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Última atualização: 22/07/2016

ATENÇÃO!
Não leve em consideração os fatos descritos nessa história. Alguns acontecimentos são tirados da própria série e modificados pela minha imaginação, assim como toda a história que foi inventada pela mesma.


Prólogo


Eu estava na cozinha ajudando mamãe a preparar um bolo de chocolate, todos os finais de semana ela faz e eu adoro ajudá-la, Katerina também gostava e até aprendera a cozinhar, mas não tão bem quanto a mamãe.
Papai não estava em casa, havia saído pra buscar algumas flores para decorar o vaso que ficava em cima da mesa, ele não fazia isso e começou a fazer logo depois que Kat foi embora, ele mudou muito depois disso, acredito que o motivo da mudança foi para preencher a falta que ele sentia dela e fazendo as coisas que ele nunca fez antes, isso ajudava a pensar menos nela. Ele até começou a brincar comigo, me levar pra sair... Ele sente mais falta dela do que eu e a mamãe juntas. Apesar de que foi ele quem a expulsou de casa.
Onde será que ela deve estar agora? Espero que esteja bem.
Eu e mamãe agora estávamos sentadas a mesa, agora ela estava me ajudando a pintar meus desenhos enquanto esperamos o bolo terminar de assar e esperamos papai voltar com as flores.
Ouvimos a porta da sala sendo aberta, é o papai. Mamãe se levantou da mesa e foi para a sala, eu continuei pintando os desenhos.
Algo da sala caiu no chão, parecia algo pesado. Mamãe voltou para a cozinha rapidamente, ela estava apavorada. "Vá para seu quarto e se esconda debaixo da cama, não saia de lá por nada." Ela cochichou. Por que ela estava me pedindo isso? O que estava acontecendo? Fiquei preocupada e curiosa para saber o que estava acontecendo, mas mesmo assim, fui correndo para meu quarto sem questionar.
Fechei a porta do quarto e me escondi debaixo da cama, como mamãe havia pedido. Me encolhi para o canto da parede e fiquei ali esperando até minha mãe vir e dizer que está tudo bem.
Um barulho extremamente alto veio da sala novamente, e logo em seguida um grito. "Onde está Katerina?" Era a voz de um homem gritando furioso.
"Eu juro que não sei." Mamãe disse, desesperada. "Não me mate, por fa..." Ela não terminou a frase, no mesmo instante algo se quebrou e caiu no chão. E agora, o que aconteceu? Minha mãe está bem? Quem é esse homem? O que ele quer? Por que ele está perguntando de Katerina? Apertei minha mão contra a boca para evitar que um grito de medo escapasse, lágrimas escorreram pelo meu rosto, eu estava com muito medo.
Passos foram se aproximando do meu quarto, o homem estava se aproximando. Senti meu coração bater forte contra meu peito. Ele não pode me achar aqui, não pode.
A porta foi aberta lentamente e eu vi seu pé entrando no quarto, ele passou devagar pela porta e foi até a janela a abrindo. Depois ele foi em direção à porta e parou em frente à cama, será que ele sabe que estou aqui em baixo? Apertei mais a mão contra a boca e tentei acalmar a respiração para que ele não ouvisse, e então ele se agachou.
Ele me ouviu. Fechei os olhos com força para não ver o que iria acontecer a seguir, senti mais lágrimas escorrerem pelo meu rosto. Eu estava tremendo. Percebi que ele havia levantado o lençol da cama e estava lentamente se abaixando para me ver ali e então...
"Niklaus." Outro homem apareceu na porta do quarto. "Acabei de ter informações sobre Katerina e ela não apareceu por aqui."
Abri meus olhos e vi Niklaus se levantando. "Não brinca..." Disse ele ironicamente.
"O que estava fazendo?" O outro homem perguntou.
"Eu pensei ter ouvido algo de baixo da cama, mas acredito que não seja nada." Ele foi até a porta.
"Não foi legal o que você fez com os pais dela, Niklaus."
"Isso não é nada pelo que você fez!" Niklaus estava furioso "Não se preocupe, irmão, isso é só um recado para a Petrova saber que eu não estou pra brincadeira. E se você não a trouxer de volta pra mim, eu juro que te mato." Ele saiu às pressas e outro homem foi atrás.


#01


Bulgaria, 1490

Esse foi o ano em que Katerina deu a luz a sua filha, minha sobrinha. Isso seria normal se não fosse por alguns detalhes: Ela tinha entre 14 a 15 anos, não sabia quem era o pai do bebê, e por ser nova minha família a deserdou, pois diziam que ela traria vergonha a nós.
No momento do parto eu estava lá, junto com minha mãe fazendo companhia a Kat. Minutos depois meu pai entrou no quarto, e a encarou pegando a bebê do colo dela e indo para a porta.
"Pai, aonde o Senhor irá?" Perguntou ela.
"Vou levá-la embora, não irá mais vê-la, Katerina." Ele respondeu.
"Não, por favor, não faça isso." Implorou ela desesperadamente.
"É o melhor a se fazer, é o melhor para as duas." Ele saiu do quarto.
Meu pai levou a bebê para longe, isso não era o certo a se fazer, por mais que Kat ainda fosse nova. Minha mãe também disse que isso seria o melhor, mas seria mesmo? Nesse momento Katerina gritava e chorava em desespero e dor, sua filha foi tirada de seus braços e estava sendo levada para longe pelo nosso próprio pai. Olhei pra minha mãe e ela não demonstrava reação nenhuma. Eu ainda tinha 11 anos, não entendia muito bem essa situação, mas aquela cena me partiu o coração.
"Mãe..." Kat chamou, um chamado de súplica, um chamado para que ela tenha compaixão e interrompesse meu pai com aquela ideia absurda.
Porém minha mãe apenas saiu do quarto murmurando um "Sinto muito" e chorando sem dizer mais nada. Kat estava tão mal, chorava tanto. Eu me aproximei e a abracei com toda força que pude. Eu não iria ficar contra ela, não agiria como se eu não me importasse, não iria agir com a mesma atitude que meus pais estavam tendo, não é por que sou nova e não entendo sobre isso e não posso me opor que vou ficar calada no meu canto sem fazer absolutamente nada. Na verdade eu não posso mesmo fazer nada, mas posso confortar minha irmã e assim ficar do lado dela, pois aquilo foi exagerado da parte deles. Eu estava tendo uma noção daquilo tudo, eu sou nova sim, mas burra não. Eu amo minha irmã e é por amá-la tanto que irei confortá-la, esse deveria ser o papel da minha mãe também... Mas talvez ela ame mais a meu pai do que a filha e por isso aceite a decisão. Ela garantiu que isso seria o melhor, pois a Kat ainda é nova para ser mãe, mas e quanto a ela? Ela não poderia ajudar Kat a ser mãe mesmo nova?
No dia seguinte encontrei Kat colocando suas roupas em uma bolsa. Perguntei aonde iria e ela respondeu que iria embora, havia sido banida entre nós por decisão de nosso pai. Além de ele levar a neta embora, ele ainda expulsa a filha de casa? Inacreditável.
"Eu vou com você." Eu disse.
Ela parou o que estava fazendo e me olhou. "Não, , você não vai." Ela se agachou a minha frente segurando em minhas mãos. "Nossos pais a amam e não vão querer que a filha caçula fuja com a irmã mais velha que envergonhou a família."
"Não vamos contar nada, eu vou escondida."
Ela se levantou e continuou arrumando suas coisas me ignorando. Fui em meu guarda roupa e comecei a colocar minhas roupas em uma bolsa também.
"." Ela me chamou quase gritando. "Eu já disse que você não vai."
"E eu já decidi que vou sim. Pra qualquer lugar que você for, não importa pra onde ou como... Só quero estar com você, não quero que você vá... Quero que saiba que eu estou do seu lado." Eu a encarei.
"Não precisa fugir comigo para eu saber que está do meu lado, você ficando aqui e rezando para que eu fique bem já é ótimo." Ela deu um beijo em minha testa. "Eu te amo, viu? E obrigada por estar ao meu lado, vou estar sempre lembrando isso." Ela sorriu.

***


Inglaterra, 1492

Katerina’s POV

Naquela noite eu fui embora deixando uma dormindo tranquilamente, ela disse que logo pela manhã gostaria de me ver outra vez, eu concordei e então ela dormiu. Não pude esperar que a manhã chegasse, não queria ter que encarar meu pai depois do que ele fez comigo e minha filha. Eu não queria ir, não queria deixar minha mãe e minha irmã, não sabia ao menos para onde ir e como ir, mas mesmo assim aqui estou eu na Inglaterra e ainda continuo aqui depois de dois anos seguido. Aqui está sendo, por enquanto, um ótimo lugar para se viver, consegui me adaptar rapidamente me tornando inglesa oficialmente. Também conheci muitas pessoas e uma delas é Trevor, que virou meu melhor amigo, eu o adoro, ele é uma ótima companhia e por isso está sempre me acompanhando. Trevor é servente, trabalha em uma mansão, ou, melhor dizendo, em um castelo, o castelo de Niklaus Mikaelson, que até então é desconhecido por mim. E certa vez, ele me levou para conhecer o seu senhor.
Entramos no castelo, e Trevor me levou para a sala de recepção que era enorme e com vários retratos na parede, talvez seja de família. Trevor pediu para que eu esperasse ali e saiu para chamar Niklaus. Enquanto eu esperava andei até a parede observando os retratos, em um retrato havia uma bela moça loira e mais dois homens, acredito que seja Niklaus e seus irmãos. Minutos depois, Trevor aparece com um homem ao lado, um mesmo da foto e imaginei que fosse o seu Senhor é lógico.
"Olá Katerina ." Ele me cumprimentou educadamente e pegando minha mão para beijá-la em respeito. "Uma moça bela de quem Trevor muito dizia."
"Obrigada." Agradeci me sentindo envergonhada. "E você é Niklaus , certo?"
"Ah não, eu sou Elijah, irmão de Niklaus. Muito prazer." Ele sorriu.
Elijah me convidou para ir até a sala, me ofereceu uma bebida e pediu para que me sentisse a vontade. Ele é bem educado e muito simpático, conversou comigo e Trevor por um bom tempo, depois de muitos minutos conheci Niklaus, que apareceu na sala reclamando.
"Trevor, eu permiti que você ficasse na sala jogando conversa fora?"
"Não, senhor." Trevor se intimidou.
"Eu permiti, Niklaus." Elijah se interpôs. "Trevor trouxe Katerina para que você conhecesse.
"Ah, a Petrova...?!" Ele disse com indiferença. "Mas mesmo assim não é motivo para ele estar aqui, e quem tem que permitir algo a ele sou eu, ele serve a mim. Já ao serviço." Ele fez sinal com a cabeça para que Trevor se dirigisse para fora da sala. Trevor se levantou e saiu da sala murmurando "Te vejo depois" para mim.
"Esse é meu irmão mais novo, ele é um pouco desagradável, mas garanto que logo se acostumará." Elijah disse a mim.
"Nossa, irmão, você fala tão bem assim de mim sempre?" Niklaus perguntou ironicamente se sentando ao sofá ao meu lado. "Deixa que eu me apresento formalmente: Olá Katerina , eu sou Niklaus, prazer. - Ele mostrou um sorriso travesso.
Niklaus era ousado e um pouco assustador, e isso me chamou a atenção. Ele era atraente e tinha um belo sorriso atrevido. A única coisa que me incomodou nele foi a forma como ele tratou Trevor, e quanto a mim ele estava me tratando muito bem por sinal. Elijah era simpático o tempo todo e não me assustava, ao contrário de seu irmão.
E foi assim que conheci os irmãos Mikaelson.

***


Meses se passaram e eu acabei conhecendo os irmãos Mikaelson a mais do que deveria. Eu descobri que eles eram vampiros através de Klaus, mas vampiros não existem, existem? Mas isso não foi o pior, o pior foi quando descobri que ele estava pensando em me usar como um sacrifício para ativar seu lado "Lobo", o que é mais surreal ainda porque como um vampiro pode ser lobo ao mesmo tempo? Eu estava apavorada. E como eu descobri isso? Durante um momento em que fui com Trevor ao quarto de Klaus, me bateu curiosidade e mexi em suas coisas, acabei encontrando papéis com essas evidências e achei uma pedra azul que era linda e a peguei sem Trevor ver. Pedi ajuda a ele para me livrar desse plano diabólico e ele me disse para que fugisse dali rapidamente e que seguisse a leste, para uma cabana na floresta, onde eu estaria segura e foi isso que eu fiz.

