Finalizada em: 20/04/2021

Capítulo Único

New Haven, Connecticut.

Faltavam alguns meses para a nossa formatura em Yale e desde que eu e nos mudamos para New Haven, retornamos para a nossa cidade natal apenas para datas comemorativas, essas em que nossas famílias se juntavam resultando numa bagunça só.
As festas que não tive em casa durante anos, após a morte de mamãe foram revividas quando assumi o relacionamento com – e consequentemente toda a sua família.
estava a meu lado quando dei dois dos passos mais importantes de todos os tempos: me assumir e enfrentar a Universidade Yale. Hathaway marca com furor os anos mais significativos da minha vida, até então, tão pacata.
Eu estava feliz como nunca e sentia todos compartilhando da mesma felicidade ao meu lado.
O último semestre nas instituições de certificação Ivy League era comumente conhecido como alucinante e levando em consideração os últimos meses, posso garantir que faz jus à fama.
estava fora da cidade há pouco mais de duas semanas para concluir pesquisas de campo na região. O pior é que nos restava conversar por mensagem ou ligação, no entanto meu trabalho de conclusão de curso tomava majoritária parte do dia, inclusive as poucas horas que conseguia dormir. O relógio estava correndo e estávamos ficando sem tempo, com a sensação de que o mundo estava para acabar porque é isso que Yale faz com a gente.
Eu começava coçar meus olhos, sentindo-os pesados pelo cansaço, encarava o relógio talvez esperando que ele pausasse, porque sessenta minutos que fosse, valeriam como ouro.
Me levantei e fui até a geladeira, encarando uns donuts, fatia de bolo, macarronada, porém nada parecia me abrir o apetite. Na porta da geladeira haviam vinhos pela metade, um rosé dos preferidos da e um tinto suave, dos poucos que eu gostava.
Optei pelo rosé, pois era o mais próximo que conseguiria chegar da minha namorada esta noite.
Gostava de como a leveza, o frescor e o toque aveludado das frutas explodiam na boca, muito semelhante à sensação corriqueira que tinha quando a beijava.
é delicada e devassa na mesma medida, como eu nunca havia visto antes.
Suas palavras tem duplos significados e algumas vezes precisávamos desvendá-las como um mistério.
é uma caixa de surpresas e eu tive a sorte de ser presenteada.
E foi pensando nela que eu finalizei a garrafa rapidamente, sem ao menos perceber, recorrendo ao vinho tinto que também estava na geladeira.
Sua playlist favorita tocava ao fundo, sendo a melhor descrição dela, com músicas de duplo sentido ou explícitas.
E como se adivinhasse, uma chamada de voz piscava com o nome de na tela do meu celular.
?! - Minha namorada arriscou, assim que aceitei a chamada sem dizer “alô”. — Babe? Alô-o-ô?
— Que saudade de você, minha rainhaaaa. - Respondi após ouvir sua voz.
Espera aí! - Sua voz estava um pouco longe e sentindo o celular vibrar, percebi o convite que ela enviava para mudarmos para uma chamada de vídeo. — , o que está acontecendo? Que som alto é esse?! - disparou as perguntas de uma só vez, atropelando uma palavra ou outra devido a sua pressa.
— Quando você vai voltar, hein?
Você deveria estar estudando e ao invés disso... MEU DEUS! VOCÊ ESTÁ BÊBADA! - Ouvi a risada dela soar pelo alto falante do celular e sendo isso, o suficiente para me causar arrepios. Qualquer mísera migalha de era o suficiente para me quebrar em mil pedaços. — Em quase quatro anos eu te vi bêbada umas cinco vezes! Sério!
— Você não me respondeu. - Fiz um muxoxo com a boca, respirando fundo de maneira audível.
— Estou te ligando pra lhe chamar para o aniversário de uma das meninas do meu curso, mas como você já começou uma festa sem mim só me resta pedir para você destrancar a porta. - Ela sorriu, amuada, semelhante à uma criança quando faz arte.
— É SÉRIO ISSO?! - Saltei do sofá onde estava jogada, sentindo uma tontura leve, mas que não me impediu de correr para procurar as chaves.
Por favor, abre a porta, eu tô’ morrendo de frio, babe! - Choramingou, finalizando a chamada.
Não era ilusão. estava de volta.
Finalmente.
Senti os braços dela se enroscarem no meu pescoço, quando os meus enlaçaram a cintura dela. Ela dizia algo ao pé do meu ouvido que eu não conseguia entender, pois tinha como prioridade me embriagar por completo, agora, no perfume dela.
A vi fechar a porta com o pé sem que precisássemos desatar o abraço e demos alguns passos desta maneira, às cegas, até eu sentir minhas costas bater numa parede. beijou meu pescoço algumas vezes, trilhando um caminho dali até o canto dos meus lábios.
Sua boca estava quente, quase que fervente e essa era a temperatura habitual dela.
Oito ou oitenta.
Calmaria ou tempestade.
Incontroláveis labaredas ou apenas fumaça.

