina descer.
- Você acha que temos chance de vencer?
- Você viu o tamanho daqueles caras? - ligou o alarme do carro e passou o braço pelo ombro da menor. - Se conseguirmos fazer uma cesta eu já vou dar graças!
- Exagerado! Nossa, Niall, não é para tanto, vai... - a loira ria de cabeça baixa.
- De novo. Você viu o tamanho daqueles caras? - falou pausadamente, fazendo-a rir mais e sorriu junto dela.
Quando o casal de amigos passava pela porta do ginásio um grupo de garotos saía de lá, e é claro que todos olhavam para tirando o casaco.
- É impressão minha ou Matt Cameron olhou MESMO para mim? - perguntou empolgada, enquanto Niall a arrastava para longe dali.
- Não. Ele estava tentando ver duas coisas em você. - procurava os amigos e a menina o encarava com total atenção. - Primeiro - desceu seus olhos azuis para os castanhos da menor. - : se você tem cérebro. Segundo: se tem um buraco entre as pernas. - fechou a cara, cruzando os braços e a menina lhe deu um tapa rindo.
- Credo, Niall! Não é só porque você e seus amigos são uns tarados, psicopatas, com um distúrbio na cabeça de baixo que todos os homens do mundo são! - falou séria, mas perdeu a pose ao ouvir a gargalhada que o amigo dava. Niall perdera o fôlego de tanto rir.
- Distúrbio na cabeça de baixo?! - ainda ria. - Pérola da noite. - pegou na mão da garota e subiu alguns degraus da arquibancada. - Mas é sério, fique longe dos jogadores.
- Especifique jogadores... - falou pensando se aquela regra se aplicava aos jogadores de todas as modalidades.
- Futebol, basquete, vôlei...
- Posso ficar com um cara da equipe de natação? - perguntou esperançosa e o amigo fez careta imaginado um armário abraçando a sua garotinha.
- Olha, o pessoal do xadrez é bem amigável...
- Vai se ferrar! - a loira disse séria e depois riu, puxando o amigo pelo braço para onde o grupo os esperava.
- Hey atrasados! - os cumprimentou. Harry estava do lado da irmã, seguido por Zayn e Louis. Os três entretiam uma conversa sobre as líderes de torcida que estavam exercendo seu papel muito bem no centro da quadra.
- Hey adiantados! - sorriu e se sentou ao lado da amiga.
- , o que é isso na sua mão? - Niall perguntou alto, se sentado ao lado de , que estava atrás de .
- Uma camiseta! - falou como se fosse óbvio. Referindo-se a camiseta que carregava o emblema do time rival.
- Puta que pariu! Você é doida ou o quê? - Louis, dramático, perguntou. Puxando o pedaço de pano das mãos da menina e se sentado em cima, para que ninguém o visse.
- Gente, qual é? Não me digam que estão torcendo para o time da escola! - falou de boca aberta. - O que vocês esperam de um time que tem Daniel Phillips como capitão? - apontou para o pobre rapaz loiro no centro da quadra, que não sabia o que se passava naquela roda e se aquecia todo feliz da vida, chamando atenção de algumas meninas.
Liam, que estava de braços cruzados, ao lado da morena riu abaixando a cabeça e , que estava do outro lado da amiga, apenas sorriu e lhe lançou o olhar " Há há há, sei que está fazendo isso para agradar o Payne."
- Desculpe te decepcionar, . Mas sim, estamos torcendo para a nossa escola. - Ortega falou, ainda sorrindo e apoiou as costas nas pernas do primo que estava atrás dela.
a encarou sugestiva e puxou o braço do amigo para abraça-la. Liam deu um beijo nos cabelos negros da garota e levou os olhos, disfarçadamente, para .
Pensava nas palavras que Meester lhe dissera mais cedo. Em como se aproximar de Ortega, porém ele não tinha certeza se tinha estômago para assistir a sua menina com outra pessoa.
- Não, , NÓS estamos torcendo para o nosso time enquanto VOCÊ está torcendo para o Danny, e isso é muito... pessoal! - falou rindo da cara de desentendida que a amiga fez.
- Não sei do que você está falando...
- Ela está falando de você e do Phillips andando de mãozinhas dadas pelos corredores do Eton! - Harry bateu um high-five com a irmã, e quem olhava para a viu corar. - E eu posso falar isso com total certeza porque eu vi. Só para constar.
- Nós não andamos de mãos dadas pela escola... - falava evasiva. Queria tanto mudar de assunto. – E se eu andasse qual seria o problema? Eu ando de mãos dadas com o Zayn o tempo todo!
- Isso porque ele é da sua família. Esse argumento não é válido. - apoiou os braços nas pernas.
- Danny e eu somos apenas bons amigos. Fim! - a menor falou decidida e sentiu o primo lhe apertar os ombros levemente.
- Vocês são ótimos amigos, mesmo! Entendeu?... Entendeu? - Niall ria junto com os outros.
- Ta bom, gente, chega! - Louis fazia sinal pedindo silêncio. - Vamos deixar a em paz... Agora que o jogo vai começar ela quer prestar atenção no príncipe dela! - claro que Tomlinson faria sua piada e riu mais alto ao ver a menor esconder o rosto nas mãos.
Há três semanas, Phillips e Ortega estavam mais juntos que o normal, isso incluía: às vezes passar o horário do almoço juntos, caronas para casa, visitinha nos treinos de basquete e naquela semana o rapaz fora buscá-la na academia de dança. Eles estavam se vendo mais? Sim, é claro. Isso significava que estavam tendo um relacionamento? Não! Pelo menos, não para ...
Durante aquele período, seus amigos vinham fazendo as mesma piadinhas sem graça sobre um suposto casal. A garota odiava tudo aquilo porque, além de não existir nada entre ela e Dan, a maioria das vezes que alguém fazia alguma brincadeira, Liam estava por perto e é claro que se incomodava. O rapaz não demonstrava, porém da mesma forma que se incomodava com piadinhas a respeito de Lexi, sabia que Payne se sentia da mesma forma.
Depois de mais alguns minutos embaraçosos para e alegria total para 8 dos 10 amigos, o jogo finalmente começou, e duas pessoas daquele grupo deram graças pelo fim das piadas.
Primeiro o time adversário atravessou o porta, se encaminhando para seu banco e arrancando aplausos da pequena torcida que se encontrava ali. Logo após, veio o time da Eton, que foi recebido calorosamente por alunos e professores que estavam ali para torcer e apoiar a equipe.
Ortega estava em pé, assim como todos, e prendia o cabelo num coque, sem a ajuda de algum utensílio. De cabeça baixa terminava de arrumar o penteado desleixado. E ao levantar o rosto, encontrou o sorriso carinhoso de Danny para ela, que espelhou o movimento do rapaz, envergonhada, e acenou tímida.
- Ai meu Deus! - todos se viraram para , que estava abraçada com . - Vocês viram esses dois que fofos? Posso morrer em paz agora! - dava pulinhos junto com a amiga.
- Owwn! - falou, se sentando. - Não é que eles são fofinhos, mesmo! - disse rindo, retomando o assunto anterior, fazendo os amigos rirem e Liam revirar os olhos. deu tapinha no braço do amigo em sinal de companheirismo.
- Casal do ano!
- Rei e rainha do baile.
- Será que dá pra parar?! - , ainda em pé, se virou para eles irritada. - Vocês nunca vão cansar dessas piadinhas sem graça?
- Eu adoraria que você calasse a boca e sentasse logo. Já percebemos que você está feliz com seu namorico de high school! - BOOM! A bomba Payne havia explodido.
- Olha o tom com a minha prima! - Zayn o repreendeu.
Liam bufou e se virou para a menina que estava quietinha assistindo o jogo: - Desculpa. - disse baixo e ela lhe encarou em silêncio por alguns bons segundos e voltou para partida.
- Não vai ser assim que você vai concertar as coisas. - Meester lhe disse no ouvido e ele apenas abaixou a cabeça. - Sem pressão, ok? É apenas um jogo, tentem não se matar. - colocou os fones de ouvidos e deitou a cabeça no ombro de .
- Falou a embaixadora da paz. - Harry disse em tom irônico, fazendo Malik rir.
O jogo continuou e os gritos de eram possíveis de se ouvir por todo o ginásio. Todos sabiam que a garota era uma amante dos esportes, mas haviam esquecido que tudo era muito pessoal para ela, foram se lembrar de quando a pobre mãezinha do pobre juiz fora xingada pela ruiva, que se jogou atrás de Horan quando o homem procurou na torcida o engraçadinho sem educação.
- Esse cara está roubando! - Westwick arrumou a postura e mexeu nos cabelos. - Está na cara que você está roubando! - gritou.
O jogo estava 20 a 16 para o time adversário e estava prestes a invadir a quadra e jogar sozinha. Niall, e riam do desespero da garota. Louis e Zayn não prestavam muita atenção no jogo e conversavam aleatoriamente. Liam adorava basquete, mas não era isso que o fazia gostar do capitão do time da Eton, por isso estava trocando mensagens com Lexi. ouvia música apenas com um dos fones no ouvido e conversava com a melhor amiga que prestava mais atenção ao que se passava na quadra. E Harry, bem, ele estava ocupado irritando Meester, que dava seu máximo para ignorá-lo e não mandá-lo tomar naquele lugar.
A gota d'água, fora quando o rapaz colara chiclete na ponta dos cabelos negros da menina, que levou um tempo para perceber.
- Espera, eu te levo. - Liam também se levantou e procurava as chaves do jeep nos bolsos.
- Não precisa, eu ligo para o Alfred.
- O quão patricinha é alguém falar que vai ligar para o chofer, com um iPhone numa mão e uma bolsa Louis&Vuitton na outra? - fez piada sem tirar os olhos do jogo. - Isso foi falta, juiz ladrão! - gritou.
- Morre! - foi apenas o que disse antes de sair pulando as arquibancadas, chutando algumas pessoas e latas de refrigerante, umas vazias outras cheias.
Liam ia atrás da amiga quando foi impedido pelo ombro.
- Deixa que eu entrego o pacote hoje, Payne. - Harry, no seu melhor estilo badboy, disse bagunçando os cachos.
- Quando você vai parar de provocar a , hein "Senhor-Eu-Não-Me-Acho"? - o rapaz perguntou rindo - Acho que ela vai me odiar para o resto da vida, mas... Tentem não se matar no carro. - voltou a se sentar ao lado de Louis.
No estacionamento, Meester já falava com Fred e lhe pedia para ir buscá-la o mais rápido possível e também disse para Dorothy sobre o incidente com seu precioso cabelo.
Ao desligar o celular e joga-lo dentro da bolsa, começou a tentar tirar o excesso do chiclete e estava preste a chorar pensando na possibilidade de precisar cortar os longos fios escuros, que demoravam a crescer.
- Entra. - foi apenas o que Harry disse, parando o carro ao lado da garota, abrindo a porta do carona.
- Vai tomar no seu cu, Styles! - gritou segurando a mecha do cabelo danificada e bateu a porta com força, causando uma pequena dorzinha no coração do rapaz.
- Entra aqui e eu te levo para casa. - abaixou o vidro.
- Você acha mesmo que eu caio nesse papinho de mocinho de filme que se arrepende da merda que fez e tenta concertar me oferecendo uma carona; aí no caminho eu descubro que você é um cara legal e me apaixono?! - a morena falava rápido, embolando as palavras. E o garoto a encarava com as sobrancelhas juntas. - Me poupa, Styles.
- E você acha mesmo que eu faria tanto esforço para você se apaixonar por mim? - ria debochado.
- Me erra, Styles.
- Você gosta tanto do meu sobrenome, hein! Aposto que já tentou combinar com o seu nome.
E a salvação dos dois implicantes foi o fato de uma Mercedes branca estacionar a frente da Ranger Rover. Se não fosse a aparição de Alfred-O-Salavador-Da-Pátria, a família Styles terminaria a noite com um integrante a menos e seria presa por homicídio doloso.
- Boa noite. Adeus! - gritou furiosa e marchou até seu carro sendo recebida pelo chofer que já a esperava com a porta aberta. Ao se dirigir para o banco do motorista, Fred cumprimentou Harry com um aceno de cabeça.
O rapaz encarou a partida do carro e bufou irritado. Como era possível uma garota estúpida como Meester lhe dar tanta dor de cabeça?!
Styles voltou para dentro do ginásio, não para se reencontrar com o grupo, mas sim, para fazer um convite irrecusável para Amber, uma das líderes de torcida.
E o jogo já estava no segundo tempo, com o placar 48 a 42 para o time da Eton. e já haviam descido alguns acentos para ficarem mais próximas do "show", e não poderiam estar mais felizes. A mais velha gritava pelos pulmões e a mais nova estava feliz pelo capitão do time e pelo fato de a amiga estar tão alegre. estava sentado no meio da torcida com Niall de um lado e Louis do outro, os três conversavam entretidos. Liam e Zayn conversavam com as garotas do time da torcida e todas estavam internamente loucas pelo fato de receberem atenção dos rapazes. E estava na lanchonete escolhendo um refrigerante.
- Eu estou com dor de cabeça. Acho que quero ir para casa. - falava enrolando uma mecha dos cabelos loiros, se fazendo de inocente. - Niall, você me leva? O Harry foi levar a ...
Antes do irlandês se pronunciar, Louis cruzou os braços e gargalhou.
- Gente, eu sei do relacionamento promíscuos de vocês dois, não precisam disfarçar. Okay, pombinhos? - piscou para o amigo, e a menina abaixou a cabeça para disfarçar as bochechas rosadas.
- Bem, eu vou levar você, ... Já que você está com dor de cabeça... - o rapaz levantou envergonhado, procurando as chaves do carro pelos bolsos da calça e do casaco.
Louis ainda gargalhava, balançando a cabeça negativamente.
- Caras de pau. - murmurou e procurou por algum dos amigos, já que havia ficado sozinho.
- Tchau, Louis. - Princesinha Styles disse, ainda envergonhada. Pegou a mão de Horan e o guiou até as escadas próximas.
O casal se soltou assim que viram Liam e Zayn se caminhando na direção deles. Os rapazes conversavam animados e não perceberam que antes os dois estavam... digamos, mais próximos.
- Oi gente! - Malik cumprimentou e virou-se para trás para atender uma garota que lhe chamou.
- Aonde estão indo? - Liam perguntou.
- Eu estou com dor de cabeça, e como o Harry fugiu, o Niall vai me levar para casa. - explicou, e quem não soubesse do histórico daqueles dois juraria que o rapaz realmente estava apenas a ajudando.
- Seu irmão sabe dessa zoeira, mocinha? - Payne brincou.
- Ah Liam... O Nini só vai me dar uma carona... - se balançava de um lado para o outro como uma criança.
- Deixa os dois, Liam! Vamos. - Zayn empurrou o amigo pelo ombro. - Tchau e juízo, hein! Estamos de olho em você, Niall.
- Vocês sabem que é mais fácil ela me assediar do que eu fazer algo, certo? - o irlandês riu e recebeu um tapa da menina.
- Vem logo, Horan! - puxou o rapaz pela gola da camiseta e desceu as escadas num piscar de olhos.
- Uau! Se esses dois fossem um casal nós já saberíamos quem mandaria na relação. - Zayn fez piada e Liam passou o braço por seu ombro. - Sai daqui, cara! - ria tentando empurrar o amigo.
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No estacionamento, Niall ainda era puxado pela camiseta, e tentava dizer para que ela estava se encaminhando para o lado oposto da Range Rover.
- Será que dá pra me ouvir?! - o rapaz parou de andar e a puxou pelo braço. - O. Carro. Está. Para. O. Outro. L.A.D.O. - falava pausadamente, guiando a menina pela cintura.
- Por que não disse antes? - virou o rosto para trás, perguntando com as sobrancelhas juntas.
- Eu tentei te falar, mas você parecia um furacão. Não me ouviu. - desligou o alarme do carro, e um bip foi escutado.
A loirinha abriu a porta do carro, porém o rapaz a fechou. Ela o encarou sem entender e Niall sorriu envolvendo a cintura fina dela com os braços. lhe deu aquele sorriso espertinho e único.
A cada centímetros que eles se aproximavam seus corações batiam mais rápido. Suas respirações se misturaram e seus estômagos davam cambalhotas em sinal de ansiedade. E ao tocarem os lábios um do outro, sentiu seu rosto aquecer e Niall a apertou mais para si. Um beijo doce e carinhoso.
- Agora podemos ir... - o rapaz disse contra a boca dela, que não tirou as mãos de sua nuca e iniciou outro beijo.
- Agora... Podemos... Ir! - a loirinha falava entre selinhos.
- Para sua casa ou para a minha?
- Bem, Harry acharia estranho se eu chegasse tarde em casa... Mas ele não pode te ver lá... - falava pensativa, enquanto o irlandês distribui beijinhos e mordidinhas por seu pescoço. - E se ficassemos no meu quarto e você saísse pela janela?
- Pode ser. Mas e o carro? - parou o que fazia e encarou aqueles olhos verdes. - Ele acabaria estranhando um carro desconhecido lá.
- Você guarda na garagem. - a menina falou após alguns segundos pensando. - O Harry nunca coloca a Ranger na garagem, ele deixa em frente à porta principal.
- Então, o que estamos esperando?! - o loiro a beijou novamente antes de partirem.
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voltava para onde os amigos estavam, com seu refrigerante em mãos, e se surpreendeu ao encontrar apenas 3 deles.
- Cadê todo mundo? - perguntou se sentando ao lado de Liam.
- Niall foi levar a em casa e a e a estão lá embaixo sendo felizes. - Louis falou apontando para as duas meninas que comemoravam mais uma cesta de três pontos.
- Eu não vejo graça em basquete... - revelou, mordendo os canudinhos.
- É legal, mas esse jogo tá horrível... - Payne bocejou.
- Cara, tá 86 a 72! Estamos ganhando de uma de uma diferença de 14 pontos! - Zayn o encarou. - Eu não sou fã de basquete, mas todo mundo está louco aqui.
- Tanto faz... - Liam cruzou os braços e abaixou a cabeça.
O jogo terminou com um placar de 102 a 96 para o time da casa. O ginásio explodiu em felicidade. Jogadores, professores, alunos e pais pulavam de felicidade, afinal era sempre om iniciar o campeonato com o pé direito.
- Ai meu Deus! Esse foi O jogo! – voltou para onde os outros estavam e ria toda alegre.
- Vamos embora, ? – o primo da garota perguntou se levantando, entediado.
- Na verdade, o pessoal do time vai comemorar em um lugar aqui perto e o Danny me convidou para ir junto. Eu posso ir? – a garota pedia como uma criança que pedia por um doce – Ele disse que me deixa em casa depois.
- Volte antes da meia noite, amanhã você tem aula. – o rapaz disse sério, sem perceber como aquela simples frase soara autoritária e responsável.
- Obrigada! – a menina o abraçou pelo pescoço. – Tchau gente! – acenou para todos e desceu as escadas correndo.
- Devo dizer que você ficaria muito bem no papel de pai, Little Malik. – Louis brincou com o amigo.
- Me respeita, Tomlinson! – deu um tapa na nuca do amigo, rindo. – Eu vou indo galera, tchau. – o moreno acenou para os amigos e foi saindo, contudo antes passou no banheiro e ao sair de lá encontrou dois caras do time de futebol com quem conversou um pouco.
Liam, , e Louis iam caminhando juntos para o estacionamento, quando de repente a loira bateu a mão na testa e fez um barulhinho estalado.
- Que foi, garota, ficou louca? – foi Westwick que perguntou, como sempre, muito meiga.
- Eu vim para cá com o Niall e aquele idiota foi embora, como eu vou embora? – Hilton explicou fazendo gesto exagerados.
- Eu te levo, relaxa. – Payne falou procurando as chaves de seu Jeep nos bolsos da jaqueta e das calças.
sentiu-se realmente grata por alguns poucos segundos até Lexi Saint se aproximar do grupo e pedir uma carona a Liam, mas todos eles sabiam que, na verdade, a chefe das líderes de torcida não queria ir para a casa no fim da noite... Pelo menos, não sozinha!
Payne se virou para o com cara de cachorro que caiu da mudança e a menina com um aceno de cabeça o livrou do favor de leva-la para casa.
- Eu vou matar o Niall, ele não perde por esperar. - Hilton dizia chorosa. – Eu não precisaria estar passando por isso agora se aquele infeliz sem consideração não tivesse se esquecido de mim!
- Não fica assim, criança. Eu te dou uma carona. - Louis passou o braço pelo ombro da menina e com a outra mão bagunçou seus cabelos loiros.
- Ou então, eu te livro de alguns horríveis minutos presa com o Tomlinson em uma caixa de metal e você divide um táxi comigo. - falava procurando o número do taxista em sua agenda do celular.
- A escolha é sua, . Ou, você terá a minha adorável e divertida companhia, ou a da , que está mais para uma maníaca psicopata! - o rapaz cerrou os lábios e balançou a cabeça. A ruiva se limitou a lhe mostrar o dedo do meio sem levantar os olhos para ele.
- Lou, eu acho que vou com a ... - Hilton foi interrompida pela amiga que "comemorava a vitória" de ter sido escolhida. - PORQUE a sua casa fica no sentido oposto da minha e eu não quero incomodar!
- Mas não será incômodo algum. Olha, possivelmente a sua casa fica no caminho oposto à casa do taxista! Pense nisso!
- Mas eu vou pagar para ele me levar até lá! - justificava atenciosa e Westwick rolava os olhos por aquele diálogo desnecessário.
- Não tem problema, eu aceito seu dinheiro! - Louis riu assim como a menina.
- Aí eu iria me sentir usada!
- Okay, já vi que vocês são ótimos amigos, agora já deu. Vem , eu vou ligar para o cara vir pegar a gente. - ia puxando a caçula pela mão.
- Espera aí! - Louis chamou a atenção das duas. - , o que aconteceu com seu carro?
- Aquela merda deu problema de novo!
- Especifique problema. - O moreno riu se aproximando das garotas.
- Digamos que tem algo a ver com gasolina...
- Não acredito que você se esqueceu de abastecer o carro... De novo! - bateu as mãos nas cochas, indignada. - Já é o quê? A terceira vez esse ano?
- Eu não tenho culpa se ele não avisa quando vai acabando a gasolina!
- É claro que ele avisa, se chama luz de combustível, ela acende quando já está na reserva! - Louis mantinha os olhos cerrados.
- Uma luz minúscula que não chama minha atenção!
- O que você queria? Que um unicórnio vomitando um arco íris e segurando uma placa aparecesse toda vez para te lembrar que você tem que abastecer o carro? - o garoto fazia gesto exagerados e a mais nova riu de sua frase.
- Para ser sincera, a parte do vômito seria demais, acho que só a placa já é o suficiente! - fez biquinho e balançou a cabeça positivamente. - Agora vamos, .
- Tchau, Lou. - Hilton sorriu e acenou para o amigo que retribui o gesto.
Tomlinson observou as meninas se distanciarem e foi então que ele se lembrou. Desde o episódio "Socorro, Westwick roubou meu carro!" ele nunca mais tentará uma aproximação solitária. Seria aquele o momento ideal?
Na verdade, não havia momento ideal, pois toda vez que ele tentava ser simpático com a moça, ela era totalmente impenetrável e o máximo que Louis conseguia era afastá-la ainda mais.
Contudo por mais que ele conseguisse fazer com que entrasse em seu carro e o acompanhasse para Deus sabe lá onde, havia um problema. Um lindo, loiro e doce problema: Hilton! Tomlinson precisava fazer algo para que saísse da jogada.
E foi então que o rapaz sentiu um calafrio na espinha e ao olhar para trás, ele pode ver como um anjo da escuridão, Zayn Malik, com sua usual jaqueta de couro preto, surgir do além e caminhar tranquilamente até sua moto.
Louis sorria minimamente observando o amigo, e pensava apenas em uma coisa: "Porra, esse cara tem estilo!". Saiu correndo, desesperado até Malik e quando o alcançou tentava falar, todavia as palavras não saiam de sua boca devido a rápida caminha.
- Cara, o que foi? - Zayn perguntou, colocando a mão sobre o ombro do amigo e o encarando estranho.
- Primeiro: eu realmente estou fora de forma! - ainda respirava com dificuldade e mantinha a mão sobre o tórax. - Segundo: preciso da sua ajuda! Fico te devendo uma. - encarava o rapaz a sua frente com toda esperança que preenchia seu ser.
- Fala logo o que foi.
- Eu preciso sair com você sabe quem, por causa da você sabe o que, mas ela está com a e eu não vou poder fazer você sabe o que se alguém estiver me atrapalhando!
Zayn, com os olhos cerrados, e expressão engraçada prestava total atenção a Louis.
- Não tenho certeza se entendi...
- Ahh, você entendeu, Malik! Você entendeu muito bem! - arrancou o capacete que estava nas mãos do amigo e arrumou na cabeça do rapaz. - Trate de subir nessa moto, ir atrás das meninas e levar a para casa. Anda vai! - Apontava para a motocicleta do garoto.
- Mas...
- ANDA! - gritou eufórico.
- Tô indo, caralho! - Zayn deu partida na moto e começou a procurar pelas garotas por todo o estacionamento da Eton.
Sua busca não demorou tanto, foi fácil ouvir os gritos e gargalhadas de Eleanor.
O rapaz estacionou sua moto em frente às duas meninas e levantou a viseira do capacete.
- Ahn... Posso ajudar? - Westwick estranhou, achava que Zayn já estava há muito tempo em casa.
- Eu preciso falar com a ! - retirou o capacete e a loira o encarou com as sobrancelhas arqueadas. - É que... Você não pode ir para casa com a !
- Por que não?! - as duas perguntaram juntas.
- Por quê? É... Porque... Eu... Encontrei com o Niall quando ele estava indo embora e ele me pediu para que eu te levasse! - foi a melhor desculpa que encontrou. - E aí amanhã ele vai me perguntar se eu te levei para casa e o que eu vou falar? Que não?! Ele vai me matar!
- Abaixa o fogo desse cu aí, Malik! - estava achando aquilo tudo muito estranho. - Horan não mata nem formiga quanto mais bate em alguém! O que você quer afinal?
Zayn continuaria batendo na tecla de que Niall, um exemplar melhor amigo, estava preocupado com a segurança de e queria que Malik a levasse para casa. Porém, já havia percebido que aquela não ia colar...
- A verdade é que eu sei que você, , saiu de casa com fome e não comeu nada aqui, então eu queria te levar para comer ótimas panquecas. - agora sim, essa desculpa seria boa.
- Você o quê? - Hilton perguntou.
- Queria te levar para comer ótimas panquecas... A e eu costumamos ir nesse lugar todos os domingos de manhã.
- Você, Zayn Malik, quer levar ela, Hilton, para comer panquecas? - perguntou.
- Você quer? - estranhou.
- Eu não tenho mais certeza se quero! – falou colocando o capacete novamente e então viu o carro de Louis alguns metros atrás das meninas, apenas esperando que ele saísse com Hilton para entrar em ação. – Quer dizer, eu quero que você me acompanhe, ... Se você quiser, é claro!
A menor pensou por alguns segundos, encarou à Zayn, à motocicleta, olhou o celular a fim de ver as horas e finalmente se manifestou: - Não sei se é uma boa ideia.
- Af, , vai logo, menina! Uma saidinha com o Malik não vai te matar... – a ruiva disse rolando os olhos
- Então, eu acho que vou...
O rapaz sorriu pelo fato de ela aceitar, porque tinha medo do tamanho do piti que Tomlinson faria se ele não conseguisse tirar de lá.
Ele entregou um capacete para a garota e a esperou subir na motocicleta.
- , tem certeza que você não vai ficar brava por eu não ir com você? – a loirinha perguntava à amiga e o garoto riu achando bonitinho a preocupação dela para com Westwick.
- Não se preocupa, , vai lá. – deu uma piscadinha e foi andando para fora do estacionamento.
Enquanto a loira subia na motocicleta se perguntava – na verdade, gritava em desespero na sua mente – se deveria se segurar na cintura de Malik, ou segurar no banco e correr o risco de cair e esfolar todo o corpo. No entanto, isso não seria problema contando que ela quebraria o pescoço e morreria! Bem legal...
- Se segura. – Zayn avisou por cima dos ombros.
A menina ainda com os braços suspensos no ar, sem reação, não soube o que fazer.
O rapaz virou-se mais uma vez para ela, sorriu afetuoso, pegou as mãos da menina e as colocou em volta de sua cintura.
- Segura firme. Não quero ter que explicar para seus pais que você caiu da minha moto porque estava com vergonha.
Foi a vez de ela corar. Ela agradecia em todas as línguas que sabia o fato de estar de capacete e o garoto não ter visto que suas bochechas haviam tomado uma coloração rosada.
O moreno acelerou sua Harley e saiu das dependências do Colégio Eton.
A cada vez que ele aumentava a velocidade, a menina apertava ainda mais sua cintura. Não tinha vergonha nenhuma agora que temia pela vida. A verdade era que Hilton não era muito fã de aventuras. Mantinha os olhos fechados e a cabeça apoiada na nuca do rapaz, rezava para que eles chegassem logo a seu destino e mais importante, pedia para que chegassem vivos. Exagero da parte dela? Ela sabia que sim. Importava-se com isso? Não!
apenas abriu os olhos quando percebeu que o garoto havia parado o veículo. Desceu da moto e retirou o capacete, arrumando os cabelos.
- Você e sempre vêm aqui nos domingos de manhã? – a garota achou estranho.
A lanchonete era um tanto quanto afastada do centro da cidade. O estacionamento cheio de motos e caminhões revelava o público que frequentava o ambiente. A iluminação baixa e a tintura nas paredes já velha apresentavam uma atmosfera totalmente diferente da sorveteria que eles haviam visitado alguns dias antes.
- Talvez eu tenha mentido e a verdade seja que eu venho até aqui quando quero ficar sozinho. – o moreno caminhava por entre as mesas e a menina andava acelerada atrás dele. – Porém, as panquecas são realmente ótimas. – se sentou folgado em uma cadeira e acenou com a cabeça o acento a frente dele, na mesa, para que ela também se sentasse.
O habitual silêncio entre eles se iniciou, contudo daquela vez ninguém se incomodava por isso, ambos estavam bem a vontade na verdade. Zayn com seu costumeiro olhar observador varrendo todo local e com seus olhos castanhos e curiosos notando tudo o redor.
- Oi Malik. – uma garçonete se aproximou da mesa onde os dois estavam com uma caderneta nas mãos.
- Oi Thalia. – o rapaz sorriu minimamente, sem nem ao menos olha-la nos olhos, mas foi o bastante para que a garçonete suspirasse.
- O que vai ser? – a moça perguntou, apoiando o lápis na caderneta.
- Panquecas e refrigerante para moça – apontou para a loira que sorriu cerrado e se virou para a garçonete. Thalia nem ao menos havia reparado a presença de Hilton e, ao perceber, a encarou presunçosa, torceu o nariz e se voltou para o garoto. - e uma cerveja para mim.
- Acho que você está tentado me engordar. As duas únicas vezes que você me levou para sair envolveram comida. E comida calórica.
- Eu não ousaria estragar esse corpinho. – a loira riu e Malik sorria sem graça.
- Daqui uns dias começa o campeonato de vôlei – a menina falava mexendo no zíper de sua bolsa. – Seria legal se você fosse.
- Vôlei? – arqueou uma sobrancelha. – Feminino? – abriu um sorriso debochado.
- Você é um como os idiotas que pensam que o único esporte que existe é futebol? – a garota questionou entediada.
- E não é? – brincou para irrita-la e pegou um guardanapo, o amassou e jogou em Malik. – Brincadeira!
- Babaca...
- O que achou do jogo hoje? – perguntou afim de o silêncio não se reinstalar.
- Sei lá não gosto muito de basquete.
- E futebol?
- Tá de brincadeira, né?
- Não. – riu – É sério. O final do campeonato inglês vai ser daqui duas semanas e eu realmente espero que o Liverpool seja classificado. O Manchester United também está na semifinal e se os dois forem classificados vai ser uma final histórica! – sua empolgação era palpável. – Vai ser mais legal porque a minha prima é torcedora do Manchester e eu quero vê-la sofrer! – falava lentamente abriu um sorriso diabólico.
- Por que você é torcedor do Liverpool?
- Como assim?
- Você mora em Londres, passou parte da infância em Manchester e no fim das contas torce para um time nada a ver? – a menina falava com as sobrancelhas levantadas.
- Eu não sou o orgulho da família, okay?
O pedido chegou e foi muito bem recebido pela garota que estava morrendo de fome. tinha que admitir, a comida era realmente muito boa, Malik roubou duas das panquecas da loira, que tentava o impedir com tapinhas na mão dele, porém nada poderia pará-lo. Não quando o alvo de seu furto eram aquelas deliciosas panquecas que ele tanto gostava
Após terminarem e haver outra discussão sobre quem pagaria a conta e Zayn, mais uma vez, ser mais rápido e efetuar o pagamento, o casal deixou o recinto aquecido e saiu para o estacionamento. Conforme a noite chegava, a temperatura abaixava e se encolhia por não estar usando uma roupa mais pesada.
Zayn dirigia a moto até a mansão Hilton e a garota resolveu deixar o medo de lado e espinhar, por cima do ombro do rapaz, o percurso que ele fazia. Ela tinha que admitir, aquilo era legal.
Ao estacionar em frente à casa da menina, ele retirou o capacete e esperou que ela descesse da moto para espelhar seu movimento.
- Obrigada pelo passeio. – lhe entregou seu capacete. – A comida estava realmente boa. Eu devo dizer que tinha minhas suspeitas se as panquecas eram realmente boas.
- Imagina. Foi um prazer. – sorriu docemente.
Castanho com castanho, os dois se encaravam de forma amável. se lembrava das bochechas do rapaz ficando levemente rosada quando ela havia o beijado ao se despedirem da outra vez, ela realmente havia achado aquilo realmente adorável. E não perdeu a oportunidade de repetir a dose.
Seus lábios rubros tocaram delicadamente a bochecha do rapaz e como antes elas ficaram rosadas. não escondeu um sorriso e acenou se distanciando. Ao virar de costas, pronta para adentrar os muros de sua casa, Zayn a puxou pelo braço, a fitou nos olhos e também lhe deu um beijo na bochecha.
- Durma bem. – foi a única coisa que disse antes de subir em sua Harley e sumir de lá.
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cantarolava a música que as líderes de torcida haviam cantado mais cedo durante o jogo e esperava que o táxi chegasse para que a levasse para casa e ela finalmente pudesse descansar. A única coisa que queria no momento era dormir.
A ruiva ia brincando com uma pedrinha que estava no chão, a chutava de um lado para o outro, quando ouviu um barulho de motor e levantou o rosto a fim de ver sua carona; logo fechou a cara, pois ao invés de encontrar um taxi encontrou um Audi, que já conhecia muito bem. Conhecia também o dono daquela lata velha, que não tinha nada de velha, mas ela já estava ficando irritada com a presença constante de Louis a todo lugar que ela ia.
- O que você quer? – a garota perguntou?! – sustentava um sorriso charmoso, sem segundas intenções, mas aquilo não impressionaria Westwick. – Você me deu uma carona um dia desses, pensei um pouco e cheguei a conclusão e decidi que vou retribuir o favor.
- Primeiro: aquilo eu que fiz não foi por vontade própria. Você invadiu meu carro! – cruzou os braços. – Segundo: eu já chamei um táxi, você não precisa se incomodar de retribuir o “favor”.
- Vou fazer você economizar dinheiro e tempo! O que tem de mal nisso? – o rapaz indagou ligando o carro, pois a garota começara a andar pela calçada para longe dele e ele ia a seguindo com o Audi.
- Já disse que chamei um táxi! Não vou cancelar o... – o celular da ruiva começou a tocar e ela estranhou o fato de a empresa de táxi estar a ligando. – Alô?
Tomlinson podia ser qualquer coisa, mas burro ele não era! Ele, assim como todos dos os outros amigos, mantinha salvo em seu celular o mesmo número de telefone da empresa de táxi que havia ligado. O que ele fez foi simplesmente ligar e pedir para que Janice, a atende que ele já conhecia e o adorava, dissesse à ruiva que sua carona ia demorar por volta de uma hora e meia.
desligou o celular e o guardou no bolso da calça. Encarou o sorriso do moreno por alguns segundos e entrou no carro batendo a porta com força.
- Me leva para casa agora.
- Só se você pedir com jeitinho. – o menino fez um biquinho.
- Vai logo, Tomlinson! – gritou, como sempre.
- Ai, okay! – se assustou com o grito dela e então ligou o automóvel e o dirigiu até a casa dela.
Louis tentava puxar um assunto e tudo o que a ruiva fazia era manter os olhos focados na rua, não desviava nem ao menos para a janela. O menino ligou o rádio, fazia comentários sobre a música que tocava e nada de ela abrir a boca. Mencionou o jogo que haviam assistido e como a menina havia torcido e nada da parte dela. Comentou o triângulo amoroso Niall//April e tudo o que ela fez foi suspirar.
Ao estacionar em frente a mansão Westwick, foi abrir a porta do carro sem nem ao menos olhar para trás e foi então que viu que estava trancada.
- Abre.
- Nem ao menos um obrigado? – o rapaz perguntou cético.
- Abre.
- Você é... ARGH! – grunhiu e não abalou a ruiva.
- Abre.
- Eu te dei uma carona e você nem ao menos agradece!
- Abre.
- Só sabe falar isso?
- Eu não pedi para que você me trouxesse até aqui. Fez isso porque quis! Agora, ABRE.
- Você quer sair do caro? – questionou retoricamente, contudo a menina balançou a cabeça dizendo sim. O rapaz destravou a porta e ela desceu do Audi, porém ao fechar a porta ouviu mais um baque e então viu que Tomlinson espelhara seu movimento.
- O que foi agora? – cruzou os braços.
- Só me fala uma coisa, . – deu a volta no carro, se aproximando dela. – Por que você me odeia? O que eu te fiz? Porque eu simplesmente não sei o motivo de tanta raiva que você tem por mim! Eu não sei o que eu fiz, mas sério... me desculpa.
arqueou um pouco as sobrancelhas, surpresa pelo fato de ele ter realmente pedido desculpa por algo que, como dissera, não sabia ao certo o que era.
- Escuta. Tomlinson, estou cansada e está tarde... é melhor eu entrar. – foi tudo o que disse e partiu em direção ao portão de sua casa, que foi destravado e a menina pode entrar.
Antes de fecha-lo, ela se virou para o rapaz que a encarava, seus olhos negros se cruzaram com os azuis intensos dele e então ela fechou o grande portão de ferro.
Louis suspirou, com as mãos na cintura e pensou porque não havia recebido uma resposta. E enquanto caminhava até a porta principal ela também pensava porque não o respondeu.
A verdade era que não havia resposta para aquela indagação.
Talvez ela pudesse começar a procurar por evidências que a ajudariam a esclarecer tanto ódio por Tomlinson, ou então apenas admitir que não havia motivo para tanta aversão, contudo ela gostava de implicar com ele...
Mas o fato de não possuir razões para conter em seu ser tanta antipatia por Louis, não é um problema. Afinal de contas, ela vai se apaixonar por ele e também não saberá o motivo certo...
Pessoas vem e vão, amizades se iniciam e terminam todos os dias. O vazio e falta daquele companheiro permanece por um tempo curto, longo ou para sempre, depende dos sentimentos de cada um. E sabia que se não tomasse uma atitude, a falta de Liam duraria por um bom tempo, não para sempre, porque ela conhecia o melhor amigo e cedo ou tarde ele voltaria a falar com ela, todavia sentia que naquele momento deveria tomar a iniciativa.
Por isso se sentiu melhor quando enviou uma mensagem para o rapaz pedindo para que o encontrasse na cafeteria que costumavam ir aos sábados frios. A morena já estava lá há 27 minutos. Vinte e sete minutos observando a paisagem lá fora. Vinte sete minutos virando-se para a porta toda vez que o sininho tocava anunciando uma nova pessoa no estabelecimento. Vinte e sete minutos desbloqueando o celular para ver se Payne tivera justificado seu atraso de vinte e sete fucking minutos! Vinte e sete minutos que mais pareciam mais vinte e sete mil anos.
Já havia comido um pão de queijo e um muffin de chocolate, se servido duas vezes de café e estava pensando seriamente em pedir para o seu pai lhe comprar uma franquia daquelas como presente por seu décimo oitavo aniversário.
Estava de cabeça baixa, brincando com o açúcar e organizava seus pensamentos de como faria um pedido daqueles para seu velho quando sentiu a presença de alguém a sua frente. Levantou o rosto na expectativa de encontra o melhor amigo lá e poder finalmente conversar, mas...
- O que você está fazendo aqui? – perguntou entediada a Harry.
- Oi para você também, Meester . – O moreno sorria simpático, sentando-se a frente da garota.
- O que você está fazendo aqui? – repetiu a pergunta, tentando diminuir diálogo.
- O disco riscou? – fez piada e riu, a garota apenas continuou o encarando e piscando sonolenta. – Okay... – desistiu de fingir que eram amigos. – A queria brownies. Como sou um bom irmão vim até aqui, percorri este longo e frio caminho apenas para comprar algo para a minha irmã caçula.
- Sua casa é a duas quadras daqui... – disse com as sobrancelhas juntas.
- Culpado! – levantou os braços se rendendo e a menina curvou o canto da boca em um pequeno sorriso.
Harry observou aquele gesto, porém não comentou, apenas sorriu também.
- O que faz aqui? – perguntou a ela.
- Esperando uma pessoa. – preferiu não se aprofundar no assunto.
- Uhmmmmmmm.... Então isso é um encontro?! – o rapaz apontava ao redor.
- Não, garoto! Estou esperando o Liam! – riu de sua decepção visível.
- Falando em Liam, posso fazer uma pergunta?
- Tenho medo de permitir, mas ok, vai lá... – recostou-se no apoio de costas e levou sua bebida até a boca.
- Você e o Payne... Rola ou enrola?
se engasgou com o café quente, cuspiu grande parte por sobre a mesa e iniciou um ataque de tosse, ficando vermelha como um pimentão por não conseguir respirar direito, duas lágrimas solitárias escorreram por seu rosto e até um funcionário do lugar veio a ajudar, dando-lhe tapinhas nas costas enquanto Styles batia as mãos nas coxas de tanto rir.
- Terminou? Está melhor? – o moreno tentava, em vão, segurar o riso para mostrar apoio à garota.
- Ridículo! Eu poderia ter morrido aqui, e você estava ocupado rindo!
- Você não tem noção de como aquilo foi engraçado. – ainda ria com as costas da mão sobre a boca.
- Argh... – revirou os olhos – Respondendo sua pergunta, não. Liam e eu não temos nada, somos apenas bons amigos.
- Cara, por quê?
- Eu que te pergunto, por que é tão difícil de acreditar?
- Porque você é uma garota e ele um garoto.
- E o céu azul e as nuvens brancas! – falava se irritando com aquele assunto estúpido. Por que mesmo estava conversando com Styles? – Niall e também são melhores amigos. E daí?
O rapaz não disse nada, apenas a encarava em silêncio e ela começou a se sentir incomodada com aquilo. Sorriu, finalmente, levantando-se e pegou a carteira e chaves que estavam em cima da mesa.
- Eu vou comprar as coisas, se não daqui a pouco a aparece aqui de pijama reclamando que eu demorei demais. Tchau Meester. – a garota devolveu um aceno de cabeça e o rapaz se encaminhou para o caixa para fazer seu pedido.
A morena, disfarçadamente, o observava. Só porque não tinha nada mais para fazer, claro...
Harry, como sempre, foi muito educado ao conversar com a atendente. Usando muitos obrigado, por favor e por gentileza. Seu bonito sorriso simpático e gentil não se desmanchava. E a garota tinha que admitir que ao bagunçar os cachos para arrumá-los novamente ele ficava um tanto quanto charmoso... Talvez bastante... Sorte da população feminina que ele fazia isso com frequência.
- ! – a morena foi despertada por alguém que lhe chamava com a entonação irritada.
- Liam! Nossa, faz tempo que você tá aí? – disse tentando chamar sua atenção, pois o rapaz se virava para ver o que ela tanto encarava.
- Aquele é o Harry?
- Claro que não... Quer dizer não sei... Aonde? – se fez de desentendida. - Por que você não senta? – indicou o lugar para ele
- Espera aí, é o Harry lá sim. Eu vou lá cumprimentar e já volto. – e então ele se foi...
mexia no celular de cabeça baixa e desviava o olhar, disfarçadamente, para onde os dois rapazes conversavam. Harry ria de algo que Liam lhe contava, e em certo momento os dois se viraram para encarar a menina, que fingia não ver e fuçava o aparelho de telefone. Styles se despediu do amigo e foi saindo do estabelecimento, não antes de se virar para e lhe lançar uma piscada, a morena ficou o encarando sem entender e não devolveu gesto algum, apenas ignorou e se voltou sua atenção para Liam que chegava e se sentava a sua frente.
- Oi. – a morena disse e sorriu fraco.
- Oi. – respondeu seco.
- Precisamos conversar...
- Sobre? – o rapaz folheava o cardápio e bufava.
- Não se faça de mal entendido! Quer parar com isso? Olha para mim, Payne! – tirou o cardápio das mãos dele, que a encarou mal humorado.
- Olha, eu nem sei porque eu vim até aqui. Você quer falar sobre o quê? Sobre como me traiu? Como foi uma amiga ruim? – disparou a falar e a garota se segurou para não manda-lo calar aquela maldita boca.
- Quer parar de se fazer de vítima? A única alma sofrida aqui era a , okay? – falava irritada e batia o dedo indicador na mesa, tomando cuidado para não levantar o tom de voz e chamar atenção das pessoas para a conversa. – Liam, pelo amor de Deus, não é possível que você não via que aquela situação era ridícula e prejudicava apenas a ela!
- Ah, então você acha que eu gostava daquilo? Você não sabe de...
- Eu acho sim que você gostava daquela situação. Afinal, ela é bonitinha, vocês não tinham um relacionamento, podia sair comendo qualquer uma por aí enquanto ela ficava em casa esperando o “príncipe encantado”. Príncipe de merda... – falou tudo sem parar para respirar e Liam nem piscou, ouvindo tudo o que ela dizia.
- Você não sabe de nada relacionado a nós, pelo simples motivo de não estar envolvida em nosso relacionamento. – dizia baixo e com calma. – Você tem essa mania insuportável de se achar no direito de tomar decisões pelas pessoas. Você realmente acha que sabe o que é melhor para todos, mas você não vive suas vidas, seus conflitos e dificuldades. É muito fácil tomar uma decisão pelo outro quando não passa na pele o que ele passa. é crescida e tem capacidade de tomar suas próprias decisões, você não tinha o direito de se intrometer.
A morena ficou por um tempo digerindo tais palavras, realmente não sabia o que dizer, pois ela não era daquele jeito. Tinha certeza que não era. Será que não era?...
- Eu não sei o que dizer, mas... – não o encarava, o adoçante a sua frente parecia mais legal. – O fato é, minha melhor amiga estava sofrendo e eu intervi. Me processe.
- Você não tinha esse direito.
- Eu já entendi, okay? – falou mais alto que o necessário. Olhou ao redor para ver se alguém os encarava e constatou que todos estavam mais ocupados com suas próprias vidas medíocres. – A questão é, a estava sofrendo. Será que você não vê isso? Foi o melhor para ela! – Liam abriu a boca para contesta-la, todavia a morena o impediu antes de fazê-lo. – Não me venha com “Eu era o melhor para ela”. Argh... – revirava os olhos com cara de nojo.
- Eu não ia dizer isso...
- Não? – seus olhos azuis o acusavam. – Eu te chamei aqui para nos acertarmos, porque eu sinto sua falta, seu gordo filho da puta! – riu de sua piada, porém o garoto continuava sério. – Okay... Você quer um pedido de desculpa? – ele balançou a cabeça positivamente. – Não vai ter, porque eu estou certa, Liam! Foi o melhor para ela.
- Você é inacreditável! – passava as mãos pelo rosto, cansado daquele assunto. Não apenas daquele que estavam tendo há uns quinze minutos e sim toda a história Payne/Ortega.
- Liam, ela só sofria por sua causa, enquanto você estava bem! Não é como se você fosse morrer por estarem separados. Até a , que morria de amores por você, parece estar enfrentando isso muito bem. – cruzou os braços, pensando que o assunto já estava terminado e cogitava a ideia de pedir mais um pão de queijo.
- Ela está, não está... – suspirou profundamente, lembrando-se de vê-la muito feliz e satisfeita com Daniel.
Sentia-se um lixo por ter perdido aquela garota, e se sentia pior por tê-la perdido para o cara que mais odiava na face da Terra. Até ele era melhor para ela... - Me fala uma coisa, Payne Belly. O quanto você gostava dela? – sabia que o amigo gostava de , mas sempre pensara que era apenas uma coisinha pequena.
- Muito. – respondeu rápido. – Muito! Eu... Bem... É... Eu, não me sinto a vontade falando sobre isso, mas eu... Eu sou apaixonado por ela, . – dizia de cabeça baixa. Seus olhos castanhos tristes não tinham coragem de encarar os azuis da melhor amiga.
A garota arqueou as sobrancelhas, surpresa pela resposta: - Por que nunca me disse? Eu pensava que você só gostava dela, que não era demais... – agora se sentia mal pelo fato de estar com pena do rapaz.
- Eu não achei que era necessário gritar isso aos sete ventos... Acho que estava errado, se tivesse feito isso, poderíamos estar juntos agora.
Okay, vamos contar os fatos! fez “terminar” com Liam, porque ela só sofria e ele não gostava dela com a mesma intensidade. Agora, descobriu que Liam é apaixonado, APAIXONADO, A.P.A.I.X.O.N.A.D.O. (mais uma vez) APAIXONADO por !
Ela ia ser a responsável pela separação de um jovem casal? Seria ela a vilã do conto de fadas?
- Liam... Olha, eu não vou dizer que estou arrependida pelo que fiz – o rapaz reclamou baixinho, descansando a cabeça sobre a mesa. – Porque, de novo, foi o melhor para ela, mas... MAS você pode tê-la de volta, meu caro Watson.
- E como farei isso, meu caro Sherlock? – entrou na brincadeira e ambos sorriram, felizes por finalmente terem se acertado.
- Meu bem, ela também é apaixonada por você! É só você mostrar que se arrepende de tudo o que aconteceu e que vai mudar.
- Simples assim?
- Simples assim.
- Você só se esqueceu de uma coisa, gênio. Ela está com o Phillips.
- Argh... Me poupe, Payne... Aquela merda que se diz homem não será um obstáculo. A está com ele... Na verdade, eu não sei porque ela está com ele! Acho que nem ela sabe, mas tudo bem! – riram da piadinha. – Se mostre amigo. Demonstre que você sempre estará lá como companheiro. Não apresente segundas intenções em suas ações. Seja sincero o tempo todo. Faça-a se lembrar que é por você que ela é apaixonada.
- Falou bonito! – batia palmas para a amiga. – Essa é a receita para a felicidade?
- Com certeza é! – sorriu – Me diz uma coisa, que tal um cinema agora?
- Fechou.
Pessoas vem e vão, amizades se iniciam e terminam todos os dias. Mas os de verdade são para sempre.
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O rapaz dormia tranquilamente no escruto de seu quarto quando de repente foi acordado por Kesha cantando Your Love Is A Drug, no quarto ao lado. aumentou a música no último volume e a gritava totalmente desafinada.
Harry se controlou para não ir ao quarto da irmã e esganá-la. Apenas pegou o celular e mandou uma mensagem para a loira.
Meio minuto depois a mensagem surtiu efeito. A música parou e o moreno suspirou, cobriu a cabeça com o cobertor e voltou a fechar os olhos. Apreciou o silêncio por apenas dois minutos, pois agora era Rihanna que explodia no som com S&M. Ele sentou irado, pegou o IPhone no criado mudo e digitou cada letra como se estivesse matando alguém.
A resposta chegou segundos depois:
Harry bufou impaciente e se rendeu a mais nova, levantou-se e foi se arrumar para mais um dia de escola. Enquanto se vestia, se pegou fazendo um feat para Black Eyed Peas em I Gotta Fealing. Jogou uma das alças da bolsa no ombro direito e saiu do quarto no exato momento que a irmã saia do seu.
- Ahhh! – bateu palmas, irritado – Agora você para a porra da música, né!
- Ah Hazz, não fica bravo comigo! – com as mãos atrás do corpo, se balançava de um lado para o outro como um criança sapeca.
O mais velho bagunçou seu cabelo e é claro que a menina reclamou, dizendo eu já estavam grandes demais para aquilo.
Depois do desjejum, Harry dirigiu em direção a Eton como todas as manhãs, discutindo o percurso inteiro com a irmã. Ele ligava o rádio, e ela mudava a estação em busca de algo que a agradasse, porém a anterior estava ótima para o garoto. O moreno ligava o ar condicionado e a menina reclamava de frio, por isso aumentava a temperatura, ele diminuía, ela aumentava, ele abaixava e ela aumentava de novo. se irritava e então decidiam abrir as janelas, todavia o vidro aberto demais bagunçava o cabelo dela, o que era mais um problema. Graças a Deus que a escola não era tão longe assim, senão aqueles dois já teriam se matado há muito tempo.
Já no estacionamento do colégio, Harry ainda reclamava de como era insuportavelmente irritante quando queria que tudo fosse de acordo com sua vontade e a menina se fazia e ofendida.
- Olá pessoas! – Niall disse assim que viu os Styles saindo do carro.
- Oi Nini. – a loirinha sorria simpática, no entanto fechou a cara assim que ouviu a voz do irmão a imitando. – Não enche, Harry! – explodiu impaciente.
- Você, sem dúvida, é o melhor irmão mais velho. – Horan tirou sarro, Harry riu da piadinha e a menina se preparou para responder o loiro quando sua namorada chegou.
- Oi amor! – April cumprimentou o rapaz com um selinho e se segurou para não vomitar. – Oi gente. – os Styles sorriram azedos para a morena. Coincidência ambos não gostarem da namoradinha de Niall, não?
- Gente, eu vou atrás da , okay? Tchau... – a loirinha acenou para os três e ia saído quando ouviu o irlandês a chamar.
- Eu vou com você.
- Vai? – e April perguntaram juntas, ambas surpresas pela revelação.
Winster soltou uma risadinha irritada: - Você não vai me acompanhar para a sala, amor? – uma entonação no vocativo empregado para o rapaz foi percebida por todos.
- É não vai acompanhar sua namorada para a sala, amor? – Princesinha Styles dizia “inocentemente”, enrolando uma mechinha dos fios de ouro nos dedos. Foi possível ouvir seu irmão prendendo uma risada e ver April brava com toda aquela situação que ela julgava ridícula.
Onde diabos já se viu seu namorado preferir acompanhar uma qualquer pelos corredores do colégio e não ela?
- Vamos, Niall! – a morena falou seca, arrastando o rapaz pela mão.
acenou para o casal “feliz” e soltou um “Tchau querida.”, virou-se para o irmão e riu assim como ele.
- Agora eu vou atrás da .
- Vai com Deus, você vai precisar, porque aquela lá é o capeta em forma de gente!
-Para com isso, Harry. Ela é minha amiga.
- Ainda bem que é sua e não minha, porque aquela lá...
- Tá okay, já entendi. Tchau! – riu do irmão e saiu à procura da amiga.
A caçula Styles caminhava pelo gramado do Colégio Eton e acenava para alguns conhecidos e outros que não tinha ideia quem eram, porém eles a chamavam pelo nome e a menina não queria ser mal educada. Por isso retribuía um sorriso e um “oi” murcho, por não ter ideia de onde aquela pessoa achava que a conhecia.
No corredor principal e garota foi até seu armário para pegar seu material quando encontrou .
- Oi . Você viu a por aí? – a loirinha perguntou colocando uns livros dentro da bolsa.
Meester não respondeu, apenas ficou encarando a amiga com cara de morta.
- Preciso mesmo responder? – a morena perguntou.
- Claro que sim! Se eu perguntei, ué! O fato de vocês não se gostarem não faz uma invisível para outra. – fechou o armário e se encostou nele, encarando que abria o dela um pouco mais para frente.
- Na verdade, princesinha Styles, Westwick é invisível para mim sim!
- Eu só não sei por que vocês se odeiam... – foi até a mais velha.
- Olha, eu poderia te dar um milhão de motivos, mas vou apenas dizer que é pelo simples de motivo de que a sua amiga é um pé no saco!
- Já pensou no fato de que vocês não se dão bem por que são exatamente iguais?! – a menina falou e a encarou por alguns segundos. – O que mais te irrita na pode ser o seu maior defeito também... Não é por nada... Só falando. – ergueu as duas mãos se rendendo. – Eu tenho que ir, mas pensa no que eu te falei. – deu um beijinho na amiga e saiu correndinho para a aula de biologia.
a encarou se distanciar e não conseguiu digerir as palavras que tinha acabado de ouvir. Styles era psicóloga agora?
Meester riu de seus pensamentos e das loucuras da loira e saiu em direção às escadas da ala leste onde ficava a sala de literatura. Reclamava mentalmente, porque até aturava a matéria, no entanto, detestava poemas. E era exatamente isso o que estava estudando. O fato de não ter Liam ali com ela também era irritante, se o garoto estivesse lá, ela poderia incomoda-lo e então não ficaria irritada.
Sentou-se na primeira cadeira que viu a sua frente e conectou-se aos fones de ouvido, ligando o modo aleatório e abaixou a cabeça. Pouco tempo depois, sentiu alguém cutuca-la no ombro. Pensou ser o professor, levantou a cabeça retirando os fones e não encontrou ninguém. Ouviu um riso debochado do outro lado e se virou para dar e cara com Styles e seus cachos bagunçadamente arrumados, seus olhos verdes expressivos e seu – na concepção da garota – ridículo sorriso irônico.
A garota apenas bufou impaciente e recolocou os fones, no momento que em o Sr. Mitchell entrava a sala.
- Senhorita Meester, os fones... – a garota guardou IPod revirando os olhos. – Bom dia, turma! Iniciaremos a manhã de uma ótima forma! Estudando o poema de... – E então ela começou a viajar.
rabiscava trechos de música no caderno, fazia desenhos, se entretinha com uma mexa de cabelo, sem que o professor visse, mandava mensagens pra e Liam, que mandavam a garota prestar atenção na aula e parar de dormir.
Ela ria, discretamente, de uma mensagem que a amiga lhe enviara quando sentiu alguém lhe cutucar e virou o rosto para espantar o ser que estava lhe incomodando, Não encontrou ninguém e ouviu uma voz rouca atrás de si.
- Que coisa feia! Você não prestou atenção nenhum minuto da aula.
- E você ficou prestando atenção em mim a aula toda – disse se virando – O que você quer?
- Calma ae! Não se anime. Você não é do tipo que desperta meu interesse. – o garoto sustentava seu sorriso sarcástico e se segurava para não agarrar os cachos do rapaz e chocar sua linda cabecinha contra parede. Apenas contou até 10 e pensou em uma boa resposta.
- Ah claro! As que despertam seu interesse são as que têm um belo par de pernas e nenhum cérebro. Nunca me senti tão feliz por ter os dois e poder ficar longe de gentinha como você, Agora pergunto de novo, o que você quer? – a morena encarava o garoto sem ao sequer piscar. Ahh, se ele soubesse o quanto detestava aquele sorrisinho de canalha que ele tinha e todas as outas amavam.
- De acordo com seu querido professor somos uma dupla agora!
- Vai se foder! – reclamou baixinho e se levantou na intenção de matar o professor. – George! Disse cruzando os braços e sustentava uma cara mal humorada.
- Pois não, senhorita Meester? – o professor levantou o rosto para encara-la
George Mitchell era um amigo antigo da família Meester. Nos tempos de faculdade era colega de quarto do pai da garota.
- Alguma dúvida a respeito da matéria? – perguntou com o intuito de ajuda-la, todavia sabia que aquilo era só um joguinho e ele sabia o real motivo de ela estar lá. – Talvez, achou o poema de difícil compreensão?
- Seu eu ficar mais um minuto com o Styles eu juro que o mato. E eu sei que você não quer uma de suas alunas presa por homicídio! – falava gesticulando abertamente e tudo o que o professor fez foi rir.
- Volte para o seu lugar, . Faça a atividade proposta e acabe logo com esse “tormento”.
- Também é um “tormento” ter aula de literatura! – disse irritada e voltou para seu lugar.
Sentada em sua carteira, com Harry ao seu lado, contou até 10. Uma, duas, três... sete VEZES. Contudo a risadinha que o rapaz soltou por vê-la tão concentrada no nada, fez ir por água abaixo todas as aulas de yoga e “tranquilidade”.
- É o seguinte – virou-se para ele, que arqueou as sobrancelhas, esperando suas próximas palavras – Eu odeio você e odeio essa matéria, então faça essa atividade quieto que eu prometo me comportar e não cortar meu pinto com a minha tesoura!
- Ui! Esquece o que eu falei, as nervosinhas despertam sim meu interesse.
- Você me enoja! – revirou os olhos.
- A recíproca é verdadeira, meu bem!
A imaginação fértil da garota a levou para uma realidade paralela, onde ela matava Harry de 42 formas diferentes e inimagináveis. Ao invés disso, ela apenas respirou fundo se lembrando de tudo o que seu professor de yoga lhe ensinara.
Pegou a folha de atividade e foi ler o que estava escrito: Relacionar o poema com a realidade histórica da época e a vida do autor.
Bufou, iniciando seu raciocínio. Enquanto as outras duplas discutiam e chegavam juntas a um consenso, seu parceiro estava mais ocupado mandando mensagens para algum qualquer. Terminou o pequeno texto sozinha e quase chorou de emoção quando o sinal tocou, informando o final da primeira aula do dia.
- Belo trabalho em equipe! – Harry levantou uma das mãos para um high-five enquanto estava em pé jogando a alça da bolsa em um dos ombros.
- Odeio você. – findou aquele drama com chave de ouro e saiu pela porta. O rapaz riu de sua atitude e mandou uma SMS a Zayn:
Saiu da sala de literatura e estava indo para a de física onde teria duas aulas seguidas, Louis e Liam também estariam lá. Andava tranquilamente pelo corredor, admirando a bela estrutura de sua bela escola quando foi atropelado por uma desesperada.
- Passa, mas não leva! – olhou para trás a fim de encontrar a garota.
- Desculpa! – gritou de volta e também se virou. – Esbarrei em você? – o rapaz chacoalhou a cabeça afirmando. – Ahhh... Então tomara que morra! – disse séria e acabou rindo pela cara que o garoto fez.
Depois voltou a correr em direção à sala de matemática. Não podia se atrasar, a professora havia deixado bem claro que em seu próximo atraso ficaria na detenção por 1 hora, uma semana inteira. Então nada de atrasos pelo resto do ano. O único problema era que eles ainda estavam na metade do primeiro semestre, não se atrasar para as aulas do restante do ano letivo seria um pouco complicado.
Adentrou a sala como um furacão, jogando a bolsa em cima de uma mesa e caindo em cima da cadeira, respirando pesadamente pelo esforço feito minutos atrás.
- O que deu em você? – Niall perguntou virando-se para a ruiva.
- Água. – suplicou.
O garoto lhe deu sua garrafinha e ela tomou quase por inteiro, agradeceu e devolveu ao amigo.
- E então? Resolveu chegar a tempo agora?
- Calado, Horan! – disse sorrindo – Eu vou ganhar um certificado de excelência por pontualidade e esfregar na cara da senhorita Morris. Fazer aquela vadia, mal comida...
- Olá, senhorita Westwick. – a professora entrou na sala. parou de falar no momento exato e cumprimentou a mais velha com um sorrisinho murcho e um aceno.
- Eu odeio essa velha verruguenta. – a garota falou baixo apenas para o amigo lhe ouvir e ele acabou rindo disfarçadamente.
- Coitada não fala assim, .
- Ahhh, nem vem, Niall. Essa mulher tem uns 60 anos e não é casada, não tem filhos e amigos. É odiada por 99.9% dos alunos dessa escola e pelo diretor, tem barba e uma verruga peluda, só usa roupas dos anos 70 e nem são roupas bonitas. Porque eu até gosto dos anos 70, o problema é que parece que ela não lava as roupas desde aquela época, e para fechar com chave de ouro, aposto que ela é virgem! – dizia séria e o irlandês abaixou a cabeça para gargalhar silenciosamente. – Para seu idiota, ela vai perceber. – falava também rindo.
- Quem vê pensa que você não é virgem!
- E quem disse que eu sou? – era sim, mas ninguém precisava saber disso. A ruiva sustentava uma cara séria e Niall a encarava sugestivo. – Desculpa loirinho, não dá para te mostrar meu hímen, ele já se foi...
- Cala a boca, Westwick! – o rapaz já estava vermelho de tanto rir. – Mas, o que você tem contra os virgens?
- Nada! Eu amo os virgens! Essas pessoas pacatas e cheias de amor para distribuir. O que seria do mundo sem eles? – e o momento filosófico da garota estava para acontecer. – O que seria de nós sem bons carros, comutadores e aparelhos eletrônicos?
- Hãn?
- Querido Horan, existem dois tipos de virgem. Os virgem virgem e os que tem atitudes virgem...
- Lá vem...
- Senhor Horan, senhorita Westwick, por favor quietos!
- Desculpe, senhorita Morris. – o rapaz falou mexendo em seu estojo e a ruiva abaixou a cabeça fingindo copiar a matéria que estava no quadro em seu caderno.
- Continuando... – A menina disse baixo – Por exemplo, o Zayn...
- O quê tem ele?
- Ele definitivamente não é virgem, mas tem aquele jeito de virjão, sabe?
- Não...
revirou os olhos e soltou o ar pela boca pesadamente: - Aquele jeito de badboy, todo misterioso.