***


Eu estava correndo pela floresta a procura da cabana que Trevor disse. Olha para mim, fugindo de um homem que conheci a poucos meses, de um homem que é vampiro, de um homem que quer me sacrificar em um ritual, onde eu fui me meter? Eu não sabia se ficava com medo por isso ou aliviada por estar fugindo. Aliviada ainda não, ele poderia ir atrás de mim a qualquer momento. E se Trevor mentir pra mim? E se ele contar para Klaus onde estou e que pretendo fugir? Não pensa nisso, Katerina, Trevor é confíavel.
Depois de muito tempo correndo pela floresta, avistei a cabana. Ela era pequena, mas era perfeito para eu ficar até Trevor vir. Bati na porta e ela foi aberta por uma velinha.
"Quem é você?" Ela perguntou assustada. "O que quer?"
"C...Calma. E...Eu sou Katerina."
"Katerina? O que deseja?" Uma moça apareceu ao lado da velinha.
"Eu preciso de ajuda, estou fugindo de um homem que quer me matar e meu amigo me indicou essa cabana para ficar até ele chegar." Eu disse rapidamente.
"Esse amigo seria Trevor?" A velinha perguntou, a moça a ignorou me fazendo outra pergunta.
"Que é homem é esse que quer te matar menina?"
"Klaus." Eu expliquei a ela o que Niklaus era, o motivo dele estar querendo me matar e confirmei a velinha de que aquele amigo que me indicara a cabana era Trevor.
"Trevor te indicou aqui para te ajudar a fugir de um original?" Ela pareceu espantada e ao mesmo tempo furiosa. "Tudo bem, você pode ficar aqui até ele chegar." Disse ela mudando sua expressão. "Eu sou Rose, Katerina, sou irmã de Trevor. Venha comigo."
Eu entrei na cabana que havia apenas um cômodo e uma porta ao fundo, a segui até a porta que estava trancada. Ela disse que iria me ajudar com algumas coisas que havia lá dentro, primeiramente com uma cama para eu poder descansar, segundo com algumas armas para eu poder me defender de Klaus caso ele viesse atrás de mim. Ela abriu a porta, cedendo espaço para que entrasse primeiro. Entrei e ela me estendeu um lampião para iluminar o espaço. Lá dentro era menor que o cômodo anterior, havia apenas uma cama e um armário, que imaginei que estariam as armas. Ao entrar ouvi a porta sendo fechada rapidamente atrás de mim, ela acabara de me trancar ali dentro.
"Rose?" A chamei tentando abrir a porta. "O que está fazendo? Abre a porta." Pedi quase gritando.
"Você não vai sair daí, Katerina. Irei levá-la de volta para Klaus, logo que surgir a oportunidade."
O que? Me levar para Klaus? Ah não. Me desesperei, agora estou morta de vez. Me sentei na cama e respirei fundo, calma, Katerina, é só pensar em algo, você vai conseguir sair daqui, se acalma. Trevor está vindo, se acalma. Ela vai te levar para Klaus, droga. Me levantei da cama e bati na porta com toda força que pude tentando a derrubar, Rose disse que isso seria impossível mas se ela pensa que eu vou a deixar me levar para Klaus, está completamente enganada. Fui até o armário onde ela disse que havia armas, o abri e realmente havia armas ali. Havia facas, armas, estacas e outras coisas que eu nunca vi na minha vida. Peguei uma faca e gritei:
"Eu prefiro morrer a ser entregue a Klaus." E em seguida me esfaqueei uma, duas vezes na barriga. Cai de joelhos deixando a faca cair e vendo sangue escorrer pela minha barriga e jorrar pela mesma.
A porta se abriu violentamente e Rose entrou mordendo o pulso. Mordendo o pulso? Que coisa é essa que ela estava fazendo?
"Não faça isso sua idiota, não vou deixar que você morra." Ela se abaixou ficando de frente a mim e forçando seu pulso contra minha boca. "Engula."
Seu sangue se espalhou dentro da minha boca e o engoli, o senti correndo pelas minhas veias. Depois não senti mais dor, senti minha barriga ser cicatrizada. O sangue de Rose havia me curado.
Ela se levantou, me empurrou contra a cama e saiu do quarto trancando a porta novamente. E eu me senti cansada, fechei os olhos e dormi.

***


Trevor’s POV

O dia amanheceu e eu fui me encontrar logo com Katerina na cabana. Na noite anterior eu tive que ir até Klaus para ele não desconfiar do sumiço repentino de Kat, e quando Elijah perguntava dela eu dizia que ela apenas estava cansada para sair de casa. Eu indiquei a cabana para ela porque sabia que minha irmã iria ajudá-la ao saber que fui eu quem pediu para ir até lá, Rose deveria ajudá-la e caso se recusasse a velinha iria ajudá-la de qualquer forma afinal a casa é dela, mesmo Rose e eu a hipnotizarmos para deixar que nós morássemos junto a ela. Passei pela floresta e cheguei à cabana, entrei e dei de cara com a velinha me olhando assustada.
"Sou eu, fique calma." A tranquilizei.
"Se você veio aqui em esperança de fugir com a garota, está enganado." Rose se pronunciou do canto do cômodo. "Vou levá-la a Klaus, queira você ou não."
"Eu pensei que você iria me ajudar, por isso pedi que ela viesse aqui."
"Você eu ajudo, irmão, sempre. Eu só não ajudo estranhos."
"Ela não é uma estranha, Rose, é minha amiga."
"Por que quer ajudá-la, Trevor? Se Klaus está atrás dela você deveria levá-la até ele, afinal ele é seu senhor."
"Eu não posso deixar que ela morra nas mãos de Klaus, ainda mais por causa desse plano de ativar seu lado Lobo. Eu estou apaixonado por ela, estou disposto a fugir com ela." Sim, isso era verdade. Eu estava apaixonado pela Katerina, era o motivo de eu estar a ajudando. Rose riu exageradamente.
"Desde quando você anda se apaixonando por humanos? Sabe que não pode."
"Eu não ligo para isso, Rose, aliás também nem ligo para o que você pensa, e não vai ser você que vai me impedir de sair daqui com ela, onde ela está? No quarto?"
"Sim, está." A velinha disse destrancando a porta.
"Que ousadia é essa, sua velha..." Rose estava prestes a agredir a velinha, eu entrei em sua frente segurando seu pulso a interrompendo de terminar sua frase ofensiva.
"Se controle, irmã, você não vai agredi-la. Não na minha frente."
"Isso por causa de uma garota idiota? Trevor desse jeito você me decepciona."
Eu dei um sorrisinho e logo depois ouvimos a velha gritar, me virei e ela já estava dentro do quarto, corri para dentro também com Rose logo atrás de mim e então eu vi Katerina jogada no chão morta com uma corda amarrada no pescoço.

#02


Trevor’s POV

Senti minhas pernas bambearem e minha visão se embaçou pelas lágrimas que iriam cair.
"Game Over". Disse Rose.
"Por que você fez isso?" Gritei para Rose.
"Não haverá mais sacrifício nenhum, não era isso que queria Trevor?" Perguntou ela. "E não foi eu quem fiz isso com ela, pelo jeito foi ela mesma. Ela tinha dito que preferia morrer do que ser entregue a Klaus."
Agora Katerina estava ali morta, pelas próprias mãos. Senti uma dor dentro do peito, não sabia o que era, mas era uma dor insuportável. Senti lágrimas escorrerem pelo meu rosto, ela não deveria ter feito isso, eu estava disposto a ajudá-la a fugir e no fim ela se mata, isso não estava certo. Rose estava me observando e a velinha olhava para o corpo, perplexa.
"Você está chorando?" Rose perguntou a mim ironicamente.
"Cala a boca... Isso foi culpa sua."
"Minha culpa? Ela se matou por causa do Klaus, e não por minha causa." Pronunciou ela.
"Cansei de você." Eu disse, tentando me controlar para não gritar. "Achei que fôssemos amigos, além disso, achei que você me ajudaria apesar de qualquer coisa." Passei por ela e ela não disse nada. Ao passar pela porta, ela anunciou:
"Se serve de consolo, Katerina morreu com o meu sangue em seu corpo. Ou seja, ela não morreu completamente."
"Você não fez isso, Rose." Eu disse entre dentes.
"Ah, eu fiz sim." Ela respondeu. "Não sabia que ela iria se matar. Eu dei meu sangue a ela, porque ela tinha tentado se matar se esfaqueando... eu não podia deixar que ela morresse. Klaus precisava dela..."
"Não fale mais do Klaus." Eu disse quase gritando. "Eu não me importo se ele precisava dela ou não. Rose, você não tem sentimentos? Por que procura agradar Klaus tanto assim?
"Você deveria fazer o mesmo, ele é seu senhor."
Olhei para ela profundamente, eu estava prestes a trair Klaus por uma garota. Ela não era apenas uma garota, Katerina era a garota de quem eu gostava e não me arrependo de ter tentado ajudá-la a fugir, quer dizer... talvez um pouco.
"Ai meu deus, ela está acordando." Finalmente a velha disse algo. Olhei para Katerina e ela estava se levantando e gemendo de dor, ela se sentou e olhou para nós três.
"Por que estão me olhando desse jeito?" Perguntou ela com a voz falha. "Eu não morri?"
"Morreu sim, você agora é uma vampira como nós, lindinha." Respondeu Rose.
"Por que você fez isso? Eu teria te ajudado a viver" Eu disse a Kat.
"Você teria me ajudado a fugir, isso nunca seria o suficiente." Ela respondeu fria.
"Ela te usou para escapar, Trevor. Será que você é tão cego pra enxergar isso?" Rose disse, indignada. Ela sai rapidamente do lugar onde estava e vai até o armário do canto do quarto.
"Me desculpa." Pediu Katerina a mim.
"Kat, você agora é uma aberração para a humanidade." Acusou Rose.
"Igual você!" Katerina retrucou.
"Sim, igual a mim e eu não nego que sou uma aberração. Mas diferente de mim, você é novata... e por isso, merece morrer de vez." Em questão de segundos Rose pegou uma estaca de madeira bem afiada e jogou na direção de Katerina. Katerina correu para trás de Velha e a empurrou em direção a estaca, que atravessou o peito dela e caiu no chão. Rapidamente Katerina não resistiu e se alimentou da velha, assim completando sua transformação.
"SUA IDIOTA!" Rose gritou e logo em seguida foi em direção ao armário de novo para pegar outra estaca ou uma arma para atira-la de novo, rapidamente fui até ela puxando seu braço a impedindo.
"ESQUECE, ROSE!" Gritei. Ela me olhou furiosa, mas cedeu e desistiu de pegar outra coisa.
Katerina nos olhou com a boca cheia de sangue. Olhei para sua boca e ela a limpou com a manga do vestido.
"Por sua culpa vou ter que viver nesse inferno." Katerina disse, quase sussurrando, para Rose.
"Você não teria se deixasse eu te matar." Retrucou minha irmã. "Mas posso tentar de novo, não tem problema."
Katerina se levantou, jogou o corpo em cima de mim e saiu correndo desaparecendo completamente.
"Vamos deixar que ela fuja?" Rose perguntou atônita.
"Não precisamos correr atrás dela, Klaus irá fazer isso."
"Você pretende contar a ele sobre o que aconteceu?" Ainda estava atônita.
"Não, mas de qualquer forma quando ele souber da fuga e da transformação dela vão nos culpar e até nos matar."
"O que pretende fazer então?"
"Vamos fugir, é o melhor a se fazer. Não quero estar por aqui quando meu senhor souber que eu o traí."

#03


Bulgária, últimos meses de 1492

Katerina’s POV

Voltei para minha cidade (depois de 2.462 km percorridos) a esperança de encontrar minha família novamente, eu estava tão alegre por poder rever minha irmã e minha mãe, mas ao mesmo tempo com medo de rever meu pai, o que ele iria dizer ou fazer ao me ver lá? Mas eu estava desesperada para poder revê-los.
Ao chegar ao vilarejo muitas pessoas cochichavam entre si ao me ver, alguns me olhavam com pena por ter sido expulsa, outros com indignação por eu estar de volta, outros confusos por eu estar ali de novo... Eu esperava pelo menos que apenas um me desse boas vindas, isso não é pedir muito, é?
Cheguei em casa, a porta estava fechada e tudo estava calmo. Será que eles saíram ou estão dormindo? Bati na porta e esperei, eu poderia entrar sem bater, mas meus pais não iriam ficar satisfeitos com isso, já não basta a minha visita indesejável. Ninguém veio abrir a porta, então eles saíram mesmo. Abri a porta e vi que os móveis estavam desorganizados, alguns objetos estavam jogados e quebrados ao chão, parecia que um furacão havia passado por ali. O que aconteceu? Entrei na casa e vi que havia dois corpos ensanguentados jogados ao chão, paralisei ao perceber de quem eram. Eram meus pais.
MEUS PAIS? Corri em direção ao corpo da minha mãe me ajoelhando ao seu lado e deixei que as lágrimas caíssem e queimassem meu rosto. Por que eles estavam mortos? Quem faria uma brutalidade dessas? "Mãe." Eu a chamei, ela não poderia estar morta. "Mãe, por favor..." Implorei por um sinal e nem uma resposta. Encostei minha cabeça em seu corpo e chorei como se fosse uma criança indefesa. Olhei para trás a fim de olhar o corpo do meu pai e vi que seu pescoço estava rasgado, estava parecendo mordida de animal ou... de vampiro. Klaus, só poderia ter sido ele. Ele fez isso por vingança a mim, aquele maldito. "EU TE ODEIO!" Gritei com todas as forças que pude, gritei como se ele pudesse me ouvir. Que tipo de monstro ele é a ponto de descontar sua raiva em meus Pais? Eu o ODEIO.
Levantei-me devagar com as pernas bambas, eu iria embora dali não queria mais passar por esse sofrimento, eu queria morrer e se eu tivesse morta não teria que passar por isso que estava passando agora. Olhei em volta e ouvi um barulho baixinho, um choro? Estava vindo do quarto e me lembrei dela, minha irmã, . Fui até seu quarto correndo e abri rapidamente a porta.
Ao abrir a porta, gritou assustada e se encolheu mais contra a parede onde estava encostada. Fui até ela e me ajoelhei a sua frente. "Hey..." Eu disse suavemente, com novas lágrimas escorrendo pelos olhos.
"Katerina!" Ela gritou desesperadamente aliviada ao me ver, abriu seus braços e me abraçou, estava chorando e tremendo.
"!" Ela estava aqui, sim ela estava. "Está tudo bem agora..." Fechei meus olhos entre o abraço, a apertando mais, eu estava aliviada por saber que ela estava viva e não pude conter a risada de alegria que escapou pela minha boca. "Minha pequena."

***


Dois anos depois eu ainda sentia pela morte da minha mãe. Dois anos depois eu ainda sentia ódio pelo Klaus. Dois anos depois eu ainda fugia dele com medo, junto com que era prioridade pra mim. Dois anos depois transformei em uma vampira também, porque agora mais que nunca eu não queria ficar sozinha e se eu a perdesse era meu fim, também não a transformei pensando em mim e sim pensando mais nela. Durante esse tempo ela ainda estava traumatizada pela tragédia com nossos pais e medo de que Klaus voltasse a qualquer momento e a pegasse dessa vez, eu imaginei que a transformando faria com que sofresse menos e funcionou, ela não está traumatizada, mas ainda está sentida.