I've been drinking, I've been drinking
(Estive bebendo, estive bebendo)
I get filthy when that liquor gets into me
(Fico safadinha quando o álcool me possui)
I've been thinking, I've been thinking
(Estive pensando, estive pensando)
Why can't I keep my fingers off you, baby?
(Por que não consigo tirar meus dedos de você, baby?)
I want you, na na
(Eu te quero, na na)

— Eu sou fraca sem você, . - Suas mãos agora estavam entre meu rosto, sua fala era pausada de maneira que podia sentir o hálito quente bater sob minha boca. — Você faz parte de mim e cada centímetro meu, pertence a você.
A pouca luz dos cômodos deixavam em evidências das írises dos olhos dela, sempre brilhantes.
Nossos olhares vidrados, as respirações descompassadas e os corações acelerados gritavam nossas saudades. E as saudades gritavam para serem sanadas.
Assim como no nosso primeiro beijo, ela pousou seus lábios sobre a ponta do meu nariz, gentilmente, aquele dia eu permaneci paralisada e hoje, essa era última coisa que eu faria.
Sorri fraco com a lembrança até unir meus lábios aos dela, sem a intenção de soltá-los tão cedo.
Seu beijo tão doce era calmo e cuidadoso, contradizendo os movimentos de suas mãos que eram fortes e ágeis. me prensou contra a parede, me fazendo arfar alto automaticamente, ela partiu o beijo finalizando com um selinho demorado.

You got me faded, faded, faded
(Você me distrai, distrai, distrai)
Baby, I want you, na na
(Baby, eu te quero, na na)
Can't keep your eyes off my fatty
(Não consegue tirar os olhos da minha bunda)
I want you, na na
(Eu te quero, na na)
Drunk in love, I want you
(Embriagada de amor, eu te quero)

Ela caminhava pela sala com um sorriso pendurado no rosto enquanto se livrava das roupas pesadas de inverno. Cantarolava as músicas da playlist que ainda tocava, até encontrar a garrafa de vinho que larguei por ali com alguns goles restantes, mordeu o lábio inferior, piscando para mim antes de entornar os últimos goles da bebida.
Me aproximei dela, abraçando-a por trás, beijando seu ombro e ela correspondeu ao nos embalar no ritmo lento da música. Ela se virou, unindo nossas testas, desenhando minha boca enquanto passeava seu dedo polegar ali.
brincava com a alça da minha regata, vendo que uma escorregou pelo ombro, ela sorriu baixo e cheia de segundas intenções, fazendo movimentos desconexos na região, arrepiando-me com suas unhas compridas.
Ela estava insaciável.

We woke up in the kitchen saying
(Acordamos na cozinha dizendo)
"How in hell did this shit happen?”
("Como isso aconteceu?”)
Oh baby, drunk in love we be all night
(Oh baby embriagados de amor, vamos ficar a noite inteira)
Last thing I remember is our
(A última coisa que eu me lembro foram os nossos)
Beautiful bodies grinding off in that club
(Lindos corpos se apresentando naquela balada)
Drunk in love
(Embriagados de amor)
We be all night, love, love
(Estaremos a noite toda, amor, amor)


Uma de suas mãos divagava pela minha nuca, sempre tão vulnerável ao toque dela, perdendo-se pelos fios de cabelo da região. A mão livre dela abaixou a alça restante da regata fina que eu estava vestida, agarrando meu seio exposto.
Ela se sentou na beirada do sofá, aproveitando o quão próxima ficou da minha estatura para beijar o seio livre. Ora o massageava, ora o sugava, passeando a língua pela auréola vagarosamente.
Minhas mãos, perdidas por seu cabelo escuro, incentivavam-na com o carinho que em pouco tempo começava me arrancar gemidos baixos.
Gentilmente puxei seu rosto para cima, fitando por segundos antes de beijá-la. Sentei em seu colo sem nos desunir, notando a velocidade aumentar entre os carinhos. Desvencilhei apenas para passar a regata pelos ombros, jogando-a longe, retomando o beijo.
Comecei abrir a camisa de botões dela, empurrando-a para escorrer por seus braços na primeira oportunidade que tivera. Ela estava sem sutiã e dedilhei seu mamilo para provocá-la, alternando entre selinhos e leve mordidas no seu lábio inferior até que a visse descansar a cabeça nas costas do sofá.
Sua posição me favorecia para que retribuísse o quão bem ela sempre me tratou.

