Última atualização:31/07/2020

Prólogo

encarou a cidade de Los Angeles que tinha amanhecido ensolarada — como de costume — da enorme janela do seu escritório ainda com um sorriso estampado no rosto. Ela tinha acabado de receber a melhor notícia de sua vida, esperou muito tempo por isso e sabia o quanto tinha batalhado para que alcansasse tal feito. Contudo, não conseguia deixar de pensar nas consequências que isso traria para ela, sabia que seria algo a se discutir com outra pessoa antes de tomar qualquer decisão, se bem que, achava que já tinha a decisão final.
Queria aceitar a proposta, mas não queria ter que perder algo nesse processo, ao menos era o que achava.
? — Emily, sua sócia, a chamou dando um toquinho na porta que tinha acabado de abrir.
Ela respirou fundo e se virou para a porta, deixando para trás a linda paisagem.
— Sim? — Perguntou, fazendo sinal para que ela entrasse e caminhou até sua mesa, sentando-se em sua cadeira.
— Como foi? — Emily perguntou empolgada. — O que eles disseram?
sorriu com a empolgação da sócia, mas amiga também.
— Eles querem produzir Euphoria — afirmou, sem fazer rodeios.
— Ah! Me Deus, ! — Emily disse empolgada batendo palminhas.
riu fracamente.
— Isso é incrível — ela afirmou e sentou-se me uma cadeira de frente para a mesa. — Por que parece que você não está tão animada assim?
— Eu estou, muito — afirmou e mordeu o lábio inferior. — Porém...
— afirmou Emily revirando os olhos. — Quando você vai mandar ele se foder e colocar seus sonhos em primeiro lugar?
riu com o comentário, no fundo a amiga tinha razão. era seu marido há seis anos, os dois se conheceram em um barzinho na Austrália, mas especificamente em Sydney, quando ela tinha apenas vinte anos e era uma simples jovem sonhadora procurando pelo primeiro amor. Contudo, não achou que aquilo passaria de uma transa, porém, estava bem enganada, porque ali estava ela pensando sobre ele e tudo que já tinham vivido nos últimos dez anos.
? — Emily chamou pela amiga, que estava visivelmente destraida.
— Eu sei de tudo isso, Emily. — disse e se levantou da cadeira, se virando para olhar a paisagem que estava observando antes de ser interrompida pela amiga. — Só que não é tão simples, estamos juntos há dez anos...
— É bem fácil para ele, quando ele quer cair na estrada e correr atrás da vida de cantor dele. — Emily disse irritada.
Não é que não gostasse de , ela adorava na verdade. Contudo, não conseguia deixar de reprovar as atitudes da amiga de sempre renunciar aos seus sonhos nos últimos dez anos para ajudar o marido a correr atrás do sonho dele, da carreira de cantor.
— Bom, eu tenho uma reunião — ela disse e se levantou. — Você deveria ir para casa conversar com ele.
apenas se virou e assentiu para a amiga com um sorriso no rosto.
Ela fez o contrario do que a amiga tinha sugerido, ficou o resto do dia na editora e até repassou algumas coisas em sua cobeça sobre seu livro. Aproveitou também, para usar o tempo em que ficaria na empresa, completamente sozinha em sua sala para pensar na conversa que teria com a noite e deicidiu que seria melhor marcar um jantar para tornar tudo um pouco mais fácil, em partes, também queria comemorar.
Já passava das sete horas da noite quando se despediu do porteiro na recepção da editora e caminhou em direção ao seu carro. Deu partida e aumento o som no último volume, estava tocando uma das músicas de que estavam fazendo sucesso atualmente e ela cantou toda a música até chegar na frente do seu condomínio e diminuir um pouco o volume, já se preparando.
Ela sabia que ele já estava em casa, porque viu o carro dele estacionado de frente para a casa deles. Desligou o carro, mas não saiu dele, em partes queria ficar mais um pouco ali e evitar mais uma briga entre eles, afinal era só isso que eles vinham fazendo nos últimos oito meses de casamento, brigar. Encarou a enorme janela da casa que dava a visão da sala de estar e o viu caminhando tranquilamente de um lado para o outro, ela sabia que ele estava provavelmente pensando em alguma composição e sorriu com isso.
Saiu do carro e seguiu em direção a casa, depois de quase dez minutos encarando a .
— Que bom que chegou! — Escutou dizer, enquanto caminhava até ela. — Chegou cedo, aliás.
sorriu com a reação dele e olhou no relógio, de fato ela tinha chegado cedo.
— Sim, não tive muita coisa hoje. — Afirmou e encostou os lábios nos dele, assim que se aproximaram.
— Vi que você encomendou comida — disse e torceu o nariz.
Provavelmente, ele tinha recebido um alerta do cartão porque ela tinha mais uma vez errado o cartão de crédito na hora de selecionar.
— Desculpa — ela disse enquanto tirava os sapatos. — Eu acho que selecionei o seu cartão ao invés do meu.
deu de ombros e a encarou, levando as mãos até os bolsos da calça. observou aquela atitude e percebeu que não era só ela que parecia ter algo importante para falar, provavelmente ele também tinha novidades, estava visivelmente nervoso e ansioso com alguma coisa.
— Algo de novo? — Ela perguntou enquanto caminhava em direção a cozinha.
Ele a seguiu, mordendo os lábios.
— Sim, tenho uma coisa para te contar — afirmou.
fez sinal para que ele continuasse, enquanto pegava pratos e talheres no armário.
— Gostaram das coposições e querem iniciar uma nova turnê, para lançar as músicas. — Ele disse empolgado e ela sentiu o ar ficar pesado, queria receber qualquer novidade, menos essa.
— Você sabe que agora é diferente — ela disse firme, sem olhar para ele.
— Sei que temos o Christopher — disse um pouco irritado.
— Não é sobre o Christopher — ela disse e passou por ele, indo em direção a geladeira.
Ele a encarou confuso.
— Você não está...
— Querem transformar meu livro em série. — Ela disse cortando-o.
Os dois se encararam por alguns instantes, nenhum deles tinha coragem de continuar a conversa.
— Isso é incrível — disse realmente empolgado, quebrando o silêncio. — Quando?
— Eles querem começar as gravações em dois meses — afirmou.
— Nossa, rápido — ele disse e passou as mãos pelos cabelos. — Eles não aceitariam adiar?
riu fracamente.
— Você só pode estar de brincadeira, ! — Esbravejou. — Eu te digo, pela primeira vez em anos, que vou conseguir realizar um dos meus maiores sonhos e tudo que você me pergunta é se eles não aceitariam adiar? Inacreditável.
, você sabe que meu projeto já estava em andamento...
— É? — perguntou e riu. — O meu também porra, há 10 anos.
, nós podemos contratar um advogado, isso não quer dizer que você vai perder a oportunide.
Ela riu mais uma vez, não conseguia acreditar que eles podia ser tão escroto.
— É, você pode conseguir um advogado — ela firmou e ele olhou surpreso.
— Eu?
— Sim — afirmou e seguiu em direção a saída da cozinha. — Para o nosso divórcio, , porque dessa vez, essa é a única maneira de você seguir o seu sonho e eu seguir o meu.
saiu da cozinha, deixando-o completamente sem palavras.
Divórcio.
Era algo que nunca cogitou, em dez anos de relacionamento.



