Prólogo
Hogwarts, junho de 1976.
fechou o seu malão e deu uma última olhada pelo dormitório. Mais um ano havia terminado na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, o que normalmente era um alívio para ele, mas não desta vez porque sabia que o próximo ano seria o seu último ano frequentando o colégio e ele não poderia imaginar como seria a sua vida quando não estivesse mais ali. Hogwarts era a sua casa, o seu lar e ele gostaria muito de poder voltar algum dia, já que um de seus maiores desejos era se tornar professor de Herbologia, sua matéria preferida.
ajeitou a sua capa e deixou o dormitório da Lufa-Lufa com dificuldades para se locomover devido ao tamanho e peso da sua mala, mas ele já estava acostumado a arrasta-la, todos os anos, até o pátio, sem saber ao certo como ela chegava ao Expresso de Hogwarts mesmo depois de tantos anos. Não importava, o importante era que ela estava lá. estava tão distraído com o pensamento tolo que não se deu conta que, logo atrás dele, corria em sua direção para o alcançar.
— , ! Espera, !
Ele se deu conta de que estava sendo chamado e se virou. vinha esbaforida em sua direção como se tivesse acabado de correr uma maratona inteira e ele riu por achar a cena divertida.
— Eu ia mesmo te esperar de qualquer forma. — ele sorriu para a namorada. — Está atrasada, . — Eu sei, eu sei, me desculpe, tive alguns problemas no percurso. — passou a mão pelos cabelos negros e compridos, tentando parecer mais apresentável. — Estes alunos da Grifinória nunca vão tomar jeito. — Tiago e Sirius outra vez? Estavam implicando com você? — Não, estavam implicando com o Snape outra vez. Fiquei irritada, tentei defender, mas você sabe que o Snape também não é nenhuma flor que se cheire, é claro que deu uma grande merda. O Sirius... Ah, ele me irrita tanto! — Achei que você já tinha superado um Black na Grifinória. — Ele é uma vergonha, se misturando com estes... — ela mordeu os lábios para se conter, sabia que odiava quando ela dizia a palavra que pretendia. — Só não o chamo como merece porque você está aqui, mas você sabe o que eu ia dizer. — , já conversamos sobre isso, você não pode chamar as pessoas de sangue-ruim, principalmente a Lily. — É, eu sei, eu sei. — rolou os olhos, todos os alunos da Grifinória lhe causavam náuseas. — Mas tudo bem, o ano já acabou e terei um pouco de paz até setembro, e eles que ousem roubar a Taça das Casas de nós no ano que vem! Não se garantem no quadribol e fazem isso sempre. — Deixa a Grifinória pra lá, ou vou pensar que o Chapéu Seletor te colocou na casa errada. — , eu juro que se você disser isso outra vez, eu não vou ter pena de lhe lançar um crucio. — esbravejou, fazendo o garoto rir.
Ela tinha os seus defeitos, não gostava de mestiços e nascidos-trouxas, mesmo ele próprio sendo um mestiço, prezava pelos bons costumes, mas tinha esperanças de que mudasse, ele via o lado bom dela e foi isso que o fez se apaixonar por aquela menina da Sonserina, a bondade que ela insistia em esconder, mas que com ele era diferente. Não era , dos "Sagrados 28", era apenas a , sua namorada.
— Vai me escrever durante o verão? — a garota perguntou quando o assunto morreu, percebendo que a partida estava próxima. — Todos os dias, se possível — ele sorriu, mas notou um brilho nos olhos dela. — ... — Eu só queria poder contar ao meu pai, mas ele nunca nos aceitaria porque... — Porque eu não sou puro-sangue, porque minha família não é rica, porque não sou da Sonserina, não tenho as características que eles prezam... Tudo bem, , vai dar tudo certo. Uma hora saberão, eu enfrentaria até mesmo Grindelwald por nós. Não se preocupe, vamos conseguir, eu sei que sim.
puxou para um abraço, já que era o máximo que podia fazer ali. Ele a amava, apesar de tudo, e ela também o amava. Se conheceram no primeiro ano, e mesmo sendo de casas diferentes, ele não acreditava na reputação ruim dos alunos da Sonserina. Eles também eram pessoas boas, era uma pessoa boa e ele tinha certeza disso e por isso gostava tanto dela. Ficarem juntos seria uma tarefa muito difícil, não por eles, mas pelo pai conservador dela. Por mais que soubessem o quão complicado seria, estavam dispostos a passar por isso e nada e ninguém poderia atrapalhar.
fechou o seu malão e deu uma última olhada pelo dormitório. Mais um ano havia terminado na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, o que normalmente era um alívio para ele, mas não desta vez porque sabia que o próximo ano seria o seu último ano frequentando o colégio e ele não poderia imaginar como seria a sua vida quando não estivesse mais ali. Hogwarts era a sua casa, o seu lar e ele gostaria muito de poder voltar algum dia, já que um de seus maiores desejos era se tornar professor de Herbologia, sua matéria preferida.
ajeitou a sua capa e deixou o dormitório da Lufa-Lufa com dificuldades para se locomover devido ao tamanho e peso da sua mala, mas ele já estava acostumado a arrasta-la, todos os anos, até o pátio, sem saber ao certo como ela chegava ao Expresso de Hogwarts mesmo depois de tantos anos. Não importava, o importante era que ela estava lá. estava tão distraído com o pensamento tolo que não se deu conta que, logo atrás dele, corria em sua direção para o alcançar.
— , ! Espera, !
Ele se deu conta de que estava sendo chamado e se virou. vinha esbaforida em sua direção como se tivesse acabado de correr uma maratona inteira e ele riu por achar a cena divertida.
— Eu ia mesmo te esperar de qualquer forma. — ele sorriu para a namorada. — Está atrasada, . — Eu sei, eu sei, me desculpe, tive alguns problemas no percurso. — passou a mão pelos cabelos negros e compridos, tentando parecer mais apresentável. — Estes alunos da Grifinória nunca vão tomar jeito. — Tiago e Sirius outra vez? Estavam implicando com você? — Não, estavam implicando com o Snape outra vez. Fiquei irritada, tentei defender, mas você sabe que o Snape também não é nenhuma flor que se cheire, é claro que deu uma grande merda. O Sirius... Ah, ele me irrita tanto! — Achei que você já tinha superado um Black na Grifinória. — Ele é uma vergonha, se misturando com estes... — ela mordeu os lábios para se conter, sabia que odiava quando ela dizia a palavra que pretendia. — Só não o chamo como merece porque você está aqui, mas você sabe o que eu ia dizer. — , já conversamos sobre isso, você não pode chamar as pessoas de sangue-ruim, principalmente a Lily. — É, eu sei, eu sei. — rolou os olhos, todos os alunos da Grifinória lhe causavam náuseas. — Mas tudo bem, o ano já acabou e terei um pouco de paz até setembro, e eles que ousem roubar a Taça das Casas de nós no ano que vem! Não se garantem no quadribol e fazem isso sempre. — Deixa a Grifinória pra lá, ou vou pensar que o Chapéu Seletor te colocou na casa errada. — , eu juro que se você disser isso outra vez, eu não vou ter pena de lhe lançar um crucio. — esbravejou, fazendo o garoto rir.
Ela tinha os seus defeitos, não gostava de mestiços e nascidos-trouxas, mesmo ele próprio sendo um mestiço, prezava pelos bons costumes, mas tinha esperanças de que mudasse, ele via o lado bom dela e foi isso que o fez se apaixonar por aquela menina da Sonserina, a bondade que ela insistia em esconder, mas que com ele era diferente. Não era , dos "Sagrados 28", era apenas a , sua namorada.
— Vai me escrever durante o verão? — a garota perguntou quando o assunto morreu, percebendo que a partida estava próxima. — Todos os dias, se possível — ele sorriu, mas notou um brilho nos olhos dela. — ... — Eu só queria poder contar ao meu pai, mas ele nunca nos aceitaria porque... — Porque eu não sou puro-sangue, porque minha família não é rica, porque não sou da Sonserina, não tenho as características que eles prezam... Tudo bem, , vai dar tudo certo. Uma hora saberão, eu enfrentaria até mesmo Grindelwald por nós. Não se preocupe, vamos conseguir, eu sei que sim.
puxou para um abraço, já que era o máximo que podia fazer ali. Ele a amava, apesar de tudo, e ela também o amava. Se conheceram no primeiro ano, e mesmo sendo de casas diferentes, ele não acreditava na reputação ruim dos alunos da Sonserina. Eles também eram pessoas boas, era uma pessoa boa e ele tinha certeza disso e por isso gostava tanto dela. Ficarem juntos seria uma tarefa muito difícil, não por eles, mas pelo pai conservador dela. Por mais que soubessem o quão complicado seria, estavam dispostos a passar por isso e nada e ninguém poderia atrapalhar.
Capítulo 1
Godric's Hollow, outubro de 1981.
— Expelliarmus! — berrou , apontando a varinha para o comensal da morte com quem duelava. — Protego! — o comensal contra-atacou em defesa.
Feitiços eram conjurados a cada segundo, era um exímio duelista em Hogwarts e agora podia colocar em prática o que aprendeu durante os anos, duelando com aquele comensal de máscara que ele sequer sabia o nome, embora tivesse suas desconfianças. Não iria desistir sem lutar, lutaria bravamente até o fim mesmo que aquela fosse a última batalha de sua vida, ele não iria desistir.
— Estupefaça! — ele revidou, mas não acertou o feitiço em seu adversário.
O homem riu como se fosse a coisa mais divertida que já vira. É claro que ele com todo o seu conhecimento sobre magia das trevas não iria perder para um garoto que até um tempo atrás era um dos aluninhos de Alvo Dumbledore, então resolveu se revelar, tirou a máscara preta e olhou diretamente para que tinha certeza de que estava vendo o próprio demônio em sua frente. Nem mesmo Lord Voldemort lhe causaria aquela sensação de pavor, o Lorde das Trevas não havia sido tão cruel quanto aquele que estava à sua frente.
