Última atualização: 30/04/2018

Capítulo Único

começava a processar todos os acontecimentos desenrolados naquela noite.

O manto azul escuro com pontos brilhantes cobria o céu a aquela altura. A madrugada caía e embora os ponteiros do relógio dissessem que era tarde, sabia que a festa estava apenas começando no grande salão do Palácio de Buckingham. Para os noivos, porém, a comemoração havia ganhado seu desfecho pouco após a valsa, meia hora antes.

Por mais que estivesse sentado sobre colchão macio, aposentos escuros e visão focada na decoração carregada de luxo que a família real insistia em ostentar por debaixo dos panos, se fechasse os olhos ainda seria capaz de enxergar toda a movimentação que compôs sua festa de casamento. Uma infinidade de pessoas estava presente. Ele nunca tinha visto pessoalmente nem metade daqueles indivíduos — saber seus nomes, então, era uma missão que não seria capaz de executar —, mas todos cumpriam muito bem com o papel de sorrir, levantar taças mergulhadas em Dom Pérignon e desejar felicidades ao casal que estrelava a noite, tudo em meio à brindes e música alta.

Todos estavam lá para enaltecer seu casamento com a princesa de Windsor, Isabelita Catarina Alexandra, também conhecida nos bastidores como a futura rainha da Inglaterra.

Ele agora era casado com uma das mulheres mais importantes de sua nação, na atualidade, e que com certeza continuaria sendo nos anos posteriores exatamente como suas ancestrais eram. A aliança de ouro — anel que havia pertencido há outros tantos homens que compuseram a linhagem real — pesava-lhe no anelar, apertando-o como algema. Casado. Ele estava casado. Aquela maldita joia não permitia que dissesse o contrário.

Apoiou os cotovelos nos joelhos, postura curvada e dedos bagunçando os cabelos que os cabeleireiros reais insistiram em domar para o casamento. Tinha 27 anos e com certeza passou por diversos tipos de situação em sua vida, mas nunca havia se sentido tão encurralado quanto naquele momento — nem mesmo quando estava em pé, no altar, poucas horas antes. Ali, diante dos convidados, de sua família, de sua noiva e da representação de Deus, a ficha do que estava acontecendo não havia caído. Não como estava acontecendo agora.

Céus, o que ele tinha feito?

Grande parte da população masculina da Inglaterra gostaria de estar em seu lugar, ele sabia, mas definitivamente ele não desejava ter nada daquilo. Não queria o casamento. Não queria . Não queria o título que receberia do rei Edward por ter se casado com sua primogênita.

Ele queria Joanne. Única e apenas Joanne.

Tudo havia sido meticulosamente planejado. Se Joanne tivesse aceitado sua proposta, eles estariam rumo à uma vida juntos, sem qualquer membro da família real envolvido. Seriam felizes- sim, ele tinha certeza absoluta de que seriam felizes! Se amavam, tinham tudo para dar certo! Mas Joanne recusou. Não só não aceitou como também rompeu o relacionamento que haviam construído e ele, com raiva, dobrou-se à vontade dos pais. Vestiu o terno. Arrumou-se. Disse "sim" à para que toda a igreja — e Inglaterra — pudesse ouvir.

Naquele instante, queria fugir. Estava no último andar de um palácio coberto por seguranças, porém. Não conhecia as passagens secretas, também, mesmo ciente de que elas existiam e que poderiam estar mais próximas do que ele poderia imaginar.

Suspirou, derrotado. Era um covarde.

As mãos desceram dos cabelos para o rosto, a pele livre de qualquer barba naquele momento. Foi quando olhou para o lado e notou que ali, sobre a escrivaninha, havia uma caixa de veludo escuro — preto, provavelmente, mas o quarto iluminado apenas pela luz da lua não permitia que identificasse qualquer tonalidade em uma tabela infinita de cores. Era escuro, ponto. Chamativo devido ao tamanho, também.

Certamente outro detalhe planejado por . Se estava ali, era porque ela queria que ele visse. Levantou-se. Se queria, ele faria. Jurou amá-la e respeitá-la horas mais cedo. Sendo ele plebeu e ela princesa, isso significava "cumprir com todos os caprichos de sua esposa".