Capítulo Único

2 meses depois...



atravessou a porta de sua sala correndo, não tinha muito tempo para resolver tudo que precisava antes da inauguração, então estava indo de um lado para o outro o dia todo com muita pressa. Seu celular não parava de tocar e pessoas a procuravam a todo momento, ou em busca de autógrafo dela para uma nova remessa de livros que seriam expostos em alguma livraria muito visitada em Los Angeles, ou para pedirem algo relacionado a evento desssa noite.
Em uma semana começaria as gravações de "Euphoria" e para tudo começar da melhor maneira possível, a Netflix — quem tinha comprado sua história — decidiu fazer um evento de divulgação da futura série que seria lançada no final do ano e também, divulgar que seria feito uma séria dos bastidores da série. Por isso, estava correndo contra o tempo para que tudo acontecesse como o planejado e ela não fosse a última a chegar no evento.
— Como você está se sentindo? — Emily perguntou empolgada, entrando em sua sala.
— Sem acreditar ainda — afirmou rindo, enquanto procurava a pasta. — Deus, não sei onde enfiei aquela pasta.
— Qual pasta? — Emily perguntou.
— Com os últimos detalhes para as gravações, as últimas alterações que eu pedi — afirmou bufando frustrada.
— Amber passou aqui mais cedo e levou — Emily disse e a fuzilou com o olhar, repreendendo a amiga. — Desculpa, esqueci de te avisar.
— Tudo bem — afirmou. — Um trabalho a menos. Significa que posso ir para casa me arrumar, buscar o Christopher e ir para o evento.
se levantou já seguindo em direção a saida de sala sala e Emily acompanhou.
— Você acha que ele estará lá? — Emily perguntou assim que as duas entraram no elevador e a amiga apertou térreo.
respirou pesadamente.
— Ele disse que estaria — afirmou.
— E como estão as coisas? — Emily perguntou enquanto encarava a amiga de forma carinhosa.
— Díficeis — ela apertou os olhos, na intenção de segurar as lágrimas.
— Você parece tão bem, aqui na empresa — ela afirmou e as portas do elevador se abriram.
As duas sairam, já seguindo em direção a saída do prédio.
— Emily — começou a dizer e mordeu o lábio antes de continuar. — Tudo que eu faço é esconder.
eu...
— Eu só queria tudo fosse embora — firmou com sinceridade e limpou uma lágrima, que já tinha escapado no canto do olho.
— Eu sinto muito, — Emily disse e segurou a mão da amiga, apertando-a.
Ela apenas assentiu.
— Te vejo no evento — disse e se virou, seguindo em direção ao estacionamento onde estava seu carro.
No caminho até em casa, pensou em como tudo tinha chegado a este ponto. Em como ela e naquela noite que era para ser a mais feliz da sua vida, acabaram decidindo por assinarem o divórcio, pior do que isso, ela não conseguia sequer acreditar que ela foi a primeira a dizer a palavra "divórcio" no meio da discussão deles, e muito menos ainda, esperava que ele apenas concordaria dizendo: se é o que você quer.
Dez anos antes, quando o conheceu naquele bar, não achou que seria assim que os dois temrinariam um dia. Ela não queria abrir mão do seu sonho mais, ele nem sequer cogitou a proposta que ela fez para que ele ficasse ao menos um ano afastado dos palcos, nenhum dos dois queria ceder, principalmente ela, que já tinha cedido demais, então o divórcio foi a única solução que encontraram.
Ao menos, tinham decidido por não envolver advogados.
Sentiu seu mundo desabar ainda mais, quando chegou em casa e viu os papéis de divórcio em cima da mesa. Não conseguia acreditar que tinha ido tão baixo e simplesmente tomado a decisão de envolver advogados, quando na verdade, os dois haviam entrado em um acordo de que tudo seria amigável, principalmente por Christopher, filho deles, que tem apenas cinco anos e vem sofrendo muito com todo esse processo.
— Filho da puta! — esbravejou, jogando os babéis na mesa de centro da sala.
Estava puta da vida.
— O que é filho da puta, mãe? — A voz de Christopher, fez com que ela levasse um susto.
— Christopher, é algo muito feio — disse quase rindo e andou até ele, pegando-o no colo.
Os olhos dele a encararam.
— Você está triste. mamãe? — Perguntou encarando-o, e ela pensou em como ele tinha os mesmos olhos de e aquilo a despedaçou por dentro.
— Só um pouquinho, meu amor — afirmou coma voz falha, enquanto caminhava em direção aos quartos.
— Você está com saudades do papai também? — Ele perguntou e ela sentiu seu coração se despedaçar.
apenas assentiu com a cabeça e seguiu em direção ao quarto.

