Capítulo Único
Ser uma adolescente de dezesseis anos e se descobrir lésbica já é difícil o bastante, agora ser uma adolescente de dezesseis anos, se descobrir lésbica e se apaixonar pela melhor amiga, que não te enxerga como nada além disso, uma amiga, é algo insuportável.
Eu não me lembro bem quando foi que meus sentimentos por começaram a florescer, mas lembro de subitamente ficar apavorada toda vez que ela resolvia se despir na minha frente. Sempre foi completamente normal entre nós duas trocar de roupa na presença da outra, então por que de repente eu sentia aquela imensa vontade de tocar o corpo dela e sentir sua pele macia sob a palma da minha mão? Por que sentia minha boca salivar pelo gosto de seus lábios toda que eu via seu sorriso?
Todos esses sentimentos e desejos só foram se agravando à medida que o tempo passava, até se tornar insuportável para mim todas as festas do pijama que ela inventava de fazer toda semana. Saber que ela está ali, dormindo ao meu lado, sem poder toca-la da maneira que eu mais desejo, é doloroso demais e me tira o sono, então, aqui estou eu, mais uma vez sentada à beirada da minha cama no meio da noite, cabisbaixa, contemplando o corpo da minha melhor amiga deitado sobre a minha cama. Começo admirando seu rosto, tão bonito e sereno; os cabelos cacheados e volumosos espalhados pelo travesseiro, que lhe dá uma aparência angelical; o pescoço rodeado pela correntinha que simboliza a nossa amizade; o peito subindo e descendo lentamente; o tronco coberto apenas pela camisa de moletom, deixando a calcinha de renda preta totalmente a mostra, e, finalmente, as pernas grossas e torneadas. Sua pele negra reluz sob a luz do abajur, deixando em evidência os tracinhos esbranquiçados que eu tanto anseio em tocar.
Fecho os olhos e balanço a cabeça para conter o pensamento de esticar as mãos até ela, suspirando derrotada. Eu já havia considerado por tantas vezes dizer a ela o que eu sinto, mas sempre que eu crio coragem, ela vem com o papo de que adora a nossa amizade e quer ser minha amiga para sempre, me desmontando por inteira.
De repente sinto o colchão abaixo de mim se mexer e abro os olhos, virando para trás e encontrando minha melhor amiga já sentada sobre a cama e coçando os olhos.
— Já acordou? Você tem o sono muito leve — digo e a garota ri.
— Senti sua falta. Tentei te abraçar, mas não te encontrei.
— Desculpa, é que eu perdi o sono e não queria acabar te acordando.
— Hum... Talvez eu possa te ajudar com isso.
e começa a engatinhar em minha direção, e não digo uma palavra porque simplesmente não consigo tirar os olhos do seu corpo. Ela se senta ao meu lado e suas mãos tocam meus ombros, subindo pelo meu pescoço e afastando meu cabelo. A textura quente e úmida de seus lábios percorre o meu rosto, fazendo-me suspirar.
— , o que você tá fazendo? — sussurro.
— Tentando fazer você voltar pra cama, tô me sentindo tão sozinha e com frio, você pode me esquentar...
— E-eu não acho que deveríamos fazer isso, .
— Por favor, ... — ela suplica em um quase gemido e não consigo mais rebater.
Ela segura minha mão e me puxa em direção ao centro da cama, estou hipnotizada demais pelos seus olhos para resistir, então apenas permito que ela me conduza. Nos deitamos de lado, olhando diretamente nos olhos uma da outra e permanecemos assim por alguns instantes, em silêncio. Ela leva uma de suas mãos até o meu rosto e retira a mecha que caía sobre meus olhos, colocando-a atrás da orelha, e passeia com o dedão por toda a minha bochecha, descendo até os lábios, onde ela faz uma leve carícia. Faço o mesmo movimento que ela, afagando seus cachos entre os dedos, o que a fez sorrir e fechar os olhos por alguns segundos. De repente, toda a minha atenção se instala em seus lábios carnudos e sinto minha boca salivar em desejo à dela. Deus, como eu queria poder beijá-la.