’s POV

Agora as irmãs Petrova era uma dupla de vampiras. Eu estava satisfeita com o meu novo eu, estava me sentindo mais atraente, mais disposta... mais tudo. E com Katerina não foi diferente. Eu a agradeço por isso, pois a transformação me libertou e agora como vampira estava me sentindo muito melhor, obrigada. A única coisa que eu ainda não estava satisfeita, era o medo de Klaus e aquele tal homem que o acompanhava, mas Kat disse que tudo iria ficar bem e eu acredito nela.
O problema, é que eu e Kat temos que fugir a todo o momento para que ele não nos ache e tente a matar e de brinde me matar também. E só podemos fugir a noite, por conta do sol que nos queima, no dia ficamos trancadas em um lugar escuro. Mas estou adorando essa nova vida.

#04


Mystic Falls, 1864

381 anos depois fomos parar na América, onde Katerina mudou seu nome para Katherine Pierce para evitar ser achada por Klaus, que ainda estava a caçando ativamente. Já eu, continuei como . Pierce. Eu irei sentir falta do Petrova, concordamos em mudar o sobrenome juntas assim seria difícil Klaus reconhecer, e quanto a meu nome não teve problema em não trocar já que ele não sabia que Kat havia uma irmã.
Em um momento, Kath conheceu e se tornou amiga de Pearl em uma passada em sua loja onde vendia perfumes, artigos de higiene pessoal masculina, chás de ervas e remédios caseiros. E eu me tornei amiga de Anna, sua filha. As duas também eram vampiras, o que facilitou a amizade.
Em outro momento, Kath conheceu Emily Benett que era uma bruxa. As duas se conheceram depois que Kath salvou sua vida, colocando Emily em sua dívida e assim tornando-se sua Serva e como dívida, a bruxa forjou-lhe uma parte especial de joias de pedra Lapis Lazuli (A mesma que Kath roubou de Klaus) que permitia a caminhada ao sol sem se queimar. Aquilo foi uma descoberta e tanto... Emily deu parte dessas joias a mim também que não podia ficar fora. Agora eu e Kath poderíamos andar no sol sem problema nenhum, isso era maravilhoso. Oficialmente criaturas não apenas da noite, mas do dia também.
Dias depois nós fomos ao centro da cidade a procura de uma casa para morarmos, e assim sairmos da casa de Pearl onde estávamos por alguns dias. Nesse dia conhecemos Giuseppe Salvatore, um dos fundadores da cidade que fez um tour conosco para conhecermos melhor Mystic Falls. Giuseppe então ofereceu sua fazenda para passarmos uma temporada, alegando que havia quartos sobrando e não seria incômodo nenhum para ele. Ele nos ofereceu isso depois da mentira que Kath o contou, dizendo que éramos órfãs desabrigadas depois de perdermos nossos pais em um terrível incêndio.
No caminho até sua fazenda, Giuseppe foi logo se apressando em falar de seus dois filhos, Stefan e Damon. Disse que eles iriam ficar felizes em nos receberem.
Ao chegar lá, fomos recebidas por Stefan. Stefan tinha cabelo claro, olhos verdes, um sorriso simpático e o mais novo dos irmãos. Ele era lindo, uma graça.
"Oi, eu sou Katherine Pierce" - Kath se apresentou, estendo a mão que Stefan pegou e a beijou gentilmente. Ele sorria e Kath sorria de volta. "E essa é minha irmã mais nova, ." Stefan beijou minha mão da mesma forma e com o mesmo sorriso simpático no rosto.
"Elas são lindas não é mesmo?" Giuseppe perguntou a ele e ele concordou olhando de Katherine para mim. "Elas irão ficar conosco por algum tempo, Stefan, e trate de avisar a seu irmão. Se vocês me dão licença, tenho alguns assuntos a tratar." Giuseppe saiu, nos deixando sozinhos na sala.
Imediatamente Stefan e Katherine começaram uma conversa empolgante, o que me deixou desconfortável, pois era como se eu não estivesse alí, apenas os dois falavam. E pelo que parecia, minha irmã estava bem interessada nele.

***


Eu, Katherine e Stefan estávamos brincando de rugby no enorme jardim da fazenda. Stefan jogou a bola para mim que não consegui pegar e passou por mim em direção ao outro lado do jardim. "Eu sabia que você não iria conseguir pegar essa." Riu ele.
Saí correndo em direção à bola, me agachei e a peguei. Ao me levantar dei de cara com Damon, cabelo escuro, olhos verdes e com um sorriso torto. Era a primeira vez que o via. "Oi." Disse ele.
"Oi." Respondi.
"Você que é a Katherine? Meu irmão não disse que você era tão bonita." Ele ainda continuava com o sorriso torto.
"Na verdade, eu sou a ."
"Ah... Mas foi que eu disse, não foi?" Ele riu.
"Damon." Stefan chamou se aproximando com Kath logo atrás. "Que bom que você voltou logo, deu tudo certo?"
"Sim. Logo mais estou saindo para o exército."
Damon irá para o exército, sério?
"E essa é Katherine, então?" Damon perguntou, olhando para ela. "Oi."
Katherine sorriu em resposta.
"Posso brincar de rugby com vocês?" Ele olhou para mim. Olhei para Stefan, que respondeu. "Claro."
Então voltamos a brincar, Stefan e eu contra Damon e Katherine.

***


Dias Depois...

Katherine’s POV

Eu estava saindo da lojinha de Pearl e voltando para a fazenda Veritas. Eu estava atrás de uma árvore e ouvi barulho de galhos se mexendo atrás de mim, ouvi a respiração de uma pessoa vindo de longe, seu cheiro era gostoso... era um homem. Esperei que ele se aproximasse e me virei para encará-lo com um sorriso no rosto, na verdade ele era um adolescente atraente, ele se assustou ao me ver e perguntou quem eu era e o que estava fazendo ali escondida.
"Essas não são boas perguntas para serem respondidas agora." Me aproximei com um sorriso no rosto e o dei um selinho me afastando. Ele continuou me encarando, jogou o copo de bebida que estava em sua mão no chão, me puxou pela nunca e aprofundou um beijo. Isso seria divertido...
O empurrei contra a árvore e continuei o beijo. Ele colocou sua mão livre em minha cintura e apertou o local. Sorri entre o beijo. Dei um beijo em sua bochecha, em seu pescoço... voltei novamente em sua boca. Ele tentou me empurrar contra a árvore e eu o cortei.
"Não queridinho, nesse jogo quem controla sou eu." - Cochichei em seu ouvido.
Ele riu em resposta. Olhei em seus olhos e sorri. "Eu vou me alimentar de você agora, e você não vai gritar." - Beijei sua bochecha, o lóbulo da sua orelha, seu pescoço e respirei aquele perfume gostoso que ele usava... E o mordi.
A diversão estava apenas começando.

#05


’s POV

Katherine havia acabado de chegar e logo já estava se arrumando para sair de novo.
"Você acabou de chegar, Kath, fique aqui." Eu disse.
"Relaxa, irmãzinha."
"Relaxa você, Katherine, você vai sentar aí porque precisamos conversar." Pearl aparece na porta do quarto.
"Não temos nada para conversar, Pearl." Katherine reclamou.
"Temos e sei que adoraria saber sobre o assunto que quero falar sobre VOCÊ."
"Pode entrar, Pearl." Pedi e ela entrou, trazendo Katherine de volta que revirou os olhos. Pearl se sentou no sofá a frente de nossa cama e contou que as pessoas da cidade estavam aparecendo com marcas de dentes de vampiro pelo corpo, corpos apareciam jogados por obra de vampiro, pessoas morriam queimadas no sol por serem transformadas por um vampiro e esse foi um dos motivos para Giuseppe colocar verbena em todas as bebidas da cidade.
"Nós já sabemos da verbena, você já disse isso hoje." - Katherine disse, desinteressada.
"Katherine, você contou a que esse vampiro aprontando pela cidade é você?" - Pearl perguntou, ainda a olhando.
"Lógico que não foi eu, prove."
"Por que Pearl mentiria?" Perguntei a Kath. "Ultimamente você anda saindo muito."
"Está acusando sua própria irmã, ? Que decepção." Disse ela, sarcástica.
"O Xerife Forbes exigiu que eu vendesse verbena em minha loja. Vocês têm que sair da cidade imediatamente, as suspeitas estão grandes." Pearl começou a ficar desesperada.
"Eu não vou sair da cidade, Pearl, aliás, nossos disfarces são ótimos e ninguém vai desconfiar da gente. Relaxa." Katherine revirou os olhos.
Pearl respirou fundo. "Então, Kath, pare de se alimentar de pessoas daqui da cidade pelo menos." Pearl já estava mais calma. "E principalmente, deixa os filhos de Giuseppe Salvatore em paz."
"Como assim deixar 'os filhos de Giuseppe Salvatore em paz'?" Perguntei.
"Pelo jeito Katherine anda te escondendo coisas demais."
"Pearl, sai daqui!" Katherine exigiu.
"Tudo bem." - Ela se levanta. "Já que ela se recusa a sair da cidade, toma cuidado com as suspeitas, os fundadores e ainda mais com Giuseppe já que vocês estão hospedadas aqui na fazenda dele... E vê se consegue colocar juízo na cabeça da sua irmã mais velha, parece que ela perdeu." Pearl andou até a porta e depois se virou lembrando de algo. "Ah, hoje a noite vai haver um baile na cidade e é claro que vocês podem ir, mas tomando cuidado com a verbena e controlando a sede de sangue fresco. Se comportem." - Ela saiu.
"Ela age como se fosse nossa mãe... Qual o problema dela?" Minha irmã se virou para mim. Olhei para Katherine, ainda tentando recapitular as informações de Pearl, Katherine estava passando dos limites aqui na cidade, se um dos fundadores a pega acaba me matando junto com ela. Katherine anda como uma adolescente rebelde, eu que deveria agir assim, e que bom que tenho mais juízo que ela. Katherine olhou para mim com desdém.
"Vai me dar bronca pela minha trilha de vampiros, irmã mais nova?" Perguntou irônica.
"Quero explicações!" Pedi. "Damon beija bem." Ela sorriu descaradamente. "Você anda tendo um caso amoroso com o Damon?" Eu não queria ter escutado isso.
"Não foi um caso amoroso, não passou disso." Ela revirou os olhos. "Na verdade era pra eu ter ficado com o outro, mas esse foi mais fácil."
"Katherine, você é uma vampira." Eu gritei.
"E daí? Só por eu ser uma vampira, quer dizer que não posso me relacionar?"
"Você sabe qual pode ser a consequência disso... E mais, ele é filho de Giuseppe e ele vai acabar te pegando... E a parte de você estar atacando a cidade? Não tem escolha, VOCÊ QUER REALMENTE SER PEGA."
"Eu não fui, e não vou. Eu sei me cuidar muito bem."
"É, eu estou vendo." Ironizei.
"Quer saber de uma? Eu cansei de você dar uma de certinha, , nós somos vampiras e temos que aproveitar ao máximo. Se você não quer aproveitar os momentos que temos como beber sangue fresco direto da fonte ou ficar com meninos bonitos que dão em cima de você, O PROBLEMA É SEU. Agora não venha estragar o único momento de prazer que eu tenho depois de lembrar que tem um maníaco atrás de mim e antes que ele me ache, eu vou aproveitar." Ela sai do quarto furiosa.

***


Katherine’s POV

"Você parece perdida..." Ouvi um alguém sentar ao meu lado.
"Hãn?" O olhei, era Stefan.
Depois de sair do quarto vim para o jardim.
"Digo, você parece perdida. Parece estar em outro lugar, está quieta, tão pensativa..." Ele sorriu.
"Só estou pensando, estou preocupada."
"E com o que?"
"Você acha que sou menos responsável que minha irmã?"
"Como? Não. Você quem é a irmã mais velha."
"Sim, mas de acordo com ela eu não tenho juízo nenhum."
"E por que ela pensa assim?"
"Quer saber, isso não importa." Mudei de assunto, ele não precisava saber de nada. "Aposto que consigo chegar naquele arbusto primeiro que você." Eu apontei para o arbusto do outro lado do imenso jardim.
Stefan me olhou de lado e então negou. Começamos a correr até lá para ver quem chegava primeiro, eu estava à frente e Stefan me passou. O jardim era imenso e lindo... cheio de arbustos, flores e estatuetas. Por fim, Stefan chegou ao arbusto primeiro que eu.
"Eu já sabia disso." Ele se gabou gritando para mim que ainda estava longe. Continuei correndo para alcançá-lo e Damon apareceu a minha frente. "Damon?" Parei de correr e o encarei.
"O que ainda está fazendo aqui?" Stefan perguntou. Hoje era o dia em que Damon iria para o exército.
"Demiti-me do exército."
"Você não poderia ter feito isso, nosso pai sabe disso?"
"Mas eu fiz. E não, ele ainda não sabe disso. Você deveria estar feliz em me ver irmão." Ele sorriu. "Eu soube que haverá um baile na cidade, então, não posso perder." Ele arqueou as sobrancelhas olhando pra mim.
"Isso. E eu ainda não encontrei um par." Eu pronunciei. Stefan deixou de encarar Damon para me olhar. "Um de vocês está a fim de me levar?"
"Eu estou." - Os dois responderam no mesmo instante. Legal, os dois podem me levar. Isso é divertido.

#06


’s POV

Tomei um banho antes de ir ao baile, eu estava indo apenas para conhecer gente nova ou para ficar de olho em Katherine, tanto faz. Eu sabia que ela iria pra lá com certeza... Ao sair do banheiro, a porta é aberta e Damon aparece.
"Desculpa, eu não sabia que você estava assim..." Ele disse, envergonhado. Eu estava apenas de toalha.
"O que você quer?" Perguntei.
"Meu pai pediu pra te trazer isso." Ele estendeu o vestido que estava em sua mão, era lindo. Ele era todo azul, com detalhes brancos em sua frente. Simples, mas lindo.
"Eu nem sei como agradecer..." Eu não tinha palavras. Por que é que Giuseppe me mandou este vestido? Já não basta o gesto bondoso de me deixar morar em sua fazenda?
Damon sorriu e colocou o vestido em cima da cama, e eu não tirava os olhos do vestido.
"Nem precisa agradecer." Disse ele. O olhei e ele ainda continuava com o sorriso no rosto.
"Eu agradeço a ele pessoalmente depois. Agora sai daqui."
"Tudo bem." Ele levantou as mãos como se estivesse se rendendo e saiu pela porta. Sentei-me na cama, peguei o vestido e dei mais uma olhada.
"Você tem companhia para o baile?" Damon apareceu novamente e eu o olhei. Neguei com a cabeça, eu nem tinha pensado nessa possibilidade. Eu havia esquecido completamente de procurar uma companhia.
"Ah que pena." Ele abaixou a cabeça, parecendo meio cabisbaixo. "Te vejo depois." Ele saiu definitivamente.