- Escuta aqui garota. – virou-se completamente para ela, aproveitando que a professora não prestava a mínima atenção nos dois. – Olha nos meus olhos. Todos amam, A.M.A.M aquele jeito do Zayn, okay?
- Eu realmente acho que você tem uma garotinha interior apaixonada pelo Malik que está morrendo de vontade de sair.
- Isso, possivelmente, seja verdade, no entanto, não diga em voz alta porque eu tenho namorada. – o loiro falava de cabeça baixa e a garota riu lhe empurrando de leve.
E o restante daquele horário foi tranquilo para todos em suas respectivas aulas, contudo, quando o sinal tocou anunciando o almoço todos saíram correndo das salas.
Niall percorria os corredores da Eton a procura da namorada, quando avistou mais a frente Liam em seu armário.
- Oi, cara.
- Eae, Niall?
- Você acredita que ainda estão falando da festa do Danny? – Payne revirou os olhos pegando alguns livros para guardar em sua bolsa. – E olha que já faz duas semanas!
- Sério que você está aqui pra me falar desse cara? Sério?!
- Eu nuca entendi porque você odeia o Phillips.
- Eu não o odeio. – bateu a porta de seu armário e foi andando em direção ao refeitório. – Odiar é uma palavra muito forte, eu sou indiferente a ele, apenas o acho... Inútil, idiota, esnobe, aproveitador, falso...
- Já entendi que você acha muitas coisas cobre ele. – o loiro riu. – Enfim, o que você vai fazer em relação a Lexi?
- Eu tenho que fazer algo em relação a ela? – arqueou a sobrancelhas e encarou o rapaz ao seu lado.
- Cara, ela está falando por aí que vocês estão tendo algo sério. – cochichava a fofoca.
- Eu não sei se eu fico em choque por aquela garota totalmente maluca e absurdamente gostosa – Niall balançou a cabeça concordando com o amigo. Apesar de ser vadia, Lexi era gostosa. – ter a audácia de falar isso ou por você saber de todas essas coisas!
- April tem muitos contatos...
- Sei...
Chegando ao refeitório Liam avistou e Louis sentados em uma mesa no centro do ambiente e ia se encaminhando a eles quando foi puxado por Niall pelo blazer.
- A minha namorada está para aquele lado. – Horan apontou para uma mesa ao lado da janela, onde Winster estava conversando com um garoto de forma suspeita.
Suspeita, porque quem está em um relacionamento sério não deveria desabotoar os primeiros botões de sua camisa para deixar a vista o busto. No entanto, era exatamente isso o que a morena fazia, conversava com um cara que tinha aula de teatro juntamente com ela e se inclinava em sua direção.
O irlandês continuava guiando o amigo pelo blazer, e Liam que andava de costa ia esbarrando em cadeiras e tropeçando nos próprios pés.
- Você quer parar com isso? – se soltou do garoto, ajeitando a roupa ao corpo. – Você disse certo, sua namorada, não minha! Não vou almoçar na mesa dos esquisitões!
- Não é a mesa dos esquisitões, eles são mal compreendidos por essa sociedade opressora! - o loiro fazia seu discurso e o amigo revirava os olhos. - Eles são futuros atores e atrizes de sucesso. Os futuros artista da nossa geração.
- A Winster disse para você falar isso, não foi?
- Cara, eram três páginas de discurso, eu só decorei o começo.
- Tchau, passarinho. – Payne deu as costas para o rapaz.
- Não, não, não, não. Espera! – puxou-o mais uma vez pelo blazer.
- É sério, para de fazer isso, você está amassando a minha roupa! – passava a mão onde Niall havia o puxado.
- Liam, por favor, almoça comigo, cara! - o amigo pedia como se aquilo fosse um caso de vida ou morte. - Eu não tenho assunto com aquele pessoal, e você está certo, eles são esquisitos. Se você fizer isso por mim, eu fico te devendo uma. - esperava ansiosamente a resposta do rapaz e Payne odiava tal situação, pois não queria desperdiçar seu momento de folga com um bando de gente que não conhecia, no entanto, também não queria deixar o amigo na mão.
- Está bem. Eu vou.
Horan se jogou no amigo, o abraçando forte.
- Vamos logo. - Liam disse irritado, tomando a frente.
Como dito antes, April estava se jogando para cima do garoto, que estava quase salivando com a visão do busto da menina.
- Olá! - Niall se aproximou e sentou-se ao lado da namorada.
- Oi amor! - Winster se assustou com a surpresa e se ajeitou em seu lugar, ficando com a postura ereta, tentando disfarçar.
Liam, que encarava a cena desde que andava em direção à mesa estava achando tudo muito estranho. Era impossível que Niall não houvesse percebido o que aquela garota estava fazendo. Por que ele agia como se nada tivesse acontecido? Por que ele não estava irritado? Por que namorava April Winster?
- Oi Liam. - a morena o cumprimentou e ele acenou com um sorriso seco.
Quando Payne estava preste a se sentar, Zayn chegou o puxando belo blazer.
- Qual o problema de vocês com minhas roupas?
- Quê? - Malik perguntou sem entender. - Eu só vim chamar vocês para almoçar com a gente.
- Aceito! - Liam já foi andando até onde seus amigos estavam.
Niall, April e Zayn encararam o garoto quase correndo para a mesa onde os outros estavam, como se aqueles poucos segundos mesa dos “artistas” tivesse sido os piores de sua curta vida.
- O casal não vem?
- Obrigada pelo convite, Zayn, mas nós... - April ia dizendo, todavia Niall se levantou e a puxou pelo braço.
- Vamos sim. - o loiro odiava almoçar na mesa dos esquisitões, quer dizer, dos futuros artistas.
- Quantas calorias deve ter nesse negócio? – foi a primeira coisa que ouviram a chegar até a mesa. , que perguntou, segurava um saquinho de biscoito.
- O suficiente para fazer você explodir. – respondeu, mastigando.
- Deixa para lá, vou comer batata frita. Já volto. – se levantou para sair, mas antes deu um beijo no rosto do melhor amigo e cumprimentou a namorada dele.
- Pega um refrigerante para mim, por favor? – Harry pediu.
- Uma maçã para mim. – Louis pegou a mão da menina e deu um beijo.
- Eu vou querer batata frita também. – dizia fazendo os exercícios de biologia de última hora.
- Eu não sou garçonete, okay? Já chega!
- São apenas três itens a mais do que você ia pegar antes. Pare de reclamar! – não tirava os olhos da página do livro.
Hilton bufou e foi pegar uma bandeja para trazer o pedido de todos.
- Gente, tem um filme que eu quero muito ver e ele vai estrear essa quinta! – falou empolgada, ela fazia trancinhas no cabelo de , que comia sua comida em silêncio.
Princesinha Styles esperou alguém se manifestar, porém ninguém abriu a boca, continuaram comendo, mexendo em seus celulares, ou fazendo qualquer outra coisa que não era lhe dar atenção!
- Alguém?
- O que você quer de nós, humildes mortais, ? – Zayn foi o primeiro a dizer algo e a garota sorriu com sua frase. Ele tinha experiência em mimar caçulas, fazia isso o tempo todo com a prima.
- Cara. Cara, não! Não! Não! Cara, não! – Harry falava em clara aflição.
- Companhia, claro!
- Eu posso ir com você. – Niall falou inocentemente, sem inocência alguma.
Louis arqueou as sobrancelhas e o encarou. tirou os olhos do livro pela primeira vez desde que sentara lá e cruzou os braços esperando o circo pegar fogo. , que não tinha nenhuma certeza, porém estava cheia de suspeitas sobre a relação de e Niall, soltou o garfo no prato e se ajeitou em seu lugar intercalando seus olhos entre o namorado, a namorada e “a outra”. April encara o namorado como se dissesse “Filho da puta!”. Niall percebera que fizera caca. E ... Ohh ! Cínica Styles, esse poderia ser o nome da lorinha.
Riu vendo a reação de Winster, sorriu docemente e disse: - Eu adoraria. – balançando de um lado para o outro como uma criança.
Louis abaixou o olhar para suas mãos e em sua mente gritava “OWWWWWWWW!”. batia um high-five mental com a amiga. já tinha 78% de certeza que Horan e Styles tinham alguma coisa. April encarou a garota com os olhos vermelhos e bufando raiva. Niall mantinha seus olhos fixos no nada. E voltou a trançar o cabelo de Meester.
voltava com sua bandeja em mãos e achou o clima pesado quando chegou à mesa. Sentou ao lado de Harry e começou a comer suas batatas.
- O que aconteceu? – perguntou baixinho.
- Nada. A só chamou alguém para ir o cinema com ela e o Niall se ofereceu. – respondeu mexendo no celular, nem ao menos encarou a mais nova. - , que filme você vai ver? – perguntou, tomando um gole do refrigerante de Louis que tentava arranca-lo da mãos da menina.
- Eu não lembro o nome... Mas aquele com a Natalie Portman e eu preciso assistir!
- Também quero ir.
- Então vamos nós três! – Princesinhas Styles falava animada com a ideia.
- Quer vir conosco, April? – Hilton perguntou, inocentemente, à garota que tentava manter a calma, pois já tinha percebido que arrastava uma asa para SEU namorado.
Todos que estavam por dentro da “amizade” de Niall e ( e Louis) e a pessoa que tinha suas suspeitas (), se viraram para ouvir a resposta de Winster. Tomlinson estava até de boca aberta, Westwick mordia a ponta do lápis pela ansiedade e Meester queria saber o que Styles faria se a resposta fosse sim.
- Eu adoraria! – a falsa puritana sorriu, falsamente. Tudo naquela garota era ilegítimo!
- Que bom que vem conosco, April! – Cínica Styles abriu um sorriso ainda maior.
As duas continuariam se alfinetando, contudo Malik se pronunciou.
- , não olha agora, mas seu namorado está vindo. – o primo sorriu e manteve os olhos cerrados com uma cara de “UHMMMMMMMMMMMMMMMMMMM!”.
- Quem? – a morena perguntou sem entender, mastigando um pedaço de seu sanduiche.
- Oi ! – Danny disse ao lado da garota, que se assustou e acabou se engasgando com a comida.
teve um acesso de tosses e enquanto os amigos se matavam de rir e Daniel e Zayn tentavam a ajudar. Harry batia as mãos nas cochas de tanto rir, Louis gargalhava escandalosamente como de costume e um lágrima solitária chegou a escorrer do rosto de Niall.
- Mas é trouxa... – disse também rindo.
- Você está melhor? – Phillips pergunto preocupado.
- Aham! – afirmou chacoalhando a cabeça rapidamente, ainda com dificuldade para respirar.
- Posso falar com você por um minuto? – o capitão do time de basquete indagou coçando a nuca.
- Olha, eu acho que qualquer coisa que você tenha a dizer a , nós também temos o direito ouvir! – Louis falou com pose de garoto educado.
- De qualquer forma ela vai contar para nós depois... – ainda não havia terminado os exercícios de biologia e não tirava os olhos do livro.
- Acho melhor você agilizar o processo de nos deixar por dentro do que acontece na vida dessa garotinha! – jogou uma bolinha de papel na direção de que apenas fechou os olhos ao sentir a arma de lhe atingir o rosto.
- Desculpa cara... Somos curiosos! – Harry, que tinha as mãos juntas sobre a mesa, sorriu mostrando todos os dentes.
Danny riu achando graça da intromissão de todos eles e por ter certeza que Ortega estaria envergonhada.
- Eu vim até aqui convidar a para assistir o jogo de basquete que tem na quinta, aqui na escola.
- Ela com certeza vai! – tomou frente, batendo palminhas, eufórica.
- Eu ficaria feliz se todos vocês viessem! – o loiro sorriu simpático e Liam sentiu o almoço fazendo o caminho contrário e chegando até sua garganta. Fechou os olhos e apoio a testa na mão.
- Nós com certeza vamos vir!
- Vamos torcer pela Eton!
- Vai Eton!
- Danny, posso te fazer uma pergunta hipotética? – sorriu como quem não queria nada, com as mãos atrás do corpo, balançando de um lado para o outro como um criança.
- Claro. – o rapaz juntou as sobrancelhas, achando um pouco estranho.
- Hipoteticamente... Se eu fosse ajudar a a se arrumar, o que você preferiria que ela usasse? – a loirinha abriu um sorrisinho e Ortega escondeu o rosto nas mãos.
- Okay, já chega. – se levantou e pegou a bolsa. – Tchau. – pegou Daniel pelo braço e saiu.
- Coitadinha – Louis disse vendo a mais nova correr para fora do refeitório sem olhar para trás – Mal sabe ela que isso é só o começo... – bateu um high-five com .
- O que acha de basquete? – cochichou para Liam ao seu lado.
- Você só pode estar brincado! – falou debochado.
- Estou com cara de quem está brincando, Payne? – revirou os olhos.
- , eu não vou vir aqui assistir esse cara fazer o time dele vencer, ser o herói da noite e curtir o fato de que a Ortega tem um abismo por ele! – mantinha um sorriso irônico que apenas irritava mais ainda a melhor amiga.
- Você é muito trouxa, Payne! Lembre-se do que eu disse sobre se mostrar amigo? Quando você vai começar a fazer isso? Vai esperar a casar com esse cara, ter filhos e se mudar para Austrália para decidir que está hora de lutar por ela?
- Você discursa muito bem, Meester, parabéns! – bateu palminhas e a menina tentou esconder um sorriso, mas foi em vão. – Então... Eu te pego meia hora antes do jogo? – perguntou fazendo um biquinho.
- É assim que se fala. – a amiga sorriu ainda mais e piscou para ele.
A prática de esportes é incentivada tanto para quem deseja seguir uma vida saudável, quanto para um adolescente cursando o ensino médio, que tenha o objetivo de obter uma bolsa de estudos na faculdade.
A bolsa esportiva é uma das muitas formas de ajudar os jovens a ingressarem no ensino superior. E esta específica funciona da seguinte forma: o aluno exerce sua função em determinada modalidade e assim seus estudos são pagos pela própria instituição de ensino.
Naquela quinta-feira à noite, um jogo de basquete masculino aconteceria no Colégio Eton. Era o primeiro jogo do campeonato estadual, que levava o vencedor para o campeonato nacional. Onde os olheiros das faculdades geralmente estavam, e facilitavam o processo do fornecimento de bolsa.
O encontro das duas equipes ocorreria em poucas horas. E Niall não se lembrava de quando ou o porquê ter aceitado o convite de para assistir a partida.
- Vamos logo, ! - batia, entediado, na porta do quarto da amiga.
- A senhorita Hilton sempre demora... - Íris, a "babá" de desde os 3 anos, comentou, se dirigindo as escadas e indo para o primeiro andar.
- Sem necessidade. - o loiro riu, lembrando-se de todas as vezes que a amiga se atrasou.
- O que foi? - a garota perguntou abrindo a porta e trombando no amigo.
- Falo no carro. Vamos senhorita? - estendeu o braço para a menina, que sorria achando graça.
- Estou com fome. - falou com a mão sobre a barriga, já no banco do carona da Range Rover branca.
- Ou a gente come o lanche do colégio, ou vai numa lanchonete depois do jogo. - o garoto manobrava o carro, saindo da residência dos Hilton.
- Ah não, já basta comer aquilo todas as manhãs, não quero comer de noite também! - fazia manha e colocou os pés no painel do carro.
- Ei! Pode sentar direito! - o rapaz reclamou, abanando a mão como um incentivo para a menina. - Como pode ser tão folgada, hein? Vamos, tira o pezão daí.
- Implicante. - murmurou e se arrumou no banco.
O restante do caminho, sem trânsito, fora como sempre. Niall fazendo a amiga rir e ela falando suas maluquices sem sentido. Ao chegar à escola, o irlandês decidiu deixar o carro no estacionamento mais próximo ao ginásio.
Puderam ver o ônibus do time rival estacionado há alguns metros de distância da porta que levava aos vestiários. Horan e Hilton, também puderam dar uma olhada nos jogadores e constataram que os atletas carismáticos eram também gigantes.
- Meu Deus, esse povo veio da onde? - o rapaz, perguntou abrindo a porta para a menina descer.
- Você acha que temos chance de vencer?
- Você viu o tamanho daqueles caras? - ligou o alarme do carro e passou o braço pelo ombro da menor. - Se conseguirmos fazer uma cesta eu já vou dar graças!
- Exagerado! Nossa, Niall, não é para tanto, vai... - a loira ria de cabeça baixa.
- De novo. Você viu o tamanho daqueles caras? - falou pausadamente, fazendo-a rir mais e sorriu junto dela.
Quando o casal de amigos passava pela porta do ginásio um grupo de garotos saía de lá, e é claro que todos olhavam para tirando o casaco.
- É impressão minha ou Matt Cameron olhou MESMO para mim? - perguntou empolgada, enquanto Niall a arrastava para longe dali.
- Não. Ele estava tentando ver duas coisas em você. - procurava os amigos e a menina o encarava com total atenção. - Primeiro - desceu seus olhos azuis para os castanhos da menor. - : se você tem cérebro. Segundo: se tem um buraco entre as pernas. - fechou a cara, cruzando os braços e a menina lhe deu um tapa rindo.
- Credo, Niall! Não é só porque você e seus amigos são uns tarados, psicopatas, com um distúrbio na cabeça de baixo que todos os homens do mundo são! - falou séria, mas perdeu a pose ao ouvir a gargalhada que o amigo dava. Niall perdera o fôlego de tanto rir.
- Distúrbio na cabeça de baixo?! - ainda ria. - Pérola da noite. - pegou na mão da garota e subiu alguns degraus da arquibancada. - Mas é sério, fique longe dos jogadores.
- Especifique jogadores... - falou pensando se aquela regra se aplicava aos jogadores de todas as modalidades.
- Futebol, basquete, vôlei...
- Posso ficar com um cara da equipe de natação? - perguntou esperançosa e o amigo fez careta imaginado um armário abraçando a sua garotinha.
- Olha, o pessoal do xadrez é bem amigável...
- Vai se ferrar! - a loira disse séria e depois riu, puxando o amigo pelo braço para onde o grupo os esperava.
- Hey atrasados! - os cumprimentou. Harry estava do lado da irmã, seguido por Zayn e Louis. Os três entretiam uma conversa sobre as líderes de torcida que estavam exercendo seu papel muito bem no centro da quadra.
- Hey adiantados! - sorriu e se sentou ao lado da amiga.
- , o que é isso na sua mão? - Niall perguntou alto, se sentado ao lado de , que estava atrás de .
- Uma camiseta! - falou como se fosse óbvio. Referindo-se a camiseta que carregava o emblema do time rival.
- Puta que pariu! Você é doida ou o quê? - Louis, dramático, perguntou. Puxando o pedaço de pano das mãos da menina e se sentado em cima, para que ninguém o visse.
- Gente, qual é? Não me digam que estão torcendo para o time da escola! - falou de boca aberta. - O que vocês esperam de um time que tem Daniel Phillips como capitão? - apontou para o pobre rapaz loiro no centro da quadra, que não sabia o que se passava naquela roda e se aquecia todo feliz da vida, chamando atenção de algumas meninas.
Liam, que estava de braços cruzados, ao lado da morena riu abaixando a cabeça e , que estava do outro lado da amiga, apenas sorriu e lhe lançou o olhar " Há há há, sei que está fazendo isso para agradar o Payne."
- Desculpe te decepcionar, . Mas sim, estamos torcendo para a nossa escola. - Ortega falou, ainda sorrindo e apoiou as costas nas pernas do primo que estava atrás dela.
a encarou sugestiva e puxou o braço do amigo para abraça-la. Liam deu um beijo nos cabelos negros da garota e levou os olhos, disfarçadamente, para .
Pensava nas palavras que Meester lhe dissera mais cedo. Em como se aproximar de Ortega, porém ele não tinha certeza se tinha estômago para assistir a sua menina com outra pessoa.
- Não, , NÓS estamos torcendo para o nosso time enquanto VOCÊ está torcendo para o Danny, e isso é muito... pessoal! - falou rindo da cara de desentendida que a amiga fez.
- Não sei do que você está falando...
- Ela está falando de você e do Phillips andando de mãozinhas dadas pelos corredores do Eton! - Harry bateu um high-five com a irmã, e quem olhava para a viu corar. - E eu posso falar isso com total certeza porque eu vi. Só para constar.
- Nós não andamos de mãos dadas pela escola... - falava evasiva. Queria tanto mudar de assunto. – E se eu andasse qual seria o problema? Eu ando de mãos dadas com o Zayn o tempo todo!
- Isso porque ele é da sua família. Esse argumento não é válido. - apoiou os braços nas pernas.
- Danny e eu somos apenas bons amigos. Fim! - a menor falou decidida e sentiu o primo lhe apertar os ombros levemente.
- Vocês são ótimos amigos, mesmo! Entendeu?... Entendeu? - Niall ria junto com os outros.
- Ta bom, gente, chega! - Louis fazia sinal pedindo silêncio. - Vamos deixar a em paz... Agora que o jogo vai começar ela quer prestar atenção no príncipe dela! - claro que Tomlinson faria sua piada e riu mais alto ao ver a menor esconder o rosto nas mãos.
Há três semanas, Phillips e Ortega estavam mais juntos que o normal, isso incluía: às vezes passar o horário do almoço juntos, caronas para casa, visitinha nos treinos de basquete e naquela semana o rapaz fora buscá-la na academia de dança. Eles estavam se vendo mais? Sim, é claro. Isso significava que estavam tendo um relacionamento? Não! Pelo menos, não para ...
Durante aquele período, seus amigos vinham fazendo as mesma piadinhas sem graça sobre um suposto casal. A garota odiava tudo aquilo porque, além de não existir nada entre ela e Dan, a maioria das vezes que alguém fazia alguma brincadeira, Liam estava por perto e é claro que se incomodava. O rapaz não demonstrava, porém da mesma forma que se incomodava com piadinhas a respeito de Lexi, sabia que Payne se sentia da mesma forma.
Depois de mais alguns minutos embaraçosos para e alegria total para 8 dos 10 amigos, o jogo finalmente começou, e duas pessoas daquele grupo deram graças pelo fim das piadas.
Primeiro o time adversário atravessou o porta, se encaminhando para seu banco e arrancando aplausos da pequena torcida que se encontrava ali. Logo após, veio o time da Eton, que foi recebido calorosamente por alunos e professores que estavam ali para torcer e apoiar a equipe.
Ortega estava em pé, assim como todos, e prendia o cabelo num coque, sem a ajuda de algum utensílio. De cabeça baixa terminava de arrumar o penteado desleixado. E ao levantar o rosto, encontrou o sorriso carinhoso de Danny para ela, que espelhou o movimento do rapaz, envergonhada, e acenou tímida.
- Ai meu Deus! - todos se viraram para , que estava abraçada com . - Vocês viram esses dois que fofos? Posso morrer em paz agora! - dava pulinhos junto com a amiga.
- Owwn! - falou, se sentando. - Não é que eles são fofinhos, mesmo! - disse rindo, retomando o assunto anterior, fazendo os amigos rirem e Liam revirar os olhos. deu tapinha no braço do amigo em sinal de companheirismo.
- Casal do ano!
- Rei e rainha do baile.
- Será que dá pra parar?! - , ainda em pé, se virou para eles irritada. - Vocês nunca vão cansar dessas piadinhas sem graça?
- Eu adoraria que você calasse a boca e sentasse logo. Já percebemos que você está feliz com seu namorico de high school! - BOOM! A bomba Payne havia explodido.
- Olha o tom com a minha prima! - Zayn o repreendeu.
Liam bufou e se virou para a menina que estava quietinha assistindo o jogo: - Desculpa. - disse baixo e ela lhe encarou em silêncio por alguns bons segundos e voltou para partida.
- Não vai ser assim que você vai concertar as coisas. - Meester lhe disse no ouvido e ele apenas abaixou a cabeça. - Sem pressão, ok? É apenas um jogo, tentem não se matar. - colocou os fones de ouvidos e deitou a cabeça no ombro de .
- Falou a embaixadora da paz. - Harry disse em tom irônico, fazendo Malik rir.
O jogo continuou e os gritos de eram possíveis de se ouvir por todo o ginásio. Todos sabiam que a garota era uma amante dos esportes, mas haviam esquecido que tudo era muito pessoal para ela, foram se lembrar de quando a pobre mãezinha do pobre juiz fora xingada pela ruiva, que se jogou atrás de Horan quando o homem procurou na torcida o engraçadinho sem educação.
- Esse cara está roubando! - Westwick arrumou a postura e mexeu nos cabelos. - Está na cara que você está roubando! - gritou.
O jogo estava 20 a 16 para o time adversário e estava prestes a invadir a quadra e jogar sozinha. Niall, e riam do desespero da garota. Louis e Zayn não prestavam muita atenção no jogo e conversavam aleatoriamente. Liam adorava basquete, mas não era isso que o fazia gostar do capitão do time da Eton, por isso estava trocando mensagens com Lexi. ouvia música apenas com um dos fones no ouvido e conversava com a melhor amiga que prestava mais atenção ao que se passava na quadra. E Harry, bem, ele estava ocupado irritando Meester, que dava seu máximo para ignorá-lo e não mandá-lo tomar naquele lugar.
A gota d'água, fora quando o rapaz colara chiclete na ponta dos cabelos negros da menina, que levou um tempo para perceber.
- Espera, eu te levo. - Liam também se levantou e procurava as chaves do jeep nos bolsos.
- Não precisa, eu ligo para o Alfred.
- O quão patricinha é alguém falar que vai ligar para o chofer, com um iPhone numa mão e uma bolsa Louis&Vuitton na outra? - fez piada sem tirar os olhos do jogo. - Isso foi falta, juiz ladrão! - gritou.
- Morre! - foi apenas o que disse antes de sair pulando as arquibancadas, chutando algumas pessoas e latas de refrigerante, umas vazias outras cheias.
Liam ia atrás da amiga quando foi impedido pelo ombro.
- Deixa que eu entrego o pacote hoje, Payne. - Harry, no seu melhor estilo badboy, disse bagunçando os cachos.
- Quando você vai parar de provocar a , hein "Senhor-Eu-Não-Me-Acho"? - o rapaz perguntou rindo - Acho que ela vai me odiar para o resto da vida, mas... Tentem não se matar no carro. - voltou a se sentar ao lado de Louis.
No estacionamento, Meester já falava com Fred e lhe pedia para ir buscá-la o mais rápido possível e também disse para Dorothy sobre o incidente com seu precioso cabelo.
Ao desligar o celular e joga-lo dentro da bolsa, começou a tentar tirar o excesso do chiclete e estava preste a chorar pensando na possibilidade de precisar cortar os longos fios escuros, que demoravam a crescer.
- Entra. - foi apenas o que Harry disse, parando o carro ao lado da garota, abrindo a porta do carona.
- Vai tomar no seu cu, Styles! - gritou segurando a mecha do cabelo danificada e bateu a porta com força, causando uma pequena dorzinha no coração do rapaz.
- Entra aqui e eu te levo para casa. - abaixou o vidro.
- Você acha mesmo que eu caio nesse papinho de mocinho de filme que se arrepende da merda que fez e tenta concertar me oferecendo uma carona; aí no caminho eu descubro que você é um cara legal e me apaixono?! - a morena falava rápido, embolando as palavras. E o garoto a encarava com as sobrancelhas juntas. - Me poupa, Styles.
- E você acha mesmo que eu faria tanto esforço para você se apaixonar por mim? - ria debochado.
- Me erra, Styles.
- Você gosta tanto do meu sobrenome, hein! Aposto que já tentou combinar com o seu nome.
E a salvação dos dois implicantes foi o fato de uma Mercedes branca estacionar a frente da Ranger Rover. Se não fosse a aparição de Alfred-O-Salavador-Da-Pátria, a família Styles terminaria a noite com um integrante a menos e seria presa por homicídio doloso.
- Boa noite. Adeus! - gritou furiosa e marchou até seu carro sendo recebida pelo chofer que já a esperava com a porta aberta. Ao se dirigir para o banco do motorista, Fred cumprimentou Harry com um aceno de cabeça.
O rapaz encarou a partida do carro e bufou irritado. Como era possível uma garota estúpida como Meester lhe dar tanta dor de cabeça?!
Styles voltou para dentro do ginásio, não para se reencontrar com o grupo, mas sim, para fazer um convite irrecusável para Amber, uma das líderes de torcida.
E o jogo já estava no segundo tempo, com o placar 48 a 42 para o time da Eton. e já haviam descido alguns acentos para ficarem mais próximas do "show", e não poderiam estar mais felizes. A mais velha gritava pelos pulmões e a mais nova estava feliz pelo capitão do time e pelo fato de a amiga estar tão alegre. estava sentado no meio da torcida com Niall de um lado e Louis do outro, os três conversavam entretidos. Liam e Zayn conversavam com as garotas do time da torcida e todas estavam internamente loucas pelo fato de receberem atenção dos rapazes. E estava na lanchonete escolhendo um refrigerante.
- Eu estou com dor de cabeça. Acho que quero ir para casa. - falava enrolando uma mecha dos cabelos loiros, se fazendo de inocente. - Niall, você me leva? O Harry foi levar a ...
Antes do irlandês se pronunciar, Louis cruzou os braços e gargalhou.
- Gente, eu sei do relacionamento promíscuos de vocês dois, não precisam disfarçar. Okay, pombinhos? - piscou para o amigo, e a menina abaixou a cabeça para disfarçar as bochechas rosadas.
- Bem, eu vou levar você, ... Já que você está com dor de cabeça... - o rapaz levantou envergonhado, procurando as chaves do carro pelos bolsos da calça e do casaco.
Louis ainda gargalhava, balançando a cabeça negativamente.
- Caras de pau. - murmurou e procurou por algum dos amigos, já que havia ficado sozinho.
- Tchau, Louis. - Princesinha Styles disse, ainda envergonhada. Pegou a mão de Horan e o guiou até as escadas próximas.
O casal se soltou assim que viram Liam e Zayn se caminhando na direção deles. Os rapazes conversavam animados e não perceberam que antes os dois estavam... digamos, mais próximos.
- Oi gente! - Malik cumprimentou e virou-se para trás para atender uma garota que lhe chamou.
- Aonde estão indo? - Liam perguntou.
- Eu estou com dor de cabeça, e como o Harry fugiu, o Niall vai me levar para casa. - explicou, e quem não soubesse do histórico daqueles dois juraria que o rapaz realmente estava apenas a ajudando.
- Seu irmão sabe dessa zoeira, mocinha? - Payne brincou.
- Ah Liam... O Nini só vai me dar uma carona... - se balançava de um lado para o outro como uma criança.
- Deixa os dois, Liam! Vamos. - Zayn empurrou o amigo pelo ombro. - Tchau e juízo, hein! Estamos de olho em você, Niall.
- Vocês sabem que é mais fácil ela me assediar do que eu fazer algo, certo? - o irlandês riu e recebeu um tapa da menina.
- Vem logo, Horan! - puxou o rapaz pela gola da camiseta e desceu as escadas num piscar de olhos.
- Uau! Se esses dois fossem um casal nós já saberíamos quem mandaria na relação. - Zayn fez piada e Liam passou o braço por seu ombro. - Sai daqui, cara! - ria tentando empurrar o amigo.
No estacionamento, Niall ainda era puxado pela camiseta, e tentava dizer para que ela estava se encaminhando para o lado oposto da Range Rover.
- Será que dá pra me ouvir?! - o rapaz parou de andar e a puxou pelo braço. - O. Carro. Está. Para. O. Outro. L.A.D.O. - falava pausadamente, guiando a menina pela cintura.
- Por que não disse antes? - virou o rosto para trás, perguntando com as sobrancelhas juntas.
- Eu tentei te falar, mas você parecia um furacão. Não me ouviu. - desligou o alarme do carro, e um bip foi escutado.
A loirinha abriu a porta do carro, porém o rapaz a fechou. Ela o encarou sem entender e Niall sorriu envolvendo a cintura fina dela com os braços. lhe deu aquele sorriso espertinho e único.
A cada centímetros que eles se aproximavam seus corações batiam mais rápido. Suas respirações se misturaram e seus estômagos davam cambalhotas em sinal de ansiedade. E ao tocarem os lábios um do outro, sentiu seu rosto aquecer e Niall a apertou mais para si. Um beijo doce e carinhoso.
- Agora podemos ir... - o rapaz disse contra a boca dela, que não tirou as mãos de sua nuca e iniciou outro beijo.
- Agora... Podemos... Ir! - a loirinha falava entre selinhos.
- Bem, Harry acharia estranho se eu chegasse tarde em casa... Mas ele não pode te ver lá... - falava pensativa, enquanto o irlandês distribui beijinhos e mordidinhas por seu pescoço. - E se ficassemos no meu quarto e você saísse pela janela?
- Pode ser. Mas e o carro? - parou o que fazia e encarou aqueles olhos verdes. - Ele acabaria estranhando um carro desconhecido lá.
- Você guarda na garagem. - a menina falou após alguns segundos pensando. - O Harry nunca coloca a Ranger na garagem, ele deixa em frente à porta principal.
- Então, o que estamos esperando?! - o loiro a beijou novamente antes de partirem.
voltava para onde os amigos estavam, com seu refrigerante em mãos, e se surpreendeu ao encontrar apenas 3 deles.
- Cadê todo mundo? - perguntou se sentando ao lado de Liam.
- Niall foi levar a em casa e a e a estão lá embaixo sendo felizes. - Louis falou apontando para as duas meninas que comemoravam mais uma cesta de três pontos.
- Eu não vejo graça em basquete... - revelou, mordendo os canudinhos.
- É legal, mas esse jogo tá horrível... - Payne bocejou.
- Cara, tá 86 a 72! Estamos ganhando de uma de uma diferença de 14 pontos! - Zayn o encarou. - Eu não sou fã de basquete, mas todo mundo está louco aqui.
- Tanto faz... - Liam cruzou os braços e abaixou a cabeça.
O jogo terminou com um placar de 102 a 96 para o time da casa. O ginásio explodiu em felicidade. Jogadores, professores, alunos e pais pulavam de felicidade, afinal era sempre om iniciar o campeonato com o pé direito.
- Ai meu Deus! Esse foi O jogo! – voltou para onde os outros estavam e ria toda alegre.
- Vamos embora, ? – o primo da garota perguntou se levantando, entediado.
- Na verdade, o pessoal do time vai comemorar em um lugar aqui perto e o Danny me convidou para ir junto. Eu posso ir? – a garota pedia como uma criança que pedia por um doce – Ele disse que me deixa em casa depois.
- Volte antes da meia noite, amanhã você tem aula. – o rapaz disse sério, sem perceber como aquela simples frase soara autoritária e responsável.
- Obrigada! – a menina o abraçou pelo pescoço. – Tchau gente! – acenou para todos e desceu as escadas correndo.
- Devo dizer que você ficaria muito bem no papel de pai, Little Malik. – Louis brincou com o amigo.
- Me respeita, Tomlinson! – deu um tapa na nuca do amigo, rindo. – Eu vou indo galera, tchau. – o moreno acenou para os amigos e foi saindo, contudo antes passou no banheiro e ao sair de lá encontrou dois caras do time de futebol com quem conversou um pouco.
Liam, , e Louis iam caminhando juntos para o estacionamento, quando de repente a loira bateu a mão na testa e fez um barulhinho estalado.
- Que foi, garota, ficou louca? – foi Westwick que perguntou, como sempre, muito meiga.
- Eu vim para cá com o Niall e aquele idiota foi embora, como eu vou embora? – Hilton explicou fazendo gesto exagerados.
- Eu te levo, relaxa. – Payne falou procurando as chaves de seu Jeep nos bolsos da jaqueta e das calças.
sentiu-se realmente grata por alguns poucos segundos até Lexi Saint se aproximar do grupo e pedir uma carona a Liam, mas todos eles sabiam que, na verdade, a chefe das líderes de torcida não queria ir para a casa no fim da noite... Pelo menos, não sozinha!
Payne se virou para o com cara de cachorro que caiu da mudança e a menina com um aceno de cabeça o livrou do favor de leva-la para casa.
- Eu vou matar o Niall, ele não perde por esperar. - Hilton dizia chorosa. – Eu não precisaria estar passando por isso agora se aquele infeliz sem consideração não tivesse se esquecido de mim!
- Não fica assim, criança. Eu te dou uma carona. - Louis passou o braço pelo ombro da menina e com a outra mão bagunçou seus cabelos loiros.
- Ou então, eu te livro de alguns horríveis minutos presa com o Tomlinson em uma caixa de metal e você divide um táxi comigo. - falava procurando o número do taxista em sua agenda do celular.
- A escolha é sua, . Ou, você terá a minha adorável e divertida companhia, ou a da , que está mais para uma maníaca psicopata! - o rapaz cerrou os lábios e balançou a cabeça. A ruiva se limitou a lhe mostrar o dedo do meio sem levantar os olhos para ele.
- Lou, eu acho que vou com a ... - Hilton foi interrompida pela amiga que "comemorava a vitória" de ter sido escolhida. - PORQUE a sua casa fica no sentido oposto da minha e eu não quero incomodar!
- Mas não será incômodo algum. Olha, possivelmente a sua casa fica no caminho oposto à casa do taxista! Pense nisso!
- Mas eu vou pagar para ele me levar até lá! - justificava atenciosa e Westwick rolava os olhos por aquele diálogo desnecessário.
- Não tem problema, eu aceito seu dinheiro! - Louis riu assim como a menina.
- Aí eu iria me sentir usada!
- Okay, já vi que vocês são ótimos amigos, agora já deu. Vem , eu vou ligar para o cara vir pegar a gente. - ia puxando a caçula pela mão.
- Espera aí! - Louis chamou a atenção das duas. - , o que aconteceu com seu carro?
- Aquela merda deu problema de novo!
- Especifique problema. - O moreno riu se aproximando das garotas.
- Digamos que tem algo a ver com gasolina...
- Não acredito que você se esqueceu de abastecer o carro... De novo! - bateu as mãos nas cochas, indignada. - Já é o quê? A terceira vez esse ano?
- Eu não tenho culpa se ele não avisa quando vai acabando a gasolina!
- É claro que ele avisa, se chama luz de combustível, ela acende quando já está na reserva! - Louis mantinha os olhos cerrados.
- Uma luz minúscula que não chama minha atenção!
- O que você queria? Que um unicórnio vomitando um arco íris e segurando uma placa aparecesse toda vez para te lembrar que você tem que abastecer o carro? - o garoto fazia gesto exagerados e a mais nova riu de sua frase.
- Para ser sincera, a parte do vômito seria demais, acho que só a placa já é o suficiente! - fez biquinho e balançou a cabeça positivamente. - Agora vamos, .
- Tchau, Lou. - Hilton sorriu e acenou para o amigo que retribui o gesto.
Tomlinson observou as meninas se distanciarem e foi então que ele se lembrou. Desde o episódio "Socorro, Westwick roubou meu carro!" ele nunca mais tentará uma aproximação solitária. Seria aquele o momento ideal?
Na verdade, não havia momento ideal, pois toda vez que ele tentava ser simpático com a moça, ela era totalmente impenetrável e o máximo que Louis conseguia era afastá-la ainda mais.
Contudo por mais que ele conseguisse fazer com que entrasse em seu carro e o acompanhasse para Deus sabe lá onde, havia um problema. Um lindo, loiro e doce problema: Hilton! Tomlinson precisava fazer algo para que saísse da jogada.
E foi então que o rapaz sentiu um calafrio na espinha e ao olhar para trás, ele pode ver como um anjo da escuridão, Zayn Malik, com sua usual jaqueta de couro preto, surgir do além e caminhar tranquilamente até sua moto.
Louis sorria minimamente observando o amigo, e pensava apenas em uma coisa: "Porra, esse cara tem estilo!". Saiu correndo, desesperado até Malik e quando o alcançou tentava falar, todavia as palavras não saiam de sua boca devido a rápida caminha.
- Cara, o que foi? - Zayn perguntou, colocando a mão sobre o ombro do amigo e o encarando estranho.
- Primeiro: eu realmente estou fora de forma! - ainda respirava com dificuldade e mantinha a mão sobre o tórax. - Segundo: preciso da sua ajuda! Fico te devendo uma. - encarava o rapaz a sua frente com toda esperança que preenchia seu ser.
- Fala logo o que foi.
- Eu preciso sair com você sabe quem, por causa da você sabe o que, mas ela está com a e eu não vou poder fazer você sabe o que se alguém estiver me atrapalhando!
Zayn, com os olhos cerrados, e expressão engraçada prestava total atenção a Louis.
- Não tenho certeza se entendi...
- Ahh, você entendeu, Malik! Você entendeu muito bem! - arrancou o capacete que estava nas mãos do amigo e arrumou na cabeça do rapaz. - Trate de subir nessa moto, ir atrás das meninas e levar a para casa. Anda vai! - Apontava para a motocicleta do garoto.
- Mas...
- ANDA! - gritou eufórico.
- Tô indo, caralho! - Zayn deu partida na moto e começou a procurar pelas garotas por todo o estacionamento da Eton.
Sua busca não demorou tanto, foi fácil ouvir os gritos e gargalhadas de Eleanor.
O rapaz estacionou sua moto em frente às duas meninas e levantou a viseira do capacete.
- Ahn... Posso ajudar? - Westwick estranhou, achava que Zayn já estava há muito tempo em casa.
- Eu preciso falar com a ! - retirou o capacete e a loira o encarou com as sobrancelhas arqueadas. - É que... Você não pode ir para casa com a !
- Por que não?! - as duas perguntaram juntas.
- Por quê? É... Porque... Eu... Encontrei com o Niall quando ele estava indo embora e ele me pediu para que eu te levasse! - foi a melhor desculpa que encontrou. - E aí amanhã ele vai me perguntar se eu te levei para casa e o que eu vou falar? Que não?! Ele vai me matar!
- Abaixa o fogo desse cu aí, Malik! - estava achando aquilo tudo muito estranho. - Horan não mata nem formiga quanto mais bate em alguém! O que você quer afinal?
Zayn continuaria batendo na tecla de que Niall, um exemplar melhor amigo, estava preocupado com a segurança de e queria que Malik a levasse para casa. Porém, já havia percebido que aquela não ia colar...
- A verdade é que eu sei que você, , saiu de casa com fome e não comeu nada aqui, então eu queria te levar para comer ótimas panquecas. - agora sim, essa desculpa seria boa.
- Você o quê? - Hilton perguntou.
- Queria te levar para comer ótimas panquecas... A e eu costumamos ir nesse lugar todos os domingos de manhã.
- Você, Zayn Malik, quer levar ela, Hilton, para comer panquecas? - perguntou.
- Você quer? - estranhou.
- Eu não tenho mais certeza se quero! – falou colocando o capacete novamente e então viu o carro de Louis alguns metros atrás das meninas, apenas esperando que ele saísse com Hilton para entrar em ação. – Quer dizer, eu quero que você me acompanhe, ... Se você quiser, é claro!
A menor pensou por alguns segundos, encarou à Zayn, à motocicleta, olhou o celular a fim de ver as horas e finalmente se manifestou: - Não sei se é uma boa ideia.
- Af, , vai logo, menina! Uma saidinha com o Malik não vai te matar... – a ruiva disse rolando os olhos
- Então, eu acho que vou...
O rapaz sorriu pelo fato de ela aceitar, porque tinha medo do tamanho do piti que Tomlinson faria se ele não conseguisse tirar de lá.
Ele entregou um capacete para a garota e a esperou subir na motocicleta.
- , tem certeza que você não vai ficar brava por eu não ir com você? – a loirinha perguntava à amiga e o garoto riu achando bonitinho a preocupação dela para com Westwick.
- Não se preocupa, , vai lá. – deu uma piscadinha e foi andando para fora do estacionamento.
Enquanto a loira subia na motocicleta se perguntava – na verdade, gritava em desespero na sua mente – se deveria se segurar na cintura de Malik, ou segurar no banco e correr o risco de cair e esfolar todo o corpo. No entanto, isso não seria problema contando que ela quebraria o pescoço e morreria! Bem legal...
- Se segura. – Zayn avisou por cima dos ombros.
A menina ainda com os braços suspensos no ar, sem reação, não soube o que fazer.
O rapaz virou-se mais uma vez para ela, sorriu afetuoso, pegou as mãos da menina e as colocou em volta de sua cintura.
- Segura firme. Não quero ter que explicar para seus pais que você caiu da minha moto porque estava com vergonha.
Foi a vez de ela corar. Ela agradecia em todas as línguas que sabia o fato de estar de capacete e o garoto não ter visto que suas bochechas haviam tomado uma coloração rosada.
O moreno acelerou sua Harley e saiu das dependências do Colégio Eton.
A cada vez que ele aumentava a velocidade, a menina apertava ainda mais sua cintura. Não tinha vergonha nenhuma agora que temia pela vida. A verdade era que Hilton não era muito fã de aventuras. Mantinha os olhos fechados e a cabeça apoiada na nuca do rapaz, rezava para que eles chegassem logo a seu destino e mais importante, pedia para que chegassem vivos. Exagero da parte dela? Ela sabia que sim. Importava-se com isso? Não!
apenas abriu os olhos quando percebeu que o garoto havia parado o veículo. Desceu da moto e retirou o capacete, arrumando os cabelos.
- Você e sempre vêm aqui nos domingos de manhã? – a garota achou estranho.
A lanchonete era um tanto quanto afastada do centro da cidade. O estacionamento cheio de motos e caminhões revelava o público que frequentava o ambiente. A iluminação baixa e a tintura nas paredes já velha apresentavam uma atmosfera totalmente diferente da sorveteria que eles haviam visitado alguns dias antes.
- Talvez eu tenha mentido e a verdade seja que eu venho até aqui quando quero ficar sozinho. – o moreno caminhava por entre as mesas e a menina andava acelerada atrás dele. – Porém, as panquecas são realmente ótimas. – se sentou folgado em uma cadeira e acenou com a cabeça o acento a frente dele, na mesa, para que ela também se sentasse.
O habitual silêncio entre eles se iniciou, contudo daquela vez ninguém se incomodava por isso, ambos estavam bem a vontade na verdade. Zayn com seu costumeiro olhar observador varrendo todo local e com seus olhos castanhos e curiosos notando tudo o redor.
- Oi Malik. – uma garçonete se aproximou da mesa onde os dois estavam com uma caderneta nas mãos.
- Oi Thalia. – o rapaz sorriu minimamente, sem nem ao menos olha-la nos olhos, mas foi o bastante para que a garçonete suspirasse.
- O que vai ser? – a moça perguntou, apoiando o lápis na caderneta.
- Panquecas e refrigerante para moça – apontou para a loira que sorriu cerrado e se virou para a garçonete. Thalia nem ao menos havia reparado a presença de Hilton e, ao perceber, a encarou presunçosa, torceu o nariz e se voltou para o garoto. - e uma cerveja para mim.
- Acho que você está tentado me engordar. As duas únicas vezes que você me levou para sair envolveram comida. E comida calórica.
- Eu não ousaria estragar esse corpinho. – a loira riu e Malik sorria sem graça.
- Daqui uns dias começa o campeonato de vôlei – a menina falava mexendo no zíper de sua bolsa. – Seria legal se você fosse.
- Vôlei? – arqueou uma sobrancelha. – Feminino? – abriu um sorriso debochado.
- Você é um como os idiotas que pensam que o único esporte que existe é futebol? – a garota questionou entediada.
- E não é? – brincou para irrita-la e pegou um guardanapo, o amassou e jogou em Malik. – Brincadeira!
- Babaca...
- O que achou do jogo hoje? – perguntou afim de o silêncio não se reinstalar.
- Sei lá não gosto muito de basquete.
- E futebol?
- Tá de brincadeira, né?
- Não. – riu – É sério. O final do campeonato inglês vai ser daqui duas semanas e eu realmente espero que o Liverpool seja classificado. O Manchester United também está na semifinal e se os dois forem classificados vai ser uma final histórica! – sua empolgação era palpável. – Vai ser mais legal porque a minha prima é torcedora do Manchester e eu quero vê-la sofrer! – falava lentamente abriu um sorriso diabólico.
- Por que você é torcedor do Liverpool?
- Como assim?
- Você mora em Londres, passou parte da infância em Manchester e no fim das contas torce para um time nada a ver? – a menina falava com as sobrancelhas levantadas.
- Eu não sou o orgulho da família, okay?
O pedido chegou e foi muito bem recebido pela garota que estava morrendo de fome. tinha que admitir, a comida era realmente muito boa, Malik roubou duas das panquecas da loira, que tentava o impedir com tapinhas na mão dele, porém nada poderia pará-lo. Não quando o alvo de seu furto eram aquelas deliciosas panquecas que ele tanto gostava
Após terminarem e haver outra discussão sobre quem pagaria a conta e Zayn, mais uma vez, ser mais rápido e efetuar o pagamento, o casal deixou o recinto aquecido e saiu para o estacionamento. Conforme a noite chegava, a temperatura abaixava e se encolhia por não estar usando uma roupa mais pesada.
Zayn dirigia a moto até a mansão Hilton e a garota resolveu deixar o medo de lado e espinhar, por cima do ombro do rapaz, o percurso que ele fazia. Ela tinha que admitir, aquilo era legal.
Ao estacionar em frente à casa da menina, ele retirou o capacete e esperou que ela descesse da moto para espelhar seu movimento.
- Obrigada pelo passeio. – lhe entregou seu capacete. – A comida estava realmente boa. Eu devo dizer que tinha minhas suspeitas se as panquecas eram realmente boas.
- Imagina. Foi um prazer. – sorriu docemente.
Castanho com castanho, os dois se encaravam de forma amável. se lembrava das bochechas do rapaz ficando levemente rosada quando ela havia o beijado ao se despedirem da outra vez, ela realmente havia achado aquilo realmente adorável. E não perdeu a oportunidade de repetir a dose.
Seus lábios rubros tocaram delicadamente a bochecha do rapaz e como antes elas ficaram rosadas. não escondeu um sorriso e acenou se distanciando. Ao virar de costas, pronta para adentrar os muros de sua casa, Zayn a puxou pelo braço, a fitou nos olhos e também lhe deu um beijo na bochecha.
- Durma bem. – foi a única coisa que disse antes de subir em sua Harley e sumir de lá.
cantarolava a música que as líderes de torcida haviam cantado mais cedo durante o jogo e esperava que o táxi chegasse para que a levasse para casa e ela finalmente pudesse descansar. A única coisa que queria no momento era dormir.
A ruiva ia brincando com uma pedrinha que estava no chão, a chutava de um lado para o outro, quando ouviu um barulho de motor e levantou o rosto a fim de ver sua carona; logo fechou a cara, pois ao invés de encontrar um taxi encontrou um Audi, que já conhecia muito bem. Conhecia também o dono daquela lata velha, que não tinha nada de velha, mas ela já estava ficando irritada com a presença constante de Louis a todo lugar que ela ia.
- O que você quer? – a garota perguntou?! – sustentava um sorriso charmoso, sem segundas intenções, mas aquilo não impressionaria Westwick. – Você me deu uma carona um dia desses, pensei um pouco e cheguei a conclusão e decidi que vou retribuir o favor.
- Primeiro: aquilo eu que fiz não foi por vontade própria. Você invadiu meu carro! – cruzou os braços. – Segundo: eu já chamei um táxi, você não precisa se incomodar de retribuir o “favor”.
- Vou fazer você economizar dinheiro e tempo! O que tem de mal nisso? – o rapaz indagou ligando o carro, pois a garota começara a andar pela calçada para longe dele e ele ia a seguindo com o Audi.
- Já disse que chamei um táxi! Não vou cancelar o... – o celular da ruiva começou a tocar e ela estranhou o fato de a empresa de táxi estar a ligando. – Alô?
Tomlinson podia ser qualquer coisa, mas burro ele não era! Ele, assim como todos dos os outros amigos, mantinha salvo em seu celular o mesmo número de telefone da empresa de táxi que havia ligado. O que ele fez foi simplesmente ligar e pedir para que Janice, a atende que ele já conhecia e o adorava, dissesse à ruiva que sua carona ia demorar por volta de uma hora e meia.
desligou o celular e o guardou no bolso da calça. Encarou o sorriso do moreno por alguns segundos e entrou no carro batendo a porta com força.
- Me leva para casa agora.
- Só se você pedir com jeitinho. – o menino fez um biquinho.
- Vai logo, Tomlinson! – gritou, como sempre.
- Ai, okay! – se assustou com o grito dela e então ligou o automóvel e o dirigiu até a casa dela.
Louis tentava puxar um assunto e tudo o que a ruiva fazia era manter os olhos focados na rua, não desviava nem ao menos para a janela. O menino ligou o rádio, fazia comentários sobre a música que tocava e nada de ela abrir a boca. Mencionou o jogo que haviam assistido e como a menina havia torcido e nada da parte dela. Comentou o triângulo amoroso Niall//April e tudo o que ela fez foi suspirar.
Ao estacionar em frente a mansão Westwick, foi abrir a porta do carro sem nem ao menos olhar para trás e foi então que viu que estava trancada.
- Abre.
- Nem ao menos um obrigado? – o rapaz perguntou cético.
- Abre.
- Você é... ARGH! – grunhiu e não abalou a ruiva.
- Abre.
- Eu te dei uma carona e você nem ao menos agradece!
- Abre.
- Só sabe falar isso?
- Eu não pedi para que você me trouxesse até aqui. Fez isso porque quis! Agora, ABRE.
- Você quer sair do caro? – questionou retoricamente, contudo a menina balançou a cabeça dizendo sim. O rapaz destravou a porta e ela desceu do Audi, porém ao fechar a porta ouviu mais um baque e então viu que Tomlinson espelhara seu movimento.
- O que foi agora? – cruzou os braços.
- Só me fala uma coisa, . – deu a volta no carro, se aproximando dela. – Por que você me odeia? O que eu te fiz? Porque eu simplesmente não sei o motivo de tanta raiva que você tem por mim! Eu não sei o que eu fiz, mas sério... me desculpa.
arqueou um pouco as sobrancelhas, surpresa pelo fato de ele ter realmente pedido desculpa por algo que, como dissera, não sabia ao certo o que era.
- Escuta. Tomlinson, estou cansada e está tarde... é melhor eu entrar. – foi tudo o que disse e partiu em direção ao portão de sua casa, que foi destravado e a menina pode entrar.
Antes de fecha-lo, ela se virou para o rapaz que a encarava, seus olhos negros se cruzaram com os azuis intensos dele e então ela fechou o grande portão de ferro.
Louis suspirou, com as mãos na cintura e pensou porque não havia recebido uma resposta. E enquanto caminhava até a porta principal ela também pensava porque não o respondeu.
A verdade era que não havia resposta para aquela indagação.
Talvez ela pudesse começar a procurar por evidências que a ajudariam a esclarecer tanto ódio por Tomlinson, ou então apenas admitir que não havia motivo para tanta aversão, contudo ela gostava de implicar com ele...
Mas o fato de não possuir razões para conter em seu ser tanta antipatia por Louis, não é um problema. Afinal de contas, ela vai se apaixonar por ele e também não saberá o motivo certo...
Capítulo 10
- Eu quero tanto bater nessa sua carinha linda! Bater nela até ficar deformada e seus pais te deserdarem de tão feio que você vai ficar. – falou com toda a calma do mundo, ostentando um sorrisinho falso.
- , , ... Doce . – Louis balançava a cabeça negativamente.
- é o caralho. Eu quero saber o que você acha que está fazendo perto do meu carro com essa vagabunda em cima dele! Você perdeu a noção do perigo, Tomlinson?
- O que você pretende fazer, little ? – Louis cruzou os braços, desafiando a ruiva. fechou os olhos e respirou fundo.
- Primeiro de tudo, você aí, vadia. Saia de cima do meu carro, AGORA! – Westwick gritou e a menina não precisou de uma segunda ordem, desceu do capô do Toyota e saiu quase correndo. – Segundo, Tomlinson, eu não sei o que merda passa na sua cabeça, mas eu acho melhor você por ela pra funcionar direito porque a minha paciência com você está no limite.
- ... – Louis levantou o dedo indicador, pedindo a vez para falar.
- SAI DO MEU CARRO.
- Se acaaalma.
- DESENCOSTA! – gritou mais uma vez, socando Louis, que ria e tentava se defender dos socos na cara.
- AAAAAI! Calma! Eu já saí! Sua violenta! Caralho! Doeu!
- Era pra doer mesmo.
- Ah Jura? – Louis foi 100% sarcástico. E ela bufou, irritada com o fato de ter que sair do meio de sua educação física pra tirar Tomlinson e a sua vadia de cima do seu carro. A cada dia que passava ela se sentia mais irritada com o castanho, que alternava em ser legal pra caralho e um filho da puta de primeira classe, e isso estava deixando a ruiva realmente confusa.
- A propósito, você fica muito mais gata com esse uniforme do que com aquele saco. –o rapaz fez referência ao antigo uniforme, que era totalmente sem forma e deixava as garotas tão feias quanto era possível. encarou o garoto e voltou a andar de volta para o campo. E ela JAMAIS admitiria que ouvir ele a elogiando era um tanto quanto satisfatório. Ser legal com Louis era uma regra mais que proibida no livro de “Como odiar Louis Tomlinson” que a ruiva havia criado em sua cabeça. Desprezá-lo era algo tão comum em sua vida que ela nem podia recordar-se de como tudo começou, e nunca havia parado pra pensar sobre como o amor e ódio andam lado a lado, literalmente. Apenas o tempo poderia revelar a outra face da moeda desse jogo de rato e gato que o casal jogava há tempos.
-
- SE VOCÊS QUEREM CHAMAR A ATENÇÃO DAS MOÇOILAS ALI – gritava, apontando para o outro lado do campo, onde os garotos estavam concentrados a brincar com uma bola de futebol americano – VOCÊS ESTÃO NO LADO ERRADO DO CAMPO, VESTINDO AS ROUPAS ERRADAS E TENTANDO SER SEXY ERRADAMENTE! PEGUEM A PORRA DA BOLA E TOQUEM ELA, ISSO AQUI NÃO É UM JOGO INDIVIDUAL, VOCÊS TEM QUE TOCAR A BOLA, ENTENDAM ISSO DE UMA VEZ POR TODAS!
As garotas ouviam os gritos e apenas concordavam com gestos com a cabeça. Qual é! Era o sonho de toda menina ser a crush de Jason Benett e ser admirada pelo time, mas ao que parece, Meester estava ali para conscientizá-las de que estar no time não era a decisão correta se esse fosse o objetivo delas. A morena sabia de uma lista de coisas para se fazer quando queria chamar a atenção de um cara, e tinha certeza de que ficar suada, com o cabelo amarrado e grudento, correndo por um campo durante duas horas atrás de uma bola não era a melhor forma de ter um cara aos seus pés.
- VAMOS VOLTAR AO JOGO! – ela mandou e voltou ao campo, liderando as suas pobres meninas sonhadoras que só queriam ser a musa inspiradora do bando liderado por Jason.
Para , o jogo de futebol era o único momento da semana onde ela extravasava as emoções, corria, batia, caia, chutava, gritava e terminava o jogo leve como uma pena. Era como uma terapia para o seu coraçãozinho agitado. Mas, como nem todo sonho é perfeito, ela tinha que lidar com a fortíssima concorrência de Westwick. A ruiva era a personificação de tudo o que ela mais detestava, era a real ameaça aos seus sonhos, isso porque a filha da puta era realmente boa e todas as vezes que vacilou, esteve ali para substituí-la com maestria. A concorrência era tanta que a treinadora Foster foi obrigada a dividir as garotas em dois times, o time A e o time B, basicamente eram o time oficial e as reservas. Sempre, antes de uma partida oficial, ocorria um jogo entre A e B, o time que vencesse era quem iria jogar com pequenas alterações feitas pela treinadora, mas mantinha-se a configuração mais original possível.
O jogo recomeçou com passes calculados e dribles bem articulados, Meester se movimentava na zaga do campo, quando conseguiu interpelar Alice, a atacante do time B, e tomar a bola. A morena estava concentrada demais para notar que, na verdade, Alice entregou a bola se afastando.
- CUIDADO!
- !
- SAI DAÍ, AGORA!
A garota não entendeu o que estava acontecendo, mas em uma fração de segundos tudo teria feito sentido, não fosse uma bola de futebol americano voando em direção à cabeça da morena desapercebida.
Um baque.
Tudo começou a girar e não podia entender o que estava acontecendo. Não conseguia distinguir vozes nem rostos. Ela estava ficando sufocada com a falta da visão e da audição. Era como se ela tivesse em uma porra de uma realidade paralela, e isso não era nada legal. Meester tentava se localizar mas isso parecia ser impossível, seus pés não sentiam o chão e ela tateava em busca de qualquer superfície que lhe conferisse um apoio. Não sabia se estava correndo, andando ou rastejando. A única certeza de que a morena tinha, era de que ela estava morrendo.
-
- Eu já falei, man. O Liam tem que dar um fim nesse lance com a Lexi. Essa garota é pior que chiclete, puta que o pariu! Ela acha que o fato de eu foder ela numa noite, dá o direito de ela me perseguir pra sempre... – Benett falava, ao lado de Niall, observando Harry lançar a bola para Zayn e Louis. Os garotos não praticavam educação física, preferiam ficar por ali, brincando, conversando e o mais importante de tudo, observando a chefe das líderes de torcida liderar suas garotas em um treino que mais parecia um ritual de acasalamento, com movimentos sensuais demais para garotas de 17 anos. Liam estava próximo da loira, dando apoio moral para sua “dona”.
- Deixa a criança ser feliz. – Niall brincou e Jason permaneceu sério.
- Eu não brincaria com uma louca dessas. Essa garota é obcecada pelo Payne, até andou inventando umas mentiras cabulosas.
- O que ela disse? – Horan se interessou no assunto.
- Que o Liam tinha um caso com a ! – Jason ria abertamente – olha a deficiência dessa garota! É mais fácil o Liam tá pegando a e ninguém se tocar disso.
Niall sorriu em concordância, a ideia era absurda, e de tão absurda que era, fazia sentido. Horan meneou a cabeça, expulsando a ideia LOUCA, até parece que Liam faria isso com o melhor amigo... Zayn jamais o perdoaria. Benett foi até onde Harry, Louis e Zayn brincavam e ficou por ali, de braços cruzados.
- Eu duvido que você consiga lançar essa bola no campo das garotas. – Jason desafiou Harry, que baixou o braço que estava preparado para fazer um lançamento.
- Você duvida que EU consiga acertar a bola no campo das garotas? – Styles riu, debochado – Escolha uma menina.
O capitão do time de futebol masculino gargalhou alto. Era muita prepotência da parte de Harry acreditar que conseguiria acertar em uma garota, era prepotência e falta de bom senso de todos os garotos que estavam animadamente falando/duvidando da capacidade dele.
- Tudo bem, você ganha U$150 se acertar a Smith. – Benett estendeu a mão, para selar a aposta.
- E se eu perder?
- Aí você me paga U$150, é só uma apostinha pra não perder o costume.
- Fechado.
- Ótimo.
Naquela altura do campeonato, os garotos estavam todos atrás do moreno, que se posicionava, buscando a melhor maneira de fazer um lançamento forte e preciso. Foram alguns segundos de “tudo ou nada” e ele arremessou a bola. Foi o tempo de olhar para o outro lado do campo para entender a merda que havia acabado de cometer.
- MAS QUE PORRA!
- AI MEU DEUS!
- O QUE VOCÊ FEZ CARA?
- PUTA QUE O PARIU!
Os garotos correram até onde o alvoroço estava formado, o campo em que as meninas jogavam. Havia um corpo estirado no gramado.
- Que merda você fez, Styles? – Jason estava aflito. Não seria nada bom ter seu nome metido em uma encrenca, principalmente porque ele precisaria pedir uma bolsa como jogador para a universidade e qualquer probleminha interno seria um fator agravante para a perda da bolsa.
As garotas estavam aflitas ao redor da morena desmaiada, foi a primeira abordar os garotos:
- Quem foi o idiota que jogou essa bola aqui? – ela perguntou e ninguém se dignou a responder. – FALEM ALGUMA COISA, SEUS MARICAS!
Todos do grupo apontaram para o arremessador, que encarou mortalmente os “amigos” que acabavam de delatar seu erro. A ruiva arreganhou os dentes em um sorriso diabólico.
- Você tá MUITO ferrado, Styles. A Meester vai ter prazer em te caçar no inferno pra arrancar sua cabeça.
Ela virou de volta para onde o grupo estava e o garoto sentiu seu sangue gelar ao ouvir o nome da vítima de seu acidente.
- Qual o seu problema, Harry? Seu filho da puta! O que você fez com a ? Se ela tiver se machucado eu vou MATAR você! – Liam rugiu antes de empurrar as garotas e se aproximar do amiga desmaiada.
- É Harry, você tá fodido. – Louis deu dois tapinhas no ombro do amigo e cruzou os braços, observando a movimentação dos enfermeiros que acabavam de chegar.
-
Já no hospital, os nove adolescentes se aglomeravam na pequena sala de espera. Era óbvio que não se fazia necessário aquele tanto de gente ali, mas era mais óbvio ainda que nenhum deles sairiam de lá enquanto não vissem e falassem com a pobre Meester, que jazia sedada no quarto ao lado.
- Qual a porra do seu problema, seu imbecil? – reclamou, era pelo menos a terceira vez que Louis tentava meter um dedo molhado na orelha da ruiva. suspirou alto e balançou a cabeça em negação. Desde que haviam chegado ali, a enfermeira havia entrado na sala um bom par de vezes para pedir silêncio, e a altura da TV que Niall e Harry assistiam não ajudava em nada na situação do grupo. Liam era o único que ainda estava de uniforme, o restante deles haviam ido para casa e trocaram de roupas antes de perceberem que não tinham nada para fazer e resolveram “dar um apoio moral para a ”.
- Eu realmente acho melhor que um de nós vá para casa. Isso aqui tá uma zona! – sugeriu, mantendo as pernas apoiadas no colo de .
