Última atualização: 20/12/2017

Capítulo Único

Don't throw my name 'round here like that
You could get us in some trouble


virou o resto de seu copo de whisky em um gole, batendo-o no balcão do bar e sinalizando para o barman, pedindo outra dose. Encarou o rolex em seu pulso por alguns instantes, a visão levemente embaçada; precisava de apenas mais uns minutos.
Estava no segundo gole quando alguém sentou-se na banqueta ao seu lado, e não demorou muito para sentir o perfume que vinha dela.
Era quase como se seu corpo soubesse que ela estava ali, antes mesmo de sua visão focar-se na mulher. Seus sentidos pareciam todos mais intensos quando ela estava por perto, e foi necessário apenas alguns míseros segundos para ele fechar os olhos, apertando os lábios ao sentir a mão da mulher pressionar sua coxa, antes dela ficar em pé, falando próximo ao seu ouvido;
- Boa noite, .
O loiro soltou a respiração forte, sentindo a onda de luxúria o dominar apenas por ouvir o estalo de seus lábios carnudos, enquanto a mão esquerda subia devagar por sua coxa, antes de dar-lhe as costas, rebolando para um dos quartos do lugar.
Sentia-se como um adolescente com os hormônios à flor da pele.
Talvez um cachorro, que simplesmente não conseguia ficar longe dela, como se ela estivesse no cio.
Ou qualquer outro exemplo que representasse a necessidade que ele tinha dela, qualquer coisa que demonstrasse o quanto precisava de seu corpo, o quanto era necessário para si estar dentro da mulher.
Era quase uma questão de sobrevivência.
Como se não fosse viver durante os próximos dias sem sua dose semanal de prazer.
Sem sua droga preferida.

Fechou à porta assim que entrou no quarto escuro, a cama grande no meio do cômodo, com lençóis bordô e travesseiros altos de pena de ganso, o espelho enorme na parede logo atrás. Ele conhecia aquele lugar como se fosse seu próprio quarto, já tendo passado inúmeras vezes por lá, sabia de cada detalhe, mas nenhum deles era importante naquele momento, ela estava ali.
Sentada no meio da cama, as pernas esticadas, o salto fino balançando conforme ela mexia os pés impaciente, esperando por ele.
Era como se estivesse vendo tudo em câmera lenta, dando passos precisos e calmos, embora em seu interior parecesse que corria uma maratona e que nunca se aproximava o suficiente, a analisou com cuidado, passando a língua pelos lábios finos, conforme subia seu olhar pelas pernas lisas, as coxas grossas ligeiramente cobertas pelo robe de seda que usava. Seu olhar parou por alguns segundos em seus seios fartos, aparecendo pela abertura do robe, conforme ela respirava profundamente.
O sorriso sacana foi a próxima coisa que notou, quando já estava com os joelhos batendo na cama.
- Você demorou. - resmungou, a voz baixa e manhosa.
- Você sabe que não posso vir sempre, caso contrário nem mesmo sairia desse quarto. - respondeu, tocando-lhe o tornozelo.
A mulher fechou os olhos por alguns instantes, sentindo o arrepio costumeiro passar por seu corpo, conforme subia suas mãos, antes de tirar o blazer e jogá-lo de lado.
- E eu também já disse para não falar meu nome, alguém pode ouvir.
Rolou os olhos, bufando entediada.
- Você acha que alguém aqui está realmente interessado em quem você é, ? Ninguém se importa, poderia ser o Príncipe Willian e ninguém se importaria. Poderia ser até mesmo o presidente e ninguém daria à mínima.
O homem a encarou por alguns instantes, sabendo que parte daquilo era verdade, mas não querendo deixar a oportunidade aberta para seus inimigos.
- Não precisaria me preocupar se você concordasse em me encontrar em minha casa, seria mais fácil para nós dois.
- Fácil para você, querido. Eu estou na minha casa, em meu quarto, goste você ou não. - deu de ombros novamente, insolente.
sentiu a ponta de ciúmes bater em seu peito, enquanto dava a volta na cama, sentando ao seu lado.
- Quantas vezes preciso repetir que minha casa também pode ser sua? Basta você querer.
- Eu já disse que não faço questão nenhuma de estar em seu castelo, eu estou bem vivendo minha vida de plebeia. Não preciso da sua coroa. Eu não a quero.
chegou a abrir a boca para retrucar, irritando-se com sua teimosia;
Por que era tão difícil para ela aceitar largar tudo e morar com ele?
Mas as palavras ficaram em seus pensamentos, porque no instante seguinte sentiu os lábios dela contra os seus, não demorando para suas línguas se encontrarem, intensificando o beijo urgente.

