Última atualização: 05/02/2018
Music Video: Vixx - Hyde

Capítulo Único

O primeiro trovão foi o mais assustador. Ela não esperava, então seus ombros se encolheram automaticamente, ao mesmo tempo que choramingou baixinho, o medo aumentando a cada minuto por estar sozinha naquele lugar tão estranho e escuro. Tentou ver a parte boa da situação: mesmo que estivesse chovendo daquela forma, ela ao menos tinha um teto para cobrir sua cabeça naquele momento. Um teto meio caindo aos pedaços e perigoso, mas era melhor o que estar morrendo de frio do lado de fora.
não entendia como podia ser tão burra a ponto de se perder do grupo de amigos na trilha, porém, a verdade é que, após o que aconteceu, não se surpreendia. e lhe contaram que estava planejando declarar para si durante a tempestade de meteoros e estava o evitando desde então, por isso, decidiu ficar propositalmente para trás no grupo, a fim de se esconder dele. percebera sua estratégia e só por isso não ficou atrás consigo, distraindo para que ele não sentisse sua falta tão cedo.
O problema foi que, quando entraram em uma região de mata mais fechada, aos poucos eles sumiram de sua visão, assim como a noite engoliu as pegadas, mesmo que segurasse uma lanterna, seguida da tempestade que começou a se formar. Todo aquele esforço para ver os meteoros cortando o céu para uma previsão do tempo errada destroçar completamente o fim de semana, imagina como os garotos estavam se sentindo, quando, há minutos, estavam tão empolgados com aquilo?
Enfim, agora finalmente conseguira encontrar alguma região meio aberta, contudo, não só isso, junto com essa região aberta também achou uma mansão que, convenientemente, estava com a porta entreaberta. sabia exatamente como os filmes de terror começavam, porque ela os adorava, portanto tinha noção de que eram exatamente daquela mesma forma. Aquilo ali parecia tipo a Mansão do Frankenstein, e ela já estava entregando a sua alma quando começou a se aproximar correndo do lugar, pedindo perdão por todos os seus pecados, e o pior é que sabia que eram muitos e nem podia orar por cada um deles individualmente.
A história era simples: uma trouxa entrando em um lugar abandonado onde, provavelmente, morava um assassino, e sem dúvidas seria morta por ele — morte era até um final fácil e agradável, se você considerar tudo o que ele podia fazer antes disso. Mas que escolha tinha? Morrer de frio com aquele vento maldito que parecia cortar sua pele? Pelo menos, mesmo que fosse a trouxa protagonista do filme de terror, a última coisa que ia dizer se ouvisse algum barulho na casa era “Quem está aí?” com voz trêmula, esperando só um gato ou algum bichinho surgir da escuridão como acontecia nos filmes.
Na realidade, ela saía é correndo, cantando hino que aprendeu na infância com a avó.
Mas, por enquanto, estava tudo certo, então agachou em um canto do lugar que parecia menos empoeirado e abriu sua mochila, pegando uma toalha que separara mais cedo para si e a passando na nuca e nos cabelos. Agradeceu a amiga por sempre lembrar do que esquecia, afinal, que pessoa lembrava de levar o batom, porém esquecia a toalha?
Pegou algumas roupas secas e as separou em cima de uma mesa de madeira, que parecia ser cinza por conta de tanto pó acumulado. Tentou se trocar em um malabarismo, já que tinha que encaixar a lanterna em algum lugar que a auxiliasse com a luz. Nem mesmo pegou o celular que estava no bolso pequeno da outra calça, porque, no fim, sabia muito bem que não tinha sinal algum e tinha que poupar bateria para quando fosse procurar pela manhã.
Quando puxou a blusa para cima, tendo de se esforçar um pouco para desgrudá-la do corpo, foi agarrada por trás na escuridão e, por mais que se debatesse, não era capaz de resistir a quem quer que fosse, pois este tinha os braços fortes e pressionava um pano contra seu nariz, fazendo o ar faltar ao seu cérebro e tudo ao seu redor começar a ficar embaçado, até que perdesse a consciência.