- E quem você sugere, senhora sabe-tudo? – Harry perguntou sem tirar os olhos do programa oriental que mostrava duas garotas com a boca aberta nas entradas de um tubo transparente e dentro desse tubo uma barata viva.
- Você ou o Niall. – disse enquanto tirava o casaquinho meia estação. Styles e Niall sentaram abruptamente no carpete grosso.
- O QUÊ? – os dois gritaram juntos.
- Isso aí. Vocês dois são os únicos que estão atrapalhando com essa TV e esse programa horroroso. Então, um de vocês vai embora e o outro vai desligar a TV. Assim teremos menos pessoas e menos barulho. – a Westwick decidiu, sendo apoiada pelas garotas e Louis, já que Liam estava na administração do hospital, acertando as contas, e Zayn estava dormindo profundamente em um sofá pequenino, no canto da sala.
- Bom, eu até me voluntariaria, MAS eu preciso estar aqui quando a acordar, tenho que apresentar minhas sinceras desculpas pelo transtorno. – Harry se safou, mentindo deslavadamente. A cara de traído de Horan ao ouvir as desculpas esfarrapadas do amigo era triste de se ver.
- Isso não é justo! Alguém vai ter que vir comigo, eu não quero ficar sozinho. – o irlandês fez biquinho e ficou extremamente dividida entre a vontade de beijar o biquinho fofo e provocar o loiro a respeito de April.
- Por que a não vai? – Louis indicou e apenas a Westwick entendeu a referência.
- E por que eu? – Princesinha Styles colocou as mãos na cintura e bufou.
- Por que você é a mais nova! – respondeu, como se fosse óbvio.
- A é a mais nova! Vocês piraram? – se sentia usada pelos amigos. queria enfiar um pouco de esperteza no cérebro da amiga, que parecia não entender seu objetivo.
- Masoque? – se intrometeu no papo esquentado. Ouvir seu nome sair da boca da em meio a uma discussão nunca era algo agradável de se escutar.
- Mas a é a melhor amiga da , é meio evidente que ela não vai embora. Sendo assim, você, a mais nova das que podem ir embora, irá fazer companhia para o Niall e arrumarão alguma maneira de se divertir sem poder estar nessa salinha refrescante e confortável! – a ruiva explicou e de tanto falar, decidiu não insistir, apenas foi catar sua bolsa, celular e carregador.
- Se ferrou, pirralha! – Harry gargalhou. Niall esperou , que saiu sem se despedir de ninguém. Horas mais tarde, a loirinha percebeu o quão inteligente havia sido por não questionar as ideias de Gênio Westwick.
-
Liam havia corrido pra cacete durante a manhã e boa parte da tarde, agora ele estava no quarto onde a melhor amiga repousava. Tudo bem que fosse mal-humorada, chata, pessimista, briguenta, egoísta e um milhão de outras coisas, mas era inegável que ele se preocupava com ela. A respeito dos defeitos da garota, ela era sua irmã e a única que no fim das contas, com chuva ou sol, frio ou calor, estava com ele, enchendo a paciência ou escravizando-o. Agora ele estava sentado em uma poltrona confortável, no quarto aonde Meester repousava, esperando o efeito do sedativo passar para poder levar a morena para casa e finalmente poder descansar. Aproveitava os momentos sozinho para pôr a ideias em dia, tomando decisões importantes como: para quais universidades mandar a carta de petição/recomendação, que rumo dar ao seu relacionamento com Lexi também era uma grande questão que ainda não havia sido decidida, seu relacionamento com a loira era terrivelmente catastrófico e resumia-se a sexo, com disposta a ajudá-lo a reconquistar , ele realmente deveria dar um basta na relação com Saint, mas isso estava sendo mais difícil do que ele pensou que seria.
Três toques suaves na porta e ele levantou a cabeça para ver quem era. Torcia para que não fosse o enfermeiro-chefe mais uma vez, querendo lhe cortar o pescoço por causa do barulho excessivo que os seus amigos estavam fazendo na sala de espera ao lado.
- Hey! – Ortega entrou, fechando a porta.
- Oi! – Liam suspirou, entregando seu cansaço.
- Ela ainda não acordou? – a morena perguntou, observando a melhor amiga dormir.
- Não, mas se a gritar mais uma vez, tenho certeza de ela vai acordar bem desperta e mal humorada. – Payne brincou e deu uma risadinha.
- Ah eles estão com os ânimos a flor da pele por causa de um joguinho no celular do Harry. – ela explicou e Liam concordou com a cabeça. Um silêncio desconfortável se seguiu pelos próximos minutos.
- E então, como estão as aulas de dança?
- Legais. Temos uma apresentação importante chegando. Estamos todos muito animados – respondeu, dando graças a Deus por ele ter puxado um assunto. – E o boxe?
- Os treinos estão pesados. Mas é bom, assim eu gasto mais tempo lá e menos tempo pensando.
- Por algum acaso, a tia Di e o tio Chris já sabem que a tá no hospital?
- Não! Eu vou deixar pra ela contar isso. Não quero ouvir o desespero da tia Di. – o moreno revirou os olhos e a caçula literalmente gargalhou de sua expressão engraçada. A conversa fluiu naturalmente por mais algum tempo e talvez, apenas talvez, eles estivessem próximos demais agora, e talvez os dois não conseguiam deixar de encarar os lábios um do outro.
- Li, eu... eu tenho que ir. – engoliu em seco, virando o rosto para outra direção.
- ... – o tom complacente de Payne deixava claro sua intenção em insistir.
- Não posso fazer isso. Eu jamais poderia trair a confiança do Danny! – Ortega pareceu lembrar de repente do capitão do time de basquete e se levantou do chão, desamassando a roupa. Liam levantou também.
- Então quer dizer que vocês estão namorando? – o tom de voz magoado do garoto soou realmente dolorido para ela, que ignorou seus instintos e saiu em direção a porta. Não chegou a abrir ela porque Liam segurou seu braço e a puxou para si.
- Não faça isso! – a morena sorriu apreensiva.
- Fazer o quê? – indagou se fazendo de inocente.
Apertou-a em seus braços e passou o nariz por seu pescoço, inalando a fragrância floral oriental, causando arrepios e cócegas. A respiração da garota ficou falha pela ânsia de um toque maior e mais caloroso.
As mãos dela apertavam o ombro do rapaz e fizeram o caminho até sua nuca, arranhando levemente. Ela beijou seu pescoço, mordeu, chupou e conforme ele sentia seu corpo arrepiar e ficar mais quente pelo contato dela mais ele a apertava contra si, o que dificultava a respiração da mais nova.
Liam beijou a bochecha da menina. beijou a pontinha de seu nariz e sua testa.
- Eu sinto sua falta, . – Payne cochichou no ouvido dela. E a morena sentiu um nó na garganta, o coração rodopiar e o estômago afundar.
Suas bocas se aproximavam, suas respirações misturando-se, os lábios tão, mas tão próximos que Liam já podia sentir o gosto de .
E então ela se afastou. “PELO AMOR DE DEUS, O QUE VOCÊ TA FAZENDO?“. O rapaz gritava em desespero em sua mente.
- Eu não vou cometer o mesmo erro pela milionésima vez, Liam! Sinto muito. – sorriu triste, acariciando os cabelos dele.
- Eu já disse que vai ser diferente! Por que você não acredita em mim?
- Porque você disse a mesma coisa das outras vezes. – se soltou das mãos dele e dirigiu-se novamente até a porta.
- Eu cometi um erro. Sou um babaca, imbecil, cafajeste, salafrário. Mas por favor, não me tortura assim! – o encarou sem entender a última sentença. – Phillips.
- Não vem com essa! – cochichou alto para não acordar a amiga. – Como você quer que eu acredite que você sente minha falta se está ocupado comendo a Lexi?
- Você está com ciúme!
- Cala a boca! – colocou a mão no trinco para deixar a sala, mas pela terceira vez, Payne a impediu.
- Eu sei que você gosta de mim, . E no fim das contas está na mesma situação que eu, no fundo do poço.
- Nós devemos ser amigos! – Ortega falava isso mais para se convencer do que para dar um basta na situação. Vê-la saindo pela porta, o abandonando mais uma vez, doeu ainda mais do que da primeira vez. Liam apenas se jogou na poltrona, com as mãos no rosto. A palavra “amigos” ecoava em sua cabeça. Ele jamais conseguiria ser amigo de uma pessoa que era capaz de liquidar com toda a sua sensatez apenas o direcionando seus lindos olhos.
Ele era refém daqueles olhos esmeralda. Sempre foi e sentia que sempre seria.
- CARA VOCÊ NÃO SABE O QUE A FEZ! – Tomlinson insurgiu na porta, entrando sem bater. Liam se assustou e logo pode ver que , Zayn, Harry, e estavam atrás dele com as mesmas caras empolgadas, exceto , que matinha uma expressão de puro tédio.
- O que a fez, Louis? – Payne não escondeu o tom mal humorado. E o grupo ignorou completamente. Com as mãos postas em frente o rosto, o rapaz encarava o amigo com o olhar cansado.
- Lá vem a enxurrada de merda... – a ruiva resmungou.
- ELA CHUPOU O RUIVO! – Louis gritou e recebeu um tapa de , que pediu para que ele falasse mais baixo.
- O que? – Liam perguntou, para ver se tinha entendido mal.
- A CHUPOU O PAU DO RUIVO! O ENFERMEIRO! – o rapaz repetia com a mesma animação.
- Isso é verdade? – Payne se reportou a , que deu de ombros. Nem confirmando, nem negando a história. – Como assim?
- Chupando ué! Colocando a boca e chupando! – Louis explicou como se fosse algo explícito.
- Tá, eu sei do que você tá falando, eu quero saber POR QUE ela fez isso! – Payne começou a achar a história um tanto interessante. Era sempre simpática a ideia de saber que alguma garota do conhecimentos deles, havia chupado um cara. Não era como se eles não conhecessem garotas que aprontavam dessas, mas era sempre bom ter nomes singulares cometendo essas peripécias.
- A e o Niall saíram e o ruivo foi lá na sala pra expulsar a gente, é óbvio que nós não aceitamos sair e o imbecil ameaçou de chamar a segurança. Daí a disse que se a não estava lá pra fazer o serviço sujo, ela faria. Depois de uns dez minutos ela voltou e o cara ainda pediu desculpas! PUTA QUE O PARIU! – Louis estava glorificado com a experiência que havia “presenciado”. apenas ria da ideia cabulosa do garoto.
- . – Louis se virou para a ruiva. – Eu estou APAIXONADO por você desde o momento em que você chupou o pau daquele ruivo por mim. Nós devemos uma à por ela ter colocado as necessidades do grupo acima do bom senso dela.
- Cala a boca, Tomlinson. – a garota brigou, visivelmente segurando a vontade de gargalhar com o drama que Louis fazia. Liam notou que enquanto prestava atenção em Louis, o grupo havia se alojado em torno da cama de .
- Hey, hey, hey! O que vocês pensam que estão fazendo? Saiam daí! – ele foi até a cama, tentando tirar os amigos do quarto.
- Shiiiiiu ela tá acordando. – sussurrou e ele se uniu ao grupo para observar se movendo. Ela iria acordar em alguns minutos ou poderia ser que ela estivesse tendo um pesadelo.
abriu lentamente os olhos, fechando-os novamente quando a claridade tentou tomar de conta. Sua cabeça doía tanto, parecia que a cada respiração, a pulsação machucava a cabeça já dolorida. Outro ponto estranho era o peso em sua perna esquerda, era como se ela estivesse carregando chumbo na perna. Ela resolveu abrir os olhos para averiguar se estava no mundo real ou sob efeito de LSD. A conversação se tornou cada vez mais próxima, até que estivesse nítida o suficiente para que a morena conseguisse distinguir as vozes que “cochichavam” em cima dela.
- Oooie! – Louis sorriu largo para a menina. Era perceptível a falta de humor da garota quando acordava. Ela olhou séria para Louis e passou o olhar por , Liam, , , Zayn e Harry.
- Hey , está tudo bem? Você está legal? – Ortega tomou a vez, segurando na mão da amiga. encarou profundamente a mão da melhor amiga segurando a sua e voltou a olhar para .
- Minha cabeça está doendo terrivelmente. Que merda! – Meester tocou a cabeça com uma mão, apalpando o couro cabeludo em busca do motivo da dor.
- Com licença, senhores. – uma enfermeira entrou no quarto, a pedido de Liam, se aproximou da cama onde estava deitada. – Como se sente, senhorita Meester?
- Com dor. – respondeu fazendo biquinho. A enfermeira sorriu.
- Isso é normal depois de uma contusão forte. Mas e a perna, está tudo tranquilo?
- O que tem minha perna? – em instantes a morena estava completamente acordada, tentando se sentar e tendo a terrível surpresa de descobrir que sua perna esquerda estava engessada até o joelho. - Mas que porra foi essa???
- Senhorita, controle os ânimos. Não é indicado que você esforce seu cérebro. Quanto menos você falar e se estressar, melhor será para sua cabeça. – a enfermeira sugeriu, guardando a prancheta com as anotações sobre o quadro clínico de . – Bom, ao que parece, você está pronta para ir pra casa. Vamos esperar esse soro terminar e no máximo em duas horas você já estará liberada.
A enfermeira saiu da sala e a morena ainda estava em choque com a visão de sua perna metida dentro de uma bota ortopédica de gesso. Ainda queria compreender como que foi parar naquela situação. A última coisa da qual se recordava era de uma gritaria horrível em meio ao treino e sentiu dor em seguida, antes de tudo escurecer. Agora ela estava em um hospital, com a cabeça DESTRUÍDA e com a perna amarrada.
- E entãããão, como você se sente agora? – Louis perguntou novamente.
- Louis, dá um tempo. Eu estou com a cabeça fodida, a perna amarrada e minha única vontade é descobrir quem foi O IDIOTA que provocou tudo isso, porque eu vou atrás dele no inferno e vou ARRANCAR AS BOLAS DELE! Ai merda, minha cabeça! – gritou, nervosa. Harry sentiu um frio na espinha ao ouvir a ameaça da morena. De repente, ele daria tudo para ter ido embora quando deu a oportunidade. e Zayn achavam tudo TÃO engraçado. Encaravam e Styles alternadamente.
- , não se estressa. Fica quietinha que nós vamos resolver isso depois. Agora, todos vocês já a viram, vão embora porque ela precisa repousar, e a última coisa que ela vai ter com vocês por aqui é repouso. – Liam pediu em um tom de “isso é uma ordem”.
- Caralho Liam, deixa de ser chato! – Zayn reclamou.
- Deixe a gente ficar aqui, Li. – usou do seu charme e embora o rapaz não tenha caído no papo dela, Malik descobriu que qualquer coisa que lhe pedisse naquele tom, ele faria.
- Parem de encher o saco dele. Ele é quem está cuidando de mim, então façam o que ele manda. – Meester disse, de olhos fechados.
- Peço* - o rapaz corrigiu a melhor amiga.
- Ele está mandando mesmo, e vocês tratem de obedecê-lo. Até porque eu não sei o que o Styles e o Malik estão fazendo aqui.
- Nós viemos ver você! – Zayn disse, se sentindo ofendido pela acusação da morena.
- Uhum... pois já viram. Agora saiam que o Li realmente precisa ter dois minutos de paz. Obrigada pela visita, de qualquer maneira. – deu um meio sorriso.
- Você quer que todo mundo vá embora? – perguntou, guardando o celular.
- Você fica, vai comigo para casa porque eu não vou conseguir fazer NADA sozinha. Vocês outros vão porque daqui a pouco eu vou me jogar dessa janela de tanta dor.
- Tudo bem então, foi bom ver que você não tá morta, . – se aproximou de e deixou um beijinho na bochecha da amiga.
- Obrigada pela visita, .
- Não foi nada, . – catou a bolsa – Beijinhos pessoal, vejo vocês amanhã!
Ela saiu e Zayn quase que se despediu do grupo para ir atrás da loira, mas 1. Essa obsessão pela garota estava demais e 2. foi mais rápida.
- Já que você nem tá tão ruim como eu pensei, eu vou embora, . Só tente ficar boa até o campeonato, ou, nada de time A representando a Eton. Mas, não se preocupe. Eu venho preparando o time B há muito tempo para um momento como esse. – Westwick disse e saiu da sala. quase engasgou com a maldade da ruiva. Como ela pode esquecer do campeonato? Os médicos teriam que fazer qualquer coisa que possibilitasse sua participação no campeonato anual.
- Essa filha da puta! – prendeu os lábios e fechou os olhos. Sua cabeça latejava cada vez mais diante da péssima notícia.
- Bom, nós já vamos também. – Harry declarou.
- Já era pra ter ido, não sei nem o que você veio fazer aqui. – Meester alfinetou. Harry ignorou completamente o comportamento agressivo da garota e foi dar um beijo na testa de . – Tchau, .
- Tchau, Hazz, Tchau, Zayn. – jogou beijo para o primo.
- Tchau, e Liam. Tchau, . Se recupere logo. – Zayn, educado como sempre, deixou um beijo no rosto da morena. Harry se limitou a bagunçar os cabelos e sorrir charmosamente para , que por alguns segundos, esqueceu de como ser indiferente com as brincadeiras do Styles.
- , pega meu celular, por favor. – pediu e entregou o aparelho para a amiga, indiferente sentando-se ao lado dela.
- Melhorou da dor de cabeça? – Liam se aproximou da cama e a mais nova baixou os olhos. tirou os olhos do celular e olhou para a menina e depois para o rapaz.
- O que tá pegando com vocês dois? – ela perguntou e dessa vez Ortega e Payne foram bastante rápidos na resposta:
- Nada!
Os dois quase gritaram e se entreolharam, desviando os olhares.
- Eu devo ter uma cara de otária muito grande pra vocês mentirem na minha cara. – a Meester suspirou alto. Liam e se olharam e tiveram aquela conversa telepática de olhares que todo bom casal sempre tem, e eles diziam mais ou menos isso: “E agora? Contamos pra ela?” “Tá louco? Ela vai fazer um escândalo” “E você acha que ela já não se tocou? Por favor, é a . Ela só tá esperando que nós confessemos” “Aff essa idiota curiosa, conta logo".
- Sua amiga está apaixonada por mim, mas é idiota e prefere o jogador. – Liam confessou.
- Você está com a capitã das líderes de torcida! Como quer que eu acredite que gosta de mim? E eu não estou apaixonada por você. – falou alto. – Eu possivelmente gosto um pouquinho de você... Mas só um pouquinho.
- Só um pouquinho?– Payne se irritou com ela.
- Um pouquinho! – fez o gesto com os dedos.
- Só um pouquinho? – foi a vez de questionar.
- Deixa quieto. – olhou para as mãos, envergonhada pela declaração.
- Não deixo não. Então você não está apaixonada por mim! – Payne falava alterado. – Ainda bem que estou com a Lexi então! Porque, ela sim gosta de mim e demonstra isso quando fazemos sexo, inclusive quando eu sair daqui, vou para a casa dela para transarmos a tarde toda.
- Que bom para você. – a menina falou sentindo o choro chegar a garganta, mas o travando bravamente.
- Perfeito.
- Maravilhoso!
- Ótimo!
- Extraordinário!
- Ei, vocês dois. Prestem atenção bem aqui. – interrompeu a “briga de casal”. – Vocês são dois idiotas apaixonados um pelo outro e que tem orgulho demais para admitir! Agora, , vai até o lado do Liam.
- O quê?
- Vai logo! – a mais nova se assustou com o grito de Meester, se levantou as pressas e se dirigiu até Payne. – Agora, se abracem.
- Você só pode estar brincando!
- Não temos quatro anos.
- Agora!
A contra gosto ambos se encararam, rolou os olhos, Liam torceu o nariz.
- Estou esperando... – a amiga os apressou.
Aproximaram-se lentamente e então Ortega o puxou pela mão. Arrependido por suas palavras ásperas, o garoto afundou o rosto nos negros cabelos dela.
- Me desculpe, .
- Você foi um idiota... – falou séria e pode ouvir uma risadinha dele. – Mas, eu também fui. Me desculpe.
A vontade dos dois era de nunca mais se soltarem, mas isso não era algo possível.
- Vocês dois se resolvam de uma vez, ou voltem ou se tornem amigos, mas ficar nessa de: termina, se agarra, termina e aí fala um monte de besteira. Não é vida pra ninguém, vocês me entenderam?
- Uhum.
- Sim.
- Ótimo, agora me contem como eu consegui quebrar a perna, e quem foi a anta que jogou aquela maldita bola em mim. – sentou na cama, e Liam suspiraram profundamente, se preparando psicologicamente para a reação da morena.
- Olha, , antes de qualquer coisa... Ele não fez por querer. – a caçula procurava a maneira menos pior de iniciar o assunto.
- Já não estou gostando do rumo que esta conversa está seguindo... – a garota descansou a cabeça no travesseiro e fechou os olhos. – Apenas digam quem foi... Eu prometo não ficar brava.
Liam e se entreolharam e a morena suplicava com os olhar para dizerem que não sabiam que havia feito aquilo e poupar mais brigas.
- Foi o Harry. – Payne soltou. O rapaz estava de braços cruzados e também sentia medo da reação da menina, porém sabia que se escondesse seria pior no final.
- O que você disse, amor? – perguntou calmamente ao amigo. Abriu os olhos e os direcionaram a ele que engoliu em seco.
- Foi o Harry que jogou a bola na sua direção... – o garoto explicava sem encará-la diretamente. – Eu não sei exatamente o que aconteceu, mas quando cheguei os meninos falaram que havia sido ele.
- Okay... – foi tudo o que Meester disse.
Seus amigos intercalavam seus olhares entre ela e os olhos um do outro. Aquilo estava estranho... Muito estranho...
- É isso? – foi Ortega quem se pronunciou primeiro. – Só isso que tem a nos dizer?
- Aham...
Alguns segundos silenciosos depois...
- Tá bom, . Pode explodir.
- EU VOU MATAR AQUELE DESGRAÇADO! CADÊ ELE?! EU VOU MATAR ELE! ELE VAI SE ARREPENDER DO DIA EM QUE NASCEU. EU VOU BATER TANTO NELE QUE ELE VAI QUERER VOLTAR PARA O ÚTERO DA MÃE! EU VOU BATER TANTO NAQUELE PINTO PEQUENO QUE ELE VAI PRECISAR USAR GESSO! – foi iniciada uma sessão de gritos e seus amigos tentavam prender o riso diante de tais declarações. – EU TE ODEIO HARRY STYLES!
- Ele não pode te ouvir, .
- EU SEI! – a menina ofegava e já se arrependia de ter levantado a voz devido a dor que dilacerava sua cabeça. – Aquele falso estava aqui o tempo todo! Ele entrou no meu quarto de hospital e respirou o ar que eu respiro! Ele teve a audácia de...
E os trinta minutos que foram necessários para o soro acabar, a garota de olhos azuis escuros continuou o seu monólogo descrente de que Styles teve a cara de pau de quebrar sua perna e a aparecer no hospital para fazer Deus sabe lá o quê!
Após receber alta, Liam levou a amiga para casa e foi proibido de dizer a Berta, a governanta, ou a Alfred, o que havia acontecido. apenas não queria preocupá-los. Inventou uma história que torceu o pé na educação física, mas já estava bem.
Depois de sair da mansão Meester, Liam foi levar até a casa do amigo, onde a menina estava morando até que seus pais voltassem de viagem, no entanto a morena lhe pediu para que levasse a academia de dança, pois naquele dia ela tinha aula. Durante todo o percurso nenhum dos dois abriu a boca, ninguém ousaria se pronunciar e acabar se confundindo com as palavras. Naquele momento, falar apenas atrapalharia mais a situação embaraçosa deles.
- Obrigada Liam. – ela sorriu ao descer do carro e o rapaz acenou com a cabeça.
-
O futebol é um esporte de equipe, jogado entre dois times de 11 jogadores cada um. É considerado o esporte mais popular do mundo, pois cerca de 270 milhões de pessoas participam das suas várias competições. O futebol moderno foi criado na Inglaterra. E leva muitos fãs a torcerem, chorarem e se emocionarem com suas eventualidades.
E naquela manhã, as emoções estariam a flor da pele, na vida de no mínimo 690 milhões de pessoas ao redor do mundo que torciam para Manchester United e Liverpool FC. A Inglaterra estava em festa, afinal era a final da Premier League, e não seria qualquer final, seria um jogo histórico, clássico, memorável, notável, célebre, CONSAGRADO!
Os Diabos Vermelhos contra os Reds, muita história entraria em campo juntamente com os atletas. Já haviam sido realizadas 191 partidas entre os dois times. Setenta e seis vitórias do United, sessenta e quatro do Liverpool e cinquenta e um empates.
estava na sala de televisão da mansão Malik, o coração batia eufórico. Ela simplesmente não conseguia parar sentada em lugar algum. Morgan, mordomo da família, encontrava-se ao lado da menina, com sua pose formal e séria. Ainda faltava algumas horas para o início do jogo, porém a oportunidade de ver o Manchester ser campeão em cima do time do primo era demais.
- Hey! Beleza, Morgan? – Louis entrou e bateu um high-five com o mordomo que continuou com o semblante fechado, piscando lentamente. O rapaz se esparramou no sofá. – Zayn disse que vocês vão apostar grana alta hoje, é verdade?
- Aham. – a morena respondeu zapeando pelos canais da TV afim de encontrar algum que estivesse passando informações sobre o jogo. – É como uma tradição de família. Nossos pais fazem isso e como eles não estão aqui vamos honrar a tradição. – explicou e se sentou em uma poltrona.
- Senhorita Ortega, eu posso me retirar, ou ainda precisara dos meus serviços? – o administrador da casa perguntou cortes.
- Será só isso mesmo, Morgy. Obrigada!
- Quero deixar claro que não gosto de futebol. – falou, entrando na sala, de cara amarrada. – Oi Morgan! – a garota apertou as bochechas do mais velho que lhe deu um aceno de cabeça.
- Você deixou isso bem claro A SEMANA TODA! Beleza? – Harry se irritou, pois só era isso o que a irmã dizia o caminho todo, contudo sorriu simpático para o mordomo e também bateu um high-five com ele. – Oi gente! – os outros dois, se entreolharam e devolveram um sorriso sem jeito, pelo fato de os irmãos já estarem brigando tão cedo. Afastou as pernas de Tomlinson do sofá para poder se sentar.
- Eu acho que poderíamos estar fazendo outra coisa...
- , não vamos entrar nessa discussão... de novo!
A loirinha bufou irritada e se afundou ainda mais em sua poltrona. Seu irmão revirou os olhos e iniciou uma conversa com o amigo. nem piscava enquanto a imagem do estádio de Manchester aparecia, em tempo real, na tela da TV.
Malik logo apareceu na sala com sua camiseta do Liverpool, cumprimentou os amigos e fez uma piadinha dizendo que choraria trancada em seu quarto quando o time dela perdesse, a garota apenas sorriu e rolou os olhos verdes.
Depois de um tempo, Liam chegou a mansão, Niall e também apareceram. E Ortega recebeu uma mensagem de dizendo que não iria ver o jogo com ela pois estava incapacitada de dirigir e havia se esquecido completamente do compromisso, por isso dera folga para Alfred naquele dia.
- Zayn, será que você poderia fazer um favor pra mim? – se aproximou do primo, com a cabeça levemente inclinada e um sorriso doce.
- Ahh, nem vem! Nós vamos apostar sim!
- Não – riu levemente – Não é isso. É que a não pode vir porque o Alfred está de folga hoje e...
- Eu tenho que buscá-la? – o primo perguntou fazendo uma careta por ter que se retirar de seu lar aconchegante e quentinho para ir à casa da garota que o detestava e o tratava mal.
- Por favooor... – a caçula enrolava nos dedos a barra da grande camiseta que usava.
- Ah ... – disse descontente.
- Deixa que eu vou. – Payne se levantou, vestiu o casaco e procurou pelas chaves nos bolsos.
- Eu acho que quem deveria ir era o Harry! – falou por falar. A menina estava deitada no carpete, apoiando a cabeça numa almofada e mexia em seu celular.
- Por que eu? – perguntou, parando de conversar com Louis e a encarando de forma engraçada.
- Porque foi você que quebrou a perna dela! – a loira respondeu como se óbvio.
- Já disse que não foi assim que aconteceu!
- Nós sabemos como aconteceu! – arqueou uma sobrancelha – Você jogou uma bola na cabeça dela e quase a matou. Sorte que ela apenas quebrou a perna!
- Vocês são muito exagerados! – o moreno se irritou. – Ela apenas estava no lugar errado, no momento errado. A culpa não foi minha. Poderia ter acertado qualquer um!
- Mas foi muita coincidência você ter acertado em cheio bem a , né?! – Horan dizia de olhos cerrados e todos entenderam o que ele quis dizer.
- Você está dizendo que eu fiz de propósito?! – Styles se ofendeu.
- Cara, como eu disse, foi muita coincidência você ter acertado logo Meester! A pessoa que você mais detesta no mundo! – o irlandês continuou com sua teoria.
- Primeiro – levantou o dedo indicador – eu não odeio a Meester. Segundo: NÃO FOI MIHA CULPA, FOI SEM QUERER! PODERIA TER ACONTECIDO COM QUALQUER UM – o garoto nunca levantava a voz, mas quando o fazia, assustava o grupo o suficiente para que parassem de provoca-lo.
Todos ficaram calados por um tempo, encarando o chão, o teto, a TV, sem coragem alguma de se pronunciar.
- Foi por querer sim! – Louis, finalmente, falou rindo, e foi acompanhado pelas meninas.
- Vão todos se ferrar! – Harry se levantou, irritado. – Cadê a merda das chaves do carro? Eu vou buscar aquela demônia! – saiu rabugento. Se atrapalhou para vestir o casaco e quase seu celular caiu no chão.
- Cara, espera. Vou com você. – Liam colocou a cabeça para fora da sala.
- Payne, seu bastardo gordo! – Tomlinson se jogou em cima do rapaz e ambos caíram no chão.
- Qual a necessidade disso, seu infeliz? – o garoto se irritou e distribuía tapas na cabeça do amigo, que antes de se levantar deu um tapa nas partes baixas dele. – Filho da puta.
- Hazz, o Zayn vai com você. Esse aqui vai comigo.
- Do que você está falando? – Liam, ainda no chão, se contorcendo de dor, perguntou ao causador de sua angústia, vulgo, Louis Cretino Tomlinson.
- Você e eu vamos comprar bebida e comida! – Tommo apontou para si e para o amigo que levantava do chão. – O Harry e o Zayn vão buscar a – indicou os outros dois. – Agora vamos galera. Temos um jogo para assistir e uma aposta para testemunhar. Mas antes... – virou-se para Horan e as caçulas que assistiam a tudo dentro da sala e riam. – , você fica no comando. – a morena arqueou as sobrancelhas e Louis saiu.
- Ele é tão esquisito quando quer! – Niall falou e todos concordaram.
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A Range Rover fazia seu caminho até a mansão Meester. Harry emburrado dirigindo e Zayn batucando no ritmo da música que saia do auto falante.
Ao se aproximarem do grande portão de ferro, onde tinha um M ao centro, devido o sobrenome da família, Styles tocou o interfone e acenou para a câmera, sem dizer uma palavra, sua passagem foi liberada. Acelerou o carro e o estacionou em frente a porta principal. Os garotos saltaram do veículo e foram atendidos por Berta, a governanta, babá e segunda mãe de .
- Boa tarde senhor Styles e senhor Malik. – a senhora baixinha e rechonchuda falou com seu sotaque ucraniano.
- Boa tarde, Berta! – Harry cumprimentou educado, como de costume, e juntou as mãos atrás do copo.
- Boa tarde, tia. – Zayn sorriu sapeca. A intimidade com a governanta se dava ao fato de que na infância, o rapaz, frequentava regularmente a mansão Meester para brincar com e com a prima. – Cadê a ?
- Ela está no quarto dela. – o forte sotaque da senhorinha fazia Styles prender o riso, era tão engraçadinho. – Na verdade, ela me disse que o senhor Payne viria busca-la e que ela dormiria na casa da senhorita Ortega. Mas eu vou avisá-la de que estão aqui para leva-la e vou auxilia-la a descer. A pobrezinha se recusou a me contar como conseguiu fazer aquilo na perna... – Berta iniciou um discurso de como se preocupava com , e como estava preocupada com o ocorrido, a babá balançava a cabeça negativamente e entristecia o semblante sempre que mencionava a perna fraturada de sua querida .
Os dois rapazes não aguentavam mais ouvir tanto papo furado e em um momento de desespero Zayn interveio: - Tia, cadê a mesmo? – a senhorinha exclamou se lembrando para que eles estavam ali. – É que nos estamos atrasados, entende?
- Ah sim! Eu vou chama-la e ajuda-la a descer. – a governanta dizia se dirigindo a escada colossal.
- Não precisa se preocupar. – Harry se pronunciou – Nós a ajudamos a descer. – ofereceu sorrindo gentilmente, o que Ju denominaria como um sorriso diabólico.
- Ah, tudo bem então. – a senhorinha sorriu satisfeita e se retirou em direção a cozinha.
Os rapazes se entreolharam maliciosos e dispararam até a escada. Chegando ao andar superior se depararam com cerca de 30 portas e a decepção invadiu seus míseros seres.
- Puta merda... – Styles murmurou.
- Vai ser impossível achar o quarto dela antes do jogo começar.
- Qual foi a última vez que viemos aqui?
- Ah não sei... – Zayn estranhou a pergunta. – Uns dois anos, talvez. – deu um palpite e ambos seguiram pelo corredor batendo nas portas e se deparando com quartos de hóspedes. – O que está fazendo? – indagou ao amigo que sorria diante dos retratos da família Meester.
- Nunca perca uma oportunidade dessas, meu caro... – Harry ria sozinha enquanto tirava foto de um quadro de Juliana com uns 15 anos.
O garoto adicionou a foto à história de seu Snapchat, com a legenda “Joia rara do nosso Saci”.
- Ela vai te matar! – Malik ria.
- Agora é só esperar. – o rapaz bloqueou o aparelho de celular e o guardou no bolso, apoiou-se na parede, cruzando os braços.
- Esperar o quê? – o amigo não entendia seu raciocínio.
- Ela logo vai ver a postagem, se tocar que estamos aqui e sair furiosa de alguma dessas malditas portas! – explicou, encarando os quadros que estavam na parede. “Ela é bonita”, se permitiu pensar por poucos segundos e já espantou tal declaração silenciosa. Ele só gostava de provoca-la e nada mais, era apenas mais uma garota! Apenas uma entre milhares. Só mais uma na multidão. Fim!
Pena que o rapaz já havia reparado bastante que os olhos azuis escuros, da garota, eram brilhantes como duas pedras de safira. Seus longos fios negros, totalmente lisos, se destacavam a sua pele clara. Afinal, Meester conseguia chamar muita atenção por sua aparência, mas também surpreendia a todos com seu jeitinho singular de ser!
Já que Harry se permitiu pensar que a garota era dona de uma beleza esplendida, que mal fazia imaginar que se não fosse pelo fato de que ela é INSUPORTAVÉL, ele até investiria na morena...
Sorriu de canto com toda a situação e pode ouvir Zayn dizer:
- Cara, você é um gênio... Um gênio diabólico! Que orgulho! – o garoto falava se divertindo com a situação e abriu os braços convidando o amigo para um abraço.
- Owwn! Obrigada, cara! – Styles sorriu todo feliz da vida e abraçou o rapaz.
Os dois se assustaram e soltaram-se rapidamente ao ouvir um berro:
- Harry Styles! Seu viado, filho de uma puta, idiota, imbecil, o que você ousa fazer na minha casa? – a garota abriu a porta violentamente e apareceu no corredor com suas muletas. Seria até ameaçador... se não fosse cômico!
Os dois rapazes a encararam sérios até caírem na gargalhada.
- Viemos até aqui ajudar a incapacitada. Ordens de Hilton. – Harry provocou.
- Seu grande filho puta!
- Olha a boca! – o rapaz a repreendeu, levantando o indicador.
Meester rugiu enraivecida e arremessou uma das muletas na direção de Styles, no entanto, nunca dissemos que a menina era dona de uma boa pontaria. Ela não conseguiu acertar seu alvo, mas acertou em cheio o meio das pernas de Malik. Que levou as mãos ao local atingido, inclinou-se para frente como se o pequeno gesto fosse amenizar a dor e tossiu.
- Sabe o que dizem? – Harry perguntou retoricamente a – Que quando você chega a tossir porque foi atingido nas bolas foi sério!
A morena intercalava seu olhar entre Styles e o seu pobre alvo que agora tentava endireitar a postura, porém ainda fazia uma caretinha.
- Meu Deus, Zayn, me desculpe! – a menina tentava correr até o rapaz, contudo era difícil andar com um perna quebrada, quem dirá correr! E o fato de uma de suas muletas estar jazida no chão longe de seu alcance não ajudava muito.
- Está tudo bem... – Malik sorriu azedo sem mostrar os dentes. – É bom ver que mesmo com o que aconteceu... – referia-se a perna da garota que agora estava inútil devido o gesso. – você continua firme e forte.
- Cadê o Liam? Aquele inútil não serve nem para vir me buscar? – questionou séria tentando se agachar para recuperar sua muleta.
- Ele foi comprar comida e as bebidas. O Louis meio que obrigou ele a isso. – Harry respondeu, com as mãos nos bolsos, encarando todo o esforço da morena, sem mover um músculo para ajuda-la.
- Idiota... – murmurou finalmente alcançando o objeto que estava no chão, todavia ao tentar se levantar a menina se desequilibrou e acabou caindo para trás, bateu a perna engessada no chão e xingou todos os setes bilhões de seres humanos existentes neste lindo planeta.
Malik que ainda sentia pontadas na região acertada, abaixou-se para auxiliar a se levantar, enquanto o outro continuava encarando a tudo com as mãos nos bolsos e mantinha um sorriso de lado por achar tudo aquilo muito hilário.
- Você está bem?
- Minha perna dói. – Meester respondeu a Zayn. A menina abaixou a cabeça, mordeu o lábio inferior e manteve os olhos fechados tentando afastar a dor horrível que chegava a apertar seu coração.
- Eu vou te levar para o seu quarto, você deita um pouco, quando sentir que estar melhor vai se trocar e então nós vamos para a minha casa, pode ser? – o moreno indagou, passando um dos braços dela pelo seu ombro e se abaixando para pega-la no colo. A garota apenas concordou com o que ele havia dito e se manteve calada, evitando, até mesmo, respirar para ver se sua perna parava de latejar. – Harry, você pode pegar as muletas da , por favor?
- Desculpa cara, mas não vai dar... Eu estou ocupado. – Zayn e viraram seus olhares para o rapaz que continuava imóvel com as mão nos bolsos.
- Fazendo o quê? – seu amigo perguntou com uma careta engraçada.
- Achado tudo isso muito engraçado!
- Mas é trouxa... – a garota negou com a cabeça e foi levada por Malik até seu quarto.
O rapaz a colocou na cama, tentando balançar o mínimo possível o coxão, para evitar que sua perna doesse ainda mais, agrupou algumas almofadas embaixo do gesso para que ela ficasse confortável.
- Obrigada. – falou realmente grata, pois naquele momento qualquer um que fizesse o mínimo para aliviar sua dor já um cantinho reservado no céu.
- Não por isso. Vou pegar suas muletas. – o rapaz virou-se e esbarrou em Harry que esteve ali o tempo todo apenas observando e armazenando informação. No momento ele sabia que Malik era um filho da puta esperto que estava se aproveitando do mal da “pobre” garota para ganhar pontos com ela e facilitar sua vida com aquela bendita aposta que eles fizeram no início do ano.
- Quem você acha que vai ganhar jogo hoje? – Styles tentou um diálogo com a menina que o encarou furiosa.
- Calado.
- Aqui . – Zayn voltou rapidamente. – Nós vamos descer, se precisar de alguma coisa é só nós chamar, ou chamar a Berta, mas você já sabe disso, não é?
- Sei sim, obrigada mais uma vez. Não precisa se preocupar, eu só vou me trocar.
- Nisso eu posse te ajudar. – Harry disse “inocentemente”, com um sorrisinho e piscou para ela.
- Fora. Do. Meu. Quarto. A.G.O.R.A!
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Do lado de fora da mansão Meester, a morena caminhava lentamente em direção ao carro por ainda não ter se acostumado com as muletas, Zayn carregava a bolsa da garota e tentava a ajudar a continuar seu caminho, porém apenas a atrapalhava. E Harry esperava os dois apoiado na lateral de sua Ranger.
- Cadê seu carro, Zayn? – perguntou procurando pelo Maserati.
- O Harry veio dirigindo. – o garoto estava concentrado em não deixa-la cair, mantinha seus olhos voltados para chão acompanhando cada passo dela. – Vem, eu te ajudo a entrar no banco da frente.
- Eu vou ligar para alguém vir nos buscar. Pega meu celular no bolso externo.
- O Harry Styles que quebrou sua perna está bem ali, para nos levar! Olha ele lá! – apontou para o amigo que estava com as sobrancelhas juntas não entendo porque a menina dizia tais coisas. – Está vendo ele? – Zayn começava a pensar que o relaxante muscular que a menina estava usando começava a relaxar seu cérebro. O rapaz se afastou da morena e puxou o amigo pela gola da camiseta até ele estar na frente dela.
- Não, só tem você e eu aqui. – falou decidida, encarando os olhos verdes de Harry que a fitava desafiador e gargalhou sarcástico com a declaração dela. – Mas okay, vamos usar este carro... Você me ajuda Zayn? – questionou manhosa.
- Entendi agora! – Malik exclamou abaixando a cabeça e rindo minimamente. – Você está fingindo que não o vê! – arqueou as duas sobrancelhas como se dissesse “Sério, essa será sua tática?!”.
A garota bufou irritada com a atitude do moreno e terminou seu caminho em direção a Ranger, abriu a porta e sentou-se no banco do carona sem a ajuda de nenhum dos dois.
Styles dirigia até a mansão Malik e nenhum deles abria a boca, o motorista estava calado, a aleijada mexia no celular e Zayn observava a paisagem que passava por sua janela. Tudo na mais bela paz, até que todos se assustaram quando Toxic da Britney Spears começou a tocar de algum lugar e só foi Zayn murmurar um “Louis filho da puta” que o outros dois entenderam o que havia acontecido.
- Fala... O quê? Está aqui... Mas não fui eu!... , não fui que postou a foto!... Foi... Foi ideia do Harry!... Tudo bem, vou passar para ela. – o rapaz entregou o celular para a menina que estava no banco da frente. – Oi baby doll... Eles não ousariam – deu uma risadinha. – Eu sei. Ele sabe que o tio Dess “adoraria” saber dos orgias que o primogênito dele anda promovendo... O quê? Eu não falei nada ainda! – revirou os olhos. – Okay, já estamos chegando... Okay!... Já disse okay!... eu entendi, tchau.
- O que ela queria? – o primo da caçula perguntou.
- Ser Ortega! – a menina respondeu balançando a cabeça irritada.
Logo Harry adentrava os portões da mansão e estacionava o veículo em frente a porta principal. escancarou a porta da Ranger e colocou a cabeça pra fora do automóvel para conseguir puxar as muletas que estavam ao seu lado e ela se recusara a dá-las para Malik. A menina se esforçava para puxa-las sem que batessem em sua perna fraturada quando sentiu um grande baque na cabeça, ao levantar o rosto pode ver Styles se distanciando lentamente do carro.
- Idiota! – gritou abrindo a porta novamente e massageando o local atingido. – Vê se cresce Styles! – o garoto piscou para ela e entrou na casa do amigo.
- Você está bem? – Zayn se aproximou da garota e a ajudou a descer. – Não sei por que ele fez isso...
- Eu sei! Ah, eu sei! Porque é retardado!
O moreno riu e ajudou a entrar em sua casa, ambos se dirigiram a sala de televisão onde todos já estavam reunidos. , e Niall sentados no sofá ouviam concentrados uma história que ia contando. Louis e estavam deitados no chão conversando e rindo. E Harry levava bronca de um Liam visivelmente irritado, devido a postagem da foto do retrato de Meester.
- Finalmente vocês chegaram! – Niall disse chamando atenção de todos.
Logo Payne e Ortega correram em direção a para auxilia-la. Quase faltou Liam pegar a garota no colo e senta-la em uma poltrona.
- Você acha que vai ficar confortável assim, ?
- Coloca seu pé aqui em cima.
- Eu vou colocar suas muletas aqui, se você precisar é só me falar que eu pego para você.
- Você quer um copo de água? Está com fome? Quer uma coberta?
- Parem de me tratar como demente! – a garota se sentia sufocada com tanta atenção e riu nervosa.
- Desculpa... – disse desconcertada se afastando um pouco.
- Para de ser fofa, , da vontade de te bater! – a amiga brincou rindo de lado e a caçula foi até ela lhe dar um abraço.
- Que tal nos prepararmos para assistir o jogo? – o anfitrião perguntou.
- Beleza, eu vou pegar a comida. – levantou-se empolgada.
- Eu te ajudo. – Horan foi ate a garota e passou o braço por seu ombro.
- É só para pegar comida hein! – o irmão da menina disse sério.
- Ah, desencana, Styles! – Louis deu um tapa na nuca do amigo. – Você sabe que o Niall é lento demais para fazer alguma coisa. – riu encarando o loiro que lhe mostrou o dedo do meio e se retirou em direção à cozinha juntamente com a caçula. – Eu vou pegar travesseiros e cobertas. Senhorita Ortega, gostaria de me acompanhar?
- Claro, Senhor Tomlinson. – tentava prender o riso. – Vem com a gente, ? É muita coisa...
- Vou sim.
- Senhoritas, acompanhem-me. – estendeu o braço para cada uma delas e os três foram até o andar superior.
Restaram apenas Liam, Zayn, Harry, e na sala, embora estivessem presentes alguns laços de amizades lá, o silêncio desconfortável que se seguiu foi inevitável.
- Então... – foi Malik quem se pronunciou. Chegou a concussão que deveria se torna uma lei que não era permitido deixar aquelas pessoas sozinhas no mesmo ambiente. – Eu vou... Pegar um negócio lá me cima.
O rapaz subia as escadas sentindo os primeiros efeitos de ansiedade pelo jogo, queria que começasse logo para que fosse possível saber o resultado o mais rápido possível! A camiseta do Liverpool que ele estava usando nunca parecera lhe vestir tão bem, ele tinha muito orgulho pelo fato de ser torcedor de um time como aquele, com tanta história e tantos títulos.
Ao chegar a frente à porta de seu quarto, percebeu que ela não estava fechada como havia a deixado horas atrás, murmurou um “Louis filho da puta” – o segundo daquelas 24 horas – e adentrou o cômodo esperando pelo pior. Da última vez que o amigo aprontara algo em seu quarto, ele havia enchido o teto do banheiro com bolotas de papel molhado, jogara chá na gaveta de cuecas do rapaz e todas as roupas de Zayn passaram longas horas no jardim da mansão.
Ao abrir completamente a porta branca, não notara algo de estranho, foi até o banheiro e tudo também estava intacto, contudo a porta do closet estava aberta, ao se aproximar pode ver, ninguém mais, ninguém menos que Hilton em cima de um banquinho para conseguir alcançar cobertas e travesseiros, todavia a loira ainda encontrava dificuldade para apanha-los. O que conseguia pegar ia jogando no chão.
Ele não pensou duas vezes, se aproximou cautelosamente dela e deu um grito a assustando. deu um pulinho com a surpresa e o banquinho em que estava em pé se desequilibrou, a menina tentou segurar no armário, porém não foi muito efetivo. A loirinha ia caindo para trás e ainda bem que Zayn foi rápido e conseguiu segurá-la antes que atingisse o chão.
- Foi mal. – prendia o riso e a colocou de frente para ele.
- Idiota... – riu com as mãos sobre o peito, sentindo o coração acelerado, fechou os olhos e controlou a respiração afim de que o coração voltasse a bater normalmente.
Zayn mantinha um sorriso no canto dos lábios, reparando cada pedacinho da face da menina e UAU, o rosto de Hilton era tão delicado, seus olhos castanhos, meigos e brilhantes pareciam avelãs, seus lábios avermelhados poderiam ser comparados com um par de balas de morango, e no momento o rapaz se sentia tentado a experimenta-los...
- Que foi? – questionou ao abrir os olhos e ver que o moreno a fitava.
- Nada... Desculpa pelo susto. – começou a recolher o que a menina havia jogado no chão – Eu vou levar isso lá para baixo. – acenou com a cabeça e se retirou.
o viu sair do cômodo e parou um instante para pensar em tudo que estava acontecendo ultimamente, não que ela já não havia feito isso antes, porém o assunto Zayn Malik estava se tornando corriqueiro em seus devaneios. E a loira não tinha certeza se isso a agradava, afinal por mais que o rapaz estivesse se mostrando atencioso e parceiro ele continuava sendo quem era e os dois nunca haviam combinado antes, porque este fato mudaria agora? No entanto parecia que estava mudando e isso poderia ser bom, só não queria admitir, pelo menos não em voz alta...
Logo Louis e apareceram no quarto de Malik para ver porque a loira estava demorando. Os três desceram e tudo finalmente já estava pronto para o inicio da partida.
- , finalmente você chegou. Estou aqui pela aposta, babe. – já estava na metade de seu balde de pipoca. – Quero ver você acabar com esse babaca. – riu, chutando a bunda de Malik que estava em sua frente.
- Hey! – protestou dando um tapa no pé da ruiva. – Mas ela tem razão. O jogo vai começar daqui a pouco, vamos fazer a aposta. Vinte libras por gol?
- O que acha de cinquenta?
O rapaz gargalhou com a mão sobre a barriga: - UAU, você realmente quer ficar sem dinheiro para o mês, né?!
- Anda logo, você quer, ou não? – a menina falou irritada.
- Claro que sim! – apertaram as mãos selando a aposta.
- Isso está ficando interessante. – Harry sentou no chão ao lado de .
Todos escolheram um lugar confortável para que se sentassem. Jogaram pipoca para alguns lados. Reclamaram porque alguém estava na frente obstruindo a visão da TV. Um levou um pisão na mão e fez um escândalo devido ao incidente. O telefone de alguém começou a tocar e um novo escarcéu se iniciou pelo barulho que se fazia. Alguém mudou, acidentalmente, o canal da televisão e os primos se revoltaram. Duas começaram a reclamar de dor de cabeça. Uma sessão de “xiu” iniciou-se. Eles, simplesmente, eram um desastre...
- ESCUTA! – Zayn gritou de olhos fechados e todos se silenciaram, voltando-se para ele. – Obrigado! O jogo vai começar.
A câmera mostrava o estádio tomado por vermelho devido o uniforme oficial de ambas as equipes ter esta cor. E então os times entraram em campo e a sala de televisão dos Malik foi tomada por gritos. Manchester United, os Diabos Vermelhos, com a cor oficial do uniforme e Liverpool FC, os Reeds, com o uniforme secundário um amarelo com detalhes vermelhos.
Os adolescentes agiam como se estivessem em Manchester assistindo ao jogo ao vivo. Deu-se inicio ao hino da Inglaterra que os dez cantaram a todo pulmão, honrando cada ancestral. E FINALMENTE – para o desespero de muitos – o juiz, Alex Ferguson, apitou o inicio da partida.
-
Dez minutos de jogo e Michael Carrick, meio campista dos Diabos, passava a bola para Wayne Rooney, atacante, que de fora da área chuta em direção ao gol e bate na trave, fazendo quase vomitar seu coração.
O jogo disputado se seguia com dribles e roubadas de bola. já havia gritado um milhão de vezes por faltas que apenas ela via e ninguém mais conseguia enxergar, nem o juiz, muito menos seus amigos.
Liverpool FC, tinha a bola guiada pelo meia, Jordan Henderson, que a passou para Adam Lallana, que deixava o meio de campo em direção a zaga do Manchester e passou a bola para o atacante dos Reeds, Mario Balotelli, que encheu pé para chutá-la em direção ao gol de David de Gea e GOOOOOOOOOOOOOOOL.
Infelizmente aquela havia sido difícil pra o goleiro do Manchester e era 1 a 0 Liverpool!
- AHHHHHHHH! – Malik gritava empolgado. – Isso vai ser muito bom!
escondeu o rosto nas mãos, recusando-se ver a comemoração dos jogadores e do primo, levantou-se e colocou uma nota de cinquenta em um canto da estante.
- Isso é só o começo Malik!
- Claro que é priminha. Ou acha que vou terminar o dia com apenas cinquenta libras? - o rapaz estava tão confiante que a partida já estava no papo que o fato de apenas quinze minutos do primeiro tempo terem passado não o assustava.
Voltando a se concentrarem no jogo era possível ver que todos os jogadores davam seu máximo. E em uma roubada de bola os Reeds se encaminhavam novamente para o gol dos Diabos Vermelho e...
- FALTA! – Malik e Westwick gritaram juntos, saltando do sofá.
- Ah, nem vem! – com o coração acelerado Ortega também se levantava.
- Que isso juiz?! – reclamava assistindo, Alex Ferguson, discutido com alguns jogadores do Manchester que reclamavam alegando que não havia acontecido nenhuma falta grave, no entanto, ele já marcava o local para a falta ser cobrada. Entrada da área do United.
- Já era priminha. – passou o braço pelo ombro da menor que não acreditava no que se passava diante de seus olhos.
Barreira formada. Daniel Sturridge conversava com Mario Bolatelli, próximos a bola, pareciam analisar as melhores possibilidades para bater aquela e aumentar a vantagem do Liverpool. Do outro, estava David de Gae arrumando sua barreira, pedindo para que os colegas fossem para a direita ou a esquerda, da maneira que ele julgava melhor.
O juiz apita, o atacante bate e... passa por baixo da barreira: 2x0 Reeds.
- AHHHHHH! – Malik comemorava pela segunda vez naqueles últimos vinte e cinco minutos.
- Simplesmente não pode ser! – Ortega falava desanimada somando uma nota de cinquenta a outra que já estava em cima da estante. – Até eu pegava aquela... – falou de cabeça baixa e todos se voltaram para ele porque o mundo sabia que Ortega era uma negação em qualquer esporte envolvendo bolas: futebol, vôlei, handball, basquete, tênis, queimada, entre outros. Ao perceber que era o foco dos amigos, as bochechas da garota ganharam uma leve cor rosada. – Ou não... – riu sem graça.
- Pobrezinha. , não fica assim. É impossível o primeiro tempo acabar sem m único golzinho do Manchester. – Louis falava otimista.
A morena sorriu para ele e sentou-se ao seu lado, retornando a concentração para o jogo.
Os minutos iam se passando, e o Liverpool continuava com ataques perigosos a área do Manchester, no entanto, o goleiro, David de Gae, e os zagueiros, Johnny Evans e Luke Shaw faziam um ótimo trabalho. Todavia não era apenas os zagueiros do Manchester que trabalhavam duro. Logo o atacante, Wayne Rooney, pegava a bola e cruzava o campo em direção ao gol dos Reeds, cruza a bola para Javier Hernández e de cabeça ele marca o primeiro do United!
- EU NÃO ACREDITO! – Ortega comemorava o gol. Afinal um placar de 2X1 era melhor que um de 2X0. – Louis Boca Santa Tomlinson! – abraçou forte o amigo, vendo o primo se dirigir a estante para colocar uma nota de cinquenta lá. Ah, como era bom e bonito quando não era ela quem fazia aquilo!
O primeiro tempo acabou com aquele placar e os jogares iam até o vestiário para conversar com o técnico, fazer algumas mudanças de táticas e até mesmo na equipe e também para descansar um pouco.
- A primeira etapa acabou – Niall se pronunciava pela primeira vez desde que o jogo começara. O irlandês era mais do tipo que sentava, assistia e analisava. – Como estão? – se referia aos ânimos dos primos, afinal aquela era uma aposta grande!
- Confiante. – a menina falou mexendo no celular. Conversava com o pai que também estava sintonizado na partida, porém fazia isso de Nova York. – Pensamentos positivos sempre!
- Desiste, ! Pelo jeito que está, já era... – se sentia dando um conselho para a amiga, mal sabia ela que estava mais era a depreciando.
- Nossa – levantou os olhos para a loira –, obrigada pelo apoio moral. Vou até me retirar do recinto porque estou ofendida! – Hilton riu de seu drama, porém a morena realmente se levantou e saiu da sala.
O pessoal começou a conversar e rir. Até parecia que se amavam e eram um grande grupo de grandes amigos que passaram por grandes momentos. Quem olhasse para a roda não pensaria que na verdade o que eles mais faziam era brigar e sentir uma vontade imensa de matar o outro, ou no mínimo do mínimo machucar consideravelmente!
- Liam – , em certo momento, chamou pelo melhor amigo, que estava sentado o braço da poltrona que ela estava. Os dois conversavam com Tomlinson e Hilton. – seja um bom escravo e me traga uma cerveja.
O rapaz abaixou seus olhos para ela não acreditando nas palavras que saiam de sua boca, com as sobrancelhas arqueadas ignorava a gargalhada que Louis dera em função da expressão horrível que Meester usara.
- Quê?
- Eu disse: Liam seja um bom escravo e me traga uma cerveja. – prendia o riso. – Qual o mau nisso?
- Você é muito folgada!
- Não fala assim! Estou com uma perna quebrada!
- Exatamente, UMA perna quebrada, não as duas. Você ainda pode se locomover! – explicava e a morena o encarava séria e fingindo irritação. – Na verdade, você deve se locomover, senão, vai ficar gorda e aí vai ser difícil para ficar te carregando pelos lados no colo! – falava rindo e sendo acompanhado pelos dois amigos. deixou o queixo cair teatralmente e deu um tapa na coxa daquele que se dizia seu amigo.
- Vai logo, Payne!
- Sé se você pedir com jeitinho. – cruzou os braços e endireitou a postura.
- Vai agora!
- Isso não é um por favor.
- Anda Liam! – falava chorosa.
- Errou de novo.
- Payne você sabe que se eu estivesse com as duas pernas boas já teria ficado de pé e te dado uma surra, ou então se minhas muletas estivessem mais próximas uma já estaria quebrada na sua cabeça! – dizia rápido e se embolava com as palavras, enquanto Louis e riam, e Liam tentava se manter sério – sem muito sucesso.
- Não chegou nem perto dessa vez.
- ARGHH, Payne! – socou as próprias coxas.
- Eu só vou porque sou um ótimo amigo, que isso fique bem claro. – se levantou e foi até a cozinha pegar o que a morena havia pedido. E se lembrara de Ortega, ela usara a mesma expressão um dia.
O rapaz foi até a cozinha e ao se aproximar pode ouvir a voz de vindo do cômodo:
- Aham... Não se preocupa com isso... – adentrou o cômodo, pode ver que a menina sentada no mármore da bancada central, falando ao telefone e sorriu minimamente para ela que retribuiu o gesto, dirigiu-se à geladeira. – Okay, nós nos vemos na academia amanhã então? – Se perguntava com quem ela conversava. – Boa sorte, nessa! – a menina riu de algo. – Tchau, beijo. – sorriu e desligou a chamada.
Viu Liam procurando por algo e deduziu pelo o que ele buscava.
- Estão na última prateleira. – o garoto se virou na direção dela e logo após se abaixou, encontrando a cerveja. Pegou uma para a amiga e foi até a bancada atrás do abridor de garrafas.
“Agir naturalmente. Mostrar-me amigo. Não mencionar o imbecil do Phillips.”. Era tudo o que pensava conforme se aproximava da morena.
Eles estavam evitando ficar sozinhos, pois o climão que se instalava no ambiente era irrevogável e totalmente embaraçoso. E era perceptível que o rapaz apenas não conseguia não querer beijá-la, tanto que da última que os dois ficaram isolados do resto do grupo, ele de fato a beijara! Liam mantinha o conselho de Meester em mente, todavia era muito complicado apresentar amizade a uma pessoa que ele desejava de uma forma diferente.
Abriu a gaveta onde já sabia que encontraria o abridor de garrafas e no momento gritava em sua mente “COMO EU INICIO UM ASSUNTO? O QUE DIZER? EU FALO ALGUMA COISA OU SÓ VIRO AS COSTAS E VOU EMBORA?”.
- Então... – disse tirando a tampa da garrafinha, levantou o olhar para a garota que o encarava com os olhos costumeiramente curiosos. Ele era fascinado pelos olhos de e como eles sempre pareciam interessados em tudo que a rodeava, assemelhava-se a uma criança bisbilhoteira.
- Então? – repetiu a fala dele depois de algum tempo que o moreno não falara nada.
- Vim pegar para a . – balançou o recipiente com a droga lícita.
- Ela anda nos explorando mais que de costume agora que está com aquele gesso... Mas eu não a culpo. – ambos riram.
- Não sei como ela ainda não matou o Harry depois do incidente!
- Eu realmente achei que da próxima vez que ela o visse iria pular no pescoço dele e o arrancaria com os dentes!
- Eu não acreditei quando a disse para ele ir busca-la! – Liam colocou a cerveja de lado e sentou-se ao lado da menina na bancada. – A já vai ter que passar o jogo todo no mesmo ambiente que o Harry e ele ainda foi até a casa dela para traze-la aqui!
- Nossa, por favor, não me fale em jogo!
Liam riu com a cabeça para trás e se virou para a morena com cara de riso.
- Você está muito ferrada!
- Merda! Eu não posso perder essa aposta pelo simples motivo de estar apostando com Zayn Malik! – Ortega falava angustiada. – Meu primo é muito chato!
- Estava falando com seu pai sobre o jogo? – ela o encarou curiosa. – No telefone. Agora. – Bela forma de saber com quem ela conversava. Ponto para o Payne.
- Ah não! – disse gesticulando abertamente para explicar-se. – Quer dizer, sim, já falei sobre isso com o meu pai. Mas não, eu não estava falando com ele agora. – riu. – Era o William, meu professor de dança. – ele prestava atenção no que ela dizia, apesar de nunca estar realmente interessado nas aulas de dança da menina. – Teremos uma apresentação importante em alguns dias, para introduzir alguns estudantes para Juilliard – se referia a Juilliard School, uma escola de música e artes cênicas localizada em Nova Iorque, Estados Unidos. A instituição é considerada um dos principais conservatórios e escolas de dramaturgia do mundo. – e para Real Academy of Dance. – a maior escola de balé do mundo, localizada em Londres, Inglaterra – E eu estarei em uma das performances principais, no entanto, eu não estou conseguindo acertar as entradas...
- E está nervosa devido a isso?
- Claro! Eu preciso me sair bem para ajudar o pessoal! Sem contar que eu quero ser estudante da Juilliard um dia, e se eu me sair realmente bem dessa vez eles podem se lembrar disso quando eu enviar a minha carta de recomendação!
- Você quer estudar na Juilliard? – ela acenou positivamente com a cabeça. – Mas isso não é tipo... do outro lado do mundo?
A menina riu minimamente, negando a indagação dele: - É só do outro lado do Atlântico!
- E isso é muito longe! Porque quer ir para lá?
- Minha mãe estudou lá. – balançava os pés de um lado para o outro – Acho que ela ficaria orgulhosa se eu também estudasse.
- Então, é só por causa disso? Você não quer realmente ir para lá, é só para impressionar sua mãe.
- Não, não só por isso! Nova Iorque é a capital da dança! – falava deslumbrada, imaginando o tanto que aprenderia quando pudesse mergulhar naquele mundo que parecia tão esplêndido. – São todos os ritmos juntos em uma perfeita sintonia! A minha vida vai ser definida em “Antes de Juilliard” e “Depois de Juilliard”!
A conversa poderia ter continuado, porém um estrondo chamou a atenção de ambos que se retiraram rápido da cozinha e seguiram o barulho até chegar ao lavabo, onde puderam ouvir e Harry gritarem.
_____________
Alguns minutos antes do escândalo no lavabo:
A morena esperava sua cerveja e cogitava que Payne teria ido até uma fábrica fazer uma garrafa, depois passou em outra fábrica para conseguir a bebida e ainda ia passar em uma outra para conseguir uma tampa. Realmente muitas fábricas!
Mas ele estava demorando tanto que aquela ideia estava se tornando aceitável.
Bufou entedia e se levantou para ir atrás de uma lesma chamada Liam Payne. Assim que tomou impulso para se erguer, surgiu ao seu lado com suas muletas. Meester agradeceu, achando engraçado o fato de todos estarem todos prestativos com ela.
A menina encarou o mar de corpos estirados no chão da sala que não fizeram questão de se levantar para que a enferma passasse sem maiores problemas. A morena retirava o pensamento de todos estarem bondosos com ela ultimamente, eles eram babacas. Todos eles! Muito babacas!
Após passar por , Niall, Zayn, , Demetria e Louis, só faltava uma pessoa, que na verdade não estava deitada, e na verdade não estava atrapalhando a passagem dela, contudo aquela pessoinha irritante havia a machucado fisicamente e psicologicamente mais cedo naquele mesmo dia.
Styles, sentado no sofá central, mexia no celular. E quando a morena foi passar ao seu lado, ela “sem querer” deixou a muleta em cima do pé do rapaz, para que conseguisse andar.
- Filha de uma... mãe! – o rapaz se controlou para não xingar a pobre Diane Meester.
- Oh meu Deus! Eu te machuquei?! – cínica!
- Claro! Foi o seu peso inteiro em cima do meu pé! – o garoto retirava o sapato para massagear o alvo da morena. – Você pesa quanto? Cinquenta quilos? – pelo menos ele não falara que ela estava a cima do peso. – Em cada perna?! – esquece...
- Não exagere! – se virou completamente para ele e mais um vez o acertou “sem querer”, mas dessa vez na coxa. – Oops... Acho melhor eu sair antes que mais alguém se machuque! – pode ouvir as risadas de alguns dos amigos e continuou seu caminho, agora mais leve pelo fato de ter se vingador por todos os acontecimentos daquele dia.