Já tinha visto um daqueles antes — tratava-se do estojo de um álbum de fotografias. Considerando o tamanho e o peso, guardava algo enorme. Abriu. As fotografias vinham impressas nas páginas de madeira. Não foi o material utilizado no álbum que fez com que seus lábios se entreabrissem, chocados, porém. Foi o conteúdo.

Engoliu em seco. de Windsor, filha do Rei Edward Alexander Harold, primeira na linha de sucessão ao trono e futura rainha da Inglaterra brilhava em cada página, o corpo coberto pelas lingeries mais delicadas, todas na cor branca. A princesa posava em cima de uma cama de dossel, o quarto que serviu de cenário sendo claramente um aposento real.

se portava sem qualquer resquício de timidez diante da lente da câmera. Não era vulgar. Sensual, sim, e linda também. Uma completamente diferente daquela que aparecia nas capas das revistas e em entrevistas nos jornais que ele assistia. Não via nas fotografias a princesa que um dia encabeçaria aquele país, mesmo que apenas simbolicamente, toda recatada e postura séria. Via uma mulher extremamente sexy.

Pegou-se desejando por imagens dela sem qualquer tecido no corpo. Ora, vamos, ele era homem e por muitas vezes pegou-se admirando conteúdos semelhantes a aquele em revistas focadas para o público masculinos, e também na própria internet. Independente de quem fosse na vida real, naquele instante ele estava indo de encontro a informações que jamais lhe foram colocadas antes. Não imaginava que aquela mulher tinha atributos tão bem definidos, cheia de curvas e dona de seios e glúteos que com certeza lhe encheriam as mãos. Queria, sim, ver mais — não ficou surpreso por chegar à última página e constatar que ela não foi ousada àquele ponto, no entanto.

"Gostou?", escutou a voz delicada preencher o silêncio instalado no quarto. Virou-se sobre os calcanhares encontrando a mulher das fotos em pé, atrás de si. Não fazia a menor ideia de como ela havia entrado.

"Exuberante", foi a única coisa que conseguiu dizer, simplesmente. Não é porque foi agraciado com aquelas imagens que sua relação com a princesa passou a ser outra. Ainda eram dois estranhos — ela, agora, mais até do que antes.

não usava mais o vestido de noiva que trajou durante toda a cerimônia e início da festa. Agora trazia em seu corpo uma das camisolas brancas de renda e cetim que compuseram seu figurino no ensaio retratado no álbum, ele reconheceu. não sabia como agir diante daquilo. Ela realmente era linda, só que ainda era .

"Esse tipo de fotografia é conhecida como boudoir. Posei há algumas semanas", explicou, aproximando-se. Seus olhos desceram da expressão de para o álbum que ele ainda segurava. Mexas de cabelo emolduravam seu rosto, soltas, enquanto todos os outros fios vinham presos em um coque. "Apenas eu e a fotógrafa temos conhecimento disso. Os arquivos digitais foram todos deletados, restando apenas este álbum que você está segurando. Quis compartilhar os registros com você."

"Sinto-me honrado, alteza", disse, formal. "São fotos de extremo bom gosto que devem ser guardadas com muito cuidado."

analisou-o em meio aos segundos de silêncio que se seguiram após a fala do noivo.

"Com certeza vão ser", assegurou a mulher, pegando o álbum das mãos do marido. Sentia o peito apertado. usava de toda a formalidade que tinha aprendido, rijo demais, um exagero em matéria de tensão. Não era aquilo que ela desejava para sua noite de núpcias — não era aquela reação que ela esperava após mostrar suas fotografias. Guardou o álbum dentro do estojo. "Sente-se, , por favor." Pediu, doce. Viu o marido realizar seu pedido voltando à posição inicial, ao pé da cama.

Postou-se diante dele, em pé. "Olhe para mim." A frase soou menos como pedido, o imperativo sendo muito mais evidente. Outra ordem que cumpriu muito bem. "Eu sei que você não queria estar aqui", adiantou, olhando-o no fundo dos olhos. Faria o possível para tornar aquilo o mais claro possível. Haviam se unido como um casal naquela noite — clareza e sinceridade era o mínimo que aquela espécie de casamento merecia, já que sentimento era algo que não existia entre os dois. Não tiveram a oportunidade de cultivar aquela parte, até então.