Como se tivesse lido minha mente, se inclina em minha direção, colando sua boca na minha e iniciando um beijo lento. Seus lábios são exatamente como eu imaginei: macios, ternos, doces e parecem se encaixar perfeitamente aos meus. Ela rola o corpo, ficando por cima de mim, prende meu tronco entre suas pernas e intensifica o beijo. Minha língua explora sua boca com selvageria e desejo, em uma tentativa desesperada de absorver o máximo que posso de seu sabor, percorro as mãos pelas costas de até a bunda e então subo-as novamente, trazendo junto sua camisa. A garota se afasta de mim por alguns instantes, apenas para me ajudar a retirar a peça de roupa de seu corpo, e sorri, voltando a se aproximar, porém levando agora os lábios até o vão do meu pescoço. Ela suga minha pele e preciso controlar o gemido que ameaça sair pela minha boca, descontando toda a minha força pressionando a lateral da alça de sua calcinha entre os dedos.
Acaricio sua nádega direita, sentindo a textura de suas estrias sob a minha palma, e adentro sua calcinha, descendo até o meio de suas pernas, e sinto a ponta dos meus dedos molharem quando toco seus grandes lábios. Saber que ela está daquele jeito por minha causa me deixa excitada de uma maneira que eu nunca havia sentido antes. Continuo descendo os dedos até chegar em seu clitóris e começo a massageá-lo em movimento circular e geme contra o meu pescoço. Uso o braço disponível para desatar o sutiã da garota e prontamente enlaço o corpo da garota, invertendo nossas posições. Ela emite um gritinho de surpresa e sorri em divertimento, logo tratando de se livrar do sutiã. Beijo levemente seu sorriso e sem demora abocanho um de seus seios, chupando sua pele salgada e fazendo-a se contorcer embaixo de mim.
Sigo arrastando os lábios pelo abdômen dela, até alcançar a barra de sua calcinha, que não hesito em arrancar de seu corpo, começo a distribuir beijos pelo interior das coxas dela até o centro de suas pernas, dou uma primeira lambida em sua vagina e a garota estremece, repito o movimento, dessa vez sugando seu suco para dentro da minha boca e ela solta um gemido, penetro-a com dois de meus dedos e começo a vibrar a língua sobre o clitóris dela. Não entendo como sei fazer isso, já que é a primeira vez que o faço, porém pareço estar me saindo bem, pois minha melhor amiga está se contorcendo, gemendo e pedindo por mais — talvez eu tenha aprendido essas coisas lendo as inúmeras fanfics com nossos nomes, imaginando nós duas naquelas cenas.
— ... — murmura exatamente como sempre imaginei e algo dentro de mim se acende, fazendo com que eu me dedique com mais vigor à minha tarefa de levá-la ao orgasmo, e não demora muito até que a garota atinja êxtase.
Volto a me deitar ao lado dela, observando com orgulho o peito seu subir e descer rapidamente e o corpo sacolejar em pequenos espasmos, enquanto um enorme sorriso satisfeito desenha seu rosto.
Em poucos instantes, se vira de frente para mim e segura meu rosto entre as mãos, colando sua boca na minha de uma maneira feroz. Suas mãos vão até o botão da minha calça, abrindo-o, e eu mesma trato de retirar e chutar para longe a peça de roupa. Segundos depois estamos ajoelhadas sobre a cama enquanto ela sobe o meu casaco ao longo do meu tronco, levando junto a camisa debaixo e arremessando em qualquer canto. A garota se afasta, finalizando o beijo com uma pequena mordida no meu lábio inferior e sorrindo em seguida.
— O que você acha da gente tomar um banho quente e gostoso de banheira? — ela questiona e eu apenas balanço a cabeça positivamente porque estou encantada demais para ter qualquer outra reação. — Vou colocar a banheira para encher, já volto, enquanto isso você pode terminar de tirar essa roupa...
Minha melhor amiga morde o lábio inferior e depois sorri, seguindo até o banheiro. De repente, sinto minhas pernas amolecerem e deixo meu corpo cair novamente sobre a cama, sorrindo embasbacada, ainda sem conseguir acreditar que tudo isso está mesmo acontecendo. Olho para o meu criado mudo e vejo meu velho projetor de imagens, o qual sempre usamos para assistir filmes durante nossas festas do pijama.
— Pronto, agora a banheira já tá enchendo — declara ao sair do banheiro e eu sorrio com a ideia que e subitamente ilumina a mente. — O que foi, ? Por que tá me olhando assim?
— Fique de costas para aquela parede. — Aponto para o lugar e ela segue minha mão com o olhar, logo depois me encarando confusa. — Vai, confia em mim.