— . — o jovem murmurou entre dentes, apertando a varinha com força na mão. — Menino insolente. Já faz algum tempo, senhor , ainda sonha com o que não pode ter? — Não fale dela! Não ouse mencionar o nome dela!!! — berrou, apontando a varinha na direção do homem, que apenas tocou sua ponta, colocando-a para o lado calmamente. — De minha própria filha ? Não seja tolo, , ela escolheu o próprio caminho. — É mentira!!! Foi você! Foi você que a afastou de mim, foi você que a levou para este caminho! Desgraçado! — a varinha tremia na mão dele, denunciando todo o seu nervosismo. — Eu jamais deixaria a minha filha se envolver com um... Um mestiço como o senhor, senhor , o sangue de minha família não se mistura com o de gente como você.
, que sempre era calmo e paciente, já não era a mesma pessoa, não iria aceitar os insultos de cabeça baixa. Ergueu a varinha novamente, estava pronto para matar aquele homem, mas antes que pudesse conjugar um feitiço, ele foi atacado.
— Crucio!
caiu no chão, se contorcendo e gritando ao sentir a pior dor que alguma vez já sentira na vida, sendo incapaz de revidar ou se livrar. , por sua vez, parecia estar se divertindo com um boneco, brincando com a varinha empunhada e apontada na direção do rapaz se contorcendo no chão.
— Acha mesmo que pode me vencer? Acha que pode vencer ele? Um garoto inútil como você jamais derrotaria o Lorde das Trevas. — ele já não usava mais a maldição, mas sentia todo o seu corpo em choque, sendo incapaz de se levantar e revidar, apenas arfava enquanto se situava novamente. — Onde... Está... Ela? — perguntou ofegante, quase sem ar nos pulmões. — Segura, é claro, longe de pessoas como você. Não espere encontrar a que conheceu, ela não existe mais, tiramos isto dela também. Ela não se lembra mais de você, e com felicidade, você também não se lembrará dela. Crucio!!!
E novamente ele apontou a varinha e sentiu todo o corpo entrar em choque outra vez, era ainda mais intenso e ele não conseguia gritar e muito menos encontrar forças para revidar, era a dor mais agonizante que já sentiu, sabia que iria morrer ali mesmo, naquele chão duro e frio daquele pequeno vilarejo. Se não morresse, no mínimo teria o mesmo destino de seus amigos de escola, Franco e Alice Longbottom, que enlouqueceram diante da tortura com aquela mesma maldição. Fosse morte ou loucura, podia se considerar um homem condenado.
— Estupefaça!
O feitiço atingiu nas costas e, deixando cair sua varinha, ele também caiu logo em seguida desmaiado no chão como se estivesse morto. ainda estava lá, sua visão estava turva e tudo parecia girar, ele não tinha mais forças, não conseguia focar no homem que caminhava na sua direção, e antes que pudesse vê-lo, fechou os olhos de vez e tudo ficou preto. Ele não conseguia mais lutar, não importava quem fosse.
...
abriu os olhos e precisou de longos segundo para se situar. Sua visão estava embaçada, então ele precisou se esforçar para focar em algo, reconhecendo então que estava em uma sala de estar, deitado em um sofá. Seu ouvido fazia um zumbido agudo e irritante, mas ele ouvia o choro de um bebê um pouco distante, ele tentou se levantar, mas todo o seu corpo doía como se tivesse sido atropelado por uma manada de Erumpentes.
— Vai precisar de mais tempo, meu amigo. Não é todo mundo que aguenta um cruciatus como você.
Ele olhou para a entrada da sala e Tiago estava lá, apoiado no batente da porta com os braços cruzados. Parecia abatido, como se não tivesse dormido durante a noite, seus cabelos estavam mais bagunçados do que o normal e suas olheiras profundas eram algo novo.
— O que aconteceu? — Bem, parece que você estava duelando com Antoine literalmente no meio da rua, ele lhe lançou um Crucio poderoso, e isso quase te matou. Eu o estuporei e te trouxe para cá, caso contrário você estaria morto. — Tiago caminhou até sua poltrona predileta e se sentou, ajeitando os óculos de lentes redondas sobre o seu nariz. — Aquele cara me lembra o Ranhoso, sabia? Você não acha? — Do que você está falando? Pelas barbas de Merlim, que dor de cabeça! — ele passou as mãos pelo rosto, mas o choro distante estava o deixando irritado. — Quem está chorando? — Harry chorou a noite inteira, acho que ele não gosta de receber visitas. — Tiago deu de ombros despreocupado. — Está com fome? Quer comer alguma coisa? — Não, obrigado... — fez força para se sentar, mas ainda se sentia dolorido. — Eu... Eu preciso ir embora... — O que estava fazendo aqui em Godric's Hollow? Você sabe o quanto é arriscado circular assim, eles sabem quem é você. — Não vim para passear, Potter, acredite. — ele retrucou quase sendo grosseiro. — Ouvi dizer que ela esteve aqui. — ? — Sim... — ... Já faz quase cinco anos. Eu entendo o seu amor por ela, mas já era um pouco previsível o que iria acontecer desde a época da escola. — Não era isso o que ela queria. — Será mesmo? Ela era da Sonserina, ostentava o status de puro-sangue, implicava com a Lily pelos mesmos motivos que o seboso do Snape e toda aquela turminha de sonserinos. — Ela não era como eles, Potter! Eu sei que não era, eu a conheci de verdade. — É mesmo? Então por que ela não está aqui? Por que ela está matando os nascidos-trouxas por aí, lançando maldições imperdoáveis como se fossem feitiços de reparo? Ela se tornou uma comensal, , por mais doloroso que seja, ela escolheu um lado. Ela está do lado dele. — Você não entende... Eu não posso... Eu preciso ver ela... Você tem a Lily e o Harry, Sirius, Remo, Pedro... Mas eu... Eu só tinha a , ela era tudo o que eu tinha...
Tiago sabia que era um homem solitário, ou ao menos fora forçado desde a morte de sua mãe logo quando o garoto se formou em Hogwarts. Não parecia o mesmo garoto gentil e alegre que ele vira na escola anos antes, havia mudado e tinha grande parcela de culpa nisso, pois ele insistia em acreditar que a garota por quem se apaixonou ainda era a mesma sendo que nem ele mesmo era.
— Amor, você pode... — Lilian entrou na sala com o seu bebê no colo, mas parou quando percebeu que estava ali. — Olá, . — Oi, Lily, é um prazer revê-la. — respondeu sem muita emoção, o bebê chorando o deixava tonto. — Olá também, Harry. — O que pretendia dizer, querida? — Tiago se levantou. — Eu ia perguntar se poderia ficar com Harry um instante enquanto termino de preparar o nosso café, ele não para de chorar. — Mas é claro, me dê ele aqui. — foi até a esposa e pegou o filho no colo. — Muito obrigada. Com licença.
Lilian saiu da sala e precisou de alguns segundos para se lembrar de como ela era na escola, não associando Lily à imagem de uma mãe, esposa e dona de casa. Ela sempre fora inteligente e com uma opinião forte, muito mais esperta que as bruxas da sua idade. Ele pensou que ela se tornaria Auror ou Ministra da Magia talvez, mas jamais imaginou que ela estaria feliz ali.
— Pense bem, , é tudo o que eu tenho para dizer. — Já pensei muito. — se levantou com dificuldade. — Onde você vai? — Hogsmeade, preciso começar por algum lugar de novo. — Deixe que vou com você. — Não, não. É arriscado, Você-Sabe-Quem está atrás de vocês, não quero comprometer a Ordem, Dumbledore ficaria furioso, fiquem a salvo, cuidem dele. — apontou o queixo para o bebê Harry que aos poucos se acalmava. — Ele precisa crescer com o pai dele. — Tenha cuidado. Espere um minuto, por favor, eu já volto.
Tiago saiu do cômodo com o bebê e, alguns minutos depois, retornou com um embrulho no braço livre, atirando-o na direção de .
— Você vai precisar, não quero parecer inconveniente ou insensível, mas é emprestada, ok? Ela vai ter um novo dono daqui alguns anos. — ele olhou para Harry que já não chorava mais.
abriu o embrulho e arregalou os olhos com o que tinha nas mãos. É claro que conhecia a lenda, mas jamais imaginou que fosse verdade, entretanto a prova estava ali bem nas suas mãos. A capa da invisibilidade pertencida originalmente a Ignoto Peverell estava diante dos seus olhos.
— Não pode ser... Tiago, não tem graça. — Acha que eu iria querer de volta se fosse uma brincadeira? Você vai precisar se não quiser encontrar com ou qualquer comensal, aparentemente você ganhou fama entre eles. — Obrigado. — Tenha cuidado, . — Vou tentar... Adeus.
jogou a capa pelos ombros, ficando com o corpo invisível instantaneamente, apenas a cabeça estava visível, mas então ele a cobriu e Tiago apenas conseguiu ver a sua porta de entrada se abrindo. Torcia para ter a capa de volta, seria um presente para Harry quando ele tivesse idade o suficiente para entender a importância, mas torcia mais ainda para que saísse vivo daquela busca suicida. não era a boa moça que ele pintou, não tinha a humanidade que insistia em dizer que viu, ao menos não tinha mais. Ela se tornara uma comensal da morte como o pai e apenas isto, mas estava cego o suficiente para não entender a gravidade do que acontecia com ela.
...
A mesa longa e silenciosa dos Malfoy estava cheia, talvez a única ausência ali fosse Narcisa que estava em algum outro cômodo da mansão com o bebê Draco, certamente Voldemort não gostaria de ser interrompido por um bebê que começasse a chorar no meio de um discurso importante. , ao lado de seu pai se mantinha imóvel, uma respiração fora do ritmo e poderia se considerar uma mulher morta. A marca negra ardia em seu braço, mas ela não demonstrava feição de dor, era um sinal, ele estava chegando.