"Os meus passos são calculados antes mesmo do meu nascimento, mas você foi livre até certo ponto durante boa parte da sua vida. Com certeza planejou- sonhou", corrigiu-se. Não existiam planos quando se vivia em um mundo como aquele. Por mais que não tivesse sangue real, cresceu naquele ninho tanto quanto ela. "com outras coisas para si. Ver-se preso à um casamento arranjado não deveria fazer parte dessas idealizações."

Ela estava certa.

"Não fazia", respondeu e arrependeu-se em seguida. Não tinha recebido permissão para falar, muito menos para concordar com aquilo. , porém, não o repreendeu. Ao contrário, abriu um sorriso no canto dos lábios — um sorriso entristecido, é verdade, mas ainda sorriso.

"Eu sei", ela disse, tocando-lhe os cabelos bagunçados. Uma aliança também brilhava em seu anelar esquerdo. "Mas eu quero que dê certo, . Se nós não temos outra escolha, precisamos fazer da nossa realidade um motivo para sermos minimamente felizes. Eu não quero viver em um lar de amarguras e traições para o resto da minha vida. Eu não mereço isso", esclareceu, as pontas dos dedos indo para a bochecha do homem sentado à sua frente. "E você também não."

Aquela mulher parecia ser o oposto da menina em quem ele esbarrou nos eventos que a família real organizou durante toda a sua existência. Nunca teve momentos verdadeiramente à sós com , exceto aqueles forjados pela realeza em prol de fotos que seriam estampadas nas capas das revistas, promovendo um romance que não existia. Nunca tinham conversado e trocado ideias, não se conheciam, e todas as vezes em que reparava na expressão da princesa encontrava linhas de entojo e desagrado com tudo o que estava à volta. Julgava como uma criatura mimada, arrogante, metida e até mesmo nojenta. Alguém de quem queria distância. Casamento? Jamais.

A mulher que lhe dirigia a palavra naquele momento, porém, parecia conformada com as condições que lhe foram impostas e demonstrava, também, uma maturidade absurda para lidar com aquilo. Pegou-se desejando sentir a mesma resiliência. Admirou-a.

"Traçaram os nossos caminhos até agora, , mas somos nós que vamos escrever os próximos capítulos. Você aceita me acompanhar em uma história saudável?"

Naquele momento ele soube que era um caminho sem volta, a realidade tomando-lhe em um golpe. Não teria Joanne em sua vida outra vez — ela fora bastante enfática e precisa ao rejeitar sua proposta de fuga — e o máximo que conquistaria dali em diante seria uma encenação ao lado da princesa. Se fosse uma peça fácil de se atuar — e aturar — estava de bom tamanho.

"Aceito", falou, a palavra assumindo em seu peito um peso muito maior do que o 'sim' dito mais cedo. Jurou fidelidade à diante de toda a Inglaterra, mas sabia que, embora tenham sido votos oficiais, não era um juramento feito de coração. Aquele que a esposa estava lhe colocando, no entanto, poderia ser. Era algo que pertenceria apenas a eles e ninguém mais, sem ouvintes ou testemunhas, muito menos repetições de palavras ditas primeiro por um padre. Era aquela promessa que ele deveria honrar, acima de tudo.

Os dedos da princesa se entrelaçaram em sua nuca, então, o corpo dela se achegando ainda mais. "Me faça sua então, ", ela pediu em um sussurro. "Partilhe sua intimidade comigo esta noite."

O homem sentia as pontas dos dedos trêmulas, as mãos presas à cintura da mulher — a mesma mulher das fotos. Queria tocá-la. Queria puxá-la para si. Ela era linda — exuberante, tinha sido honesto em sua resposta quando fora questionado sobre o álbum — e ele tinha desejos, sentia o sangue correr ligeiro por suas veias. Ela era sua esposa e o protocolo dizia que deveriam consumar o casamento, mas aquilo era certo? Não se conheciam. Não sabiam nada um sobre o outro. Não queria machucá-la.