Ia caminhando lentamente até a cozinha quando de repente Harry apareceu a sua frente, o moreno arrancou as muletas das mãos da menina que grunhiu irritada pela insolência dele, e se apoiou na parede para não cair.
- Você vai pedir desculpa agora.
Ela gargalhou forçadamente com a cabeça jogada para trás: - Quantos anos você tem? Eu não vou pedir desculpa!
- Você que parece uma criança!
- Eu?! Como ousa?
- Pedi desculpa, !
- Nunca!
- Ah, se não vai ser por bem, vai ser por mal! – com os braços cruzados sorriu abertamente, diabolicamente.
Meester apenas arqueou uma sobrancelha desafiando-o a fazer algo.
Ele se aproximou dela, e a menina levantou o queixo para manter o contato visual e mostrar-se ameaçadora. Falhou na missão, mas tudo bem...
Com um sorriso divertido o rapaz se abaixou e jogou a menina em seu ombro, pegou as muletas dela e caminhou para o lado contrario à cozinha. Passou pela porta da sala de televisão, e os amigos que até então prestavam atenção a algo que Niall falava, encararam a cena com as sobrancelhas arqueadas, achando muito estranho, porém engraçado, deram de ombro e voltaram a atenção para o irlandês.
Enquanto a menina socava as costas dele, se debatia e usufrui de seu catálogo de xingamentos, o garoto abriu a primeira porta que viu pela frente, o lavabo.
Entrou sem pensar duas vezes e ao se virar bateu a cabeça de na porta.
- Mas que caralho! – a morena xingou alto e ele riu.
A colocou sentada na mesa de mármore, sem conseguir sair, pois suas muletas estavam do outro lado do pequeno cômodo. Ele os trancou dentro do pequeno espaço, cruzou os braços e se se encostou à parede oposta onde a menina estava.
- Agora você pode me pedir desculpa e não ter medo que alguém te ouça.
- Por que você não morre logo e me deixa em paz? - questionou, sorrindo sarcástica.
- Você é realmente cativante!
- E você idiota, mas não e só por isso que eu te tranco nos lugares. Abre esta merda de porta e me deixa sair. – Harry apenas sorriu de canto, balançando a cabeça negativamente e a garota escondeu o rosto entre as mãos para não explodir de raiva. – Anda, Styles. Eu não tenho o dia todo para perder com seus joguinhos infantis.
- É incrível a forma como eu não faço nada demais e você perde a razão! É realmente bonito de se ver o poder que eu tenho sobre você, meu bem.
“... o poder que eu tenho sobre você...” Mas que merda aquele cara estava dizendo? sentiu o sangue correndo por suas veias, e se a merda de sua perna não estivesse quebrada devido aquele imbecil, ela jurava que já teria quebrado o mármore da pia na cabeça da jamanta a sua frente.
- Já disse para não me chamar assim. – dizia pausadamente. – ME DEIXA SAIR!
- Pare de gritar, porra! – colocou as mãos sobre os ouvidos. – O ambiente é pequeno, mesmo que eu não quisesse eu iria te ouvir.
Meester encarou-o entediada por algum tempo e então soltou um grito estridente.
Os amigos que estavam na sala pararam de rir por um segundo ao ouvir o grito da menina.
- Mas o que será que aqueles dois estão fazendo? – perguntou preocupada.
- Cão que ladra, não morde. Fica tranquila que não deve ser nada demais, vai por mim! – Westwick falou e prosseguiu a conversa com Zayn.
Voltando ao lavabo, continuava a berrar feito uma louca sem causa e Harry estava quase pedindo para que Deus tirasse sua vida.
- Qual é o seu maldito problema? Para de gritar! – tentou falar mais alto que ela, ainda com as mãos nos ouvidos.
- Abre a porta que eu paro.
- Não!
- Então vou continuar gritando. – foi só o tempo de tomar fôlego que o rapaz se pôs a sua frente com a mão sobre sua boca.
- Você deveria ser internada em um manicômio, sabia?!
A morena retrucou a fala dele, sua voz estava obstruída pela mão do rapaz, mas ela não ligava e continuava falando, mesmo sabendo que ele não estava entendendo nada. Depois de algum tempo falando muito, porém nada, finalmente calou a matraca, e Harry continuava com a mão por sobre os lábios dela.
Verde e azul, ambos se encaravam enraivecidos. Tão próximos, que podiam sentir a respiração do outro. Styles foi abaixando devagar sua mão e perguntava com o olhar se a perturbada iria gritar novamente, no entanto, a morena apenas continuou séria. O contato visual era mantido, a aproximação aumentava, o garoto estava com as mãos apoiadas na pia e...
- O que você está fazendo? – indagou sentindo a proximidade grande, intercalando a visão entre os olhos do rapaz e seus lábios avermelhados.
- Nada! – falou com desdém, se afastando.
Uma gargalhada forçada foi escutada. A menina jogou a cabeça para trás teatralmente.
- Você não é homem o suficiente nem para me beijar! – tentava descer de cima do mármore gelado.
- Como é que é? – o garoto se irritou e voltou para perto da menina, impedindo-a de colocar o pé e a bota de gesso no chão.
- Você só consegue pegar as sem cérebro. Seu charme não me afeta, Styles, aprenda a conviver com isso. – sorria maldosa, com uma sobrancelha arqueada.
- Então quer dizer, que apesar de eu não ser charmoso o suficiente para VOCÊ, no fim das contas você me acha charmoso! – abriu um sorriso maior que o dela.
apenas pensava que havia se expressado de forma equivocada, e começava a raciocinar para rebater a fala de Styles.
Levantou o dedo indicador, abriu a boca para iniciar seu discurso inexistente. Afinal ela já reparara em Harry algumas vezes, em como seu cabelo estava sempre begunçadamente arrumado, como seu sorriso era simpático e seus dentes perfeitamente alinhados, a forma como ele falava calmamente e possuía uma voz rouca deleitável. Porém nada disso queria dizer que ele era charmoso! Pelo menos, não tanto assim!
- Admita Meester, você já me desejou! – tirava sarro, apreciando toda a situação.
Três pancadas fortes na porta foram escutadas.
- Eu te dou dez segundos para destrancar esta merda, você me ouviu Styles? – um Liam furioso foi ouvido.
- Era só o que me faltava... – Harry disse com a mão na testa.
- Eu vou arrombar essa porra de porta e te matar!
- Liam! – a voz atônita de também foi ouvida.
- Que foi?
- Você não pode simplesmente arrombar a porta.
- Posso... E vou!
- Calma caralho! – Styles falou alto, suspirando pesadamente.
- Não me venha com calma! – Payne chutou a madeira e Ortega o repreendeu. – Abre isso agora.
- Liam, está tudo bem. Ele já vai abrir a porta. – interveio. O amigo tentou replicar, contudo a menina não deixou. – É sério, está tudo bem. , o tira daqui antes que alguém seja assassinado! – encarou o rapaz sua frente como se lhe dissesse que ele devia uma a ela.
- Vamos Liam! – a caçula falava calmamente e o rapaz continuava parado feito uma pedra. – Vem logo! – o puxou pela blusa, arrastando-o para a sala de TV.
- Você não acha que ele realmente arrombaria a porta, não é? – Harry perguntou forçando o riso. – Ou me mataria?... Né?
- Não se preocupe. Ele não fara isso agora... Quem sabe outra hora... – falava de cabeça baixa voltando a se arrastar pelo mármore frio da pia para conseguir descer e finalmente sair daquele cubículo asfixiante.
- Você não acha que eu vou deixar você ir assim, não é? – Styles se aproximou dela.
- Dai-me paciência! – levantou o rosto entediada. – O que afinal você quer de mim? – questionou enfadada. Já estava cansada de tentar sair de cima daquela merda de pia e ele a impedir.
Seus olhos azuis aborrecidos o encaravam aguardando que ele dissesse novamente que queria que ela o pedisse desculpa, e então a menina gritaria pelo melhor amigo e diria que estava tudo bem ele arrombar a porta para tira-la de lá.
Contudo o que veio a seguir nunca em um milhão de anos havia sido calculado por um ser humana que já havia pisado no Planeta Terra, muito menos por Meester. É possível dizer que nem mesmo por Harry Styles, no entanto ela dissera que ele não era “homem o suficiente e blá blá blá”.
Com as mãos apoiadas na pia, Harry foi aproximando o rosto do dela, que foi se afastando, mas não o suficiente para deter os lábios avermelhados do rapaz que tocaram os dela.
Ambos com os olhos abertos achavam tudo muito estranho. Seus lábios se tocavam, suas respiração trancadas nos pulmões, os olhos assustados e feição estática. Nenhum dos dois ousava mover-se.
Até que Styles beijou o canto da boca dela, passou a pontinha da língua no lábio inferior da menina, pedindo permissão para seguir em frente, porém Meester continuava inerte, com os olhos abertos. Já que ela parecia estar morta Harry mordeu levemente o lábio dela, sem cortar o contato visual que mantinham.
Aqueles poucos segundos estavam entrando para a lista de Momentos-Mais-Anormais-Da-Vida-De-Um-Ser-Humano, para ambos! E tudo ficou ainda mais estranho quando a morena deu passagem para ele beijar-lhe descentemente.
A língua quente dela invadiu a boca do rapaz, e as mãos de não eram tão ousadas assim, se contentaram apenas em segurar a barra da blusa do garoto. E as mãos dele foram para o rosto dela, puxando de leve seu cabelo.
Entregues ao beijo que agora não parecia estranho, mas sim delicioso, o fato de se odiarem não aparentava algo tão grande assim.
Se afastaram para encherem o pulmão de oxigênio e se fitaram atônitos. Ele retirou as mãos da cintura dela e ela da blusa dele. Seus olhos pasmos encaravam um ao outro pedindo explicações do por quê aquilo tinha acontecido e por quê eles haviam gostado.
Evitando que respostas fossem professadas Harry entregou as muletas para ela, destrancou a porta do lavabo e se retirou em direção à sala de TV onde todos os outros estavam. continuou sentada por alguns segundos tentando absorver o acontecido e então com muito cuidado desceu da pia gelada e também fez o caminho para onde os amigos estavam.
chegou a sala e o jogo já havia começado a cinco minutos. Desnorteada encarou a cena sem discernir rostos, todavia, Liam se dirigiu a ela a fim de leva-la a seu lugar.
- Tá tudo bem? – ele questionou, sentando ao lado dela depois de colocar suas muletas encostadas na parede.
- Aham.
- O que aconteceu lá?
- Nada... Por quê?
- O Harry parece irritado. Quando ele chegou o Louis fez uma piada com ele e ele nem respondeu só encarou mal humorado e se sentou. – a morena dirigiu o olhar para Styles que estava compenetrado no jogo. Na verdade ele pensava na merda que havia acontecido minutos antes. Que porra foi aquela?
- Não aconteceu nada. – pensou em algo para dizer que convenceria seu amigo de que estava dizendo a verdade. – Ele só queria que eu pedisse desculpas. – até que não era mentira. Afinal Styles a arrastou para o lavabo com esse intuito e não com a intenção de enfiar a língua na garganta dela.
- E você pediu?
- Claro que não! – também não era mentira.
- Então, isso explica o humor da moça ali. – acenou com a cabeça para o rapaz que continuava concentrado no que se passava na TV.
- É, é sim. – isso é mentira!
O jogo continuava com o placar inalterado, 2x1 para o Liverpool, e Malik não poderia estar mais feliz, afinal seu time seria o campeão do campeonato inglês e de quebra ele poderia irritar a prima com esse fato por pelo menos umas longas três semanas ou até o momento que ela o agredisse fisicamente.
estava sentada no chão em frente a TV, enfeitiçada como uma criança assistindo a seu desenho animado predileto. Zayn estava ao seu lado. Eleanor encontrava-se jogada no chão, com a cabeça apoiada em uma almofada. E os outros amigos, como eram pessoas civilizadas, estavam sentadinhos em sofás ou poltronas.
Tudo se seguia em silêncio até que Bastian Schweinsteiger, meio campista do Manchester invadia a zaga dos Reeds e acabou sendo derrubado por Alberto Moreno, o zagueiro.
- Pênalti! – voou de onde estava.
- Foi na bola! – Westwick berrou.
- Pênalti! – a caçula repetiu.
- FOI NA BOLA! – Zayn e gritaram.
- Não foi! – e uma discussão iniciou. Zayn e versus Ortega.
Louis estava mandando uma mensagem para a mãe no momento da jogada e não havia a visto, o que não o impediu de se levantar de onde estava sentado e se dirigir a caçula para lhe dar um pouco de apoio moral.
E o juiz marca pênalti para o Manchester!
Todas as cabeças se voltaram para a televisão e já dava pulinhos e alegria.
Os jogadores do Liverpool tentam argumentar, porém o juiz marca pênalti. Pênalti para os Diabos. Uma ótima chance pra o Manchester empatar o jogo...
- Tanto faz. Eu aposto que o goleiro pega! – Malik disse com certeza e tranquilidade voltando a se sentar.
- Interessante! – sua prima se voltou a ele.
- Você quer perder mais dinheiro?
- Eu posso ganhar mais dinheiro!
- Vamos fazer assim, se chutarem para fora ou o goleiro pegar você paga 100 libras.
- Mas, se a bola entrar, você paga 150! Cinquenta por ser um gol do Manchester e 100 porque estava errado dizendo que não iriam marcar. – ela estendeu a mão para o mais velho, que encarou a TV por alguns segundos e depois selou a aposta com ela.
- Vocês são loucos! – foi possível ouvir a voz de que balançava a cabeça negativamente.
O moreno voltou a se sentar enquanto sua prima permanecia em pé com o coração nas mãos.
O próprio Schweinsteiger, que havia sofrido a falta, foi cobrar o pênalti. Posicionou a bola e tomou distância. O jogador encarou o gol, a bola, a torcida e ao apito do juiz correu até a bola e bateu...
Ortega pulava de alegria e Malik se arrependia de ter aberto a maldita boca.
Era gol do Manchester e o jogo estava empatado em 2x2, caso a partida fosse encerrada com esse placar uma prorrogação se iniciaria com um tempo de 30 minutos para ocorrer um desempate. E se nada acontece durante este tempo extra, daria início a penalidade máxima.
- Eu não aguento mais esse jogo. Falta muito? – perguntou alto em meio ao alvoroço.
- SIM! – os primos, , Louis e Harry responderam irritados.
A loirinha resmungou baixo e continuou inquieta em seu acento. Mexia no celular, mudava de posição de segundo em segundo, fuçava na bolsa de Hilton, tirava fotos pelo celular da amiga, enrolava a ponta dos cabelos, acariciava os cabelos de Niall e depois de um tempo não aguentava mais ficar naquela sala.
Estava entediada vendo tudo aquilo, embora fosse hilário ver todas as discussões e a forma como parecia uma criança chata quando Zayn fazia uma piada mínima. A garota realmente odiava futebol.
Pelo contrário, seu pai amava futebol.
Lembrava-se de que quando seus pais eram casados, muitas vezes queria brincar com o pai, porém ele tinha que trabalhar ou assistir aos malditos jogos de futebol.
Enfadada, a menina se levantou e se retirou da sala. Ninguém percebeu seu movimento, exceto um par de olhos azuis que seguiram seus passos e dez minutos depois também se retiraram da presença dos amigos.
- Você tá bem? – Horan perguntou a ela depois rodar a casa toda e decidir ir até o jardim principal, onde a menina estava sentada na escada.
Levantando os olhos para poder encarar o dono da voz e dos olhos que eram seu refúgio, sorriu: - Sim. É só que eu não gosto de futebol...
- Como não, é muito legal!
- Meu pai passava horas assistindo isso e tudo o que eu queria era brincar! Por isso não gosto.
- Oh, pobrezinha! Coitada da criança... – acariciou os cabelos dela. – Você fala bastante com ele? Com seu pai?
- Todo dia. – respondeu melancólica. – Ele trabalha muito e sempre viaja. Então eu não o vejo muito, porém todos os dias conversamos por mensagem e todos os domingos ele me liga depois do almoço, sempre a mesma hora. – a garota sempre falava de seu pai, era claro que ele era seu herói, mas naquele dia em especial parecia mais entristecida. – Eu sinto muito a falta dele...
O rapaz encarou-a pesarosa e a puxou para seus braços, a menina descansou a cabeça em seu ombro.
- Eu penso em ir morar com ele por um tempo. – a loirinha revelou. – Sei lá, eu poderia ter um professor particular que iria nos acompanhar nas viagens e eu conheceria muitos países e gente nova... E poderia ver meu pai com mais frequência. – o fato de poder vê-lo apenas três vezes ao ano era um castigo muito grande para a pequena Styles.
- Você não pode fazer isso!
- Por quê? – levou os olhos até os dele.
- E como eu ficaria? – ela riu pensando que não passava de uma piada. – Estou falando sério! Eu ficaria arrasado se não pudesse admirar esse rosto um dia sequer. – bateu na pontinha do nariz dela que juntou os olhos para acompanhar o movimento dele. – Ou não ouvisse você dizer “para Nialler” com voz de criança. – a menina gargalhou. – Ficaria destruído caso não ouvisse sua gargalhada. Nada mais faria sentido para mim e Londres não seria mais um bom lugar para se viver caso a razão do meu viver não estivesse mais aqui.
- Você sempre sabe o que dizer, não é!
- Me orgulho disso! – colocou a mão sobre o peito. – É um fardo que eu tenho que carregar.
- Mas sempre existem momentos na vida em que nós ficamos sem palavras!
- Claro que tem! – apoiou o queixo na mão e arqueou as sobrancelhas, pensativo. – Quando o diretor Gellner chama nossa atenção e pergunta se nós achamos correta a conduta tomada naquela situação. – deixou a voz mais grave para imitar o diretor da Eton. E achou graça.
- Ou quando alguém que você nunca viu NA VIDA, chega e fala que é apaixonado por você.
- Ou quando o zíper de alguém está aberto e você não tem noção de como avisar a pessoa!
- Quando você fala com alguém que tem algo preso no dente!
- Quando entra no elevador e tem alguém lá e fica aquela conversa desconfortável.
- Quando você chega atrasado na aula e o professor pergunta se isso vai se repetir. Tipo, eu não sei se vai se repetir!
- Definitivamente existem muitos momentos na vida em que palavras não são uma boa ideia. – Niall ria e sentiu o celular vibrar no bolso. – Espera aí. – tirou o braço do ombro da menina e se ergueu um pouco para retirar o celular do bolso de trás. – Ahn, oi amor. – falou um tanto quanto envergonhado por falar com a namorada ao lado da “outra”.
abaixou a cabeça para não transparecer a raiva. Era INCRÍVEL como aquela garota nojenta e insuportável SEMPRE conseguia interromper momento! Ela era namorada do cara, okay, aceitável. A loirinha não dava a mínima pelo fato de esse título não ser dela. Mas precisava a Winster ficar ligando de segundo em segundo para Horan, apenas para saber “se estava tudo bem”?
Se existia uma pessoa na face de toda a Terra que Styles odiava mais que criança odeia dentista, essa pessoa era April Winster, a falsa puritana, que adorava namorar Niall apenas para controla-lo.
Será que ele não via que ela se atirava para qualquer um, em qualquer lugar, e a qualquer momento? Todos reparavam isso, MENOS A ANTA DO HORAN! E isso começava a irritar a Styles de uma forma descomunal. Afinal, ele não via que a namoradinha perfeita que ele tinha era uma vadia de marca maior, ou ele percebia e não ligava? Por que não terminava logo com ela? Ele gosta de April ou não? E onde entra em toda essa história? Ele se importava mesmo com ela ou ela ó era mais uma passa tempo?
Aversão a tudo aquilo, era isso o que ela sentia. Não conseguia parar de pensar que Horan estava apenas a usando e isso ela não iria admitir!
Zangada, a loirinha se levantou do degrau em que estava e voltou para dentro da casa.
Niall reparou seu estado de espírito pelo fato de que ela quase afundou o concreto conforme fazia seu caminho em direção a porta. Terminou rapidamente a ligação com a namorada, sem prestar atenção ao que ela dizia e se apressou em ir atrás da menina... Como sempre fazia...
- , espera. – se pôs a frente dela. – O que foi?
- Nada. Só quero voltar para a sala.
- Pensei que odiava futebol.
- Adivinha! Comecei a amar! – falava irritada e com uma vontade muito grande de chorar por toda a fúria que sentia em seu pequeno ser.
Apressou o passo em direção a sala de TV e a chegar lá a vontade de chorar passou rapidinho, pois os primos estavam em mais uma discussão.
- ESTAVA IMPEDIDO!
- NÃO ESTAVA!
- ESTAVA SIM!
- NÃO ESTAVA!
- , A JOGADA NÃO VAI VALER SÓ PORQUE VOCÊ QUER!
- MAS ELE NÃO ESTAVA IMPEDIDO!
E depois de muita discussão com os jogadores de ambos os times o juiz marca impedimento do atacante do Manchester. Gol anulado. E o placar volta a 2X2. Não foi agora que os Diabos conseguiram desempatar o jogo. Mas muita bola ainda vai rolar nesses 25 minutos restantes...
- Não pode ser! – Ortega voltou a sentar-se, pesarosa.
- Se o jogo acabar assim e ir para a prorrogação eu não aguento e morro antes! – Westwick se esparramou no chão, fechou os olhos e os ouvidos.
Quando era criança e queria que o tempo passasse mais rápido sempre fazia isso. Era como se ao não ver e ouvir nada do que se passava ao seu redor ela entrava em seu mundinho e assim quando voltava ao tão temido mundo real as coisas estariam diferentes.
A ruiva permaneceu assim por cinco minutos e ao reabrir os olhos por pouco presenciou um gol do Liverpool o que quase lhe causou uma taquicardia, mas a bola bateu na trave e saiu de campo.
- Esse jogo está muito disputado e se nós dermos uma pausa para comer alguma coisa e todo mundo a ser amiguinho? – Liam sugeriu. Afinal de contas, Zayn e não paravam de brigar e não parava de gritar com Louis e Harry.
- XIIIIIIIIIIIIIIIIIU. – todos resmungaram juntos. Até Hilton.
- Vamos jogar Twister? – perguntou voltando ao seu antigo lugar.
- Tá de brincadeira? – seu irmão questionou.
- Depois que o jogo acabar!
- Falamos sobre isso depois! – Harry falava como um homem de 40 anos.
- Okay, papai! – ele a encarou irritado pela piadinha e ela mandou um beijinho no ar.
Os minutos se passavam e todas as pessoas ao redor do mundo que estavam sintonizadas ao clássico Diabos Vermelhos x Reeds, começava a sentir uma agonia pelo placar do jogo.
E a bola parecia simplesmente não querer entrar em nenhum dos gols, até parecia que ela estava se divertindo com a tortura pela qual todos passavam.
O celular de tocou, porém a menina não tirou os olhos da tela da TV já que o Manchester se aproximava da área do Liverpool.
- Alguém atende essa merda, porque eu odeio essa música!
GOOOOOOOL! É dele, Roney! É do Manchester! Aos 40 minutos do segundo tempo os Diabos Vermelhos conseguem desempatar e ficam muito próximos da taça! Eu acho difícil o Liverpool virar antes do apito final do jogo...
estava eufórica, dava pulos de alegria e abraçava qualquer um que aparecesse na sua frente.
- Você está vendo o jogo? – perguntou a Phillips pelo telefone. – Eu sei!... É claro que eu apostei!... Coitado? Se você soubesse o que esse idiota me fez passar o dia todo! – estava plena pelo fato de ver o primo colocar mais cinquenta libras na pilha de dinheiro que formara.
- Para de falar mal de mim para o seu namoradinho, ! – reclamou enquanto voltava para seu lugar, totalmente desolado.
- Para Zayn! – a morena reclamou colocando a mão por sobre o receptor de voz. – Não somos namorados. – cochichou para o mais velho sentado ao seu lado.
- Aham... – Malik, Westwick e Tomlinson – que surgiu de um buraco negro – falaram juntos.
- Então... – a menina voltou a falar com o jogador de basquete. – Ahh, okay... Com certeza!... Até depois. Beijo. – finalizou a ligação e pôs o IPhone no colo.
- Ela se despediu com beijinho! – Harry brincou.
- Um amorzinho! – Louis apertava as bochechas da caçula, que fazia uma careta tentando se libertar daquelas garras do mal.
- Me deixem em paz! – dava tapas nas mãos de Louis, - Eu ainda nem zoei o Malik pelo fato de que MEU TIME É MELHOR QUE O SEU! – se jogou em cima do primo, que se desequilibrou.
- Sai de cima de mim! – empurrou-a para o lado, que rolou para longe, mas em menos de cinco segundos já estava agarrada nele novamente. – , não toque em mim, eu odeio você! Ainda falta dois minutos, mais os acréscimos!
- O juiz só vai dar dois minutos de acréscimo...
- Tudo pode acontecer em quatro minutos! Crianças nascem em quatros minutos!
- Crianças são feitas em quatro minutos! – riu da própria fala e deu um tapa na cocha de Malik.
- Pessoas morrem em quatro minutos. – disse entediada.
- O meu time vai ser campeão em quatro minutos. – Ortega falou abraçada ao primo que não correspondia ao gesto dela e ao ouvir tais palavras tirou os braços da morena dele.
- Eu odeio você!
Os quatro minutos não demoraram muito para chegarem ao fim. O Liverpool tentou, mas não conseguiu virar o placar.
se sentia muito mais leve com o término do jogo e o título de campeã. Já Zayn, se sentia otário!
- Eu amo futebol. Eu amo o Manchester. Eu amo meu primo trouxa. Eu amo apostas! – com sorriso imenso pegou o dinheiro em cima da mesa que agora lhe pertencia. – Zayn, eu vou fazer da sua vida um inferno pela próxima semana!
- Não fala comigo, !
- Não me chama assim!
- Mas é o seu nome!
- Mas você só me chama assim quando está bravo por algo que eu fiz. – falou manhosa e o mais velho cogitou não ficar bravo pelo acontecido, mas: - E a culpa não é minha se o seu time é muito ruim!
- Eu vou fazer você engolir todo esse dinheiro! – se dirigiu até ela que gritou desesperada e saiu correndo se colocando atrás de Louis. – Você acha que esse franguinho vai te proteger?
- Poxa cara, não precisa ofender... – Tomlinson falou fingindo tristeza.
- Tem razão. – a garota mudou de escudo e foi para trás de que se levantava para ir ao banheiro.
- Se você tocar em mim eu meto essa muleta no teu saco, Malik. – disse simplesmente saindo da sala, com em seu encalço.
- Agora a gente pode jogar Twister? – perguntou alto.
- Pelo amor de Deus, alguém dê o que essa garota quer porque eu não aguento mais ela resmungar no meu ouvido! – seu irmão suplicou.
- A tem Twister. – Liam se lembrava das vezes que os meninos pegavam o jogo dela para brincar. – Sabe onde está, Zayn?
- Deve estar no quarto dela. Vamos pegar.
- Você precisa de ajuda para pegar um simples jogo, Malik? – Niall perguntou malicioso, balançando as sobrancelhas.
- Cala a boca. – respondeu mal humorado.
Os meninos se encaminharam ao andar de cima. Entraram no quarto da caçula e passaram o olhar pelo ambiente.
- O que isso está fazendo aqui? – Payne perguntou pegando um agasalho que estava sobre a cama de Ortega.
- O quê? – o moreno se aproximando e então viu a que ele se referia. – Ah, isso! É o pijama da .
- Pijama? Da ? – questionou sem entender. – Não! Isso aqui é meu!
- Seu? – Zayn achou estranho.
- E-É... – gaguejou procurando por uma explicação. – Eu esqueci aqui um dia e nunca mais achei... – Na verdade ele havia emprestado a garota um dia que saíram juntos e ela não estava vestida apropriadamente para o frio que fazia. Agora lembrava-se que desde aquele dia não havia recuperado o agasalho.
– Eu pensei que fosse do Danny!
Liam virou-se para o amigo, com uma mão na cintura e a outra ainda segurando seu agasalho. Estava realmente ofendido por Zayn achar que algo que pertencia a Liam Payne fosse de Daniel Phillips.
- Por que pensou isso? – falou pausadamente.
- Porque a minha prima só dorme com essa blusa! – se afastou procurando pelo jogo - Na verdade essa blusa já é a segunda pele dela. Isso só vai para à maquina de lavar quando o Morgan vem aqui no quarto dela e pega. E tem que ser lavado no mesmo dia para ela voltar a usar o mais rápido possível. É um desespero, que pelo amor de Deus!
Payne ouvia o que ele dizia e inalou o perfume que saia do casaco de moletom. Não era mais seu cheiro que estava ali, e sim, o perfume maravilhoso da menina. Sua vontade era de poder sentir aquela fragrância única e prazerosa para todo o sempre. Melhor ainda seria poder senti-la diretamente da pele dela, que era macia como uma pétala.
- Achei! – Zayn disse alto. Ele estava no closet da prima e finamente havia encontrado o Twister.
Liam dobrou a peça de roupa e a colocou de volta aonde havia encontrado.
- Ué, não vai levar seu agasalho? – o amigo indagou vendo-o se dirigir até a porta.
- Não... Deixa com ela, é um casaco realmente confortável. – sorriu e deixou o quarto, se dirigindo ao andar de baixo.
Era bom saber que depois de tudo era com o casaco dele que dormia. CHUPA ESSA PHILLIPS! Gritava em sua mente. Ahh, que sensação boa de VITÓRIA E PODER!
Não adiantava nada se no fim das contas era a boca de Daniel que beijava, mas Liam mantinha pensamentos positivos. Foda-se o jogadorzinho de basquete de merda. Ele ia fazer Ortega voltar a ser dele, mais cedo ou mais tarde...
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Niall e conectavam o vídeo game a TV para poderem jogar Just Dance e do outro lado tirava os restos de pipoca e garrafas de cerveja do chão para estender o tapete e poder, finalmente jogar seu Twister.
O caos estava formado!
- Quem vai jogar comigo? – a Styles perguntou animada.
- Eu vou. – Liam retirava os tênis e se alongava.
- Você não consegue nem por as mãos nos joelhos sem sentir cãibras, como pretende jogar Twister? – Meester perguntou da poltrona em que estava sentada, com os braços cruzados e uma cara mal humorada.
- Eu realmente não sei porquê sou seu amigo. – Liam falou com as mãos nas cinturas.
- Eu faço questão de jogar! – Louis se aproximou.
- Você só quer atrapalhar na verdade!
- Meester. Meester. Minha cara Meester! Você me conhece muito bem! Não tem como negar! – ria enquanto tirava os sapatos.
- Eu quero jogar! – voltava da cozinha, havia ido lembrar Morgan que todos os amigos ficariam para o jantar, pois todos dormiriam na mansão Malik. Correu para onde os amigos estavam.
- Já tem quatro. Quem vai girar a roletinha? – todos viraram-se instantaneamente para que encarava as unhas e ao perceber que era o foco da atenção arqueou a sobrancelha.
- Estou ocupada fazendo vários nada.
- Eu faço isso. – Harry disse, sentando-se no chão e pegando a roleta das mãos da irmã.
No mesmo ambiente, mais especificamente em frente a TV, Niall, e jogavam Just Dance e dançavam ao som de Ghostbusters, do Ray Parker Jr.
- Niall, vai mais para o lado você está me atrapalhando! – Westwick reclamou.
- A está vencendo, vamos atrapalhá-la. – e então os dois pularam na frente da loira, que com a visão abstruída perdeu alguns pontos.
- Parem de ser imaturos e aceitem a derrota!
- Você vai ter que aceitar derrota queridinha, porque agora eu que estou vencendo! – riu maléfica.
Zayn, sentado no sofá, ria das brincadeiras a sua volta. De um lado, três idiotas pulando feito macaco com formiga no rabo, e do outro, quatro panacas se contorcendo igual cobra cega.
- Pelo amor de Deus, Harry. – reclamou. – Gira esse negócio logo. Não aguento mais a bunda do Liam bem na minha cara.
- Desculpe... – Payne tentou virar-se para encara-la, porém não teve sucesso.
- , você está roubando! – Louis reclamou.
- Não estou não!
- Você faz ballet desde que aprendeu a andar, isso é roubar! – o rapaz falava com dificuldade pela força que fazia para se manter em pé.
- Niall, para de se jogar na minha frente! – Hilton reclamou.
- Será que dá para vocês pararem de reclamar? – Harry pediu, sentado no chão com a roletinha nas mãos.
- Malik, vem dançar com a gente. – puxou o garoto pela mão, que tentava de todo jeito se soltar e voltar para o sofá.
- , você está pisando na mão! – Ortega gritou e a loirinha devolveu um “Desculpa, saco!”.
- Horan, se você entrar na minha frente de novo eu arranco suas bolas! – Westwick o empurrou.
- Mão direita no amarelo. – Harry instruiu Louis.
- Você só pode estar de brincadeira com a minha cara, Styles!
- Mão direita no amarelo.
- Eu já entendi, merda! – o amigo falou nervoso.
- Vai logo Louis! – Meester pediu de onde estava. Sã e salva sentada em sua poltrona.
- O meu pé está aí, vai para outro. – Payne disse quando Tomlinson finalmente se posicionou.
- Não é possível! Alguém amaldiçoou essa roleta do inferno, antes de começar o jogo.
- Eu já disse que não quero dançar essa música! – insistia para mudar a escolha.
- Mas eu quero!
- Liam, sai de cima de mim! – suplicou.
- Eu não posso!
- Como assim o Zayn ganhou? – Niall reclamou – Vamos jogar a mesma de novo, não admito isso!
Da porta, Morgan, o mordomo da família Malik a 25 anos observava em silêncio toda a bagunça.
- O jantar – todos ficaram em silêncio e viraram o rosto para ele. – está pronto.
foi se levantar, esbarrou em Liam que acabou chutando a mão de , que se desequilibrou e caiu em cima de Louis, ou seja, todos no chão e algumas fraturas feitas. Niall foi em direção a porta, no entanto não viu um dos fios do vídeo game, tropeçou e caiu também. gritava para alguém pegar suas muletas. Todos gritavam ou de dor, ou de tanto rir. E o mordomo continuava sério e em silêncio.
- Nós somos um desastre! – ainda ria da queda maravilhosa que seu amigo havia levado.
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O quarto estava escuro demais, existiam muitas horas naquela meia noite. Parecia que o sol havia fugido do sistema solar, para nunca mais voltar e banhar a humanidade com seu calor.
A morena estava deitada de barriga para cima, com as mãos por sobre a barriga e a perna quebrada amparada por uma muralha de travesseiros.
Sempre havia considerado o colchão de Ortega muito confortável. Contudo, naquela noite o sono parecia não fazer questão de chegar para acolhe-la em um paraíso.
Meester encarava o teto azul bem claro cheio de estrelinhas brilhantes. Se recordava quando ela e a amiga haviam as colocado ali, para fazer um céu particular, que apenas as duas partilhariam.
Arrastava seus olhos por todo o quarto da caçula e se sentia presa em um tédio sem fim. Ao virar a cabeça para o lado pode ver Ortega dormindo pesadamente com os lábios entreabertos e cogitava a ideia de acorda-la para lhe fazer companhia, mas sabia que seria muita maldade caso o fizesse.
Sem aguentar mais ficar presa no cômodo levantou-se da cama, pegou as muletas que estavam ao seu lado. Caminhou devagar tentando não fazer barulho para acordar a mais nova, abriu a porta lentamente temendo que a mesma regesse ou fizesse algum outro som que despertasse de seu sono. Ao colocar apenas a cabeça para fora, encarou o corredor encontrando nenhuma alma viva. Se dirigiu para a escada e se deparou com o problema de que até aquele momento sempre havia alguém para pegá-la no colo e auxiliá-la descer ou subir, aquela seria a primeira vez que faria aquilo sozinha.
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Apenas o som que saia do ar condicionada era ouvido no quarto, o ambiente estava escuro e o rapaz coberto da cabeça aos pés dormia pesadamente.
O cenário continuaria silencioso se a porta do banheiro não batesse com uma rajada de vento que entrou da janela do cômodo.
Harry acordou assustado com o estrondo. Passou as mãos pelo rosto e sentiu o frio. Pegou o controle do ar condicionado e aumentou a temperatura, se enrolou mais nos cobertores e fechou os olhos para voltar a dormir.
No entanto, sentiu sede e sua boca seca lhe causava desconforto. Bufou irritado consigo e se descobriu, levantando o tronco para alcançar um copo com água que estava no criado mudo, ao lado da cama. Porém o encontrou vazio, seco, sem gota alguma para contar história.
Fazendo a constatação do fato, rolou os olhos lembrando-se que Niall havia tomado o caralho da água. Se recusando a ir até a cozinha, o rapaz voltou a deitar e cobrir o tronco nu.
Mas não conseguia pegar no sono sentindo a garganta seca...
Desistiu da teimosia e saiu da cama, com o auxílio da luz do celular caminhou até a porta do quarto e deixou o cômodo descalço, sem camisa, apenas com uma calça de moletom.
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estava na cozinha procurando desesperadamente pelos amendoins envoltos em chocolate.
estava comendo aquele negócio, ofereceu para a morena e ao comer, Meester pensava que havia visto o rosto de Deus, de tão bom que era.
Ela havia ouvido que restara mais pacotes daquela maravilha e estava descontrolada em busca do docinho tão maravilhoso.
Vasculhava os armários que alcançava e isso queria dizer os que não eram muito alto e nem os baixos, porquê ela não era muito alto e também porquê não conseguiria se abaixar devido o gesso.
Na dispensa a menina também não havia tido sorte e os amendoins envoltos em chocolate pareciam um sonho cada vez mais distante.
Após um tempo sem obter sucesso em sua busca a menina desistiu de tentar e decidiu ir até a sala de TV ver se havia restos mortais do pacote.
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Styles tropeçou nas barras da calça enquanto caminhava até a cozinha. Coçou os olhos e se encaminhou ao cômodo lentamente.
Pegou um copo ligou a torneira e então notou a bagunça que o cercava. Alguns dos armários estavam abertos e a porta da dispensa também.
Tomou sua água, sentindo um alívio por finalmente matar sua necessidade e voltou para as escadas para poder voltar a seu quarto e dormir, todavia percebeu que a luz de um cômodo estava acesa e foi ver quem estava lá.
Ao chegar a porta da sala de TV dos Malik pode encarar quase destruindo o ambiente, deixando tudo de ponta cabeça.
- O que você está procurando? – perguntou com a voz mais rouca que o normal devido a falta de uso.
A morena se assustou e com mão sobre o coração virou o rosto para ele.
- Aquela merda de amendoim que a estava comendo. - falou voltando a jogar no chão as almofadas do sofá.
- Estão na cozinha.
- Eu já fui lá e posso dizer que não estão!
- Estão na bancada ao lado da cesta de fruta.
Irritada, a menina saiu da sala de TV e caminhou como podia, com suas muletas, até a cozinha, para esfregar na cara dele que estava certa. O rapaz a seguiu apenas para esfregar na cara dela que ele é quem estava certo.
- Viu, não estão... – encarou o que procurava exatamente onde ele dissera a ela. – Aqui... – Sorriu enjoada para ele e foi até a bancada, pegou o saquinho e ia saindo da cozinha devendo nada a alguém.
- Hey, espera. – o rapaz a chamou.
se virou para ele esperando que continuasse.
- Sobre o que aconteceu mais cedo no lavabo...
- Não precisa falar nada, Harry. Eu “ofendi” sua masculinidade e você quis me provar algo. Eu entendi. Não se preocupa. – as palavras saiam de sua boca de uma forma realmente calma, o que transmitiu confiança ao rapaz para não se importar com o ocorrido.
- Okay.
sorriu de lado para ele e foi até as escadas, segurou com os dentes o saquinho com os amendoins e subiu lentamente as escadas, ao chegar ao andar superior se encaminhou ao quarto da amiga e se movia silenciosamente para não acordá-la.
continuava na mesma posição desde que Meester havia deixado o cômodo.
A morena levou um tempo para arrumar-se na cama e encontrar uma posição confortável para a perna, mexia-se na cama incontrolavelmente, tomando cuidado para não acordar a caçula. Finalmente quando se acalmou e pode enfim comer os benditos amendoins seus pensamentos foram levados até o que havia acontecido na tarde daquele dia.
E o rapaz, que passava em frente da porta do quarto em que ela estava, também era assombrado pelos mesmos pensamentos.
De fato, ele havia feito aquilo pelo o que ela dissera a ele sobre sua falta de virilidade, no entanto Meester poderia muito bem ter rejeitado o beijo e iniciar uma nova sessão de gritos e então Liam voltaria e mataria Styles. Porém, a morena não o fizera. Por quê? E aquilo poderia muito bem ter sido apenas só mais um beijo na lista de ambos, mas fora tão, particularmente, bom e agradável e saboroso e inebriante... Por quê?
Talvez os dois jovens nunca encontrassem respostas para tais perguntas, ou então elas estavam mais próximas de serem respondidas do que ambos poderiam imaginar.
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Rotinas são maçantes e entediantes, e apesar de não a apreciarmos, estamos todos presos a sua mornidão.
E era com o intuito de fugir de sua rotina que Ortega havia começado as aulas de dança com apenas 4 aninhos. A mãe da garotinha, uma bailarina renomada, a colocara em uma escola de ballet a fim de que a menina tivesse um momento de lazer as tardes de terça e quinta.
adorava as aulas, porém ao crescer achava que ir até a academia de dança havia se tornado parte de sua rotina. Desanimada, pensou em desistir, no entanto a mãe sempre a incentivava a continuar e a apresentou estilos variados de dança.
E foi então que conhecia o street dance, um conjunto de estilos de danças que possuem movimentos detalhados.
Com 11 anos de idade a morena começava a cursar ambos os gêneros, o ballet clássico e o street dance. Eram formas bem diferentes de dança, no entanto, a menina se encantava com os dois.
Dakota Ortega era uma célebre dançarina, a forma como flutuava no palco, com movimentos leves e delicados era magnifico. Assemelhava-se a uma borboleta dançando ao vento, sua filha achava inspirador de se assistir. E também adorava ver os colegas de turma com movimentos tão expressivos ao dançar o street dance.
estava na academia de dança, para mais uma aula. E aquela era uma aula realmente importante. Era o último mês de ensaios para “O Grande Final”, que era a apresentação dos dançarinos para olheiros de faculdades de dança.
E ela estava em uma das performances principais, o que a deixava extremamente apreensiva. Ainda faltava dois anos para a garota ingressar na faculdade, no entanto, seu professor a havia escolhido como uma das peças centrais em todo o show.
A morena encontrava-se estirada no chão, respirando pesadamente pelo grande esforço que havia feito. Aqueles paços apenas não faziam sentido para ela e mesmo que ela tentasse um milhão de vezes não conseguia acertar seu tempo.
Benjamin Acker, seu parceiro de dança e seu professor, William Stammel, conversavam sobre o ensaio, próximos a ela, que ouvia tudo com os olhos fechados.
- Eu prometo que vou ensaiar mais. – a morena falou se sentando, com a respiração voltando ao normal.
- Você realmente precisa, Ortega. Estamos apenas a algumas semanas do Grande Final. – seu professor falou zangado.
- Ainda falta um mês, Will. – Ben intercedeu pela caçula.
- Estamos contando com você, . Não nos decepcione. – Stammel disse por fim, se retirando e deixando os dançarinos a sós.
- Eu sou um desastre... – a garota voltou a se jogar no chão desiludida.
- Você vai conseguir, bailarina. – Acker se sentou ao seu lado, apoiando os braços nos joelhos.
- Por que eles não escolheram outra garota para dançar com você? – virou o rosto para o rapaz que também se deitava.
- Porque eles sabem que você consegue!
A menina riu sem humor: - Meus pais estão vindo de Nova Iorque assistir O Grande Final e eu nem a menos sei a entrada dos passos!
- Calma, ! Vamos dar um jeito. – ele piscou para ela e se levantou, estendeu a mão para a menina, que aceitou a ajuda. – Eu vou para o vestiário tomar um banho e depois vou embora, mas amanhã pode contar comigo para ensaiar, é só me liga e marcar.
- Tá bom. Eu vou ligar. – sorriu agradecida. – Tchau Ben.
Ortega encarou o ambiente ao seu redor, encontrando os colegas de turma ensaiando seus passos para o desempenho final, os professores William e Keira Stammel os ajudavam e supervisionavam. Sabia que devia ensaiar mais, todavia, seu corpo estava tomado pela exaustão e seus joelhos doíam por alguns belos tombos que havia tomado enquanto dançava, pois ela estava adianta no tempo dos passos e Ben nunca estava preparado para toma-la pela mão o que resultava em sua queda e/ou nos tropeços dele.
Mais ao fundo, estava Meester, sentada preguiçosamente com o gesso apoiado em outra cadeira. A morena intercalava os olhos do celular e do ambiente movimentado. A música saia alta do alto falante e um grupo dançava ao seu ritmo, enquanto o outro conversava sobre o figurino, Keira auxiliava alguns bailarinos a sincronizar seus passos, ao mesmo tempo em que William observava tudo e fazia algumas anotações em uma planilha. Benjamin passou a seu lado e a cumprimentou, a garota sorriu simpática, acenando com a cabeça.
caminhou até ela, exausta e com a feição desapontada.
- Antes de qualquer coisa, esse seu professor é um gato, hein! – falou fitando Will que arrumava a postura de alguns dançarinos. – Agora sim, o que houve, ? – seu tom de voz mudou do tarado para o preocupado de repente.
A garota apenas sorriu, virou o rosto para trás encontrando o professor que era realmente atraente. Só para começar tinha um corpo arquitetado por deuses gregos e esculpido por querubins.
- Você sabe que ele é casado, né?!
- Essa Katherine não merece ele!
- É Keira.
- Tanto faz! – falou emburrada – Quantos anos ele tem?
- O William tem 28 e a Keira tem 34.
- Não sei se fico surpresa por ela ser – parou para fazer as contas nos dedos. – SEIS anos mais velha que ele! Ou por ele ser só onze anos mais velho que eu! Vou me casar com seu professor...
- De novo, ele já é casado!
- Tem filhos? – pensou por alguns segundos e depois balançou a cabeça negativamente. – Então não é nada sério...
- Meu Deus! Você não pode estar falando sério. – desesperou-se por alguns poucos segundos.
- Para de reclamar e vai tomar um banho e tirar essa roupa que você está fedendo. – disse se levantando, pegou as muletas e foi até a recepção esperar pela caçula.
foi até o vestiário, se desfez dos tênis, da calça de moletom e da regata larga que usava para poder entrar embaixo do chuveiro e se livrar de todo o suor, cansaço e decepção por não ter se saído bem naquele ensaio.
Tomou um banho rápido, ao chegar em casa tomaria um banho de verdade, lavaria o cabelo e depois ficaria eras na banheira e então gostaria de dormir, no entanto ainda tinha um trabalho de filosofia para terminar. Com certeza pediria ajuda a , como havia feito na primeira parte da tarefa... Na verdade, a amiga fizera tudo sozinha e ela apenas observara. Mas estava tudo bem porque, no fim das contas, ela gostava!
A morena foi até seu armário para pegar sua troca de roupa e a bolsa que levaria para casa com a roupa suja. Procurou pelo celular nas prateleiras do armário e não encontrou, abriu o bolso externo da mochila e ele também não estava lá, no bolso da calça que ela usava também não... Realmente preocupante...
- Você viu meu celular? – perguntou a Meester ao entrar na Mercedes, - Oi Fred. – cumprimentou o chofer.
- Olá senhorita Ortega! – sorriu simpático.
- O acéfalo te mandou mensagem. – falou com o IPhone da caçula nas mãos - Desde quando seu celular tem senha? E desde quando você não me falou qual é a senha do seu celular? – digitava as relações de números que lhe vinham a mente e do banco da frente Fred riu ao ouvi a conversa delas.
- Me dá isso! – riu, tomando o objeto dela. – Desde que você começou a responder as mensagens que o “acéfalo” me manda!
- Já bloquei essa merda por 7 minutos e não descobri sua senha. Qual é ?
- A função de uma senha é ser secreta. Se eu te contar ela perde a função de existência dela! Desculpa, ... – sorria meigamente e a mais velha resmungou um “Vai se foder”.
Ortega voltou a atenção para a tela o celular para poder ler a mensagem de Phillips e não teve certeza se gostou do seu conteúdo.
- O Danny disse que precisa conversar comigo... e é algo sério. – falou à amiga que nunca admitiria, mas queria muito saber o qual era o conteúdo do comunicado.
- O que ele disse exatamente?
- “Preciso conversar com você. É algo sério.”.
- Ele é objetivo, né? – falou com as sobrancelhas juntas e riu de seu comentário.
- O que deve ser? – voltou a perguntar.
- Sei lá, . O namorado é seu!
- Ele não é meu namorado. – disse o que sempre falava quando alguém falava que ela e Daniel eram um casal.
- Será que ele vai te pedir em namoro? – entrou em pânico aparente.
- Por que esse desespero?
- Nada... – falou calmamente, voltando a se recostar no banco e virou o rosto para a janela por alguns segundos. – Mas será que é isso? – voltou-se a amiga.
- Não sei... Acho que não...
- Mas se ele pedir você vai dizer não, né?
- Eu não sei, ! O Danny é incrível – Meester quase vomitou -, mas eu não quero namorar no momento.
- Você não quer namorar no momento, ou não quer namorar o Phillips?
Apesar de negar a amiga lhe conhecia bem o suficiente para saber que se coração nunca parou de bater em função de Liam Payne.
- Eu não sei. – disse simplesmente e a mais velha viu aquela declaração como dando por encerrado o assunto.
Contudo a incerteza de saber se Daniel iria ou não pedir Ortega em namora e se ela iria ou não aceitar não impediu a garota de enviar uma mensagem ao melhor amigo:
Xx Seu tempo acabou Payne Belly. Phillips vai pedir sua querida baby doll em namoro. De nada por te manter informado. Disponha. xX
- , , ... Doce . – Louis balançava a cabeça negativamente.
- é o caralho. Eu quero saber o que você acha que está fazendo perto do meu carro com essa vagabunda em cima dele! Você perdeu a noção do perigo, Tomlinson?
- O que você pretende fazer, little ? – Louis cruzou os braços, desafiando a ruiva. fechou os olhos e respirou fundo.
- Primeiro de tudo, você aí, vadia. Saia de cima do meu carro, AGORA! – Westwick gritou e a menina não precisou de uma segunda ordem, desceu do capô do Toyota e saiu quase correndo. – Segundo, Tomlinson, eu não sei o que merda passa na sua cabeça, mas eu acho melhor você por ela pra funcionar direito porque a minha paciência com você está no limite.
- ... – Louis levantou o dedo indicador, pedindo a vez para falar.
- SAI DO MEU CARRO.
- Se acaaalma.
- DESENCOSTA! – gritou mais uma vez, socando Louis, que ria e tentava se defender dos socos na cara.
- AAAAAI! Calma! Eu já saí! Sua violenta! Caralho! Doeu!
- Era pra doer mesmo.
- Ah Jura? – Louis foi 100% sarcástico. E ela bufou, irritada com o fato de ter que sair do meio de sua educação física pra tirar Tomlinson e a sua vadia de cima do seu carro. A cada dia que passava ela se sentia mais irritada com o castanho, que alternava em ser legal pra caralho e um filho da puta de primeira classe, e isso estava deixando a ruiva realmente confusa.
- A propósito, você fica muito mais gata com esse uniforme do que com aquele saco. –o rapaz fez referência ao antigo uniforme, que era totalmente sem forma e deixava as garotas tão feias quanto era possível. encarou o garoto e voltou a andar de volta para o campo. E ela JAMAIS admitiria que ouvir ele a elogiando era um tanto quanto satisfatório. Ser legal com Louis era uma regra mais que proibida no livro de “Como odiar Louis Tomlinson” que a ruiva havia criado em sua cabeça. Desprezá-lo era algo tão comum em sua vida que ela nem podia recordar-se de como tudo começou, e nunca havia parado pra pensar sobre como o amor e ódio andam lado a lado, literalmente. Apenas o tempo poderia revelar a outra face da moeda desse jogo de rato e gato que o casal jogava há tempos.
- SE VOCÊS QUEREM CHAMAR A ATENÇÃO DAS MOÇOILAS ALI – gritava, apontando para o outro lado do campo, onde os garotos estavam concentrados a brincar com uma bola de futebol americano – VOCÊS ESTÃO NO LADO ERRADO DO CAMPO, VESTINDO AS ROUPAS ERRADAS E TENTANDO SER SEXY ERRADAMENTE! PEGUEM A PORRA DA BOLA E TOQUEM ELA, ISSO AQUI NÃO É UM JOGO INDIVIDUAL, VOCÊS TEM QUE TOCAR A BOLA, ENTENDAM ISSO DE UMA VEZ POR TODAS!
As garotas ouviam os gritos e apenas concordavam com gestos com a cabeça. Qual é! Era o sonho de toda menina ser a crush de Jason Benett e ser admirada pelo time, mas ao que parece, Meester estava ali para conscientizá-las de que estar no time não era a decisão correta se esse fosse o objetivo delas. A morena sabia de uma lista de coisas para se fazer quando queria chamar a atenção de um cara, e tinha certeza de que ficar suada, com o cabelo amarrado e grudento, correndo por um campo durante duas horas atrás de uma bola não era a melhor forma de ter um cara aos seus pés.
- VAMOS VOLTAR AO JOGO! – ela mandou e voltou ao campo, liderando as suas pobres meninas sonhadoras que só queriam ser a musa inspiradora do bando liderado por Jason.
Para , o jogo de futebol era o único momento da semana onde ela extravasava as emoções, corria, batia, caia, chutava, gritava e terminava o jogo leve como uma pena. Era como uma terapia para o seu coraçãozinho agitado. Mas, como nem todo sonho é perfeito, ela tinha que lidar com a fortíssima concorrência de Westwick. A ruiva era a personificação de tudo o que ela mais detestava, era a real ameaça aos seus sonhos, isso porque a filha da puta era realmente boa e todas as vezes que vacilou, esteve ali para substituí-la com maestria. A concorrência era tanta que a treinadora Foster foi obrigada a dividir as garotas em dois times, o time A e o time B, basicamente eram o time oficial e as reservas. Sempre, antes de uma partida oficial, ocorria um jogo entre A e B, o time que vencesse era quem iria jogar com pequenas alterações feitas pela treinadora, mas mantinha-se a configuração mais original possível.
O jogo recomeçou com passes calculados e dribles bem articulados, Meester se movimentava na zaga do campo, quando conseguiu interpelar Alice, a atacante do time B, e tomar a bola. A morena estava concentrada demais para notar que, na verdade, Alice entregou a bola se afastando.
- CUIDADO!
- !
- SAI DAÍ, AGORA!
A garota não entendeu o que estava acontecendo, mas em uma fração de segundos tudo teria feito sentido, não fosse uma bola de futebol americano voando em direção à cabeça da morena desapercebida.
Um baque.
Tudo começou a girar e não podia entender o que estava acontecendo. Não conseguia distinguir vozes nem rostos. Ela estava ficando sufocada com a falta da visão e da audição. Era como se ela tivesse em uma porra de uma realidade paralela, e isso não era nada legal. Meester tentava se localizar mas isso parecia ser impossível, seus pés não sentiam o chão e ela tateava em busca de qualquer superfície que lhe conferisse um apoio. Não sabia se estava correndo, andando ou rastejando. A única certeza de que a morena tinha, era de que ela estava morrendo.
- Eu já falei, man. O Liam tem que dar um fim nesse lance com a Lexi. Essa garota é pior que chiclete, puta que o pariu! Ela acha que o fato de eu foder ela numa noite, dá o direito de ela me perseguir pra sempre... – Benett falava, ao lado de Niall, observando Harry lançar a bola para Zayn e Louis. Os garotos não praticavam educação física, preferiam ficar por ali, brincando, conversando e o mais importante de tudo, observando a chefe das líderes de torcida liderar suas garotas em um treino que mais parecia um ritual de acasalamento, com movimentos sensuais demais para garotas de 17 anos. Liam estava próximo da loira, dando apoio moral para sua “dona”.
- Deixa a criança ser feliz. – Niall brincou e Jason permaneceu sério.
- Eu não brincaria com uma louca dessas. Essa garota é obcecada pelo Payne, até andou inventando umas mentiras cabulosas.
- O que ela disse? – Horan se interessou no assunto.
- Que o Liam tinha um caso com a ! – Jason ria abertamente – olha a deficiência dessa garota! É mais fácil o Liam tá pegando a e ninguém se tocar disso.
Niall sorriu em concordância, a ideia era absurda, e de tão absurda que era, fazia sentido. Horan meneou a cabeça, expulsando a ideia LOUCA, até parece que Liam faria isso com o melhor amigo... Zayn jamais o perdoaria. Benett foi até onde Harry, Louis e Zayn brincavam e ficou por ali, de braços cruzados.
- Eu duvido que você consiga lançar essa bola no campo das garotas. – Jason desafiou Harry, que baixou o braço que estava preparado para fazer um lançamento.
- Você duvida que EU consiga acertar a bola no campo das garotas? – Styles riu, debochado – Escolha uma menina.
O capitão do time de futebol masculino gargalhou alto. Era muita prepotência da parte de Harry acreditar que conseguiria acertar em uma garota, era prepotência e falta de bom senso de todos os garotos que estavam animadamente falando/duvidando da capacidade dele.
- Tudo bem, você ganha U$150 se acertar a Smith. – Benett estendeu a mão, para selar a aposta.
- E se eu perder?
- Aí você me paga U$150, é só uma apostinha pra não perder o costume.
- Fechado.
- Ótimo.
Naquela altura do campeonato, os garotos estavam todos atrás do moreno, que se posicionava, buscando a melhor maneira de fazer um lançamento forte e preciso. Foram alguns segundos de “tudo ou nada” e ele arremessou a bola. Foi o tempo de olhar para o outro lado do campo para entender a merda que havia acabado de cometer.
- MAS QUE PORRA!
- AI MEU DEUS!
- O QUE VOCÊ FEZ CARA?
- PUTA QUE O PARIU!
Os garotos correram até onde o alvoroço estava formado, o campo em que as meninas jogavam. Havia um corpo estirado no gramado.
- Que merda você fez, Styles? – Jason estava aflito. Não seria nada bom ter seu nome metido em uma encrenca, principalmente porque ele precisaria pedir uma bolsa como jogador para a universidade e qualquer probleminha interno seria um fator agravante para a perda da bolsa.
As garotas estavam aflitas ao redor da morena desmaiada, foi a primeira abordar os garotos:
- Quem foi o idiota que jogou essa bola aqui? – ela perguntou e ninguém se dignou a responder. – FALEM ALGUMA COISA, SEUS MARICAS!
Todos do grupo apontaram para o arremessador, que encarou mortalmente os “amigos” que acabavam de delatar seu erro. A ruiva arreganhou os dentes em um sorriso diabólico.
- Você tá MUITO ferrado, Styles. A Meester vai ter prazer em te caçar no inferno pra arrancar sua cabeça.
Ela virou de volta para onde o grupo estava e o garoto sentiu seu sangue gelar ao ouvir o nome da vítima de seu acidente.
- Qual o seu problema, Harry? Seu filho da puta! O que você fez com a ? Se ela tiver se machucado eu vou MATAR você! – Liam rugiu antes de empurrar as garotas e se aproximar do amiga desmaiada.
- É Harry, você tá fodido. – Louis deu dois tapinhas no ombro do amigo e cruzou os braços, observando a movimentação dos enfermeiros que acabavam de chegar.
Já no hospital, os nove adolescentes se aglomeravam na pequena sala de espera. Era óbvio que não se fazia necessário aquele tanto de gente ali, mas era mais óbvio ainda que nenhum deles sairiam de lá enquanto não vissem e falassem com a pobre Meester, que jazia sedada no quarto ao lado.
- Qual a porra do seu problema, seu imbecil? – reclamou, era pelo menos a terceira vez que Louis tentava meter um dedo molhado na orelha da ruiva. suspirou alto e balançou a cabeça em negação. Desde que haviam chegado ali, a enfermeira havia entrado na sala um bom par de vezes para pedir silêncio, e a altura da TV que Niall e Harry assistiam não ajudava em nada na situação do grupo. Liam era o único que ainda estava de uniforme, o restante deles haviam ido para casa e trocaram de roupas antes de perceberem que não tinham nada para fazer e resolveram “dar um apoio moral para a ”.
- Eu realmente acho melhor que um de nós vá para casa. Isso aqui tá uma zona! – sugeriu, mantendo as pernas apoiadas no colo de .
- E quem você sugere, senhora sabe-tudo? – Harry perguntou sem tirar os olhos do programa oriental que mostrava duas garotas com a boca aberta nas entradas de um tubo transparente e dentro desse tubo uma barata viva.
- Você ou o Niall. – disse enquanto tirava o casaquinho meia estação. Styles e Niall sentaram abruptamente no carpete grosso.
- O QUÊ? – os dois gritaram juntos.
- Isso aí. Vocês dois são os únicos que estão atrapalhando com essa TV e esse programa horroroso. Então, um de vocês vai embora e o outro vai desligar a TV. Assim teremos menos pessoas e menos barulho. – a Westwick decidiu, sendo apoiada pelas garotas e Louis, já que Liam estava na administração do hospital, acertando as contas, e Zayn estava dormindo profundamente em um sofá pequenino, no canto da sala.
- Bom, eu até me voluntariaria, MAS eu preciso estar aqui quando a acordar, tenho que apresentar minhas sinceras desculpas pelo transtorno. – Harry se safou, mentindo deslavadamente. A cara de traído de Horan ao ouvir as desculpas esfarrapadas do amigo era triste de se ver.
- Isso não é justo! Alguém vai ter que vir comigo, eu não quero ficar sozinho. – o irlandês fez biquinho e ficou extremamente dividida entre a vontade de beijar o biquinho fofo e provocar o loiro a respeito de April.
- Por que a não vai? – Louis indicou e apenas a Westwick entendeu a referência.
- E por que eu? – Princesinha Styles colocou as mãos na cintura e bufou.
- Por que você é a mais nova! – respondeu, como se fosse óbvio.
- A é a mais nova! Vocês piraram? – se sentia usada pelos amigos. queria enfiar um pouco de esperteza no cérebro da amiga, que parecia não entender seu objetivo.
- Masoque? – se intrometeu no papo esquentado. Ouvir seu nome sair da boca da em meio a uma discussão nunca era algo agradável de se escutar.
- Mas a é a melhor amiga da , é meio evidente que ela não vai embora. Sendo assim, você, a mais nova das que podem ir embora, irá fazer companhia para o Niall e arrumarão alguma maneira de se divertir sem poder estar nessa salinha refrescante e confortável! – a ruiva explicou e de tanto falar, decidiu não insistir, apenas foi catar sua bolsa, celular e carregador.
- Se ferrou, pirralha! – Harry gargalhou. Niall esperou , que saiu sem se despedir de ninguém. Horas mais tarde, a loirinha percebeu o quão inteligente havia sido por não questionar as ideias de Gênio Westwick.
Liam havia corrido pra cacete durante a manhã e boa parte da tarde, agora ele estava no quarto onde a melhor amiga repousava. Tudo bem que fosse mal-humorada, chata, pessimista, briguenta, egoísta e um milhão de outras coisas, mas era inegável que ele se preocupava com ela. A respeito dos defeitos da garota, ela era sua irmã e a única que no fim das contas, com chuva ou sol, frio ou calor, estava com ele, enchendo a paciência ou escravizando-o. Agora ele estava sentado em uma poltrona confortável, no quarto aonde Meester repousava, esperando o efeito do sedativo passar para poder levar a morena para casa e finalmente poder descansar. Aproveitava os momentos sozinho para pôr a ideias em dia, tomando decisões importantes como: para quais universidades mandar a carta de petição/recomendação, que rumo dar ao seu relacionamento com Lexi também era uma grande questão que ainda não havia sido decidida, seu relacionamento com a loira era terrivelmente catastrófico e resumia-se a sexo, com disposta a ajudá-lo a reconquistar , ele realmente deveria dar um basta na relação com Saint, mas isso estava sendo mais difícil do que ele pensou que seria.
Três toques suaves na porta e ele levantou a cabeça para ver quem era. Torcia para que não fosse o enfermeiro-chefe mais uma vez, querendo lhe cortar o pescoço por causa do barulho excessivo que os seus amigos estavam fazendo na sala de espera ao lado.
- Hey! – Ortega entrou, fechando a porta.
- Oi! – Liam suspirou, entregando seu cansaço.
- Ela ainda não acordou? – a morena perguntou, observando a melhor amiga dormir.
- Não, mas se a gritar mais uma vez, tenho certeza de ela vai acordar bem desperta e mal humorada. – Payne brincou e deu uma risadinha.
- Ah eles estão com os ânimos a flor da pele por causa de um joguinho no celular do Harry. – ela explicou e Liam concordou com a cabeça. Um silêncio desconfortável se seguiu pelos próximos minutos.
- E então, como estão as aulas de dança?
- Legais. Temos uma apresentação importante chegando. Estamos todos muito animados – respondeu, dando graças a Deus por ele ter puxado um assunto. – E o boxe?
- Os treinos estão pesados. Mas é bom, assim eu gasto mais tempo lá e menos tempo pensando.
- Por algum acaso, a tia Di e o tio Chris já sabem que a tá no hospital?
- Não! Eu vou deixar pra ela contar isso. Não quero ouvir o desespero da tia Di. – o moreno revirou os olhos e a caçula literalmente gargalhou de sua expressão engraçada. A conversa fluiu naturalmente por mais algum tempo e talvez, apenas talvez, eles estivessem próximos demais agora, e talvez os dois não conseguiam deixar de encarar os lábios um do outro.
- Li, eu... eu tenho que ir. – engoliu em seco, virando o rosto para outra direção.