A garota revira os olhos e bufa, porém obedece ao meu pedido e caminha até o canto indicado, cruzando os braços sob o peito.
— Tá, agora faço o quê? — ela questiona, impaciente, e eu faço sinal para que ela espere.
Vou até o projetor e ligo-o, selecionando Titanic, o nosso filme favorito — que apesar de já termos visto mais de um bilhão de vezes, sempre rola aquela discussão sobre ter espaço para o Jack em cima porta ou não —, e ligo a câmera de vídeo do meu celular.
— Faça alguma coisa legal, tipo aquela cena clássica dos braços abertos, sei lá — peço.
— Mas para isso é preciso duas pessoas, h!
— Eu não posso porque estou filmando. — Dou de ombros. — E é muito fácil, quer ver?
Caminho até onde ela está, me posiciono na frente do projetor e começo a fazer movimentos com os braços que pareciam muito mais um avião desgovernado do que a cena do filme. solta uma risada e só o som que ela emite faz meu corpo inteiro estremecer. Volto à minha posição de antes e começo a filmá-la, a garota sorri abertamente para a câmera e depois olha para o chão, envergonhada. Deus, como eu queria poder abraçar essa garota e nunca mais soltar.
Quando ela põe uma mecha do cabelo atrás da orelha, mordendo o lábio inferior, não consigo mais me conter e atravesso o quarto quase na velocidade da luz para cobrir os seus lábios com os meus. A garota passeia as mãos pelo meu corpo, aproveitando para abrir meu sutiã e descer minha calcinha o suficiente para a peça deslizar facilmente pelas minhas pernas.
— Vamos, a banheira já deve tá cheia.
agarra minha mão e me guia até o banheiro, e eu obviamente não protesto. Ela joga uma bomba de sais na banheira e em poucos segundos toda a água está cor de rosa, a garota faz sinal para eu entrar e não hesito em obedecer, esperando-a enquanto assisto ela prender os cabelos cacheados em um coque e, logo em seguida, entrar na banheira.
Ficamos cada uma em uma ponta do recipiente oval, com as pernas dobradas para que tenha espaço o suficiente para as duas. Encaro e ela está sorrindo enquanto esfrega os braços e depois passeia as mãos pelo colo e nuca, levo minha mão ao seu joelho direito proeminente na água e ela também leva a mão até lá, entrelaçando nossos dedos. Ficamos assim por alguns minutos, apenas olhando nos olhos uma da outra, com as mãos dadas sob a água, até que um sorriso malicioso surge em sua boca e a garota começa a percorrer a mão pelo interior da minha coxa, descendo cada vez mais em direção ao centro delas. Sinto seus dedos acariciarem meus lábios maiores e pressiono as laterais da banheira, o sorriso em seu rosto aumenta e ela desliza um de seus dedos para o meu interior e logo em seguida outro, iniciando um ritmo de vai-e-vem.
Ponho tanta pressão na porcelana sob a minha palma que tenho medo de quebrar e mordo o lábio inferior com força para impedir que qualquer som saia da minha boca, porém quando os dedos dela começam a se movimentar sobre o meu clitóris, não consigo me segurar e deixo um gemido arrastado escapar por entre meus lábios. Ela aumenta a velocidade de seus movimentos, fazendo com que eu jogue a cabeça para trás e apoie sobre a beirada da banheira. Não demora muito até que eu chegue ao orgasmo e a garota sorri satisfeita com meu estado caótico, se inclinando sobre a banheira e me dando um selinho.
Permanecemos na banheira, brincando e conversando até os dedos enrugarem e após checar a hora, diz que precisa ir embora antes que seus pais liguem lhe dando bronca, então secamos uma a outra e voltamos para o quarto. Sentada sobre a poltrona no canto do cômodo, observo se vestir. Quero gravar cada pequeno detalhe do corpo dela em minha mente enquanto assisto-a puxa a calça jeans pelas pernas, o jeito que seus seios balançam quando ela precisa dar seus habituais pulinhos para que a calça passe pelas suas coxas fartas e chegue até os quadris, o cabelo que parecia ainda mais bonito e volumoso mesmo depois de tudo que fizemos durante essa noite, o sorriso de satisfação que ela dá ao encarar seu reflexo no espelho após fechar o zíper de seu casaco, que aumenta ainda mais quando ela se vira para mim. Suspiro, me sentindo frustrada porque sabia que no momento em que ela cruzar a porta do meu quarto, todo esse sonho estará acabado.