***


Cheguei ao baile e estava cheio de gente, algumas pessoas ao lado de fora do salão e o lado de dentro estava cheio. Entrei no salão e havia muitas pessoas que eu não conhecia, andei por ali a procura de Katherine, Stefan, Damon ou Giuseppe e não encontrei ninguém. Fui em direção à cozinha, ao passar pela porta uma mão me puxou pelo braço fazendo me virar para olhá-la, era Stefan. Ele sorriu e eu sorri.
"Eu não sabia que iria vir, que bom que está aqui." Disse ele, ainda sorrindo.
"Obrigada."
"Quer beber alguma coisa?"
"Não. Eu estou bem..." Olhei em volta.
"O que está procurando?"
"Katherine."
Ele riu. "Vocês se amam tanto assim?"
"Só preciso ficar de olho nela."
"Por quê? Ela já não é bem grandinha para cuidar de si própria?"
Olhei para Stefan e ele mantinha as sobrancelhas arqueadas, era tão bonitinho vê-lo assim, ele era tão fofo e parecia tão ingênuo. Algo me dizia que eu deveria contar a ele qual era minha preocupação, mas outra parte me dizia para não confiar nele, eu mal o conhecia.
"Algo te deixa preocupada?" Ele perguntou. "Ela havia me perguntado se era menos responsável que você, e olha, ela é mais velha. Ela quem deve ficar de olho em você."
"Stefan, não se meta. Você não entende." Eu disse, tentando não parecer tão grossa.
"Então me explique, talvez eu entenda."
Não, , você não vai contar nada. O que vai contar? Que Katherine anda se alimentando de pessoas por aí? Stefan vai correndo contar ao pai dele. Ou você pretende contar que Katherine anda tendo um caso com seu irmão mais velho? Por que contaria isso? Por que se importa? Katherine 'já é bem grandinha para cuidar de si própria'.
"Katherine e Damon andam tendo um caso." Eu disse por fim. Sua fofoqueira, isso não é assunto que ele deveria saber. Ele pareceu confuso e surpreso.
"Por que me contou isso?" Ele perguntou. Pois é, , por que contou isso a ele?
"É... Eu... Eu só pensei que você gostaria de saber."
"Não gosto de fofocas." Sua voz quase falhou e seus olhos se perderam nas pessoas a nossa volta.
"E eu não gosto desse caso."
"Por que não?" Seu olhar se encontrou novamente com os meus.
"Você não entenderia..." Abaixei a cabeça decepcionada. Eu queria contar a Stefan o que estava acontecendo, eu queria confiar nele, mas eu não podia. Pearl havia dito que ninguém poderia saber sobre nós, ninguém. Ele levantou meu queixo fazendo com que eu o olhasse.
"Eu tentaria." Ele deu aquele sorriso simpático, me mostrando que realmente estava sendo sincero. Stefan era uma boa pessoa. "Você está gostando do meu irmão?"
"O-Oque? E-Eu? Não." Me engasguei em minhas palavras. Eu não estava gostando do Damon. Estava? "Eu só não posso te explicar o motivo, Stefan. Mesmo que eu queira." Tentei sorrir.
Passos foram ouvidos descendo as escadas rapidamente, olhei para trás e vi uma Katherine arrumando seu vestido e passando entre as pessoas para sair da casa, ela não vira eu e Stefan ali parados. No mesmo instante que ela saia porta afora, Damon desceu as escadas calmamente ajeitando a gravata. Olhei para Stefan a minha frente que mantinha uma expressão de raiva, talvez, eu não sabia ao certo. Quando Damon estava passando por nós e indo em direção à porta, Stefan entrou a sua frente.
"Eu adoraria contar a nosso pai o que rolou lá em cima entre você e Katherine." Ele disse.
"Do que está falando, Stefan?" Damon perguntou na maior cara de pau.
"Não se faça de bobo."
"E por que o papai tem que saber das coisas que eu faço ou deixo de fazer? Não estamos na fazenda Stefan, estamos fora dela. Então, aqui eu faço o que quiser sem supervisão dele. E o queridinho dele não vai contar nada!"
"Ah, não vou?"
"Por que se importa com isso, Stefan?" Damon disse entre dentes.
Stefan olhou para mim, indicando que eu deveria responder a essa pergunta. O que eu iria dizer? Porque você é um humano e em qualquer momento Katherine pode se alimentar de você... ou porque eu estou incomodada e isso está mexendo comigo de alguma forma. Não. Damon e Stefan ainda continuavam olhando para mim a espera de uma resposta.
"Ela não é boa pessoa pra você." Respondi simplesmente.
"E por que não?" Damon riu sarcasticamente.
Respirei fundo, eu teria que dizer a verdade. Não podia mentir, droga.
"Porque ela é uma sem vergonha." Anna apareceu.
"Como é?" Stefan perguntou. "Isso mesmo. S-e-m v-e-r-g-o-n-h-a."
Afirmei com a cabeça, Damon bufou impaciente."Que perda de tempo." Ele saiu dali. E Stefan continuou ali me olhando.
"Não era isso que você estava prestes a me contar." Ele me disse, desconfiado.
"Stefan, eu ouvi seu pai te chamando." Anna disse.
"Eu não ouvi..."
"Mas eu sim, vai lá."
Stefan me deu uma última olhada e saiu sem dizer mais nada.
"É sério isso?" Perguntei.
"Não. Só disse isso para ele sair daqui também e não ficar aquele clima..."
"Digo, você não me deixou contar a eles." A interrompi.
"É óbvio que não, , você está maluca? Agora entendi o porquê da minha mãe pedir para ficar de olho nas irmãs Pierce."
"Por quê?"
"Porque uma é malvada demais e quer enfiar os dentes em todos que vê pela frente. E a outra é boazinha demais e quer até contar o segredo mais bizarro para aqueles que conheceu a pouco tempo." Ela sorriu ironicamente.

#07


Depois de algumas horas a festa ainda rolava e Anna não largava do meu pé, já estava começando a me irritar, eu não podia fazer nada ou falar com ninguém que ela se intrometia.
"Giuseppe?" O avistei na multidão. Ele se aproximou.
"." Sorriu ele. "Vejo que o vestido ficou muito bem na senhorita."
"Obrigada." Sorri. "É lindo, gostaria de te agradecer por ele. Foi muito gentil."
"Que bom que gostou."
"Tudo bem, você já agradeceu... Agora vamos a outra parte da festa né?!" Anna me puxou para longe. Chata!
O bom foi que depois de algum tempo consegui despistá-la e agora andava sozinha na casa a procura de Stefan, se é que ele ainda queria falar comigo. Eu queria conversar com alguém que não fosse a Anna, e ele era uma ótima opção. Fui para a sala de estar e no pé da escada vi o trio: Stefan, Damon e Katherine. Katherine gritava com Damon.
"Será que eu tenho que repetir? Eu não fiquei com você por te achar mais atraente, você não é. Eu gosto do Stefan e não de você, ainda não entendeu?"
"Eu achei que..." Damon começou, mas foi interrompido por ela.
"Achou errado. Eu só fui pra cama com você por diversão, acorda, Damon. Olha pra você, acha mesmo que eu iria me interessar?" Ela riu sarcasticamente. "Só quero que você esqueça qualquer coisa que aconteceu entre a gente." Ela puxou Stefan consigo ao subir as escadas.
O que deu em Katherine Pierce? Ela pirou ou o que? Ela estava tão empolgada com Damon e agora o trocou? Aff. E Stefan, o que deu nele para subir com Katherine? O que está acontecendo senhor me explique.
Damon abaixou a cabeça e respirou profundamente.

***


Aproximei-me de Damon no mesmo instante em que Katherine subia as escadas com Stefan atrás de si.
"Você está bem?" Perguntei.
"Eu pareço bem?" Ele me olhou. "Agora entendi o porquê dela não ser boa pra mim... Desculpa por não ter te ouvido."
"Por que Stefan subiu com ela?"
"Porque eles se gostam e merecem um ao outro." Respondeu com desdém.
"Ele gosta da Katherine? Eu pensei que quem gostasse dela era você."
"Eu não." Ele passou ao meu lado, foi para a cozinha, eu o segui. Ele pegou uma bebida e deu um gole, me oferecendo em seguida. Eu recusei.
"Você está recusando uma bebida de Damon Salvatore?" Ele perguntou. "Eu posso pegar pra você se quiser."
"Por que pegar se eu posso beber aqui com você?" Peguei o copo da sua mão e dei um gole na bebida.
"Boa..." Ele riu e depois fitou o chão por alguns segundos e em seguida voltou a me olhar. "Você quer dançar?"
Estava tocando uma valsa, eu nem tinha reparado. Aceitei a proposta de Damon e fomos até o salão. Ele colocou uma de suas mãos em minhas costas delicadamente, e com a outra segurou minha mão firmemente. Com uma das minhas mãos livres a coloquei em seu ombro e começamos a dançar. A música era tão gostosa de ouvir, e estava tão bom dançar com Damon. Suas mãos em mim eram tão firmes e ao mesmo tempo tão delicadas, seu toque era tão bom que, se dependesse de mim, a valsa não acabaria nunca mais. Eu olhei para ele e seus olhos azuis me encaravam, e de repente tudo que estava ao nosso redor pareceu desaparecer e só havíamos nós dois ali. Damon Salvatore é tão lindo. Ele sorriu e olhou para baixo timidamente como se tivesse escutado meu último pensamento.
"Se eu soubesse que seria assim já teria te procurado antes." Ele disse.
"Assim como?"
"Está sendo bom dançar com você." Ele voltou seu olhar para o meu. "Eu sou um idiota por não ter te chamado para virmos juntos."
"É mesmo..." Brinquei e rimos. "Também estou gostando de dançar com você, Damom." Ele sorriu.
"Você é diferente da sua irmã."
"Ela é bonita e eu não?"
Ele soltou uma risada gostosa e sorriu de lado. "Olhando assim, você é mais bonita que ela e só eu não tinha percebido isso antes." Eu ri, sentindo que estava corando.
"Sinto muito pelo o que aconteceu." Eu disse.
"Não sinta, está tudo bem. A atração que eu sentia por ela acabou e isso é bom. Stefan gosta dela, então espero que ela não o trate da mesma forma que me tratou." Eu sorri simpaticamente. "Sabe, ela não é tão delicada quanto você, não me tratou bem como você está me tratando..."
"Nem quando te levou pra cama?" Ele parou de dançar ficando sério ao término da minha pergunta, isso me assustou, pelo jeito ele não gostou da pergunta.
"Katherine não me levou pra cama." Ele disse por fim.
"Não se faça de desentendido outra vez, Damon. Eu e Stefan vimos vocês dois..."
"Estou falando sério, ," Ele me interrompeu e pareceu estar confuso. "Ela não me levou pra cama. E por que levaria? Só tem olhos para Stefan."

*** ~~ ***


"Será que eu tenho que repetir? Eu não fiquei com você por te achar mais atraente, você não é. Eu gosto do Stefan e não de você, ainda não entendeu? Eu só fui pra cama com você pra fazer ciúmes nele, acorda, Damon. Olha pra você, acha mesmo que eu iria me interessar?" Ela riu sarcasticamente. "Só quero que você esqueça qualquer coisa que aconteceu entre a gente."

*** ~~ ***

Ótimo, Katherine hipnotizou o coitado do Damon para esquecer o que tiveram juntos, era só o que faltava.

***


A festa acabou e eu voltei para fazenda com Giuseppe e os irmãos. Katherine sumiu e não voltou para a fazenda. E quanto a Anna, não sei para onde foi, deve ter ido embora quando a despistei.
Eu estava pensando sobre o caso de Katherine, o que estava acontecendo com ela realmente? Não a reconheço mais. Eu fiquei chateada por saber que ela estava tendo um caso com Damon, mas depois fiquei mais chateada por ela tê-lo tratado daquela forma e ainda tê-lo feito esquecer o que fizeram juntos, ele não merecia isso.
Por outro lado estava chateada com Stefan também por não ter me falado que estava tendo um caso com ela também, e ainda nem pra defender o irmão ele serviu. Eu estava torcendo para que ela não voltasse hoje, não queria vê-la nem pintada de ouro. Não sei se estou chateada ou com raiva... só sei que não quero que ela volte aqui tão cedo.

#08


Katherine’s POV

Mostrei meus dentes caninos a Stefan depois do nosso beijo.
"Katherine." Ele se assustou.
"Eu não irei te fazer mal, você confia em mim?" Selei nossos lábios.
"Eu confio." Ele murmurou.
"Mas me promete que não irá contar isso a ninguém, será nosso segredo, Stefan."
"Eu prometo."
Beijei seu pescoço e logo em seguida encravei meus caninos ali.


***


Passar a noite com Stefan foi maravilhoso, e eu acho que já o amo. Ele é tão lindo, não é? Pearl iria ficar furiosa se soubesse que eu contei a Stefan, mas quem liga? Eu não me importo com o que Pearl pensa ou deixa de pensar. Eu fiz isso porque confio no Stefan, confio de que ele irá guardar meu segredo. E acredito que será meu para sempre.
E quanto a Damon, se eu sinto pesar por ter falado aquelas coisas a ele? Eu não sinto, talvez eu seja egoísta mesmo.
Saí da fazenda dos Salvatore sem ser vista por ninguém, deixei Stefan descansando tranquilamente, se eu pudesse ficaria a noite toda lá só o observando dormir... mas eu não poderia, estaria correndo perigo, ainda mais por ter dado meu sangue a ele.
Eu estava pensando em voltar para o quarto, mas me encheria com suas chatices e blá-blá-blá. Pensei em ir à casa de Pearl, mas acho que ela não ficaria satisfeita com a minha visita. O jeito é passar a noite na rua, não me importo de qualquer forma.