Então Lord Voldemort se materializou no cômodo, sempre acompanhado por Nagini que rastejava patrulhando o local. sentiu um terrível frio na espinha, odiava cobras, mesmo que uma estivesse tatuada em seu braço para sempre. A presença daquele ser era tão imponente que ela se sentia incapaz de se mexer, até mesmo de respirar, sentia que sua vida acabaria naquele mesmo instante porque ele simplesmente queria. Voldemort parecia calmo, mas ela sabia que ele não estava ali para conversar sobre o clima. Não, ele tinha notícias e provavelmente não eram boas.
— Olá, meus caros amigos — a voz mórbida e sombria dele lhe causava a sensação de estar diante de um dementador. — É uma honra tê-los aqui comigo neste dia. — Milorde — Bella grunhiu, fazendo uma referência exagerada e desajeitada, mas Voldemort a ignorou. — Poupe suas formalidades, Bella, não temos tempo para isso — ele sinalizou com a mão e Lestrange se recompôs como um cachorrinho obediente. — Creio que neste ponto, todos devem saber que perdemos mais alguns dos nossos para os discípulos de Dumbledore ontem à noite em Hogsmeade, grandes perdas eu diria... Mas é claro que não ficará impune, estou aqui para designar alguns de vocês para que façam ao Lorde das Trevas alguns... Favores, se podemos assim dizer.
Ele caminhava ao redor da mesa enquanto falava diretamente com alguns de seus seguidores como Rosier ou Malfoy, e ouvia com atenção, embora não ousasse virar o rosto e se direcionar a eles, se mantendo imóvel em todo o tempo.
— — a voz fria e mórbida atrás de si a fez estremecer. — Milorde — foi tudo o que conseguiu dizer, podia dizer que estava petrificada. — Levante-se — ela assim fez, bem devagar, mas não ousou olhar para trás. — Vire-se para mim.
Lentamente, se virou, encarando aqueles olhos vermelhos horríveis e assustadores, tentando se manter inatingível como aprendeu nos últimos anos, mas ele era diferente de tudo o que já viu, a própria personificação da magia das trevas estava perante ela, nem mesmo cem dementadores lhe causariam todo aquele pavor.
— Tão jovem, tão talentosa, tão bela... — a varinha dele deslizava pelo ombro esquerdo dela e ouviu Bella grunhir em reprovação. — Tenho que admitir que fiquei surpreso, mas você demonstrou ser a mais competente de sua casa, uma serva fiel que jamais me desapontou, diferente de seu tolo e desprezível pai. — Obrigada, Milorde — a voz dela soou como um sussurro. — É um prazer servir ao maior bruxo que este mundo já viu. — Não seja tão modesta, ... Não estou interessado em seus apontamentos favoráveis sobre mim... Não, para você tenho algo muito especial... A senhorita terá o privilégio de provar sua fidelidade ao Lorde das Trevas — Voldemort mostrou o sorriso mais tenebroso que já viu e ela sentiu o seu coração acelerar ainda mais em seu peito, como se fosse sair a qualquer instante. — Aparentemente, não são apenas os seguidores de Dumbledore que estão atrás de nós, podem acreditar nisto? — ele voltou a caminhar e se sentou sobre risadas forçadas das pessoas, talvez Bellatrix fosse a única que estivesse se divertindo de verdade. — Mas graças ao senhor um bruxinho em especial me despertou um interesse especial... Antoine, faça as honras. — Sim, Milorde — se levantou. — Ontem à noite, em Godric's Hollow, duelei com alguém que tenho certeza de seu envolvimento com os seguidores de Dumbledore, nas mãos dele perdemos ao menos dois dos nossos, pode-se dizer que ele se considera um justiceiro, deplorável! Fui estuporado antes de derrotá-lo e trazer de encontro ao Lorde das Trevas, mas sei seu rosto e seu nome... — ele fez uma pausa um tanto dramática, olhando de relance para a mulher ao seu lado. — . — Que nome patético — Bellatrix rolou os olhos entediada.
sentiu como se tivesse tomado um soco no estômago. Não, não podia ser o mesmo , não era o seu , o menino tímido e carinhoso que ela conheceu em Hogwarts. era um dos seguidores de Dumbledore? Era de se esperar, ela não entendia o motivo de sua própria surpresa.
...
sentia o estômago e todos os músculos do rosto doendo de tanto chorar, mas era incapaz de parar. Queria gritar e quebrar tudo o que via em sua frente, mas ninguém poderia saber. Ela nunca quis aquilo, nunca quis nada daquilo para ela, e agora tinha uma missão suicida em suas mãos. Fora designada pelo próprio Lord Voldemort a matar , o seu , aquele que ela abandonou no último ano para que ele não sofresse as consequências pelas mãos frias e calculistas de seu pai que o ameaçou. Ela não partiu porque quis, ela partiu porque precisava pela segurança de , mesmo que isso custasse nunca mais ver aquele que ela tinha certeza que fora o único que a amou algum dia, podia se dizer o mesmo sobre ela.
Ela sabia que era incapaz, sabia que iria falhar, não iria matar por ainda o amar, mas sabia que era um teste. Caso falhasse, pagaria com a sua própria vida, mas ainda parecia ser muito melhor do que apontar a varinha para aquele garoto que nunca lhe fez mal nenhum e a tratou diferente de todos. sabia o que era certo a fazer, e se fosse para morrer alguém, então que fosse ela.
— Aí está você — ela se assustou com a porta do seu quarto se abrindo abruptamente. — Garota ingênua.
atravessou o cômodo e foi em direção a filha, se curvando abaixo da janela onde ela estava, a puxando para cima enquanto seus dedos marcavam o rosto dela que sentia dor pela tamanha força que ele tinha.
— O que pensa que está fazendo? — Papai — tossiu, mas ele não relaxou. — Por favor... — , eu quero o corpo deste menino caído no chão, pálido e morto, está me entendendo? O Lorde das Trevas não hesitará em nos matar caso você falhe. Eu sempre soube que isto iria acontecer um dia, agora é sua chance de me tornar um pai orgulhoso. Seque estas lágrimas ridículas e se recomponha, ele está em Hogsmeade te procurando, olhe que coincidência formidável! Vá logo, o Lorde das Trevas não gosta de esperar.
Ele a atirou no chão e saiu do quarto. tremia, fosse por medo ou raiva daquele homem que jurava ser o seu genitor, mas ela não entendia como alguém, em sã consciência, poderia se apaixonar por alguém tão impiedoso e orgulhoso. Preferia matá-lo no lugar de .
— Expelliarmus! — berrou , apontando a varinha para o comensal da morte com quem duelava. — Protego! — o comensal contra-atacou em defesa.
Feitiços eram conjurados a cada segundo, era um exímio duelista em Hogwarts e agora podia colocar em prática o que aprendeu durante os anos, duelando com aquele comensal de máscara que ele sequer sabia o nome, embora tivesse suas desconfianças. Não iria desistir sem lutar, lutaria bravamente até o fim mesmo que aquela fosse a última batalha de sua vida, ele não iria desistir.
— Estupefaça! — ele revidou, mas não acertou o feitiço em seu adversário.
O homem riu como se fosse a coisa mais divertida que já vira. É claro que ele com todo o seu conhecimento sobre magia das trevas não iria perder para um garoto que até um tempo atrás era um dos aluninhos de Alvo Dumbledore, então resolveu se revelar, tirou a máscara preta e olhou diretamente para que tinha certeza de que estava vendo o próprio demônio em sua frente. Nem mesmo Lord Voldemort lhe causaria aquela sensação de pavor, o Lorde das Trevas não havia sido tão cruel quanto aquele que estava à sua frente.
— . — o jovem murmurou entre dentes, apertando a varinha com força na mão. — Menino insolente. Já faz algum tempo, senhor , ainda sonha com o que não pode ter? — Não fale dela! Não ouse mencionar o nome dela!!! — berrou, apontando a varinha na direção do homem, que apenas tocou sua ponta, colocando-a para o lado calmamente. — De minha própria filha ? Não seja tolo, , ela escolheu o próprio caminho. — É mentira!!! Foi você! Foi você que a afastou de mim, foi você que a levou para este caminho! Desgraçado! — a varinha tremia na mão dele, denunciando todo o seu nervosismo. — Eu jamais deixaria a minha filha se envolver com um... Um mestiço como o senhor, senhor , o sangue de minha família não se mistura com o de gente como você.
, que sempre era calmo e paciente, já não era a mesma pessoa, não iria aceitar os insultos de cabeça baixa. Ergueu a varinha novamente, estava pronto para matar aquele homem, mas antes que pudesse conjugar um feitiço, ele foi atacado.
— Crucio!
caiu no chão, se contorcendo e gritando ao sentir a pior dor que alguma vez já sentira na vida, sendo incapaz de revidar ou se livrar. , por sua vez, parecia estar se divertindo com um boneco, brincando com a varinha empunhada e apontada na direção do rapaz se contorcendo no chão.
— Acha mesmo que pode me vencer? Acha que pode vencer ele? Um garoto inútil como você jamais derrotaria o Lorde das Trevas. — ele já não usava mais a maldição, mas sentia todo o seu corpo em choque, sendo incapaz de se levantar e revidar, apenas arfava enquanto se situava novamente. — Onde... Está... Ela? — perguntou ofegante, quase sem ar nos pulmões. — Segura, é claro, longe de pessoas como você. Não espere encontrar a que conheceu, ela não existe mais, tiramos isto dela também. Ela não se lembra mais de você, e com felicidade, você também não se lembrará dela. Crucio!!!
E novamente ele apontou a varinha e sentiu todo o corpo entrar em choque outra vez, era ainda mais intenso e ele não conseguia gritar e muito menos encontrar forças para revidar, era a dor mais agonizante que já sentiu, sabia que iria morrer ali mesmo, naquele chão duro e frio daquele pequeno vilarejo. Se não morresse, no mínimo teria o mesmo destino de seus amigos de escola, Franco e Alice Longbottom, que enlouqueceram diante da tortura com aquela mesma maldição. Fosse morte ou loucura, podia se considerar um homem condenado.