— Por que você parece tão triste? — ela pergunta ao passo que caminha em minha direção.
— Você tem mesmo que ir agora? — rebato, mexendo em meu cabelo em nervosismo.
— Sim, preciso chegar em casa antes das dez ou meus pais me matam. — ela para a poucos centímetros da minha cadeira. — Mas ainda temos um pouco de tempo, posso te ajudar a se animar.
estica o braço até o aparelho de som sobre a escrivaninha, ligando-o, e uma música sensual começa a tocar, fazendo um sorriso travesso desenhar seus lábios. Ela se inclina em minha direção, apoiando as mãos sobre meus ombros, e em seguida se senta em meu colo, apoiando os joelhos em cada lado do meu corpo. A garota começa a rebolar, jogando o quadril de encontro ao meu e depois de um lado para o outro, ondulando o corpo no ritmo da música. Subo as mãos ao longo das coxas dela até atingir sua bunda, que não hesito em agarrar firmemente, porém não tento ajudar ou comandar o ritmo de suas investidas porque estou hipnotizada demais pelos movimentos de seu corpo para ter qualquer desejo de controle, na verdade, vê-la ali dando o máximo de si em cima de mim me deixa muito mais extasiada do que o atrito entre nossos corpos de fato.
joga a cabeça para trás, movimentando a região pélvica de maneira circular, ela passeia a mão esquerda pelo pescoço exposto e vai descendo até o seio, comprimindo-o entre os dedos. Assisto toda a cena completamente maravilhosa e sinto meus lábios salivarem em anseio pelo gosto de sua pele, no entanto, antes que eu pudesse realizar qualquer gesto, a música acaba, iniciando outra mais animada, e se levanta do meu colo, fazendo-me suspirar em descontentamento, estende a mão para mim e diz:
— Venha dançar comigo, .
A garota sorri e automaticamente retribuo, cobrindo sua mão com a minha e permitindo que ela me puxe para fora da cadeira. Ela me guia até o meio do quarto e começa a dançar de maneira descontraída, dou de ombros e a acompanho, balançando o corpo no ritmo da música. Uso a mão que ainda estava unida à dela para fazê-la girar no lugar, e assim seguimos dançando, de costas para mim e nossos corpos colados enquanto nos agitamos. A garota volta a unir nossas mãos, levando-as para o alto, e começa a me orientar com seus passos, o que não dá muito certo e faz nós duas gargalharmos.
A música acaba e uma um pouco mais lenta começa a tocar, segura meu rosto com ambas as mãos, aproximando-nos até estarmos com as testas coladas uma a outra, e continua embalando o corpo, acompanhando a melodia da música. Também levo minhas mãos à face dela e com o polegar acaricio sua bochecha e a garota sorri, fazendo meu coração pular no peito. Fecho os olhos, querendo de alguma forma eternizar a imagem de seu sorriso em minha mente, e as imagens de tudo que aconteceu essa noite começam a passar em minha mente, o sexo, o banho, o lap dance, a dança, e por fim, o sorriso.
— Eu amo você — sussurro, trazendo o rosto dela para mais perto do meu e unindo nossos lábios.
Subitamente, não sinto mais a textura quente e macia das bochechas de entre os dedos e quando abro novamente os olhos, estou sentada em minha cama. Percorro os olhos pelo quarto e não a encontro em lugar algum, então a realidade me atinge e suspiro ao constatar que ela nunca esteve de fato aqui. Eu havia feito aquilo de novo, estava fantasiando sobre a minha melhor amiga na minha cabeça mais uma vez.
Passeio os dedos pelos lábios e suspiro novamente porque de alguma maneira ainda posso sentir o sabor dela em minha boca. Encaro o espaço vazio em minha cama e fecho os olhos, conseguindo imaginar perfeitamente a imagem de deitada entre os meus lençóis, em seguida, seu sorriso toma conta da minha mente, e eu também sorrio porque sei que, apesar de não poder tocá-la da forma que eu imagino, pelo menos eu ainda a tenho na minha cabeça.
Eu não me lembro bem quando foi que meus sentimentos por começaram a florescer, mas lembro de subitamente ficar apavorada toda vez que ela resolvia se despir na minha frente. Sempre foi completamente normal entre nós duas trocar de roupa na presença da outra, então por que de repente eu sentia aquela imensa vontade de tocar o corpo dela e sentir sua pele macia sob a palma da minha mão? Por que sentia minha boca salivar pelo gosto de seus lábios toda que eu via seu sorriso?