***


’s POV

Amanheceu e eu estava morrendo de fome. Tomei um banho, coloquei meu vestido e fui à floresta fazer um lanchinho. Eu não contei do que eu me alimento, né? Bem, minha alimentação é à base dos animais, pois é. Eu não tomo sangue humano, não me sinto a vontade com isso, ao contrário de Katherine.

...~...


"Toma, . Beba." Ela empurrou o pulso em direção a minha boca. Virei a cabeça ao lado oposto recusando seu sangue. "Você precisa tomar..."
"Prefiro morrer."
"Pare com isso. Não fale em morte, não depois do que aconteceu aos nossos pais..." Ela choramingou. "Por favor, irmã... beba."
Me virei para encará-la. "Está doendo muito aqui dentro, Kath..." Eu chorei, apontando para o peito. "Não aguento mais ficar sem eles."
"Eu sei que está. Não é fácil pra mim também. Mas se você beber vai passar, se você beber tudo irá ficar bem. Eu prometo."
Kath estava chorando por imploração, eu estava chorando por dor, muita dor. Eu apenas queria meus pais de volta.

...


"Está ouvindo?" Ela perguntou, se referindo às vozes de algumas pessoas que andavam em meio a floresta. "Você precisa atacá-los."
"Não... Não preciso. Não posso."
"Essa é a nossa natureza, , atacar humanos."
"Você está maluca. Se eu soubesse que seria desse jeito não teria aceitado NADA de você!"
"Tudo bem, vamos embora." Ela se afastou, virando de costas.
Olhei novamente em direção às vozes, dessa vez ouvindo meu estômago reclamar por comida. Ouvi Katherine sussurrando: 'Você consegue... só vai.'
Eu não posso... Eu não vou... Estou com fome... Eu vou. Corri em direção às vozes e me tornei uma pessoa odiável, se é que possa se dizer.


...~...


Nesse dia eu matei três pessoas, e até hoje isso me atormenta. Daquele dia pra cá eu decidi não me alimentar mais de sangue humano, o que me restou foram os pobres dos animais, que me perdoem.
Eu estava à procura de um animal, minha fome crescia a cada vez mais. Eu não achava nenhum, isso estava começando a me irritar. De longe, avistei uma coruja e a ataquei. Minha fome era tanta...
Ao terminar, me levantei, limpei minha boca e me virei para ir embora.
"MEU DEUS." Vi um Damon assustado, paralisado a minha frente.
"Você também é?" Stefan perguntou, me assustando completamente.
"NÃO... vocês não viram isso!" Eu disse mais para mim mesma.
"Ah nós vimos sim!" Damon disse, espantado. "Eu preciso contar ao meu pai!" Ele se virou.
"NÃO." Eu e Stefan dissemos em uníssono. Stefan puxou o braço de Damon fazendo com que ele me olhasse novamente. "Você não pode contar a nosso pai."
"Como não? Ela é uma aberração." Damon quase gritou. "Como eu pude acreditar que você era uma pessoa normal? E por que ainda não me atacou? Está esperando o que?"
"Cala a boca Damon!" Pediu Stefan em um tom alto de mais.
"Não vou te atacar, não sou esse tipo de vampiro." Eu disse.
"Mas é o tipo de vampiro que ataca animais, que diferença faz?" Ele soou irônico.
"Você tem que prometer que não vai contar a nosso pai." Stefan pediu. Oi? Stefan pediu isso mesmo? Por quê?
Damon não disse nada, ainda estava espantado olhando diretamente para mim, ele estava com medo.
"Por favor..." Implorei quase chorando.
"Eu devo confiar em você? Como assim? Isso é um absurdo." Protestou ele.
"Eu confio." Stefan disse a ele e em seguida me olhou. "E não acho isso um absurdo."
Damon olhou para o irmão Incrédulo.

***


Damon’s POV

Eu ainda não estou acreditando que a menina com quem eu dancei, a menina que está hospedada no quarto da fazenda do meu pai é vampira, Pierce. Não pode ser, tem alguma coisa errada.
Como é que meu pai não sabe disso ainda? Ela é uma boa atriz, que cara de pau. E se ela é vampira, então Katherine também é... Eu devo realmente acreditar que ela não irá me fazer mal? Devo deixar que Stefan me convença a acredita nessa história?
"Damon, se ela ainda não te fez mal por que acha que ainda fará?" Stefan perguntou.
"Só está esperando o momento certo pra atacar."
"Ela é confiável."
"Como é que você sabe disso afinal? Como pode ter tanta certeza?"
Stefan hesitou em falar, abriu e fechou a boca várias vezes. Isso estava me incomodando.
"Fala logo, Stefan." Pedi entre dentes.
"Porque Katherine falou pra mim, disse que não seria capaz de fazer algum mal a ninguém e eu confio nela, assim como confio em ." Respondeu por fim.
"Katherine te seduziu para defendê-las... Isso é outra coisa absurda. E quanto aqueles corpos de pessoas espalhado por aí, como podemos saber se não foram elas?"
"Não foram. Damon, dá uma chance pra te provar que é confiável..."
"Ela não tem que me provar nada."
"Tem sim, porque você vai contar a nosso pai, e se ele souber no mesmo instante a decapita, e sei que você não vai querer isso, assim como eu não quero que aconteça com Katherine." Ele sai.
Estou tão confuso, não sei se devo dar uma chance para poder acreditar em ou conto para o meu pai a aberração que ela é. Se ela não faz mal, por que é que estava atacando um animal? Mas por outro lado, se ela fizesse mal já teria me atacado, e se ela fosse realmente uma vampira não conseguiria andar no sol, não é mesmo? A não ser que exista algum poder surreal envolvido no meio, mas bruxas ou fadas não existem, ou existem? Se vampiros existem, então é capaz de existir qualquer outra coisa e se existe qualquer outra coisa é capaz de existir até gnomos... Não, espera, você está equivocado, Damon.
Isso está me deixando maluco.

***


’s POV

Estou aflita, tenho que torcer para que Damon não conte nada a Giuseppe. Agora eu precisava falar com alguém, Pearl ou Anna ou até mesmo Katherine. Eu preciso me acalmar...
Entrei no quarto batendo a porta atrás de mim. Andei de um lado para o outro sem saber o que fazer. Eu deveria estar assim aflita? Stefan não vai deixar que Damon conte, eu tenho certeza que não. Eu tenho que ter certeza. Me sentei na cama balançando minhas pernas freneticamente, estava quase surtando.
Minutos depois alguém bate na porta, fazendo eu me assustar. Droga. Levanto-me e vou abri-la. Era Damon, meu coração quase pulou pela boca ao vê-lo. Eu soltei uma risada sarcástica, isso só podia ser brincadeira.
"Antes de você perguntar qualquer coisa, estou aqui pelo Stefan." Disse ele.
"O que foi?" Perguntei.
"Você tá sozinha?"
"Vai logo ao ponto, Damon."
"Eu posso entrar?" Ele sorriu de lado, eu adorava ver esse sorriso.
Respirei fundo e cedi espaço para que ele entrasse. Ele olhou em volta da sala e em seguida me olhou de volta. "Stefan quer que eu te dê uma chance. Eu quero acreditar que você não faz mal, , mas eu quero ver com meus próprios olhos."
"Que absurdo, Damon, quantas vezes eu já provei que não faço mal algum? Eu já passei não sei quantas vezes com você, Stefan e seu pai e não machuquei nenhum dos três... Você está intacto. Você me viu me alimentando de um animal, e é só disso que eu vivo. Eu não bebo sangue humano a um bom tempo." Eu estava decepcionada, como ele poderia dizer que quer uma prova sendo que eu já fiz tantas coisas boas, eu não sou um monstro e ele tem que acreditar sem ter provas pelo menos. Ele não conhece a palavra confiança? Ele não sabe o significado dela? "Se você quer prova a mais do que isso, sinto muito, mas eu não sei se posso te dar mais..."
"Então não foi você quem matou aquelas pessoas..." Ele disse, baixo. "Como eu posso saber se isso é verdade mesmo?"
"Não fui eu." Respirei fundo. "Se não quiser confiar em mim, não confie, eu não me importo. Se quiser me entregar a seu pai, pode me entregar. Se é assim que você quer, vá em frente. Agora, sai daqui antes que a aberração aqui te ataque."
Damon não se moveu, continuou ali parado me olhando. Parecia que estava processando algo, e então ele passou por mim, indo até a porta sem dizer mais nada. Isso, de certa forma, me deixou mais chateada, eu queria que ele dissesse algo, sei lá, qualquer coisa, mas ele não disse nada. Ao passar pela porta, ele se virou rapidamente para me encarar de novo e acabou batendo o braço no vaso de plantas que caiu no chão bruscamente.
Damon colocou a mão no braço e apertou o local, havia se cortado.
"Ah não, me desculpa por isso." Ele pediu sem emoção na voz.
"Tudo bem." Eu disse. Olhei para o braço de Damon, estava jorrando sangue. O sangue estava manchando sua blusa, escorrendo pela sua mão e pingando ao chão.
Cada gota que caia me incomodava e eu sentia uma vontade absurda de avançar. Fechei os olhos e respirei fundo tentando me controlar. Calma, , é apenas sangue humano e você não se alimenta disso, relaxa. Meu coração batia aceleradamente, e minha respiração estava acelerada, eu não vou conseguir resistir. Não vou...
", abre os olhos." Ouvi Damon dizer.
"Você não podia ter feito isso." Eu disse entre dentes.
"Eu não fiz de propósito, eu juro."
Senti uma lágrima escorrer pelo meu olho e o abri. Damon me encarava, dei um passo em sua direção e ele deu um passo para trás.
"S-Seu olho... O-Oque é isso?" Ele apontou para as veias de baixo do meu olho. "Agora você está me assustando."
"Não era isso que queria?" Eu disse, alterada. Toda vez que eu vejo sangue as veias em baixo dos meus olhos aparecem, sinal de que estou prestes a avançar.
"Eu queria uma prova, mas parece que está sendo o contrário do que pensei."
O cheiro ainda invadia minhas narinas, eu não aguentava mais me controlar. Dei um, dois, três passos em direção a ele. Agora seria tarde demais para recuar.

#09


Ao me dar conta de que eu estava prestes a atacar Damon recuei dois passos, fechei os olhos novamente e respirei fundo, dessa vez conseguindo me acalmar. Minha respiração voltou ao normal e meu coração também foi normalizando aos poucos. Passei a mão pelo rosto e me virei, ficando de costas a ele.
"Está doendo muito?" Perguntei preocupada.
"Só um pouco... Você ia me atacar, não é mesmo?"
Virei-me para ele dando um passo para me aproximar, ele recuou outra vez.
"Eu não vou te machucar." Eu disse a ele, tentando convencer a mim também.

***


Damon’s POV
"Eu não vou te machucar." Ela disse com convicção.
Isso fez algo ascender em mim, não sei o que foi, só sei que quando ela se aproximou mais de mim eu não tive vontade de recuar. Ela pegou em meu braço e eu gemi de dor, seu toque foi delicado, mas doeu.
"Desculpa." Ela sussurrou e depois rasgou a manga da minha blusa social, revelando o corte.
Ela o examinou e foi até o banheiro do quarto. Não demorando muito ela voltou com algumas coisas em mãos: uma metade de um pano escuro e outros dois claros, um pote de água e outro vazio e uma pinça. Ela se sentou na cama e indicou com a cabeça para que eu sentasse ao seu lado. Sentei-me. Ela pegou a pinça.
"Isso vai doer um pouco..." Disse e logo em seguida tirou um caco pequeno do corte, o jogando no copo vazio, aquilo doeu, mas eu não reclamei.
Depois ela pegou o pano escuro e amarrou em cima do corte estancando para que o sangue parasse de descer. Por fim, ela pegou um dos panos brancos, molhou no copo de água e secou o sangue que escorrera pelo meu braço, fazendo isso repetidas vezes. Eu a olhei e ela estava concentrada no que estava fazendo, tão concentrada que mordia o lábio inferior e... ela ainda assim concentrada, conseguia ficar linda. Eu ri com os meus pensamentos e ela me olhou.
"Do que está rindo?" Perguntou.
"Nada..." Eu disse, me perdendo em seus olhos castanhos brilhantes.
Ela sorriu e olhou para baixo timidamente. Levantei seu queixo com o dedo indicador para que ela me olhasse. "Me desculpa por eu ter desconfiado de você, de verdade. E obrigado por isso que está fazendo, você é a vampira mais incrível que eu já conheci em toda a minha vida."
Ela riu. "Sou a única que você conheceu, tirando Katherine."
"Eu sei." Sorri, aproximando meu rosto do dela calmamente até selar nossos lábios de vez. Iniciando um beijo calmo de gratidão e confiança.
Ela colocou suas mãos em minha nuca, me puxando para mais perto de si, eu entrelacei minhas mãos em seu cabelo liso e macio. O beijo dela era tão bom que acabaria se tornando um vício pra mim. Como eu não pensei em beijá-la antes? Aquele sentimento de dúvida que eu sentia em relação a ela foi desfeito e preenchido por uma certeza, eu tinha certeza que ela era confiável, que provas mais eu poderia ter depois disso?
Depois de um tempo ela interrompeu o beijo, ficando a poucos centímetros de mim e sussurrou ainda de olhos fechados.
"Você precisa sair daqui, Damon."
"Eu não quero." Sussurrei de volta, voltando a beijá-la. Ela virou seu rosto, fazendo com que eu beijasse sua bochecha. "Você não quer?" Perguntei.
"Não podemos fazer isso."
"Como não? Se Katherine e Stefan estão tendo um caso, por que não podemos ter também?"
"Sai daqui." Ela disse firme sem me olhar nos olhos.
Eu me levantei, chateado, e sai porta afora sem me despedir.