— Estupefaça!
O feitiço atingiu nas costas e, deixando cair sua varinha, ele também caiu logo em seguida desmaiado no chão como se estivesse morto. ainda estava lá, sua visão estava turva e tudo parecia girar, ele não tinha mais forças, não conseguia focar no homem que caminhava na sua direção, e antes que pudesse vê-lo, fechou os olhos de vez e tudo ficou preto. Ele não conseguia mais lutar, não importava quem fosse.
abriu os olhos e precisou de longos segundo para se situar. Sua visão estava embaçada, então ele precisou se esforçar para focar em algo, reconhecendo então que estava em uma sala de estar, deitado em um sofá. Seu ouvido fazia um zumbido agudo e irritante, mas ele ouvia o choro de um bebê um pouco distante, ele tentou se levantar, mas todo o seu corpo doía como se tivesse sido atropelado por uma manada de Erumpentes.
— Vai precisar de mais tempo, meu amigo. Não é todo mundo que aguenta um cruciatus como você.
Ele olhou para a entrada da sala e Tiago estava lá, apoiado no batente da porta com os braços cruzados. Parecia abatido, como se não tivesse dormido durante a noite, seus cabelos estavam mais bagunçados do que o normal e suas olheiras profundas eram algo novo.
— O que aconteceu? — Bem, parece que você estava duelando com Antoine literalmente no meio da rua, ele lhe lançou um Crucio poderoso, e isso quase te matou. Eu o estuporei e te trouxe para cá, caso contrário você estaria morto. — Tiago caminhou até sua poltrona predileta e se sentou, ajeitando os óculos de lentes redondas sobre o seu nariz. — Aquele cara me lembra o Ranhoso, sabia? Você não acha? — Do que você está falando? Pelas barbas de Merlim, que dor de cabeça! — ele passou as mãos pelo rosto, mas o choro distante estava o deixando irritado. — Quem está chorando? — Harry chorou a noite inteira, acho que ele não gosta de receber visitas. — Tiago deu de ombros despreocupado. — Está com fome? Quer comer alguma coisa? — Não, obrigado... — fez força para se sentar, mas ainda se sentia dolorido. — Eu... Eu preciso ir embora... — O que estava fazendo aqui em Godric's Hollow? Você sabe o quanto é arriscado circular assim, eles sabem quem é você. — Não vim para passear, Potter, acredite. — ele retrucou quase sendo grosseiro. — Ouvi dizer que ela esteve aqui. — ? — Sim... — ... Já faz quase cinco anos. Eu entendo o seu amor por ela, mas já era um pouco previsível o que iria acontecer desde a época da escola. — Não era isso o que ela queria. — Será mesmo? Ela era da Sonserina, ostentava o status de puro-sangue, implicava com a Lily pelos mesmos motivos que o seboso do Snape e toda aquela turminha de sonserinos. — Ela não era como eles, Potter! Eu sei que não era, eu a conheci de verdade. — É mesmo? Então por que ela não está aqui? Por que ela está matando os nascidos-trouxas por aí, lançando maldições imperdoáveis como se fossem feitiços de reparo? Ela se tornou uma comensal, , por mais doloroso que seja, ela escolheu um lado. Ela está do lado dele. — Você não entende... Eu não posso... Eu preciso ver ela... Você tem a Lily e o Harry, Sirius, Remo, Pedro... Mas eu... Eu só tinha a , ela era tudo o que eu tinha...
Tiago sabia que era um homem solitário, ou ao menos fora forçado desde a morte de sua mãe logo quando o garoto se formou em Hogwarts. Não parecia o mesmo garoto gentil e alegre que ele vira na escola anos antes, havia mudado e tinha grande parcela de culpa nisso, pois ele insistia em acreditar que a garota por quem se apaixonou ainda era a mesma sendo que nem ele mesmo era.
— Amor, você pode... — Lilian entrou na sala com o seu bebê no colo, mas parou quando percebeu que estava ali. — Olá, . — Oi, Lily, é um prazer revê-la. — respondeu sem muita emoção, o bebê chorando o deixava tonto. — Olá também, Harry. — O que pretendia dizer, querida? — Tiago se levantou. — Eu ia perguntar se poderia ficar com Harry um instante enquanto termino de preparar o nosso café, ele não para de chorar. — Mas é claro, me dê ele aqui. — foi até a esposa e pegou o filho no colo. — Muito obrigada. Com licença.
Lilian saiu da sala e precisou de alguns segundos para se lembrar de como ela era na escola, não associando Lily à imagem de uma mãe, esposa e dona de casa. Ela sempre fora inteligente e com uma opinião forte, muito mais esperta que as bruxas da sua idade. Ele pensou que ela se tornaria Auror ou Ministra da Magia talvez, mas jamais imaginou que ela estaria feliz ali.
— Pense bem, , é tudo o que eu tenho para dizer. — Já pensei muito. — se levantou com dificuldade. — Onde você vai? — Hogsmeade, preciso começar por algum lugar de novo. — Deixe que vou com você. — Não, não. É arriscado, Você-Sabe-Quem está atrás de vocês, não quero comprometer a Ordem, Dumbledore ficaria furioso, fiquem a salvo, cuidem dele. — apontou o queixo para o bebê Harry que aos poucos se acalmava. — Ele precisa crescer com o pai dele. — Tenha cuidado. Espere um minuto, por favor, eu já volto.
Tiago saiu do cômodo com o bebê e, alguns minutos depois, retornou com um embrulho no braço livre, atirando-o na direção de .
— Você vai precisar, não quero parecer inconveniente ou insensível, mas é emprestada, ok? Ela vai ter um novo dono daqui alguns anos. — ele olhou para Harry que já não chorava mais.
abriu o embrulho e arregalou os olhos com o que tinha nas mãos. É claro que conhecia a lenda, mas jamais imaginou que fosse verdade, entretanto a prova estava ali bem nas suas mãos. A capa da invisibilidade pertencida originalmente a Ignoto Peverell estava diante dos seus olhos.
— Não pode ser... Tiago, não tem graça. — Acha que eu iria querer de volta se fosse uma brincadeira? Você vai precisar se não quiser encontrar com ou qualquer comensal, aparentemente você ganhou fama entre eles. — Obrigado. — Tenha cuidado, . — Vou tentar... Adeus.
jogou a capa pelos ombros, ficando com o corpo invisível instantaneamente, apenas a cabeça estava visível, mas então ele a cobriu e Tiago apenas conseguiu ver a sua porta de entrada se abrindo. Torcia para ter a capa de volta, seria um presente para Harry quando ele tivesse idade o suficiente para entender a importância, mas torcia mais ainda para que saísse vivo daquela busca suicida. não era a boa moça que ele pintou, não tinha a humanidade que insistia em dizer que viu, ao menos não tinha mais. Ela se tornara uma comensal da morte como o pai e apenas isto, mas estava cego o suficiente para não entender a gravidade do que acontecia com ela.
A mesa longa e silenciosa dos Malfoy estava cheia, talvez a única ausência ali fosse Narcisa que estava em algum outro cômodo da mansão com o bebê Draco, certamente Voldemort não gostaria de ser interrompido por um bebê que começasse a chorar no meio de um discurso importante. , ao lado de seu pai se mantinha imóvel, uma respiração fora do ritmo e poderia se considerar uma mulher morta. A marca negra ardia em seu braço, mas ela não demonstrava feição de dor, era um sinal, ele estava chegando.
Então Lord Voldemort se materializou no cômodo, sempre acompanhado por Nagini que rastejava patrulhando o local. sentiu um terrível frio na espinha, odiava cobras, mesmo que uma estivesse tatuada em seu braço para sempre. A presença daquele ser era tão imponente que ela se sentia incapaz de se mexer, até mesmo de respirar, sentia que sua vida acabaria naquele mesmo instante porque ele simplesmente queria. Voldemort parecia calmo, mas ela sabia que ele não estava ali para conversar sobre o clima. Não, ele tinha notícias e provavelmente não eram boas.
— Olá, meus caros amigos — a voz mórbida e sombria dele lhe causava a sensação de estar diante de um dementador. — É uma honra tê-los aqui comigo neste dia. — Milorde — Bella grunhiu, fazendo uma referência exagerada e desajeitada, mas Voldemort a ignorou. — Poupe suas formalidades, Bella, não temos tempo para isso — ele sinalizou com a mão e Lestrange se recompôs como um cachorrinho obediente. — Creio que neste ponto, todos devem saber que perdemos mais alguns dos nossos para os discípulos de Dumbledore ontem à noite em Hogsmeade, grandes perdas eu diria... Mas é claro que não ficará impune, estou aqui para designar alguns de vocês para que façam ao Lorde das Trevas alguns... Favores, se podemos assim dizer.
Ele caminhava ao redor da mesa enquanto falava diretamente com alguns de seus seguidores como Rosier ou Malfoy, e ouvia com atenção, embora não ousasse virar o rosto e se direcionar a eles, se mantendo imóvel em todo o tempo.
— — a voz fria e mórbida atrás de si a fez estremecer. — Milorde — foi tudo o que conseguiu dizer, podia dizer que estava petrificada. — Levante-se — ela assim fez, bem devagar, mas não ousou olhar para trás. — Vire-se para mim.
Lentamente, se virou, encarando aqueles olhos vermelhos horríveis e assustadores, tentando se manter inatingível como aprendeu nos últimos anos, mas ele era diferente de tudo o que já viu, a própria personificação da magia das trevas estava perante ela, nem mesmo cem dementadores lhe causariam todo aquele pavor.