"É o que se espera do dia de hoje", ela soprou em seu ouvido, sentindo a hesitação do cônjuge. "Você já fez isso e eu também. Agora é chegada a hora de fazermos juntos." Tomou a iniciativa, sentando-se no colo do esposo e envolvendo sua cintura com as pernas.

olhou-a, surpreso. não era virgem? Jurava que os exames médicos tinham assegurado que sim. Haviam passado por uma bateria deles — outro protocolo que antecedia um casamento real. A saúde dos noivos — especialmente o lado que seria inserido na realeza — precisava ser a melhor possível para que o matrimônio acontecesse e algumas informações acabavam escapando. A pureza de foi uma delas.

"Há muitas coisas que você não sabe sobre mim, ", riu, divertindo-se com a expressão aturdida do companheiro. desmanchou a surpresa, permitindo que um sorriso divertido e com toques de malícia tomassem o lugar do sentimento anterior. Muito sugestiva a fala da mulher.

"Então me mostra tudo o que eu não sei sobre você", desafiou.

"Hoje você vai ter uma parte do todo, marido", deu ênfase na última palavra antes de tomar os lábios de nos seus. Beijou-o. O primeiro beijo. Segurava o rosto de com as duas mãos enquanto as dele vinham para grudá-la ainda mais ao corpo dele, os dedos invadindo o interior da camisola quando deu-se por satisfeito quanto à proximidade que mantinham. sorriu em meio ao beijo ao sentir as palmas geladas dele se arrastando por sua pele. Instigou o homem a seguir com os beijos para seu pescoço, ela fechando os olhos ao sentir os lábios intercalando beijos e chupões.

"O que você pretende fazer comigo, hm?" Perguntou, os chupões deixados por ficando mais intensos. Apertou as pernas em torno do homem com mais força, pressionando-se contra o volume que crescia dentro de suas calças.

arfou com a pressão, o gosto da pele dela não sendo mais suficiente para saciar sua vontade. Soltou os cabelos de , os fios ondulados se derramando pelas costas dela. Enroscou seus dedos neles, puxando a cabeça da mulher para trás. Encarou-a, os olhos escurecidos pelo tesão crescente.

"Vou dar a foda que vossa majestade merece."

Levantou-se com presa a seu corpo. Virou-se em direção à cama e jogou a mulher sobre o colchão sem qualquer rodeio ou cuidado. Gostou do que encontrou no álbum de fotografias, mas a visão que tinha dela naquele momento era a melhor de todas. Deitada com um dos joelhos flexionados enquanto a outra perna vinha esticada, teve um ângulo privilegiado da roupa íntima da esposa, o peito dela subindo e descendo dado o ritmo da respiração descompassada.

Que visão. Que visão.

fechou os olhos, processando a resposta que ele lhe dera. Mordeu o lábio inferior, flexionando o outro joelho e levando os dedos para dentro da calcinha. "E como é que você vai me foder, ?", provocou, tocando-se para ele.

se livrou da camisa social que ainda usava, o cinto das calças acompanhando a peça até um canto perdido do quarto, tudo enquanto assistia se estimular. Só estaria melhor se fosse seu dedo ali. "Fazer é tão mais divertido do que falar, alteza", ele afastou os joelhos da moça um pouco mais — o suficiente para se colocar entre eles. Tirou a mão dela de dentro da peça íntima, segurando seu pulso. Debruçou-se sobre o corpo da mulher sem despejar seu peso, dando-se por satisfeito quando seu rosto estava acima do dela.

"Abra os olhos", ordenou, rouco. Levou à boca o dedo que tinha usado para se tocar assim que ela o atendeu. Queria que ela o visse sugando-o, sentindo o gosto da intimidade da mulher. Queria mais. Queria muito mais. Grudou seus lábios outra vez, pressionando o quadril contra o meio das pernas de , as peças que ainda os cobriam impedindo qualquer consumação. Imitou aquilo que poderiam ser estocadas, porém. Uma, duas. Não media forças. gemeu — queria mais do que encenação.

"Você vai fazer o que eu mandar, alteza?"