O local estava lotado e a primeira coisa que chamou atenção de foi a decoração do local. Ela era toda em preto e branco, com lustres reluzentes no teto e a capa do seu livro estava exposta em todo ao ambiente para que chamasse realmente atenção e ela gostou disso, amava aquela capa, a ideia tinha sido dela desde o ínicio. Deixou Christopher com a sua mãe e seguiu pelo salão cumprimentando algumas pessoas, que não paravam de elogiar o evento e também todo seu trabalho.
Os pensamentos sobre o papel que viu quando chegou em casa mais cedo ainda rodeavam seus pensamentos, ela estava fervendo de raiva por dentro e precisou respitar fundo quando viu próximo ao bar, conversando com algumas pessoas. Ponderou se seria uma boa ideia ir até lá, mas não teve muita escolha, quando os olhos deles se cruzaram e ele abriu um sorriso de ponta aponta.
Falso. Foi isso que cruzou o pensamento dela, enquanto caminhava até o bar.
— Eu quero uma taça de champagne rosé — ela disse para o barman, sem nem encarar , queria ingerir um pouco de alcool primeiro para se acalmar.
raspou a garganta, chamando a atenção dela e fazendo com que revirasse os olhos.
— O que você quer, ? — perguntou, sem virar par encará-lo.
— Achei que era o melhor dia da sua vida — disse de forma sincera, sem nenhum tom de ironia em sua voz. — Não achei que estaria no pior humor do mundo.
Ela riu fracamente, com a cara de pau dele.
— O que eu fiz dessa vez, ?
Ela se virou para encará-lo.
— Eu recebi a intimação — afirmou, sem fazer rodeio algum.
, eu...
Ela respirou fundo, estava extremamente cansada das atitudes dele.
— Aqui está sua taça de vinho rose, senhorita. — O barman disse de forma simpática e arrastou a taça em cima do balcão.
— Só faça o que veio fazer aqui — disse e pegou sua taça, já se virando para sair dali, mas se virou para olhar para mais uma vez. — Que é ficar com seu filho.
Ela saiu andando, antes que eles começassem mais uma briga como fizeran última dez vezes em que se viram nos últimos dois meses. Ela deu um gole na bebida e seguiu pelo salão, como tinha dito, aquele era o melhor dia de sua vida e ela não tinha a pretensão de desperdiçar ele tendo mais uma briga interminavel com ele.
Avistou Emily com o pessoal de sua equipe e caminhou até lá para poder interagir com eles e também agradecer por todo o apoio, afinal, sem eles ela sabia que jamais teria chegado a esse dia. Recebeu vários elogios, sobre o livro e também sobre a prévia que já tinha saído de divulgação para as gravações do filme.
— Sério, , está incrível. — Emily disse empolgada, enquanto levava sua taça de vinho até os lábios.
— Eu nem acredito que tudo isso está acontecendo. — comentou sorrindo.
— Você merece tudo isso. — Sua secretária, Amber, comentou.
— Isso tudo, é graças a vocês também — disse com sinceridade e deu mais um gole em sua bebida. — Nada disso teria acontecido, se eu não tivesse todo apoio dessa quipe maravilhosa.
— Você deve estar tão empolgada com a gravação. — Peter, um dos melhores amigos de e marido de Emily comentou.
Os olhos dela cruzaram o de do outro lado do salão, mas logo ela voltou a olhar para Peter.
— Eu estou — afirmou.
De fato, estava mesmo feliz, mesmo que está decisão tenha levado seu casamento ao completo facasso.
— Srta. . — Uma das moças que era responsável pela gravação do filme a chamou, pegando-a de surpresa. — Desculpa, me intrometer assim...
— Tudo bem, não precisa me chamar assim, só está ótimo — ela disse sorrindo de forma simpática. — Ashley, certo?
— Sim, isso mesmo — afirmou.
— Precisa de algo?
— Sim, está na hora do seu discurso — ela disse fazendo sinal de que deveria ir com ela.
se despediu dos amigos e caminhou junto com Asheley, que a guiou até uma parte de trás de um palco que até então ela nem tinha notado que estava no salão. A moça a instruiu como seria o discurso e também passou algumas intruções, para que ela contasse algumas coisinhas de como foi o livro e também falasse sobre sua tragetória, isso sempre cativava o público.
— Não precisa — disse, recusando o papel que continha um discurso.
— Nós fizemos por precaução, caso a senhori... — Ashley começou a dizer e deu um risinho fazendo uma pausa. — Caso você não tivesse tempo.
— Tudo bem, vou ficar com ele, então, caso eu esqueça de algo — concluiu.
— Você sobe em cinco minutos — Ashley disse entregando o papel e a deixou sozinha.
Ela respirou fundo, ainda sentia-se um pouco desacreditada de que isso realmente estava acontecendo. Lembrou de quando começou a escrever Euphoria, de toda a emoção que sentia enquanto ainda era apenas uma fanfic e como cada parte do seu corpo se agitava quando ela recebia algum comentário, elogio ou leitoras que a procuravam perguntando se algum tinha ela teria a intenção de publica o livro.
Depois sua mente percorreu até o dia em que lançou seu livro, a essa altura ela já tinha conhecido e ele era a pessoa que mais a incentivava — ao menos no início — a levar aquela história a muito mais pessoas. Lembrou do dia do lançamento, das noites que ficou consumida para que terminasse aquela história até chegar no ponto em que as dificuldades começaram, como ela abriu a editora e como agora estava prester a realizar um sonho tão grande.