- ... – o tom complacente de Payne deixava claro sua intenção em insistir.
- Não posso fazer isso. Eu jamais poderia trair a confiança do Danny! – Ortega pareceu lembrar de repente do capitão do time de basquete e se levantou do chão, desamassando a roupa. Liam levantou também.
- Então quer dizer que vocês estão namorando? – o tom de voz magoado do garoto soou realmente dolorido para ela, que ignorou seus instintos e saiu em direção a porta. Não chegou a abrir ela porque Liam segurou seu braço e a puxou para si.
- Não faça isso! – a morena sorriu apreensiva.
- Fazer o quê? – indagou se fazendo de inocente.
Apertou-a em seus braços e passou o nariz por seu pescoço, inalando a fragrância floral oriental, causando arrepios e cócegas. A respiração da garota ficou falha pela ânsia de um toque maior e mais caloroso.
As mãos dela apertavam o ombro do rapaz e fizeram o caminho até sua nuca, arranhando levemente. Ela beijou seu pescoço, mordeu, chupou e conforme ele sentia seu corpo arrepiar e ficar mais quente pelo contato dela mais ele a apertava contra si, o que dificultava a respiração da mais nova.
Liam beijou a bochecha da menina. beijou a pontinha de seu nariz e sua testa.
- Eu sinto sua falta, . – Payne cochichou no ouvido dela. E a morena sentiu um nó na garganta, o coração rodopiar e o estômago afundar.
Suas bocas se aproximavam, suas respirações misturando-se, os lábios tão, mas tão próximos que Liam já podia sentir o gosto de .
E então ela se afastou. “PELO AMOR DE DEUS, O QUE VOCÊ TA FAZENDO?“. O rapaz gritava em desespero em sua mente.
- Eu não vou cometer o mesmo erro pela milionésima vez, Liam! Sinto muito. – sorriu triste, acariciando os cabelos dele.
- Eu já disse que vai ser diferente! Por que você não acredita em mim?
- Porque você disse a mesma coisa das outras vezes. – se soltou das mãos dele e dirigiu-se novamente até a porta.
- Eu cometi um erro. Sou um babaca, imbecil, cafajeste, salafrário. Mas por favor, não me tortura assim! – o encarou sem entender a última sentença. – Phillips.
- Não vem com essa! – cochichou alto para não acordar a amiga. – Como você quer que eu acredite que você sente minha falta se está ocupado comendo a Lexi?
- Você está com ciúme!
- Cala a boca! – colocou a mão no trinco para deixar a sala, mas pela terceira vez, Payne a impediu.
- Eu sei que você gosta de mim, . E no fim das contas está na mesma situação que eu, no fundo do poço.
- Nós devemos ser amigos! – Ortega falava isso mais para se convencer do que para dar um basta na situação. Vê-la saindo pela porta, o abandonando mais uma vez, doeu ainda mais do que da primeira vez. Liam apenas se jogou na poltrona, com as mãos no rosto. A palavra “amigos” ecoava em sua cabeça. Ele jamais conseguiria ser amigo de uma pessoa que era capaz de liquidar com toda a sua sensatez apenas o direcionando seus lindos olhos.
Ele era refém daqueles olhos esmeralda. Sempre foi e sentia que sempre seria.
- CARA VOCÊ NÃO SABE O QUE A FEZ! – Tomlinson insurgiu na porta, entrando sem bater. Liam se assustou e logo pode ver que , Zayn, Harry, e estavam atrás dele com as mesmas caras empolgadas, exceto , que matinha uma expressão de puro tédio.
- O que a fez, Louis? – Payne não escondeu o tom mal humorado. E o grupo ignorou completamente. Com as mãos postas em frente o rosto, o rapaz encarava o amigo com o olhar cansado.
- Lá vem a enxurrada de merda... – a ruiva resmungou.
- ELA CHUPOU O RUIVO! – Louis gritou e recebeu um tapa de , que pediu para que ele falasse mais baixo.
- O que? – Liam perguntou, para ver se tinha entendido mal.
- A CHUPOU O PAU DO RUIVO! O ENFERMEIRO! – o rapaz repetia com a mesma animação.
- Isso é verdade? – Payne se reportou a , que deu de ombros. Nem confirmando, nem negando a história. – Como assim?
- Chupando ué! Colocando a boca e chupando! – Louis explicou como se fosse algo explícito.
- Tá, eu sei do que você tá falando, eu quero saber POR QUE ela fez isso! – Payne começou a achar a história um tanto interessante. Era sempre simpática a ideia de saber que alguma garota do conhecimentos deles, havia chupado um cara. Não era como se eles não conhecessem garotas que aprontavam dessas, mas era sempre bom ter nomes singulares cometendo essas peripécias.
- A e o Niall saíram e o ruivo foi lá na sala pra expulsar a gente, é óbvio que nós não aceitamos sair e o imbecil ameaçou de chamar a segurança. Daí a disse que se a não estava lá pra fazer o serviço sujo, ela faria. Depois de uns dez minutos ela voltou e o cara ainda pediu desculpas! PUTA QUE O PARIU! – Louis estava glorificado com a experiência que havia “presenciado”. apenas ria da ideia cabulosa do garoto.
- . – Louis se virou para a ruiva. – Eu estou APAIXONADO por você desde o momento em que você chupou o pau daquele ruivo por mim. Nós devemos uma à por ela ter colocado as necessidades do grupo acima do bom senso dela.
- Cala a boca, Tomlinson. – a garota brigou, visivelmente segurando a vontade de gargalhar com o drama que Louis fazia. Liam notou que enquanto prestava atenção em Louis, o grupo havia se alojado em torno da cama de .
- Hey, hey, hey! O que vocês pensam que estão fazendo? Saiam daí! – ele foi até a cama, tentando tirar os amigos do quarto.
- Shiiiiiu ela tá acordando. – sussurrou e ele se uniu ao grupo para observar se movendo. Ela iria acordar em alguns minutos ou poderia ser que ela estivesse tendo um pesadelo.
abriu lentamente os olhos, fechando-os novamente quando a claridade tentou tomar de conta. Sua cabeça doía tanto, parecia que a cada respiração, a pulsação machucava a cabeça já dolorida. Outro ponto estranho era o peso em sua perna esquerda, era como se ela estivesse carregando chumbo na perna. Ela resolveu abrir os olhos para averiguar se estava no mundo real ou sob efeito de LSD. A conversação se tornou cada vez mais próxima, até que estivesse nítida o suficiente para que a morena conseguisse distinguir as vozes que “cochichavam” em cima dela.
- Oooie! – Louis sorriu largo para a menina. Era perceptível a falta de humor da garota quando acordava. Ela olhou séria para Louis e passou o olhar por , Liam, , , Zayn e Harry.
- Hey , está tudo bem? Você está legal? – Ortega tomou a vez, segurando na mão da amiga. encarou profundamente a mão da melhor amiga segurando a sua e voltou a olhar para .
- Minha cabeça está doendo terrivelmente. Que merda! – Meester tocou a cabeça com uma mão, apalpando o couro cabeludo em busca do motivo da dor.
- Com licença, senhores. – uma enfermeira entrou no quarto, a pedido de Liam, se aproximou da cama onde estava deitada. – Como se sente, senhorita Meester?
- Com dor. – respondeu fazendo biquinho. A enfermeira sorriu.
- Isso é normal depois de uma contusão forte. Mas e a perna, está tudo tranquilo?
- O que tem minha perna? – em instantes a morena estava completamente acordada, tentando se sentar e tendo a terrível surpresa de descobrir que sua perna esquerda estava engessada até o joelho. - Mas que porra foi essa???
- Senhorita, controle os ânimos. Não é indicado que você esforce seu cérebro. Quanto menos você falar e se estressar, melhor será para sua cabeça. – a enfermeira sugeriu, guardando a prancheta com as anotações sobre o quadro clínico de . – Bom, ao que parece, você está pronta para ir pra casa. Vamos esperar esse soro terminar e no máximo em duas horas você já estará liberada.
A enfermeira saiu da sala e a morena ainda estava em choque com a visão de sua perna metida dentro de uma bota ortopédica de gesso. Ainda queria compreender como que foi parar naquela situação. A última coisa da qual se recordava era de uma gritaria horrível em meio ao treino e sentiu dor em seguida, antes de tudo escurecer. Agora ela estava em um hospital, com a cabeça DESTRUÍDA e com a perna amarrada.
- E entãããão, como você se sente agora? – Louis perguntou novamente.
- Louis, dá um tempo. Eu estou com a cabeça fodida, a perna amarrada e minha única vontade é descobrir quem foi O IDIOTA que provocou tudo isso, porque eu vou atrás dele no inferno e vou ARRANCAR AS BOLAS DELE! Ai merda, minha cabeça! – gritou, nervosa. Harry sentiu um frio na espinha ao ouvir a ameaça da morena. De repente, ele daria tudo para ter ido embora quando deu a oportunidade. e Zayn achavam tudo TÃO engraçado. Encaravam e Styles alternadamente.
- , não se estressa. Fica quietinha que nós vamos resolver isso depois. Agora, todos vocês já a viram, vão embora porque ela precisa repousar, e a última coisa que ela vai ter com vocês por aqui é repouso. – Liam pediu em um tom de “isso é uma ordem”.
- Caralho Liam, deixa de ser chato! – Zayn reclamou.
- Deixe a gente ficar aqui, Li. – usou do seu charme e embora o rapaz não tenha caído no papo dela, Malik descobriu que qualquer coisa que lhe pedisse naquele tom, ele faria.
- Parem de encher o saco dele. Ele é quem está cuidando de mim, então façam o que ele manda. – Meester disse, de olhos fechados.
- Peço* - o rapaz corrigiu a melhor amiga.
- Ele está mandando mesmo, e vocês tratem de obedecê-lo. Até porque eu não sei o que o Styles e o Malik estão fazendo aqui.
- Nós viemos ver você! – Zayn disse, se sentindo ofendido pela acusação da morena.
- Uhum... pois já viram. Agora saiam que o Li realmente precisa ter dois minutos de paz. Obrigada pela visita, de qualquer maneira. – deu um meio sorriso.
- Você quer que todo mundo vá embora? – perguntou, guardando o celular.
- Você fica, vai comigo para casa porque eu não vou conseguir fazer NADA sozinha. Vocês outros vão porque daqui a pouco eu vou me jogar dessa janela de tanta dor.
- Tudo bem então, foi bom ver que você não tá morta, . – se aproximou de e deixou um beijinho na bochecha da amiga.
- Obrigada pela visita, .
- Não foi nada, . – catou a bolsa – Beijinhos pessoal, vejo vocês amanhã!
Ela saiu e Zayn quase que se despediu do grupo para ir atrás da loira, mas 1. Essa obsessão pela garota estava demais e 2. foi mais rápida.
- Já que você nem tá tão ruim como eu pensei, eu vou embora, . Só tente ficar boa até o campeonato, ou, nada de time A representando a Eton. Mas, não se preocupe. Eu venho preparando o time B há muito tempo para um momento como esse. – Westwick disse e saiu da sala. quase engasgou com a maldade da ruiva. Como ela pode esquecer do campeonato? Os médicos teriam que fazer qualquer coisa que possibilitasse sua participação no campeonato anual.
- Essa filha da puta! – prendeu os lábios e fechou os olhos. Sua cabeça latejava cada vez mais diante da péssima notícia.
- Bom, nós já vamos também. – Harry declarou.
- Já era pra ter ido, não sei nem o que você veio fazer aqui. – Meester alfinetou. Harry ignorou completamente o comportamento agressivo da garota e foi dar um beijo na testa de . – Tchau, .
- Tchau, Hazz, Tchau, Zayn. – jogou beijo para o primo.
- Tchau, e Liam. Tchau, . Se recupere logo. – Zayn, educado como sempre, deixou um beijo no rosto da morena. Harry se limitou a bagunçar os cabelos e sorrir charmosamente para , que por alguns segundos, esqueceu de como ser indiferente com as brincadeiras do Styles.
- , pega meu celular, por favor. – pediu e entregou o aparelho para a amiga, indiferente sentando-se ao lado dela.
- Melhorou da dor de cabeça? – Liam se aproximou da cama e a mais nova baixou os olhos. tirou os olhos do celular e olhou para a menina e depois para o rapaz.
- O que tá pegando com vocês dois? – ela perguntou e dessa vez Ortega e Payne foram bastante rápidos na resposta:
- Nada!
Os dois quase gritaram e se entreolharam, desviando os olhares.
- Eu devo ter uma cara de otária muito grande pra vocês mentirem na minha cara. – a Meester suspirou alto. Liam e se olharam e tiveram aquela conversa telepática de olhares que todo bom casal sempre tem, e eles diziam mais ou menos isso: “E agora? Contamos pra ela?” “Tá louco? Ela vai fazer um escândalo” “E você acha que ela já não se tocou? Por favor, é a . Ela só tá esperando que nós confessemos” “Aff essa idiota curiosa, conta logo".
- Sua amiga está apaixonada por mim, mas é idiota e prefere o jogador. – Liam confessou.
- Você está com a capitã das líderes de torcida! Como quer que eu acredite que gosta de mim? E eu não estou apaixonada por você. – falou alto. – Eu possivelmente gosto um pouquinho de você... Mas só um pouquinho.
- Só um pouquinho?– Payne se irritou com ela.
- Um pouquinho! – fez o gesto com os dedos.
- Só um pouquinho? – foi a vez de questionar.
- Deixa quieto. – olhou para as mãos, envergonhada pela declaração.
- Não deixo não. Então você não está apaixonada por mim! – Payne falava alterado. – Ainda bem que estou com a Lexi então! Porque, ela sim gosta de mim e demonstra isso quando fazemos sexo, inclusive quando eu sair daqui, vou para a casa dela para transarmos a tarde toda.
- Que bom para você. – a menina falou sentindo o choro chegar a garganta, mas o travando bravamente.
- Perfeito.
- Maravilhoso!
- Ótimo!
- Extraordinário!
- Ei, vocês dois. Prestem atenção bem aqui. – interrompeu a “briga de casal”. – Vocês são dois idiotas apaixonados um pelo outro e que tem orgulho demais para admitir! Agora, , vai até o lado do Liam.
- O quê?
- Vai logo! – a mais nova se assustou com o grito de Meester, se levantou as pressas e se dirigiu até Payne. – Agora, se abracem.
- Você só pode estar brincando!
- Não temos quatro anos.
- Agora!
A contra gosto ambos se encararam, rolou os olhos, Liam torceu o nariz.
- Estou esperando... – a amiga os apressou.
Aproximaram-se lentamente e então Ortega o puxou pela mão. Arrependido por suas palavras ásperas, o garoto afundou o rosto nos negros cabelos dela.
- Me desculpe, .
- Você foi um idiota... – falou séria e pode ouvir uma risadinha dele. – Mas, eu também fui. Me desculpe.
A vontade dos dois era de nunca mais se soltarem, mas isso não era algo possível.
- Vocês dois se resolvam de uma vez, ou voltem ou se tornem amigos, mas ficar nessa de: termina, se agarra, termina e aí fala um monte de besteira. Não é vida pra ninguém, vocês me entenderam?
- Uhum.
- Sim.
- Ótimo, agora me contem como eu consegui quebrar a perna, e quem foi a anta que jogou aquela maldita bola em mim. – sentou na cama, e Liam suspiraram profundamente, se preparando psicologicamente para a reação da morena.
- Olha, , antes de qualquer coisa... Ele não fez por querer. – a caçula procurava a maneira menos pior de iniciar o assunto.
- Já não estou gostando do rumo que esta conversa está seguindo... – a garota descansou a cabeça no travesseiro e fechou os olhos. – Apenas digam quem foi... Eu prometo não ficar brava.
Liam e se entreolharam e a morena suplicava com os olhar para dizerem que não sabiam que havia feito aquilo e poupar mais brigas.
- Foi o Harry. – Payne soltou. O rapaz estava de braços cruzados e também sentia medo da reação da menina, porém sabia que se escondesse seria pior no final.
- O que você disse, amor? – perguntou calmamente ao amigo. Abriu os olhos e os direcionaram a ele que engoliu em seco.
- Foi o Harry que jogou a bola na sua direção... – o garoto explicava sem encará-la diretamente. – Eu não sei exatamente o que aconteceu, mas quando cheguei os meninos falaram que havia sido ele.
- Okay... – foi tudo o que Meester disse.
Seus amigos intercalavam seus olhares entre ela e os olhos um do outro. Aquilo estava estranho... Muito estranho...
- É isso? – foi Ortega quem se pronunciou primeiro. – Só isso que tem a nos dizer?
- Aham...
Alguns segundos silenciosos depois...
- Tá bom, . Pode explodir.
- EU VOU MATAR AQUELE DESGRAÇADO! CADÊ ELE?! EU VOU MATAR ELE! ELE VAI SE ARREPENDER DO DIA EM QUE NASCEU. EU VOU BATER TANTO NELE QUE ELE VAI QUERER VOLTAR PARA O ÚTERO DA MÃE! EU VOU BATER TANTO NAQUELE PINTO PEQUENO QUE ELE VAI PRECISAR USAR GESSO! – foi iniciada uma sessão de gritos e seus amigos tentavam prender o riso diante de tais declarações. – EU TE ODEIO HARRY STYLES!
- Ele não pode te ouvir, .
- EU SEI! – a menina ofegava e já se arrependia de ter levantado a voz devido a dor que dilacerava sua cabeça. – Aquele falso estava aqui o tempo todo! Ele entrou no meu quarto de hospital e respirou o ar que eu respiro! Ele teve a audácia de...
E os trinta minutos que foram necessários para o soro acabar, a garota de olhos azuis escuros continuou o seu monólogo descrente de que Styles teve a cara de pau de quebrar sua perna e a aparecer no hospital para fazer Deus sabe lá o quê!
Após receber alta, Liam levou a amiga para casa e foi proibido de dizer a Berta, a governanta, ou a Alfred, o que havia acontecido. apenas não queria preocupá-los. Inventou uma história que torceu o pé na educação física, mas já estava bem.
Depois de sair da mansão Meester, Liam foi levar até a casa do amigo, onde a menina estava morando até que seus pais voltassem de viagem, no entanto a morena lhe pediu para que levasse a academia de dança, pois naquele dia ela tinha aula. Durante todo o percurso nenhum dos dois abriu a boca, ninguém ousaria se pronunciar e acabar se confundindo com as palavras. Naquele momento, falar apenas atrapalharia mais a situação embaraçosa deles.
- Obrigada Liam. – ela sorriu ao descer do carro e o rapaz acenou com a cabeça.
O futebol é um esporte de equipe, jogado entre dois times de 11 jogadores cada um. É considerado o esporte mais popular do mundo, pois cerca de 270 milhões de pessoas participam das suas várias competições. O futebol moderno foi criado na Inglaterra. E leva muitos fãs a torcerem, chorarem e se emocionarem com suas eventualidades.
E naquela manhã, as emoções estariam a flor da pele, na vida de no mínimo 690 milhões de pessoas ao redor do mundo que torciam para Manchester United e Liverpool FC. A Inglaterra estava em festa, afinal era a final da Premier League, e não seria qualquer final, seria um jogo histórico, clássico, memorável, notável, célebre, CONSAGRADO!
Os Diabos Vermelhos contra os Reds, muita história entraria em campo juntamente com os atletas. Já haviam sido realizadas 191 partidas entre os dois times. Setenta e seis vitórias do United, sessenta e quatro do Liverpool e cinquenta e um empates.
estava na sala de televisão da mansão Malik, o coração batia eufórico. Ela simplesmente não conseguia parar sentada em lugar algum. Morgan, mordomo da família, encontrava-se ao lado da menina, com sua pose formal e séria. Ainda faltava algumas horas para o início do jogo, porém a oportunidade de ver o Manchester ser campeão em cima do time do primo era demais.
- Hey! Beleza, Morgan? – Louis entrou e bateu um high-five com o mordomo que continuou com o semblante fechado, piscando lentamente. O rapaz se esparramou no sofá. – Zayn disse que vocês vão apostar grana alta hoje, é verdade?
- Aham. – a morena respondeu zapeando pelos canais da TV afim de encontrar algum que estivesse passando informações sobre o jogo. – É como uma tradição de família. Nossos pais fazem isso e como eles não estão aqui vamos honrar a tradição. – explicou e se sentou em uma poltrona.
- Senhorita Ortega, eu posso me retirar, ou ainda precisara dos meus serviços? – o administrador da casa perguntou cortes.
- Será só isso mesmo, Morgy. Obrigada!
- Quero deixar claro que não gosto de futebol. – falou, entrando na sala, de cara amarrada. – Oi Morgan! – a garota apertou as bochechas do mais velho que lhe deu um aceno de cabeça.
- Você deixou isso bem claro A SEMANA TODA! Beleza? – Harry se irritou, pois só era isso o que a irmã dizia o caminho todo, contudo sorriu simpático para o mordomo e também bateu um high-five com ele. – Oi gente! – os outros dois, se entreolharam e devolveram um sorriso sem jeito, pelo fato de os irmãos já estarem brigando tão cedo. Afastou as pernas de Tomlinson do sofá para poder se sentar.
- Eu acho que poderíamos estar fazendo outra coisa...
- , não vamos entrar nessa discussão... de novo!
A loirinha bufou irritada e se afundou ainda mais em sua poltrona. Seu irmão revirou os olhos e iniciou uma conversa com o amigo. nem piscava enquanto a imagem do estádio de Manchester aparecia, em tempo real, na tela da TV.
Malik logo apareceu na sala com sua camiseta do Liverpool, cumprimentou os amigos e fez uma piadinha dizendo que choraria trancada em seu quarto quando o time dela perdesse, a garota apenas sorriu e rolou os olhos verdes.
Depois de um tempo, Liam chegou a mansão, Niall e também apareceram. E Ortega recebeu uma mensagem de dizendo que não iria ver o jogo com ela pois estava incapacitada de dirigir e havia se esquecido completamente do compromisso, por isso dera folga para Alfred naquele dia.
- Zayn, será que você poderia fazer um favor pra mim? – se aproximou do primo, com a cabeça levemente inclinada e um sorriso doce.
- Ahh, nem vem! Nós vamos apostar sim!
- Não – riu levemente – Não é isso. É que a não pode vir porque o Alfred está de folga hoje e...
- Eu tenho que buscá-la? – o primo perguntou fazendo uma careta por ter que se retirar de seu lar aconchegante e quentinho para ir à casa da garota que o detestava e o tratava mal.
- Por favooor... – a caçula enrolava nos dedos a barra da grande camiseta que usava.
- Ah ... – disse descontente.
- Deixa que eu vou. – Payne se levantou, vestiu o casaco e procurou pelas chaves nos bolsos.
- Eu acho que quem deveria ir era o Harry! – falou por falar. A menina estava deitada no carpete, apoiando a cabeça numa almofada e mexia em seu celular.
- Por que eu? – perguntou, parando de conversar com Louis e a encarando de forma engraçada.
- Porque foi você que quebrou a perna dela! – a loira respondeu como se óbvio.
- Já disse que não foi assim que aconteceu!
- Nós sabemos como aconteceu! – arqueou uma sobrancelha – Você jogou uma bola na cabeça dela e quase a matou. Sorte que ela apenas quebrou a perna!
- Vocês são muito exagerados! – o moreno se irritou. – Ela apenas estava no lugar errado, no momento errado. A culpa não foi minha. Poderia ter acertado qualquer um!
- Mas foi muita coincidência você ter acertado em cheio bem a , né?! – Horan dizia de olhos cerrados e todos entenderam o que ele quis dizer.
- Você está dizendo que eu fiz de propósito?! – Styles se ofendeu.
- Cara, como eu disse, foi muita coincidência você ter acertado logo Meester! A pessoa que você mais detesta no mundo! – o irlandês continuou com sua teoria.
- Primeiro – levantou o dedo indicador – eu não odeio a Meester. Segundo: NÃO FOI MIHA CULPA, FOI SEM QUERER! PODERIA TER ACONTECIDO COM QUALQUER UM – o garoto nunca levantava a voz, mas quando o fazia, assustava o grupo o suficiente para que parassem de provoca-lo.
Todos ficaram calados por um tempo, encarando o chão, o teto, a TV, sem coragem alguma de se pronunciar.
- Foi por querer sim! – Louis, finalmente, falou rindo, e foi acompanhado pelas meninas.
- Vão todos se ferrar! – Harry se levantou, irritado. – Cadê a merda das chaves do carro? Eu vou buscar aquela demônia! – saiu rabugento. Se atrapalhou para vestir o casaco e quase seu celular caiu no chão.
- Cara, espera. Vou com você. – Liam colocou a cabeça para fora da sala.
- Payne, seu bastardo gordo! – Tomlinson se jogou em cima do rapaz e ambos caíram no chão.
- Qual a necessidade disso, seu infeliz? – o garoto se irritou e distribuía tapas na cabeça do amigo, que antes de se levantar deu um tapa nas partes baixas dele. – Filho da puta.
- Hazz, o Zayn vai com você. Esse aqui vai comigo.
- Do que você está falando? – Liam, ainda no chão, se contorcendo de dor, perguntou ao causador de sua angústia, vulgo, Louis Cretino Tomlinson.
- Você e eu vamos comprar bebida e comida! – Tommo apontou para si e para o amigo que levantava do chão. – O Harry e o Zayn vão buscar a – indicou os outros dois. – Agora vamos galera. Temos um jogo para assistir e uma aposta para testemunhar. Mas antes... – virou-se para Horan e as caçulas que assistiam a tudo dentro da sala e riam. – , você fica no comando. – a morena arqueou as sobrancelhas e Louis saiu.
- Ele é tão esquisito quando quer! – Niall falou e todos concordaram.
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A Range Rover fazia seu caminho até a mansão Meester. Harry emburrado dirigindo e Zayn batucando no ritmo da música que saia do auto falante.
Ao se aproximarem do grande portão de ferro, onde tinha um M ao centro, devido o sobrenome da família, Styles tocou o interfone e acenou para a câmera, sem dizer uma palavra, sua passagem foi liberada. Acelerou o carro e o estacionou em frente a porta principal. Os garotos saltaram do veículo e foram atendidos por Berta, a governanta, babá e segunda mãe de .
- Boa tarde senhor Styles e senhor Malik. – a senhora baixinha e rechonchuda falou com seu sotaque ucraniano.
- Boa tarde, Berta! – Harry cumprimentou educado, como de costume, e juntou as mãos atrás do copo.
- Boa tarde, tia. – Zayn sorriu sapeca. A intimidade com a governanta se dava ao fato de que na infância, o rapaz, frequentava regularmente a mansão Meester para brincar com e com a prima. – Cadê a ?
- Ela está no quarto dela. – o forte sotaque da senhorinha fazia Styles prender o riso, era tão engraçadinho. – Na verdade, ela me disse que o senhor Payne viria busca-la e que ela dormiria na casa da senhorita Ortega. Mas eu vou avisá-la de que estão aqui para leva-la e vou auxilia-la a descer. A pobrezinha se recusou a me contar como conseguiu fazer aquilo na perna... – Berta iniciou um discurso de como se preocupava com , e como estava preocupada com o ocorrido, a babá balançava a cabeça negativamente e entristecia o semblante sempre que mencionava a perna fraturada de sua querida .
Os dois rapazes não aguentavam mais ouvir tanto papo furado e em um momento de desespero Zayn interveio: - Tia, cadê a mesmo? – a senhorinha exclamou se lembrando para que eles estavam ali. – É que nos estamos atrasados, entende?
- Ah sim! Eu vou chama-la e ajuda-la a descer. – a governanta dizia se dirigindo a escada colossal.
- Não precisa se preocupar. – Harry se pronunciou – Nós a ajudamos a descer. – ofereceu sorrindo gentilmente, o que Ju denominaria como um sorriso diabólico.
- Ah, tudo bem então. – a senhorinha sorriu satisfeita e se retirou em direção a cozinha.
Os rapazes se entreolharam maliciosos e dispararam até a escada. Chegando ao andar superior se depararam com cerca de 30 portas e a decepção invadiu seus míseros seres.
- Puta merda... – Styles murmurou.
- Vai ser impossível achar o quarto dela antes do jogo começar.
- Qual foi a última vez que viemos aqui?
- Ah não sei... – Zayn estranhou a pergunta. – Uns dois anos, talvez. – deu um palpite e ambos seguiram pelo corredor batendo nas portas e se deparando com quartos de hóspedes. – O que está fazendo? – indagou ao amigo que sorria diante dos retratos da família Meester.
- Nunca perca uma oportunidade dessas, meu caro... – Harry ria sozinha enquanto tirava foto de um quadro de Juliana com uns 15 anos.
O garoto adicionou a foto à história de seu Snapchat, com a legenda “Joia rara do nosso Saci”.
- Ela vai te matar! – Malik ria.
- Agora é só esperar. – o rapaz bloqueou o aparelho de celular e o guardou no bolso, apoiou-se na parede, cruzando os braços.
- Esperar o quê? – o amigo não entendia seu raciocínio.
- Ela logo vai ver a postagem, se tocar que estamos aqui e sair furiosa de alguma dessas malditas portas! – explicou, encarando os quadros que estavam na parede. “Ela é bonita”, se permitiu pensar por poucos segundos e já espantou tal declaração silenciosa. Ele só gostava de provoca-la e nada mais, era apenas mais uma garota! Apenas uma entre milhares. Só mais uma na multidão. Fim!
Pena que o rapaz já havia reparado bastante que os olhos azuis escuros, da garota, eram brilhantes como duas pedras de safira. Seus longos fios negros, totalmente lisos, se destacavam a sua pele clara. Afinal, Meester conseguia chamar muita atenção por sua aparência, mas também surpreendia a todos com seu jeitinho singular de ser!
Já que Harry se permitiu pensar que a garota era dona de uma beleza esplendida, que mal fazia imaginar que se não fosse pelo fato de que ela é INSUPORTAVÉL, ele até investiria na morena...
Sorriu de canto com toda a situação e pode ouvir Zayn dizer:
- Cara, você é um gênio... Um gênio diabólico! Que orgulho! – o garoto falava se divertindo com a situação e abriu os braços convidando o amigo para um abraço.
- Owwn! Obrigada, cara! – Styles sorriu todo feliz da vida e abraçou o rapaz.
Os dois se assustaram e soltaram-se rapidamente ao ouvir um berro:
- Harry Styles! Seu viado, filho de uma puta, idiota, imbecil, o que você ousa fazer na minha casa? – a garota abriu a porta violentamente e apareceu no corredor com suas muletas. Seria até ameaçador... se não fosse cômico!
Os dois rapazes a encararam sérios até caírem na gargalhada.
- Viemos até aqui ajudar a incapacitada. Ordens de Hilton. – Harry provocou.
- Seu grande filho puta!
- Olha a boca! – o rapaz a repreendeu, levantando o indicador.
Meester rugiu enraivecida e arremessou uma das muletas na direção de Styles, no entanto, nunca dissemos que a menina era dona de uma boa pontaria. Ela não conseguiu acertar seu alvo, mas acertou em cheio o meio das pernas de Malik. Que levou as mãos ao local atingido, inclinou-se para frente como se o pequeno gesto fosse amenizar a dor e tossiu.
- Sabe o que dizem? – Harry perguntou retoricamente a – Que quando você chega a tossir porque foi atingido nas bolas foi sério!
A morena intercalava seu olhar entre Styles e o seu pobre alvo que agora tentava endireitar a postura, porém ainda fazia uma caretinha.
- Meu Deus, Zayn, me desculpe! – a menina tentava correr até o rapaz, contudo era difícil andar com um perna quebrada, quem dirá correr! E o fato de uma de suas muletas estar jazida no chão longe de seu alcance não ajudava muito.
- Está tudo bem... – Malik sorriu azedo sem mostrar os dentes. – É bom ver que mesmo com o que aconteceu... – referia-se a perna da garota que agora estava inútil devido o gesso. – você continua firme e forte.
- Cadê o Liam? Aquele inútil não serve nem para vir me buscar? – questionou séria tentando se agachar para recuperar sua muleta.
- Ele foi comprar comida e as bebidas. O Louis meio que obrigou ele a isso. – Harry respondeu, com as mãos nos bolsos, encarando todo o esforço da morena, sem mover um músculo para ajuda-la.
- Idiota... – murmurou finalmente alcançando o objeto que estava no chão, todavia ao tentar se levantar a menina se desequilibrou e acabou caindo para trás, bateu a perna engessada no chão e xingou todos os setes bilhões de seres humanos existentes neste lindo planeta.
Malik que ainda sentia pontadas na região acertada, abaixou-se para auxiliar a se levantar, enquanto o outro continuava encarando a tudo com as mãos nos bolsos e mantinha um sorriso de lado por achar tudo aquilo muito hilário.
- Você está bem?
- Minha perna dói. – Meester respondeu a Zayn. A menina abaixou a cabeça, mordeu o lábio inferior e manteve os olhos fechados tentando afastar a dor horrível que chegava a apertar seu coração.
- Eu vou te levar para o seu quarto, você deita um pouco, quando sentir que estar melhor vai se trocar e então nós vamos para a minha casa, pode ser? – o moreno indagou, passando um dos braços dela pelo seu ombro e se abaixando para pega-la no colo. A garota apenas concordou com o que ele havia dito e se manteve calada, evitando, até mesmo, respirar para ver se sua perna parava de latejar. – Harry, você pode pegar as muletas da , por favor?
- Desculpa cara, mas não vai dar... Eu estou ocupado. – Zayn e viraram seus olhares para o rapaz que continuava imóvel com as mão nos bolsos.
- Fazendo o quê? – seu amigo perguntou com uma careta engraçada.
- Achado tudo isso muito engraçado!
- Mas é trouxa... – a garota negou com a cabeça e foi levada por Malik até seu quarto.
O rapaz a colocou na cama, tentando balançar o mínimo possível o coxão, para evitar que sua perna doesse ainda mais, agrupou algumas almofadas embaixo do gesso para que ela ficasse confortável.
- Obrigada. – falou realmente grata, pois naquele momento qualquer um que fizesse o mínimo para aliviar sua dor já um cantinho reservado no céu.
- Não por isso. Vou pegar suas muletas. – o rapaz virou-se e esbarrou em Harry que esteve ali o tempo todo apenas observando e armazenando informação. No momento ele sabia que Malik era um filho da puta esperto que estava se aproveitando do mal da “pobre” garota para ganhar pontos com ela e facilitar sua vida com aquela bendita aposta que eles fizeram no início do ano.
- Quem você acha que vai ganhar jogo hoje? – Styles tentou um diálogo com a menina que o encarou furiosa.
- Calado.
- Aqui . – Zayn voltou rapidamente. – Nós vamos descer, se precisar de alguma coisa é só nós chamar, ou chamar a Berta, mas você já sabe disso, não é?
- Sei sim, obrigada mais uma vez. Não precisa se preocupar, eu só vou me trocar.
- Nisso eu posse te ajudar. – Harry disse “inocentemente”, com um sorrisinho e piscou para ela.
- Fora. Do. Meu. Quarto. A.G.O.R.A!
Do lado de fora da mansão Meester, a morena caminhava lentamente em direção ao carro por ainda não ter se acostumado com as muletas, Zayn carregava a bolsa da garota e tentava a ajudar a continuar seu caminho, porém apenas a atrapalhava. E Harry esperava os dois apoiado na lateral de sua Ranger.
- Cadê seu carro, Zayn? – perguntou procurando pelo Maserati.
- O Harry veio dirigindo. – o garoto estava concentrado em não deixa-la cair, mantinha seus olhos voltados para chão acompanhando cada passo dela. – Vem, eu te ajudo a entrar no banco da frente.
- Eu vou ligar para alguém vir nos buscar. Pega meu celular no bolso externo.
- O Harry Styles que quebrou sua perna está bem ali, para nos levar! Olha ele lá! – apontou para o amigo que estava com as sobrancelhas juntas não entendo porque a menina dizia tais coisas. – Está vendo ele? – Zayn começava a pensar que o relaxante muscular que a menina estava usando começava a relaxar seu cérebro. O rapaz se afastou da morena e puxou o amigo pela gola da camiseta até ele estar na frente dela.
- Não, só tem você e eu aqui. – falou decidida, encarando os olhos verdes de Harry que a fitava desafiador e gargalhou sarcástico com a declaração dela. – Mas okay, vamos usar este carro... Você me ajuda Zayn? – questionou manhosa.
- Entendi agora! – Malik exclamou abaixando a cabeça e rindo minimamente. – Você está fingindo que não o vê! – arqueou as duas sobrancelhas como se dissesse “Sério, essa será sua tática?!”.
A garota bufou irritada com a atitude do moreno e terminou seu caminho em direção a Ranger, abriu a porta e sentou-se no banco do carona sem a ajuda de nenhum dos dois.
Styles dirigia até a mansão Malik e nenhum deles abria a boca, o motorista estava calado, a aleijada mexia no celular e Zayn observava a paisagem que passava por sua janela. Tudo na mais bela paz, até que todos se assustaram quando Toxic da Britney Spears começou a tocar de algum lugar e só foi Zayn murmurar um “Louis filho da puta” que o outros dois entenderam o que havia acontecido.
- Fala... O quê? Está aqui... Mas não fui eu!... , não fui que postou a foto!... Foi... Foi ideia do Harry!... Tudo bem, vou passar para ela. – o rapaz entregou o celular para a menina que estava no banco da frente. – Oi baby doll... Eles não ousariam – deu uma risadinha. – Eu sei. Ele sabe que o tio Dess “adoraria” saber dos orgias que o primogênito dele anda promovendo... O quê? Eu não falei nada ainda! – revirou os olhos. – Okay, já estamos chegando... Okay!... Já disse okay!... eu entendi, tchau.
- O que ela queria? – o primo da caçula perguntou.
- Ser Ortega! – a menina respondeu balançando a cabeça irritada.
Logo Harry adentrava os portões da mansão e estacionava o veículo em frente a porta principal. escancarou a porta da Ranger e colocou a cabeça pra fora do automóvel para conseguir puxar as muletas que estavam ao seu lado e ela se recusara a dá-las para Malik. A menina se esforçava para puxa-las sem que batessem em sua perna fraturada quando sentiu um grande baque na cabeça, ao levantar o rosto pode ver Styles se distanciando lentamente do carro.
- Idiota! – gritou abrindo a porta novamente e massageando o local atingido. – Vê se cresce Styles! – o garoto piscou para ela e entrou na casa do amigo.
- Você está bem? – Zayn se aproximou da garota e a ajudou a descer. – Não sei por que ele fez isso...
- Eu sei! Ah, eu sei! Porque é retardado!
O moreno riu e ajudou a entrar em sua casa, ambos se dirigiram a sala de televisão onde todos já estavam reunidos. , e Niall sentados no sofá ouviam concentrados uma história que ia contando. Louis e estavam deitados no chão conversando e rindo. E Harry levava bronca de um Liam visivelmente irritado, devido a postagem da foto do retrato de Meester.
- Finalmente vocês chegaram! – Niall disse chamando atenção de todos.
Logo Payne e Ortega correram em direção a para auxilia-la. Quase faltou Liam pegar a garota no colo e senta-la em uma poltrona.
- Você acha que vai ficar confortável assim, ?
- Coloca seu pé aqui em cima.
- Eu vou colocar suas muletas aqui, se você precisar é só me falar que eu pego para você.
- Você quer um copo de água? Está com fome? Quer uma coberta?
- Parem de me tratar como demente! – a garota se sentia sufocada com tanta atenção e riu nervosa.
- Desculpa... – disse desconcertada se afastando um pouco.
- Para de ser fofa, , da vontade de te bater! – a amiga brincou rindo de lado e a caçula foi até ela lhe dar um abraço.
- Que tal nos prepararmos para assistir o jogo? – o anfitrião perguntou.
- Beleza, eu vou pegar a comida. – levantou-se empolgada.
- Eu te ajudo. – Horan foi ate a garota e passou o braço por seu ombro.
- É só para pegar comida hein! – o irmão da menina disse sério.
- Ah, desencana, Styles! – Louis deu um tapa na nuca do amigo. – Você sabe que o Niall é lento demais para fazer alguma coisa. – riu encarando o loiro que lhe mostrou o dedo do meio e se retirou em direção à cozinha juntamente com a caçula. – Eu vou pegar travesseiros e cobertas. Senhorita Ortega, gostaria de me acompanhar?
- Claro, Senhor Tomlinson. – tentava prender o riso. – Vem com a gente, ? É muita coisa...
- Vou sim.
- Senhoritas, acompanhem-me. – estendeu o braço para cada uma delas e os três foram até o andar superior.
Restaram apenas Liam, Zayn, Harry, e na sala, embora estivessem presentes alguns laços de amizades lá, o silêncio desconfortável que se seguiu foi inevitável.
- Então... – foi Malik quem se pronunciou. Chegou a concussão que deveria se torna uma lei que não era permitido deixar aquelas pessoas sozinhas no mesmo ambiente. – Eu vou... Pegar um negócio lá me cima.
O rapaz subia as escadas sentindo os primeiros efeitos de ansiedade pelo jogo, queria que começasse logo para que fosse possível saber o resultado o mais rápido possível! A camiseta do Liverpool que ele estava usando nunca parecera lhe vestir tão bem, ele tinha muito orgulho pelo fato de ser torcedor de um time como aquele, com tanta história e tantos títulos.
Ao chegar a frente à porta de seu quarto, percebeu que ela não estava fechada como havia a deixado horas atrás, murmurou um “Louis filho da puta” – o segundo daquelas 24 horas – e adentrou o cômodo esperando pelo pior. Da última vez que o amigo aprontara algo em seu quarto, ele havia enchido o teto do banheiro com bolotas de papel molhado, jogara chá na gaveta de cuecas do rapaz e todas as roupas de Zayn passaram longas horas no jardim da mansão.
Ao abrir completamente a porta branca, não notara algo de estranho, foi até o banheiro e tudo também estava intacto, contudo a porta do closet estava aberta, ao se aproximar pode ver, ninguém mais, ninguém menos que Hilton em cima de um banquinho para conseguir alcançar cobertas e travesseiros, todavia a loira ainda encontrava dificuldade para apanha-los. O que conseguia pegar ia jogando no chão.
Ele não pensou duas vezes, se aproximou cautelosamente dela e deu um grito a assustando. deu um pulinho com a surpresa e o banquinho em que estava em pé se desequilibrou, a menina tentou segurar no armário, porém não foi muito efetivo. A loirinha ia caindo para trás e ainda bem que Zayn foi rápido e conseguiu segurá-la antes que atingisse o chão.
- Foi mal. – prendia o riso e a colocou de frente para ele.
- Idiota... – riu com as mãos sobre o peito, sentindo o coração acelerado, fechou os olhos e controlou a respiração afim de que o coração voltasse a bater normalmente.
Zayn mantinha um sorriso no canto dos lábios, reparando cada pedacinho da face da menina e UAU, o rosto de Hilton era tão delicado, seus olhos castanhos, meigos e brilhantes pareciam avelãs, seus lábios avermelhados poderiam ser comparados com um par de balas de morango, e no momento o rapaz se sentia tentado a experimenta-los...
- Que foi? – questionou ao abrir os olhos e ver que o moreno a fitava.
- Nada... Desculpa pelo susto. – começou a recolher o que a menina havia jogado no chão – Eu vou levar isso lá para baixo. – acenou com a cabeça e se retirou.
o viu sair do cômodo e parou um instante para pensar em tudo que estava acontecendo ultimamente, não que ela já não havia feito isso antes, porém o assunto Zayn Malik estava se tornando corriqueiro em seus devaneios. E a loira não tinha certeza se isso a agradava, afinal por mais que o rapaz estivesse se mostrando atencioso e parceiro ele continuava sendo quem era e os dois nunca haviam combinado antes, porque este fato mudaria agora? No entanto parecia que estava mudando e isso poderia ser bom, só não queria admitir, pelo menos não em voz alta...
Logo Louis e apareceram no quarto de Malik para ver porque a loira estava demorando. Os três desceram e tudo finalmente já estava pronto para o inicio da partida.
- , finalmente você chegou. Estou aqui pela aposta, babe. – já estava na metade de seu balde de pipoca. – Quero ver você acabar com esse babaca. – riu, chutando a bunda de Malik que estava em sua frente.
- Hey! – protestou dando um tapa no pé da ruiva. – Mas ela tem razão. O jogo vai começar daqui a pouco, vamos fazer a aposta. Vinte libras por gol?
- O que acha de cinquenta?
O rapaz gargalhou com a mão sobre a barriga: - UAU, você realmente quer ficar sem dinheiro para o mês, né?!
- Anda logo, você quer, ou não? – a menina falou irritada.
- Claro que sim! – apertaram as mãos selando a aposta.
- Isso está ficando interessante. – Harry sentou no chão ao lado de .
Todos escolheram um lugar confortável para que se sentassem. Jogaram pipoca para alguns lados. Reclamaram porque alguém estava na frente obstruindo a visão da TV. Um levou um pisão na mão e fez um escândalo devido ao incidente. O telefone de alguém começou a tocar e um novo escarcéu se iniciou pelo barulho que se fazia. Alguém mudou, acidentalmente, o canal da televisão e os primos se revoltaram. Duas começaram a reclamar de dor de cabeça. Uma sessão de “xiu” iniciou-se. Eles, simplesmente, eram um desastre...
- ESCUTA! – Zayn gritou de olhos fechados e todos se silenciaram, voltando-se para ele. – Obrigado! O jogo vai começar.
A câmera mostrava o estádio tomado por vermelho devido o uniforme oficial de ambas as equipes ter esta cor. E então os times entraram em campo e a sala de televisão dos Malik foi tomada por gritos. Manchester United, os Diabos Vermelhos, com a cor oficial do uniforme e Liverpool FC, os Reeds, com o uniforme secundário um amarelo com detalhes vermelhos.
Os adolescentes agiam como se estivessem em Manchester assistindo ao jogo ao vivo. Deu-se inicio ao hino da Inglaterra que os dez cantaram a todo pulmão, honrando cada ancestral. E FINALMENTE – para o desespero de muitos – o juiz, Alex Ferguson, apitou o inicio da partida.
Dez minutos de jogo e Michael Carrick, meio campista dos Diabos, passava a bola para Wayne Rooney, atacante, que de fora da área chuta em direção ao gol e bate na trave, fazendo quase vomitar seu coração.
O jogo disputado se seguia com dribles e roubadas de bola. já havia gritado um milhão de vezes por faltas que apenas ela via e ninguém mais conseguia enxergar, nem o juiz, muito menos seus amigos.
Liverpool FC, tinha a bola guiada pelo meia, Jordan Henderson, que a passou para Adam Lallana, que deixava o meio de campo em direção a zaga do Manchester e passou a bola para o atacante dos Reeds, Mario Balotelli, que encheu pé para chutá-la em direção ao gol de David de Gea e GOOOOOOOOOOOOOOOL.
Infelizmente aquela havia sido difícil pra o goleiro do Manchester e era 1 a 0 Liverpool!
- AHHHHHHHH! – Malik gritava empolgado. – Isso vai ser muito bom!
escondeu o rosto nas mãos, recusando-se ver a comemoração dos jogadores e do primo, levantou-se e colocou uma nota de cinquenta em um canto da estante.
- Isso é só o começo Malik!
- Claro que é priminha. Ou acha que vou terminar o dia com apenas cinquenta libras? - o rapaz estava tão confiante que a partida já estava no papo que o fato de apenas quinze minutos do primeiro tempo terem passado não o assustava.
Voltando a se concentrarem no jogo era possível ver que todos os jogadores davam seu máximo. E em uma roubada de bola os Reeds se encaminhavam novamente para o gol dos Diabos Vermelho e...
- FALTA! – Malik e Westwick gritaram juntos, saltando do sofá.
- Ah, nem vem! – com o coração acelerado Ortega também se levantava.
- Que isso juiz?! – reclamava assistindo, Alex Ferguson, discutido com alguns jogadores do Manchester que reclamavam alegando que não havia acontecido nenhuma falta grave, no entanto, ele já marcava o local para a falta ser cobrada. Entrada da área do United.
- Já era priminha. – passou o braço pelo ombro da menor que não acreditava no que se passava diante de seus olhos.
Barreira formada. Daniel Sturridge conversava com Mario Bolatelli, próximos a bola, pareciam analisar as melhores possibilidades para bater aquela e aumentar a vantagem do Liverpool. Do outro, estava David de Gae arrumando sua barreira, pedindo para que os colegas fossem para a direita ou a esquerda, da maneira que ele julgava melhor.
O juiz apita, o atacante bate e... passa por baixo da barreira: 2x0 Reeds.
- AHHHHHH! – Malik comemorava pela segunda vez naqueles últimos vinte e cinco minutos.
- Simplesmente não pode ser! – Ortega falava desanimada somando uma nota de cinquenta a outra que já estava em cima da estante. – Até eu pegava aquela... – falou de cabeça baixa e todos se voltaram para ele porque o mundo sabia que Ortega era uma negação em qualquer esporte envolvendo bolas: futebol, vôlei, handball, basquete, tênis, queimada, entre outros. Ao perceber que era o foco dos amigos, as bochechas da garota ganharam uma leve cor rosada. – Ou não... – riu sem graça.
- Pobrezinha. , não fica assim. É impossível o primeiro tempo acabar sem m único golzinho do Manchester. – Louis falava otimista.
A morena sorriu para ele e sentou-se ao seu lado, retornando a concentração para o jogo.
Os minutos iam se passando, e o Liverpool continuava com ataques perigosos a área do Manchester, no entanto, o goleiro, David de Gae, e os zagueiros, Johnny Evans e Luke Shaw faziam um ótimo trabalho. Todavia não era apenas os zagueiros do Manchester que trabalhavam duro. Logo o atacante, Wayne Rooney, pegava a bola e cruzava o campo em direção ao gol dos Reeds, cruza a bola para Javier Hernández e de cabeça ele marca o primeiro do United!
- EU NÃO ACREDITO! – Ortega comemorava o gol. Afinal um placar de 2X1 era melhor que um de 2X0. – Louis Boca Santa Tomlinson! – abraçou forte o amigo, vendo o primo se dirigir a estante para colocar uma nota de cinquenta lá. Ah, como era bom e bonito quando não era ela quem fazia aquilo!
O primeiro tempo acabou com aquele placar e os jogares iam até o vestiário para conversar com o técnico, fazer algumas mudanças de táticas e até mesmo na equipe e também para descansar um pouco.
- A primeira etapa acabou – Niall se pronunciava pela primeira vez desde que o jogo começara. O irlandês era mais do tipo que sentava, assistia e analisava. – Como estão? – se referia aos ânimos dos primos, afinal aquela era uma aposta grande!
- Confiante. – a menina falou mexendo no celular. Conversava com o pai que também estava sintonizado na partida, porém fazia isso de Nova York. – Pensamentos positivos sempre!
- Desiste, ! Pelo jeito que está, já era... – se sentia dando um conselho para a amiga, mal sabia ela que estava mais era a depreciando.
- Nossa – levantou os olhos para a loira –, obrigada pelo apoio moral. Vou até me retirar do recinto porque estou ofendida! – Hilton riu de seu drama, porém a morena realmente se levantou e saiu da sala.
O pessoal começou a conversar e rir. Até parecia que se amavam e eram um grande grupo de grandes amigos que passaram por grandes momentos. Quem olhasse para a roda não pensaria que na verdade o que eles mais faziam era brigar e sentir uma vontade imensa de matar o outro, ou no mínimo do mínimo machucar consideravelmente!
- Liam – , em certo momento, chamou pelo melhor amigo, que estava sentado o braço da poltrona que ela estava. Os dois conversavam com Tomlinson e Hilton. – seja um bom escravo e me traga uma cerveja.
O rapaz abaixou seus olhos para ela não acreditando nas palavras que saiam de sua boca, com as sobrancelhas arqueadas ignorava a gargalhada que Louis dera em função da expressão horrível que Meester usara.
- Quê?
- Eu disse: Liam seja um bom escravo e me traga uma cerveja. – prendia o riso. – Qual o mau nisso?
- Você é muito folgada!
- Não fala assim! Estou com uma perna quebrada!
- Exatamente, UMA perna quebrada, não as duas. Você ainda pode se locomover! – explicava e a morena o encarava séria e fingindo irritação. – Na verdade, você deve se locomover, senão, vai ficar gorda e aí vai ser difícil para ficar te carregando pelos lados no colo! – falava rindo e sendo acompanhado pelos dois amigos. deixou o queixo cair teatralmente e deu um tapa na coxa daquele que se dizia seu amigo.
- Vai logo, Payne!
- Sé se você pedir com jeitinho. – cruzou os braços e endireitou a postura.
- Vai agora!
- Isso não é um por favor.
- Anda Liam! – falava chorosa.
- Errou de novo.
- Payne você sabe que se eu estivesse com as duas pernas boas já teria ficado de pé e te dado uma surra, ou então se minhas muletas estivessem mais próximas uma já estaria quebrada na sua cabeça! – dizia rápido e se embolava com as palavras, enquanto Louis e riam, e Liam tentava se manter sério – sem muito sucesso.
- Não chegou nem perto dessa vez.
- ARGHH, Payne! – socou as próprias coxas.
- Eu só vou porque sou um ótimo amigo, que isso fique bem claro. – se levantou e foi até a cozinha pegar o que a morena havia pedido. E se lembrara de Ortega, ela usara a mesma expressão um dia.
O rapaz foi até a cozinha e ao se aproximar pode ouvir a voz de vindo do cômodo:
- Aham... Não se preocupa com isso... – adentrou o cômodo, pode ver que a menina sentada no mármore da bancada central, falando ao telefone e sorriu minimamente para ela que retribuiu o gesto, dirigiu-se à geladeira. – Okay, nós nos vemos na academia amanhã então? – Se perguntava com quem ela conversava. – Boa sorte, nessa! – a menina riu de algo. – Tchau, beijo. – sorriu e desligou a chamada.
Viu Liam procurando por algo e deduziu pelo o que ele buscava.
- Estão na última prateleira. – o garoto se virou na direção dela e logo após se abaixou, encontrando a cerveja. Pegou uma para a amiga e foi até a bancada atrás do abridor de garrafas.
“Agir naturalmente. Mostrar-me amigo. Não mencionar o imbecil do Phillips.”. Era tudo o que pensava conforme se aproximava da morena.
Eles estavam evitando ficar sozinhos, pois o climão que se instalava no ambiente era irrevogável e totalmente embaraçoso. E era perceptível que o rapaz apenas não conseguia não querer beijá-la, tanto que da última que os dois ficaram isolados do resto do grupo, ele de fato a beijara! Liam mantinha o conselho de Meester em mente, todavia era muito complicado apresentar amizade a uma pessoa que ele desejava de uma forma diferente.
Abriu a gaveta onde já sabia que encontraria o abridor de garrafas e no momento gritava em sua mente “COMO EU INICIO UM ASSUNTO? O QUE DIZER? EU FALO ALGUMA COISA OU SÓ VIRO AS COSTAS E VOU EMBORA?”.
- Então... – disse tirando a tampa da garrafinha, levantou o olhar para a garota que o encarava com os olhos costumeiramente curiosos. Ele era fascinado pelos olhos de e como eles sempre pareciam interessados em tudo que a rodeava, assemelhava-se a uma criança bisbilhoteira.
- Então? – repetiu a fala dele depois de algum tempo que o moreno não falara nada.
- Vim pegar para a . – balançou o recipiente com a droga lícita.
- Ela anda nos explorando mais que de costume agora que está com aquele gesso... Mas eu não a culpo. – ambos riram.
- Não sei como ela ainda não matou o Harry depois do incidente!
- Eu realmente achei que da próxima vez que ela o visse iria pular no pescoço dele e o arrancaria com os dentes!
- Eu não acreditei quando a disse para ele ir busca-la! – Liam colocou a cerveja de lado e sentou-se ao lado da menina na bancada. – A já vai ter que passar o jogo todo no mesmo ambiente que o Harry e ele ainda foi até a casa dela para traze-la aqui!
- Nossa, por favor, não me fale em jogo!
Liam riu com a cabeça para trás e se virou para a morena com cara de riso.
- Você está muito ferrada!
- Merda! Eu não posso perder essa aposta pelo simples motivo de estar apostando com Zayn Malik! – Ortega falava angustiada. – Meu primo é muito chato!
- Estava falando com seu pai sobre o jogo? – ela o encarou curiosa. – No telefone. Agora. – Bela forma de saber com quem ela conversava. Ponto para o Payne.
- Ah não! – disse gesticulando abertamente para explicar-se. – Quer dizer, sim, já falei sobre isso com o meu pai. Mas não, eu não estava falando com ele agora. – riu. – Era o William, meu professor de dança. – ele prestava atenção no que ela dizia, apesar de nunca estar realmente interessado nas aulas de dança da menina. – Teremos uma apresentação importante em alguns dias, para introduzir alguns estudantes para Juilliard – se referia a Juilliard School, uma escola de música e artes cênicas localizada em Nova Iorque, Estados Unidos. A instituição é considerada um dos principais conservatórios e escolas de dramaturgia do mundo. – e para Real Academy of Dance. – a maior escola de balé do mundo, localizada em Londres, Inglaterra – E eu estarei em uma das performances principais, no entanto, eu não estou conseguindo acertar as entradas...
- E está nervosa devido a isso?
- Claro! Eu preciso me sair bem para ajudar o pessoal! Sem contar que eu quero ser estudante da Juilliard um dia, e se eu me sair realmente bem dessa vez eles podem se lembrar disso quando eu enviar a minha carta de recomendação!
- Você quer estudar na Juilliard? – ela acenou positivamente com a cabeça. – Mas isso não é tipo... do outro lado do mundo?
A menina riu minimamente, negando a indagação dele: - É só do outro lado do Atlântico!
- E isso é muito longe! Porque quer ir para lá?
- Minha mãe estudou lá. – balançava os pés de um lado para o outro – Acho que ela ficaria orgulhosa se eu também estudasse.
- Então, é só por causa disso? Você não quer realmente ir para lá, é só para impressionar sua mãe.
- Não, não só por isso! Nova Iorque é a capital da dança! – falava deslumbrada, imaginando o tanto que aprenderia quando pudesse mergulhar naquele mundo que parecia tão esplêndido. – São todos os ritmos juntos em uma perfeita sintonia! A minha vida vai ser definida em “Antes de Juilliard” e “Depois de Juilliard”!
A conversa poderia ter continuado, porém um estrondo chamou a atenção de ambos que se retiraram rápido da cozinha e seguiram o barulho até chegar ao lavabo, onde puderam ouvir e Harry gritarem.
Alguns minutos antes do escândalo no lavabo:
A morena esperava sua cerveja e cogitava que Payne teria ido até uma fábrica fazer uma garrafa, depois passou em outra fábrica para conseguir a bebida e ainda ia passar em uma outra para conseguir uma tampa. Realmente muitas fábricas!
Mas ele estava demorando tanto que aquela ideia estava se tornando aceitável.
Bufou entedia e se levantou para ir atrás de uma lesma chamada Liam Payne. Assim que tomou impulso para se erguer, surgiu ao seu lado com suas muletas. Meester agradeceu, achando engraçado o fato de todos estarem todos prestativos com ela.
A menina encarou o mar de corpos estirados no chão da sala que não fizeram questão de se levantar para que a enferma passasse sem maiores problemas. A morena retirava o pensamento de todos estarem bondosos com ela ultimamente, eles eram babacas. Todos eles! Muito babacas!
Após passar por , Niall, Zayn, , Demetria e Louis, só faltava uma pessoa, que na verdade não estava deitada, e na verdade não estava atrapalhando a passagem dela, contudo aquela pessoinha irritante havia a machucado fisicamente e psicologicamente mais cedo naquele mesmo dia.
Styles, sentado no sofá central, mexia no celular. E quando a morena foi passar ao seu lado, ela “sem querer” deixou a muleta em cima do pé do rapaz, para que conseguisse andar.
- Filha de uma... mãe! – o rapaz se controlou para não xingar a pobre Diane Meester.
- Oh meu Deus! Eu te machuquei?! – cínica!
- Claro! Foi o seu peso inteiro em cima do meu pé! – o garoto retirava o sapato para massagear o alvo da morena. – Você pesa quanto? Cinquenta quilos? – pelo menos ele não falara que ela estava a cima do peso. – Em cada perna?! – esquece...
- Não exagere! – se virou completamente para ele e mais um vez o acertou “sem querer”, mas dessa vez na coxa. – Oops... Acho melhor eu sair antes que mais alguém se machuque! – pode ouvir as risadas de alguns dos amigos e continuou seu caminho, agora mais leve pelo fato de ter se vingador por todos os acontecimentos daquele dia.
Ia caminhando lentamente até a cozinha quando de repente Harry apareceu a sua frente, o moreno arrancou as muletas das mãos da menina que grunhiu irritada pela insolência dele, e se apoiou na parede para não cair.
- Você vai pedir desculpa agora.
Ela gargalhou forçadamente com a cabeça jogada para trás: - Quantos anos você tem? Eu não vou pedir desculpa!
- Você que parece uma criança!
- Eu?! Como ousa?
- Pedi desculpa, !
- Nunca!
- Ah, se não vai ser por bem, vai ser por mal! – com os braços cruzados sorriu abertamente, diabolicamente.
Meester apenas arqueou uma sobrancelha desafiando-o a fazer algo.
Ele se aproximou dela, e a menina levantou o queixo para manter o contato visual e mostrar-se ameaçadora. Falhou na missão, mas tudo bem...
Com um sorriso divertido o rapaz se abaixou e jogou a menina em seu ombro, pegou as muletas dela e caminhou para o lado contrario à cozinha. Passou pela porta da sala de televisão, e os amigos que até então prestavam atenção a algo que Niall falava, encararam a cena com as sobrancelhas arqueadas, achando muito estranho, porém engraçado, deram de ombro e voltaram a atenção para o irlandês.
Enquanto a menina socava as costas dele, se debatia e usufrui de seu catálogo de xingamentos, o garoto abriu a primeira porta que viu pela frente, o lavabo.
Entrou sem pensar duas vezes e ao se virar bateu a cabeça de na porta.
- Mas que caralho! – a morena xingou alto e ele riu.
A colocou sentada na mesa de mármore, sem conseguir sair, pois suas muletas estavam do outro lado do pequeno cômodo. Ele os trancou dentro do pequeno espaço, cruzou os braços e se se encostou à parede oposta onde a menina estava.
- Agora você pode me pedir desculpa e não ter medo que alguém te ouça.
- Por que você não morre logo e me deixa em paz? - questionou, sorrindo sarcástica.
- Você é realmente cativante!
- E você idiota, mas não e só por isso que eu te tranco nos lugares. Abre esta merda de porta e me deixa sair. – Harry apenas sorriu de canto, balançando a cabeça negativamente e a garota escondeu o rosto entre as mãos para não explodir de raiva. – Anda, Styles. Eu não tenho o dia todo para perder com seus joguinhos infantis.
- É incrível a forma como eu não faço nada demais e você perde a razão! É realmente bonito de se ver o poder que eu tenho sobre você, meu bem.
“... o poder que eu tenho sobre você...” Mas que merda aquele cara estava dizendo? sentiu o sangue correndo por suas veias, e se a merda de sua perna não estivesse quebrada devido aquele imbecil, ela jurava que já teria quebrado o mármore da pia na cabeça da jamanta a sua frente.
- Já disse para não me chamar assim. – dizia pausadamente. – ME DEIXA SAIR!
- Pare de gritar, porra! – colocou as mãos sobre os ouvidos. – O ambiente é pequeno, mesmo que eu não quisesse eu iria te ouvir.
Meester encarou-o entediada por algum tempo e então soltou um grito estridente.
Os amigos que estavam na sala pararam de rir por um segundo ao ouvir o grito da menina.
- Mas o que será que aqueles dois estão fazendo? – perguntou preocupada.
- Cão que ladra, não morde. Fica tranquila que não deve ser nada demais, vai por mim! – Westwick falou e prosseguiu a conversa com Zayn.
Voltando ao lavabo, continuava a berrar feito uma louca sem causa e Harry estava quase pedindo para que Deus tirasse sua vida.
- Qual é o seu maldito problema? Para de gritar! – tentou falar mais alto que ela, ainda com as mãos nos ouvidos.
- Abre a porta que eu paro.
- Não!
- Então vou continuar gritando. – foi só o tempo de tomar fôlego que o rapaz se pôs a sua frente com a mão sobre sua boca.
- Você deveria ser internada em um manicômio, sabia?!
A morena retrucou a fala dele, sua voz estava obstruída pela mão do rapaz, mas ela não ligava e continuava falando, mesmo sabendo que ele não estava entendendo nada. Depois de algum tempo falando muito, porém nada, finalmente calou a matraca, e Harry continuava com a mão por sobre os lábios dela.
Verde e azul, ambos se encaravam enraivecidos. Tão próximos, que podiam sentir a respiração do outro. Styles foi abaixando devagar sua mão e perguntava com o olhar se a perturbada iria gritar novamente, no entanto, a morena apenas continuou séria. O contato visual era mantido, a aproximação aumentava, o garoto estava com as mãos apoiadas na pia e...
- O que você está fazendo? – indagou sentindo a proximidade grande, intercalando a visão entre os olhos do rapaz e seus lábios avermelhados.
- Nada! – falou com desdém, se afastando.
Uma gargalhada forçada foi escutada. A menina jogou a cabeça para trás teatralmente.
- Você não é homem o suficiente nem para me beijar! – tentava descer de cima do mármore gelado.
- Como é que é? – o garoto se irritou e voltou para perto da menina, impedindo-a de colocar o pé e a bota de gesso no chão.
- Você só consegue pegar as sem cérebro. Seu charme não me afeta, Styles, aprenda a conviver com isso. – sorria maldosa, com uma sobrancelha arqueada.