We be all night, and everything alright
(Estaremos a noite toda e tudo vai estar bem)
No complaints for my body
(Sem queixas do meu corpo)
So fluorescent under these lights
(Tão florescente sob as luzes)
I'm rubbing on it, rub-rubbing,
(Estou esfregando)
if you scared, call that reverend
(Se estiver temeroso, chame o reverendo)

Saí de seu colo, posicionando entre as pernas, brinquei com o cós da calça jeans que ela vestia, abrindo botão e puxando o zíper. Seu olhar acompanhava cada mínimo movimento meu, o sorriso ladino dela era um incentivo para que eu continuasse. Passei a peça de roupa por seus pés, dando o mesmo destino que minha regata.
Hesitei me levantar, mas não sem antes beijá-la ainda coberta pelo tecido fino da calcinha. A risada fraca que soltou soou um pouco trêmula, talvez de nervoso, até porque ela fazia eu me sentir da mesma forma.
me conduziu de maneira que eu deitasse no sofá e antes que pudesse pensar em qualquer coisa, ela estava em cima de mim, beijando-me fervorosamente, como se aquele fosse nosso último momento na Terra.
Ela suspirou contra a pele do meu pescoço, unindo nossos corpos, adentrando a calça larga de pijama que eu vestia, ultrapassando também a calcinha.
fez levíssimos movimentos circulares na região, usando apenas o dedo médio. Logo o uniu com o dedo anelar, intensificando o carinho.
Poucos segundos foram necessários até que meus quadris começassem rebolar sob seus dois dedos, sedentos por mais.
Minha namorada prendeu meu lábio inferior entre os seus, sugando-o devagar, significativa.
— Ainda não. – Sussurrou, travessa, esbarrando minha boca vez ou outra devido à proximidade.
Deslizou os dedos desde o clitóris, até a entrada da vagina, deixando um gemido escapar.
— Molhada...

We sex again in the morning
(Fazemos sexo de novo de manhã)
Your breasteses is my breakfast
(Seus seios é o meu café-da-manhã)
We going in, we be all night
(Nós vamos, vamos ficar a noite toda)
Never tired, never tired
(Nunca me canso, nunca me canso)

Investiu em movimentos de vai-e-vem com ambos os dedos, esbaldando pela minha lubrificação, penetrando-me com o dedo médio. Minhas costas arquearam e a incentivei a continuar e assim o repetiu por mais algumas vezes.
Ouvindo protestos meus, ela retirou o dedo de dentro de mim e vidrada em meus olhos, o levou aos lábios, não permitindo que restasse nada da minha lubrificação ali. Assistir enquanto o fazia, me fez prender a respiração sem que ao menos percebesse.
Enlacei meus braços por seu pescoço em um beijo caloroso, invertendo as posições.
Sentia o gosto do vinho se misturar com meu próprio gosto na língua dela.
estava deitada no sofá e o roçar de nossas peles majoritariamente nuas ainda não era suficiente.
Conseguia sentir meus mamilos rígidos se contraírem contra os seios fartos dela, ainda que sentisse a rigidez dos mamilos dela também, a maneira como suas mãos passeavam sob minhas costas, era semelhante ao traçar de trilhas de puro fogo por onde tocava.
Agora que eu estava por cima, pude ter visão privilegiada de seu corpo e como era formidável cada centímetro de pele desta mulher. Retomei minhas mãos ao encaixe perfeito que encontrava no seu par de seios e não me demorei para abocanhar um, sugando, mordiscando leve e rodeando a ponta da língua por ele, revezando-os.
Mantive minhas mãos neles, enquanto descia uma trilha de beijos por sua barriga e umbigo, queria poder dizer que conseguiria me demorar ali apenas para provocá-la, no entanto já esperamos o suficiente por isso.
Conforme descia sua delicada roupa íntima, beijava cada pele revelada, até finalmente poder apreciá-la sem que nada a cobrisse.
Pincelei seu clitóris com meu dedo polegar, sentindo como se contraía conforme o tocava. Afastei mais um pouco suas pernas, mantendo-me entre elas e sentindo o peso de uma em meus ombros. Lambi toda a sua intimidade rapidamente, espalhando a lubrificação dela que começava escorrer. Posicionei o dedo polegar na entrada de sua vagina, buscando um pouco mais e espalhando seu líquido quente por toda a região.
Beijei seu clitóris, como um cumprimento de boas-vindas de volta para finalmente explorá-lo completamente.
Minha língua se movimentava sobre ela como em um beijo, ora devagar, ora acelerado. Seu gosto já estava por toda a minha boca e eu continuava a buscar por mais, porque sim, eu queria mais. Muito mais.
A forma como pousava os lábios nela também a mantinha da exata forma que gostava de assisti-la.
Diminui a velocidade da masturbação em seu clitóris, sentindo a mão dela pousar sob a minha, incentivando para que retornasse ao movimento.
Retomei em um toque singelo com meu polegar, chupando-a simultaneamente, conforme ouvia seus gemidos aumentarem, intensificava o sexo oral, deixando-a bem próximo do ápice.
Ela estava pronta para isso.
A forma como rebolava em minha língua simbolizava o quanto que ela queria gozar ali.
E eu estou pronta para fazê-la gozar.
Quando ela rebolava, o encontro da minha língua com a sua intimidade tomava encaixes diferentes, então a incentivei que não parasse.
A incentivei colocando dois dedos dentro dela.
Alternava a velocidade dos dedos, mantendo a velocidade que ela gostava na língua, o polegar continuava empenhado no seu clitóris e as coxas dela, que começavam tremer indicavam que ela estava muito perto.
Esforcei o ritmo entre as estimuladas, chupadas, dedilhadas e sugadas que mantive em sua intimidade até ouvir o gemido alto que saiu de sua garganta, daqueles que pareciam estar ansiosos para sair.
Cessei os movimentos dentro e fora dela, tendo o prazer de assistir seu rosto alargado num sorriso folgado e satisfeito.
Imitando seu gesto, levei meu dedo à boca, livrando o dedo anelar da lubrificação e lhe oferendo o dedo médio para que fizesse o mesmo e sentisse o seu próprio gosto.
Ela o fez, sorrindo.