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― Finalmente, chegamos! ― comentou extremamente feliz, agachando suavemente e colocando ambas as mãos nos joelhos doloridos de tanto andar.
A namorada, de pé ao seu lado, apenas deu algumas batidinhas em seu ombro como consolo para seu cansaço, se espreguiçando logo depois e deixando a mochila que carregava escorregar do seu braço, caindo em cima de um dos bancos do acampamento. aproveitou para dar uma boa olhada no local. Era cercado por árvores e um pequeno lago de um dos lados, agora apenas iluminado pelas lanternas e tochas que acendiam.
― Pelo menos não temos que montar nenhuma barraca. ― A garota comemorou silenciosamente por isso, sabia que era uma boa terem alugado alguns chalés, mesmo que fossem no meio do nada e demorassem algumas horas para chegar até eles.
― Vamos descansar um pouco, ainda tem algum tempo até a chuva. ― voltou a se levantar, estralando várias partes do seu corpo e fazendo lhe olhar feio.
― Hey, , onde a está? ― se aproximou do casal; mesmo que estivesse cansado, a afobação ao pensar na ruiva não lhe deixava simplesmente desabar largado em algum lugar como queria.
― Ela ainda não chegou? Eu olhei na última curva e ela estava um pouco atrás da gente. ― A amiga começou a ficar preocupada ao ouvi-lo, olhando para o namorado como se ele pudesse fazer alguma coisa em relação a isso.
― Ela não era a última da fila? Talvez esteja um pouco atrasada por isso. ― tentou acalmar a situação para que nenhum dos dois se desesperasse, porém, não funcionou, porque os dois já estavam desesperados.
― Eu pensei a mesma coisa, mas as pessoas que estavam na frente dela já chegaram. Como ela vai saber o caminho sem ninguém para seguir?
Com aquilo, os três se entreolharam, os cenhos frisados e os olhos arregalados de medo do que podia ter acontecido com a garota naquela situação. mal podia aguentar imaginá-la machucada ou perdida em uma floresta, seu coração se quebrava em diversos pedaços. Foi por isso que não pensou muito em largar a mochila para trás e sair correndo apenas com a lanterna na mão.
― Espera, ! ― tentou impedi-lo — o que fariam se fossem dois perdidos ao invés de um? —, mas o amigo foi mais rápido, e não deixou que entrasse na floresta também, lhe puxando.
― Espera. Vamos pensar com calma e vai dar tudo certo.