- Então quer dizer, que apesar de eu não ser charmoso o suficiente para VOCÊ, no fim das contas você me acha charmoso! – abriu um sorriso maior que o dela.
apenas pensava que havia se expressado de forma equivocada, e começava a raciocinar para rebater a fala de Styles.
Levantou o dedo indicador, abriu a boca para iniciar seu discurso inexistente. Afinal ela já reparara em Harry algumas vezes, em como seu cabelo estava sempre begunçadamente arrumado, como seu sorriso era simpático e seus dentes perfeitamente alinhados, a forma como ele falava calmamente e possuía uma voz rouca deleitável. Porém nada disso queria dizer que ele era charmoso! Pelo menos, não tanto assim!
- Admita Meester, você já me desejou! – tirava sarro, apreciando toda a situação.
Três pancadas fortes na porta foram escutadas.
- Eu te dou dez segundos para destrancar esta merda, você me ouviu Styles? – um Liam furioso foi ouvido.
- Era só o que me faltava... – Harry disse com a mão na testa.
- Eu vou arrombar essa porra de porta e te matar!
- Liam! – a voz atônita de também foi ouvida.
- Que foi?
- Você não pode simplesmente arrombar a porta.
- Posso... E vou!
- Calma caralho! – Styles falou alto, suspirando pesadamente.
- Não me venha com calma! – Payne chutou a madeira e Ortega o repreendeu. – Abre isso agora.
- Liam, está tudo bem. Ele já vai abrir a porta. – interveio. O amigo tentou replicar, contudo a menina não deixou. – É sério, está tudo bem. , o tira daqui antes que alguém seja assassinado! – encarou o rapaz sua frente como se lhe dissesse que ele devia uma a ela.
- Vamos Liam! – a caçula falava calmamente e o rapaz continuava parado feito uma pedra. – Vem logo! – o puxou pela blusa, arrastando-o para a sala de TV.
- Você não acha que ele realmente arrombaria a porta, não é? – Harry perguntou forçando o riso. – Ou me mataria?... Né?
- Não se preocupe. Ele não fara isso agora... Quem sabe outra hora... – falava de cabeça baixa voltando a se arrastar pelo mármore frio da pia para conseguir descer e finalmente sair daquele cubículo asfixiante.
- Você não acha que eu vou deixar você ir assim, não é? – Styles se aproximou dela.
- Dai-me paciência! – levantou o rosto entediada. – O que afinal você quer de mim? – questionou enfadada. Já estava cansada de tentar sair de cima daquela merda de pia e ele a impedir.
Seus olhos azuis aborrecidos o encaravam aguardando que ele dissesse novamente que queria que ela o pedisse desculpa, e então a menina gritaria pelo melhor amigo e diria que estava tudo bem ele arrombar a porta para tira-la de lá.
Contudo o que veio a seguir nunca em um milhão de anos havia sido calculado por um ser humana que já havia pisado no Planeta Terra, muito menos por Meester. É possível dizer que nem mesmo por Harry Styles, no entanto ela dissera que ele não era “homem o suficiente e blá blá blá”.
Com as mãos apoiadas na pia, Harry foi aproximando o rosto do dela, que foi se afastando, mas não o suficiente para deter os lábios avermelhados do rapaz que tocaram os dela.
Ambos com os olhos abertos achavam tudo muito estranho. Seus lábios se tocavam, suas respiração trancadas nos pulmões, os olhos assustados e feição estática. Nenhum dos dois ousava mover-se.
Até que Styles beijou o canto da boca dela, passou a pontinha da língua no lábio inferior da menina, pedindo permissão para seguir em frente, porém Meester continuava inerte, com os olhos abertos. Já que ela parecia estar morta Harry mordeu levemente o lábio dela, sem cortar o contato visual que mantinham.
Aqueles poucos segundos estavam entrando para a lista de Momentos-Mais-Anormais-Da-Vida-De-Um-Ser-Humano, para ambos! E tudo ficou ainda mais estranho quando a morena deu passagem para ele beijar-lhe descentemente.
A língua quente dela invadiu a boca do rapaz, e as mãos de não eram tão ousadas assim, se contentaram apenas em segurar a barra da blusa do garoto. E as mãos dele foram para o rosto dela, puxando de leve seu cabelo.
Entregues ao beijo que agora não parecia estranho, mas sim delicioso, o fato de se odiarem não aparentava algo tão grande assim.
Se afastaram para encherem o pulmão de oxigênio e se fitaram atônitos. Ele retirou as mãos da cintura dela e ela da blusa dele. Seus olhos pasmos encaravam um ao outro pedindo explicações do por quê aquilo tinha acontecido e por quê eles haviam gostado.
Evitando que respostas fossem professadas Harry entregou as muletas para ela, destrancou a porta do lavabo e se retirou em direção à sala de TV onde todos os outros estavam. continuou sentada por alguns segundos tentando absorver o acontecido e então com muito cuidado desceu da pia gelada e também fez o caminho para onde os amigos estavam.
chegou a sala e o jogo já havia começado a cinco minutos. Desnorteada encarou a cena sem discernir rostos, todavia, Liam se dirigiu a ela a fim de leva-la a seu lugar.
- Tá tudo bem? – ele questionou, sentando ao lado dela depois de colocar suas muletas encostadas na parede.
- Aham.
- O que aconteceu lá?
- Nada... Por quê?
- O Harry parece irritado. Quando ele chegou o Louis fez uma piada com ele e ele nem respondeu só encarou mal humorado e se sentou. – a morena dirigiu o olhar para Styles que estava compenetrado no jogo. Na verdade ele pensava na merda que havia acontecido minutos antes. Que porra foi aquela?
- Não aconteceu nada. – pensou em algo para dizer que convenceria seu amigo de que estava dizendo a verdade. – Ele só queria que eu pedisse desculpas. – até que não era mentira. Afinal Styles a arrastou para o lavabo com esse intuito e não com a intenção de enfiar a língua na garganta dela.
- E você pediu?
- Claro que não! – também não era mentira.
- Então, isso explica o humor da moça ali. – acenou com a cabeça para o rapaz que continuava concentrado no que se passava na TV.
- É, é sim. – isso é mentira!
O jogo continuava com o placar inalterado, 2x1 para o Liverpool, e Malik não poderia estar mais feliz, afinal seu time seria o campeão do campeonato inglês e de quebra ele poderia irritar a prima com esse fato por pelo menos umas longas três semanas ou até o momento que ela o agredisse fisicamente.
estava sentada no chão em frente a TV, enfeitiçada como uma criança assistindo a seu desenho animado predileto. Zayn estava ao seu lado. Eleanor encontrava-se jogada no chão, com a cabeça apoiada em uma almofada. E os outros amigos, como eram pessoas civilizadas, estavam sentadinhos em sofás ou poltronas.
Tudo se seguia em silêncio até que Bastian Schweinsteiger, meio campista do Manchester invadia a zaga dos Reeds e acabou sendo derrubado por Alberto Moreno, o zagueiro.
- Pênalti! – voou de onde estava.
- Foi na bola! – Westwick berrou.
- Pênalti! – a caçula repetiu.
- FOI NA BOLA! – Zayn e gritaram.
- Não foi! – e uma discussão iniciou. Zayn e versus Ortega.
Louis estava mandando uma mensagem para a mãe no momento da jogada e não havia a visto, o que não o impediu de se levantar de onde estava sentado e se dirigir a caçula para lhe dar um pouco de apoio moral.
E o juiz marca pênalti para o Manchester!
Todas as cabeças se voltaram para a televisão e já dava pulinhos e alegria.
Os jogadores do Liverpool tentam argumentar, porém o juiz marca pênalti. Pênalti para os Diabos. Uma ótima chance pra o Manchester empatar o jogo...
- Tanto faz. Eu aposto que o goleiro pega! – Malik disse com certeza e tranquilidade voltando a se sentar.
- Interessante! – sua prima se voltou a ele.
- Você quer perder mais dinheiro?
- Eu posso ganhar mais dinheiro!
- Vamos fazer assim, se chutarem para fora ou o goleiro pegar você paga 100 libras.
- Mas, se a bola entrar, você paga 150! Cinquenta por ser um gol do Manchester e 100 porque estava errado dizendo que não iriam marcar. – ela estendeu a mão para o mais velho, que encarou a TV por alguns segundos e depois selou a aposta com ela.
- Vocês são loucos! – foi possível ouvir a voz de que balançava a cabeça negativamente.
O moreno voltou a se sentar enquanto sua prima permanecia em pé com o coração nas mãos.
O próprio Schweinsteiger, que havia sofrido a falta, foi cobrar o pênalti. Posicionou a bola e tomou distância. O jogador encarou o gol, a bola, a torcida e ao apito do juiz correu até a bola e bateu...
Ortega pulava de alegria e Malik se arrependia de ter aberto a maldita boca.
Era gol do Manchester e o jogo estava empatado em 2x2, caso a partida fosse encerrada com esse placar uma prorrogação se iniciaria com um tempo de 30 minutos para ocorrer um desempate. E se nada acontece durante este tempo extra, daria início a penalidade máxima.
- Eu não aguento mais esse jogo. Falta muito? – perguntou alto em meio ao alvoroço.
- SIM! – os primos, , Louis e Harry responderam irritados.
A loirinha resmungou baixo e continuou inquieta em seu acento. Mexia no celular, mudava de posição de segundo em segundo, fuçava na bolsa de Hilton, tirava fotos pelo celular da amiga, enrolava a ponta dos cabelos, acariciava os cabelos de Niall e depois de um tempo não aguentava mais ficar naquela sala.
Estava entediada vendo tudo aquilo, embora fosse hilário ver todas as discussões e a forma como parecia uma criança chata quando Zayn fazia uma piada mínima. A garota realmente odiava futebol.
Pelo contrário, seu pai amava futebol.
Lembrava-se de que quando seus pais eram casados, muitas vezes queria brincar com o pai, porém ele tinha que trabalhar ou assistir aos malditos jogos de futebol.
Enfadada, a menina se levantou e se retirou da sala. Ninguém percebeu seu movimento, exceto um par de olhos azuis que seguiram seus passos e dez minutos depois também se retiraram da presença dos amigos.
- Você tá bem? – Horan perguntou a ela depois rodar a casa toda e decidir ir até o jardim principal, onde a menina estava sentada na escada.
Levantando os olhos para poder encarar o dono da voz e dos olhos que eram seu refúgio, sorriu: - Sim. É só que eu não gosto de futebol...
- Como não, é muito legal!
- Meu pai passava horas assistindo isso e tudo o que eu queria era brincar! Por isso não gosto.
- Oh, pobrezinha! Coitada da criança... – acariciou os cabelos dela. – Você fala bastante com ele? Com seu pai?
- Todo dia. – respondeu melancólica. – Ele trabalha muito e sempre viaja. Então eu não o vejo muito, porém todos os dias conversamos por mensagem e todos os domingos ele me liga depois do almoço, sempre a mesma hora. – a garota sempre falava de seu pai, era claro que ele era seu herói, mas naquele dia em especial parecia mais entristecida. – Eu sinto muito a falta dele...
O rapaz encarou-a pesarosa e a puxou para seus braços, a menina descansou a cabeça em seu ombro.
- Eu penso em ir morar com ele por um tempo. – a loirinha revelou. – Sei lá, eu poderia ter um professor particular que iria nos acompanhar nas viagens e eu conheceria muitos países e gente nova... E poderia ver meu pai com mais frequência. – o fato de poder vê-lo apenas três vezes ao ano era um castigo muito grande para a pequena Styles.
- Você não pode fazer isso!
- Por quê? – levou os olhos até os dele.
- E como eu ficaria? – ela riu pensando que não passava de uma piada. – Estou falando sério! Eu ficaria arrasado se não pudesse admirar esse rosto um dia sequer. – bateu na pontinha do nariz dela que juntou os olhos para acompanhar o movimento dele. – Ou não ouvisse você dizer “para Nialler” com voz de criança. – a menina gargalhou. – Ficaria destruído caso não ouvisse sua gargalhada. Nada mais faria sentido para mim e Londres não seria mais um bom lugar para se viver caso a razão do meu viver não estivesse mais aqui.
- Você sempre sabe o que dizer, não é!
- Me orgulho disso! – colocou a mão sobre o peito. – É um fardo que eu tenho que carregar.
- Mas sempre existem momentos na vida em que nós ficamos sem palavras!
- Claro que tem! – apoiou o queixo na mão e arqueou as sobrancelhas, pensativo. – Quando o diretor Gellner chama nossa atenção e pergunta se nós achamos correta a conduta tomada naquela situação. – deixou a voz mais grave para imitar o diretor da Eton. E achou graça.
- Ou quando alguém que você nunca viu NA VIDA, chega e fala que é apaixonado por você.
- Ou quando o zíper de alguém está aberto e você não tem noção de como avisar a pessoa!
- Quando você fala com alguém que tem algo preso no dente!
- Quando entra no elevador e tem alguém lá e fica aquela conversa desconfortável.
- Quando você chega atrasado na aula e o professor pergunta se isso vai se repetir. Tipo, eu não sei se vai se repetir!
- Definitivamente existem muitos momentos na vida em que palavras não são uma boa ideia. – Niall ria e sentiu o celular vibrar no bolso. – Espera aí. – tirou o braço do ombro da menina e se ergueu um pouco para retirar o celular do bolso de trás. – Ahn, oi amor. – falou um tanto quanto envergonhado por falar com a namorada ao lado da “outra”.
abaixou a cabeça para não transparecer a raiva. Era INCRÍVEL como aquela garota nojenta e insuportável SEMPRE conseguia interromper momento! Ela era namorada do cara, okay, aceitável. A loirinha não dava a mínima pelo fato de esse título não ser dela. Mas precisava a Winster ficar ligando de segundo em segundo para Horan, apenas para saber “se estava tudo bem”?
Se existia uma pessoa na face de toda a Terra que Styles odiava mais que criança odeia dentista, essa pessoa era April Winster, a falsa puritana, que adorava namorar Niall apenas para controla-lo.
Será que ele não via que ela se atirava para qualquer um, em qualquer lugar, e a qualquer momento? Todos reparavam isso, MENOS A ANTA DO HORAN! E isso começava a irritar a Styles de uma forma descomunal. Afinal, ele não via que a namoradinha perfeita que ele tinha era uma vadia de marca maior, ou ele percebia e não ligava? Por que não terminava logo com ela? Ele gosta de April ou não? E onde entra em toda essa história? Ele se importava mesmo com ela ou ela ó era mais uma passa tempo?
Aversão a tudo aquilo, era isso o que ela sentia. Não conseguia parar de pensar que Horan estava apenas a usando e isso ela não iria admitir!
Zangada, a loirinha se levantou do degrau em que estava e voltou para dentro da casa.
Niall reparou seu estado de espírito pelo fato de que ela quase afundou o concreto conforme fazia seu caminho em direção a porta. Terminou rapidamente a ligação com a namorada, sem prestar atenção ao que ela dizia e se apressou em ir atrás da menina... Como sempre fazia...
- , espera. – se pôs a frente dela. – O que foi?
- Nada. Só quero voltar para a sala.
- Pensei que odiava futebol.
- Adivinha! Comecei a amar! – falava irritada e com uma vontade muito grande de chorar por toda a fúria que sentia em seu pequeno ser.
Apressou o passo em direção a sala de TV e a chegar lá a vontade de chorar passou rapidinho, pois os primos estavam em mais uma discussão.
- ESTAVA IMPEDIDO!
- NÃO ESTAVA!
- ESTAVA SIM!
- NÃO ESTAVA!
- , A JOGADA NÃO VAI VALER SÓ PORQUE VOCÊ QUER!
- MAS ELE NÃO ESTAVA IMPEDIDO!
E depois de muita discussão com os jogadores de ambos os times o juiz marca impedimento do atacante do Manchester. Gol anulado. E o placar volta a 2X2. Não foi agora que os Diabos conseguiram desempatar o jogo. Mas muita bola ainda vai rolar nesses 25 minutos restantes...
- Não pode ser! – Ortega voltou a sentar-se, pesarosa.
- Se o jogo acabar assim e ir para a prorrogação eu não aguento e morro antes! – Westwick se esparramou no chão, fechou os olhos e os ouvidos.
Quando era criança e queria que o tempo passasse mais rápido sempre fazia isso. Era como se ao não ver e ouvir nada do que se passava ao seu redor ela entrava em seu mundinho e assim quando voltava ao tão temido mundo real as coisas estariam diferentes.
A ruiva permaneceu assim por cinco minutos e ao reabrir os olhos por pouco presenciou um gol do Liverpool o que quase lhe causou uma taquicardia, mas a bola bateu na trave e saiu de campo.
- Esse jogo está muito disputado e se nós dermos uma pausa para comer alguma coisa e todo mundo a ser amiguinho? – Liam sugeriu. Afinal de contas, Zayn e não paravam de brigar e não parava de gritar com Louis e Harry.
- XIIIIIIIIIIIIIIIIIU. – todos resmungaram juntos. Até Hilton.
- Vamos jogar Twister? – perguntou voltando ao seu antigo lugar.
- Tá de brincadeira? – seu irmão questionou.
- Depois que o jogo acabar!
- Falamos sobre isso depois! – Harry falava como um homem de 40 anos.
- Okay, papai! – ele a encarou irritado pela piadinha e ela mandou um beijinho no ar.
Os minutos se passavam e todas as pessoas ao redor do mundo que estavam sintonizadas ao clássico Diabos Vermelhos x Reeds, começava a sentir uma agonia pelo placar do jogo.
E a bola parecia simplesmente não querer entrar em nenhum dos gols, até parecia que ela estava se divertindo com a tortura pela qual todos passavam.
O celular de tocou, porém a menina não tirou os olhos da tela da TV já que o Manchester se aproximava da área do Liverpool.
- Alguém atende essa merda, porque eu odeio essa música!
GOOOOOOOL! É dele, Roney! É do Manchester! Aos 40 minutos do segundo tempo os Diabos Vermelhos conseguem desempatar e ficam muito próximos da taça! Eu acho difícil o Liverpool virar antes do apito final do jogo...
estava eufórica, dava pulos de alegria e abraçava qualquer um que aparecesse na sua frente.
- Você está vendo o jogo? – perguntou a Phillips pelo telefone. – Eu sei!... É claro que eu apostei!... Coitado? Se você soubesse o que esse idiota me fez passar o dia todo! – estava plena pelo fato de ver o primo colocar mais cinquenta libras na pilha de dinheiro que formara.
- Para de falar mal de mim para o seu namoradinho, ! – reclamou enquanto voltava para seu lugar, totalmente desolado.
- Para Zayn! – a morena reclamou colocando a mão por sobre o receptor de voz. – Não somos namorados. – cochichou para o mais velho sentado ao seu lado.
- Aham... – Malik, Westwick e Tomlinson – que surgiu de um buraco negro – falaram juntos.
- Então... – a menina voltou a falar com o jogador de basquete. – Ahh, okay... Com certeza!... Até depois. Beijo. – finalizou a ligação e pôs o IPhone no colo.
- Ela se despediu com beijinho! – Harry brincou.
- Um amorzinho! – Louis apertava as bochechas da caçula, que fazia uma careta tentando se libertar daquelas garras do mal.
- Me deixem em paz! – dava tapas nas mãos de Louis, - Eu ainda nem zoei o Malik pelo fato de que MEU TIME É MELHOR QUE O SEU! – se jogou em cima do primo, que se desequilibrou.
- Sai de cima de mim! – empurrou-a para o lado, que rolou para longe, mas em menos de cinco segundos já estava agarrada nele novamente. – , não toque em mim, eu odeio você! Ainda falta dois minutos, mais os acréscimos!
- O juiz só vai dar dois minutos de acréscimo...
- Tudo pode acontecer em quatro minutos! Crianças nascem em quatros minutos!
- Crianças são feitas em quatro minutos! – riu da própria fala e deu um tapa na cocha de Malik.
- Pessoas morrem em quatro minutos. – disse entediada.
- O meu time vai ser campeão em quatro minutos. – Ortega falou abraçada ao primo que não correspondia ao gesto dela e ao ouvir tais palavras tirou os braços da morena dele.
- Eu odeio você!
Os quatro minutos não demoraram muito para chegarem ao fim. O Liverpool tentou, mas não conseguiu virar o placar.
se sentia muito mais leve com o término do jogo e o título de campeã. Já Zayn, se sentia otário!
- Eu amo futebol. Eu amo o Manchester. Eu amo meu primo trouxa. Eu amo apostas! – com sorriso imenso pegou o dinheiro em cima da mesa que agora lhe pertencia. – Zayn, eu vou fazer da sua vida um inferno pela próxima semana!
- Não fala comigo, !
- Não me chama assim!
- Mas é o seu nome!
- Mas você só me chama assim quando está bravo por algo que eu fiz. – falou manhosa e o mais velho cogitou não ficar bravo pelo acontecido, mas: - E a culpa não é minha se o seu time é muito ruim!
- Eu vou fazer você engolir todo esse dinheiro! – se dirigiu até ela que gritou desesperada e saiu correndo se colocando atrás de Louis. – Você acha que esse franguinho vai te proteger?
- Poxa cara, não precisa ofender... – Tomlinson falou fingindo tristeza.
- Tem razão. – a garota mudou de escudo e foi para trás de que se levantava para ir ao banheiro.
- Se você tocar em mim eu meto essa muleta no teu saco, Malik. – disse simplesmente saindo da sala, com em seu encalço.
- Agora a gente pode jogar Twister? – perguntou alto.
- Pelo amor de Deus, alguém dê o que essa garota quer porque eu não aguento mais ela resmungar no meu ouvido! – seu irmão suplicou.
- A tem Twister. – Liam se lembrava das vezes que os meninos pegavam o jogo dela para brincar. – Sabe onde está, Zayn?
- Deve estar no quarto dela. Vamos pegar.
- Você precisa de ajuda para pegar um simples jogo, Malik? – Niall perguntou malicioso, balançando as sobrancelhas.
- Cala a boca. – respondeu mal humorado.
Os meninos se encaminharam ao andar de cima. Entraram no quarto da caçula e passaram o olhar pelo ambiente.
- O que isso está fazendo aqui? – Payne perguntou pegando um agasalho que estava sobre a cama de Ortega.
- O quê? – o moreno se aproximando e então viu a que ele se referia. – Ah, isso! É o pijama da .
- Pijama? Da ? – questionou sem entender. – Não! Isso aqui é meu!
- Seu? – Zayn achou estranho.
- E-É... – gaguejou procurando por uma explicação. – Eu esqueci aqui um dia e nunca mais achei... – Na verdade ele havia emprestado a garota um dia que saíram juntos e ela não estava vestida apropriadamente para o frio que fazia. Agora lembrava-se que desde aquele dia não havia recuperado o agasalho.
– Eu pensei que fosse do Danny!
Liam virou-se para o amigo, com uma mão na cintura e a outra ainda segurando seu agasalho. Estava realmente ofendido por Zayn achar que algo que pertencia a Liam Payne fosse de Daniel Phillips.
- Por que pensou isso? – falou pausadamente.
- Porque a minha prima só dorme com essa blusa! – se afastou procurando pelo jogo - Na verdade essa blusa já é a segunda pele dela. Isso só vai para à maquina de lavar quando o Morgan vem aqui no quarto dela e pega. E tem que ser lavado no mesmo dia para ela voltar a usar o mais rápido possível. É um desespero, que pelo amor de Deus!
Payne ouvia o que ele dizia e inalou o perfume que saia do casaco de moletom. Não era mais seu cheiro que estava ali, e sim, o perfume maravilhoso da menina. Sua vontade era de poder sentir aquela fragrância única e prazerosa para todo o sempre. Melhor ainda seria poder senti-la diretamente da pele dela, que era macia como uma pétala.
- Achei! – Zayn disse alto. Ele estava no closet da prima e finamente havia encontrado o Twister.
Liam dobrou a peça de roupa e a colocou de volta aonde havia encontrado.
- Ué, não vai levar seu agasalho? – o amigo indagou vendo-o se dirigir até a porta.
- Não... Deixa com ela, é um casaco realmente confortável. – sorriu e deixou o quarto, se dirigindo ao andar de baixo.
Era bom saber que depois de tudo era com o casaco dele que dormia. CHUPA ESSA PHILLIPS! Gritava em sua mente. Ahh, que sensação boa de VITÓRIA E PODER!
Não adiantava nada se no fim das contas era a boca de Daniel que beijava, mas Liam mantinha pensamentos positivos. Foda-se o jogadorzinho de basquete de merda. Ele ia fazer Ortega voltar a ser dele, mais cedo ou mais tarde...
Niall e conectavam o vídeo game a TV para poderem jogar Just Dance e do outro lado tirava os restos de pipoca e garrafas de cerveja do chão para estender o tapete e poder, finalmente jogar seu Twister.
O caos estava formado!
- Quem vai jogar comigo? – a Styles perguntou animada.
- Eu vou. – Liam retirava os tênis e se alongava.
- Você não consegue nem por as mãos nos joelhos sem sentir cãibras, como pretende jogar Twister? – Meester perguntou da poltrona em que estava sentada, com os braços cruzados e uma cara mal humorada.
- Eu realmente não sei porquê sou seu amigo. – Liam falou com as mãos nas cinturas.
- Eu faço questão de jogar! – Louis se aproximou.
- Você só quer atrapalhar na verdade!
- Meester. Meester. Minha cara Meester! Você me conhece muito bem! Não tem como negar! – ria enquanto tirava os sapatos.
- Eu quero jogar! – voltava da cozinha, havia ido lembrar Morgan que todos os amigos ficariam para o jantar, pois todos dormiriam na mansão Malik. Correu para onde os amigos estavam.
- Já tem quatro. Quem vai girar a roletinha? – todos viraram-se instantaneamente para que encarava as unhas e ao perceber que era o foco da atenção arqueou a sobrancelha.
- Estou ocupada fazendo vários nada.
- Eu faço isso. – Harry disse, sentando-se no chão e pegando a roleta das mãos da irmã.
No mesmo ambiente, mais especificamente em frente a TV, Niall, e jogavam Just Dance e dançavam ao som de Ghostbusters, do Ray Parker Jr.
- Niall, vai mais para o lado você está me atrapalhando! – Westwick reclamou.
- A está vencendo, vamos atrapalhá-la. – e então os dois pularam na frente da loira, que com a visão abstruída perdeu alguns pontos.
- Parem de ser imaturos e aceitem a derrota!
- Você vai ter que aceitar derrota queridinha, porque agora eu que estou vencendo! – riu maléfica.
Zayn, sentado no sofá, ria das brincadeiras a sua volta. De um lado, três idiotas pulando feito macaco com formiga no rabo, e do outro, quatro panacas se contorcendo igual cobra cega.
- Pelo amor de Deus, Harry. – reclamou. – Gira esse negócio logo. Não aguento mais a bunda do Liam bem na minha cara.
- Desculpe... – Payne tentou virar-se para encara-la, porém não teve sucesso.
- , você está roubando! – Louis reclamou.
- Não estou não!
- Você faz ballet desde que aprendeu a andar, isso é roubar! – o rapaz falava com dificuldade pela força que fazia para se manter em pé.
- Niall, para de se jogar na minha frente! – Hilton reclamou.
- Será que dá para vocês pararem de reclamar? – Harry pediu, sentado no chão com a roletinha nas mãos.
- Malik, vem dançar com a gente. – puxou o garoto pela mão, que tentava de todo jeito se soltar e voltar para o sofá.
- , você está pisando na mão! – Ortega gritou e a loirinha devolveu um “Desculpa, saco!”.
- Horan, se você entrar na minha frente de novo eu arranco suas bolas! – Westwick o empurrou.
- Mão direita no amarelo. – Harry instruiu Louis.
- Você só pode estar de brincadeira com a minha cara, Styles!
- Mão direita no amarelo.
- Eu já entendi, merda! – o amigo falou nervoso.
- Vai logo Louis! – Meester pediu de onde estava. Sã e salva sentada em sua poltrona.
- O meu pé está aí, vai para outro. – Payne disse quando Tomlinson finalmente se posicionou.
- Não é possível! Alguém amaldiçoou essa roleta do inferno, antes de começar o jogo.
- Eu já disse que não quero dançar essa música! – insistia para mudar a escolha.
- Mas eu quero!
- Liam, sai de cima de mim! – suplicou.
- Eu não posso!
- Como assim o Zayn ganhou? – Niall reclamou – Vamos jogar a mesma de novo, não admito isso!
Da porta, Morgan, o mordomo da família Malik a 25 anos observava em silêncio toda a bagunça.
- O jantar – todos ficaram em silêncio e viraram o rosto para ele. – está pronto.
foi se levantar, esbarrou em Liam que acabou chutando a mão de , que se desequilibrou e caiu em cima de Louis, ou seja, todos no chão e algumas fraturas feitas. Niall foi em direção a porta, no entanto não viu um dos fios do vídeo game, tropeçou e caiu também. gritava para alguém pegar suas muletas. Todos gritavam ou de dor, ou de tanto rir. E o mordomo continuava sério e em silêncio.
- Nós somos um desastre! – ainda ria da queda maravilhosa que seu amigo havia levado.
O quarto estava escuro demais, existiam muitas horas naquela meia noite. Parecia que o sol havia fugido do sistema solar, para nunca mais voltar e banhar a humanidade com seu calor.
A morena estava deitada de barriga para cima, com as mãos por sobre a barriga e a perna quebrada amparada por uma muralha de travesseiros.
Sempre havia considerado o colchão de Ortega muito confortável. Contudo, naquela noite o sono parecia não fazer questão de chegar para acolhe-la em um paraíso.
Meester encarava o teto azul bem claro cheio de estrelinhas brilhantes. Se recordava quando ela e a amiga haviam as colocado ali, para fazer um céu particular, que apenas as duas partilhariam.
Arrastava seus olhos por todo o quarto da caçula e se sentia presa em um tédio sem fim. Ao virar a cabeça para o lado pode ver Ortega dormindo pesadamente com os lábios entreabertos e cogitava a ideia de acorda-la para lhe fazer companhia, mas sabia que seria muita maldade caso o fizesse.
Sem aguentar mais ficar presa no cômodo levantou-se da cama, pegou as muletas que estavam ao seu lado. Caminhou devagar tentando não fazer barulho para acordar a mais nova, abriu a porta lentamente temendo que a mesma regesse ou fizesse algum outro som que despertasse de seu sono. Ao colocar apenas a cabeça para fora, encarou o corredor encontrando nenhuma alma viva. Se dirigiu para a escada e se deparou com o problema de que até aquele momento sempre havia alguém para pegá-la no colo e auxiliá-la descer ou subir, aquela seria a primeira vez que faria aquilo sozinha.
Apenas o som que saia do ar condicionada era ouvido no quarto, o ambiente estava escuro e o rapaz coberto da cabeça aos pés dormia pesadamente.
O cenário continuaria silencioso se a porta do banheiro não batesse com uma rajada de vento que entrou da janela do cômodo.
Harry acordou assustado com o estrondo. Passou as mãos pelo rosto e sentiu o frio. Pegou o controle do ar condicionado e aumentou a temperatura, se enrolou mais nos cobertores e fechou os olhos para voltar a dormir.
No entanto, sentiu sede e sua boca seca lhe causava desconforto. Bufou irritado consigo e se descobriu, levantando o tronco para alcançar um copo com água que estava no criado mudo, ao lado da cama. Porém o encontrou vazio, seco, sem gota alguma para contar história.
Fazendo a constatação do fato, rolou os olhos lembrando-se que Niall havia tomado o caralho da água. Se recusando a ir até a cozinha, o rapaz voltou a deitar e cobrir o tronco nu.
Mas não conseguia pegar no sono sentindo a garganta seca...
Desistiu da teimosia e saiu da cama, com o auxílio da luz do celular caminhou até a porta do quarto e deixou o cômodo descalço, sem camisa, apenas com uma calça de moletom.
estava na cozinha procurando desesperadamente pelos amendoins envoltos em chocolate.
estava comendo aquele negócio, ofereceu para a morena e ao comer, Meester pensava que havia visto o rosto de Deus, de tão bom que era.
Ela havia ouvido que restara mais pacotes daquela maravilha e estava descontrolada em busca do docinho tão maravilhoso.
Vasculhava os armários que alcançava e isso queria dizer os que não eram muito alto e nem os baixos, porquê ela não era muito alto e também porquê não conseguiria se abaixar devido o gesso.
Na dispensa a menina também não havia tido sorte e os amendoins envoltos em chocolate pareciam um sonho cada vez mais distante.
Após um tempo sem obter sucesso em sua busca a menina desistiu de tentar e decidiu ir até a sala de TV ver se havia restos mortais do pacote.
Styles tropeçou nas barras da calça enquanto caminhava até a cozinha. Coçou os olhos e se encaminhou ao cômodo lentamente.
Pegou um copo ligou a torneira e então notou a bagunça que o cercava. Alguns dos armários estavam abertos e a porta da dispensa também.
Tomou sua água, sentindo um alívio por finalmente matar sua necessidade e voltou para as escadas para poder voltar a seu quarto e dormir, todavia percebeu que a luz de um cômodo estava acesa e foi ver quem estava lá.
Ao chegar a porta da sala de TV dos Malik pode encarar quase destruindo o ambiente, deixando tudo de ponta cabeça.
- O que você está procurando? – perguntou com a voz mais rouca que o normal devido a falta de uso.
A morena se assustou e com mão sobre o coração virou o rosto para ele.
- Aquela merda de amendoim que a estava comendo. - falou voltando a jogar no chão as almofadas do sofá.
- Estão na cozinha.
- Eu já fui lá e posso dizer que não estão!
- Estão na bancada ao lado da cesta de fruta.
Irritada, a menina saiu da sala de TV e caminhou como podia, com suas muletas, até a cozinha, para esfregar na cara dele que estava certa. O rapaz a seguiu apenas para esfregar na cara dela que ele é quem estava certo.
- Viu, não estão... – encarou o que procurava exatamente onde ele dissera a ela. – Aqui... – Sorriu enjoada para ele e foi até a bancada, pegou o saquinho e ia saindo da cozinha devendo nada a alguém.
- Hey, espera. – o rapaz a chamou.
se virou para ele esperando que continuasse.
- Sobre o que aconteceu mais cedo no lavabo...
- Não precisa falar nada, Harry. Eu “ofendi” sua masculinidade e você quis me provar algo. Eu entendi. Não se preocupa. – as palavras saiam de sua boca de uma forma realmente calma, o que transmitiu confiança ao rapaz para não se importar com o ocorrido.
- Okay.
sorriu de lado para ele e foi até as escadas, segurou com os dentes o saquinho com os amendoins e subiu lentamente as escadas, ao chegar ao andar superior se encaminhou ao quarto da amiga e se movia silenciosamente para não acordá-la.
continuava na mesma posição desde que Meester havia deixado o cômodo.
A morena levou um tempo para arrumar-se na cama e encontrar uma posição confortável para a perna, mexia-se na cama incontrolavelmente, tomando cuidado para não acordar a caçula. Finalmente quando se acalmou e pode enfim comer os benditos amendoins seus pensamentos foram levados até o que havia acontecido na tarde daquele dia.
E o rapaz, que passava em frente da porta do quarto em que ela estava, também era assombrado pelos mesmos pensamentos.
De fato, ele havia feito aquilo pelo o que ela dissera a ele sobre sua falta de virilidade, no entanto Meester poderia muito bem ter rejeitado o beijo e iniciar uma nova sessão de gritos e então Liam voltaria e mataria Styles. Porém, a morena não o fizera. Por quê? E aquilo poderia muito bem ter sido apenas só mais um beijo na lista de ambos, mas fora tão, particularmente, bom e agradável e saboroso e inebriante... Por quê?
Talvez os dois jovens nunca encontrassem respostas para tais perguntas, ou então elas estavam mais próximas de serem respondidas do que ambos poderiam imaginar.
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Rotinas são maçantes e entediantes, e apesar de não a apreciarmos, estamos todos presos a sua mornidão.
E era com o intuito de fugir de sua rotina que Ortega havia começado as aulas de dança com apenas 4 aninhos. A mãe da garotinha, uma bailarina renomada, a colocara em uma escola de ballet a fim de que a menina tivesse um momento de lazer as tardes de terça e quinta.
adorava as aulas, porém ao crescer achava que ir até a academia de dança havia se tornado parte de sua rotina. Desanimada, pensou em desistir, no entanto a mãe sempre a incentivava a continuar e a apresentou estilos variados de dança.
E foi então que conhecia o street dance, um conjunto de estilos de danças que possuem movimentos detalhados.
Com 11 anos de idade a morena começava a cursar ambos os gêneros, o ballet clássico e o street dance. Eram formas bem diferentes de dança, no entanto, a menina se encantava com os dois.
Dakota Ortega era uma célebre dançarina, a forma como flutuava no palco, com movimentos leves e delicados era magnifico. Assemelhava-se a uma borboleta dançando ao vento, sua filha achava inspirador de se assistir. E também adorava ver os colegas de turma com movimentos tão expressivos ao dançar o street dance.
estava na academia de dança, para mais uma aula. E aquela era uma aula realmente importante. Era o último mês de ensaios para “O Grande Final”, que era a apresentação dos dançarinos para olheiros de faculdades de dança.
E ela estava em uma das performances principais, o que a deixava extremamente apreensiva. Ainda faltava dois anos para a garota ingressar na faculdade, no entanto, seu professor a havia escolhido como uma das peças centrais em todo o show.
A morena encontrava-se estirada no chão, respirando pesadamente pelo grande esforço que havia feito. Aqueles paços apenas não faziam sentido para ela e mesmo que ela tentasse um milhão de vezes não conseguia acertar seu tempo.
Benjamin Acker, seu parceiro de dança e seu professor, William Stammel, conversavam sobre o ensaio, próximos a ela, que ouvia tudo com os olhos fechados.
- Eu prometo que vou ensaiar mais. – a morena falou se sentando, com a respiração voltando ao normal.
- Você realmente precisa, Ortega. Estamos apenas a algumas semanas do Grande Final. – seu professor falou zangado.
- Ainda falta um mês, Will. – Ben intercedeu pela caçula.
- Estamos contando com você, . Não nos decepcione. – Stammel disse por fim, se retirando e deixando os dançarinos a sós.
- Eu sou um desastre... – a garota voltou a se jogar no chão desiludida.
- Você vai conseguir, bailarina. – Acker se sentou ao seu lado, apoiando os braços nos joelhos.
- Por que eles não escolheram outra garota para dançar com você? – virou o rosto para o rapaz que também se deitava.
- Porque eles sabem que você consegue!
A menina riu sem humor: - Meus pais estão vindo de Nova Iorque assistir O Grande Final e eu nem a menos sei a entrada dos passos!
- Calma, ! Vamos dar um jeito. – ele piscou para ela e se levantou, estendeu a mão para a menina, que aceitou a ajuda. – Eu vou para o vestiário tomar um banho e depois vou embora, mas amanhã pode contar comigo para ensaiar, é só me liga e marcar.
- Tá bom. Eu vou ligar. – sorriu agradecida. – Tchau Ben.
Ortega encarou o ambiente ao seu redor, encontrando os colegas de turma ensaiando seus passos para o desempenho final, os professores William e Keira Stammel os ajudavam e supervisionavam. Sabia que devia ensaiar mais, todavia, seu corpo estava tomado pela exaustão e seus joelhos doíam por alguns belos tombos que havia tomado enquanto dançava, pois ela estava adianta no tempo dos passos e Ben nunca estava preparado para toma-la pela mão o que resultava em sua queda e/ou nos tropeços dele.
Mais ao fundo, estava Meester, sentada preguiçosamente com o gesso apoiado em outra cadeira. A morena intercalava os olhos do celular e do ambiente movimentado. A música saia alta do alto falante e um grupo dançava ao seu ritmo, enquanto o outro conversava sobre o figurino, Keira auxiliava alguns bailarinos a sincronizar seus passos, ao mesmo tempo em que William observava tudo e fazia algumas anotações em uma planilha. Benjamin passou a seu lado e a cumprimentou, a garota sorriu simpática, acenando com a cabeça.
caminhou até ela, exausta e com a feição desapontada.
- Antes de qualquer coisa, esse seu professor é um gato, hein! – falou fitando Will que arrumava a postura de alguns dançarinos. – Agora sim, o que houve, ? – seu tom de voz mudou do tarado para o preocupado de repente.
A garota apenas sorriu, virou o rosto para trás encontrando o professor que era realmente atraente. Só para começar tinha um corpo arquitetado por deuses gregos e esculpido por querubins.
- Você sabe que ele é casado, né?!
- Essa Katherine não merece ele!
- É Keira.
- Tanto faz! – falou emburrada – Quantos anos ele tem?
- O William tem 28 e a Keira tem 34.
- Não sei se fico surpresa por ela ser – parou para fazer as contas nos dedos. – SEIS anos mais velha que ele! Ou por ele ser só onze anos mais velho que eu! Vou me casar com seu professor...
- De novo, ele já é casado!
- Tem filhos? – pensou por alguns segundos e depois balançou a cabeça negativamente. – Então não é nada sério...
- Meu Deus! Você não pode estar falando sério. – desesperou-se por alguns poucos segundos.
- Para de reclamar e vai tomar um banho e tirar essa roupa que você está fedendo. – disse se levantando, pegou as muletas e foi até a recepção esperar pela caçula.
foi até o vestiário, se desfez dos tênis, da calça de moletom e da regata larga que usava para poder entrar embaixo do chuveiro e se livrar de todo o suor, cansaço e decepção por não ter se saído bem naquele ensaio.
Tomou um banho rápido, ao chegar em casa tomaria um banho de verdade, lavaria o cabelo e depois ficaria eras na banheira e então gostaria de dormir, no entanto ainda tinha um trabalho de filosofia para terminar. Com certeza pediria ajuda a , como havia feito na primeira parte da tarefa... Na verdade, a amiga fizera tudo sozinha e ela apenas observara. Mas estava tudo bem porque, no fim das contas, ela gostava!
A morena foi até seu armário para pegar sua troca de roupa e a bolsa que levaria para casa com a roupa suja. Procurou pelo celular nas prateleiras do armário e não encontrou, abriu o bolso externo da mochila e ele também não estava lá, no bolso da calça que ela usava também não... Realmente preocupante...
- Você viu meu celular? – perguntou a Meester ao entrar na Mercedes, - Oi Fred. – cumprimentou o chofer.
- Olá senhorita Ortega! – sorriu simpático.
- O acéfalo te mandou mensagem. – falou com o IPhone da caçula nas mãos - Desde quando seu celular tem senha? E desde quando você não me falou qual é a senha do seu celular? – digitava as relações de números que lhe vinham a mente e do banco da frente Fred riu ao ouvi a conversa delas.
- Me dá isso! – riu, tomando o objeto dela. – Desde que você começou a responder as mensagens que o “acéfalo” me manda!
- Já bloquei essa merda por 7 minutos e não descobri sua senha. Qual é ?
- A função de uma senha é ser secreta. Se eu te contar ela perde a função de existência dela! Desculpa, ... – sorria meigamente e a mais velha resmungou um “Vai se foder”.
Ortega voltou a atenção para a tela o celular para poder ler a mensagem de Phillips e não teve certeza se gostou do seu conteúdo.
- O Danny disse que precisa conversar comigo... e é algo sério. – falou à amiga que nunca admitiria, mas queria muito saber o qual era o conteúdo do comunicado.
- O que ele disse exatamente?
- “Preciso conversar com você. É algo sério.”.
- Ele é objetivo, né? – falou com as sobrancelhas juntas e riu de seu comentário.
- O que deve ser? – voltou a perguntar.
- Sei lá, . O namorado é seu!
- Ele não é meu namorado. – disse o que sempre falava quando alguém falava que ela e Daniel eram um casal.
- Será que ele vai te pedir em namoro? – entrou em pânico aparente.
- Por que esse desespero?
- Nada... – falou calmamente, voltando a se recostar no banco e virou o rosto para a janela por alguns segundos. – Mas será que é isso? – voltou-se a amiga.
- Não sei... Acho que não...
- Mas se ele pedir você vai dizer não, né?
- Eu não sei, ! O Danny é incrível – Meester quase vomitou -, mas eu não quero namorar no momento.
- Você não quer namorar no momento, ou não quer namorar o Phillips?
Apesar de negar a amiga lhe conhecia bem o suficiente para saber que se coração nunca parou de bater em função de Liam Payne.
- Eu não sei. – disse simplesmente e a mais velha viu aquela declaração como dando por encerrado o assunto.
Contudo a incerteza de saber se Daniel iria ou não pedir Ortega em namora e se ela iria ou não aceitar não impediu a garota de enviar uma mensagem ao melhor amigo:
Xx Seu tempo acabou Payne Belly. Phillips vai pedir sua querida baby doll em namoro. De nada por te manter informado. Disponha. xX
Capítulo 11
Sexta-feira é dia de desânimo, mas também de comemoração, pois apesar de todos ficarmos cansados pelas atividades da semana inteira, o fim de semana está batendo as portas e nada melhor que uma folga da rotina desgastante para revigorar as energias.
O sinal para o almoço havia tocado e todos agradeceram muito pelo final do primeiro período de aulas, agora só faltavam mais algumas horas e logo os alunos poderiam ir para suas casas descansarem. O corredor central da Eton já estava cheio de adolescentes que mexiam em seus armários para trocar os livros. Alguns se encaminhavam ao refeitório, outros preferiam almoçar no pátio externo do grande colégio.
costumava almoçar no refeitório, pois seus amigos sempre estavam lá, por mais que a maioria deles detestasse a presença do outro, sempre passavam aquela parte do dia todos juntos. Agora almoçava com Danny, que preferia almoçar no pátio externo juntamente com os amigos, que Ortega não conhecia muito bem.
A morena foi até o refeitório, como de costume, pegou seu almoço, avisou o primo onde estaria e se dirigiu para o pátio externo a fim de encontrar Daniel. Ao chegar na área externa de imediato avistou Phillips conversando com Mark, seu melhor amigo. Ao se aproximar dos jogadores, Dan pediu licença ao amigo e foi sentar-se com Ortega em uma mesa separada dos demais.
- Nossa, o que você tem para me falar deve ser sério mesmo, hein! – a menina sorriu nervosa, desenrolando os talheres do guardanapo.
- Eu só queria almoçar sozinho com você... Mas sim, nossa conversa vai ser um pouco séria.
- Então fala o que houve... Desculpa, mas você sabe que eu sou curiosa... – era verdade, Ortega era uma das pessoas mais curiosas do mundo.
- Depois nós falamos sobre isso. Primeiro eu quero que você me conte como foi sua aula de dança ontem. Conseguiu acertar aquela coreografia que tinha me falado que era complicada?
Uma das coisas que mais adorava em Dan, era que ele parecia realmente interessado em tudo o que acontecia na vida dela. Desde notas em teste a o que ela havia comido na ceia! Phillips realmente era doce de rapaz.
Após contar como havia sido sua aula, dizer que a coreografia difícil ainda era muito difícil para ela e que devido a isso ela havia caído algumas boas vezes a menina perguntou sobre os treinos de basquete dele e a conversa fluiu, até que Daniel não conseguiu evitar o assunto principal.
- , eu quis almoçar com você porque tinha algo importante para te contar... – os olhos do rapaz estavam tristes e cabisbaixos e a garota estranhou. Ele levou sua mão até a dela e a acariciou com o polegar. – E bem... É que... Eu estou me mudando para a Austrália. – conseguiu, finalmente, falar.
A menina ficou sem reação, abaixou a cabeça para a mão dele que segurava a sua, levou os olhos de volta aos de Daniel, os desviou mais um milhão de vezes e por fim falou algo.
- O quê? – foi apenas o que saiu.
- Você sabe que meus pais são divorciados, certo? – indagou e ela confirmou com um aceno de cabeça. – Bem, eu moro aqui com a minha mãe, porém o meu pai quer que vá morar com ele... na Austrália.
- Por quê?
- Bem, minha mãe se casou novamente no ano passado e eu simplesmente não suporto meu padrasto! Eu sempre o ouço dizer a ela para me mandar morar com meu pai, mas eu nunca quis.
- Então por que você vai?
- É o meu pai quem paga as mensalidades da Eton. E quando eu for para a faculdade continuará sendo ele. – não a encarava nos olhos, mantinha cabeça baixa e o seu tom de voz triste revelava seu estado de espírito. – Meu pai sempre quis que eu me mudasse para lá, então agora disse que apenas irá pagar minha faculdade se eu for morar com ele. Tecnicamente, ninguém me quer aqui... – sorriu sem humor
- Quando você vai?
- Um dia após o termino das aulas.
- Isso é daqui a quanto tempo? Uma semana? – falava exasperada.
- Sim. – falou cabisbaixo e a garota percebeu que deveria estar sendo muito difícil para Dan tudo aquilo. Então não era hora para entrar em pânico e fazê-lo sentir-se pior, era hora de apoia-lo e mostrar que estava tudo bem.
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Liam dirigia irritado. Ele realmente apreciava passar tempo com os amigos, mas esse era um momento em que ele preferia absolutamente estar sozinho, fumando um bom cigarro, quieto. Entretanto, não era possível fugir das perturbações dos garotos, já que seu carro era o maior e eles precisavam buscar o irmão de Louis no aeroporto.
George Alexander, esse era o nome do irmão mais velho de Louis. Por muitos anos, ele foi o modelo ideal a ser seguido pelos garotos, que trabalhavam arduamente para serem como George quando fossem mais velhos.
Louis em especial, havia desenvolvido uma afeição muito forte pelo irmão, que embora quase 10 anos mais velho, se dedicou a passar muito tempo com o Tomlinson mais novo. Ensinando-o todo truque que qualquer bom cafajeste deve saber. Não só Louis, bem como os outros meninos deviam suas “habilidades” com garotas e problemas ao homem que estavam indo buscar naquela tarde. Todavia, Louis mantinha uma mágoa em relação ao irmão, que desde que partira para a América e começou a namorar, passou a atrasar com as visitas à família e ao irmão que tanto o admirava.
De qualquer maneira, Lou mantinha a pequena esperança de que tudo voltaria ao normal outra vez, já que George havia terminado o noivado recentemente.
- Niall, eu acho que você devia terminar com a April. – Harry diz baixo para o amigo, que está sentado ao seu lado no banco de trás. Niall não consegue esconder a surpresa ao ver Harry falando de seu relacionamento de uma maneira tão aberta.
- Okay... E por que você acha que eu devia terminar com a minha namorada? Nós estamos parecendo tão infelizes assim? – O loiro questiona, achando graça do comentário inusitado, mas levando super na esportiva já que ele estava pegando a irmã do curly e se sentia culpado pra caralho.
- Porque ela dá em cima de mim em toda festa!? – Harry juntou as sobrancelhas, sério.
Niall cresceu os olhos azuis, sem entender o que significa exatamente o que o amigo havia acabado de falar.
- Como assim, gente? – foi tudo o que ele conseguiu dizer.
- O Harold tem um bom ponto, cara. Ela já tentou me beijar uma vez, na festa daquele William, da uni. – Zayn, que estava sentado no banco do carona, virou-se para trás, para apoiar Harry e tentar colocar um pouco de juízo na cabeça do loiro. Embora não tivesse muitas certezas ultimamente, já que atualmente andava encantado, por falta de melhor expressão, com sua bela amiga , que sempre esteve por ali, mas que por alguma razão desconhecida havia se tornado tão atrativa, e simpática, e engraçada e linda pra cacete.
Foco, Zayn!
- Olha, eu não estranharia se ela tivesse feito isso com qualquer um de vocês nesse carro, mas você Zayn, acho meio improvável. A April ODEIA você, do tempo que nós passamos juntos, ou ela tá com a boca no meu pau ou tá falando mal de você. Ela definitivamente odeia você, cara. - Niall confessou, rindo.
- Vocês querem que eu diga o quê? Eu não poderia me importar menos com o que a April anda fazendo, pra ser sincero. – Horan se manifestou, um pouco menos paciente dessa vez.
A verdade é que tudo o que circundava seus pensamentos nos últimos meses era , ele mal podia se controlar quando estava no mesmo ambiente que a loira. O que começou como uma diversão, uma pequena distração para os dois, agora era um hábito que Niall não tinha a menor pretensão de abandonar.
Pelo contrário, a incerteza do “relacionamento” dos dois deixava Niall a beira de um colapso. O sentimento de possessão, que até algum tempo atrás lhe era desconhecido, agora o matava lentamente, por imaginar que a sua garota poderia estar pelos corredores do gigante colégio flertando e distribuindo seu charme com mais 400 garotos.
Embora as chances de que eles ficassem juntos abertamente fossem mínimas, Niall nutria a esperança que um dia, quando as apostas de Zayn e Louis acabassem, ele se sentiria seguro o suficiente para avisar a Harry que estava namorando a irmã caçula dele.
As consequências? Ele desconhecia.
Estava ansioso por esse momento? Nem um pouco.
- Cara você não está acreditando em mim? É isso? – Harry colocou a mão no peito, oferecendo o seu melhor olhar ofendido. – Porque se for esse o problema, nós podemos fazer uma aposta aqui e agora. – Styles propôs.
- SIM! – Louis e Zayn concordaram, acenando suas cabeças imaturas freneticamente. Niall permaneceu em silêncio, aguardando a proposta, e Liam meneou a cabeça negativamente, discordando da decisão dos amigos.
- Façamos assim, Nialler: próxima festa eu vou investir na April, se ela ceder, você termina com ela.
- E se ela não concordar? – o loiro cruzou os braços, achando tentadora a ideia de que ele poderia terminar com a namorada por um motivo que não fosse apenas o inteiro desinteresse dele.
- Se ela não ceder, eu deixo você pintar o cabelo do Zayn. Da cor que você quiser. – Harry sugeriu.
- MAS O QUÊ?
- TOPO!
- BOA HARRY!
Zayn, Niall e Louis gritaram, respectivamente.
- Por que o MEU cabelo, Styles? – o moreno questionou, juntando as sobrancelhas, com a feição desagradável.
- Porque você é o mais vaidoso do grupo, só assim faria sentido, cara. – Louis explicou.
- Mas fica tranquilo, a gente já ganhou essa aposta. – Harry complementou.
- Bom mesmo, seu filho da puta... – Malik murmurou, enquanto soltava o cinto de segurança, visto que acabavam de chegar ao aeroporto.
- Por que você tá com essa cara, Payne? – Louis perguntou, enroscando seu braço nos ombros do amigo, que mantinha o olhar de desaprovação.
- Vocês só vão parar com essas apostas quando alguém terminar machucado... – Liam alertou, guardando as chaves no bolso e desviando o olhar para o sinalizador de trânsito, que indicava que o caminho estava livre para os pedestres.
- Ow Liam. Para de ser viadinho, pelo amor de Deus, ou eu vou ter que socar a sua cara. - Harry brincou ao mesmo tempo que fez uma careta de dor porque acabara de receber um soco no braço.
A algazarra foi interrompida porque um telefone tocou, nesse momento todos começaram a apalpar os bolsos, mas logo Louis viu que a chamada era no seu telefone. Ao que suspirou irritado quando viu o identificador de chamadas.
- O que é, ? - ele perguntou, emburrado.
- Cadê o George? Ele já chegou? Já está com vocês? - a ruiva despejou as perguntas, animada.
- Eu vou te falar aonde ele tá, : no meu pau!
- COMO É QUE É TOMLINSON? - grita do outro lado da linha, fazendo com que Zayn e Niall escutassem também a gritaria.
- É bem isso que você ouviu. E para de me ligar, desgraçada.
Louis desliga o telefone, bravo com a incomodação de , que tem ligado para ele durante todo o dia, incomodando para obter informações precisas sobre a localização do seu irmão.
Harry está apenas com as sobrancelhas arqueadas e um meio sorriso, por não reconhecer o estado de irritação do melhor amigo. Achava hilário ver como conseguia fazer o jovem perder a linha e a compostura, como acabara de acontecer.
- Então quer dizer que a Westwick anda tendo todo esse poder sobre você, Tomlinson? - Zayn provoca, já se escondendo atrás de Niall, para evitar apanhar do garoto bravo.
- Sinceramente, Zayn, vai tomar no seu cu. Essa inferno tá me incomodando desde ontem. ELA ME LIGOU DE MADRUGADA SÓ PRA PEDIR QUE HORAS O GEORGE CHEGARIA! Eu tô tendo que passar o dia com o celular desligado pra ela não me incomodar, porque senão ela fica insistindo, olha aí, tá ligando de novo!
Louis xingou, desligando o Iphone e guardando-o no bolso.
As cinco primeiras ligações foram engraçadas, mas então, ele perdeu o controle de quantas vezes a ruiva havia entrado em contato com ele apenas para saber de George.
Ele sempre soube lidar com e suas birras, mas o comportamento atual da garota era algo mais e Menos , o que a tornava uma criatura insuportável de lidar. E mais que isso, simplesmente não entendia como ele se tornou um objeto de segundo plano da vida da ruiva apenas porque seu irmão estaria na cidade.
- Zayn, seu filho da puta, cadê o meu isqueiro? – Niall apalpou os bolsos, ao mesmo tempo que acusava o amigo, que tinha o péssimo hábito de sair por aí roubando isqueiros.
- E por que eu saberia porra? – Malik cresceu os olhos, se irritando ligeiramente com a acusação precoce.
- Poderia ter sido qualquer um aqui, Niall. – Liam adicionou, tentando amenizar a pequena discussão que começaria logo, se ele não interferisse.
- O Harry nem fuma, o Louis tá segurando o isqueiro dele desde que nós entramos no carro, não está comigo, então resta você ou o Zayn.
- E por que diabos você chegou a conclusão que eu estou com esse lixo? – Zayn continuou indignado.
- Porque você já sumiu com 6 isqueiros meus, Zayn. – Horan suspirou, frustrado. A discussão com o amigo não devolveria o seu isqueiro.
- Aquele é o George? - Niall cerrou os olhos, não acreditando no que via.
- Aonde? - Louis e Zayn viraram as cabeças juntos, curiosos.
- Ali na nossa frente! - Horan aponta, agora está vermelho de rir.
- O George? Aquele ali? - Harry agora está com uma das mãos na cintura, com um meio sorriso, confuso ao reconhecer que o irmão de seu melhor amigo se aproximava deles em uma cadeira de rodas.
- Louis, você nunca me contou que seu irmão sofreu um acidente. - Liam é provavelmente o mais desinteressado em toda a cena, ainda sim, está curioso para entender os porquês que circundam a chegada de George Tomlinson em uma cadeira de rodas que avança em alta velocidade.
- Ele não sofreu acidente nenhum. Do que você tá falando, idiota? - Louis murmurou, convicto de que seus amigos haviam fumado alguma coisa antes de encontrá-lo.
- Louis, sai da frente! - O próprio George grita, rindo afoito enquanto impulsiona com os pés e se aproxima em alta velocidade do irmão e dos amigos, ignorando completamente o comportamento de alguns britânicos soturnos, que os encaravam incomodados.
- Mas que porra!? - Louis pulou para o lado, levando Niall e Zayn.
- Ouch caralho! - Zayn murmurou, se levantando e batendo as mãos na calça jeans, para limpar a poeira.
- Qual o seu problema, Louis? - Niall está vermelho.
- O MEU problema? Eu só tentei me livrar de ser atropelado pelo meu próprio irmão! - Tomlinson retruca, ainda se levantando.
- Tá, mas não precisava me levar junto. - O loiro resmungou, infantilmente.
- VOCÊS VIRAM ISSO? EU ACABEI DE GIRAR NAQUELA CADEIRA EM 360° GRAUS! - George finalmente chega até onde os meninos ainda estão discutindo.
- Eu vi, seu idiota! - Louis cospe - Você quase me atropelou!
Os garotos prendem a respiração ao ouvir o tom áspero com que Louis se refere ao seu irmão. Mas, por sorte, o momento tenso se dissipa quando George abre os braços:
- Eu senti sua falta, irmãozinho.
O alvoroço inicial não cessou e logo os garotos foram convidados a conterem-se no aeroporto ou deveriam deixar o local. E para que a algazarra continuasse, Liam dirigiu até um bar aonde o grupo costumava ir quando não estavam rodeados das garotas. Era o ponto de encontro deles para fugir do alvoroço que muitas vezes as meninas causavam.
Agora estavam todos ao redor de uma mesa de sinuca, Louis e George jogavam contra Zayn e Niall. Liam e Harry tomavam suas cervejas, palpitando e dando dicas para os amigos, eventualmente reclamando dos movimentos que eram errados. A bagunça deles tomou o local, pareceu adiantar a temporada de fim de semana, e conforme a tarde passava, mais pessoas entravam para se divertir após o encerramento de expediente.
Harry e Liam conversavam discretamente:
- Você e a têm se visto? - Harry pergunta, curioso.
Liam dá um gole em sua cerveja e meneia a cabeça negativamente. Harry arqueou levemente as sobrancelhas:
- Então ela e o Danny realmente são algo?
- A gente não ficou mais desde a festa. - Payne coçou a cabeça. Não queria comentar sobre o assunto, mas sabia que Harry insistiria e tinha que dar um crédito ao amigo, que desde que descobrira sobre o "caso" de Liam e , manteve a boca calada e procurava dar uma mãozinha, na medida do possível.
- Mas nessa festa a e o Danny não tinham nada. - Styles pressionou, achando estranho o súbito afastamento do casal, que sempre esteve ficando desde que Harry descobriu tudo.
- Não foi nada demais, Harry. Ela só não quis mais. Eu respeitei a decisão e não a procurei mais. - Liam explicou, buscando encerrar a conversa.
- Impossível ser só isso, cara. A parece gostar tanto de você. - Harry comenta, fazendo um pequeno bico com os lábios, pensando sobre o real motivo do casal ter rompido. E mais que isso, pensava o que acharia de toda a situação.
- Claro que ela gosta de mim, Harry. É por isso que ela almoça todos os dias com o Daniel. Puro amor. - Liam é sarcástico.
- E você queria o quê? Que a pedisse um lugar ao seu lado enquanto você deixa a Lexi montar no seu colo a porra do almoço todo? Não seja um cuzão, Liam. Não seja um cuzão. - Harry adverte, terminando de tomar sua cerveja e indo até o bar para pedir outra.
Neste interlúdio, os garotos mantinham o jogo com pontuação acirrada. A concentração na mesa não dava espaço para muita conversação. Niall estava totalmente concentrado, analisando suas possíveis jogadas e a qualquer momento que algum amigo comentava algo com ele, o loiro o fuzilava.
Após ser repreendido pelo amigo, e o presentear com um tapa na nuca, Louis apoiou-se em seu taco e notou que um pouco a sua frente, no balcão do pub, uma morena com um drink na mão sorria para ele.
Suas amigas a rodeavam e tagarelavam sem parar, no entanto, a moça, que aparentava ser mais velha, não prestava atenção no que se passava ali, mas sim no rapaz de olhos azuis que agora também sorria para ela.
- Se importa? - ela perguntou, ao se aproximar, apontando com a cabeça ao lado de Louis, indicando o lugar onde gostaria de se posicionar. Louis deu de ombros, sorrindo antes de voltar a se preparar para a próxima tacada.
Agora que a morena estava próxima à mesa, Tomlinson precisava impressiona-la, porém ao aprontar sua jogada, o irmão lhe atrapalhou e o rapaz errou.
- Sabe como é, irmãos mais velhos. - George sorriu de lado para a moça que ria disfarçadamente de Louis.
- Nós somos uma equipe, babaca, se eu perder você perde! - o moreno falava sério e irritado. Seu irmão mais velho lhe deu tapinhas no ombro e saiu em direção ao balcão para pegar uma cerveja.
- Boa sorte da próxima vez. - Clementine ofereceu seu drink para o rapaz que agradeceu.
- Caso você não tenha percebido, aquele é meu irmão. - apontou para George apoiado no balcão, que esperava ser atendido. - Aqueles dois são nossos amigos. - a moça encarou Zayn e Niall, que mantinha sorrisinhos no rosto, e vez ou outra miravam o mais novo casalzinho.
Liam e Harry que conversavam afastados do grupo, voltavam para a mesa do jogo e ao encararem uma morena, alta, de corpo delineado e grandes olhos castanhos alinhar a gola da blusa de Louis Tomlinson, não acreditavam que uma mulher daquela estava dando mole para Louis.
- Que porra é essa? - Liam deixou escapar, com as sobrancelhas juntas.
- Esse é o poder Tomlinson, meu querido! - George sorria atrás dos dois com uma garrafa de cerveja na mão.
- Da onde você saiu? - Styles punha a mão no peito, pelo susto que havia levado.
- Calma cara, relaxa. - o mais velho abraçava ambos pelo ombro, aproximando-se dos outros dois. - É o seguinte pessoal, precisamos saber o que tá rolando ali, porque eu tô realmente curioso, contudo sou maduro demais para bisbilhotar. Então Niall, você foi escolhido para ouvir a conversa de forma disfarçada! - o loiro empolgado confirmou com a cabeça e foi para mais perto do casal.
- Então você quer o meu número? - Clem falava debochada.
- Você veio até aqui para me ver jogar, você quer minha atenção, querida. - as palavras ásperas contrastavam com o sorriso divertido contido.
Niall que estava próximo, arregalou os olhos ao ouvir o que o amigo dizia. E os outros a poucos metros ficavam mais curiosos para saber o que se passava.
- Você tem um ego realmente inflado, hãn?! Talvez eu esteja aqui por estar interessada no seu amigo loiro. Gosto de loiros… - agora era ela quem continha um sorrisinho.
Horan virou-se um pouquinho para o casal e acenou de forma tímida para a moça que retribuiu o gesto mordendo o canto dos lábios, por achar toda a situação muito engraçada.
- Mas tudo bem, eu te passo o meu número… - o rapaz sorriu convencido. - Com uma condição. - seu sorriso foi embora. - O último número do meu celular é 3, então você terá que tomar três doses e sobreviver.
- Gente corre aqui, isso vai ser muito bom! - Niall gritou e acenou para os amigos, que correram para ouvi-los.