Todos esses sentimentos e desejos só foram se agravando à medida que o tempo passava, até se tornar insuportável para mim todas as festas do pijama que ela inventava de fazer toda semana. Saber que ela está ali, dormindo ao meu lado, sem poder toca-la da maneira que eu mais desejo, é doloroso demais e me tira o sono, então, aqui estou eu, mais uma vez sentada à beirada da minha cama no meio da noite, cabisbaixa, contemplando o corpo da minha melhor amiga deitado sobre a minha cama. Começo admirando seu rosto, tão bonito e sereno; os cabelos cacheados e volumosos espalhados pelo travesseiro, que lhe dá uma aparência angelical; o pescoço rodeado pela correntinha que simboliza a nossa amizade; o peito subindo e descendo lentamente; o tronco coberto apenas pela camisa de moletom, deixando a calcinha de renda preta totalmente a mostra, e, finalmente, as pernas grossas e torneadas. Sua pele negra reluz sob a luz do abajur, deixando em evidência os tracinhos esbranquiçados que eu tanto anseio em tocar.
Fecho os olhos e balanço a cabeça para conter o pensamento de esticar as mãos até ela, suspirando derrotada. Eu já havia considerado por tantas vezes dizer a ela o que eu sinto, mas sempre que eu crio coragem, ela vem com o papo de que adora a nossa amizade e quer ser minha amiga para sempre, me desmontando por inteira.
De repente sinto o colchão abaixo de mim se mexer e abro os olhos, virando para trás e encontrando minha melhor amiga já sentada sobre a cama e coçando os olhos.
— Já acordou? Você tem o sono muito leve — digo e a garota ri.
— Senti sua falta. Tentei te abraçar, mas não te encontrei.
— Desculpa, é que eu perdi o sono e não queria acabar te acordando.
— Hum... Talvez eu possa te ajudar com isso.
e começa a engatinhar em minha direção, e não digo uma palavra porque simplesmente não consigo tirar os olhos do seu corpo. Ela se senta ao meu lado e suas mãos tocam meus ombros, subindo pelo meu pescoço e afastando meu cabelo. A textura quente e úmida de seus lábios percorre o meu rosto, fazendo-me suspirar.
— , o que você tá fazendo? — sussurro.
— Tentando fazer você voltar pra cama, tô me sentindo tão sozinha e com frio, você pode me esquentar...
— E-eu não acho que deveríamos fazer isso, .
— Por favor, ... — ela suplica em um quase gemido e não consigo mais rebater.
Ela segura minha mão e me puxa em direção ao centro da cama, estou hipnotizada demais pelos seus olhos para resistir, então apenas permito que ela me conduza. Nos deitamos de lado, olhando diretamente nos olhos uma da outra e permanecemos assim por alguns instantes, em silêncio. Ela leva uma de suas mãos até o meu rosto e retira a mecha que caía sobre meus olhos, colocando-a atrás da orelha, e passeia com o dedão por toda a minha bochecha, descendo até os lábios, onde ela faz uma leve carícia. Faço o mesmo movimento que ela, afagando seus cachos entre os dedos, o que a fez sorrir e fechar os olhos por alguns segundos. De repente, toda a minha atenção se instala em seus lábios carnudos e sinto minha boca salivar em desejo à dela. Deus, como eu queria poder beijá-la.
Como se tivesse lido minha mente, se inclina em minha direção, colando sua boca na minha e iniciando um beijo lento. Seus lábios são exatamente como eu imaginei: macios, ternos, doces e parecem se encaixar perfeitamente aos meus. Ela rola o corpo, ficando por cima de mim, prende meu tronco entre suas pernas e intensifica o beijo. Minha língua explora sua boca com selvageria e desejo, em uma tentativa desesperada de absorver o máximo que posso de seu sabor, percorro as mãos pelas costas de até a bunda e então subo-as novamente, trazendo junto sua camisa. A garota se afasta de mim por alguns instantes, apenas para me ajudar a retirar a peça de roupa de seu corpo, e sorri, voltando a se aproximar, porém levando agora os lábios até o vão do meu pescoço. Ela suga minha pele e preciso controlar o gemido que ameaça sair pela minha boca, descontando toda a minha força pressionando a lateral da alça de sua calcinha entre os dedos.