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acordou completamente desnorteada e ofegante, não lembrava de nada o que havia acontecido. A escuridão em sua frente dava a impressão de que estava, na realidade, dormindo no seu quarto, principalmente porque estava deitada em algo frio e o barulho de chuva do lado de fora tentava lhe passar uma tranquilidade inexistente, como se dissesse para cair no sono novamente, mas ela não o fez.
Ao invés disso, tentou levantar a mão para erguê-la até o rosto e retirar os cabelos da frente de seus olhos, já que sentia os fios completamente bagunçados, contudo, foi aí que percebeu o porquê do seu incômodo nos pulsos: suas mãos estavam presas em algo que não podia identificar, porém parecia ser resistente e estava levemente apertado.
― Isso não pode ser real… ― murmurou para si mesma, revirando os olhos e até mesmo sorrindo sarcástica. Aquilo não podia ser possível, sinceramente…
Ouviu um barulho metálico próximo a porta e seus olhos se arregalaram com isso, fazendo-a virar a cabeça para o lado como se fazer isso fosse ajudá-la a enxergar o que quer que estivesse acontecendo ali, mas a escuridão não permitia. Entretanto, a pessoa ligou a luz, fazendo fechar os olhos por conta da luminosidade excessiva e repetina no local, virando o rosto para o lado contrário ao da lâmpada.
― Isso é real, sim ― a voz masculina soou próxima o bastante para que a ruiva sentisse arrepios por toda sua espinha, principalmente por reconhecê-la.
― O que você está fazendo aqui? ― arregalou os olhos assustada, virando a cabeça novamente para tentar enxergar a o rapaz ali, sendo impedida por seus cabelos que cobriam o rosto.
― O que? Você está amarrada em uma cama e essa é a primeira coisa que me pergunta? ― Ele aproximou ainda mais o rosto do da garota, fazendo a sentir a respiração quente bater em seus lábios, mas então, levou uma das mãos até os fios longos que cobriam a face da menina, os retirando dali para observar a expressão de raiva e o medo em seus olhos.
― NÃO É HORA PRA BRINCAR! ― Provavelmente, pela forma que se mexera, se ela não tivesse amarrada teria agredido o rapaz com certeza. ― Você ainda não percebeu que é sério?
― Eu sei que é sério, você que ainda não entendeu o que está acontecendo ― o moreno disse, balançando negativamente a cabeça ao se afastar da garota e observá-la naquela situação. ― Talvez se eu te deixar aqui um pouco mais…?
― É sério, se tiver um assassino aqui, ele deve estar voltando. ― Aquilo fez a ruiva arregalar ainda mais os olhos em uma mistura de ódio e medo. Como ele tinha coragem de brincar em um momento tão sério como aquele? ― Me ajuda aqui!
Tentou soltar suas mãos outra vez, porém, parecia que, quanto mais às esforçava, mais apertadas às amarras ficavam, luxando seus pulsos. Olhou para baixo, tentando ver se havia alguma forma de se livrar daquilo, mas não tinha opção alguma. Voltou a procurar, então, o rapaz, contudo, este havia sumido tão rápido quanto aparecera mais cedo, deixando-a ainda mais irritada.
Porém, decidiu ignorar aquilo por hora: seu foco deveria ser dar um jeito de sair dali rapidamente, antes que as coisas ficassem piores. Se debateu por volta de meia hora, não sabendo mais o que era suor ou a umidade das suas roupas por causa da chuva que tomara mais cedo, apenas sabia que não aguentava mais se mover e seus pulsos já começavam a ficar realmente machucados de tanto forçá-los contra as cordas.
Acabou desistindo em um suspiro, sentindo a adrenalina escapar por entre seus dedos e o frio começar a entrar em seu organismo. Estava tremendo por conta do vento gélido que passava por aquela espécie de quarto, mas o fato que as janelas estarem com os vidros quebrados não deixava sua situação confortável, principalmente quando em conjunto com suas roupas ainda molhadas; a sensação térmica para seu corpo era um lugar tão gelado quanto um frízer.
A cada segundo os trovões pareciam se intensificar e o barulho da chuva ficava mais alto, a ruiva apenas não sabia se era porque estava se concentrando mais nele, a fim de fugir daquele frio insistente, ou porque a tempestade estava realmente mais forte. Sentia dificuldade até mesmo de manter suas pálpebras abertas e estava quase perdendo a consciência quando ouviu alguém chamando seu nome de longe.
, eu te achei, finalmente! ― O rapaz estava afobado e ofegante, mas ela apenas conseguia se concentrar em manter os olhos meio abertos, não conseguindo nem mesmo falar. ― Fica comigo, ok? Eu vou te tirar daqui!
Não fazia ideia de como, entretanto, daria um jeito. A primeira coisa que fez foi retirar a jaqueta grossa que usava e jogar por cima do tórax gelado e trêmulo dela, e então, voltou a se concentrar nos nós dos pulsos da menina; os nós eram bem mais fortes do que imaginara, mas conseguiria desfazê-los se esforçasse um pouco mais… Tentava fazer isso, ao mesmo tempo em que não parava de falar com a garota, tentando mantê-la acordada.
― Vai ficar tudo bem, me ouviu? Está tudo bem. ― O tentava se convencer disso, afinal a ruiva nem mesmo estava consciente, seus olhos já estavam fechados.
Praticamente quebrou um dente e um dedo, contudo, finalmente conseguiu libertá-la. Seu coração ficou apertado ao ver o estado dos pulsos avermelhados, ralados e sangrando em algumas partes, enquanto a puxava para si para aconchegá-la em seus braços protetoramente. Repetia pedidos de desculpas, podia tê-la ajudado antes e as coisas não haveriam ficado tão feias…
…? ― a voz da garota soou baixinho e em um tom um pouco assustado, entrando no seu ouvido após algum tempo. Agora os dois estavam com frio, mas o calor dos corpos alheios os ajudava a manter a temperatura aceitável.
― Shh, shh, está tudo bem, você não precisa se esforçar. ― acariciava os fios da menina enquanto ela estava com o rosto encostado em seu peito, sentado em um dos cantos do local que ficava o mais longe possível da janela, para que o frio não conseguisse ultrapassar a jaqueta que estava jogada em cima dos dois como um cobertor.
O tentou acalmá-la, sentindo-a colocar as duas mãos em seu peitoral. Ele sorriu de canto com aquilo, mas seu sorriso desapareceu assim que sentiu-a empurrando levemente para trás, praticamente ainda sem forças. O homem arregalou os olhos que marejaram por saber exatamente o porquê daquela reação de e respirou fundo, para se recompor depois do choque de realidade.
Ela caíra no sono outra vez e aproveitou pra se afastar silenciosamente, a pegando no colo com cuidado e deixando-a novamente em cima da mesa que a encontrara, com a jaqueta em cima. Era melhor se fosse daquele jeito, assim que o dia virasse e a chuva parasse, pensaria que aquilo tudo fora um sonho e voltaria para o acampamento a salvo.
Ele chegou alguns minutos depois e ficou a observando dormir. Seus dedos subiram lentamente, até se encontrarem no pescoço da garota e, aos poucos, ele erguia a outra mão para fazer o mesmo e rodear sua garganta. Suas mãos começaram a tremer quando tentou fechá-las. Sua humanidade e fraqueza apareciam, e, para seu próprio desgosto, não tinha coragem…
O tempo passou com a ruiva desacordada, mas ela não conseguiu dormir a noite toda. Quando acordou e abriu as pálpebras, deu de cara com o rosto do rapaz um pouco acima do seu, lhe observando com um sorriso malicioso nos lábios e com os dedos em seus traços, acariciando sua bochecha. se afastou assim que o viu, quase caindo da mesa que estava, contudo, se segurando na beira para se manter em cima dela, o mais afastada do rapaz que conseguia.
― Você acordou. ― O homem voltou a postura ereta, levando as mãos para atrás das costas. Seria mais fácil se controlar dessa forma.
― Por que você está fazendo isso? ― perguntou, assustada ao vê-lo ali novamente, com o tom de voz um pouco alto que o fez fechar os olhos, incomodado.
― Por favor, eu não estou fazendo nada. Só quero te tirar daqui ― respondeu em um tom calmo, falando as palavras lentamente como se para manter um ritmo.
― Mas o que você fez mais cedo…
, me desculpa. ― buscou pegar as mãos da ruiva, as segurando carinhosamente e mantendo o olhar firme nas orbes dela. ― Tem um ser diferente de mim que está preso aqui, algo que não me representa.
― C-Como assim…? ― As mãos que ele segurava tremiam intensamente e a feição amedrontada da garota lhe fazia se sentir a pior pessoa do mundo.
― Não me olha assustada desse jeito, … Você me conhece, você sabe tudo sobre mim. ― Afrouxou um pouco a força que usava para segurar as mãos da menina.
― Parece que não, eu nunca soube disso, não é? ― questionou ela, com uma das sobrancelhas levemente arqueadas. ― O que você é, afinal?
, só você pode entender isso, e então eu vou ter paz. Ele tenta te afastar de mim para me machucar, eu não consigo controlar. ― O quão ridículo era acreditar naquela história? Mas ficava difícil quando o colocava as mãos em suas bochechas e lhe olhava daquela forma. ― Não sou uma pessoa má, eu amo você.
― V-Você me ama…? ― Aquela nunca fora a forma que esperava a declaração do rapaz, mas lhe atingiu como seria se ele a tivesse feito em qualquer outra situação.
― Sim… Por favor, , terei medo de mim mesmo se você me abandonar ― implorou, não se mexendo nem um milímetro e nem piscando os olhos enquanto a encarava.
― E o que eu posso fazer, ? ― indagou em um suspiro, completamente rendida por aquele homem que também amava profundamente, mesmo que não admitisse.
― Só me ame, só você e seu amor são capazes de me salvar. ― Aos poucos aproximava seu rosto do de , os olhos dos dois se fechando conforme estavam mais perto um do outro.
Porém, antes que seus lábios se encontrassem, sentiu as mãos do rapaz apertando seu pescoço com uma força sobre-humana e, quando abriu os olhos, viu as asas negras se formando nas costas do homem, ao mesmo tempo que ele sorria para si maliciosamente. Como pudera acreditar que em uma batalha entre o médico e o monstro, o médico venceria? Estava mortalmente errada.