If you ever want to join me
Baby I'll be dancing in the dark

Os beijos desceram por seu peito já desnudo, enquanto os dedos habilidosos trabalhavam em seu cinto, desafivelando-o antes de abrirem sua calça social, mas segurou seus pulsos com firmeza, impedindo-a de continuar com aquilo por alguns instantes.
Os olhos brilhando na direção da mulher, a respiração pesada dificultando sua fala, assim como o êxtase de saber o que estava prestes a acontecer, sentiu quando a mulher sentou-se sobre seu colo, pressionando seu membro levemente.
fechou os olhos por alguns instantes, sentindo-os girarem em suas órbitas, antes de soltar em voz baixa seu pedido de sempre;
- Você sabe o que eu quero.
Ela mordeu o lábio inferior por um instante, sorrindo de lado, antes de concordar com um aceno.
Mexeu-se em seu colo, ouvindo a respiração ruidosa do loiro quando pressionou outra vez seu membro, antes de levantar-se, arrumando o robe preto em seu corpo, e dando passos lentos até o mastro de pole dance que tinha próximo a cama.
ajeitou-se, não querendo perder um segundo daquele momento.
Passou a língua pelos lábios, sentindo o tesão espalhar-se por seu corpo, distraindo-se por poucos segundos com a música que começou a tocar, antes da mulher sorrir para ele, os olhos maliciosos brilharam em sua direção, piscando lentamente, ficando de costas para ele e esticando os braços para o mastro, segurando-o enquanto rebolava de forma sensual, logo começando uma coreografia que ele não conhecia, mas que era ainda melhor que a última que tinha visto.
Ela girou algumas vezes, prendendo-se apenas com as pernas no objeto enquanto dançava de olhos fechados. Fazendo alguns outros movimentos conforme o ritmo da música pedia, soltou a respiração pesada, terminando de abrir a própria calça, descendo a mão direita por seu membro, apertando-o por sobre a boxer que usava, os olhos presos nos movimentos que ela executava com precisão.
Quando a segunda música começou a tocar ele grunhiu de seu canto, levantando-se apressado, como um animal perseguindo sua presa indefesa.
o encarou por um longo instante, não temendo o que aconteceria em seguir, muito pelo contrário, esperava por aquilo desde que o viu no bar.
avançou sobre ela, beijando-lhe com força enquanto suas mãos grandes apertavam sua cintura, puxando-a para mais perto, fazendo-a senti-lo.
atacou-lhe o pescoço quando a mulher passou os braços por seus ombros, apertando-os, pegando impulso para pular em seu colo, e sendo amparada pelas mãos fortes do homem, que aproveitou para apertar-lhe a bunda e a coxa, antes de dar passos em direção a parede, pressionando-a contra a mesma por alguns instantes.
Escutou-a gemer contra seu ouvido quando subiu os dedos por baixo de seu robe, dedilhando por sua virilha, antes de tocar-lhe.
Encarou por alguns instantes sua expressão de luxúria, os olhos fechados, os dentes mordendo o lábio inferior com força, o peito subindo e descendo conforme sua respiração acelerava, pequenos gemidos passando por sua boca, enquanto mexia-se em seu colo, incitando-o a ir mais fundo. Não precisava pedir, ele sabia exatamente o que fazer para agradá-la, depois de meses de convívio, ele já sabia o que ela precisava apenas de olhar para sua expressão.
Mas também precisava dela.
Quando sentiu os dedos molharem e os gemidos aumentarem parou por um instante, abaixando de vez a boxer escura que usava, cruzou as pernas com mais empenho em seu quadril, abrindo os olhos apenas para encarar os de , sorrindo maliciosa, e naquela breve troca de olhares, perdeu-se por alguns instantes quando o sentiu invadi-la de uma única vez, não contendo o gemido alto que escapou por sua garganta.