Acaricio sua nádega direita, sentindo a textura de suas estrias sob a minha palma, e adentro sua calcinha, descendo até o meio de suas pernas, e sinto a ponta dos meus dedos molharem quando toco seus grandes lábios. Saber que ela está daquele jeito por minha causa me deixa excitada de uma maneira que eu nunca havia sentido antes. Continuo descendo os dedos até chegar em seu clitóris e começo a massageá-lo em movimento circular e geme contra o meu pescoço. Uso o braço disponível para desatar o sutiã da garota e prontamente enlaço o corpo da garota, invertendo nossas posições. Ela emite um gritinho de surpresa e sorri em divertimento, logo tratando de se livrar do sutiã. Beijo levemente seu sorriso e sem demora abocanho um de seus seios, chupando sua pele salgada e fazendo-a se contorcer embaixo de mim.
Sigo arrastando os lábios pelo abdômen dela, até alcançar a barra de sua calcinha, que não hesito em arrancar de seu corpo, começo a distribuir beijos pelo interior das coxas dela até o centro de suas pernas, dou uma primeira lambida em sua vagina e a garota estremece, repito o movimento, dessa vez sugando seu suco para dentro da minha boca e ela solta um gemido, penetro-a com dois de meus dedos e começo a vibrar a língua sobre o clitóris dela. Não entendo como sei fazer isso, já que é a primeira vez que o faço, porém pareço estar me saindo bem, pois minha melhor amiga está se contorcendo, gemendo e pedindo por mais — talvez eu tenha aprendido essas coisas lendo as inúmeras fanfics com nossos nomes, imaginando nós duas naquelas cenas.
— ... — murmura exatamente como sempre imaginei e algo dentro de mim se acende, fazendo com que eu me dedique com mais vigor à minha tarefa de levá-la ao orgasmo, e não demora muito até que a garota atinja êxtase.
Volto a me deitar ao lado dela, observando com orgulho o peito seu subir e descer rapidamente e o corpo sacolejar em pequenos espasmos, enquanto um enorme sorriso satisfeito desenha seu rosto.
Em poucos instantes, se vira de frente para mim e segura meu rosto entre as mãos, colando sua boca na minha de uma maneira feroz. Suas mãos vão até o botão da minha calça, abrindo-o, e eu mesma trato de retirar e chutar para longe a peça de roupa. Segundos depois estamos ajoelhadas sobre a cama enquanto ela sobe o meu casaco ao longo do meu tronco, levando junto a camisa debaixo e arremessando em qualquer canto. A garota se afasta, finalizando o beijo com uma pequena mordida no meu lábio inferior e sorrindo em seguida.
— O que você acha da gente tomar um banho quente e gostoso de banheira? — ela questiona e eu apenas balanço a cabeça positivamente porque estou encantada demais para ter qualquer outra reação. — Vou colocar a banheira para encher, já volto, enquanto isso você pode terminar de tirar essa roupa...
Minha melhor amiga morde o lábio inferior e depois sorri, seguindo até o banheiro. De repente, sinto minhas pernas amolecerem e deixo meu corpo cair novamente sobre a cama, sorrindo embasbacada, ainda sem conseguir acreditar que tudo isso está mesmo acontecendo. Olho para o meu criado mudo e vejo meu velho projetor de imagens, o qual sempre usamos para assistir filmes durante nossas festas do pijama.
— Pronto, agora a banheira já tá enchendo — declara ao sair do banheiro e eu sorrio com a ideia que e subitamente ilumina a mente. — O que foi, ? Por que tá me olhando assim?
— Fique de costas para aquela parede. — Aponto para o lugar e ela segue minha mão com o olhar, logo depois me encarando confusa. — Vai, confia em mim.
A garota revira os olhos e bufa, porém obedece ao meu pedido e caminha até o canto indicado, cruzando os braços sob o peito.
— Tá, agora faço o quê? — ela questiona, impaciente, e eu faço sinal para que ela espere.
Vou até o projetor e ligo-o, selecionando Titanic, o nosso filme favorito — que apesar de já termos visto mais de um bilhão de vezes, sempre rola aquela discussão sobre ter espaço para o Jack em cima porta ou não —, e ligo a câmera de vídeo do meu celular.
— Faça alguma coisa legal, tipo aquela cena clássica dos braços abertos, sei lá — peço.
— Mas para isso é preciso duas pessoas, h!
— Eu não posso porque estou filmando. — Dou de ombros. — E é muito fácil, quer ver?