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?
perdera as contas de quantas vezes gritara o nome da garota na floresta, mas não obtinha resposta alguma. Sabia que, quanto mais tempo passava, mais perigosa à situação ficava, tanto se ela havia se machucado quanto em relação a si mesmo. A bateria de sua lanterna não devia demorar pra acabar e ele começava a ficar desesperado, mas sinceramente não se preocupava consigo quando viu, ao longe, uma luz saindo do chão. Não podia ser mais ninguém se não ela…
! Eu estou aqui! ― gritou, tentando chamar a atenção da garota enquanto corria até o local onde a luz vinha.
Mas chegando lá, apenas encontrou a lanterna caída entre algumas folhagens. Seus olhos se arregalaram e olhou para os lados logo após pegar o objeto, vendo que estava parado um pouco a frente de um penhasco. Não queria ir até lá, porém sabia que tinha. Alguns galhos atrapalhavam sua passagem e ele já conseguia imaginar o pior, mentalizando a garota tropeçando em um daqueles…
Respirou fundo algumas vezes antes de finalmente criar coragem para olhar para baixo. Ela estava lá, por sorte o lugar não era tão alto como pensava, então não pensou duas vezes em pular e pegá-la em seu colo. Com parte do corpo em caída no rio, a garota estava pálida e tremia, o que na realidade para foi um alívio, já que queria dizer que ela ainda estava viva.
O problema maior era que a cabeça de sangrava na parte da testa, e isso quase fez o garoto começar a chorar ali mesmo, mas ele se controlou, porque, no momento, ela é quem precisa ser salva.




Fim...



Nota da autora: QUEM TAMBÉM AMA ESSE HINO ATEMPORAL DA COMUNIDADE GÓTICA CHAMADO HYDE? Eu AMO a era dark de VIXX, bem meus ultimates sim AUHAHAUAUHA Essa one não saiu o que era pra ter saído, ela criou vida enquanto eu escrevia e saiu dos meus planos. Sinceramente eu não sei se isso foi bom, então se você gostou do resultado, me deixe saber! Obrigada por ter lido até aqui, um beso ♥
Se quiser falar comigo, é só me procurar no Twitter! E, caso tenha gostado e queira ler alguma outra coisa minha, eu estou com uma long fic em andamento sobre romance e distopia.





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Trespass

Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


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