— Tão jovem, tão talentosa, tão bela... — a varinha dele deslizava pelo ombro esquerdo dela e ouviu Bella grunhir em reprovação. — Tenho que admitir que fiquei surpreso, mas você demonstrou ser a mais competente de sua casa, uma serva fiel que jamais me desapontou, diferente de seu tolo e desprezível pai. — Obrigada, Milorde — a voz dela soou como um sussurro. — É um prazer servir ao maior bruxo que este mundo já viu. — Não seja tão modesta, ... Não estou interessado em seus apontamentos favoráveis sobre mim... Não, para você tenho algo muito especial... A senhorita terá o privilégio de provar sua fidelidade ao Lorde das Trevas — Voldemort mostrou o sorriso mais tenebroso que já viu e ela sentiu o seu coração acelerar ainda mais em seu peito, como se fosse sair a qualquer instante. — Aparentemente, não são apenas os seguidores de Dumbledore que estão atrás de nós, podem acreditar nisto? — ele voltou a caminhar e se sentou sobre risadas forçadas das pessoas, talvez Bellatrix fosse a única que estivesse se divertindo de verdade. — Mas graças ao senhor um bruxinho em especial me despertou um interesse especial... Antoine, faça as honras. — Sim, Milorde — se levantou. — Ontem à noite, em Godric's Hollow, duelei com alguém que tenho certeza de seu envolvimento com os seguidores de Dumbledore, nas mãos dele perdemos ao menos dois dos nossos, pode-se dizer que ele se considera um justiceiro, deplorável! Fui estuporado antes de derrotá-lo e trazer de encontro ao Lorde das Trevas, mas sei seu rosto e seu nome... — ele fez uma pausa um tanto dramática, olhando de relance para a mulher ao seu lado. — . — Que nome patético — Bellatrix rolou os olhos entediada.
sentiu como se tivesse tomado um soco no estômago. Não, não podia ser o mesmo , não era o seu , o menino tímido e carinhoso que ela conheceu em Hogwarts. era um dos seguidores de Dumbledore? Era de se esperar, ela não entendia o motivo de sua própria surpresa.
sentia o estômago e todos os músculos do rosto doendo de tanto chorar, mas era incapaz de parar. Queria gritar e quebrar tudo o que via em sua frente, mas ninguém poderia saber. Ela nunca quis aquilo, nunca quis nada daquilo para ela, e agora tinha uma missão suicida em suas mãos. Fora designada pelo próprio Lord Voldemort a matar , o seu , aquele que ela abandonou no último ano para que ele não sofresse as consequências pelas mãos frias e calculistas de seu pai que o ameaçou. Ela não partiu porque quis, ela partiu porque precisava pela segurança de , mesmo que isso custasse nunca mais ver aquele que ela tinha certeza que fora o único que a amou algum dia, podia se dizer o mesmo sobre ela.
Ela sabia que era incapaz, sabia que iria falhar, não iria matar por ainda o amar, mas sabia que era um teste. Caso falhasse, pagaria com a sua própria vida, mas ainda parecia ser muito melhor do que apontar a varinha para aquele garoto que nunca lhe fez mal nenhum e a tratou diferente de todos. sabia o que era certo a fazer, e se fosse para morrer alguém, então que fosse ela.
— Aí está você — ela se assustou com a porta do seu quarto se abrindo abruptamente. — Garota ingênua.
atravessou o cômodo e foi em direção a filha, se curvando abaixo da janela onde ela estava, a puxando para cima enquanto seus dedos marcavam o rosto dela que sentia dor pela tamanha força que ele tinha.
— O que pensa que está fazendo? — Papai — tossiu, mas ele não relaxou. — Por favor... — , eu quero o corpo deste menino caído no chão, pálido e morto, está me entendendo? O Lorde das Trevas não hesitará em nos matar caso você falhe. Eu sempre soube que isto iria acontecer um dia, agora é sua chance de me tornar um pai orgulhoso. Seque estas lágrimas ridículas e se recomponha, ele está em Hogsmeade te procurando, olhe que coincidência formidável! Vá logo, o Lorde das Trevas não gosta de esperar.
Ele a atirou no chão e saiu do quarto. tremia, fosse por medo ou raiva daquele homem que jurava ser o seu genitor, mas ela não entendia como alguém, em sã consciência, poderia se apaixonar por alguém tão impiedoso e orgulhoso. Preferia matá-lo no lugar de .
Capítulo 2
Três Vassouras, Hogsmeade.
preparou a cama para se deitar após um dia longo, já estava muito tarde. Estava cansado e frustrado por não ter sinal de vida de . Sua busca parecia em vão, era como se ela não existisse mais ou ao menos não estivesse por perto, mas claro que ele não desistiria sem procurar até o último canto possível, ela tinha que estar em algum lugar. Ele se deitou, mas a mente não parava de trabalhar, estava sempre em alerta. Após mandar uma coruja devolver a capa de Tiago, ele já não podia mais andar livremente, mas estava cansado demais para procurar durante a noite, precisava dormir um pouco.
Aos poucos, sentiu os olhos ficarem pesados até que finalmente adormeceu, mas batidas na porta no meio da noite o fizeram despertar em alerta, saltando da cama. Pegou sua varinha e foi em direção à porta. Abriu rapidamente, sem baixar a guarda, mas não viu ninguém por um instante, até uma capa da invisibilidade revelar que entrou sem ser convidada. entrou em um choque momentâneo, mas não baixou a varinha enquanto trancava a porta. Ainda incrédulo, não podia crer no que seus olhos viam.
estava mais velha, seus cabelos que antes eram pretos, compridos e brilhosos, agora era curto e sem vida, tal como seu rosto que estava pálido e abatido. Já fazia tantos anos, mas apesar de tudo ainda era a mesma que ele conheceu e se apaixonou, ela estava bem ali como ele imaginou nos últimos anos, mas para sua surpresa, não se sentia feliz.
— O que está fazendo aqui? — perguntou duramente, fazendo menção de lhe lançar um feitiço, ergueu as mãos em redenção. — — ela o encarou aflita. — Por favor, me escuta... — O que você quer? Como me encontrou? — Ele sabe quem você é, ele sabe que você está aqui, ele sabe que você duelou com o meu pai em Godric's Hollow alguns dias atrás. — É uma impostora, não é? Você não é a verdadeira . Quem é você? Onde ela está? — , abaixa a varinha, sou eu... . — Prove. — Você não gosta de cerveja amanteigada, sua matéria preferida era Herbologia. — Por Merlim! Eu era da Lufa-Lufa, é óbvio que minha matéria preferida era Herbologia, todo mundo sabe disso! — O chapéu-seletor não sabia em qual casa te colocar, você quase foi para a Corvinal, mas ele levou em conta a sua opinião — ela percebeu que ele pareceu recuar um pouco, mas ainda não estava muito convencido. — Seu pai era da Grifinória e sua mãe uma nascida-trouxa.
Ninguém, absolutamente ninguém sabia da origem da mãe de , exceto ele próprio que contara para quando já eram amigos há tempo o suficiente para tal. Tinha que ser ela.
— Você me deu meu primeiro sapo de chocolate no Expresso de Hogwarts quando nos conhecemos, eu não podia comer doces. Nossa primeira vez foi no lago.
Era verdade, então aquela era . Mais velha, diferente, mas ainda sim, a sua .
— ... — ele baixou a varinha e também a guarda. — , o que aconteceu com você? — , você precisa fugir, por favor! — implorou com a voz falha, não contendo a vontade de chorar. — Vai embora pra bem longe, eu te imploro! Não foi difícil te achar, as pessoas te conhecem por aqui, se eu te achei, qualquer um pode. Vai embora, peça ajuda à Ordem! — Não sem antes você se explicar. Por que você sumiu na metade do sétimo ano? — Meu pai descobriu sobre nós no verão, ameaçou te matar caso continuássemos juntos, eu tinha que te proteger... E então, Você-Sabe-Quem me escolheu, me deu isto — ela ergueu a manga da blusa, mostrando a marca-negra. — , eu não podia deixar o meu pai fazer nada contra você, eu sei o monstro que ele é.
encarava aquela marca com terror estampado no rosto. Não podia imaginar tudo o que passou durante todos aqueles anos, unicamente porque ele precisava ficar a salvo, quando na verdade ele se expôs a tantos perigos quanto qualquer outro discípulo de Dumbledore.
— Sua partida acabou comigo. Reprovei em quase todos os meus N.I.E.M.'s — ele se sentou na cama repentinamente, passando as mãos pelo rosto e cabelos nervosamente. — McGonagall e Dumbledore ainda tentaram me ajudar, mas eu não queria ser ajudado, eu só queria você.
Ela se lembrava de como os exames finais eram importantes para ele. Sentiu um peso enorme ser jogado em suas costas, sentindo-se culpada por ter acabado com qualquer chance de se tornar alguém importante no mundo bruxo, ele não merecia nada daquilo.
— , eu sinto muito... Eu não queria magoar você. — Tanto faz, agora você está aqui, não está? — ele soou mais grosso do que pretendia. — E ainda por cima é uma deles. — Não foi porque eu quis! Por que você não entende isso? , acredite quando eu digo que não estou encarando como um programa extracurricular. Você não sabe as coisas que eu vi, as coisas que eu sei... Ele é cruel e impiedoso e nos mataria antes que pudéssemos empunhar nossas varinhas. — Então por que você veio até aqui? Estava com saudades? — Não, eu vim para te matar.
Imediatamente, se levantou em um pulo, apontou a varinha novamente na direção dela, mas dessa vez se defendeu, apontando sua varinha também, não iria ser ferida antes de dizer toda a verdade.
— Eu sabia que era uma impostora. Vou perguntar mais uma vez: quem é você? — , eu não vou matar você. O Lorde das Trevas me designou para te matar porque sabe quem você é, sabe sobre o nosso envolvimento graças ao meu pai. Ele está me testando. Se eu falhar, me matará e ao meu pai também, mas não me importo muito com isso. — Então me mate. — Eu não vou te matar! Não posso matar o homem que amo. — O quê? — ele mordeu os lábios em ao questionar, apertando a varinha com força. — Eu não esqueci de você, eu penso em você todos os dias nos últimos quatro anos, . Você foi o único que me tratou bem, me ensinou bons valores, foi gentil... Eu não esqueci de nada.
se aproximou, a ponta da sua varinha tocou a dela, mas ele se aproximou mais até que a mesma tocasse o queixo de , enquanto a ponta da varinha dela tocou o peito dele. Ela ergueu um pouco a cabeça, estava temerosa. Ao mesmo tempo que parecia acreditar nela, se mostrava vigilante e duro.