Caminho até onde ela está, me posiciono na frente do projetor e começo a fazer movimentos com os braços que pareciam muito mais um avião desgovernado do que a cena do filme. solta uma risada e só o som que ela emite faz meu corpo inteiro estremecer. Volto à minha posição de antes e começo a filmá-la, a garota sorri abertamente para a câmera e depois olha para o chão, envergonhada. Deus, como eu queria poder abraçar essa garota e nunca mais soltar.
Quando ela põe uma mecha do cabelo atrás da orelha, mordendo o lábio inferior, não consigo mais me conter e atravesso o quarto quase na velocidade da luz para cobrir os seus lábios com os meus. A garota passeia as mãos pelo meu corpo, aproveitando para abrir meu sutiã e descer minha calcinha o suficiente para a peça deslizar facilmente pelas minhas pernas.
— Vamos, a banheira já deve tá cheia.
agarra minha mão e me guia até o banheiro, e eu obviamente não protesto. Ela joga uma bomba de sais na banheira e em poucos segundos toda a água está cor de rosa, a garota faz sinal para eu entrar e não hesito em obedecer, esperando-a enquanto assisto ela prender os cabelos cacheados em um coque e, logo em seguida, entrar na banheira.
Ficamos cada uma em uma ponta do recipiente oval, com as pernas dobradas para que tenha espaço o suficiente para as duas. Encaro e ela está sorrindo enquanto esfrega os braços e depois passeia as mãos pelo colo e nuca, levo minha mão ao seu joelho direito proeminente na água e ela também leva a mão até lá, entrelaçando nossos dedos. Ficamos assim por alguns minutos, apenas olhando nos olhos uma da outra, com as mãos dadas sob a água, até que um sorriso malicioso surge em sua boca e a garota começa a percorrer a mão pelo interior da minha coxa, descendo cada vez mais em direção ao centro delas. Sinto seus dedos acariciarem meus lábios maiores e pressiono as laterais da banheira, o sorriso em seu rosto aumenta e ela desliza um de seus dedos para o meu interior e logo em seguida outro, iniciando um ritmo de vai-e-vem.
Ponho tanta pressão na porcelana sob a minha palma que tenho medo de quebrar e mordo o lábio inferior com força para impedir que qualquer som saia da minha boca, porém quando os dedos dela começam a se movimentar sobre o meu clitóris, não consigo me segurar e deixo um gemido arrastado escapar por entre meus lábios. Ela aumenta a velocidade de seus movimentos, fazendo com que eu jogue a cabeça para trás e apoie sobre a beirada da banheira. Não demora muito até que eu chegue ao orgasmo e a garota sorri satisfeita com meu estado caótico, se inclinando sobre a banheira e me dando um selinho.
Permanecemos na banheira, brincando e conversando até os dedos enrugarem e após checar a hora, diz que precisa ir embora antes que seus pais liguem lhe dando bronca, então secamos uma a outra e voltamos para o quarto. Sentada sobre a poltrona no canto do cômodo, observo se vestir. Quero gravar cada pequeno detalhe do corpo dela em minha mente enquanto assisto-a puxa a calça jeans pelas pernas, o jeito que seus seios balançam quando ela precisa dar seus habituais pulinhos para que a calça passe pelas suas coxas fartas e chegue até os quadris, o cabelo que parecia ainda mais bonito e volumoso mesmo depois de tudo que fizemos durante essa noite, o sorriso de satisfação que ela dá ao encarar seu reflexo no espelho após fechar o zíper de seu casaco, que aumenta ainda mais quando ela se vira para mim. Suspiro, me sentindo frustrada porque sabia que no momento em que ela cruzar a porta do meu quarto, todo esse sonho estará acabado.
— Por que você parece tão triste? — ela pergunta ao passo que caminha em minha direção.
— Você tem mesmo que ir agora? — rebato, mexendo em meu cabelo em nervosismo.