Riu nervosa, quando escutou seu nome ser anunciado e subiu as escadas que a levariam ao palco. O lugar parecia muito mais lotado, agora que um número enorme de pessoas estavam de frente para ela, com olhar de que esperavam ansiosamnete para ouvir sobre sua tragetória e os planos futuros que envolvessem seu livro que agora viraria uma série.
— Boa noite — ela disse, assim que pegou o microfone. — Primeiro de tudo, eu quero agradecer a todos que estão aqui essa noite.
Todos aplaudiram e ela sorriu calorosamente.
— Porém, quero fazer um agradecimento especial — começou a dizer e seus olhos rodaram, por , sua mãe e Christopher. — Quero agradecer a minha mãe e ao meu filho, que foram meu maior ponto de apoio nesses últimos meses para que eu naõ enloquecesse com tudo isso, que parecia tão irreal.
Pensou em acrescentar quando seus olhos pararam nele, mas não o fez. Ele não a tinha apoiado, era doloroso reconhecer isso, mas era a verdade.
— Vocês são realmente uma peça importante em tudo isso — afirmou ainda com os olhos em , e pode ver um olhar decepcionado dele sobre ela.
Apenas deviou o olhar e voltou a olhar para o restante do público. Todos a encaravam com olhares ansiosos.
— Eu tinha só dezesseis anos, quando idealizei todo esse livro — afirmou. — Na verdade, era só uma fanfic.
Ela sorriu.
— Só uma fanfic... — falou baixinho, pensando sobre o que tinha dito. — Não era só uma fanfic. Era uma parte de mim, da minha vida e de tudo que eu sonhava colocar naquelas linhas e transmitir para todas as pessoas que tiveram a oportunidade de ler. E depois, se trasnformou em livro.
Todos olhavam para ela admirados.
— Aos poucos, isso foi se espalhando para vários países — continuou. — Então, quando eu vi, o mundo inteiro já estava lendo e falando sobre , a autora de Euphoria, uma das histórias mais acessadas na internet e dos livros mais comprados no mundo. E há dois meses, meu sonho se tornou ainda mais real. Um oferta para que virasse uma série, eu poderia ver nos atores cada sentimento que eu quis transmitir naquele livro, naquela fanfic.
Ela sentiu o coração apertar, mas de emoção.
— Então, eu só tenho que agradecer, por esse sonho que está apenas começando a se realizar — finalizou, encarando todos ali presentes.
falou mais algumas coisas no palco e logo depois desceu, dando espaço para que o evento finalmente começasse. Ela foi primeiro cumprimentar os atores que iriam estrelar o papel dos principais em sua série e trocou algumas palavras com eles, tirou fotos e também deram entrevistas juntos falando um pouquinho como seria as gravações e como estava sendo para eles tudo que estava acontecendo.
Depois disso, ela seguiu para parte de trás do palco onde tinha conversado com Ashley antes de seu discurso. A multidão sempre a deixava nervosa e ela estava ainda mais hoje, com tudo que vinha acontecendo na vida dela e também o papel que tinha recebido de para dar entrada no processo de divórcio.
— Alice, sua mãe, lhe interrompeu, estava com Christopher no colo, que sorriu ao ver a mãe.
Ela sorriu com sinceridade para os dois.
— Você está bem? — Ela perguntou, visivelmente preocupada com a filha.
— Sim — afirmou. — Eu só precisava ficar em um lugar um pouco mais silêncioso, por alugns minutos.
— Ele está cansado — Alice disse se referindo a Christopher, que bosejava.
— Claro que está. — A voz de reverberou no lugar silêncioso. — Já deveria estar domindo.
revirou os olhos.
— Bom, agora sou uma péssima mãe, então? — esbravejou.
— Eu não disse isso, disse irritado. — Só disse que ele já deveria estar domindo, ia me oferecer para levá-lo.
Alice apenas observava tudo.
— Claro que ia — afirmou rindo. — Por que foi isso que você fez nos últimos meses, certo?
Ela sabia que não deveria começar aquilo na frente de Christopher, mas era difícil não sentir raiva naquele momento.
, você está sendo injuta — praticamente gritou. — Eu estava em turnê e você sabe disso.
— Você sempre está, né, ? — Gritou.
Alice estava incrédula e percebeu que tinha que acabar com aquilo.
— Parem de brigar na frente do Christopher — pediu, ainda segurando o neto.
Os dois se entreolharam.
— Tudo bem, me dá o Chris, vamos para casa — afirmou, mesmo sabendo que o evento ainda não tinha acabado, mas sua mãe segurou ele, afastando-se. — Mãe.
— Eu acho melhor vocês irem conversar — disse. — Christopher pode ficar comigo hoje.
— Alice, não é...
— É necessário, sim. — Afirmou interrompendo , que tentava se explicar. — Se vocês agora estão brigando dessa maneira ne frente dele, é porque as coisas já passaram completamente do limite.
apenas concordou e fez o mesmo logo em seguida.
— A mamãe te busca amanhã, tudo bem, meu amor? — disse e se aproximou do filho, depositando um beijo na testa dele.
— Não pode ser o papai? — Chris perguntou manhoso.
— Claro, amigão — disse sorrindo para o filho e passou a mão nos cabelos do garoto, que eram ondulados iguais aos seus. — Se estiver tudo bem para você, .
— Claro — ela afirmou e os dois se despediram de Christopher.
viu os dois irem embora e só depois que sairam de seu campo de visão, ela se virou para .
— Vou só me despedir de algumas pessoas e te encontro lá fora — ela disse e saiu andando.