***


Katherine’s POV
Já faz quatro dias que eu não volto pra casa, parece até que não sentiu minha falta nesses dias porque nem veio me procurar, mas sabe, tanto faz eu já estou aprendendo a não me importar com isso. Eu não vou ser certinha só porque ela quer, eu agora sou Katherine Pierce, tenho outra vida e outros pensamentos... Katerina Petrova ficou no passado. E ela sabe muito bem disso.
Nesses quatros dias, as famílias fundadoras estão obcecadas em procurar por vampiros, eles fizeram uma invenção que apontava para o mesmo (isso porque eles já haviam descoberto que havia vampiros se passando por humanos) e se essa invenção apontasse o vampiro era pego, jogado na igreja e destruído, o que me assustou um pouco, pois a qualquer momento poderiam me descobrir e, para não me descobrirem, eu resolvi me passar de vítima e apontar para alguns vampiros por ali. É melhor outros serem pegos do que eu.
Mas caso eles me pegassem, eu faria um acordo com George Lockwood, um dos fundadores. Eu o daria a pedra da lua (o que ele queria tanto), e ele garantiria minha segurança no massacre e, assim, o acordo foi aceito.
Depois disso, procurei por Johnathan Gilbert, um dos fundadores, o criador de algumas invenções contra vampiros e que é apaixonado pela minha querida amiga Pearl.
"Olá, Johnathan." Eu o cumprimentei assim que o vi saindo de sua casa. "Está indo atrás de Pearl?"
"Katherine." Ele cumprimentou de volta, acenando a cabeça. "Por que a pergunta?"
"Porque se você for, eu sugiro que vá com uma de suas invenções. Pearl não é tão confiável como você pensa..." Eu pisquei e sai andando, deixando um Johnathan Gilbert confuso para trás, ele é inteligente e vai captar o recado.

***


Stefan’s POV
Eu estava na sala com meu pai, ele estava preparando algumas coisas para ir à caça aos vampiros. Ele e os outros fundadores estavam obcecados, e por isso eu estava com medo deles descobrirem algo sobre as irmãs Pierce.
"Pai, tem certeza que vocês querem levar essa caça adiante?" Perguntei.
"Que pergunta é essa, Stefan? É claro que queremos. Você por acaso quer ser morto por um deles?"
"Sei que alguns deles não vão me matar, alguns deles não são maus como pensam."
"Isso é um absurdo, não fale isso. Matar pessoas é da natureza deles, você anda lendo muitos livros de ficção, não é mesmo? Mas acontece que essa é a vida real, onde vampiros fazem mal." Ele disse, um pouco alterado.
"Ela ainda não me matou..." Eu disse para mim mesmo, meu pai me olhou espantado, ele escutou.
"Ela quem? Você anda tendo contato com uma vampira, Stefan?" Ele gritou.
"Não." Eu respondi, alarmado. "Eu nem disse isso."
"Quem é? Me fale."
"Não estou tentando contato com vampiros Pai, eu não seria maluco."
Meu pai pegou as coisas que estava arrumando e saiu da sala em passos largos dizendo que iria descobrir o que eu estava escondendo.
Durante a noite eu estava querendo ver Katherine, mas eu não podia sair de casa, meu pai me proibiu até essa coisa de vampiros acabar. Eu estava preocupado, e não podia fazer nada. Damon apareceu no quarto com um copo de chá.
"Ele disse para eu entregar isso a você." Ele disse, se referindo a nosso pai e me entregou o copo. Eu o peguei. "Dessa vez ele caprichou, está muito gostoso." Riu.
"Por que ele está fazendo esse gesto caridoso? Estava furioso comigo hoje cedo."
"Eu não sei." Ele deu de ombros. "Por que ele estava furioso com você?"
"Deixa pra lá, coisa de Giuseppe Salvatore."
"Mas é melhor aceitar o chá, isso é uma coisa que é difícil acontecer da parte dele. Caso contrário, irá arrumar outro motivo para ficar furioso com você." Ele saiu do quarto e eu tomei o chá que ainda estava quente.

#10


’s POV

Já faz cinco dias e nada de Katherine, onde será que ela se enfiou? O que será que está aprontando? Espero que ela saiba se cuidar né, apesar de eu estar chateada e um pouco brava com ela ainda me preocupo, e se algo acontecer não sei o que faço.
Também já faz cinco dias que não falo com Damon desde quando ele apareceu aqui e nos beijamos. Aquele beijo foi incrível, mas eu não posso me envolver com ele, eu não posso machucá-lo. Sim, eu sei, sou uma covarde.

*** ~ ***


"Você precisa ir embora, Damon." Eu sussurrei, ainda de olhos fechados.
"Eu não quero." Ele sussurrou de volta, voltando a me beijar. Virei meu rosto, fazendo com que ele beijasse minha bochecha. "Você não quer?" Perguntou, se referindo ao beijo.
"Não podemos fazer isso."
"Como não? Se Katherine e Stefan estão tendo um caso, por que não podemos ter também?"
Katherine era um caso perdido e ele não poderia comparar ela e Stefan com nossa situação, ele não sabia o que estava fazendo. Por mais que eu queira beijá-lo, eu não poderia fazer isso, não daria certo.
"Sai daqui." Eu disse firme, sem olhá-lo nos olhos. Na verdade, eu não queria que ele saísse.
Ele se levantou chateado e saiu porta afora sem se despedir.
"Espera." Eu o chamei, me levantando da cama e indo em sua direção. Ele parou no lado de fora da porta e me olhou. "Me desculpa por isso," Pedi. "Damon, eu queria muito que você continuasse aqui, queria muito que o beijo continuasse, mas..." Me enguasguei com as palavras. "Estou te mandando embora porque não podemos fazer isso, eu sou uma vampira e você é humano, e isso nunca daria certo no mundo em que vivemos. Uma hora ou outra alguém iria ficar sabendo e me matar, assim como acontecerá com Katherine quando descobrirem o que ela e Stefan andam tendo. E, depois, Stefan também irá ter consequências e eu não quero isso pra você. Eu gosto muito de você, e é por gostar tanto que quero que você esqueça o nosso beijo e só lembre de que eu te ajudei com o braço." Eu disse, olhando em seus olhos. "Agora vai embora pra sua casa e só pense em mim como uma boa amiga." Ele fez que sim com a cabeça e foi embora.


*** ~ ***


Sim, eu o hipnotizei. Era o melhor a ser feito, e deixe assim como está.
Uma batida na porta fez com que eu me assustasse e levantasse do sofá, a porta foi aberta as pressas e Anna entrou chorando.
"Pegaram minha mãe, ." Foi apenas o que ela disse para me fazer entrar em pânico também.

***


Stefan’s POV

Ao terminar o chá me deitei na cama, estava exausto. Tantas coisas acontecendo em Mystic Falls que simplesmente me deixavam atordoado, com dor de cabeça, cansado... e esse chá me fez bem.
Agora, o estranho foi Giuseppe Salvatore, vulgo meu pai, pedir para me entregar um chá, ele fez um chá pra mim, fizeram uma lavagem cerebral nele para ele mudar de uma hora pra outra? Antes ele estava estressado pela caça, gritando comigo e agora me agradando com um copo de chá, meu pai é definitivamente bipolar.
Fechei os olhos, respirei fundo e tentei me concentrar no sono, mas fui interrompido por algo que bateu na janela. Levantei-me da cama e a abri. Era Katherine. Ao vê-la fiquei aliviado por saber que estava bem. Ela sorriu e pediu permissão para entrar, ela entrou e se sentou em minha cama.
"Eu estava preocupado com você." Eu disse, me sentando ao seu lado. "Você tem que tomar cuidado ao andar por aí."
"Não se preocupe, eu sei me cuidar." Ela disse gentilmente. "Mas você não contou nada a ninguém sobre aquela noite né?"
"Não, a ninguém." Respondi.
"Ótimo." Ela se aproximou de mim e me beijou. Depois de um tempo, eu estava deitado em minha cama e ela sobre mim. "Estou com fome, Stefan." Ela disse entre o beijo.
"Quer que eu vá pegar algo?"
"Você sabe que eu não como qualquer coisa." Ela disse e me encarou. "Você gosta de mordidas?" Ela mordeu o lábio inferiror, ficando sexy, e como.
"Se forem as suas, eu adoro." Eu sorri maliciosamente.
"Então eu vou te morder, e você não vai gritar." Ela disse, olhando nos meus olhos, beijou meu pescoço e em seguida me mordeu. Eu não tive vontade de gritar por mais que aquela mordida doesse no fundo da minha alma, o que estava acontecendo afinal?

***


Katherine’s POV

Eu estava com tanta fome que foi inevitável não saborear o sangue de Stefan, que era tão doce e irresistível. Eu tive que hipnotizá-lo para que não gritasse, para que ninguém estragasse esse momento único e como ele é bonzinho, não questionou, por isso que eu já o amo.
Além disso, eu estava com um plano em mente, transformar Stefan como meu par para sempre, e agora ninguém iria me impedir de fazer isso. Mas ao sentir seu sangue em minha boca, comecei a me sentir fraca, olhei para Stefan e só conseguia ver borrões, isso significava que... Droga, maldita Verbena.
Tentei recuperar forças para ao menos levantar e não consegui, a Verbena estava rapidamente fazendo efeito dando leves queimações por dentro de mim. Eu estava ficando atordoada, meus olhos estavam pesando e eu lutava para continuar com eles abertos.
Ainda conseguia ouvir Stefan perguntando o que estava acontecendo comigo ou algo do tipo, ouvi a porta sendo aberta violentamente e senti mãos me agarrando, me tirando de cima dele. Eu não sabia quem era que estava me tirando dali, mas duas coisas eu sabia: eu fui pega e alguém usou Stefan para que isso fosse possível.
A última coisa que consegui ver foi Stefan me observando ser carregada porta a fora e depois tudo ficou escuro.

***


’s POV

"Precisamos fazer alguma coisa." Anna dizia em meio ao choro. Eu não estava conseguindo raciocinar, estava nervosa de mais para isso.
Droga, se Pearl já foi pega as próximas podem ser nós... e ao pensar em Pearl comecei a pensar em Katherine também. Se eu não vejo há dias, pode ser que ela também tenha sido pega. Droga, duas vezes.
"Vamos fazer alguma coisa..." Anna ainda dizia.
"Não temos o que fazer, Anna." Eu disse impaciente. "Se formos até lá vamos ser pegas."
"Melhor ser pega do que ficar sem minha mãe." Ela disse e saiu correndo porta a fora. Corri atrás dela.
"Anna, nós não podemos." Eu gritava, tentando alcançá-la. Ela me ignorava, continuando a correr mais e mais rápido. "Pelo menos você sabe onde ela está?"
Ela parou de correr finalmente. "Eles a levaram para a igreja."
"Como sabe?"
"Eu não sei se ela está lá, mas é lá que eles planejavam jogar os vampiros."
Saímos da fazenda e fomos para a floresta a caminho da tumba que ficava atrás da igreja.
Começamos a ouvir um barulho alto insuportável. O barulho era tão alto que chegava a doer os ouvidos, ouvi Anna gritar e logo em seguida caí no chão com muita dor de cabeça por causa desse maldito som.
Minha cabeça latejava, coloquei minhas duas mãos em meus cabelos e os puxei de agonia. O que estava acontecendo? Se isso fosse a morte, eu poderia jurar que estava a beira dela. Ouvi vozes se aproximando e algumas gritando. Tentei levantar minha cabeça ao máximo para poder ver de quem eram as vozes, não consegui levantar por completo, mas vi dois pares de pés em minha frente.
Um desses pares de pés se agachou para me olhar, e tentei abrir a boca para pedir ajuda ao perceber que se tratava de Jhonatan Gibert. Mas foi em vão, não tinha forças.
Senti algo perfurar meu braço logo depois dele pronunciar: 'Te peguei!'. Em seguida tudo ficou escuro.

#11


Damon’s POV

Ouvi um estrondo vindo do quarto de Stefan, me levantei da minha cama e sai do quarto. Ao parar no corredor vi meu pai puxando uma menina, olhei para a mesma e era Katherine. Droga. Corri ao alcance de meu pai ficando em frente dele.
"O que está fazendo, pai?" Perguntei alarmado.
"Sai da minha frente, Damon." Ele pediu furioso, se desviando de mim.
Puxei seu braço e em seguida senti sua mão pesada em punho contra meu rosto. A dor fora tão intensa que me desequilibrei e cai no chão, vendo meu pai levar Katherine para o andar de baixo. Meu rosto estava doendo devido ao soco, senti sangue escorrer pelo meu nariz.
"Ele te bateu?" Stefan perguntou espantado atrás de mim.
"Você contou a ele, Stefan?" Eu perguntei, me referindo ao segredo das irmãs Pierce. Levantei-me e o olhei furioso.
"Não, eu juro. Quer dizer, eu só mencionei uma coisa, mas não envolvi o nome delas."
"Como ele conseguiu pegar Katherine?" "Será que foi o chá?... Isso, ele deve ter colocado verbena no meu chá." "Você é estúpido, Stefan... Ele vai matá-la, vai matar a . Stefan, você prometeu." Eu disse inconsolavelmente.
"Eu não fiz por mal, irmão." Stefan choramingou. "Ele descobriu..."
"Por sua causa."
"Podemos ir atrás delas, vamos tira-las de lá." Ele disse esperançoso, e saímos correndo dali.