Após escutarem o acordo, os meninos estavam certos de que Louis já havia conseguido Clementine.
- E então, qual será a bebida? - Zayn perguntou sentindo-se mais empolgado que o recomendável. - Ar da montanha. - Clem disse com naturalidade e os meninos viram toda a cena seguir em câmera lenta, lembrando de todas as vezes que aquele shot cruzou seus caminhos e o estrago que havia feito.
- Cara, você vai morrer, não faz isso!
- Louis resiste!
- Você pode encontrar outra pessoa.
Os meninos tentaram cancelar todo o incentivo anterior, já que conheciam os efeitos do drink e não seria muito são tomar algo do tipo no mesmo dia em que jantariam com os pais.
- Gente, tá tudo bem. - o moreno dizia sem ter tanta certeza disso. E embora soubesse que era uma decisão estúpida, Tomlinson não podia dizer não para a excelente oportunidade de sair com uma garota mais velha.
- Então nós temos uma aposta, Lou? - Clementine sorriu, jogando os cabelos e inclinando a cabeça para encarar Louis nos olhos. Adorava ver o brilho infantil surgindo nos olhos do garoto mais novo, a excitação por conta da ansiedade em provar um ponto para uma estranha, e mais do que tudo isso, a oportunidade de divertir as custas de um grupinho de adolescentes prepotentes.
- Nós definitivamente temos uma aposta, linda. - Louis afirmou, tomando a primeira dose e fechando os olhos quando o líquido desceu queimando a garganta e deixando seus lábios quentes.
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- Ei, meu bem. Aonde você pensa que vai sozinha?
A voz rouca e tranquila de Harry soou no corredor vazio, fazendo com que suspirasse em antecipada irritação. Seu pé latejava de dor, não só o pé, do joelho para baixo, nada ali estava imune ao incômodo constante porque simplesmente não sabia onde havia enfiado a merda do seu remédio. Ela então se arrumou em cima das muletas antes de olhar para o cacheado e começar um diálogo que provavelmente incluiria tópicos idiotas, como todas as conversas dos dois.
- O que você quer Styles? – ela perguntou, impaciente. Já não aguentava mais andar por aí se arrastando de muleta, perdendo as aulas de educação física e nunca podendo fugir de Harry, já que o gesso tornava seu passo ainda mais lento.
- O que eu quero agora? Nesse momento? – ele falou, baixando o tom de voz e se aproximando de .
Ela já sabia o que viria em seguida, e se sentia uma otária por não fazer o menor movimento que atrasasse o garoto.
- Eu quero saber porque você está tão mal humorada enquanto nossos pais estão ali embaixo, todos eles, prontos pra nos dar alguma grande notícia. – Styles continuou.
DOOOOOOOOOR! MUITA DOR, SEU FILHO DA PUTA! A mente de gritou.
- Eu não tô mal humorada, Styles. Eu só quero que você saia da minha frente e me deixe em paz para que eu possa chegar lá embaixo e ficar quietinha, ignorando a sua existência.
- Quer ajuda pra descer? – Harry ofereceu, agora quase em cima da morena.
- Eu me viro sozinha, como sempre fiz. – ela retrucou, mordendo o lábio para esconder um gemido de dor que quase lhe escapou.
Precisava de seu remédio urgentemente.
- Okay então. Acho que você esqueceu isso no meu carro mais cedo. – o garoto falou, entregando a cartela de remédios de e descendo as escadas de dois em dois degraus.
Meester segurou a cartela com força, sentindo seu rosto queimar de vergonha por lembrar dos acontecimentos mais cedo.
FLAHSBACK On
- Treinador, eu não tô pedindo, eu tô implorando pra você me deixar participar desse jogo!
- Pelo amor de deus Meester, se você não parar de encher o saco, eu te expulso do meu campo por tempo indeterminado. – o treinador Norton disse, tentando dar um fim a discussão que já durava mais de dez minutos naquela sala.
- Você não está entendendo, treinador. Eu só quer...
- VOCÊ é quem não está entendendo o que EU disse, . Eu não vou te colocar em campo com a perna engessada! Não insista e saia da minha sala! Vai dormir, comer, estudar, fazer alguma coisa da sua vida. – Norton advertiu a aluna, pegando o saco de bolas para ir ao campo: - Só não ouse dar as caras na minha aula enquanto estiver com a perna inválida ou disposta a me obedecer.
A morena saiu da sala do treinador, após ser deixada lá sozinha. Mal podia acreditar que havia sido praticamente expulsa de uma de suas aulas favoritas.
Caminhou até o estacionamento do colégio, imaginando o que faria com os três últimos períodos vagos, enquanto o resto dos amigos ainda tinham aula. Foi então que viu Harry apoiado contra uma árvore, usando o celular e resolveu ir até lá, com certa dificuldade já que não sabia muito bem como apoiar as muletas entre as pedras que levavam até o grande gramado.
- Diga, . – ele cantarolou, colocando o celular no bolso da calça social.
- Você viu o Liam? – Meester perguntou, sem ter a menor noção de porque estava fazendo uma pergunta idiota como aquela, sendo que ela poderia mandar uma mensagem para Liam e em 2 minutos saberia do paradeiro do melhor amigo.
- Ele está fazendo prova na sala. Bem como o Liam e o Zayn.
- Hmm. Tá bem. – murmurou, completamente sem saber o que dizer agora que já tinha perguntado tudo o que queria saber. Desviou o olhar de Harry e começou a pensar em como fazer uma saída decente após ter ido até ali com uma pergunta esfarrapada.
Harry por sua vez, não pode deixar de notar em como gostava do quão pequena era, comparada a ele. Ela não era nem uma anã, mas obviamente não seria a menina mais alta daquele colégio, que era dois anos mais nova, com toda certeza era do mesmo tamanho ou mais alta que a morena na sua frente. E ainda sim, ela era um potinho de raiva e ódio ambulante.
- Do que você tá rindo? – interrompeu os devaneios de Harry.
- De nada. E por que você não está na aula, ? – ele quis saber, visto que todos sabiam que as tardes de terça eram um dos momentos que Meester mais aguardava na semana.
- O Norton me expulsou. – ela respondeu sem rodeios ou maiores explicações.
- Isso significa que nós vamos sentar atrás dessa árvore, aonde ninguém pode nos ver e vamos dividir um cigarro? – ele ofereceu, com um meio sorriso charmoso e sobrancelhas arqueadas.
deu de ombros e começou mais um processo vergonhoso que era o sentar-se no chão e organizar as benditas muletas. Harry sentou ao seu lado, tirando o cigarro do bolso da camisa e apalpando os bolsos da calça em busca do isqueiro.
- Você não presta nem pra manter um isqueiro nos bolsos, Styles? – Meester brincou, finalmente falando algo e parando de parecer uma idiota. Harry lhe olhou de soslaio, achando graça do comentário dela:
- E você não carrega nenhum nessa mochila gigante, Meester?
- Você é o Zé Droguinha dessa relação Harry, não eu.
Depois de falar a última frase, Meester realmente decidiu não dizer mais nada. Porque aquele estava sendo um dia terrivelmente propício para passar vergonha na frente de Harry. Alguém que particularmente ela não devia explicações, mas também que não gostaria de parecer uma tola.
A torcida para que Styles não notasse a colocação ridícula foi em vão.
- Então quer dizer que nós estamos em uma relação agora, uh? - ele provocou, sorrindo largo e acabou por deixar o cigarro de lado, umedecendo os lábios antes de se aproximar ainda mais da morena.
- Eu vou embora. - falou, não tão convicta deste fato.
Harry não perdeu tempo em trabalhar para fazê-la mudar de ideia, se inclinou para frente, colocando sua mão na nuca dela e colando seus lábios com firmeza.
As mãos de seguravam seu paletó azul marinho amarrotado, e quando aprofundaram o beijo, ela não pode deixar de sentir como a mão do cacheado fez mais pressão em sua nuca.
- Harry, chega... – Meester murmurou, criando um pouco de bom senso ao lembrar que estavam na porra da escola e qualquer um poderia flagrá-los na embaraçosa situação.
Harry não parecia muito interessado em dar ouvidos a morena. Já que agora ele beijava e mordiscava o pescoço dela.
- Styles, alguém pode aparecer a qualquer momento... – ela alertou mais uma vez, empurrando-o pelos ombros. – Por que você nunca para quan...
- Shhhhh. – o cacheado a interrompeu, tapando a boca dela para que ambos ouvissem cochichos e risadinhas se aproximando cada vez mais. Os olhos de cresceram e ela quis morrer de vergonha por saber o quão patética ela pareceria para os amigos, se eles soubessem que ela simplesmente estava ficando com o cara que mais desprezou no ensino médio.
- Tem alguém ali atrás? – a voz um, uma garota, perguntou curiosa.
- Sempre tem alguém transando nessas árvores, Ellie. Não ia me surpreender se fosse o Styles ou um daqueles amiguinhos dele. – a voz dois se manifestou, levando o casal a risada – vem, vamos sair daqui.
Os passos se tornaram distantes mais uma vez, antes de Harry finalmente soltar e respirar fundo, gargalhando. não achou tão engraçado assim, visto que acabara de passar pelo maior susto da sua vida.
- Por que você é tão idiota hein, Styles? Às vezes eu me esforço pra não notar, mas você parece que faz tudo isso de propósito...
A morena murmurava, se levantando e batendo a terra da sua calça de moletom. Harry se levantou em um salto, não compreendendo porque havia ficado tão brava, do nada.
- Ei ei ei! Calma aí, Meester. O que aconteceu? – ele segurou no braço dela.
- Me solta, Styles.
queria chorar de raiva, se sentindo otária. Ela não queria nada com Harry, mas ODIAVA ouvir esse tipo de comentário porque sentia que estava mais errada ainda toda essa história.
- Me diz o que aconteceu. Estava tudo bem até agora, porra!
- Nada nunca está bem entre nós, Styles. Me solta. – Meester pediu.
E lá estavam de volta, a arrogância costumeira, o olhar altivo e a postura esnobe.
Harry balançou a cabeça, frustrado com o comportamento bipolar da sua algoz/atual ficante.
- Tem horas que eu quero te beijar até perder o fôlego, mas tem horas que eu só queria poder socar você, . - ele confessou e começou a andar para longe da árvore, de e suas confusões.
- Ei! Eu preciso de uma carona! - pediu e mais uma vez não entendeu porque diabos ela estava tão carente de Harry naquela tarde.
- Liga pro seu motorista e pede pra ele vir te buscar, afinal de contas ele é pago pra te aguentar. Eu não. - Styles contrapôs, impaciente e continuou andando até seu carro.
foi mancando atrás.
Harry deu a carona.
Eles discutiram no carro.
E ficaram mais uma vez.
FLASHBACK Off
conseguiu descer, usando o dobro do tempo que levaria para descer normalmente. Mas saber que ia tomar o remédio e tudo ficaria bem lhe renovou os ânimos. Foi até a cozinha apenas para pegar água e tomar a medicação, juntando as sobrancelhas quando ouviu a gritaria que estava instalada na sala, onde todos estavam.
Mancou até lá apenas para se deparar com as famílias espalhadas por todo o lugar, conversando, rindo alto, conversando sem medir o tom de voz e barganhas inúteis.
- Tá, o que vocês querem falar?
- Vai demorar muito? Porque eu quero mijar, mas não quero perder a notícia.
- Nossa, tô com mau presságio.
- Cadê o George?
- Mano, sai de perto da minha mãe, ela é minha, não sua. SAI!
- Ai!!
- Lá vem a nervosinha atacar novamente.
- O pai como era o nome daquela associada gostosa do Mr. Batista?
Essa era a situação que acontecia na sala de estar dos Tomlinson, naquele exato momento. O grupo estava eufórico, com fome e insanos. Eles apelavam para os instintos maternais das mulheres no ambiente, tentando arrancar informações sobre a grande notícia prometida desde a semana passada.
- Zayn Jawaad, se nem enchendo meu quarto de flores você conseguiu alguma coisa, quem dirá ficando emburrado. – Trisha sorriu.
- Olha gente, eu realmente estou com fome. Tipo MUITA. Eu poderia comer um de vocês agora. - Niall reclamou, irritado porque não comida desde o almoço e embora houvessem combinado jantar antes de conversar, a ansiedade dos amigos fez com que adiassem a refeição para que a surpresa fosse revelada.
- Grosso. - falou, fazendo careta.
- A gente realmente não poderia esperar pra conversar depois? - Horan insistiu.
- NÃO?! - O grupo cantou em uníssono.
- Nossa Niall, cala a boca, por favor. - disse, para a surpresa de todos.
- Minha filha tá passando tempo demais com a sua, Diana. - a mãe de disse e sorriu, um pouco sonolenta por causa do remédio.
- Não sei porque, mas acho que isso não foi um elogio. - Harry alfinetou, seus olhos verdes encontraram os de , que preferiu não responder, mas se aconchegou ainda mais em Liam, apoiando a cabeça no ombro do amigo e em seguida mostrou o dedo do meio para o cacheado. O que fez Harry querer sorrir porque ela obviamente estava tombando de sono.
- Já que estamos todos aqui, não tem pra que enrolar. Vamos direto ao ponto. - Des começou a falar, e o grupo finalmente se aquietou.
- Ótimo. - acenou com a cabeça, fazendo com que o padrasto a repreendesse com o olhar, embora mantivesse um pequeno sorriso.
- Mais algum comentário, srta. Styles?
- Nenhuma, pai. - a loirinha sorriu, deixando que o padrasto falasse.
- Voltando ao assunto, como vocês sabem, esse ano nós estamos viajando e decidimos deixar vocês sozinhos para ver como se sairiam sem nossa supervisão.
Tudo muito bem, obrigado, Sr. Styles. Niall pensou, em ironia.
- E para nossa surpresa vocês ainda não se mataram ou mutilaram. Com algumas exceções, obviamente - Des Styles olhou para o próprio filho, que não parecia nem um pouco arrependido por ter deixado usando muletas durante um par de meses. - Aí decidimos oferecer um pequeno agrado, já que vocês estão se esforçando. Daí surgiu a ideia de mandarmos vocês para o Caribe nas férias de meio de ano.
- CARIBE?
- VOCÊ TÁ FALANDO SÉRIO TIO?
- EU VOU CHORAR, DE VERDADE!
- ALGUÉM TÁ OUVINDO O QUE EU OUVI TAMBÉM?
- MÃE DO CÉU, EU TE AMO.
Des sorriu, deixando alguns momentos para que os jovens comemorassem. Mas depois de cinco minutos eles ainda não tinham calado a boca e então ele interviu:
- Se vocês puderem calar a boca pra eu continuar a explicar como será, eu aprecio.
Por fim o furdunço acabou e ele continuou:
- Nós já compramos as passagens, vocês vão passar 30 dias lá, e não tem negociação sobre não ir. Ou vão os dez, ou ninguém vai.
- O QUÊ?
- ISSO NÃO É JUSTO!
- Eu só acho engraçado que nós já passamos o ano inteiro grudados e eu só queria meus meses de férias longe de gente escrota igual o Louis, papai. – apelou para o pai, para que não passasse mais tempo com Louis, já que não podia mais entender a que ponto os dois estavam indo com todas aquelas provocações e o aparente contrato de exclusividade de atenção que os dois haviam acordado. Porque a ruiva sinceramente não recordava de um dia no último mês que ela e Louis não haviam se visto. O garoto atrevido vivia enchendo sua caixa de mensagens com links de vídeos idiotas e ela JAMAIS admitiria que por vezes chegou a chorar de rir com eles.
- E eu só queria ter uma filha educada, mas aparentemente ninguém tem tudo o que quer, minha filha. – Elizabeth retrucou, não deixando espaço para que a filha retrucasse de volta. Louis por sua vez, sorriu largo para , esfregando na cara dela o quanto sua mãe gostava dele.
- Era só o que me faltava... – Westwick murmurou, virando o rosto para não lidar com Louis.
- Eu posso convidar o Danny? - se pronunciou, claramente surpreendendo Liam.
- Nem vem com essas ideias , eu não vou passar minhas férias inteiras atrás de você e do sr. Engomadinho. – Zayn se escusou de qualquer responsabilidade, deixando a prima de rosto corado de vergonha.
- Eu não pedi pra você ficar atrás de ninguém Zayn! – a Ortega cresceu os olhos verdes para o primo, se sentindo completamente constrangida com a sugestão que ele acabara de fazer. Malik ria tanto que sentia sua barriga doer e ainda assim ele não conseguia parar, era impagável ver a prima tão vermelhinha de vergonha na frente de todo mundo.
- E se eu me recusar a ir com todo mundo? - perguntou, testando os limites dos pais.
- Ninguém vai, vocês passam as férias enclausurados e todo mundo vai odiar você. - Antony, pai da , diz, com um sorriso leve.
- Aff tio. - a ruiva faz bico e deixa o assunto de lado.
As conversas paralelas começaram então, todos estavam animadíssimos com o que estava por vir. As motivações eram distintas, mas cada um ali tinha um motivo pessoal forte para querer que os dez estivessem juntos, no fim das contas.
Zayn olhou para , em meio ao alvoroço, observando como ela conversava com , notou como sua postura era sempre ereta e seus movimentos graciosos. A última vez que notara tanta graciosidade foi quando acompanhou sua mãe, há uns três anos, em um desfile da Victoria Secrets. Ele nem sabia quando havia acontecido, mas agora Hilton era o parâmetro de garota perfeita para Zayn.
Enquanto a admirava ali sozinho, viu que Hilton olhou para ele, então brincou com as sobrancelhas e sorriu para ela, que retribuiu o sorriso, deixando e e caminhando até o moreno.
- Caribe é um bom começo não, loira? - foi a primeira coisa que ele disse quando ela parou ao seu lado. E a primeira coisa que de fato notou foi o apelido que Malik havia usado.
O Caribe seria um ótimo começo!
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A morena estava sentada no sofá da sala de TV da mansão Malik, assistia a um filme qualquer de romance, apenas para se torturar mais um pouquinho pelo fato de sua vida amorosa ser uma grande merda.
Um balde de pipoca estava em seu colo, porém nem ao menos havia o tocado direito, estava mais concentrada em praguejar coisas sem nexo pelo fato de os personagens estarem felizes e satisfeitos com suas malditas vidas fictícias perfeitas.
Ouviu duas batidas na porta que estava aberta e esperou que fosse Morgan, provavelmente lhe trazendo alguma guloseima, pois o homem já havia percebido que estava cabisbaixa nos últimos dias. Virou-se pronta para agradecer o mordomo e se surpreendeu ao encontra Payne com um sorriso tímido.
- Atrapalho? – o rapaz perguntou.
- Não, imagina. O Zayn disse que vocês iam passar o dia na casa do Harry para se despedir, já que ele vai pra América. – achou estranho o fato de ele estar ali.
- Nós vamos, mas eu resolvi passar aqui antes para irmos juntos. – mentira! Ele queria vê-la mesmo, mas ela não precisava saber... – Porém quando eu cheguei seu primo disse que ia tomar banho e eu sei que ele vai sair de lá só amanhã. – sentou ao lado de no sofá.
- Acho que é mal de família demorar tanto para se arrumar... – a menina sorriu, voltando ao filme. – Pipoca? – estendeu o balde até ele que aceitou.
- O que eu perdi? – foi a maneira que ele pediu para ela lhe explicar a história do filme. Riu levemente e a encarou, esperando que falasse.
, explicou na medida do possível o que se passara no filme até o presente momento. Como o rapaz não esteve lá desde o início, havia encontrado problemas para entender com clareza.
Ambos se voltaram para a televisão, mas a menina já não prestava mais tanta atenção no que acontecia na vida dos personagens.
- Você acredita em amor à primeira vista, Liam? – questionou, o fitando com seus olhos brilhantes como duas esmeraldas.
Sorriu ao ouvir a pergunta dela e se recordou do dia em que ele pode deslumbrá-la a primeira vez.
FLASHBACK On
Há 10 anos:
Liam e Niall estavam sentados cada um em uma poltrona no quarto de Malik. Os garotinhos jogavam algo violento demais para a idade deles, nem piscavam, chegavam a babar frente à televisão de tela grande.
Londres estava fria demais e por isso os garotos estavam acomodados dentro da casa do amigo, onde era quentinho e aconchegante.
- Que horas ela chega, Zayn? – foi possível ouvir a voz de Harry do corredor.
- Af, eu não sei por que vocês estão tão animados assim! É só uma menina chata, nada demais. – foi Louis quem falou com desdém. Quem diria que um dia ele mudaria completamente seu julgamento sobre o sexo oposto, contudo quando se é um garoto de oito anos, meninas são como uma alergia que incomoda.
- Não chame minha prima de chata Tomlinson! – Zayn disse abrindo a porta de seu quarto.
- Ah, vocês já estão jogando? – Styles perguntou decepcionado. – Quem ganhar vai comigo. – correu até onde os amigos estavam para assistir a partida mais de perto.
- Vê se não atrapalha! – Niall reclamou quando Harry passou na frente da TV obstruindo sua visão.
- Foi mal. – sorriu envergonhado e se sentou no chão esperando sua vez.
- É verdade, aquela sua prima chega hoje! – Liam falou distribuindo golpes no personagem de Niall. – Qual é o nome dela mesmo?
- . – Malik respondeu. – E ela não é chata. – virou-se para Louis que revirou os olhos. – Pode perguntar para o Niall ou para o Harry, eles conhecem ela.
- Ela não é chata.
- Não mesmo.
- Como não?! – o pequeno Tomlinson não acreditava em que seus amigos diziam. – Como uma menina de seis anos não vai ser chata?
- Já disse para não falar assim da minha prima!
- Aposto que ela faz você brincar com de boneca e você gosta.
- Isso não é verdade!
- Malik brinca de boneca! – Louis ria achando sua piada muito engraçada e os amigos o acompanhava, menos Zayn que já começava a se irritar com toda aquela história.
Desde que seu pai lhe falara que seus tios se mudariam de Manchester para a capital inglesa, o pequeno havia ficado muito empolgado e o fato de que sua prima moraria em uma casa ao lado da sua era ainda mais legal!
Zayn e , até então, se viam apenas em feriados. Quando os pais do menino o levava para a cidade dos avós, onde a garotinha morava, ou então quando os pais dela iam até Londres. Os dois primos se adoravam e mesmo com uma diferença de idade de dois anos, nunca haviam enfrentado problemas na hora de brincar. E agora que moraria apenas a alguns metros dele, Malik não conseguia não falar sobre isso.
- O meu pai disse que eu tenho que cuidar da igual ele cuidava da minha tia, a mãe dela. Ele também disse que eu posso bater nas pessoas que incomodassem ela e se você continuar com isso vai apanhar Louis, tô avisando!
- Calma, eu tô só brincando. – o menino se jogou na cama do amigo com uma revista de super-heróis nas mãos.
Eles continuaram jogando e discutindo sobre a ordem de cada um para disputar as partidas, até que a mãe de Malik bateu na porta e disse que os novos vizinhos, vulgo os tios e a primo dele, haviam chegado.
- Vamos logo! – Malik apressava os amigos a calçarem os tênis.
- Calma! Ela não vai voltar para Manchester! – Niall brincou.
E logo os cinco meninos deixaram a casa correndo e foram até a residência do lado. Alguns caminhões estavam estacionados em frente a casa e uma grande quantidade de pessoas corria de um lado para o outro. Eles caminharam até um chafariz e um canteiro para flores que havia na propriedade e Zayn começou a procurar por alguém que conhecesse.
- ! – o garotinho gritou animado.
E então Liam a viu.
Ele se perguntava se encarava um anjo que viera lhe dar o prazer de sua presença ou a famosa prima de Malik. Os cabelos escuros da menininha contrastavam com sua pele clara, as bochechas e a pontinha de seu pequeno nariz estavam rosadas devido ao vento que estava forte e seus olhos... Liam jurava que nem mesmo todas as joias preciosas que pertenciam a sua mãe brilhavam mais que aqueles magníficos olhos verdes.
Ela soltou a mão do pai, largou a boneca que segurava e correu até onde os meninos estavam.
- Zayn! – gritou se jogando no primo, para abraçá-lo. – Eu não queria me mudar, mas a mamãe disse que você ia morar pertinho e aí eu achei que seria bem legal!
- Nós moramos um do lado do outro! – explicou. Sentia-se no dever de sempre esclarecer tudo para ela, afinal a morena era DOIS anos mais nova! Não sabia de quase nada da vida! Não que ele soubesse muita coisa, todavia ela era DOIS anos mais nova e isso era muito. – Vem cá, . – puxou-a pelo casaco para perto dos amigos. – Lembra do Harry e do Niall? – a menina acenou com a cabeça e murmurou um “oi” baixinho.
- Oi! – Styles e Horan disseram empolgados.
- Esse é o Louis. – apontou para Tomlinson que estendeu a mão para ela em forma de soquinho, como um cumprimento.
A garotinha que estava grudada no primo, quase se escondendo atrás dele, encarou mão do menino a sua frente e depois o mais velho ao seu lado.
- Toca aqui. - Louis disse balançando a mão.
- Ela é tímida. – Malik explicou.
- Tô vendo. – arqueou as sobrancelhas, mas a menina o cumprimentou e ele sorriu. Até que era verdade, ela não era chata... Se continuasse quieta daquela forma ele até aprovaria a presença dela quando estivesse brincando com os amigos.
- E esse é o Liam. – Payne sorriu e acenou, a pequena Ortega sorriu envergonhada para ele e o menino pensou que deveria fazê-la sorrir mais vezes, pois se quando ela estava normal já parecia o querubim mais belo que poderia existir, ao sorrir, a magia que ela possuía aquecia o coraçãozinho dele.
FLASHBACK Off
- Sim, eu acredito em amor a primeira vista. – falou simplesmente, sorrindo, e voltou-se para o filme.
tentou se concentrar, porém pensava na resposta que Liam havia lhe dado...
- Mas – deu um pulo no sofá para se sentar de frente para ele, assustou o rapaz, e riu de sua reação. - não seria algo superficial? – ele a encarou esperando que terminasse e tendo em mente o que ela queria dizer. – Não seria uma paixão apenas pelo físico da pessoa?
- Não... – mantinha-se concentrado no filme. – Quero dizer, não quando você encontra os olhos que você quer encarar o resto da sua vida... – Admirou o rosto da garota ao seu lado fitando aquelas duas pedras de esmeralda. – O rosto que você quer ver ao lado do seu no travesseiro, as mãos que você quer sentir lhe tocar, os lábios que você quer beijar, a voz eu você quer sempre ouvir... Você sente que aquela é a pessoa. – a garota ia ouvindo as palavras recitadas e se sentindo enfeitiçada e atraída pelo rapaz. Queria tanto sentir o sabor daquele beijo novamente.
- Mas se você nem se conhece direito, como vai saber que aquela é a pessoa para você? – a morena parecia realmente confusa com todo o assunto e o rapaz achava tão engraçadinho... adorável!
- , o que é amor para você?
- Han?! – se surpreendeu com a pergunta. – Respeito, carinho, conhecer todos os defeitos da pessoa e mesmo assim ama-la, pois são eles quem a tornam quem ela realmente é...
- Bem, eu acho que amor não precisa de palavras para explicá-lo ou mostrá-lo, você pode fazer isso com gestos mínimos. O amor não é uma coisa... É um verbo, uma ação.
- Você parece ter tanto domínio do assunto... – falou achando graça.
Payne pensou em milhões de observações para aquela frase e todas terminavam com um “É porque eu amo você”, todavia ele achou melhor ficar quieto. E se a assustasse dizendo algo tão sério? E se ela não acreditasse? E se...?
Ambos sorriram e voltaram para o filme, porém apenas por alguns minutos, afinal Liam ainda não havia perguntado algo que queria muito saber.
- Eu fiquei sabendo que o Phillips vai embora. Sinto muito.
- Eu também.
- Você o ama? – jogou assim na lata.
Ortega se voltou para ele: - Eu não sei...
- Então isso é um não. – falou seguro.
- Não. Isso é um “não sei”.
- , se você sentisse algo maior por ele, você não acha que saberia, saberia?
- Nós passamos pouco tempo juntos, e eu sinto que ele gosta de mim… Me sinto egoísta por não retribuir a altura.
- Não se preocupe, você vai saber quando amar alguém de verdade. - sorriu para a morena que o encarava curiosa e tristonha.
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Quando sugeriu que todos fossem ao cinema assistir Goosebumps, a turma aceitou sem contestações por motivos diversos e distintos que se resumiam a pura falta do que fazer: Liam ia porque estaria lá, iria porque todos os amigos estariam juntos, estava completamente entediada desde que Harry havia viajado, aceitou porque Zayn ia, Zayn estava indo porque não tinha nada para fazer aquela hora da noite, Niall estava indo para passar um tempo com , Demi só queria sair de casa um pouco, Louis era um grande fã do Jack Black e estava indo pelo filme mesmo.
Os níveis de tédio eram preocupantes no grupo que passou o dia inteiro em casa, trancados porque Londres estava encharcada e fria. Quando aconteciam essas chuvas repentinas, o frio vinha com força total e não havia muito o que fazer além de alternar entre colégio/trabalho e cobertas quentinhas.
- , eu tenho que parar de ouvir você, sinceramente. Olha esse frio do caralho que está fazendo e eu aqui exposta nesse vento gelado para ver um filme qualquer... – reclamou, guardando as chaves do carro no bolso do casaco e se juntando ao bando que estava na praça de alimentação.
- Oi oi ! – Demi ignorou a reclamação da ruiva e soprou um beijo pra ela e tudo o que recebeu em resposta foi olhos rolando.
- Vocês ao menos já compraram os ingressos? – Westwick perguntou
- Não, porque o grupo não estava completo. E aparentemente a noite é sobre programa em grupo. – repetiu o que havia repetido para cada um que fez a mesma pergunta. franziu as sobrancelhas, mas riu da colocação mal humorada da morena.
- Mas agora que estamos todos aqui, vamos comprar porque eu não aguento mais esperar. – Liam se levantou, suspirando alto e batendo as mãos no jeans, para desamassá-los antes de estender a mão para ajudar , que estava deitada com a cabeça no colo de , a levantar. Todos se colocaram de pé também, caminhando em direção ao cinema, dividido em conversas paralelas. ia alheia ao tumulto ao seu redor, com as mãos nos bolsos, olhando distraidamente para as vitrines chamativas.
- Oi . – Louis a cumprimentou, andando exatamente no ritmo da ruiva. o olhou de canto de olhos.
- O que você quer, Tomlinson? – ela falou sem qualquer interesse real em manter um diálogo com Louis. O moreno inclinou a cabeça e sorriu, genuinamente interessado na ruiva.
- Eu queria saber por que você demorou tanto... – ele jogou no ar.
- Meu deus cara, desencana! Você não tem nada melhor para fazer da vida? – se exasperou, levantando as mãos pro alto antes de apressar o passo para se afastar do provocador, mas Louis apenas aumentou seu ritmo de caminhada para se equiparar à ruiva.
- Você é a minha prioridade nesse momento, . – ele passou o braço pelo ombro da garota – eu realmente me importo em saber se você deixou de ser uma boa motorista nesse meio tempo.
- Cala a boca, Tomlinson... – Westwick sussurrou, lançando uma olhadela para o braço em torno do seu ombro coberto.
- Não tem problema você não ser mais uma boa motorista, . Não se torture por isso. – Louis continuou.
- Cristo! O trânsito estava um caos! Não foi minha culpa! – desabafou, frustrada com a remota ideia de que ela não era a melhor motorista do grupo.
- Você nunca se atrasa mocinha... – Louis tentou fazer uma retirada teatral, mas não deu certo porque eles já haviam chegado na fila, que por sinal estava lotada de crianças e seus pais.
- Meu deus, quanta gente! Esse povo louco sai de casa com um frio desses... – Niall comentou, apontando com o queixo para a fila gigantesca de crianças e adolescentes que conversavam alto.
- Falou o senhor sensato que está em casa de pijamas, assistindo e passando um tempo com a namorada. – Zayn acusou o amigo loiro, um pouco ansioso porque queria fumar, mas estava em um ambiente fechado.
- Oh porra... Odeio quando tem tanta criança assim, agora eu vou ter que me controlar para não abrir minha boca suja nesse caralho... – reclamou e recebeu olhares feios de alguns pais que estavam por ali com suas crianças.
- Só fica de boquinha fechada, bonitinha. – Zayn alfinetou, pela segunda vez.
- Olha quem está atacado hoje! Babaca... – Meester não perdoou. Não iria admitir ninguém além de Harry lhe enchendo a paciência.
- Qual o filme que nós vamos ver mesmo? – interrompeu, olhando para os filmes que estavam em cartaz.
- Nada de terror! – quase gritou, lembrando a todos da sua aversão ao gênero.
- Nem suspense! – complementou e olhou para a morena com um meio sorriso travesso:
- Não vai me dizer que tem medo de filmes de suspense, Meester.
- Vai se foder, . Eu não tenho medo, só não estou a fim de ver hoje. – mentiu. e Liam riram baixinho, eram os únicos que sabiam da aflição da amiga em assistir filmes de terror ou mesmo suspense. Eles respeitavam isso, mas talvez não fosse tão sensitiva assim.
- Vamos ver Goosebumps! Nós viemos aqui para ver esse filme. – Niall lembrou os amigos, evitando que as meninas pendessem para o romance meia boca que estava em cartaz.
- Bom ponto, Nialler. – Liam concordou.
- Quem está nesse elenco? Fala sobre o quê? – Zayn encolheu os olhos, se aproximando do cartaz para colher as informações que queria. – Porra! O Jack Black está nesse filme! Nem lembro qual o último filme dele que eu vi...
- O Jack Black? Caralho!!! – Louis se manifestou, revelando seu lado de fã do ator e chamando a atenção do grupo.
- Quem é Jack Black? – perguntou, de sobrancelhas arqueadas e olhos curiosos.
- Como assim ‘quem é Jack Black’ Hilton? – Zayn cruzou os braços, virando totalmente e ficando cara a cara com a loira.
- Não conheço esse cara, ué. Grande coisa... – Hilton se sentiu verdadeiramente envergonhada pela reação espalhafatosa de Zayn.
- Ele fez vários filmes legais, ! Aposto que você conhece algum. – tentou ajudar a amiga, para que ela parasse de ficar cada vez mais vermelha e logo explodisse de pura vergonha.
- As viagens de Gulliver, Escola de Rock, Nacho Libre... – começou a listar, tentando ajudar a memória da pobre , mas o olhar confuso da loira entregou que ela realmente não sabia de quem o resto dos amigos estava falando.
- Meu deus , como você não lembra? Ele fez O Amor é Cego, O amor não tira férias. Cara como você não lembra do O amor é Cego? É um clássico! – continuou, agora inconformada com a burrice da amiga.
- Ele é o cara mais foda desse século, é original, engraçado... – Louis começou a listar os motivos porque adorava o ator. o interrompeu com muito prazer e um sorriso zombeteiro no rosto:
- E você está apaixonadinho por ele, babaca. – ela alfinetou antes de voltar-se para : - é lógico que você conhece ele , lembra que eu tirei uma foto com ele ano passado, quando eu fui na Comic-Con?
- WOW WOWWOW! Você conheceu o Jack Black? – Louis interrompeu as meninas, fez que sim com a cabeça, encarando Louis suspeitamente. – Puta que o pariu, como você nunca me contou isso antes ?
- Porque eu nunca te conto nada do que eu faço, Tomlinson. – falou como se fosse óbvio, e ainda sim Louis ignorou o sarcasmo da menina, a encarando como se estivesse diante do objeto mais interessante daquele shopping.
- Meu deus , você é muito foda. Você chupou aquele ruivo por nós, chutou as bolas do Tyler semana passada e agora me diz que conheceu o Jack Black em uma Comic-Con. Eu só fico pensando aqui que esse é o momento onde eu reconheço que você é perfeita e que eu não me incomodaria nem um pouco se você se apaixonasse por mim no futuro! – Louis despejou as palavras em uma sentença só, surpreendendo os amigos, e ele mesmo.
esperava qualquer tipo de comentário idiota de Louis, quando relatou de sua experiência com o dito ator, mas nada a prepararia para ouvir Louis declarando na sua cara que eles poderiam um dia se apaixonar um pelo outro. Quando ouviu a confissão imprevista, seu coração bateu tão mais forte que ela sentiu enjoo. Sabia lidar muito bem com grosseria, insultos e outros comportamentos negativos. Mas a sinceridade de um coração aberto a assustava como um terrível terror. Não gostava de lidar com emoções e por isso fugia delas. No entanto, Louis trabalhava duro para atravessar a densa camada de impassibilidade que ela era e por fim chegar em sua zona de sensibilidade; e ela não gostava nem um pouco disso. Por isso, em milésimos as palavras pesaram como chumbo em seu estômago e ela repentinamente sentiu seu corpo gelar completamente, não podendo mais olhar nos olhos azuis do Tomlinson.
A turma só conseguiu crescer os olhos quando Louis terminou de falar, alternando os olhares entre o pobre bocudo e a amiga ruiva, que estava mais imóvel que uma estátua de mármore. Todos sabiam que Louis vivia única e exclusivamente para provocar e que isso não deveria ser nenhuma novidade, mas de alguma maneira o que acabara de acontecer foi diferente.
nunca ficou tão grata na vida por sua vez na fila ter chegado, dando assim uma oportunidade para que a ruiva colocasse um ponto final na situação constrangedora e desagradável.
- 9 ingressos para Goosebumps, em 3D, por favor. – ela pediu para a atendente, sem consultar os amigos. Quando os recebeu, saiu da fila para ir comprar a pipoca, mas percebeu que o grupo ainda a encarava, estatizado e embasbacado. – O que foi agora???
- Nada ué!
- Só que você acabou de pagar ingresso para todo mundo!
- Mas que caralho hein, eu não posso fazer uma caridade de vez em quando... – ela retrucou e saiu andando, deixando-os para trás e ignorando os pais consternados que tentavam proteger os ouvidos de seus filhos.
Decididos que já havia acontecido um grande circo, os adolescentes decidiram não tocar no assunto por hora e aproveitar o filme. E foi com muita pipoca, chocolate e coca cola que eles entraram na sala onde passaria o filme.
- Para de me empurrar Niall... – Liam pediu quando quase tombou, levando e junto.
- Liam, se você me derrubar eu te mato, sinceramente. – ameaçou, segurando forte na mão da amiga.
- Cacete! Meu pé! – o loiro xingou quando seu pé topou contra o degrau escuro. Sentiu um baque contra suas costas e só ouviu a risadinha baixa de :
- Ops...
- Eita vocês dois hein – Louis sussurrou para a loirinha, rindo descontraído. Já esquecido da vergonha que acabara de passar lá fora.
- Porra já está derrubando tudo aqui olha! – Zayn bateu a mão contra seu jeans quando viu que eles estavam derrubando coca cola no corredor. vinha logo atrás, segurando no casaco que o moreno usava com as duas mãos.
- , cadê você? – ela chamou pela amiga.
- Tô atrás de você, carregando a SUA pipoca, preguiçosa do caralho... – a ruiva reclamou.
- Por que a gente vai sentar aqui? – questionou, insatisfeita, quando percebeu que eles estavam na última fileira.
- Porque aqui nós temos um maior campo de visão desses pentelhos. – Louis respondeu, se acomodando com seus dois baldes de pipoca, um para ele e o outro para jogar nas crianças durante o filme.
- Sentar aqui é um lixo, não dá pra ver o filme direito, o som grita na minha orelha. Que grande ideia, Louis! – reclamou, se abaixando para enxergar o telão sem cortes.
- Ninguém veio aqui pelo filme, bonequinha. – Tomlinson piscou para .
- Eu odiei ficar aqui... – confessou para ninguém, mas Liam ouviu e se prontificou:
- A gente pode sentar ali no meio se você quiser, ainda tem espaço pra nós três pelo menos. – ele sugeriu. olhou para os assentos disponíveis e decidiu que queria trocar de lugar.
- , vamos sentar mais ali no meio, ok? É melhor. – a herdeira Ortega avisou para a melhor amiga.
- Tanto faz... – Meester murmurou. Completamente irritada porque o seu importunador favorito não estava ali para lhe dar razões para estar brava.
- Você está insuportável desde que nossos pais foram embora. Pelo amor de deus hein. – reclamou, incomodada com o mau humor quase constante da melhor amiga nos últimos dias.
- É melhor o Harry voltar logo pra você deixar todo mundo em paz de novo, . – Liam brincou, mas a morena não achou tão engraçado assim, já que deu um soco no quadril do amigo.
- Idiota.
- A tem razão, pessoal. Só dá pra ver a metade dos trailers, e eu não vou aguentar passar duas horas vendo imagens cortadas. - se levantou, catando sua pipoca, chocolate e refrigerante, indo atrás dos amigos que já estavam bem situados.
- Puta que o pariu, hein! Cadê a parceiragem? - Louis reclamou, dando um gole em sua cerveja. Os restantes que ainda estavam sentados com ele, o encararam como quem dizia: "Sério que você tá usando esse argumento lixo?".
- Não tem parceiro no mundo que aguente suas idiotices, Tomlinson. - pegou suas coisas e desceu até onde estava o bando, sentando ao lado de . - Vem comigo, Demi.
Demi deu de ombros e seguiu a ruiva. Niall levantou.
- É cara, vamos descer... - ele deu um tapinha nas costas de Louis, que levantou, frustrado. Zayn os seguiu. Os pais, dentro do cinema, não estavam nenhum pouco satisfeitos com a movimentação barulhenta e infinita.
- Mano, por que eu escolhi o 3D? E por que eu vim de óculos logo hoje? Que bosta... - reclamou enquanto lutava para ajustar os óculos do cinema sobre os óculos de grau que ela estava usando. Era uma ótima noite para estar sem as lentes de contato!
- , tem um lugar vago aí? - Zayn "sussurrou" e só fez que sim com a cabeça. - Beleza, guarda isso aí, por favor.
A sacola com os doces foi passando de mão em mão até chegar no destino final. conferiu se estavam todos acomodados. Tudo ok.
O filme começou.
- O filme começou, pessoal! - Louis avisou.
- Todo mundo percebeu, meu filho... - Niall retrucou.
- EITA PORRA, OLHA O JACK BLACK!!!! - Zayn gritou, apontando para o telão, mas não só o moreno ficou animado, o cinema todo se encheu de burburinhos animosos.
- Olha só rapaz, não é que ele tá no filme mesmo! - Liam comentou com , para o seu azar, ouviu.
- Ia ser bem estranho se o cara não aparecesse, afinal de contas ele está no cartaz promocional, senhor inteligência suprema... - ela alfinetou. Liam se preparou para revidar, porém apertou sua mão e o encarou com uma cara que dizia "não perde tempo, querido". Payne levou a mão da garota, entrelaçada a sua, até os lábios e a beijou, depois virou para e revirou os olhos profundamente.
, que arrastou todo mundo de casa para ir ver o filme, não estava prestando atenção nenhuma, preferia mil vezes continuar arranhando de leve o braço de Niall, com suas unhas compridas, e vendo os pelinhos do braço dele arrepiarem completamente. Ela adorava observar o efeito que causava no loiro. Horan deixou o filme de lado e olhou para , que se divertia em fazê-lo se arrepiar.
- Você tem sérios problemas em ficar quietinha, hein... - ele provocou antes de beijá-la. Primeiro um selinho, depois aprofundou o beijo, tomando cuidado para que não desencostassem das poltronas e chamassem atenção. Louis e , que estavam ao lado dos dois, ao perceber o que estava acontecendo, se inclinaram levemente para frente, ao mesmo tempo, para que o casal não corresse o risco de ser pego. A questão é que ninguém ali estava interessado em saber o que o outro estava fazendo, estava entretidíssima com o celular, stalkeando Anne Cox, e Liam estavam na própria bolhinha de paixão, e Louis cuidavam de Niall e , dormia confortavelmente sobre o ombro de Zayn, com os pés encolhidos entre as poltronas.
Momento perfeitamente normal, não fosse a aparição surpresa de um palhaço na tela.
- AI PORRA!
- MINHA NOSSA SENHORA, TEM MISERICÓRDIA!
Liam e gritaram ao mesmo tempo. gritou de medo e Liam gritou pelo aperto na mão. Louis começou a rir incontrolavelmente e foi calado por um desconhecido, sentado cadeiras abaixo.
- SHIU!!!!
- Eu não sei qual o problema desse boneco maldito, mal comido... - comentou para ninguém em especial.
- Ele só quer a atenção do dono dele, coitado... - Louis rebateu.
- Ah, claro! ÓTIMA maneira de chamar a atenção de alguém, colocando o inferno pra ir atrás dela! - Westwick balançou a cabeça em concordância, porém, suas palavras eram cheias de ironia.
- Sabe o que eu acho? Que essa menina não existe. Tenho certeza, na verdade. - Louis apontou para o telão.
- Ah cala a boca, mano. A mina tá aí, vivinha, causando um milhão de problemas! - descreu e cruzou os braços.
- Tem gente que não consegue calar a boca, hein, puta que pariu!
Alguém murmurou no meio da escuridão. e Louis sacaram a indireta e se deram ao trabalho de procurar o idiota intrometido. Não foi difícil encontrá-lo, principalmente porque ele estava com o dedo da discórdia erguido, e um sorriso forçado. não pensou duas vezes antes de meter a mão no saco de pipoca, tirar um punhado e arremessar em direção ao cretino, porém, as pipocas foram atingindo a todos que estavam entre as poltronas da ruiva e do alvo. Uma onda de reclamações varreu o cinema e a lanterninha branca foi acionada. Nem foi preciso perguntar quem era o/a responsável pela baderna, todos apontavam para a fileira onde os nove adolescentes estavam.
- Senhores, por favor, comportem-se adequadamente ou terei que acompanhá-los para fora da sala. - a mulher falou e olhou para Louis e como se soubesse que os dois eram os fomentadores da confusão. Os dois a encararam por detrás dos óculos coloridos até que a lanterninha foi apagada e ela sumiu de vista.
- X9 virjão... - A ruiva resmungou, olhando na direção do homem que lhe mostrara o dedo anteriormente, antes de se encostar na poltrona e finalmente prestar atenção no filme.
A calmaria dessa vez durou 10 minutos.
- Que porra de luz é essa? Quem tá usando celular na hora do filme? - Niall reclamou quando se mexeu, desconfortável com toda a luminosidade que atrapalhava seu sono.
- Ora se não é a , que não solta essa merda por nada... - esticou a cabeça e Niall pode captar a expressão frustrada da morena.
- O que ela tá fazendo? - Niall quis saber.
- Essa quenga não sai desse whatsapp - meteu a mão na tela, para atrapalhar a visão da Meester.
- Tô só jogando candy crush saga, me deixem em paz. - se defendeu, sem nem tirar os olhos da tela.
- Me dá esse celular, eu vou guardar. - Liam pediu, estendendo a mão.
- Não! - a Meester encolheu as mãos instintivamente, guardando o celular contra o peito.
- Para de graça, . Entrega logo, você veio aqui pra ficar com os amigos, pra socializar! Para de ser cuzona, anda. - perdeu a paciência, desde que estavam se arrumando para encontrar os amigos no shopping, não tirava os olhos do celular. A Ortega estava realmente irritada.
- Meu pau que eu vou entregar... - sorriu sem mostrar os dentes. Liam tentou um movimento surpresa, porém falhou, se avançasse com pressa demais, ia esmagar .
- Caralho, . Você é foda hein, puta que o pariu! - Liam voltou a se sentar e colocar os óculos, olhando para a tela, sem dar a menor atenção para a melhor amiga. a encarou em reprovação antes de colocar seus óculos e a prestar atenção no filme também.
- Ah mano, nem venham reclamar, sério. Pode ir parando de cu doce, eu tô aqui na minha, deixando vocês aproveitarem o momento, então não me incomodem, porque senão eu vou sentar entre vocês. - ameaçou e não recebeu atenção dos amigos. Ela então suspirou e se aproximou de , deitando a cabeça no ombro dela. olhou por cima do ombro e viu os olhos pidões da amiga.
- Otária... - ela murmurou e sorriu antes de abrir o braço e aconchegar em um meio abraço.
- Cadê a moça da lanterna? Tá na hora de tirar uma galera daqui dessa sala né! - o mesmo cara de antes se irritou, procurando pela responsável pela ordem na sala. Quando a lanterna foi acesa e a mulher se aproximou, ele ficou em pé. - Se continuar nessa zona, eu e a minha namorada vamos querer rever o filme, de graça.
- Ah, pelo amor de deus, hein moço! - se levantou, furiosa.
- Senhora, por favor, se acalme e me siga. - a mulher pediu. - Todos vocês, por favor.
- Mas eu tô quieta vendo o filme!!!! - colocou a mão no filme, injuriada com a injustiça.
- Senhora, por favor, não grite. - o tom de voz da mulher já era bem mais grosseiro e frio.
- A senhora pode controlar porque não tá falando com as suas negas não. - cruzou os braços, pausando o candy crush saga. Suas palavras serviram como veneno nas veias da senhorinha, que ficou vermelha.
- Mas que falta de respeito! Meu deus! - O causador da confusão se meteu e cometeu um erro fatal ao fazer isso. Louis, e não pensaram duas vezes antes de virarem seus baldes de pipoca em cima da fileira onde o dito cujo estava sentado. O horror tomou de conta de todos e o que antes era um burburinho se tornou uma confusão. Pais nervosos gritavam com os jovens, namorados nervosos também gritavam, as crianças choravam e o idiota intrometido estava sem reação diante a medida improvável tomada pelos três.
- SE OS SENHORES NÃO SE RETIRAREM NESSE EXATO MOMENTO DESSA SALA, EU VOU CHAMAR A SEGURANÇA!!! - a moça da lanterna gritou, no auge da vermelhidão e ira. Essa foi a deixa para o grupo se levantar, sendo ovacionado pelo público lá dentro, alguns espertinhos começaram a jogar pipoca contra a fila. Niall apenas virou seu pote de pipoca para o lado de onde vinha a chuva de pipocas. Mais gritos tomaram de conta do ambiente.
- Os óculos, por favor. - Uma moça, na entrada da sala, pediu.
- Não, você não me diz o que fazer. Eu te entrego essa porra na hora que eu quiser! Eu inclusive tenho meia hora de filme, que posso ficar com esses óculos na bunda, se eu preferir! - se estressou com a moça, que ficou vermelha de vergonha.
- Tá bom, . Chega de showzinho, já tirou a gente do cinema, tá satisfeita? - Liam estava puto. De verdade. percebeu isso e preferiu ficar calada. Jogou seus óculos contra a atendente e seguiu para os elevadores. Todos entregaram seus óculos e seguiram atrás da ruiva. Zayn escolheu a tecla que os levaria para o estacionamento.
Um casal correu para tentar alcançar o elevador. Sinalizaram com as mãos para que alguém segurasse o elevador. É óbvio que ninguém ali perderia a oportunidade de fazê-los de trouxas.
- Esse foi o melhor cinema da minha vida. - Louis decretou, dando batidinhas em seu casaco, para tirar resquícios de pipoca que ainda sobraram.
- O que aconteceu, gente? - pediu e todo mundo virou para ela.
- NÃO ACREDITO QUE VOCÊ NÃO VIU!
- PERDEU, QUERIDINHA!
- NOSSA, NÃO CREIO QUE VOCÊ NÃO VIU!!!!!
Todos começaram a falar ao mesmo tempo, mas o elevador finalmente chegou ao térreo. Louis não perdeu tempo e tatear os bolsos, procurando sua cartela de cigarros. Acendeu um e ofereceu para Zayn, que aceitou alegremente.
- Meninas, vão precisar de carona? Não? Ótimo, porque eu tenho que ir a um lugar ainda. - Westwick perguntou, tirando a chave do carro de dentro do bolso. As meninas mais novas riram da "disposição" da amiga. entrou em seu carro e demorou alguns minutos antes de buzinar para o grupo e sair com a velocidade pelo menos no dobro do permitido ali dentro.
- Nossa, que selvagem! - Liam zombou da ruiva.
- Você não perde uma, hein Payne. - Zayn meneou a cabeça, mas sorria.
- Jamais, meu caro! - Liam sorriu ladino - Bom, eu vou levar a e a . Alguém mais vai querer ir com a gente? - Ele ofereceu carona por educação, estava morto de sono.
- Não precisa. A gente se vira aqui, até amanhã! - beijou o rosto das duas morenas. deu um tapinha na bunda de e , sorrindo quando lhe mostrou o dedo do meio.
- Tchau pessoal! Tchau primo! - soprou um beijo para Zayn antes de sentar no banco do carona do jipe verde musgo de Liam.
Por fim, restaram Louis, Zayn, Niall, e .
- Foi divertido e tudo o mais, porém, eu estou cansado. Gatas, vão precisar de carona? - Louis perguntou, pisando em cima do que sobrou do seu cigarro, entrando no carro e ligando-o.
- Nope. Tá tudo certo aqui. - Zayn bateu continência.
- Otário - Tomlinson se virou para Niall - Nialler, o Harry pediu pra eu cuidar da senhorita Styles, mas eu ainda tenho que ir a um lugar, quebra essa pra mim?
balançou a cabeça e sorriu. Louis era um idiota, um idiota muito esperto.
Niall foi rápido em ser prestativo:
- Claro, posso fazer isso agora.
- Tô falando sério, cara. Faz isso nesse exato momento. Se essa menina não chegar bem em casa, o Styles corta meu pau fora. - Louis frisou a ideia antes de dar uma piscadinha para e ir embora.
- , a gente vai ter que deixar a em casa primeiro. Depois eu te levo, tá bem? - Niall falou, torcendo para alguém oferecer carona para sua melhor amiga.
- Se for melhor para vocês, eu posso levar a em casa. É caminho. - Zayn ofereceu, tragando o cigarro uma última vez e jogando-o no chão. Niall não se fez de rogado:
- Tudo bem pra você, ? - ele conferiu.
- Aham. Pode ser. - a garota concordou.
- Ótimo. Até amanhã então, babes. Vamos . - Niall soou mais animado do que pretendia, beijou a testa da melhor amiga e fez um toque de mãos com Zayn. deu uma risadinha.
- Boa noite, . Boa noite, Zanyeee - deu tchauzinho e esperou que Horan abrisse a porta do carona para ela.
- Mas é uma folgada... - sorriu para a amiga.
- Vamos, loira? - Zayn girou a chave entre os dedos, enquanto os dois caminhavam até o maseratti dele.
- Não fala comigo, Malik. Estou magoada porque você me deixou dormindo confortavelmente enquanto meus amigos destruíam o cinema... - A Hilton se fez de ofendida. Zayn riu.
- Tudo bem, me perdoa por ter sido gentil e emprestado meu ombro por quase uma hora para esse cabeção grande se apoiar, me perdoa mesmo. - Malik usou o seu melhor tom de sarcasmo, gargalhou gostosamente, tomando o cuidado de não deixar as lágrimas mancharem seu rímel.
- Palhaço...
Mal saíram do shopping quando Zayn teve uma ideia:
- Tá com sono, ?
- Não, por quê? - encarou o moreno, curiosíssima.
- Quero te levar em um lugar. - ele respondeu, usando o celular enquanto o sinaleiro estava fechado.
- Qual o problema de vocês em chamar os lugares pelo nome, hein? - a Hilton ergueu as mãos, Zayn deu um meio sorriso e respondeu:
- A vida é mais divertida com os mistérios, loira...
Até aqui betada por: xGabs.
O sinal para o almoço havia tocado e todos agradeceram muito pelo final do primeiro período de aulas, agora só faltavam mais algumas horas e logo os alunos poderiam ir para suas casas descansarem. O corredor central da Eton já estava cheio de adolescentes que mexiam em seus armários para trocar os livros. Alguns se encaminhavam ao refeitório, outros preferiam almoçar no pátio externo do grande colégio.
costumava almoçar no refeitório, pois seus amigos sempre estavam lá, por mais que a maioria deles detestasse a presença do outro, sempre passavam aquela parte do dia todos juntos. Agora almoçava com Danny, que preferia almoçar no pátio externo juntamente com os amigos, que Ortega não conhecia muito bem.
A morena foi até o refeitório, como de costume, pegou seu almoço, avisou o primo onde estaria e se dirigiu para o pátio externo a fim de encontrar Daniel. Ao chegar na área externa de imediato avistou Phillips conversando com Mark, seu melhor amigo. Ao se aproximar dos jogadores, Dan pediu licença ao amigo e foi sentar-se com Ortega em uma mesa separada dos demais.
- Nossa, o que você tem para me falar deve ser sério mesmo, hein! – a menina sorriu nervosa, desenrolando os talheres do guardanapo.
- Eu só queria almoçar sozinho com você... Mas sim, nossa conversa vai ser um pouco séria.
- Então fala o que houve... Desculpa, mas você sabe que eu sou curiosa... – era verdade, Ortega era uma das pessoas mais curiosas do mundo.
- Depois nós falamos sobre isso. Primeiro eu quero que você me conte como foi sua aula de dança ontem. Conseguiu acertar aquela coreografia que tinha me falado que era complicada?
Uma das coisas que mais adorava em Dan, era que ele parecia realmente interessado em tudo o que acontecia na vida dela. Desde notas em teste a o que ela havia comido na ceia! Phillips realmente era doce de rapaz.
Após contar como havia sido sua aula, dizer que a coreografia difícil ainda era muito difícil para ela e que devido a isso ela havia caído algumas boas vezes a menina perguntou sobre os treinos de basquete dele e a conversa fluiu, até que Daniel não conseguiu evitar o assunto principal.
- , eu quis almoçar com você porque tinha algo importante para te contar... – os olhos do rapaz estavam tristes e cabisbaixos e a garota estranhou. Ele levou sua mão até a dela e a acariciou com o polegar. – E bem... É que... Eu estou me mudando para a Austrália. – conseguiu, finalmente, falar.
A menina ficou sem reação, abaixou a cabeça para a mão dele que segurava a sua, levou os olhos de volta aos de Daniel, os desviou mais um milhão de vezes e por fim falou algo.
- O quê? – foi apenas o que saiu.
- Você sabe que meus pais são divorciados, certo? – indagou e ela confirmou com um aceno de cabeça. – Bem, eu moro aqui com a minha mãe, porém o meu pai quer que vá morar com ele... na Austrália.
- Por quê?
- Bem, minha mãe se casou novamente no ano passado e eu simplesmente não suporto meu padrasto! Eu sempre o ouço dizer a ela para me mandar morar com meu pai, mas eu nunca quis.
- Então por que você vai?
- É o meu pai quem paga as mensalidades da Eton. E quando eu for para a faculdade continuará sendo ele. – não a encarava nos olhos, mantinha cabeça baixa e o seu tom de voz triste revelava seu estado de espírito. – Meu pai sempre quis que eu me mudasse para lá, então agora disse que apenas irá pagar minha faculdade se eu for morar com ele. Tecnicamente, ninguém me quer aqui... – sorriu sem humor
- Quando você vai?
- Um dia após o termino das aulas.
- Isso é daqui a quanto tempo? Uma semana? – falava exasperada.
- Sim. – falou cabisbaixo e a garota percebeu que deveria estar sendo muito difícil para Dan tudo aquilo. Então não era hora para entrar em pânico e fazê-lo sentir-se pior, era hora de apoia-lo e mostrar que estava tudo bem.
Liam dirigia irritado. Ele realmente apreciava passar tempo com os amigos, mas esse era um momento em que ele preferia absolutamente estar sozinho, fumando um bom cigarro, quieto. Entretanto, não era possível fugir das perturbações dos garotos, já que seu carro era o maior e eles precisavam buscar o irmão de Louis no aeroporto.
George Alexander, esse era o nome do irmão mais velho de Louis. Por muitos anos, ele foi o modelo ideal a ser seguido pelos garotos, que trabalhavam arduamente para serem como George quando fossem mais velhos.
Louis em especial, havia desenvolvido uma afeição muito forte pelo irmão, que embora quase 10 anos mais velho, se dedicou a passar muito tempo com o Tomlinson mais novo. Ensinando-o todo truque que qualquer bom cafajeste deve saber. Não só Louis, bem como os outros meninos deviam suas “habilidades” com garotas e problemas ao homem que estavam indo buscar naquela tarde. Todavia, Louis mantinha uma mágoa em relação ao irmão, que desde que partira para a América e começou a namorar, passou a atrasar com as visitas à família e ao irmão que tanto o admirava.
De qualquer maneira, Lou mantinha a pequena esperança de que tudo voltaria ao normal outra vez, já que George havia terminado o noivado recentemente.
- Niall, eu acho que você devia terminar com a April. – Harry diz baixo para o amigo, que está sentado ao seu lado no banco de trás. Niall não consegue esconder a surpresa ao ver Harry falando de seu relacionamento de uma maneira tão aberta.
- Okay... E por que você acha que eu devia terminar com a minha namorada? Nós estamos parecendo tão infelizes assim? – O loiro questiona, achando graça do comentário inusitado, mas levando super na esportiva já que ele estava pegando a irmã do curly e se sentia culpado pra caralho.
- Porque ela dá em cima de mim em toda festa!? – Harry juntou as sobrancelhas, sério.
Niall cresceu os olhos azuis, sem entender o que significa exatamente o que o amigo havia acabado de falar.
- Como assim, gente? – foi tudo o que ele conseguiu dizer.
- O Harold tem um bom ponto, cara. Ela já tentou me beijar uma vez, na festa daquele William, da uni. – Zayn, que estava sentado no banco do carona, virou-se para trás, para apoiar Harry e tentar colocar um pouco de juízo na cabeça do loiro. Embora não tivesse muitas certezas ultimamente, já que atualmente andava encantado, por falta de melhor expressão, com sua bela amiga , que sempre esteve por ali, mas que por alguma razão desconhecida havia se tornado tão atrativa, e simpática, e engraçada e linda pra cacete.
Foco, Zayn!
- Olha, eu não estranharia se ela tivesse feito isso com qualquer um de vocês nesse carro, mas você Zayn, acho meio improvável. A April ODEIA você, do tempo que nós passamos juntos, ou ela tá com a boca no meu pau ou tá falando mal de você. Ela definitivamente odeia você, cara. - Niall confessou, rindo.
- Vocês querem que eu diga o quê? Eu não poderia me importar menos com o que a April anda fazendo, pra ser sincero. – Horan se manifestou, um pouco menos paciente dessa vez.
A verdade é que tudo o que circundava seus pensamentos nos últimos meses era , ele mal podia se controlar quando estava no mesmo ambiente que a loira. O que começou como uma diversão, uma pequena distração para os dois, agora era um hábito que Niall não tinha a menor pretensão de abandonar.
Pelo contrário, a incerteza do “relacionamento” dos dois deixava Niall a beira de um colapso. O sentimento de possessão, que até algum tempo atrás lhe era desconhecido, agora o matava lentamente, por imaginar que a sua garota poderia estar pelos corredores do gigante colégio flertando e distribuindo seu charme com mais 400 garotos.
Embora as chances de que eles ficassem juntos abertamente fossem mínimas, Niall nutria a esperança que um dia, quando as apostas de Zayn e Louis acabassem, ele se sentiria seguro o suficiente para avisar a Harry que estava namorando a irmã caçula dele.
As consequências? Ele desconhecia.
Estava ansioso por esse momento? Nem um pouco.
- Cara você não está acreditando em mim? É isso? – Harry colocou a mão no peito, oferecendo o seu melhor olhar ofendido. – Porque se for esse o problema, nós podemos fazer uma aposta aqui e agora. – Styles propôs.
- SIM! – Louis e Zayn concordaram, acenando suas cabeças imaturas freneticamente. Niall permaneceu em silêncio, aguardando a proposta, e Liam meneou a cabeça negativamente, discordando da decisão dos amigos.
- Façamos assim, Nialler: próxima festa eu vou investir na April, se ela ceder, você termina com ela.
- E se ela não concordar? – o loiro cruzou os braços, achando tentadora a ideia de que ele poderia terminar com a namorada por um motivo que não fosse apenas o inteiro desinteresse dele.
- Se ela não ceder, eu deixo você pintar o cabelo do Zayn. Da cor que você quiser. – Harry sugeriu.
- MAS O QUÊ?
- TOPO!
- BOA HARRY!
Zayn, Niall e Louis gritaram, respectivamente.
- Por que o MEU cabelo, Styles? – o moreno questionou, juntando as sobrancelhas, com a feição desagradável.
- Porque você é o mais vaidoso do grupo, só assim faria sentido, cara. – Louis explicou.
- Mas fica tranquilo, a gente já ganhou essa aposta. – Harry complementou.
- Bom mesmo, seu filho da puta... – Malik murmurou, enquanto soltava o cinto de segurança, visto que acabavam de chegar ao aeroporto.
- Por que você tá com essa cara, Payne? – Louis perguntou, enroscando seu braço nos ombros do amigo, que mantinha o olhar de desaprovação.
- Vocês só vão parar com essas apostas quando alguém terminar machucado... – Liam alertou, guardando as chaves no bolso e desviando o olhar para o sinalizador de trânsito, que indicava que o caminho estava livre para os pedestres.
- Ow Liam. Para de ser viadinho, pelo amor de Deus, ou eu vou ter que socar a sua cara. - Harry brincou ao mesmo tempo que fez uma careta de dor porque acabara de receber um soco no braço.
A algazarra foi interrompida porque um telefone tocou, nesse momento todos começaram a apalpar os bolsos, mas logo Louis viu que a chamada era no seu telefone. Ao que suspirou irritado quando viu o identificador de chamadas.
- O que é, ? - ele perguntou, emburrado.
- Cadê o George? Ele já chegou? Já está com vocês? - a ruiva despejou as perguntas, animada.
- Eu vou te falar aonde ele tá, : no meu pau!
- COMO É QUE É TOMLINSON? - grita do outro lado da linha, fazendo com que Zayn e Niall escutassem também a gritaria.
- É bem isso que você ouviu. E para de me ligar, desgraçada.