O caminho no carro foi em completo silêncio, eles não tinham trocado sequer uma palavra depois da briga que tiveram na frente do filho. estava com a cabeça encostada no vidro fechado, enquanto observava a chuva que caia lá fora e a paisagem, já estava com os olhos na estrada, mas seus pensamentos estavam em outras coisas, como todas as brigas que vinha tendo com e também os momentos que passaram juntos.
Ele parou no farol e olhou para a esposa ao lado dele, que tinha acabado de suspirar pesadamente. Ele a conhecia bem o suficiente para saber que ela estava sofrendo e provavelmente segurando o choro, ou até mesmo, se contendo para não começar outra briga com ele. Aquela cena, fez com que ele se lembrasse da primeira vez que a viu, trazendo a memória de como ela estava linda e como seu coração disparou, com o primeiro sorriso que ela deu para ele.
— Uma música pelos seus pensamentos. — disse ao se aproximar da garota no bar.
Ela riu fracamente e virou o rosto para encará-lo.
— Você deve se achar muito bom. — A garota disse séria, mas a verdade, é que tinha achado graça.
— Isso é você que vai me dizer, depois que eu cantar — afirmou rindo. — Sou .
Ele estendeu a mão para ela, que o encarou.
. — Disse por fim e apertou a mão dele.
— Então, vai aceitar a proposta? — perguntou e sentou-se no banco ao lado dela.
— Não estava pensando em nada, na verdade — disse rindo.
— Eu dúvido muito — ele disse e riu.
Ela sorriu para ele, fazendo com que ele sorrisse de volta. Imaginando que aquele era o sorriso mais lindo que ele já tinha visto.
— Aposto que agora, está pensando no futuro que podemos ter juntos. — Ele disse em tom brincalhão e ele caiu na gargalhada.
— Achei que era só uma música. — disse rindo e pegou a taça que estava na frente dela e levou até a boca, dando um gole em seu vinho rose. — Porém, estou curiosa, para saber quais são suas teorias sobre meus pensamentos do futuro.
riu fracamente.
— Bom — ele começou a dizer, mas parou para fazer um pedido —, eu acho que começaremos com um lance de uma noite, e daqui cinco anos, vamos acordar e descobrir que estamos casados.
o encarou por alguns instantes e depois caiu na gargalhada.