***


Katherine’s POV

Abri meus olhos e encarei o teto. O teto continha variados tipos de desenhos, acho que eram anjos, não conseguia distinguir. É o teto da igreja, então já estou no local do massacre, que ótimo.
Revirei os olhos e me levantei, em volta havia mais alguns corpos jogados ao chão, meus "amiguinhos". Levantei-me, indo até a porta de saída, estava trancada, era lógico, eles não seriam tão burros em deixá-la aberta. Voltei ao lugar onde eu estava antes e me sentei, respirando fundo, agora é só esperar George Lockwood chegar, espero que não demore.
Ao ficar ali parada, olhando para o nada, pude me lembrar do que me fez chegar até aqui... Não duvido nada de que foi Giuseppe que me trouxe, mas como ele me descobriu? Stefan contou, só pode. Ele foi o único que eu contei, não espera, eu também contei a Damon, mas eu o hipnotizei. Será que ele voltou a se lembrar das coisas que eu o fiz esquecer? Lógico que não, Katherine, não pira, isso é impossível. Então só pode ter sido Stefan mesmo, mas ele me prometeu... Tudo bem que às vezes pessoas prometem algo e não cumprem, eu sou uma delas, mas Stefan não faria isso, faria? Quero acreditar que não.
E por falar nisso, e quanto a ? Se eu estou aqui, é provável que Giuseppe tenha ido atrás dela também. Droga.
Ouvi a porta sendo aberta, corri para trás do banco a fim de me esconder de quem quer que estivesse ali. A porta foi fechada e a pessoa andou pelo corredor.
"Cadê você...?" A pessoa perguntou mais para si mesma, pude reconhecê-lo, era ele.
"Caramba, George, quase me mata de susto." Eu reclamei, saindo de trás do banco.
"Ué, mas você já está morta." Ele tentou ser engraçado.
"Não teve graça." Revirei os olhos. "E aí vai me tirar daqui ou o que?"
"Está com a pedra da lua?"
Coloquei a mão no bolso do meu vestido e tirei a pedra dali, a estendendo para ele.
"Ótimo..." Ele pegou e examinou. "Onde roubou ela?"
"Não te interessa." "Katherine, previsível como sempre, mudando de humor a todo o momento..." "Eu peguei da casa do vampiro original junto com a pedra Lazuli. Achei bonita e resolvi pegar." Dei de ombros, isso não era completamente a verdade, eu sabia que essa pedra era importante para Klaus e a roubei de propósito."
Ele a guardou. "Agora vamos sair daqui sem mais perda de tempo, antes que alguém nos pegue." Ele saiu andando em direção à porta de saída.
"Espera" Eu disse e ele me olhou. "Preciso ver se minha irmã não está entre eles." Eu comecei a procurá-la entre aqueles corpos.
"Ela não está aqui, ainda não a trouxeram e nem sei se a pegaram."
"Precisamos dar um jeito de ela fugir comigo."
"Não tem o que fazer, Katherine, se você ficar aqui mais um minuto sequer vai acabar morrendo aqui com eles e não é isso que você quer, é? Você me pediu pra te ajudar a forjar sua morte e é isso que vou fazer então vamos sair daqui logo." Ele saiu andando até a galeria do coral e eu o segui, abaixo do mesmo havia uma saída secreta, ele a abriu, olhou para os dois lados para se certificar de que não havia ninguém ali e saiu, eu saí logo atrás dele. Ele se virou para mim.
"Agora corre e não volte mais aqui, entendeu?" Ele disse.
"Dê um jeito de não deixar minha irmã morrer ali dentro, isso ainda faz parte do acordo." Respirei fundo, fechando os meus olhos.
Sinto muito, irmã... mas não posso ficar para ajuda-la. Olhei uma última vez para Lockwood, que assentiu com a cabeça, e sai correndo sem ao menos olhar para trás.

***


’s POV

Abri meus olhos, ainda me sentia cansada. Levantei-me e olhei ao meu redor, estava na igreja Fell. Droga.
No chão havia mais vampiros desacordados, outros estavam sentados nos bancos em silêncio, outros estavam em pé chorando ou gritando, havia dois ao meu lado me fitando. Levantei-me à procura de Anna, chamei-a e não obtive resposta o que me deixou desesperada, respirei fundo, fechando os meus olhos e tentando ao máximo não gritar em desespero, pois eu estava com medo. Andei em volta da igreja olhando para o chão entre os corpos e vi Anna ainda desacordada, corri até ela, me ajoelhando a seu lado.
"Anna?" A balancei. Logo em seguida ela abriu os olhos, se levantando rapidamente.
"Como fomos deixar que isso acontecesse, ?" Ela perguntou desesperada.
"Se ficássemos em casa, nada disso teria acontecido."
"Está me culpando por estarmos aqui?"
"Isso não interessa mais, agora estamos aqui prestes a morrer." Me levantei.
Anna passou a mão no rosto impaciente, foi até o palco da igreja onde eu acordara minutos antes e se sentou. Fui até ela.
"Pense em algo pra sairmos daqui." Ela disse.
"Desiste disso, não tem como. Se eu pelo menos fosse bruxa..."
"Precisamos sair daqui!" Anna gritou, me interrompendo.
"Anna, não adianta ficar desse jeito, não temos como sair daqui." Eu disse impaciente, me afastando dela e indo para trás do palco.
Sentei-me ao chão e fiquei ali esperando a morte vir, irônico não!? Fechei meus olhos e deixei que as lágrimas escorressem pelo meu rosto, eu não queria morrer... não agora. Senti braços me envolverem, olhei para o lado, Anna estava ali.
"Desculpe-me." Pediu ela, encostando sua cabeça na minha.
Fechei meus olhos novamente e ficamos ali paradas. Saber que você vai morrer já não é legal, agora saber que você vai morrer daqui algumas horas é péssimo. Senti mais lágrimas escorrerem pelos meus olhos ao me lembrar de Katherine, eu não a vi aqui e não faço ideia de onde esteja, mas espero que pelo menos esteja segura e se não estiver... foi bom o tempo que passei com ela. Respirei fundo e abracei Anna com força.

***


Damon’s POV

Eu e Stefan corríamos o máximo possível para chegar até a igreja Fell antes de ser incendiada para podermos tirar as irmãs de lá. Eu não me importava muito com Katherine, Stefan que se vire com ela, minha preocupação era com ... Ela não poderia morrer ali, ela não merecia.
Eu estava me sentindo cansado de tanto correr, mas eu não podia parar, não agora.
"Vai, Stefan, corre mais rápido." Eu disse ao meu irmão quando o vi centímetros longe de mim.
Conseguimos finalmente chegar à estrada que levava a igreja, ela ficava um pouco longe de casa. A cada passo que eu dava, mais em eu pensava e isso me incentivava a correr mais rápido.
"Damon." Ouvi Stefan gritar e percebi que ele havia parado de correr.
Olhei para trás ainda correndo, vi Stefan caído ao chão... morto? Meu pai estava logo atrás dele com uma espingarda na mão.
Ao olhar para frente novamente dei de cara com Johnathan Gilbert que me puxou pelo braço, me levando para perto do meu pai, tentei me soltar, mas não consegui ele era mais forte que eu. Johnathan me jogou no chão ao lado de Stefan.
"Por que você atirou nele?" Eu estava em pânico.
"É uma vergonha ver meus dois filhos tentando salvar criaturas da noite." Meu pai disse furioso, e apontou a espingarda para mim. "E eu não vou permitir que isso aconteça." Fechei meus olhos firmemente para não ver o que aconteceria a seguir.
Senti uma lágrima escorrer pelo meu rosto, eu estava apavorado, Como meu pai tinha coragem de matar seus próprios filhos?
Silêncio.
Não conseguia ouvir mais nada, não ouvia tiro e nem Johnathan e meu pai. Imaginei que eu já estava morto, mas ainda sentia meu coração batendo aceleradamente. Abri meus olhos devagar, vi meu pai ainda apontando sua arma para mim e depois tudo escureceu.

#12


Katherine’s POV

Enquanto eu corria, vi Emily Bennett a frente de uma carruagem. Corri até ela.
"Só estava te esperando chegar. Entre." Ela disse, apontando para a carruagem, eu entrei e ela entrou logo atrás de mim, se sentando a minha frente. A carruagem começou a andar e ela olhou pela janela sem falar nada.
"Para onde está me levando?" Perguntei.
"Para longe de Mystic Falls." Ela respondeu, ainda olhando pela janela.
"Quem te pediu isso?"
"Estou te ajudando, Katherine, agradeça." Ela sorriu, olhando para mim. "Não foi você mesma quem disse que eu estava em sua dívida?"
Olhei pela janela, estávamos em uma estrada indo para o lado oposto da igreja onde eu estava. Permaneci em silêncio, apenas observando a imagem do lado de fora.
Minutos depois vi dois corpos jogados ao canto da estrada, mais dois vampiros pegos. Coitados. A carruagem passou por eles e eu me levantei, colocando a cabeça para fora a fim de olhar a situação dos corpos.
"STEFAN?!" Gritei assim que meus olhos bateram nele ali, caído no chão. "Pare a carruagem." Gritei e sai dela.
"Katherine, não!" Emily disse e saiu da carruagem também. Eu a ignorei e corri até Stefan, me ajoelhando ao seu lado.
"O que aconteceu?" Virei seu rosto para mim e ele estava pálido, sua roupa estava cheia de sangue, ele foi baleado. Ao seu lado estava Damon, que também estava baleado.
"Katherine, precisamos sair daqui agora." Emily disse, impaciente, do lado da carruagem.
"Um dia estaremos juntos novamente e para sempre." Beijei seu rosto. "Eu prometo." Corri de volta para a carruagem.

***


’s POV

Ouvi um barulho vindo da parede à frente de onde eu e Anna estávamos. Deve ser um rato, então nem demos atenção. O barulho continuou e Anna foi até lá ver o que estava fazendo o barulho.
", olha..." Ela me chamou e abriu uma pequena porta, olhou para dentro dela e gritou, se assustou com algo.
"Shhhhh." Alguém pediu. Anna voltou para onde eu estava e um homem apareceu naquela porta, olhando para nós duas. "Venham por aqui." Ele cochichou.
"Por que iríamos com você?" Perguntei, também cochichando.
"Você é Pierce?" Ele perguntou, afirmei com a cabeça. "Ótimo, então venha comigo."
Eu e Anna nos olhamos em dúvida e talvez um pouco de medo dele.
"Agora, não temos tempo para demora." Ele disse e desapareceu, eu o segui e Anna logo atrás. Passamos por outra porta e já estávamos fora da igreja. Ele fechou a porta e nos olhou. "Agora fujam daqui antes que os caçadores as vejam."
"Você é George Lockwood, um dos caçadores, por que confiaríamos em você?" Anna perguntou.
"Porque eu as ajudei a sair daquela igreja, então vocês deveriam me agradecer por eu ter evitado a morte das duas fugindo daqui, agora."
"Por que nos ajudou a sair dali? Isso não faz sentido..."
"Anna, sem mais perguntas, Vamos sair daqui logo." Eu puxei seu braço.
"Anda, vampira, escute sua amiga." Ele disse a ela. "Saiam de Mystic Falls agora que dá tempo."
Anna se virou para mim e saímos correndo dali.
"Para onde vamos?" Ela perguntou.
"Não sei, mas pra bem longe daqui."
"E quanto minha mãe... e Katherine?"
"Sinceramente eu não sei... Eu sinto muito se algo aconteceu a elas, mas agora que já estamos aqui, vamos embora logo."

***


Damon’s POV

Katherine se alimentava de um rapaz a minha frente com muita vontade. Ela olhou para mim sorrindo, ainda com sangue nos lábios. Aproximou-se de mim e me beijou.

+++


Eu estava deitado em minha cama e Katherine em cima de mim.
"Seu sangue é melhor do que o de Stefan." Ela disse, depois de beber um pouco do meu sangue e depositando um beijo no local. Ela me olhou. "Promete pra mim que não vai contar esse segredo a ninguém..."
"Eu prometo."


+++


"Você saiu do exército por causa de Katherine? Você é malucou ou o que?" Meu pai gritava e me balançava freneticamente e violentamente com suas mãos.
"Estou apaixonado, pai, não posso ficar sem ela." Eu disse.
"Apaixonado? Como apaixonado, Damon? Isso é um absurdo. E não merece nem a minha atenção." Ele me soltou e saiu da sala. Katherine apareceu em seguida, me olhando com um sorriso no rosto.
"Coragem a sua de contar a seu pai que está apaixonado por mim, e ainda desistir do exército por isso." Disse ela.
"Eu não consegui ficar lá sem você."
"Mas o exército é importante..."
"Você é mais importante pra mim." Eu me aproximei dela.
"Seu pai está furioso com você por essa decisão, ele quase te bateu, Damon..."
"Eu não ligo."
"Mas eu sim." Ela se virou contra mim, em direção à cozinha.
"Aonde vai?" "Tentar fazer seu pai esquecer o que você disse." Ela se aproximou mais de mim, colando nossos corpos e me beijando. Olhou em meus olhos e sorriu. "Você vai esquecer o que aconteceu aqui nessa sala, vai se esquecer do motivo pelo qual desistiu do exército e, principalmente, vai esquecer que está apaixonado por mim."


+++


"Será que eu tenho que repetir? Eu não fiquei com você por te achar mais atraente, você não é. Eu gosto do Stefan e não de você, ainda não entendeu? Eu só fui pra cama com você pra fazer ciúmes nele, acorda, Damon. Olha pra você, acha mesmo que eu iria me interessar?" Ela riu sarcasticamente. "Só quero que você esqueça qualquer coisa que aconteceu entre a gente." Katherine gritou e depois subiu escadas acima com Stefan.
"Você está bem?" perguntou.
"Eu pareço bem?" Olhei para ela. "Agora entendi o porquê ela não era boa para mim... Desculpa por eu não ter te ouvido."


+++


"Me desculpa por eu ter desconfiado de você, de verdade e obrigado por isso que está fazendo, você é a vampira mais incrível que eu já conheci em toda a minha vida." Eu disse a .
Ela riu. "Sou a única que você conheceu, tirando Katherine."
"Eu sei." Sorri, aproximando meu rosto do dela calmamente até selar nossos lábios de vez. Iniciando um beijo calmo de gratidão e confiança. Ela colocou suas mãos em minha nuca me puxando para mais perto de si, eu entrelacei minhas mãos em seu cabelo.
"Você precisa ir embora, Damon."
"Eu não quero..." Eu sussurrei de volta, voltando a beijá-la. Ela virou seu rosto, fazendo com que eu beijasse sua bochecha. "Você não quer?" Perguntei.
"Não podemos fazer isso."
"Como não? Se Katherine e Stefan estão tendo um caso, por que não podemos ter também?"
"Vai embora." Ela disse firme, sem me olhar nos olhos.
Eu me levantei, chateado, e sai porta afora sem me despedir.
"Espera." Ela me chamou, se levantando do sofá e indo em minha direção. "Me desculpa por isso," Pediu. "Damon, eu queria muito que você continuasse aqui, queria muito que o beijo continuasse, mas... Estou te mandando embora porque não podemos fazer isso, eu sou uma vampira e você é humano, e isso nunca daria certo no mundo em que vivemos. Uma hora ou outra alguém iria ficar sabendo e me matar, assim como acontecerá com Katherine quando descobrirem o que ela e Stefan andam tendo. E depois Stefan também irá ter consequências e eu não quero isso pra você. Eu gosto muito de você, e é por gostar tanto que quero que você esqueça o nosso beijo e só lembre de que eu te ajudei com o braço. Agora vai embora pra sua casa e só pense em mim como uma boa amiga."