Louis desliga o telefone, bravo com a incomodação de , que tem ligado para ele durante todo o dia, incomodando para obter informações precisas sobre a localização do seu irmão.
Harry está apenas com as sobrancelhas arqueadas e um meio sorriso, por não reconhecer o estado de irritação do melhor amigo. Achava hilário ver como conseguia fazer o jovem perder a linha e a compostura, como acabara de acontecer.
- Então quer dizer que a Westwick anda tendo todo esse poder sobre você, Tomlinson? - Zayn provoca, já se escondendo atrás de Niall, para evitar apanhar do garoto bravo.
- Sinceramente, Zayn, vai tomar no seu cu. Essa inferno tá me incomodando desde ontem. ELA ME LIGOU DE MADRUGADA SÓ PRA PEDIR QUE HORAS O GEORGE CHEGARIA! Eu tô tendo que passar o dia com o celular desligado pra ela não me incomodar, porque senão ela fica insistindo, olha aí, tá ligando de novo!
Louis xingou, desligando o Iphone e guardando-o no bolso.
As cinco primeiras ligações foram engraçadas, mas então, ele perdeu o controle de quantas vezes a ruiva havia entrado em contato com ele apenas para saber de George.
Ele sempre soube lidar com e suas birras, mas o comportamento atual da garota era algo mais e Menos , o que a tornava uma criatura insuportável de lidar. E mais que isso, simplesmente não entendia como ele se tornou um objeto de segundo plano da vida da ruiva apenas porque seu irmão estaria na cidade.
- Zayn, seu filho da puta, cadê o meu isqueiro? – Niall apalpou os bolsos, ao mesmo tempo que acusava o amigo, que tinha o péssimo hábito de sair por aí roubando isqueiros.
- E por que eu saberia porra? – Malik cresceu os olhos, se irritando ligeiramente com a acusação precoce.
- Poderia ter sido qualquer um aqui, Niall. – Liam adicionou, tentando amenizar a pequena discussão que começaria logo, se ele não interferisse.
- O Harry nem fuma, o Louis tá segurando o isqueiro dele desde que nós entramos no carro, não está comigo, então resta você ou o Zayn.
- E por que diabos você chegou a conclusão que eu estou com esse lixo? – Zayn continuou indignado.
- Porque você já sumiu com 6 isqueiros meus, Zayn. – Horan suspirou, frustrado. A discussão com o amigo não devolveria o seu isqueiro.
- Aquele é o George? - Niall cerrou os olhos, não acreditando no que via.
- Aonde? - Louis e Zayn viraram as cabeças juntos, curiosos.
- Ali na nossa frente! - Horan aponta, agora está vermelho de rir.
- O George? Aquele ali? - Harry agora está com uma das mãos na cintura, com um meio sorriso, confuso ao reconhecer que o irmão de seu melhor amigo se aproximava deles em uma cadeira de rodas.
- Louis, você nunca me contou que seu irmão sofreu um acidente. - Liam é provavelmente o mais desinteressado em toda a cena, ainda sim, está curioso para entender os porquês que circundam a chegada de George Tomlinson em uma cadeira de rodas que avança em alta velocidade.
- Ele não sofreu acidente nenhum. Do que você tá falando, idiota? - Louis murmurou, convicto de que seus amigos haviam fumado alguma coisa antes de encontrá-lo.
- Louis, sai da frente! - O próprio George grita, rindo afoito enquanto impulsiona com os pés e se aproxima em alta velocidade do irmão e dos amigos, ignorando completamente o comportamento de alguns britânicos soturnos, que os encaravam incomodados.
- Mas que porra!? - Louis pulou para o lado, levando Niall e Zayn.
- Ouch caralho! - Zayn murmurou, se levantando e batendo as mãos na calça jeans, para limpar a poeira.
- Qual o seu problema, Louis? - Niall está vermelho.
- O MEU problema? Eu só tentei me livrar de ser atropelado pelo meu próprio irmão! - Tomlinson retruca, ainda se levantando.
- Tá, mas não precisava me levar junto. - O loiro resmungou, infantilmente.
- VOCÊS VIRAM ISSO? EU ACABEI DE GIRAR NAQUELA CADEIRA EM 360° GRAUS! - George finalmente chega até onde os meninos ainda estão discutindo.
- Eu vi, seu idiota! - Louis cospe - Você quase me atropelou!
Os garotos prendem a respiração ao ouvir o tom áspero com que Louis se refere ao seu irmão. Mas, por sorte, o momento tenso se dissipa quando George abre os braços:
- Eu senti sua falta, irmãozinho.
O alvoroço inicial não cessou e logo os garotos foram convidados a conterem-se no aeroporto ou deveriam deixar o local. E para que a algazarra continuasse, Liam dirigiu até um bar aonde o grupo costumava ir quando não estavam rodeados das garotas. Era o ponto de encontro deles para fugir do alvoroço que muitas vezes as meninas causavam.
Agora estavam todos ao redor de uma mesa de sinuca, Louis e George jogavam contra Zayn e Niall. Liam e Harry tomavam suas cervejas, palpitando e dando dicas para os amigos, eventualmente reclamando dos movimentos que eram errados. A bagunça deles tomou o local, pareceu adiantar a temporada de fim de semana, e conforme a tarde passava, mais pessoas entravam para se divertir após o encerramento de expediente.
Harry e Liam conversavam discretamente:
- Você e a têm se visto? - Harry pergunta, curioso.
Liam dá um gole em sua cerveja e meneia a cabeça negativamente. Harry arqueou levemente as sobrancelhas:
- Então ela e o Danny realmente são algo?
- A gente não ficou mais desde a festa. - Payne coçou a cabeça. Não queria comentar sobre o assunto, mas sabia que Harry insistiria e tinha que dar um crédito ao amigo, que desde que descobrira sobre o "caso" de Liam e , manteve a boca calada e procurava dar uma mãozinha, na medida do possível.
- Mas nessa festa a e o Danny não tinham nada. - Styles pressionou, achando estranho o súbito afastamento do casal, que sempre esteve ficando desde que Harry descobriu tudo.
- Não foi nada demais, Harry. Ela só não quis mais. Eu respeitei a decisão e não a procurei mais. - Liam explicou, buscando encerrar a conversa.
- Impossível ser só isso, cara. A parece gostar tanto de você. - Harry comenta, fazendo um pequeno bico com os lábios, pensando sobre o real motivo do casal ter rompido. E mais que isso, pensava o que acharia de toda a situação.
- Claro que ela gosta de mim, Harry. É por isso que ela almoça todos os dias com o Daniel. Puro amor. - Liam é sarcástico.
- E você queria o quê? Que a pedisse um lugar ao seu lado enquanto você deixa a Lexi montar no seu colo a porra do almoço todo? Não seja um cuzão, Liam. Não seja um cuzão. - Harry adverte, terminando de tomar sua cerveja e indo até o bar para pedir outra.
Neste interlúdio, os garotos mantinham o jogo com pontuação acirrada. A concentração na mesa não dava espaço para muita conversação. Niall estava totalmente concentrado, analisando suas possíveis jogadas e a qualquer momento que algum amigo comentava algo com ele, o loiro o fuzilava.
Após ser repreendido pelo amigo, e o presentear com um tapa na nuca, Louis apoiou-se em seu taco e notou que um pouco a sua frente, no balcão do pub, uma morena com um drink na mão sorria para ele.
Suas amigas a rodeavam e tagarelavam sem parar, no entanto, a moça, que aparentava ser mais velha, não prestava atenção no que se passava ali, mas sim no rapaz de olhos azuis que agora também sorria para ela.
- Se importa? - ela perguntou, ao se aproximar, apontando com a cabeça ao lado de Louis, indicando o lugar onde gostaria de se posicionar. Louis deu de ombros, sorrindo antes de voltar a se preparar para a próxima tacada.
Agora que a morena estava próxima à mesa, Tomlinson precisava impressiona-la, porém ao aprontar sua jogada, o irmão lhe atrapalhou e o rapaz errou.
- Sabe como é, irmãos mais velhos. - George sorriu de lado para a moça que ria disfarçadamente de Louis.
- Nós somos uma equipe, babaca, se eu perder você perde! - o moreno falava sério e irritado. Seu irmão mais velho lhe deu tapinhas no ombro e saiu em direção ao balcão para pegar uma cerveja.
- Boa sorte da próxima vez. - Clementine ofereceu seu drink para o rapaz que agradeceu.
- Caso você não tenha percebido, aquele é meu irmão. - apontou para George apoiado no balcão, que esperava ser atendido. - Aqueles dois são nossos amigos. - a moça encarou Zayn e Niall, que mantinha sorrisinhos no rosto, e vez ou outra miravam o mais novo casalzinho.
Liam e Harry que conversavam afastados do grupo, voltavam para a mesa do jogo e ao encararem uma morena, alta, de corpo delineado e grandes olhos castanhos alinhar a gola da blusa de Louis Tomlinson, não acreditavam que uma mulher daquela estava dando mole para Louis.
- Que porra é essa? - Liam deixou escapar, com as sobrancelhas juntas.
- Esse é o poder Tomlinson, meu querido! - George sorria atrás dos dois com uma garrafa de cerveja na mão.
- Da onde você saiu? - Styles punha a mão no peito, pelo susto que havia levado.
- Calma cara, relaxa. - o mais velho abraçava ambos pelo ombro, aproximando-se dos outros dois. - É o seguinte pessoal, precisamos saber o que tá rolando ali, porque eu tô realmente curioso, contudo sou maduro demais para bisbilhotar. Então Niall, você foi escolhido para ouvir a conversa de forma disfarçada! - o loiro empolgado confirmou com a cabeça e foi para mais perto do casal.
- Então você quer o meu número? - Clem falava debochada.
- Você veio até aqui para me ver jogar, você quer minha atenção, querida. - as palavras ásperas contrastavam com o sorriso divertido contido.
Niall que estava próximo, arregalou os olhos ao ouvir o que o amigo dizia. E os outros a poucos metros ficavam mais curiosos para saber o que se passava.
- Você tem um ego realmente inflado, hãn?! Talvez eu esteja aqui por estar interessada no seu amigo loiro. Gosto de loiros… - agora era ela quem continha um sorrisinho.
Horan virou-se um pouquinho para o casal e acenou de forma tímida para a moça que retribuiu o gesto mordendo o canto dos lábios, por achar toda a situação muito engraçada.
- Mas tudo bem, eu te passo o meu número… - o rapaz sorriu convencido. - Com uma condição. - seu sorriso foi embora. - O último número do meu celular é 3, então você terá que tomar três doses e sobreviver.
- Gente corre aqui, isso vai ser muito bom! - Niall gritou e acenou para os amigos, que correram para ouvi-los.
Após escutarem o acordo, os meninos estavam certos de que Louis já havia conseguido Clementine.
- E então, qual será a bebida? - Zayn perguntou sentindo-se mais empolgado que o recomendável. - Ar da montanha. - Clem disse com naturalidade e os meninos viram toda a cena seguir em câmera lenta, lembrando de todas as vezes que aquele shot cruzou seus caminhos e o estrago que havia feito.
- Cara, você vai morrer, não faz isso!
- Louis resiste!
- Você pode encontrar outra pessoa.
Os meninos tentaram cancelar todo o incentivo anterior, já que conheciam os efeitos do drink e não seria muito são tomar algo do tipo no mesmo dia em que jantariam com os pais.
- Gente, tá tudo bem. - o moreno dizia sem ter tanta certeza disso. E embora soubesse que era uma decisão estúpida, Tomlinson não podia dizer não para a excelente oportunidade de sair com uma garota mais velha.
- Então nós temos uma aposta, Lou? - Clementine sorriu, jogando os cabelos e inclinando a cabeça para encarar Louis nos olhos. Adorava ver o brilho infantil surgindo nos olhos do garoto mais novo, a excitação por conta da ansiedade em provar um ponto para uma estranha, e mais do que tudo isso, a oportunidade de divertir as custas de um grupinho de adolescentes prepotentes.
- Nós definitivamente temos uma aposta, linda. - Louis afirmou, tomando a primeira dose e fechando os olhos quando o líquido desceu queimando a garganta e deixando seus lábios quentes.
- Ei, meu bem. Aonde você pensa que vai sozinha?
A voz rouca e tranquila de Harry soou no corredor vazio, fazendo com que suspirasse em antecipada irritação. Seu pé latejava de dor, não só o pé, do joelho para baixo, nada ali estava imune ao incômodo constante porque simplesmente não sabia onde havia enfiado a merda do seu remédio. Ela então se arrumou em cima das muletas antes de olhar para o cacheado e começar um diálogo que provavelmente incluiria tópicos idiotas, como todas as conversas dos dois.
- O que você quer Styles? – ela perguntou, impaciente. Já não aguentava mais andar por aí se arrastando de muleta, perdendo as aulas de educação física e nunca podendo fugir de Harry, já que o gesso tornava seu passo ainda mais lento.
- O que eu quero agora? Nesse momento? – ele falou, baixando o tom de voz e se aproximando de .
Ela já sabia o que viria em seguida, e se sentia uma otária por não fazer o menor movimento que atrasasse o garoto.
- Eu quero saber porque você está tão mal humorada enquanto nossos pais estão ali embaixo, todos eles, prontos pra nos dar alguma grande notícia. – Styles continuou.
DOOOOOOOOOR! MUITA DOR, SEU FILHO DA PUTA! A mente de gritou.
- Eu não tô mal humorada, Styles. Eu só quero que você saia da minha frente e me deixe em paz para que eu possa chegar lá embaixo e ficar quietinha, ignorando a sua existência.
- Quer ajuda pra descer? – Harry ofereceu, agora quase em cima da morena.
- Eu me viro sozinha, como sempre fiz. – ela retrucou, mordendo o lábio para esconder um gemido de dor que quase lhe escapou.
Precisava de seu remédio urgentemente.
- Okay então. Acho que você esqueceu isso no meu carro mais cedo. – o garoto falou, entregando a cartela de remédios de e descendo as escadas de dois em dois degraus.
Meester segurou a cartela com força, sentindo seu rosto queimar de vergonha por lembrar dos acontecimentos mais cedo.
FLAHSBACK On
- Treinador, eu não tô pedindo, eu tô implorando pra você me deixar participar desse jogo!
- Pelo amor de deus Meester, se você não parar de encher o saco, eu te expulso do meu campo por tempo indeterminado. – o treinador Norton disse, tentando dar um fim a discussão que já durava mais de dez minutos naquela sala.
- Você não está entendendo, treinador. Eu só quer...
- VOCÊ é quem não está entendendo o que EU disse, . Eu não vou te colocar em campo com a perna engessada! Não insista e saia da minha sala! Vai dormir, comer, estudar, fazer alguma coisa da sua vida. – Norton advertiu a aluna, pegando o saco de bolas para ir ao campo: - Só não ouse dar as caras na minha aula enquanto estiver com a perna inválida ou disposta a me obedecer.
A morena saiu da sala do treinador, após ser deixada lá sozinha. Mal podia acreditar que havia sido praticamente expulsa de uma de suas aulas favoritas.
Caminhou até o estacionamento do colégio, imaginando o que faria com os três últimos períodos vagos, enquanto o resto dos amigos ainda tinham aula. Foi então que viu Harry apoiado contra uma árvore, usando o celular e resolveu ir até lá, com certa dificuldade já que não sabia muito bem como apoiar as muletas entre as pedras que levavam até o grande gramado.
- Diga, . – ele cantarolou, colocando o celular no bolso da calça social.
- Você viu o Liam? – Meester perguntou, sem ter a menor noção de porque estava fazendo uma pergunta idiota como aquela, sendo que ela poderia mandar uma mensagem para Liam e em 2 minutos saberia do paradeiro do melhor amigo.
- Ele está fazendo prova na sala. Bem como o Liam e o Zayn.
- Hmm. Tá bem. – murmurou, completamente sem saber o que dizer agora que já tinha perguntado tudo o que queria saber. Desviou o olhar de Harry e começou a pensar em como fazer uma saída decente após ter ido até ali com uma pergunta esfarrapada.
Harry por sua vez, não pode deixar de notar em como gostava do quão pequena era, comparada a ele. Ela não era nem uma anã, mas obviamente não seria a menina mais alta daquele colégio, que era dois anos mais nova, com toda certeza era do mesmo tamanho ou mais alta que a morena na sua frente. E ainda sim, ela era um potinho de raiva e ódio ambulante.
- Do que você tá rindo? – interrompeu os devaneios de Harry.
- De nada. E por que você não está na aula, ? – ele quis saber, visto que todos sabiam que as tardes de terça eram um dos momentos que Meester mais aguardava na semana.
- O Norton me expulsou. – ela respondeu sem rodeios ou maiores explicações.
- Isso significa que nós vamos sentar atrás dessa árvore, aonde ninguém pode nos ver e vamos dividir um cigarro? – ele ofereceu, com um meio sorriso charmoso e sobrancelhas arqueadas.
deu de ombros e começou mais um processo vergonhoso que era o sentar-se no chão e organizar as benditas muletas. Harry sentou ao seu lado, tirando o cigarro do bolso da camisa e apalpando os bolsos da calça em busca do isqueiro.
- Você não presta nem pra manter um isqueiro nos bolsos, Styles? – Meester brincou, finalmente falando algo e parando de parecer uma idiota. Harry lhe olhou de soslaio, achando graça do comentário dela:
- E você não carrega nenhum nessa mochila gigante, Meester?
- Você é o Zé Droguinha dessa relação Harry, não eu.
Depois de falar a última frase, Meester realmente decidiu não dizer mais nada. Porque aquele estava sendo um dia terrivelmente propício para passar vergonha na frente de Harry. Alguém que particularmente ela não devia explicações, mas também que não gostaria de parecer uma tola.
A torcida para que Styles não notasse a colocação ridícula foi em vão.
- Então quer dizer que nós estamos em uma relação agora, uh? - ele provocou, sorrindo largo e acabou por deixar o cigarro de lado, umedecendo os lábios antes de se aproximar ainda mais da morena.
- Eu vou embora. - falou, não tão convicta deste fato.
Harry não perdeu tempo em trabalhar para fazê-la mudar de ideia, se inclinou para frente, colocando sua mão na nuca dela e colando seus lábios com firmeza.
As mãos de seguravam seu paletó azul marinho amarrotado, e quando aprofundaram o beijo, ela não pode deixar de sentir como a mão do cacheado fez mais pressão em sua nuca.
- Harry, chega... – Meester murmurou, criando um pouco de bom senso ao lembrar que estavam na porra da escola e qualquer um poderia flagrá-los na embaraçosa situação.
Harry não parecia muito interessado em dar ouvidos a morena. Já que agora ele beijava e mordiscava o pescoço dela.
- Styles, alguém pode aparecer a qualquer momento... – ela alertou mais uma vez, empurrando-o pelos ombros. – Por que você nunca para quan...
- Shhhhh. – o cacheado a interrompeu, tapando a boca dela para que ambos ouvissem cochichos e risadinhas se aproximando cada vez mais. Os olhos de cresceram e ela quis morrer de vergonha por saber o quão patética ela pareceria para os amigos, se eles soubessem que ela simplesmente estava ficando com o cara que mais desprezou no ensino médio.
- Tem alguém ali atrás? – a voz um, uma garota, perguntou curiosa.
- Sempre tem alguém transando nessas árvores, Ellie. Não ia me surpreender se fosse o Styles ou um daqueles amiguinhos dele. – a voz dois se manifestou, levando o casal a risada – vem, vamos sair daqui.
Os passos se tornaram distantes mais uma vez, antes de Harry finalmente soltar e respirar fundo, gargalhando. não achou tão engraçado assim, visto que acabara de passar pelo maior susto da sua vida.
- Por que você é tão idiota hein, Styles? Às vezes eu me esforço pra não notar, mas você parece que faz tudo isso de propósito...
A morena murmurava, se levantando e batendo a terra da sua calça de moletom. Harry se levantou em um salto, não compreendendo porque havia ficado tão brava, do nada.
- Ei ei ei! Calma aí, Meester. O que aconteceu? – ele segurou no braço dela.
- Me solta, Styles.
queria chorar de raiva, se sentindo otária. Ela não queria nada com Harry, mas ODIAVA ouvir esse tipo de comentário porque sentia que estava mais errada ainda toda essa história.
- Me diz o que aconteceu. Estava tudo bem até agora, porra!
- Nada nunca está bem entre nós, Styles. Me solta. – Meester pediu.
E lá estavam de volta, a arrogância costumeira, o olhar altivo e a postura esnobe.
Harry balançou a cabeça, frustrado com o comportamento bipolar da sua algoz/atual ficante.
- Tem horas que eu quero te beijar até perder o fôlego, mas tem horas que eu só queria poder socar você, . - ele confessou e começou a andar para longe da árvore, de e suas confusões.
- Ei! Eu preciso de uma carona! - pediu e mais uma vez não entendeu porque diabos ela estava tão carente de Harry naquela tarde.
- Liga pro seu motorista e pede pra ele vir te buscar, afinal de contas ele é pago pra te aguentar. Eu não. - Styles contrapôs, impaciente e continuou andando até seu carro.
foi mancando atrás.
Harry deu a carona.
Eles discutiram no carro.
E ficaram mais uma vez.
FLASHBACK Off
conseguiu descer, usando o dobro do tempo que levaria para descer normalmente. Mas saber que ia tomar o remédio e tudo ficaria bem lhe renovou os ânimos. Foi até a cozinha apenas para pegar água e tomar a medicação, juntando as sobrancelhas quando ouviu a gritaria que estava instalada na sala, onde todos estavam.
Mancou até lá apenas para se deparar com as famílias espalhadas por todo o lugar, conversando, rindo alto, conversando sem medir o tom de voz e barganhas inúteis.
- Tá, o que vocês querem falar?
- Vai demorar muito? Porque eu quero mijar, mas não quero perder a notícia.
- Nossa, tô com mau presságio.
- Cadê o George?
- Mano, sai de perto da minha mãe, ela é minha, não sua. SAI!
- Ai!!
- Lá vem a nervosinha atacar novamente.
- O pai como era o nome daquela associada gostosa do Mr. Batista?
Essa era a situação que acontecia na sala de estar dos Tomlinson, naquele exato momento. O grupo estava eufórico, com fome e insanos. Eles apelavam para os instintos maternais das mulheres no ambiente, tentando arrancar informações sobre a grande notícia prometida desde a semana passada.
- Zayn Jawaad, se nem enchendo meu quarto de flores você conseguiu alguma coisa, quem dirá ficando emburrado. – Trisha sorriu.
- Olha gente, eu realmente estou com fome. Tipo MUITA. Eu poderia comer um de vocês agora. - Niall reclamou, irritado porque não comida desde o almoço e embora houvessem combinado jantar antes de conversar, a ansiedade dos amigos fez com que adiassem a refeição para que a surpresa fosse revelada.
- Grosso. - falou, fazendo careta.
- A gente realmente não poderia esperar pra conversar depois? - Horan insistiu.
- NÃO?! - O grupo cantou em uníssono.
- Nossa Niall, cala a boca, por favor. - disse, para a surpresa de todos.
- Minha filha tá passando tempo demais com a sua, Diana. - a mãe de disse e sorriu, um pouco sonolenta por causa do remédio.
- Não sei porque, mas acho que isso não foi um elogio. - Harry alfinetou, seus olhos verdes encontraram os de , que preferiu não responder, mas se aconchegou ainda mais em Liam, apoiando a cabeça no ombro do amigo e em seguida mostrou o dedo do meio para o cacheado. O que fez Harry querer sorrir porque ela obviamente estava tombando de sono.
- Já que estamos todos aqui, não tem pra que enrolar. Vamos direto ao ponto. - Des começou a falar, e o grupo finalmente se aquietou.
- Ótimo. - acenou com a cabeça, fazendo com que o padrasto a repreendesse com o olhar, embora mantivesse um pequeno sorriso.
- Mais algum comentário, srta. Styles?
- Nenhuma, pai. - a loirinha sorriu, deixando que o padrasto falasse.
- Voltando ao assunto, como vocês sabem, esse ano nós estamos viajando e decidimos deixar vocês sozinhos para ver como se sairiam sem nossa supervisão.
Tudo muito bem, obrigado, Sr. Styles. Niall pensou, em ironia.
- E para nossa surpresa vocês ainda não se mataram ou mutilaram. Com algumas exceções, obviamente - Des Styles olhou para o próprio filho, que não parecia nem um pouco arrependido por ter deixado usando muletas durante um par de meses. - Aí decidimos oferecer um pequeno agrado, já que vocês estão se esforçando. Daí surgiu a ideia de mandarmos vocês para o Caribe nas férias de meio de ano.
- CARIBE?
- VOCÊ TÁ FALANDO SÉRIO TIO?
- EU VOU CHORAR, DE VERDADE!
- ALGUÉM TÁ OUVINDO O QUE EU OUVI TAMBÉM?
- MÃE DO CÉU, EU TE AMO.
Des sorriu, deixando alguns momentos para que os jovens comemorassem. Mas depois de cinco minutos eles ainda não tinham calado a boca e então ele interviu:
- Se vocês puderem calar a boca pra eu continuar a explicar como será, eu aprecio.
Por fim o furdunço acabou e ele continuou:
- Nós já compramos as passagens, vocês vão passar 30 dias lá, e não tem negociação sobre não ir. Ou vão os dez, ou ninguém vai.
- O QUÊ?
- ISSO NÃO É JUSTO!
- Eu só acho engraçado que nós já passamos o ano inteiro grudados e eu só queria meus meses de férias longe de gente escrota igual o Louis, papai. – apelou para o pai, para que não passasse mais tempo com Louis, já que não podia mais entender a que ponto os dois estavam indo com todas aquelas provocações e o aparente contrato de exclusividade de atenção que os dois haviam acordado. Porque a ruiva sinceramente não recordava de um dia no último mês que ela e Louis não haviam se visto. O garoto atrevido vivia enchendo sua caixa de mensagens com links de vídeos idiotas e ela JAMAIS admitiria que por vezes chegou a chorar de rir com eles.
- E eu só queria ter uma filha educada, mas aparentemente ninguém tem tudo o que quer, minha filha. – Elizabeth retrucou, não deixando espaço para que a filha retrucasse de volta. Louis por sua vez, sorriu largo para , esfregando na cara dela o quanto sua mãe gostava dele.
- Era só o que me faltava... – Westwick murmurou, virando o rosto para não lidar com Louis.
- Eu posso convidar o Danny? - se pronunciou, claramente surpreendendo Liam.
- Nem vem com essas ideias , eu não vou passar minhas férias inteiras atrás de você e do sr. Engomadinho. – Zayn se escusou de qualquer responsabilidade, deixando a prima de rosto corado de vergonha.
- Eu não pedi pra você ficar atrás de ninguém Zayn! – a Ortega cresceu os olhos verdes para o primo, se sentindo completamente constrangida com a sugestão que ele acabara de fazer. Malik ria tanto que sentia sua barriga doer e ainda assim ele não conseguia parar, era impagável ver a prima tão vermelhinha de vergonha na frente de todo mundo.
- E se eu me recusar a ir com todo mundo? - perguntou, testando os limites dos pais.
- Ninguém vai, vocês passam as férias enclausurados e todo mundo vai odiar você. - Antony, pai da , diz, com um sorriso leve.
- Aff tio. - a ruiva faz bico e deixa o assunto de lado.
As conversas paralelas começaram então, todos estavam animadíssimos com o que estava por vir. As motivações eram distintas, mas cada um ali tinha um motivo pessoal forte para querer que os dez estivessem juntos, no fim das contas.
Zayn olhou para , em meio ao alvoroço, observando como ela conversava com , notou como sua postura era sempre ereta e seus movimentos graciosos. A última vez que notara tanta graciosidade foi quando acompanhou sua mãe, há uns três anos, em um desfile da Victoria Secrets. Ele nem sabia quando havia acontecido, mas agora Hilton era o parâmetro de garota perfeita para Zayn.
Enquanto a admirava ali sozinho, viu que Hilton olhou para ele, então brincou com as sobrancelhas e sorriu para ela, que retribuiu o sorriso, deixando e e caminhando até o moreno.
- Caribe é um bom começo não, loira? - foi a primeira coisa que ele disse quando ela parou ao seu lado. E a primeira coisa que de fato notou foi o apelido que Malik havia usado.
O Caribe seria um ótimo começo!
A morena estava sentada no sofá da sala de TV da mansão Malik, assistia a um filme qualquer de romance, apenas para se torturar mais um pouquinho pelo fato de sua vida amorosa ser uma grande merda.
Um balde de pipoca estava em seu colo, porém nem ao menos havia o tocado direito, estava mais concentrada em praguejar coisas sem nexo pelo fato de os personagens estarem felizes e satisfeitos com suas malditas vidas fictícias perfeitas.
Ouviu duas batidas na porta que estava aberta e esperou que fosse Morgan, provavelmente lhe trazendo alguma guloseima, pois o homem já havia percebido que estava cabisbaixa nos últimos dias. Virou-se pronta para agradecer o mordomo e se surpreendeu ao encontra Payne com um sorriso tímido.
- Atrapalho? – o rapaz perguntou.
- Não, imagina. O Zayn disse que vocês iam passar o dia na casa do Harry para se despedir, já que ele vai pra América. – achou estranho o fato de ele estar ali.
- Nós vamos, mas eu resolvi passar aqui antes para irmos juntos. – mentira! Ele queria vê-la mesmo, mas ela não precisava saber... – Porém quando eu cheguei seu primo disse que ia tomar banho e eu sei que ele vai sair de lá só amanhã. – sentou ao lado de no sofá.
- Acho que é mal de família demorar tanto para se arrumar... – a menina sorriu, voltando ao filme. – Pipoca? – estendeu o balde até ele que aceitou.
- O que eu perdi? – foi a maneira que ele pediu para ela lhe explicar a história do filme. Riu levemente e a encarou, esperando que falasse.
, explicou na medida do possível o que se passara no filme até o presente momento. Como o rapaz não esteve lá desde o início, havia encontrado problemas para entender com clareza.
Ambos se voltaram para a televisão, mas a menina já não prestava mais tanta atenção no que acontecia na vida dos personagens.
- Você acredita em amor à primeira vista, Liam? – questionou, o fitando com seus olhos brilhantes como duas esmeraldas.
Sorriu ao ouvir a pergunta dela e se recordou do dia em que ele pode deslumbrá-la a primeira vez.
FLASHBACK On
Há 10 anos:
Liam e Niall estavam sentados cada um em uma poltrona no quarto de Malik. Os garotinhos jogavam algo violento demais para a idade deles, nem piscavam, chegavam a babar frente à televisão de tela grande.
Londres estava fria demais e por isso os garotos estavam acomodados dentro da casa do amigo, onde era quentinho e aconchegante.
- Que horas ela chega, Zayn? – foi possível ouvir a voz de Harry do corredor.
- Af, eu não sei por que vocês estão tão animados assim! É só uma menina chata, nada demais. – foi Louis quem falou com desdém. Quem diria que um dia ele mudaria completamente seu julgamento sobre o sexo oposto, contudo quando se é um garoto de oito anos, meninas são como uma alergia que incomoda.
- Não chame minha prima de chata Tomlinson! – Zayn disse abrindo a porta de seu quarto.
- Ah, vocês já estão jogando? – Styles perguntou decepcionado. – Quem ganhar vai comigo. – correu até onde os amigos estavam para assistir a partida mais de perto.
- Vê se não atrapalha! – Niall reclamou quando Harry passou na frente da TV obstruindo sua visão.
- Foi mal. – sorriu envergonhado e se sentou no chão esperando sua vez.
- É verdade, aquela sua prima chega hoje! – Liam falou distribuindo golpes no personagem de Niall. – Qual é o nome dela mesmo?
- . – Malik respondeu. – E ela não é chata. – virou-se para Louis que revirou os olhos. – Pode perguntar para o Niall ou para o Harry, eles conhecem ela.
- Ela não é chata.
- Não mesmo.
- Como não?! – o pequeno Tomlinson não acreditava em que seus amigos diziam. – Como uma menina de seis anos não vai ser chata?
- Já disse para não falar assim da minha prima!
- Aposto que ela faz você brincar com de boneca e você gosta.
- Isso não é verdade!
- Malik brinca de boneca! – Louis ria achando sua piada muito engraçada e os amigos o acompanhava, menos Zayn que já começava a se irritar com toda aquela história.
Desde que seu pai lhe falara que seus tios se mudariam de Manchester para a capital inglesa, o pequeno havia ficado muito empolgado e o fato de que sua prima moraria em uma casa ao lado da sua era ainda mais legal!
Zayn e , até então, se viam apenas em feriados. Quando os pais do menino o levava para a cidade dos avós, onde a garotinha morava, ou então quando os pais dela iam até Londres. Os dois primos se adoravam e mesmo com uma diferença de idade de dois anos, nunca haviam enfrentado problemas na hora de brincar. E agora que moraria apenas a alguns metros dele, Malik não conseguia não falar sobre isso.
- O meu pai disse que eu tenho que cuidar da igual ele cuidava da minha tia, a mãe dela. Ele também disse que eu posso bater nas pessoas que incomodassem ela e se você continuar com isso vai apanhar Louis, tô avisando!
- Calma, eu tô só brincando. – o menino se jogou na cama do amigo com uma revista de super-heróis nas mãos.
Eles continuaram jogando e discutindo sobre a ordem de cada um para disputar as partidas, até que a mãe de Malik bateu na porta e disse que os novos vizinhos, vulgo os tios e a primo dele, haviam chegado.
- Vamos logo! – Malik apressava os amigos a calçarem os tênis.
- Calma! Ela não vai voltar para Manchester! – Niall brincou.
E logo os cinco meninos deixaram a casa correndo e foram até a residência do lado. Alguns caminhões estavam estacionados em frente a casa e uma grande quantidade de pessoas corria de um lado para o outro. Eles caminharam até um chafariz e um canteiro para flores que havia na propriedade e Zayn começou a procurar por alguém que conhecesse.
- ! – o garotinho gritou animado.
E então Liam a viu.
Ele se perguntava se encarava um anjo que viera lhe dar o prazer de sua presença ou a famosa prima de Malik. Os cabelos escuros da menininha contrastavam com sua pele clara, as bochechas e a pontinha de seu pequeno nariz estavam rosadas devido ao vento que estava forte e seus olhos... Liam jurava que nem mesmo todas as joias preciosas que pertenciam a sua mãe brilhavam mais que aqueles magníficos olhos verdes.
Ela soltou a mão do pai, largou a boneca que segurava e correu até onde os meninos estavam.
- Zayn! – gritou se jogando no primo, para abraçá-lo. – Eu não queria me mudar, mas a mamãe disse que você ia morar pertinho e aí eu achei que seria bem legal!
- Nós moramos um do lado do outro! – explicou. Sentia-se no dever de sempre esclarecer tudo para ela, afinal a morena era DOIS anos mais nova! Não sabia de quase nada da vida! Não que ele soubesse muita coisa, todavia ela era DOIS anos mais nova e isso era muito. – Vem cá, . – puxou-a pelo casaco para perto dos amigos. – Lembra do Harry e do Niall? – a menina acenou com a cabeça e murmurou um “oi” baixinho.
- Oi! – Styles e Horan disseram empolgados.
- Esse é o Louis. – apontou para Tomlinson que estendeu a mão para ela em forma de soquinho, como um cumprimento.
A garotinha que estava grudada no primo, quase se escondendo atrás dele, encarou mão do menino a sua frente e depois o mais velho ao seu lado.
- Toca aqui. - Louis disse balançando a mão.
- Ela é tímida. – Malik explicou.
- Tô vendo. – arqueou as sobrancelhas, mas a menina o cumprimentou e ele sorriu. Até que era verdade, ela não era chata... Se continuasse quieta daquela forma ele até aprovaria a presença dela quando estivesse brincando com os amigos.
- E esse é o Liam. – Payne sorriu e acenou, a pequena Ortega sorriu envergonhada para ele e o menino pensou que deveria fazê-la sorrir mais vezes, pois se quando ela estava normal já parecia o querubim mais belo que poderia existir, ao sorrir, a magia que ela possuía aquecia o coraçãozinho dele.
FLASHBACK Off
- Sim, eu acredito em amor a primeira vista. – falou simplesmente, sorrindo, e voltou-se para o filme.
tentou se concentrar, porém pensava na resposta que Liam havia lhe dado...
- Mas – deu um pulo no sofá para se sentar de frente para ele, assustou o rapaz, e riu de sua reação. - não seria algo superficial? – ele a encarou esperando que terminasse e tendo em mente o que ela queria dizer. – Não seria uma paixão apenas pelo físico da pessoa?
- Não... – mantinha-se concentrado no filme. – Quero dizer, não quando você encontra os olhos que você quer encarar o resto da sua vida... – Admirou o rosto da garota ao seu lado fitando aquelas duas pedras de esmeralda. – O rosto que você quer ver ao lado do seu no travesseiro, as mãos que você quer sentir lhe tocar, os lábios que você quer beijar, a voz eu você quer sempre ouvir... Você sente que aquela é a pessoa. – a garota ia ouvindo as palavras recitadas e se sentindo enfeitiçada e atraída pelo rapaz. Queria tanto sentir o sabor daquele beijo novamente.
- Mas se você nem se conhece direito, como vai saber que aquela é a pessoa para você? – a morena parecia realmente confusa com todo o assunto e o rapaz achava tão engraçadinho... adorável!
- , o que é amor para você?
- Han?! – se surpreendeu com a pergunta. – Respeito, carinho, conhecer todos os defeitos da pessoa e mesmo assim ama-la, pois são eles quem a tornam quem ela realmente é...
- Bem, eu acho que amor não precisa de palavras para explicá-lo ou mostrá-lo, você pode fazer isso com gestos mínimos. O amor não é uma coisa... É um verbo, uma ação.
- Você parece ter tanto domínio do assunto... – falou achando graça.
Payne pensou em milhões de observações para aquela frase e todas terminavam com um “É porque eu amo você”, todavia ele achou melhor ficar quieto. E se a assustasse dizendo algo tão sério? E se ela não acreditasse? E se...?
Ambos sorriram e voltaram para o filme, porém apenas por alguns minutos, afinal Liam ainda não havia perguntado algo que queria muito saber.
- Eu fiquei sabendo que o Phillips vai embora. Sinto muito.
- Eu também.
- Você o ama? – jogou assim na lata.
Ortega se voltou para ele: - Eu não sei...
- Então isso é um não. – falou seguro.
- Não. Isso é um “não sei”.
- , se você sentisse algo maior por ele, você não acha que saberia, saberia?
- Nós passamos pouco tempo juntos, e eu sinto que ele gosta de mim… Me sinto egoísta por não retribuir a altura.
- Não se preocupe, você vai saber quando amar alguém de verdade. - sorriu para a morena que o encarava curiosa e tristonha.
Quando sugeriu que todos fossem ao cinema assistir Goosebumps, a turma aceitou sem contestações por motivos diversos e distintos que se resumiam a pura falta do que fazer: Liam ia porque estaria lá, iria porque todos os amigos estariam juntos, estava completamente entediada desde que Harry havia viajado, aceitou porque Zayn ia, Zayn estava indo porque não tinha nada para fazer aquela hora da noite, Niall estava indo para passar um tempo com , Demi só queria sair de casa um pouco, Louis era um grande fã do Jack Black e estava indo pelo filme mesmo.
Os níveis de tédio eram preocupantes no grupo que passou o dia inteiro em casa, trancados porque Londres estava encharcada e fria. Quando aconteciam essas chuvas repentinas, o frio vinha com força total e não havia muito o que fazer além de alternar entre colégio/trabalho e cobertas quentinhas.
- , eu tenho que parar de ouvir você, sinceramente. Olha esse frio do caralho que está fazendo e eu aqui exposta nesse vento gelado para ver um filme qualquer... – reclamou, guardando as chaves do carro no bolso do casaco e se juntando ao bando que estava na praça de alimentação.
- Oi oi ! – Demi ignorou a reclamação da ruiva e soprou um beijo pra ela e tudo o que recebeu em resposta foi olhos rolando.
- Vocês ao menos já compraram os ingressos? – Westwick perguntou
- Não, porque o grupo não estava completo. E aparentemente a noite é sobre programa em grupo. – repetiu o que havia repetido para cada um que fez a mesma pergunta. franziu as sobrancelhas, mas riu da colocação mal humorada da morena.
- Mas agora que estamos todos aqui, vamos comprar porque eu não aguento mais esperar. – Liam se levantou, suspirando alto e batendo as mãos no jeans, para desamassá-los antes de estender a mão para ajudar , que estava deitada com a cabeça no colo de , a levantar. Todos se colocaram de pé também, caminhando em direção ao cinema, dividido em conversas paralelas. ia alheia ao tumulto ao seu redor, com as mãos nos bolsos, olhando distraidamente para as vitrines chamativas.
- Oi . – Louis a cumprimentou, andando exatamente no ritmo da ruiva. o olhou de canto de olhos.
- O que você quer, Tomlinson? – ela falou sem qualquer interesse real em manter um diálogo com Louis. O moreno inclinou a cabeça e sorriu, genuinamente interessado na ruiva.
- Eu queria saber por que você demorou tanto... – ele jogou no ar.
- Meu deus cara, desencana! Você não tem nada melhor para fazer da vida? – se exasperou, levantando as mãos pro alto antes de apressar o passo para se afastar do provocador, mas Louis apenas aumentou seu ritmo de caminhada para se equiparar à ruiva.
- Você é a minha prioridade nesse momento, . – ele passou o braço pelo ombro da garota – eu realmente me importo em saber se você deixou de ser uma boa motorista nesse meio tempo.
- Cala a boca, Tomlinson... – Westwick sussurrou, lançando uma olhadela para o braço em torno do seu ombro coberto.
- Não tem problema você não ser mais uma boa motorista, . Não se torture por isso. – Louis continuou.
- Cristo! O trânsito estava um caos! Não foi minha culpa! – desabafou, frustrada com a remota ideia de que ela não era a melhor motorista do grupo.
- Você nunca se atrasa mocinha... – Louis tentou fazer uma retirada teatral, mas não deu certo porque eles já haviam chegado na fila, que por sinal estava lotada de crianças e seus pais.
- Meu deus, quanta gente! Esse povo louco sai de casa com um frio desses... – Niall comentou, apontando com o queixo para a fila gigantesca de crianças e adolescentes que conversavam alto.
- Falou o senhor sensato que está em casa de pijamas, assistindo e passando um tempo com a namorada. – Zayn acusou o amigo loiro, um pouco ansioso porque queria fumar, mas estava em um ambiente fechado.
- Oh porra... Odeio quando tem tanta criança assim, agora eu vou ter que me controlar para não abrir minha boca suja nesse caralho... – reclamou e recebeu olhares feios de alguns pais que estavam por ali com suas crianças.
- Só fica de boquinha fechada, bonitinha. – Zayn alfinetou, pela segunda vez.
- Olha quem está atacado hoje! Babaca... – Meester não perdoou. Não iria admitir ninguém além de Harry lhe enchendo a paciência.
- Qual o filme que nós vamos ver mesmo? – interrompeu, olhando para os filmes que estavam em cartaz.
- Nada de terror! – quase gritou, lembrando a todos da sua aversão ao gênero.
- Nem suspense! – complementou e olhou para a morena com um meio sorriso travesso:
- Não vai me dizer que tem medo de filmes de suspense, Meester.
- Vai se foder, . Eu não tenho medo, só não estou a fim de ver hoje. – mentiu. e Liam riram baixinho, eram os únicos que sabiam da aflição da amiga em assistir filmes de terror ou mesmo suspense. Eles respeitavam isso, mas talvez não fosse tão sensitiva assim.
- Vamos ver Goosebumps! Nós viemos aqui para ver esse filme. – Niall lembrou os amigos, evitando que as meninas pendessem para o romance meia boca que estava em cartaz.
- Bom ponto, Nialler. – Liam concordou.
- Quem está nesse elenco? Fala sobre o quê? – Zayn encolheu os olhos, se aproximando do cartaz para colher as informações que queria. – Porra! O Jack Black está nesse filme! Nem lembro qual o último filme dele que eu vi...
- O Jack Black? Caralho!!! – Louis se manifestou, revelando seu lado de fã do ator e chamando a atenção do grupo.
- Quem é Jack Black? – perguntou, de sobrancelhas arqueadas e olhos curiosos.
- Como assim ‘quem é Jack Black’ Hilton? – Zayn cruzou os braços, virando totalmente e ficando cara a cara com a loira.
- Não conheço esse cara, ué. Grande coisa... – Hilton se sentiu verdadeiramente envergonhada pela reação espalhafatosa de Zayn.
- Ele fez vários filmes legais, ! Aposto que você conhece algum. – tentou ajudar a amiga, para que ela parasse de ficar cada vez mais vermelha e logo explodisse de pura vergonha.
- As viagens de Gulliver, Escola de Rock, Nacho Libre... – começou a listar, tentando ajudar a memória da pobre , mas o olhar confuso da loira entregou que ela realmente não sabia de quem o resto dos amigos estava falando.
- Meu deus , como você não lembra? Ele fez O Amor é Cego, O amor não tira férias. Cara como você não lembra do O amor é Cego? É um clássico! – continuou, agora inconformada com a burrice da amiga.
- Ele é o cara mais foda desse século, é original, engraçado... – Louis começou a listar os motivos porque adorava o ator. o interrompeu com muito prazer e um sorriso zombeteiro no rosto:
- E você está apaixonadinho por ele, babaca. – ela alfinetou antes de voltar-se para : - é lógico que você conhece ele , lembra que eu tirei uma foto com ele ano passado, quando eu fui na Comic-Con?
- WOW WOWWOW! Você conheceu o Jack Black? – Louis interrompeu as meninas, fez que sim com a cabeça, encarando Louis suspeitamente. – Puta que o pariu, como você nunca me contou isso antes ?
- Porque eu nunca te conto nada do que eu faço, Tomlinson. – falou como se fosse óbvio, e ainda sim Louis ignorou o sarcasmo da menina, a encarando como se estivesse diante do objeto mais interessante daquele shopping.
- Meu deus , você é muito foda. Você chupou aquele ruivo por nós, chutou as bolas do Tyler semana passada e agora me diz que conheceu o Jack Black em uma Comic-Con. Eu só fico pensando aqui que esse é o momento onde eu reconheço que você é perfeita e que eu não me incomodaria nem um pouco se você se apaixonasse por mim no futuro! – Louis despejou as palavras em uma sentença só, surpreendendo os amigos, e ele mesmo.
esperava qualquer tipo de comentário idiota de Louis, quando relatou de sua experiência com o dito ator, mas nada a prepararia para ouvir Louis declarando na sua cara que eles poderiam um dia se apaixonar um pelo outro. Quando ouviu a confissão imprevista, seu coração bateu tão mais forte que ela sentiu enjoo. Sabia lidar muito bem com grosseria, insultos e outros comportamentos negativos. Mas a sinceridade de um coração aberto a assustava como um terrível terror. Não gostava de lidar com emoções e por isso fugia delas. No entanto, Louis trabalhava duro para atravessar a densa camada de impassibilidade que ela era e por fim chegar em sua zona de sensibilidade; e ela não gostava nem um pouco disso. Por isso, em milésimos as palavras pesaram como chumbo em seu estômago e ela repentinamente sentiu seu corpo gelar completamente, não podendo mais olhar nos olhos azuis do Tomlinson.
A turma só conseguiu crescer os olhos quando Louis terminou de falar, alternando os olhares entre o pobre bocudo e a amiga ruiva, que estava mais imóvel que uma estátua de mármore. Todos sabiam que Louis vivia única e exclusivamente para provocar e que isso não deveria ser nenhuma novidade, mas de alguma maneira o que acabara de acontecer foi diferente.
nunca ficou tão grata na vida por sua vez na fila ter chegado, dando assim uma oportunidade para que a ruiva colocasse um ponto final na situação constrangedora e desagradável.
- 9 ingressos para Goosebumps, em 3D, por favor. – ela pediu para a atendente, sem consultar os amigos. Quando os recebeu, saiu da fila para ir comprar a pipoca, mas percebeu que o grupo ainda a encarava, estatizado e embasbacado. – O que foi agora???
- Nada ué!
- Só que você acabou de pagar ingresso para todo mundo!
- Mas que caralho hein, eu não posso fazer uma caridade de vez em quando... – ela retrucou e saiu andando, deixando-os para trás e ignorando os pais consternados que tentavam proteger os ouvidos de seus filhos.
Decididos que já havia acontecido um grande circo, os adolescentes decidiram não tocar no assunto por hora e aproveitar o filme. E foi com muita pipoca, chocolate e coca cola que eles entraram na sala onde passaria o filme.
- Para de me empurrar Niall... – Liam pediu quando quase tombou, levando e junto.
- Liam, se você me derrubar eu te mato, sinceramente. – ameaçou, segurando forte na mão da amiga.
- Cacete! Meu pé! – o loiro xingou quando seu pé topou contra o degrau escuro. Sentiu um baque contra suas costas e só ouviu a risadinha baixa de :
- Ops...
- Eita vocês dois hein – Louis sussurrou para a loirinha, rindo descontraído. Já esquecido da vergonha que acabara de passar lá fora.
- Porra já está derrubando tudo aqui olha! – Zayn bateu a mão contra seu jeans quando viu que eles estavam derrubando coca cola no corredor. vinha logo atrás, segurando no casaco que o moreno usava com as duas mãos.
- , cadê você? – ela chamou pela amiga.
- Tô atrás de você, carregando a SUA pipoca, preguiçosa do caralho... – a ruiva reclamou.
- Por que a gente vai sentar aqui? – questionou, insatisfeita, quando percebeu que eles estavam na última fileira.
- Porque aqui nós temos um maior campo de visão desses pentelhos. – Louis respondeu, se acomodando com seus dois baldes de pipoca, um para ele e o outro para jogar nas crianças durante o filme.
- Sentar aqui é um lixo, não dá pra ver o filme direito, o som grita na minha orelha. Que grande ideia, Louis! – reclamou, se abaixando para enxergar o telão sem cortes.
- Ninguém veio aqui pelo filme, bonequinha. – Tomlinson piscou para .
- Eu odiei ficar aqui... – confessou para ninguém, mas Liam ouviu e se prontificou:
- A gente pode sentar ali no meio se você quiser, ainda tem espaço pra nós três pelo menos. – ele sugeriu. olhou para os assentos disponíveis e decidiu que queria trocar de lugar.
- , vamos sentar mais ali no meio, ok? É melhor. – a herdeira Ortega avisou para a melhor amiga.
- Tanto faz... – Meester murmurou. Completamente irritada porque o seu importunador favorito não estava ali para lhe dar razões para estar brava.
- Você está insuportável desde que nossos pais foram embora. Pelo amor de deus hein. – reclamou, incomodada com o mau humor quase constante da melhor amiga nos últimos dias.
- É melhor o Harry voltar logo pra você deixar todo mundo em paz de novo, . – Liam brincou, mas a morena não achou tão engraçado assim, já que deu um soco no quadril do amigo.
- Idiota.
- A tem razão, pessoal. Só dá pra ver a metade dos trailers, e eu não vou aguentar passar duas horas vendo imagens cortadas. - se levantou, catando sua pipoca, chocolate e refrigerante, indo atrás dos amigos que já estavam bem situados.
- Puta que o pariu, hein! Cadê a parceiragem? - Louis reclamou, dando um gole em sua cerveja. Os restantes que ainda estavam sentados com ele, o encararam como quem dizia: "Sério que você tá usando esse argumento lixo?".
- Não tem parceiro no mundo que aguente suas idiotices, Tomlinson. - pegou suas coisas e desceu até onde estava o bando, sentando ao lado de . - Vem comigo, Demi.
Demi deu de ombros e seguiu a ruiva. Niall levantou.
- É cara, vamos descer... - ele deu um tapinha nas costas de Louis, que levantou, frustrado. Zayn os seguiu. Os pais, dentro do cinema, não estavam nenhum pouco satisfeitos com a movimentação barulhenta e infinita.
- Mano, por que eu escolhi o 3D? E por que eu vim de óculos logo hoje? Que bosta... - reclamou enquanto lutava para ajustar os óculos do cinema sobre os óculos de grau que ela estava usando. Era uma ótima noite para estar sem as lentes de contato!
- , tem um lugar vago aí? - Zayn "sussurrou" e só fez que sim com a cabeça. - Beleza, guarda isso aí, por favor.
A sacola com os doces foi passando de mão em mão até chegar no destino final. conferiu se estavam todos acomodados. Tudo ok.
O filme começou.
- O filme começou, pessoal! - Louis avisou.
- Todo mundo percebeu, meu filho... - Niall retrucou.
- EITA PORRA, OLHA O JACK BLACK!!!! - Zayn gritou, apontando para o telão, mas não só o moreno ficou animado, o cinema todo se encheu de burburinhos animosos.
- Olha só rapaz, não é que ele tá no filme mesmo! - Liam comentou com , para o seu azar, ouviu.
- Ia ser bem estranho se o cara não aparecesse, afinal de contas ele está no cartaz promocional, senhor inteligência suprema... - ela alfinetou. Liam se preparou para revidar, porém apertou sua mão e o encarou com uma cara que dizia "não perde tempo, querido". Payne levou a mão da garota, entrelaçada a sua, até os lábios e a beijou, depois virou para e revirou os olhos profundamente.
, que arrastou todo mundo de casa para ir ver o filme, não estava prestando atenção nenhuma, preferia mil vezes continuar arranhando de leve o braço de Niall, com suas unhas compridas, e vendo os pelinhos do braço dele arrepiarem completamente. Ela adorava observar o efeito que causava no loiro. Horan deixou o filme de lado e olhou para , que se divertia em fazê-lo se arrepiar.
- Você tem sérios problemas em ficar quietinha, hein... - ele provocou antes de beijá-la. Primeiro um selinho, depois aprofundou o beijo, tomando cuidado para que não desencostassem das poltronas e chamassem atenção. Louis e , que estavam ao lado dos dois, ao perceber o que estava acontecendo, se inclinaram levemente para frente, ao mesmo tempo, para que o casal não corresse o risco de ser pego. A questão é que ninguém ali estava interessado em saber o que o outro estava fazendo, estava entretidíssima com o celular, stalkeando Anne Cox, e Liam estavam na própria bolhinha de paixão, e Louis cuidavam de Niall e , dormia confortavelmente sobre o ombro de Zayn, com os pés encolhidos entre as poltronas.
Momento perfeitamente normal, não fosse a aparição surpresa de um palhaço na tela.
- AI PORRA!
- MINHA NOSSA SENHORA, TEM MISERICÓRDIA!
Liam e gritaram ao mesmo tempo. gritou de medo e Liam gritou pelo aperto na mão. Louis começou a rir incontrolavelmente e foi calado por um desconhecido, sentado cadeiras abaixo.
- SHIU!!!!
- Eu não sei qual o problema desse boneco maldito, mal comido... - comentou para ninguém em especial.
- Ele só quer a atenção do dono dele, coitado... - Louis rebateu.
- Ah, claro! ÓTIMA maneira de chamar a atenção de alguém, colocando o inferno pra ir atrás dela! - Westwick balançou a cabeça em concordância, porém, suas palavras eram cheias de ironia.
- Sabe o que eu acho? Que essa menina não existe. Tenho certeza, na verdade. - Louis apontou para o telão.
- Ah cala a boca, mano. A mina tá aí, vivinha, causando um milhão de problemas! - descreu e cruzou os braços.
- Tem gente que não consegue calar a boca, hein, puta que pariu!
Alguém murmurou no meio da escuridão. e Louis sacaram a indireta e se deram ao trabalho de procurar o idiota intrometido. Não foi difícil encontrá-lo, principalmente porque ele estava com o dedo da discórdia erguido, e um sorriso forçado. não pensou duas vezes antes de meter a mão no saco de pipoca, tirar um punhado e arremessar em direção ao cretino, porém, as pipocas foram atingindo a todos que estavam entre as poltronas da ruiva e do alvo. Uma onda de reclamações varreu o cinema e a lanterninha branca foi acionada. Nem foi preciso perguntar quem era o/a responsável pela baderna, todos apontavam para a fileira onde os nove adolescentes estavam.
- Senhores, por favor, comportem-se adequadamente ou terei que acompanhá-los para fora da sala. - a mulher falou e olhou para Louis e como se soubesse que os dois eram os fomentadores da confusão. Os dois a encararam por detrás dos óculos coloridos até que a lanterninha foi apagada e ela sumiu de vista.
- X9 virjão... - A ruiva resmungou, olhando na direção do homem que lhe mostrara o dedo anteriormente, antes de se encostar na poltrona e finalmente prestar atenção no filme.
A calmaria dessa vez durou 10 minutos.
- Que porra de luz é essa? Quem tá usando celular na hora do filme? - Niall reclamou quando se mexeu, desconfortável com toda a luminosidade que atrapalhava seu sono.
- Ora se não é a , que não solta essa merda por nada... - esticou a cabeça e Niall pode captar a expressão frustrada da morena.
- O que ela tá fazendo? - Niall quis saber.
- Essa quenga não sai desse whatsapp - meteu a mão na tela, para atrapalhar a visão da Meester.
- Tô só jogando candy crush saga, me deixem em paz. - se defendeu, sem nem tirar os olhos da tela.
- Me dá esse celular, eu vou guardar. - Liam pediu, estendendo a mão.
- Não! - a Meester encolheu as mãos instintivamente, guardando o celular contra o peito.
- Para de graça, . Entrega logo, você veio aqui pra ficar com os amigos, pra socializar! Para de ser cuzona, anda. - perdeu a paciência, desde que estavam se arrumando para encontrar os amigos no shopping, não tirava os olhos do celular. A Ortega estava realmente irritada.
- Meu pau que eu vou entregar... - sorriu sem mostrar os dentes. Liam tentou um movimento surpresa, porém falhou, se avançasse com pressa demais, ia esmagar .
- Caralho, . Você é foda hein, puta que o pariu! - Liam voltou a se sentar e colocar os óculos, olhando para a tela, sem dar a menor atenção para a melhor amiga. a encarou em reprovação antes de colocar seus óculos e a prestar atenção no filme também.
- Ah mano, nem venham reclamar, sério. Pode ir parando de cu doce, eu tô aqui na minha, deixando vocês aproveitarem o momento, então não me incomodem, porque senão eu vou sentar entre vocês. - ameaçou e não recebeu atenção dos amigos. Ela então suspirou e se aproximou de , deitando a cabeça no ombro dela. olhou por cima do ombro e viu os olhos pidões da amiga.
- Otária... - ela murmurou e sorriu antes de abrir o braço e aconchegar em um meio abraço.
- Cadê a moça da lanterna? Tá na hora de tirar uma galera daqui dessa sala né! - o mesmo cara de antes se irritou, procurando pela responsável pela ordem na sala. Quando a lanterna foi acesa e a mulher se aproximou, ele ficou em pé. - Se continuar nessa zona, eu e a minha namorada vamos querer rever o filme, de graça.
- Ah, pelo amor de deus, hein moço! - se levantou, furiosa.
- Senhora, por favor, se acalme e me siga. - a mulher pediu. - Todos vocês, por favor.
- Mas eu tô quieta vendo o filme!!!! - colocou a mão no filme, injuriada com a injustiça.
- Senhora, por favor, não grite. - o tom de voz da mulher já era bem mais grosseiro e frio.
- A senhora pode controlar porque não tá falando com as suas negas não. - cruzou os braços, pausando o candy crush saga. Suas palavras serviram como veneno nas veias da senhorinha, que ficou vermelha.
- Mas que falta de respeito! Meu deus! - O causador da confusão se meteu e cometeu um erro fatal ao fazer isso. Louis, e não pensaram duas vezes antes de virarem seus baldes de pipoca em cima da fileira onde o dito cujo estava sentado. O horror tomou de conta de todos e o que antes era um burburinho se tornou uma confusão. Pais nervosos gritavam com os jovens, namorados nervosos também gritavam, as crianças choravam e o idiota intrometido estava sem reação diante a medida improvável tomada pelos três.
- SE OS SENHORES NÃO SE RETIRAREM NESSE EXATO MOMENTO DESSA SALA, EU VOU CHAMAR A SEGURANÇA!!! - a moça da lanterna gritou, no auge da vermelhidão e ira. Essa foi a deixa para o grupo se levantar, sendo ovacionado pelo público lá dentro, alguns espertinhos começaram a jogar pipoca contra a fila. Niall apenas virou seu pote de pipoca para o lado de onde vinha a chuva de pipocas. Mais gritos tomaram de conta do ambiente.
- Os óculos, por favor. - Uma moça, na entrada da sala, pediu.
- Não, você não me diz o que fazer. Eu te entrego essa porra na hora que eu quiser! Eu inclusive tenho meia hora de filme, que posso ficar com esses óculos na bunda, se eu preferir! - se estressou com a moça, que ficou vermelha de vergonha.
- Tá bom, . Chega de showzinho, já tirou a gente do cinema, tá satisfeita? - Liam estava puto. De verdade. percebeu isso e preferiu ficar calada. Jogou seus óculos contra a atendente e seguiu para os elevadores. Todos entregaram seus óculos e seguiram atrás da ruiva. Zayn escolheu a tecla que os levaria para o estacionamento.
Um casal correu para tentar alcançar o elevador. Sinalizaram com as mãos para que alguém segurasse o elevador. É óbvio que ninguém ali perderia a oportunidade de fazê-los de trouxas.
- Esse foi o melhor cinema da minha vida. - Louis decretou, dando batidinhas em seu casaco, para tirar resquícios de pipoca que ainda sobraram.
- O que aconteceu, gente? - pediu e todo mundo virou para ela.
- NÃO ACREDITO QUE VOCÊ NÃO VIU!
- PERDEU, QUERIDINHA!
- NOSSA, NÃO CREIO QUE VOCÊ NÃO VIU!!!!!
Todos começaram a falar ao mesmo tempo, mas o elevador finalmente chegou ao térreo. Louis não perdeu tempo e tatear os bolsos, procurando sua cartela de cigarros. Acendeu um e ofereceu para Zayn, que aceitou alegremente.
- Meninas, vão precisar de carona? Não? Ótimo, porque eu tenho que ir a um lugar ainda. - Westwick perguntou, tirando a chave do carro de dentro do bolso. As meninas mais novas riram da "disposição" da amiga. entrou em seu carro e demorou alguns minutos antes de buzinar para o grupo e sair com a velocidade pelo menos no dobro do permitido ali dentro.
- Nossa, que selvagem! - Liam zombou da ruiva.
- Você não perde uma, hein Payne. - Zayn meneou a cabeça, mas sorria.
- Jamais, meu caro! - Liam sorriu ladino - Bom, eu vou levar a e a . Alguém mais vai querer ir com a gente? - Ele ofereceu carona por educação, estava morto de sono.
- Não precisa. A gente se vira aqui, até amanhã! - beijou o rosto das duas morenas. deu um tapinha na bunda de e , sorrindo quando lhe mostrou o dedo do meio.
- Tchau pessoal! Tchau primo! - soprou um beijo para Zayn antes de sentar no banco do carona do jipe verde musgo de Liam.
Por fim, restaram Louis, Zayn, Niall, e .
- Foi divertido e tudo o mais, porém, eu estou cansado. Gatas, vão precisar de carona? - Louis perguntou, pisando em cima do que sobrou do seu cigarro, entrando no carro e ligando-o.
- Nope. Tá tudo certo aqui. - Zayn bateu continência.
- Otário - Tomlinson se virou para Niall - Nialler, o Harry pediu pra eu cuidar da senhorita Styles, mas eu ainda tenho que ir a um lugar, quebra essa pra mim?
balançou a cabeça e sorriu. Louis era um idiota, um idiota muito esperto.
Niall foi rápido em ser prestativo:
- Claro, posso fazer isso agora.
- Tô falando sério, cara. Faz isso nesse exato momento. Se essa menina não chegar bem em casa, o Styles corta meu pau fora. - Louis frisou a ideia antes de dar uma piscadinha para e ir embora.
- , a gente vai ter que deixar a em casa primeiro. Depois eu te levo, tá bem? - Niall falou, torcendo para alguém oferecer carona para sua melhor amiga.
- Se for melhor para vocês, eu posso levar a em casa. É caminho. - Zayn ofereceu, tragando o cigarro uma última vez e jogando-o no chão. Niall não se fez de rogado:
- Tudo bem pra você, ? - ele conferiu.
- Aham. Pode ser. - a garota concordou.
- Ótimo. Até amanhã então, babes. Vamos . - Niall soou mais animado do que pretendia, beijou a testa da melhor amiga e fez um toque de mãos com Zayn. deu uma risadinha.
- Boa noite, . Boa noite, Zanyeee - deu tchauzinho e esperou que Horan abrisse a porta do carona para ela.
- Mas é uma folgada... - sorriu para a amiga.
- Vamos, loira? - Zayn girou a chave entre os dedos, enquanto os dois caminhavam até o maseratti dele.
- Não fala comigo, Malik. Estou magoada porque você me deixou dormindo confortavelmente enquanto meus amigos destruíam o cinema... - A Hilton se fez de ofendida. Zayn riu.
- Tudo bem, me perdoa por ter sido gentil e emprestado meu ombro por quase uma hora para esse cabeção grande se apoiar, me perdoa mesmo. - Malik usou o seu melhor tom de sarcasmo, gargalhou gostosamente, tomando o cuidado de não deixar as lágrimas mancharem seu rímel.
- Palhaço...
Mal saíram do shopping quando Zayn teve uma ideia:
- Tá com sono, ?
- Não, por quê? - encarou o moreno, curiosíssima.
- Quero te levar em um lugar. - ele respondeu, usando o celular enquanto o sinaleiro estava fechado.
- Qual o problema de vocês em chamar os lugares pelo nome, hein? - a Hilton ergueu as mãos, Zayn deu um meio sorriso e respondeu:
- A vida é mais divertida com os mistérios, loira...
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