sorriu com a lembrança e embicou o carro na entrada da casa, a chuva ainda caia incessantemente do lado de fora, mas antes que ele pudesse dizer qualquer coisa sobre ir na frente e pegar um guarda chuva para que não se molhasse, ela saltou do carro e seguiu em direção a entrada da casa debaixo da chuva mesmo.
Ele apenas fez o mesmo e a seguiu até a entrada, escutou ela xingar enquanto procurava pela chave ainda na entrada onde os dois estavam ficando ensopados e até achou graça, mas preferiu não dar risada na frente dela ou falar alguma coisa e acabar começando uma briga como semrpe acontecia. Depois de algumas tentivas, ela encontrou a chave e os dois entraram apressados na casa, ambos já estavam ensopados.
Ele passou os olhos pela sala e viu que nada tinha mudado ali, ainda tinham as fotos de família na parede e as fotos favoritas de — que ela tinha tirado dele — ainda estavam em quadros, estranhamente sentiu-se aliviado por isso. Cansou de observar o ambiente e deixou que seus olhos caissem sobre ela, que não tinha ido se trocar nem nada do tipo, estava apenas parada observando-o e ele não pode deixar de pensar em como ela estava linda, mesmo com a roupa toda molhada e a maquiagem até um pouco borrada.
Sempre a achou linda demais.
De repente, sentiu o ar ficar pesado e teve uma sensação de arrependimento total.
— É isso que pensa sobre mim? — perguntou, pegando-o de surpresa.
— O que?
— Que sou uma mãe ruim, . — Ela afirmou, e ele pode sentir dor nas palavras dela.
— Não! — disse com firmeza. — Eu não quis dizer isso, só afirmei que Chris estava cansado por ser um evento que ele não estava acostumado.
Ele a encarou e os dois ficaram assim por alguns instantes, até que ele tomou a atitude de andar até ela e ficar próximo, de modo que conseguisse ver melhor seu rosto, já que ela tinha apenas acendido o abujur da sala.
— Certo — ela afirmou.
e a encarou e pode ver que os olhos dela estavam sobre ele. Sentiu algo se acender dentro dele e lágrimas se formarem ainda mais nos olhos dela, fazendo com que ele a abraçasse e apertasse o corpo dela contra o seu. Ele não conseguia mais se lembrar de como eles tinham chegado a essa ponto, do casal que se amava tanto, para duas pessoas que pareciam estar o tempo todo um contra o outro.
— Eu não posso lidar com essa confusão. — Admitiu quase que para si mesma e permaneceu encarando-a.
Os lábios dele tocaram o dela de forma rápida, pegando não só ele, mas ela de surpresa também. Ela o afastou e os dois se encararam, a respiração dele estava tão acelerada quando a dela e ele pensou que agora ele tinha estragado tudo de uma vez, que ela ou mandaria ele embora aos gritos ou bateria nele, mas aconteceu o oposto. Ela colou os lábios ao dele e levou os braços até o pescoço dele e aproveitou a deixa para pegá-la no colo e pedir abertura para que intensificasse o beijo entre eles.
Ele andou por entre os corredores da casa ainda com ela no colo e aprofundou o beijo entre eles, era profundo, cheio de desejo, mas também tinha um ar de despedida — apesar de ter acontecido algumas vezes nos últimos meses. Sentiu suas costas baterem na madeira da porta e tirou uma das mãos que a sutentavam rodando a maçaneta de forma rápida e terminou de empurrar a porta com as costas, enquanto sentia os lábios de passarem dos seus para o seu pescoço com intensidade.
a colocou sentada sobre a comoda que tinha logo próximo da entrada do quarto e levou as mãos a blusa de botão que ela estava usando e a rasgou de forma que os botões saltaram. observava tudo maravilhada, naquele momento não estava pensandodo em mais nada, só queria aproveitar todo o prazer que pudesse receber e segurou os cabelos dele com força enquanto ele depositava beijos do seu pescoço descendo para sua barriga.
Arqueou respirando fundo, quando sentiu as mãos dele em sua saia puxando-a com força. Ele voltou os lábios ao dela, mordendo o lábio inferior dela e levou as mãos até a intimidade dela já a penetrando com dois dedos, fazendo com que jogasse a cabeça para trás arrancando dela um gemido. Ele sorriu com isso e desceu os lábios mais uma vez pelo pescoço dela e a viu abrir o sutiã e tirá-lo com facilidade, e não se demorou em levar os lábios aos seios dela enquanto ainda a penetrava com os dedos.
Ambos estavam ofegantes, mas não estavam nem perto de sentir o prazer que queriam. desceu os beijos e tirou os dedos de dentro dela, sorrido com a reação de , que foi quase um gemido de desespero como se tivesse perdido algo. Seus lábios tocaram a inimidade dela e ele sentiu ela se contorcer, começou a fazer movimentos com a língua em volta do clitóris dela e mais uma vez a penetrou com dois dedos.