— Eu esperei muitos anos por isso, , mas não estou feliz como achei que estaria. Eu sinto raiva, sabia? Raiva dele, raiva do seu pai... Raiva de você. Você poderia ter me contado, nós poderíamos ter encontrado uma saída. — Dois adolescentes do sétimo ano contra o bruxo mais poderoso de todos os seus tempos e um de seus seguidores mais fortes? Daria certo, você não acha? , você nem tem ideia do quão difícil foi para mim abrir mão de você, e é mais difícil ainda estar aqui agora, sabendo que vou morrer por te deixar escapar. — Você não vai morrer, você vai comigo. — Eu não posso, ele saberia. Estou marcada para sempre, ele me encontraria fácil. — Então vamos lutar, Dumbledore saberá o que fazer. — Não, você vai embora para bem longe e vai ficar seguro. Eu não me importo de pagar com a minha vida, apenas quero que ela acabe logo. — Eu não posso deixar você morrer — sentiu seus olhos se encherem de lágrimas, não queria perder outra vez. — , por favor...
As varinhas bateram no chão juntas quando ambos soltaram ao mesmo tempo. Seus corpos se uniram em um abraço apertado e depois em um beijo desesperado. esperou muito por aquele momento, sonhou diversas vezes com aquele dia, enquanto para era como voltar no tempo, talvez ele ainda fosse o mesmo que ela conheceu e se apaixonou. Ela jurou para si mesma naquele instante que não iria deixar ele morrer, não importasse o quê.
Após o beijo, continuaram próximos, como não faziam há anos. sentia falta dele e daquele contato próximo que só ele tinha, sentia falta de tudo relacionado a . É verdade que enfrentaria o mundo para que ele ficasse a salvo, mas não podia arriscar a vida dele.
— Por favor, vai — ela disse ao se afastar, tentando enxugar as lágrimas que escorriam pelo seu rosto. — , eu não vou deixar ele te matar. — Eu mereço, você não. Você merece uma vida longa e feliz, . Estou te implorando, vá o mais rápido possível. — Eu não vou deixar você aqui! — Você não entende que eu...
sentiu a marca ardendo em seu braço como uma queimadura, só que ainda mais intensa do que o normal. Ele estava próximo, ela sabia.
— Ah!!! — ela levou a mão direita ao braço esquerdo, caindo de joelhos no chão. — ! — tentou segura-la, mas ela parecia não corresponder. — Estão perto — ela disse ofegante, olhando para ele. — Vai logo!
correu até a janela, viu pelo menos meia dúzia de comensais da morte caminhando em direção ao Três Vassouras. Não podia identificar um por um, estavam todos mascarados, mas imaginou que Voldemort não enviaria quem ele não julgasse capaz de executar aquela missão.
— Estão aqui. Que diabos estão fazendo andando por aqui como se fossem bruxos normais?
pegou sua varinha no chão e correu para fora. , sabendo que ele não tinha chances contra comensais da morte muito mais poderosos do que ele e mesmo sentindo dor, também pegou a sua varinha e correu, chegando na frente da estalagem e vendo empunhando sua varinha contra seis comensais mascarados.
— ! O que está fazendo??? — Parece que alguém chegou primeiro — alguém que ela reconheceu como o seu próprio pai disse por detrás da máscara. — Olá, querida. — Eu sabia que você viria atrás de mim — cuspiu as palavras, sentindo ainda mais nojo e desprezo por ele. — Eu sabia que você falharia, tive que agir, então trouxe alguns de meus amigos. Como somos educados assim como nosso mestre, deixe-me lhe apresentá-los, . Lestrange, Yaxley, Rosier, Malfoy, Dolohov... Que bobeira a minha, estará morto em dez minutos. Eu, como o pai preocupado que sou, vou lhe dar mais uma chance, . Mate-o agora.
se virou para , apontando a varinha. Ele sentiu o sangue ferver por se sentir traído novamente, mas viu os lábios de se moverem devagar e inaudível, pedindo calma, então ele entendeu. Ela começou a contar, então no três os dois conjuraram um feitiço juntos.
— Bombarda Maximum!
Uma grande explosão saiu das duas varinhas, pegando os comensais de surpresa, atingindo Dolohov, Yaxley e Malfoy em cheio, que caíram inconscientes no chão coberto por uma camada bem fininha de neve do começo do outono. Os outros três atacaram e os cinco começaram a duelar entre si, mesmo os mais novos estando em desvantagem, conhecia os movimentos deles e usou todas as suas habilidades de duelo, nenhum dos dois iriam se entregar. Após ela atingir Rosier com um feitiço estuporante, sua batalha era direta com seu próprio pai, mas Antoine não contava com o fato de que sua filha aprendeu tudo o que foi ensinado, tornando a batalha ainda mais árdua para ele.
— Petrificus Totalus! — ele acertou o feitiço em cheio em que caiu petrificada no chão. - Finite Incantatem! — , em um movimento rápido, apontou a varinha para , dando a ela uma chance de se defender, mas foi surpreendido por Bellatrix. — Incarcerous!
Cordas surgiram se enrolando ao redor de . Ele deixou a varinha cair enquanto lutava para escapar delas, mas não conhecia nenhum feitiço não verbal que pudesse salvá-lo daquelas cordas. Bellatrix gargalhou, e quando conseguiu alcançar sua varinha, Antoine a agarrou pelos braços enquanto ela gritava e se contorcia. Bella usou do mesmo feitiço com ela e agora também estava presa enquanto acordava seus colegas desmaiados.
— Own, , pequena , tomou a pior das decisões, tolinha — Lestrange sorriu triunfante, rodando a varinha entre seus dedos pálidos e calejados. — O que faremos com você agora? O Lorde das Trevas não perdoa traição, sabia disto? Crucio!
fechou os olhos, mas não sentiu nada, tudo o que ouviu foi o grito de . Ela abriu os olhos e ele se contorcia no meio das cordas. Bellatrix Lestrange tinha o Crucio mais poderoso do mundo bruxo, poderia matá-lo se quisesse naquele segundo.
— Bella, para!
Não foi ouvida, ainda se contorcia como um inseto enquanto os comensais acordados gargalhavam como se fosse a cena mais revigorante que já viram na vida.
— Já está bom, Lestrange, vamos levá-lo até o Lorde das Trevas. Deixe que ele cuide pessoalmente — Antoine lançou um feitiço para desfazer as cordas, continuou caído no chão, enquanto era agarrada por Yaxley e Rosier. — Não, pensando bem... Deixa que eu resolvo isto agora mesmo, certamente serei recompensado.
, que deu sorte de cair em cima da varinha, apenas aguardava o momento certo para revidar, mesmo que seu corpo inteiro doesse. Se levantou em um salto, empunhando a sua varinha na direção de Lestrange e .
— Não lhe passou pela cabeça que há aurores por toda a parte? Posso até morrer, mas vocês irão para Azkaban. Foi muita burrice virem aqui atrás de mim, . — Não se preocupe, já estamos de saída — Antoine sorriu. — Palavras finais, senhor ? Somos seis contra um, não se esqueça. — Morrerei lutando, se for necessário — ele olhou para , sabendo que suas chances eram mínimas contra todos eles. — Eu estou feliz por te ver, eu sempre vou amar você. — , não... — sentiu um nó se formando na garganta quando viu pelo menos quatro varinhas apontadas na direção dele. Ele não teria chance nenhuma.
Raios verdes saíram das pontas das varinhas, mas foi a voz de que se sobressaiu, conjurando a maldição imperdoável da morte. não teve como se defender sozinho, caiu petrificado no chão e morto. berrou, tentando escapar, mas seu grito foi abafado pelas gargalhadas dos comensais. Ela se debateu, encontrando forças de onde não tinha para se soltar, mas antes que conseguisse pegar sua varinha no chão, eles aparataram juntos e ela se viu sozinha com um cadáver ao seu lado.
— ! — ela foi até o corpo, chorando contra o peito imóvel dele. — ! Não, não!
Ser torturada e castigada por Voldemort não doeria tanto quanto a dor que sentiu naquele instante. estava morto, seus olhos estavam arregalados e cheios de terror, diferente do olhar amoroso que ele carregava consigo especialmente quando olhava para ela. Ele se foi e ela não podia fazer nada para reverter, havia perdido a única pessoa que realmente amou na vida. Flashes invadiram sua mente, se lembrando do menininho tímido, porém simpático, que sentou ao seu lado no trem dez anos antes. Ele merecia todas as coisas boas que a vida poderia lhe oferecer, mas ali estava seu corpo sem vida sendo envolvido pela neve.
— Eu sinto muito — ela soluçou algumas vezes antes de passar as mãos sobre o rosto, fechando os olhos dele para que finalmente pudesse descansar em paz.
Sim, ele descansaria em paz, ela faria isso por ele, mesmo que tivesse de enfrentar Voldemort e todo o seu exército, mesmo que tivesse que ir até o fim do inferno para buscar a justiça, ela o faria. Era , uma bruxa poderosa, não iria baixar a cabeça e não desistiria enquanto não fosse vingado, para que então ele pudesse ter o seu descanso.
faria isso por ele.
preparou a cama para se deitar após um dia longo, já estava muito tarde. Estava cansado e frustrado por não ter sinal de vida de . Sua busca parecia em vão, era como se ela não existisse mais ou ao menos não estivesse por perto, mas claro que ele não desistiria sem procurar até o último canto possível, ela tinha que estar em algum lugar. Ele se deitou, mas a mente não parava de trabalhar, estava sempre em alerta. Após mandar uma coruja devolver a capa de Tiago, ele já não podia mais andar livremente, mas estava cansado demais para procurar durante a noite, precisava dormir um pouco.