That's the only thing keeping me on fire, me on fire
(Isso é a única coisa que me deixa pegando fogo, fogo)
I want your body right here, daddy I want you, right now
(Quero o seu corpo aqui, querido, eu te quero, agora)
Can't keep your eyes off my fatty
(Não consegue tirar os olhos da minha bunda)
I want you
(Eu te quero)

se levantou vagarosa, unindo nossos lábios docemente e eu não sentia mais o gosto de vinho. Ela me impulsionava sutilmente para trás, como na posição em que estava há pouco e eu acatei, aconchegando as costas no sofá.
Vagarosamente se pôs entre minhas pernas, mais precisamente sob uma coxa minha, agachando para se enquadrar.
Ambas molhadas, muito bem lubrificadas resultou em uma espécie de choque térmico quando ambas intimidades se tocaram. se movimentava lenta para que encontrasse a maneira perfeita que nos tocassem.
Um gemido arfado saiu quando encontramos a posição que favorecia à ambas.
Ela começou rebolar e o calor efervescente que emanava dela logo se espalhou por mim, a maneira como nos encaixamos não deixava dúvidas que era questão de segundos até que uma oferecesse para a outra o máximo que pudesse.
Todo o tesão resultava em mais lubrificação que tornava os movimentos de vai-e-vem um dos mais eficazes quando o assunto era senti-la em mim.
Envolvi sua cintura, estimulando nossos sexos, que tocando-se de maneira impetuosa, quase violenta, permitiu que gozássemos juntas, sentindo o vibrar das terminações nervosas uma da outra.
Ela sorria abertamente, contando como foram seus últimos dias de viagem e foi assim que eu adormeci, no sofá da sala, coberta pelo edredom que tinha o perfume dela e envolta por seus braços.

We be all night, love, love
(Estaremos a noite toda, amor, amor)





FIM.



Nota da autora: Hello, hello! ;D Vocês estão bem? Espero que sim!
Eu estou ótima e boa parte desse entusiasmo é por conta dessa fic que saiu depois de taaantos bloqueios criativos e olha, minha primeira hot LGBT!!!!!!
Espero que gostem como eu gostei, e se quiserem ler a primeira parte da fic que deu origem à esse casalzão, se chama 08. Love On Top.
Se cuidem!
XOXO.

Caixinha de comentários: O Disqus está um pouco instável ultimamente e, às vezes, a caixinha de comentários pode não aparecer. Então, caso você queira deixar a autora feliz com um comentário, é só clicar AQUI.

Outras Fanfics:

08. Love On Top

Nota da beta: Lembrando que qualquer erro nessa atualização e reclamações somente no e-mail.


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