gemia e revirava os olhos, enquanto segurava o cabelo de com força que intensificava cada vez mais os movimentos. Ele sentiu que ela estava quase lá, mas queria que fizesse isso só quando ele já estivesse dentro dela, então parou e a pegou no colo, levando-a em direção a cama.
— escutou ela dizer e sentiu cada pelo do seu corpo se arrepiar, pensando se ela não queria continuar.
Ele tirou a camisa e a calça e a observou esperando que falasse algo, mas o olhar dizia para ele o quanto ela o queria e ele se apressou em tirar toda a roupa e colocar a camisinha. Assim que terminou, ela fez sinal para que ele se sentasse na cama e assim ele fez, logo ela subiu em cima dele colocando uma perna de cada lado para que pudesse montar nele.
se encaixou no membro dele e desceu devagar, para que pudesse sentir cada parte dele preenchendo-a, enquanto ele observava tudo. levou as mãos até a coxa dela e deixou que ela fizesse o que queria, apenas apertando sua coxa com força enquanto ela se movimentava devagar no membro dele e ia intensificando os movimentos.
disse entre gemidos.
Ela gemeu ao escutar ele dizer o nome dela e levou os lábios ao dele enquanto intensificava as reboladas em cima dele. Estava ardendo em prazer, mas mesmo assim não pode deixar de sentir lágrimas se formarem em seu rosto, porque sabia, com toda certeza do mundo que aquela era a última vez que o sentiria dessa forma.
Os dois logo chegaram ao ápice, gemendo e dizendo o nome um do outro.
saiu de cima de pouco tempo depois e se deitou na cama ao lado dele. Nenhum deles tinha coragem de dizer nada, no fundo — apesar de já ter acontecido antes — eles não estavam esperando que fosse acontecer isso de novo, neste momento, não depois de ele mandar uma intimação para ela, quando na verdade concodaram em não envolver advogados.
, eu... — foi o primeiro a falar.
Ela estava sentindo como se algo fosse esmagar seu peito.
— Eu sinto como se estivesse sozinha, — ela disse com sinceridade, enquanto deixava as lágrimas rolarem.
Estava exausta. Cansada demais para continuar e fingir que as coisas entre eles ainda podiam ser resolvidas.
— Do que você está falando? — perguntou, não era esse o rumo da conversa que queria tomar.
Ela se levantou da cama e caminhou até o closet, onde pegou uma camiseta para vestir e retornou ao quarto, mas sem voltar a deitar na cama.
— Completamente só, e eu preciso dar um jeito nessa situação — disse com sinceridade e limpou o rosto. — Porque não podemos transar quando nos vemos e nos matar quando precisamos resolver os problemas!
Ela estava explodindo em raiva, frustração e dor e ele conseguia ver isso nos olhos dela.
, nós podemos resolver isso... — Ele disse sentando-se na cama. — Podemos repensar sobre o divórcio...
Ela riu fracamente.
— Não, nós não podemos, ! — Praticamente gritou.
— Por que não? — questionou, aquilo estava doendo nele também.
— Porque essa é a única forma de ambos sermos felizes e realizados, . — Ela disse com sinceridade, por mais que aquilo doesse.
Sabia que talvez a solução mais fácil no momento fosse mesmo repensar sobre o divórcio, mas também sabia que voltaria para o mesmo circulo vicioso e não queria mais isso.
permanecia em silêncio.
— Eu não quero mais isso, não quero ter que sempre pensar na luta que vai ser quando preciso seguir um sonho — afirmou. — Eu te amo, mas nesse tempo em que pude experimentar pela primeira vez o que é estar em busca do que é MINHA vontade, eu descobri que me amo muito mais e, em primeiro lugar.
desviou o olhar para a janela, onde pode ver que a chuva ainda caia com força do lado de fora e depois voltou a olhar para ela mais uma vez.
— Não acredito que está dizendo isso — ele afirmou.
— Sei que minhas palavras são frias. — disse desviando o olhar e passando a mão no rosto para limpar as lágrimas que voltavam a se formar e cair sobre o rosto. — E eu não quero que elas machuquem você.
— Acho que é meio tarde para isso — afirmou.
bufou.
, por favor.
, eu só estou tentando entender.
— Se eu mostrar a você... — começou a dizer, mas parou desviando o olhar dele e caminhou em direção a janela, onde ficou de costas para ele, que apenas encarava tudo. — Acho que você não entenderá, porque ninguém entende.
levantou da cama já pegando as roupas dele do chão, mas se virou para ela, que ainda continuava olhando através da janela.
— Eu só fico me perguntando, onde estávamos querendo ir com isso... — Ele disse, e ficou parado ali.
respirou pesadamente e se virou depois de um tempo.
— Você eu não sei — ela firmou e respirou fundou. — Eu sei que eu, não estou chegando a lugar algum, sem parar.
Eles ficaram ali, parados em silêncio, até que tomou a atitude de sair não só do quarto, mas daquela casa, sem intenção alguma de retornar algum dia.