Aos poucos, sentiu os olhos ficarem pesados até que finalmente adormeceu, mas batidas na porta no meio da noite o fizeram despertar em alerta, saltando da cama. Pegou sua varinha e foi em direção à porta. Abriu rapidamente, sem baixar a guarda, mas não viu ninguém por um instante, até uma capa da invisibilidade revelar que entrou sem ser convidada. entrou em um choque momentâneo, mas não baixou a varinha enquanto trancava a porta. Ainda incrédulo, não podia crer no que seus olhos viam.
estava mais velha, seus cabelos que antes eram pretos, compridos e brilhosos, agora era curto e sem vida, tal como seu rosto que estava pálido e abatido. Já fazia tantos anos, mas apesar de tudo ainda era a mesma que ele conheceu e se apaixonou, ela estava bem ali como ele imaginou nos últimos anos, mas para sua surpresa, não se sentia feliz.
— O que está fazendo aqui? — perguntou duramente, fazendo menção de lhe lançar um feitiço, ergueu as mãos em redenção. — — ela o encarou aflita. — Por favor, me escuta... — O que você quer? Como me encontrou? — Ele sabe quem você é, ele sabe que você está aqui, ele sabe que você duelou com o meu pai em Godric's Hollow alguns dias atrás. — É uma impostora, não é? Você não é a verdadeira . Quem é você? Onde ela está? — , abaixa a varinha, sou eu... . — Prove. — Você não gosta de cerveja amanteigada, sua matéria preferida era Herbologia. — Por Merlim! Eu era da Lufa-Lufa, é óbvio que minha matéria preferida era Herbologia, todo mundo sabe disso! — O chapéu-seletor não sabia em qual casa te colocar, você quase foi para a Corvinal, mas ele levou em conta a sua opinião — ela percebeu que ele pareceu recuar um pouco, mas ainda não estava muito convencido. — Seu pai era da Grifinória e sua mãe uma nascida-trouxa.
Ninguém, absolutamente ninguém sabia da origem da mãe de , exceto ele próprio que contara para quando já eram amigos há tempo o suficiente para tal. Tinha que ser ela.
— Você me deu meu primeiro sapo de chocolate no Expresso de Hogwarts quando nos conhecemos, eu não podia comer doces. Nossa primeira vez foi no lago.
Era verdade, então aquela era . Mais velha, diferente, mas ainda sim, a sua .
— ... — ele baixou a varinha e também a guarda. — , o que aconteceu com você? — , você precisa fugir, por favor! — implorou com a voz falha, não contendo a vontade de chorar. — Vai embora pra bem longe, eu te imploro! Não foi difícil te achar, as pessoas te conhecem por aqui, se eu te achei, qualquer um pode. Vai embora, peça ajuda à Ordem! — Não sem antes você se explicar. Por que você sumiu na metade do sétimo ano? — Meu pai descobriu sobre nós no verão, ameaçou te matar caso continuássemos juntos, eu tinha que te proteger... E então, Você-Sabe-Quem me escolheu, me deu isto — ela ergueu a manga da blusa, mostrando a marca-negra. — , eu não podia deixar o meu pai fazer nada contra você, eu sei o monstro que ele é.
encarava aquela marca com terror estampado no rosto. Não podia imaginar tudo o que passou durante todos aqueles anos, unicamente porque ele precisava ficar a salvo, quando na verdade ele se expôs a tantos perigos quanto qualquer outro discípulo de Dumbledore.
— Sua partida acabou comigo. Reprovei em quase todos os meus N.I.E.M.'s — ele se sentou na cama repentinamente, passando as mãos pelo rosto e cabelos nervosamente. — McGonagall e Dumbledore ainda tentaram me ajudar, mas eu não queria ser ajudado, eu só queria você.
Ela se lembrava de como os exames finais eram importantes para ele. Sentiu um peso enorme ser jogado em suas costas, sentindo-se culpada por ter acabado com qualquer chance de se tornar alguém importante no mundo bruxo, ele não merecia nada daquilo.
— , eu sinto muito... Eu não queria magoar você. — Tanto faz, agora você está aqui, não está? — ele soou mais grosso do que pretendia. — E ainda por cima é uma deles. — Não foi porque eu quis! Por que você não entende isso? , acredite quando eu digo que não estou encarando como um programa extracurricular. Você não sabe as coisas que eu vi, as coisas que eu sei... Ele é cruel e impiedoso e nos mataria antes que pudéssemos empunhar nossas varinhas. — Então por que você veio até aqui? Estava com saudades? — Não, eu vim para te matar.
Imediatamente, se levantou em um pulo, apontou a varinha novamente na direção dela, mas dessa vez se defendeu, apontando sua varinha também, não iria ser ferida antes de dizer toda a verdade.
— Eu sabia que era uma impostora. Vou perguntar mais uma vez: quem é você? — , eu não vou matar você. O Lorde das Trevas me designou para te matar porque sabe quem você é, sabe sobre o nosso envolvimento graças ao meu pai. Ele está me testando. Se eu falhar, me matará e ao meu pai também, mas não me importo muito com isso. — Então me mate. — Eu não vou te matar! Não posso matar o homem que amo. — O quê? — ele mordeu os lábios em ao questionar, apertando a varinha com força. — Eu não esqueci de você, eu penso em você todos os dias nos últimos quatro anos, . Você foi o único que me tratou bem, me ensinou bons valores, foi gentil... Eu não esqueci de nada.
se aproximou, a ponta da sua varinha tocou a dela, mas ele se aproximou mais até que a mesma tocasse o queixo de , enquanto a ponta da varinha dela tocou o peito dele. Ela ergueu um pouco a cabeça, estava temerosa. Ao mesmo tempo que parecia acreditar nela, se mostrava vigilante e duro.
— Eu esperei muitos anos por isso, , mas não estou feliz como achei que estaria. Eu sinto raiva, sabia? Raiva dele, raiva do seu pai... Raiva de você. Você poderia ter me contado, nós poderíamos ter encontrado uma saída. — Dois adolescentes do sétimo ano contra o bruxo mais poderoso de todos os seus tempos e um de seus seguidores mais fortes? Daria certo, você não acha? , você nem tem ideia do quão difícil foi para mim abrir mão de você, e é mais difícil ainda estar aqui agora, sabendo que vou morrer por te deixar escapar. — Você não vai morrer, você vai comigo. — Eu não posso, ele saberia. Estou marcada para sempre, ele me encontraria fácil. — Então vamos lutar, Dumbledore saberá o que fazer. — Não, você vai embora para bem longe e vai ficar seguro. Eu não me importo de pagar com a minha vida, apenas quero que ela acabe logo. — Eu não posso deixar você morrer — sentiu seus olhos se encherem de lágrimas, não queria perder outra vez. — , por favor...
As varinhas bateram no chão juntas quando ambos soltaram ao mesmo tempo. Seus corpos se uniram em um abraço apertado e depois em um beijo desesperado. esperou muito por aquele momento, sonhou diversas vezes com aquele dia, enquanto para era como voltar no tempo, talvez ele ainda fosse o mesmo que ela conheceu e se apaixonou. Ela jurou para si mesma naquele instante que não iria deixar ele morrer, não importasse o quê.
Após o beijo, continuaram próximos, como não faziam há anos. sentia falta dele e daquele contato próximo que só ele tinha, sentia falta de tudo relacionado a . É verdade que enfrentaria o mundo para que ele ficasse a salvo, mas não podia arriscar a vida dele.
— Por favor, vai — ela disse ao se afastar, tentando enxugar as lágrimas que escorriam pelo seu rosto. — , eu não vou deixar ele te matar. — Eu mereço, você não. Você merece uma vida longa e feliz, . Estou te implorando, vá o mais rápido possível. — Eu não vou deixar você aqui! — Você não entende que eu...
sentiu a marca ardendo em seu braço como uma queimadura, só que ainda mais intensa do que o normal. Ele estava próximo, ela sabia.
— Ah!!! — ela levou a mão direita ao braço esquerdo, caindo de joelhos no chão. — ! — tentou segura-la, mas ela parecia não corresponder. — Estão perto — ela disse ofegante, olhando para ele. — Vai logo!
correu até a janela, viu pelo menos meia dúzia de comensais da morte caminhando em direção ao Três Vassouras. Não podia identificar um por um, estavam todos mascarados, mas imaginou que Voldemort não enviaria quem ele não julgasse capaz de executar aquela missão.
— Estão aqui. Que diabos estão fazendo andando por aqui como se fossem bruxos normais?
pegou sua varinha no chão e correu para fora. , sabendo que ele não tinha chances contra comensais da morte muito mais poderosos do que ele e mesmo sentindo dor, também pegou a sua varinha e correu, chegando na frente da estalagem e vendo empunhando sua varinha contra seis comensais mascarados.
— ! O que está fazendo??? — Parece que alguém chegou primeiro — alguém que ela reconheceu como o seu próprio pai disse por detrás da máscara. — Olá, querida. — Eu sabia que você viria atrás de mim — cuspiu as palavras, sentindo ainda mais nojo e desprezo por ele. — Eu sabia que você falharia, tive que agir, então trouxe alguns de meus amigos. Como somos educados assim como nosso mestre, deixe-me lhe apresentá-los, . Lestrange, Yaxley, Rosier, Malfoy, Dolohov... Que bobeira a minha, estará morto em dez minutos. Eu, como o pai preocupado que sou, vou lhe dar mais uma chance, . Mate-o agora.
se virou para , apontando a varinha. Ele sentiu o sangue ferver por se sentir traído novamente, mas viu os lábios de se moverem devagar e inaudível, pedindo calma, então ele entendeu. Ela começou a contar, então no três os dois conjuraram um feitiço juntos.
— Bombarda Maximum!