— Sim, preciso chegar em casa antes das dez ou meus pais me matam. — ela para a poucos centímetros da minha cadeira. — Mas ainda temos um pouco de tempo, posso te ajudar a se animar.
estica o braço até o aparelho de som sobre a escrivaninha, ligando-o, e uma música sensual começa a tocar, fazendo um sorriso travesso desenhar seus lábios. Ela se inclina em minha direção, apoiando as mãos sobre meus ombros, e em seguida se senta em meu colo, apoiando os joelhos em cada lado do meu corpo. A garota começa a rebolar, jogando o quadril de encontro ao meu e depois de um lado para o outro, ondulando o corpo no ritmo da música. Subo as mãos ao longo das coxas dela até atingir sua bunda, que não hesito em agarrar firmemente, porém não tento ajudar ou comandar o ritmo de suas investidas porque estou hipnotizada demais pelos movimentos de seu corpo para ter qualquer desejo de controle, na verdade, vê-la ali dando o máximo de si em cima de mim me deixa muito mais extasiada do que o atrito entre nossos corpos de fato.
joga a cabeça para trás, movimentando a região pélvica de maneira circular, ela passeia a mão esquerda pelo pescoço exposto e vai descendo até o seio, comprimindo-o entre os dedos. Assisto toda a cena completamente maravilhosa e sinto meus lábios salivarem em anseio pelo gosto de sua pele, no entanto, antes que eu pudesse realizar qualquer gesto, a música acaba, iniciando outra mais animada, e se levanta do meu colo, fazendo-me suspirar em descontentamento, estende a mão para mim e diz:
— Venha dançar comigo, .
A garota sorri e automaticamente retribuo, cobrindo sua mão com a minha e permitindo que ela me puxe para fora da cadeira. Ela me guia até o meio do quarto e começa a dançar de maneira descontraída, dou de ombros e a acompanho, balançando o corpo no ritmo da música. Uso a mão que ainda estava unida à dela para fazê-la girar no lugar, e assim seguimos dançando, de costas para mim e nossos corpos colados enquanto nos agitamos. A garota volta a unir nossas mãos, levando-as para o alto, e começa a me orientar com seus passos, o que não dá muito certo e faz nós duas gargalharmos.
A música acaba e uma um pouco mais lenta começa a tocar, segura meu rosto com ambas as mãos, aproximando-nos até estarmos com as testas coladas uma a outra, e continua embalando o corpo, acompanhando a melodia da música. Também levo minhas mãos à face dela e com o polegar acaricio sua bochecha e a garota sorri, fazendo meu coração pular no peito. Fecho os olhos, querendo de alguma forma eternizar a imagem de seu sorriso em minha mente, e as imagens de tudo que aconteceu essa noite começam a passar em minha mente, o sexo, o banho, o lap dance, a dança, e por fim, o sorriso.
— Eu amo você — sussurro, trazendo o rosto dela para mais perto do meu e unindo nossos lábios.
Subitamente, não sinto mais a textura quente e macia das bochechas de entre os dedos e quando abro novamente os olhos, estou sentada em minha cama. Percorro os olhos pelo quarto e não a encontro em lugar algum, então a realidade me atinge e suspiro ao constatar que ela nunca esteve de fato aqui. Eu havia feito aquilo de novo, estava fantasiando sobre a minha melhor amiga na minha cabeça mais uma vez.
Passeio os dedos pelos lábios e suspiro novamente porque de alguma maneira ainda posso sentir o sabor dela em minha boca. Encaro o espaço vazio em minha cama e fecho os olhos, conseguindo imaginar perfeitamente a imagem de deitada entre os meus lençóis, em seguida, seu sorriso toma conta da minha mente, e eu também sorrio porque sei que, apesar de não poder tocá-la da forma que eu imagino, pelo menos eu ainda a tenho na minha cabeça.
FIM.
Nota da autora: LESBIAN JESUS STRIKES AGAIN! Hahaha Fiz essa fic para todas que, assim como eu, amam essa música, esse clipe, a lesbian Jesus Hayley Kiyoko, a bíblia Expectation e não sabem de quem sentem mais inveja nesse clipe hahaha. Enfim, espero que tenham gostado e não se esqueçam de comentar <3 e Amém, Lesbian Jesus
Outras Fanfics:
05.3am (Ficstape #036 Meghan Trainor - Title)
07.Power (Ficstape #046 Little Mix - Glory Days)
02. Hold Me Down (Ficstape #054 Halsey - Badlands)
04. Heaven In Hiding (Ficstape #073 Halsey - Hopeless Fountain Kingdom)
16. Save Myself (Ficstape #055 Ed Sheeran - Devide)
06. Time to Go (Ficstape #057 The Maine - Can't Stop Won't Stop)
The F Word (Outros, Restritas, Em Andamento)
Outras Fanfics:
05.3am (Ficstape #036 Meghan Trainor - Title)
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