*** ~ ***


Alguns flashbacks vieram de vez em minha cabeça, lembranças que eu fui obrigado a esquecer.
Eu estava apaixonado por Katherine!? Tive um caso com ela!? Ela me humilhou na frente de Stefan e a também viu... Eu sabia o tempo todo que Katherine era vampira!?
E me fez esquecer do nosso beijo por estar com medo de que algo acontecesse? E mesmo assim aconteceu, estou morto. Ela gosta de mim... e fez o certo pensando em mim, diferente de Katherine.
Katherine que só pensava nela... e eu a deixei se alimentar de mim? Como deixei isso acontecer? Sou um idiota mesmo. Espera, como estou pensando isso se eu morri?
Abri meus olhos, eu ainda estava no local onde fui morto por Giuseppe Salvatore, meu próprio pai. Levantei-me rapidamente e vi Stefan ainda ali ao meu lado, desacordado, me abaixei.
"Stefan?" O chamei e não obtive resposta.
Sentei-me no chão, olhando ao redor, lembrando a cena de ontem e o motivo para eu ser morto... - ? Droga. - Me levantei rapidamente e corri em direção à igreja Fell. Corri o máximo que pude, o que fez com que eu chegasse lá em questão de segundos. Mas ao chegar já era tarde demais, a igreja já estava sendo incendiada.

#13


No dia seguinte...

Stefan’s POV

Abri meus olhos e me levantei. Eu estava na estrada onde corria com Damon, mas por que estava aqui desacordado no chão? O que aconteceu? Olhei ao meu redor e estava sozinho, nenhum sinal de Damon. Onde ele está?
"Você está se sentindo bem, não é mesmo?" Ouvi uma moça perguntar, olhei para ela. "Eu sou Emily Bennett e você Stefan Salvatore, certo?" Assenti com a cabeça. "Katherine falou muito de você, e pediu para te entregar isso." Ela estendeu um anel a mim e eu o peguei. "Isso permite que você ande na luz do dia sem ser queimado."
"Sem ser queimado? Como assim?"
"Você é um vampiro agora, Stefan."
"VAMPIRO?" Eu repeti alarmado.
"Quer dizer, você está se transformando em um, assim como Damon. Katherine os compeliu por semanas para beberem o seu sangue."
"Damon também? Mas por que ela faria isso?"
"Esse era o plano dela garoto, então quando você morreu já havia morrido com o sangue de Katherine no organismo." Ela saiu andando.
Katherine transformou Damon e eu em vampiros? Por que isso seria um plano? Virar vampiro não estava em meus planos... E eu morri? Como? Por quem?
"Jogue isso fora, Stefan, não vamos nos transformar em vampiros." Ouvi Damon.
"Mas vamos morrer se não nos transformarmos."
"Eu prefiro morrer a me tornar um monstro."
"Mas nem todos os vampiros são monstros, lembra? e Katherine não são..."
"A Katherine era sim, um monstro sem sentimentos. A ..." Ele abaixou a cabeça. "Não vou conseguir viver sabendo que ela está morta."
"Morta?"
"Ontem à noite eu fui até a igreja e já era tarde..."
Katherine e mortas também? E eu não consegui fazer nada para poder salvá-las. Tudo isso por minha culpa.
Guardei o anel no bolso. Damon e eu concordamos em não completar a transição e morrermos de vez.
Eu queria saber como aconteceu para eu morrer e, assim, sobreviver, mas antes eu quis ir me despedir do meu pai, não poderia morrer sem dar um adeus a ele. Damon não deixou que eu fosse, mas corri dele e assim consegui chegar até a fazenda, ele não me seguiu.
Entrei na fazenda e fui até o escritório do meu pai, a porta estava aberta, sinal de que ele estava lá. O ouvi conversando com alguém, era o Xerife Forbes. Parei na porta assim que ouvi meu pai citando a mim e Damon na conversa.
"Um acordo, Damon e Stefan não vão ser lembrados como dois traidores na história da cidade, entendeu? A partir de ontem os dois morreram de vez." Disse ele.
"Você não devia os ter matado Giuseppe, são seus filhos." Disse o Xerife.
"Devia sim, e não me arrependo. Os dois me envergonharam se apaixonando por aberrações e tentando salvá-las... eu não poderia deixar que isso acontecesse."
Então foi meu pai quem me matou? Meu próprio pai? Matou a mim e a Damon por vergonha? Ao ouvir isso me senti arrasado. Senti lágrimas escorrerem pelo meu rosto, eu estava chateado e ao mesmo tempo sentia raiva dele... Giuseppe Salvatore desprezando os próprios filhos?!
Xerife Forbes se despediu do meu pai depois de um tempo e saiu pela porta, eu me escondi para ele não me ver e logo depois entrei na sala. Ao me ver meu pai se assusta e logo em seguida fica furioso.
"O que está fazendo aqui, Stefan?" Ele disse entre dentes.
"Surpreso em me ver? Eu vim aqui para me despedir, mas aí descubro que você matou seus filhos sem arrependimento." Eu disse, sentindo a raiva crescer.
"Matei mesmo, vocês me causaram vergonha. E era pra você estar morto... MORTO." Ele gritou. "Espera... Você agora é um deles não é?"
"Eu não vou completar a transição, eu vou morrer." Sem dar ouvidos e me ignorando, completamente transtornado, meu pai quebrou uma cadeira e pegou um pedaço afiado de madeira para usar como estaca e se jogou contra mim a fim de me atingir.
Mas, reagindo com uma força surpreendente, o empurrei com uma força brutal fazendo-o parar do outro lado da sala e caindo em cima da estaca, perfurando seu pulmão. Corri até ele e me ajoelhei ao seu lado.
"Pai... Me desculpa, eu não queria fazer isso." Eu tirei a estaca dele e a joguei longe, notei que meus dedos estavam com sangue por causa da estaca. O cheiro do sangue invadiu minhas narinas, me deixando embriagado, não resisti e levei o dedo na boca. O gosto era diferente, era bom e eu queria mais e minha vontade estava enorme.
Olhei para meu pai e ele me olhava horrorizado. Aproximei-me dele a procura de mais sangue, e avancei. Assim, completei minha transformação...

#14


Damon’s POV

Giuseppe vai acabar matando Stefan novamente, mas eu não vou atrás para impedir isso, não mesmo. A questão não é que eu não me preocupo com meu irmão, eu me preocupo sim, mas não vou até lá e dar de cara com aquele homem que nos matou, eu ia avisar para Stefan, mas ele saiu correndo. E se Giuseppe matar Stefan, eu juro que o mato com minhas próprias mãos, assim como ele fez com seus filhos.
"Damon?" Uma moça me chamou, fazendo com que eu me assustasse. Virei-me para olhá-la, era a mesma moça que havia dado um anel a Stefan momentos antes.
"O que foi?" Perguntei, desinteressado.
"Você está bem?" Ela perguntou, parecendo preocupada.
"Não, eu morri. Parece que estou bem assim?"
"Você poderá viver eternamente, isso é legal."
"Isso não é legal." Eu alterei minha voz. "Viver eternamente sem a menina com quem eu poderia viver eternamente não é legal. Saber que ela está morta não é legal. Saber que a irmã dela, vampira má sem sentimentos e completamente maluca, te transformou em vampiro e apagou completamente todas as suas memórias não é legal..."
"Tudo bem." Ela disse ainda calmamente. "De qualquer forma, vim te entregar isso." Ela me mostrou um anel igual ao que deu para Stefan e o colocou no chão. "Eu acabei ouvindo sua conversa com Stefan, e mesmo que vocês queiram morrer juntos sem completar a transição, pelo menos pegue o anel, assim você não morre queimado e sim..."
"Desidratado? Prefiro morrer queimado. Não é uma má ideia." Eu a interrompi. "Katherine quem pediu para me entregar isso também?" Ela assentiu com a cabeça. "Mas eu não vou aceitar, pode ir lá devolver a ela na igreja pra que isso vá para o inferno junto com ela."
"Katherine não foi para o inferno e não vai tão cedo."
"Então foi pra onde? Do jeito que ela era, o inferno cairia muito bem." Soltei uma risada sarcástica.
Emily sorriu em resposta virando as costas para mim e saindo logo em seguida.
Olhei para o anel que ela deixara no chão, virei as costas e sai dali o deixando para trás. Eu realmente não me importo.

***


Stefan’s POV

Depois de matar meu pai eu me sentia diferente, e bem. E é claro que eu estava me sentindo culpado por ter feito isso. Mas juntar surpresa por saber que ele matou seus filhos e não sentia remorso por tal fato, juntar raiva por descobrir isso da pior forma e juntar fome... Coisa boa que não iria sair.
Sai da fazenda para me encontrar com Damon novamente, peguei o anel que Emily me entregara e o coloquei no dedo. Passei pela estrada onde corri de Damon e vi um anel igual ao meu jogado ali, o peguei, deve ser de Damon. Continuei a procura dele e o achei em um lugar bem afastado, um lugar escondido, ele estava sentado nas escadas de uma casinha. Virei as costas e sai a procura de alguém para completar a transição de Damon, eu iria o convencer disso.
Minutos depois, voltei ao local onde ele estava com uma moça hipnotizada por mim.
"Damon, eu achei isso." Joguei o anel em sua direção, ele o pegou ainda de costas e o colocou de lado.
"Não vou usar isso." Ele disse. "E acredito que você também não."
"Eu completei minha transição, Damon, matei nosso pai." Confessei rapidamente.
"Você matou nosso pai?" Ele levantou e se virou para mim, se assustando com a moça que eu carregava. "O que você fez?"
Furei o pescoço da moça e joguei em cima de Damon. "Prove."
"Isso é um absurdo, Stefan, fizemos um acordo de não completar a transição." Ele jogou a moça no chão.
"Irmão, olha só," Me aproximei dele o abraçando de lado. "Vamos ter uma vida nova, poderemos fazer o que quisermos e quando quisermos... Poderemos viver mais de cem anos, correr mais rápido que qualquer um..."
"E se alimentar de pessoas inocentes. Você quer virar um monstro, Stefan?" Ele se afastou de mim. "Quer dizer, você já se transformou matando nosso pai. O que deu em você pra fazer isso?"
"Eu não resisti... e ele tentou me matar com uma estaca, eu me defendi. E antes ele me matou, ele nos matou, Eu o ouvi falando com o Xerife Forbes."
"Eu já sabia disso..."
"Você já sabia? E não me contou?"
"Eu tentei, Stefan! Eu o vi apontando a espingarda pra mim depois de ter atirado em você... Johnathan me levou até ele."
"Johnathan Gilbert estava com ele quando isso aconteceu? Tá vendo, mais um motivo pra você viver e se vingar dele por não ter impedido nossa morte."
"Eu não quero viver por vingança. Eu não quero viver sem a ... Eu não vou conseguir."
"Vai sim. Irmão, estamos juntos nessa. Não foi só você quem perdeu alguém. Vamos superar isso juntos..." Eu peguei a moça e a aproximei de Damon. "Se você a provar, vai acabar com seu sofrimento, funcionou comigo. O sabor é muito bom, Damon. Experimente." Damon resistiu várias vezes, mas aos poucos consegui fazer com que ele avançasse na moça.

***

Damon’s POV

Ter contato com sangue pela primeira vez foi algo surpreendentemente bom, a cada vez que eu engolia queria sentir mais e mais aquilo descendo pelo meu estômago. Mas ao me tocar no que estava fazendo me afastei da moça, limpei minha boca e olhei para Stefan, enojado pelo que acabei da fazer, enojado pela atitude dele de matar nosso pai e me convencer a matar essa moça.
Ao olhar para meu irmão vi seu sorriso, que antes passava uma imagem de inocência, agora passava a imagem de um assassino. Fiquei revoltado por Katherine tê-lo transformado nisso, ou pior, ter nos transformado nisso. Eu estava sentindo muita raiva dela chegando perto do ódio.
"Eu não fiz isso..." Falei comigo mesmo, não queria acreditar nisso que eu acabara de fazer.
"Você fez." Stefan afirmou.
"Katherine conseguiu te transformar em um monstro!
"Eu não me transformei em um monstro irmão, estou apenas seguindo a natureza de um vampiro."
Peguei o anel que deixei na escada, o coloquei no dedo e sai dali sem olhar para Stefan, eu estava sentindo raiva dele. Estava com raiva do meu próprio irmão... Ou talvez esse não era meu irmão, eu nunca senti raiva de Stefan mesmo quando ele quebrou aquela promessa. Meu irmão se foi no momento em que foi baleado por seu pai.
"Damon, aonde você vai?" perguntou ele.
"Eu vou embora daqui e VOCÊ vai ficar aqui!!"
"Você não pode simplesmente ir embora."
"Eu posso sim. Mystic Falls não é cidade para vampiros não é mesmo? E graças a você todos eles estão mortos, incluindo e sua amada Katherine. Se eu continuar aqui vão me matar também, e não ligo mais para o que vai ou deixa de acontecer com você. Por sua causa nosso pai nos matou e agora nossa vida vai virar um inferno... E eu te juro Stefan, por tudo isso que aconteceu vou fazer da sua eternidade um inferno também ou eu não me chamo Damon Salvatore.

Fim



Nota da autora: Oi Meninas.
Chegamos a ultima atualização da história, e o que acharam? Deixe seu comentário aí em baixo.
Eu realmente gostei de escrever essa fic, já que foi a primeira... E amei cada comentário que vocês deixaram aqui, significaram muito para mim por saber que ficaram satisfeitas com ela. Muito obrigada por isso. <3
Ah, e se vocês é daquelas que ama livros dê uma olhada na minha outra fic (clique aqui), espero que gostem também.
Um grande beijo <3




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Para saber quando essa fic vai atualizar, acompanhe aqui.



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