"Desde que eu seja bem recompensada."

riu, colocando-a sentada enquanto ele voltava a ficar de joelhos. "Quero que vossa alteza tire as roupas que ainda estão em meu corpo." Não precisou pedir duas vezes. Com os olhos embebidos em luxúria, abriu o botão da calça, descendo o zíper, abaixando o tecido preto. O membro de pulsava dentro da boxer, levando a mulher a idealizar mais uma vez seu tamanho e espessura e, principalmente, como seria tê-lo dentro dela. Abaixou a roupa íntima com mais avidez do que a peça anterior, cabendo à a missão de terminar de tirá-las, já que estava ajoelhado.

Ela o olhou de cima a baixo. Era tão melhor do que tinha imaginado! Não era um homem com músculos evidentes, daqueles que passam horas e mais horas em academia, mas tinha em seu tronco e braços proporções bem definidas, quase desenhadas. Estava ereto, pulsante, e seu impulso foi de ir em direção a ele, pronta para tocá-lo e seguir os movimentos que seus instintos — e os gemidos que esperava escutar do outro — diziam ser os certos. Não esperava que seria impedida.

"A princesa vai me obedecer antes de ter o que quer", o homem fez questão de lembrar, segurando agora seus dois pulsos, puxando-a para ele. Mordeu o lábio dela, forte. Empurrou-a contra os travesseiros em seguida, sentando-se com as pernas abertas. Uma das mãos apoiava seu peso, enquanto usava a outra para começar a se masturbar. "É a sua hora de ficar nua, alteza. Quero ver a princesa sem nada. Nada.", enfatizou.

Acariciava seu membro enquanto assistia se despir. Seus seios eram redondos, empinados, grandes o suficiente para que pudesse esfregar seu pênis entre eles. Espanhola. Com certeza faria uma em . Conteve a vontade de começar a saboreá-la quando viu as mãos da mulher irem para o elástico da calcinha, única coisa que ainda a cobria. Viu o tecido deslizar pelas coxas, panturrilhas, ser jogado para qualquer canto que não importava.

Ali ele teve uma certeza ainda maior de que acabaria com ela.

"Agora deita", ordenou, a voz grave, os vestígios de quem não estava mais disposto a esperar se mostrando evidentes. Quando a esposa se acomodou, encaixou o corpo dela entre suas pernas, o pênis indo de encontro aos seios da mulher. segurou-os com as mãos, prendendo enquanto cabia ao marido guiar a velocidade com que ali se esfregava. "Imagina isso acontecendo dentro de você, ", instigou, ofegante. "Será que vossa alteza vai gostar?"

"Só vou descobrir quando você fizer", rebateu, um sorriso faceiro vacilando entre a sensação que os movimentos lhe provocavam. Sentia vontade de fechar os olhos e se levar por aquilo, o peso do corpo do homem afundando-a no colchão.

engoliu em seco. "Considere feito, senhora, só antes-"

Olhou para os lados, perdendo-se por alguns segundos. Não conhecia aquele espaço. Seus olhos não encontraram preservativos à vista.

"Sem proteção, ", ela respondeu, adivinhando qual deveria ser o próximo passo. olhou-a, aturdido. Haviam feito exames que constatavam que ambos estavam livres de qualquer doença, é verdade, mas eles também apontavam que era virgem, coisa que ela havia negado a veracidade logo no início. Abrir mão da camisinha assim, de primeira... será? "Nós dois estamos bem, acredite, e eu não vou engravidar. Fora que não gosto de comer doce nenhum embalado. Vai ser sem", ditou, levando-o a engolir em seco, agora mais por receio do que tesão.

Ele estava comandando, mas sabia que a vontade dela é que prevaleceria.

Se ela queria sem, seria sem.

Posicionou-se entre os joelhos de , tateando a entrada com a cabeça de seu membro. Sorriu com o gemido que ela deixou escapar da garganta, colocando-se dentro dela, aos poucos. era quente. Apertada. Absurdamente molhada. A lubrificação da camisinha não faria falta nenhuma.

Sorriu. Ele que a deixou assim.

Chocou-se contra o corpo dela uma, duas, três vezes, a fome de tomar para si impedindo-o de medir a força de seus movimentos. Como ela conseguia ser tão deliciosa? Ele era , filho de um dos conselheiros do rei, nascido e crescido entre a realeza e prometido àquela mulher quando completou 13 anos, ela ainda com 11, tudo sendo organizado bem distante da imprensa e de qualquer outro cidadão além daqueles que Edward queria que soubessem.