Uma grande explosão saiu das duas varinhas, pegando os comensais de surpresa, atingindo Dolohov, Yaxley e Malfoy em cheio, que caíram inconscientes no chão coberto por uma camada bem fininha de neve do começo do outono. Os outros três atacaram e os cinco começaram a duelar entre si, mesmo os mais novos estando em desvantagem, conhecia os movimentos deles e usou todas as suas habilidades de duelo, nenhum dos dois iriam se entregar. Após ela atingir Rosier com um feitiço estuporante, sua batalha era direta com seu próprio pai, mas Antoine não contava com o fato de que sua filha aprendeu tudo o que foi ensinado, tornando a batalha ainda mais árdua para ele.
— Petrificus Totalus! — ele acertou o feitiço em cheio em que caiu petrificada no chão. - Finite Incantatem! — , em um movimento rápido, apontou a varinha para , dando a ela uma chance de se defender, mas foi surpreendido por Bellatrix. — Incarcerous!
Cordas surgiram se enrolando ao redor de . Ele deixou a varinha cair enquanto lutava para escapar delas, mas não conhecia nenhum feitiço não verbal que pudesse salvá-lo daquelas cordas. Bellatrix gargalhou, e quando conseguiu alcançar sua varinha, Antoine a agarrou pelos braços enquanto ela gritava e se contorcia. Bella usou do mesmo feitiço com ela e agora também estava presa enquanto acordava seus colegas desmaiados.
— Own, , pequena , tomou a pior das decisões, tolinha — Lestrange sorriu triunfante, rodando a varinha entre seus dedos pálidos e calejados. — O que faremos com você agora? O Lorde das Trevas não perdoa traição, sabia disto? Crucio!
fechou os olhos, mas não sentiu nada, tudo o que ouviu foi o grito de . Ela abriu os olhos e ele se contorcia no meio das cordas. Bellatrix Lestrange tinha o Crucio mais poderoso do mundo bruxo, poderia matá-lo se quisesse naquele segundo.
— Bella, para!
Não foi ouvida, ainda se contorcia como um inseto enquanto os comensais acordados gargalhavam como se fosse a cena mais revigorante que já viram na vida.
— Já está bom, Lestrange, vamos levá-lo até o Lorde das Trevas. Deixe que ele cuide pessoalmente — Antoine lançou um feitiço para desfazer as cordas, continuou caído no chão, enquanto era agarrada por Yaxley e Rosier. — Não, pensando bem... Deixa que eu resolvo isto agora mesmo, certamente serei recompensado.
, que deu sorte de cair em cima da varinha, apenas aguardava o momento certo para revidar, mesmo que seu corpo inteiro doesse. Se levantou em um salto, empunhando a sua varinha na direção de Lestrange e .
— Não lhe passou pela cabeça que há aurores por toda a parte? Posso até morrer, mas vocês irão para Azkaban. Foi muita burrice virem aqui atrás de mim, . — Não se preocupe, já estamos de saída — Antoine sorriu. — Palavras finais, senhor ? Somos seis contra um, não se esqueça. — Morrerei lutando, se for necessário — ele olhou para , sabendo que suas chances eram mínimas contra todos eles. — Eu estou feliz por te ver, eu sempre vou amar você. — , não... — sentiu um nó se formando na garganta quando viu pelo menos quatro varinhas apontadas na direção dele. Ele não teria chance nenhuma.
Raios verdes saíram das pontas das varinhas, mas foi a voz de que se sobressaiu, conjurando a maldição imperdoável da morte. não teve como se defender sozinho, caiu petrificado no chão e morto. berrou, tentando escapar, mas seu grito foi abafado pelas gargalhadas dos comensais. Ela se debateu, encontrando forças de onde não tinha para se soltar, mas antes que conseguisse pegar sua varinha no chão, eles aparataram juntos e ela se viu sozinha com um cadáver ao seu lado.
— ! — ela foi até o corpo, chorando contra o peito imóvel dele. — ! Não, não!
Ser torturada e castigada por Voldemort não doeria tanto quanto a dor que sentiu naquele instante. estava morto, seus olhos estavam arregalados e cheios de terror, diferente do olhar amoroso que ele carregava consigo especialmente quando olhava para ela. Ele se foi e ela não podia fazer nada para reverter, havia perdido a única pessoa que realmente amou na vida. Flashes invadiram sua mente, se lembrando do menininho tímido, porém simpático, que sentou ao seu lado no trem dez anos antes. Ele merecia todas as coisas boas que a vida poderia lhe oferecer, mas ali estava seu corpo sem vida sendo envolvido pela neve.
— Eu sinto muito — ela soluçou algumas vezes antes de passar as mãos sobre o rosto, fechando os olhos dele para que finalmente pudesse descansar em paz.
Sim, ele descansaria em paz, ela faria isso por ele, mesmo que tivesse de enfrentar Voldemort e todo o seu exército, mesmo que tivesse que ir até o fim do inferno para buscar a justiça, ela o faria. Era , uma bruxa poderosa, não iria baixar a cabeça e não desistiria enquanto não fosse vingado, para que então ele pudesse ter o seu descanso.
faria isso por ele.
Epílogo
⭐️ 02 de abril de 1960
✝️ 27 de outubro de 1981
Antoine encarava a lápide em sua frente que estava bem ao lado da sua também falecida esposa no jardim de sua solitária mansão. Podia se considerar um homem solitário agora que sua única filha também se foi, ou melhor, ele a matou. Não porque queria, mas era o necessário, se não fosse ele, seria Voldemort a fazer, entretanto achava que ela, no mínimo, deveria ter uma lápide com o seu nome, afinal, as aparências importavam e perante a sociedade bruxa, ele era um pai de luto e era assim que deveria ser.
Matar foi fácil, mas não podia dizer o mesmo sobre o momento em que conjurou a maldição da morte em direção à própria filha. era uma bruxa talentosa e poderosa, teria um grande futuro, mas ele pensava que ela desperdiçou todo o seu poder por um motivo tão tolo. Gostaria de ter feito mais, gostaria que ela tivesse alcançado a glória junto com ele, como sempre esperou dela, mas não aconteceu. estava reduzida ao pó como todos os desertores que ousaram se colocar contra o Lorde das Trevas.
Ele se virou para ir embora, mas teve que engolir o grito com a personificação de Voldemort bem ali, tão aterrorizante como sempre.
— Milorde — ele fez uma reverência exagerada. — Imagino que deva ter sido doloroso para você, Antoine, matar sua única filha. Não posso dizer o mesmo de mim em relação ao meu pai trouxa e desprezível, foi de imenso prazer ver os olhos dele perdendo o brilho da vida — Voldemort encarou por um instante o túmulo cinza e novo. — e tiveram o que mereciam, Milorde — respondeu tentando aparentar que era inabalável. — Ela ousou cruzar o seu caminho e pagou por isso. — Não seja bajulador, Antoine, não estou interessado em seus pomposos elogios exagerados. Deve imaginar o motivo de eu estar aqui pessoalmente esta noite. — Receio que não. — pagou pela sua imprudência, mas será mesmo que foi o suficiente? — Milorde... — ele engoliu a seco enquanto era cercado por Voldemort que o rodeava. — Você tem sido um servo leal, Antoine, mas seus erros já me custaram caro mais de uma vez e eu não posso errar novamente.
Antoine sentiu seus pés deixarem o chão, apenas poucos centímetros, mas seu pescoço era puxado para cima, o enforcando. Voldemort parecia satisfeito, mas achava que tinha o direito de saber o motivo de estar morrendo.
— Designei para a missão, não você. Ela falharia e seria eu o encarregado de punir a menina como merecia, e não você. Me diga, Antoine: por que você insiste em achar que pode se comparar a mim? — Milorde... Por favor — ele tossiu, seu rosto começou a ficar vermelho e já tinha dificuldade para respirar. — Eu imploro... — Nem o tolo do Lúcio é capaz de tamanha estupidez, mas você... Ah, você é diferente dos outros. Ambicioso, corajoso... Pode ser bom, mas também é um grande problema para mim...
sentiu os pés tocarem o chão novamente e ele conseguiu respirar quando seu pescoço foi afrouxado, mas antes que pudesse agradecer pela misericórdia de seu mestre, Voldemort lhe apontou a varinha e tudo o que Antoine viu foi um raio verde na sua direção antes de tudo ficar preto e ele cair sem vida no chão entre os túmulos de sua filha e sua esposa.
Voldemort desapareceu e o corpo permaneceu estático ali como ficaria por muito tempo e esse era o preço pago por desafiarem Lord Voldemort e todo o seu poder. Se e tivessem vivido apenas por mais uma semana, certamente veriam a queda d'Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado e tudo teria sido diferente, mas eram apenas dois dos que ousaram cruzar o caminho de Voldemort indevidamente e, infelizmente, não seriam os últimos, afinal...
A guerra ainda não havia terminado.
Fim!
Nota da autora: Lumus! O_/*
Olá! Como vão? Essa é a minha primeira fanfic do universo de HP. É bem curtinha, mas é porque acredito não ter o conhecimento necessário para uma long de um universo tão completo e único como o da JK <3 Sinto muito se o final desapontou alguém, mas eu não quis escrever algo que alterasse a história original, caso contrário eu mesma ficaria confusa, mas foi de coração e espero muito que tenham gostado. Gratidão por fazer parte desse especial tão lindo <3
Não se esqueça de deixar sua opinião nos comentários para ajudar uma autora necessitada ahahaha Nox! O_/
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AD Perpetuam Memoriam
Onde Nascem os Grandes
Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.
Olá! Como vão? Essa é a minha primeira fanfic do universo de HP. É bem curtinha, mas é porque acredito não ter o conhecimento necessário para uma long de um universo tão completo e único como o da JK <3 Sinto muito se o final desapontou alguém, mas eu não quis escrever algo que alterasse a história original, caso contrário eu mesma ficaria confusa, mas foi de coração e espero muito que tenham gostado. Gratidão por fazer parte desse especial tão lindo <3
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