1 mês depois...


atravessou o set de gravação sendo cumprimentada por todos os seus funcionários e colegas de trabalho presentes ali. O dia estava ensolarado em Los Angeles e sem nenhuma previsão de chuva, o que a deixou ainda mais empolgada para aquele dia, já que todas as cenas que teriam para ser gravadas durante aquele dia ia demandar um cenário bem iluminado e com um aspecto de verão. E Los Angeles, era o cenário perfeito para isso.
Ela passou algumas coordenadas para todos e disse como queria que eles fizessem as coisas nas horas seguintes em que ela ficaria fora. Enquanto falava sobre isso, sua mente também se perdeu no que aconteceria nas próximas horas, lembrando-a daquela fatídica noite em que deveria ser a mais feliz de sua vida e acabou se tornando a mais decisiva, no momento em que ela chegou à conclusão de que precisaria recomeçar.
Até aquele dia, não tinha certeza se queria o divórcio, mas teve, quando percebeu o quanto estava conectada a e a todos os sentimentos que tinha por ele. Soube que amadureceu o suficiente para entender que o amor que sente por alguém, não pode te levar a renunciar a você e as suas próprias vontades. E olhar para todas as pessoas ali naquele ouvindo-a sentiu que tinha atingido seu objetivo, que apesar da dor que estava sentindo ainda, ao menos tinha alcançado seu maior sonho. O coração, naquele momento, ficaria para depois.
— Você está pronta? — Emily perguntou, enquanto as duas seguiam para o escritório impovisado que tinha no set.
respirou fundo e entrou na sala.
— Preciso estar — afirmou enquanto se sentava, para fazer as últimas anotações antes de sair.
— Eu sinto muito, — Emily disse e sentou-se também.
— Eu devia ter acabado com isso logo de uma vez — afirmou enquanto digitava algo em seu computador. — Nunca deveria ter transado com ele tantas vezes.
Emily ficou boquiaberta, era uma informação nova para ela.
— Você transaram? Depois da decisão do divórcio? — Emily perguntou empolgada.
— Sim, há um mês foi a última vez — disse e levantou de onde estava, caminhando até o armário onde ficavam algumas pastas em relação ao livro dela.
, se você quer....
— Eu não quero — afirmou. — Quer dizer, eu quero, mas sei que não devo.
Emily respirou fundo encarando a amiga e imaginando como era admirável ver o quanto ela estava sendo forte.
— Você está sendo muito forte, . — afirmou Emily.
abriu a boca para responder, mas parou ao ver seu celular tocar e o nome de sua mãe aparecer na tela.
— Eu preciso ir, minha mãe já deve estar ai — disse e pegou sua bolsa em cima da mesa. — Obrigada, Emily.
saiu apenas assentindo para a amiga, que gritou em seguida.
—Boa sorte!
Sorte, é o que vou precisar. Pensou , e caminhou em direção a saída do set.
apenas olhava a paisagem de Los Angeles enquanto sua mãe entrava e saia entre as ruas e avenidas. Seus pensamentos estavam turbulentos e seus sentimentos piores ainda, já vinha se preparando para o dia em que assinariam o divórcio desde aquela noite em que foi ela quem pediu por ele, achou que estaria completamente preparada, mas não estava. A cada parada que sua mãe fazia, ela pensava em abrir a porta e sair correndo dali, só para poder evitar que àquela hora chegasse.
Pensou nos anos de casamento com , em como os dois ficaram felizes com a chegada de Christopher e ficou se perguntando como tinham chegado ali. Se questionou se deveria ter dado um bastas em todas as vezes que apenas concordou com ele só para que as coisas fossem mais fáceis, porque assim talvez eles conseguissem salvar o que tinha restado do casamento deles. Contudo, chegou à conclusão de que não, nada seria resolvido, porque ele também nunca perguntou a ela o que ela queria.
A primeira vez que o ouviu perguntar se ela tinha uma preferência, foi no jantar em que foi na casa dele com Christopher na noite de aniversário dele. E percebeu naquele momento — mais uma vez — de que era tarde demais para eles, de que os dois tomaram atitudes maduras quando já não tinha mais o que se feito entre eles. Tinham finalmente chegado ao fim, e apesar daquilo doer, soube que era necessário.
— Eu vou aproveitar para comprar algumas coisas. — Sua mãe disse, assim que estacionou de frente para o prédio comercial. — Você vai ficar bem?
apenas assentiu e desceu do carro, sabia que não conseguiria se abrir com sua mãe naquele momentou ou falar demais. Colocou a bolsa sobre o ombro e depois de encarar o prédio por alguns momentos, caminhou para dentro dele já indo até a recepção, onde foi informada de que já estavam esperando por ela no décimo segundo andar. Foi completamente sozinha no elevador até sue andar, não sabia se isso era bom ou ruim, mas aproveitou para tentar se acalmar naquele tempo que passou ali em um silêncio calmo, até que as portas se abrissem.
A sala em que entrou era toda de vidro. já estava lá com os advogados e sua advogada também já se encontrava na sala também. cumprimentou todos e sentou-se o mais afastado que conseguiu daquele que em pouco tempo se tornaria seu ex-marido, não que tenha adiantado muito, já que os olhos dele estavam sobre ela e os dela sobre ele, por alguma razão, sentiu-se estranhamente desconfortável ao olhar para ele e analisar como estava estranhamente bonito, vestindo apenas camisa branca, calça jeans preta e uma jaqueta de couro por cima da camisa.
Mordeu o lábio inferior, esperando que alguém começassem a falar.
— Bom, estamos aqui para que o divórcio entre e seja oficializado. — Mark, o advogado de começou a dizer. — Estão todos de acordo?
Os dois apenas assentiram.
— Mudou alguma coisa, desde o nosso encontro há duas semanas, onde decidimos todos os acordos do divórcio? — Mark perguntou. — Digo, sobre o filho de vocês, os bens...
— Não m...
— Quero repassar tudo que temos para . — disse, interrompendo-a, que arregalou os olhos.
, o que... — Mark começou a dizer, mas foi interrompido por um gesto de .
— Você querem conversar sozinhos? — Angel, a advogada de , perguntou para os dois.
e assentiram positivamente e eles sairam da sala, deixando os dois sozinhos.
— O que foi isso? — perguntou calma, estava surpresa com a atitude dele.
Eles não tinham brigado por bens em momento algum, mas também não achou que ele fosse tomar essa atitude bem na decisão final. Ela o encarava e ele sustentou o olhar dela, até levantar e caminhar em direçaõa a enorme janela que dava uma bela vista para a maravilhosa Los Angeles.
— Eu perdi você, disse se virando para ela. — Fui um babaca.
— É, você foi — afirmou .
abriu um sorriso torto.
, isso... — começou a dizer, mas fez uma pausa, sentindo que tinha um nó em sua garganta. — Sei que está arrependido do divórcio desde aquela noite, mas isso não vai consertar as coisas e me fazer voltar atrás.
riu fracamente.
— Não estou fazendo isso porque achei que fosse, eu nem quero que seja, porque você merece alguém muito melhor. — disse e sentiu seu coração apertar com as palavras dele. — Tudo que eu construi até hoje foi graças a você, a todas as vezes que você abriu mão dos seus sonhos para que os meus fossem realizados, .
Ela mordeu o lábio inferior, segurando para não chorar.
— Sabe, todas as noites depois daquele dia... — começou a dizer e desviou o olhar dele. — Meus pensamentos se voltam para você, de volta para o que nunca foi dito, sabe?
afirmou com a cabeça.
— De um lado para o outro, dentro da minha cabeça — continuou. — E eu percebi que pela primeira vez eu tomei uma decisão sem me importar com a sua opinião.
— Eu sinto muito, que eu tenha causado isso — afirmou , com toda sinceridade.
— Tudo bem — afirmou . — Mas, eu não quero nada de você. Eu nunca quis, não material.
— Tudo bem. — Ele disse e voltou a se sentar. — Acho que é o mínimo que posso fazer agora, aceitar sua escolha.
Ela apenas assentiu e eles fizeram sinal para que os advogados retornassem para a sala. sentia que seu coração ia sair pela boca e também tinha a mesma sensação, com uma mistura de desespero ali dentro, porque não esperava ouvir todas aquelas coisas dele. Contudo, permaneceu com a sua decisão de anotar aqueles papeis e sair daquela sala o mais rápido possível.
Assim que assinou o papel, saiu daquela sala quase correndo e atravessou os corredores enquanto deixava que as lágrimas caissem descontroladamente. Toda a dor que ela achou que conhecia agora parecia ainda pior, principalmente depois das palavras de que a fez por uma leve fração de segundos querer tentar mais uma vez, mas não poderia, qualquer coisa que existiu um dia entre eles estava acabado. Pelo menos por agora.
Chegou ao térrou e sacou o celular, já procurando o número de sua mãe.
. — Escutou sua mãe dizer e respirou fundo. — Filha, está tudo bem?
— Você pode vir me buscar? — Pediu.
— Sua irmã entrou em trabalho de parto, eu precisei vir correndo — Ela disse. — Foi mais rápido do que eu esperava.
— Mãe, eu não posso lidar com essa confusão sozinha — disse com sinceridade, enquanto limpava o rosto. — Por favor.
— Filha, você não consegue pegar um táxi?
respirou fundo.
— Por favor, não posso fazer isso sozinha... — disse com sinceridade. — Eu sou incapaz, venha e me leve embora.


Fim!



Nota da autora: Oi Lovers!
Meu Deus, eu sofri muito com esse casal.
Espero de coração que vocês gostem dessa short (apesar do sofrimento), que eu escrevi com muito carinho.

Kisses,

Vane.





Outras Fanfics:
Oblivium
Euphoria
Road So Far

Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


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