Catorze anos se passaram desde que começou a lutar contra aquele destino. Catorze anos se passaram e agora ele estava fodendo a futura rainha da Inglaterra em sua noite de núpcias, e ela respondia a suas investidas com gemidos audíveis, as unhas bem feitas passeando por seu corpo. Da mesma forma como ele não sentia qualquer vontade de controlar a força que investia contra ela, a mulher pouco se importava com as marcas que lhe deixaria na pele.

Aquilo estava melhor do que ele imaginou que seria.

Saiu de dentro de , ignorando o protesto da princesa. Virou-a de bruços na cama, deitando-se por cima. "Hora de te comer de costas, alteza", informou, colocando-se novamente. Levou dois dedos até a boca dela, incentivando-a a chupá-los. Se movimentou até sentir o corpo da mulher tremer e relaxar embaixo do seu. Sorriu, descendo os lábios para o ombro desnudo, mordendo-a. Não parou de meter. Faltava pouco para ele também.

"Não goza dentro", ela ofegou, sentindo as investidas do marido ficarem mais descompassadas, desesperadas. obedeceu, saindo quando teve certeza de que estava chegando no limite. Quaisquer que fossem as certezas dela e dos papéis dos exames, ele também preferia assim.

sentou-se ligeira assim que ele saiu em definitivo, levando a boca ao membro de , tomando-o.

"!", ele soltou, surpreso, perdendo qualquer controle que ainda havia em si assim que a princesa o chupou, voluptuosa. Derramou-se nos lábios dela sem demora, a mulher não deixando que nenhuma gota lhe escapasse. "Era isso que vossa majestade queria, então?", exclamou, a voz levemente afetada pela sensação que o orgasmo causara. Suas mãos passeavam pelos cabelos soltos da esposa, dedos trêmulos em meio aos fios. Estava todo e completamente ofegante, mas também satisfeito com a cena e as sensações que os comportamentos dela provocaram. lambia-o, a atenção se voltando à glande. Não queria perder nada mesmo. "Quem imaginaria que a futura rainha da Inglaterra é uma puta transando, hm?", riu, batendo seu membro contra a bochecha dela.

Os olhos de subiram em direção aos seus. não soube interpretar aquele olhar — dado o fato de que ela sorriu, safada, não deveria ter feito nada de errado. Foi a vez dela de empurrá-lo em direção da cama, deitando seu corpo sobre o dele. Beijou-o. Dentre todos os beijos que trocaram naquela noite, aquele foi o mais calmo. Tinha gosto de desfecho.

"E essa foi apenas uma parte do todo", sussurrou contra seus lábios, antes de deitar-se ao seu lado na cama.

olhou-a, peito arfante e o vislumbre do sorriso ainda presente em seu rosto. Não se importava com o que o futuro lhes reservava, ou com o que ainda tinha para mostrar. Soubera, naquela noite, tudo o que precisava. não era Joanne. Jamais a amaria. Mas era ela uma mulher estonteante que sabia foder. Ele estaria muito bem servido na cama.

Naquele momento, era aquilo que lhe importava.





Fim?



Nota da autora: The Royal Wedding foi escrita em uma tarde e ficou encalhada por meses no meu computador. Foi assustador como esses dois ganharam vida dentro da minha cabeça de um jeito tão rápido. Em um momento estava só pensando, no outro digitava freneticamente. Mas sim, enfim perdi a vergonha em postá-la aqui no FFOBS HAHAHA Espero que vocês tenham gostado! Coloquei uma interrogação ali ao lado do 'fim' porque tenho outras coisas em mente para esse casal, então talvez isso tenha uma continuação <3

Deixo aqui nas redes sociais o grupo onde compartilho todas as minhas fics (bem como anúncios de quando sai capítulo novo e até spoilers), e também o grupo que tenho com duas amigas, a Kari e a Gabi (as duas também autoras aqui no FFOBS), onde nós avisamos sempre que sai atualização das nossas histórias!

Muito obrigada por tudo, pessoal!





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MV: Dance, Dance (Music Video)


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