Most days I'm keeping to myself, living in my little bubble
Pushing my weight and moving my body through the sea
You could come join with me
Moving like the weekend

acordou com celular tocando, mexendo-se preguiçosamente antes de desligá-lo, sem se preocupar em ver quem era.
Virou-se na cama, notando que estava sozinho.
Sentou-se passando a mão pelos cabelos bagunçados, olhando ao redor do quarto vazio, até ouvir um barulho não muito alto vindo do banheiro. Espreguiçou-se antes de levantar, vestindo a boxer que estava jogada no chão, antes de parar na porta do cômodo, encarando o reflexo de , a qual arrumava os cabelos em um penteado sofisticado.
- Isso é pra mim? - cruzou os braços, deixando os músculos visíveis.
Ela apenas rolou os olhos, sorrindo leve.
- Uma mulher precisa trabalhar, querido.
fechou a cara no mesmo instante.
- Não precisaria se aceitasse minha oferta.
Ela respirou fundo, passando a língua pelos lábios, antes de levantar-se da cadeira que usava, andando até o homem, tocando-lhe o peitoral.
- Gosto da minha independência, você sabe disso.
- Você vai continuar com ela, só não vai morar aqui.
Ela estreitou os olhos, cruzando os braços, desconfiada;
- O problema é o lugar em que eu moro, ou o que eu faço?
a encarou de volta, sem vacilar sob o olhar atento da mulher;
- Os dois. Não quero que você continue saindo com outros homens.
- Você não é meu dono, .
- Não quero ser seu dono, mas não aguento saber que você está na cama com outro, ao invés de estar na minha, comigo.
sorriu de lado, fazendo o contorno de seus músculos com os dedos.
- Sabe o que aconteceria se descobrissem que o querido deputado está envolvido com uma prostituta?
- Não seria o primeiro, nem o último. - lembrou-a, passando os braços por sua cintura.
riu descrente, negando com um aceno de cabeça;
- Você nem mesmo quer que eu diga seu nome, você não conseguiria viver desse jeito, sabe disso.
- Então eu devo entender que está preocupada com minha carreira política?
Ela deu de ombros.
- Talvez eu vote em você nas próximas eleições… Não tenho outros candidatos em mente…
bufou, não querendo perder o foco da conversa.
- Eu disse que se você vier comigo, ninguém vai saber de nada, começaremos uma nova vida…
- Eu não quero uma vida em conjunto, , eu quero minha própria vida. Não vou esperar na sua casa todos os dias, enquanto você trabalha. Não nasci para ser esse tipo de mulher. Não nasci para ficar em casa cozinhando.
lhe deu as costas, frustrado, passando as mãos pelos cabelos .
- O que você quer de mim, ? O que quer que eu faça?
- Eu não quero nada, , é você quem está me pedindo algo que eu não estou disposta a te dar; você não vai ter a minha liberdade.
- Eu estou disposto a pagar bem por ela.
cruzou os braços, encarando-o quase com raiva.
- Está na hora de você ir embora. Seu horário já acabou e eu tenho alguém me esperando.
fechou a cara, tentando ignorar a vontade de tacar alguma coisa na parede.
- Eu pago pelo resto do dia.
A mulher negou com um aceno.
- Seu horário foi à noite, ele já acabou. - avisou virando-se e entrando de novo no banheiro, fechando a porta atrás de si. - Pode pagar ao Dereck na saída.

deixou as notas de cem no balcão do caixa, mal olhando para o dono do lugar, antes de colocar seus óculos escuros e sair por uma porta lateral, evitando a rua principal.
A claridade repentina o incomodou por alguns instantes, aumentando ainda mais sua raiva logo pela manhã. Passou a mão pelos cabelos , tentando arrumá-los decentemente enquanto entrava em seu carro, estacionado a algumas quadras do lugar.
Sentou-se no banco do motorista, ligando o rádio poucos instantes depois, tentando relaxar por alguns segundos, antes que a raiva o dominasse e ele voltasse para o bar, esmurrando quem quer que fosse o homem que estivesse com a sua .
Ao invés, puxou seu smartphone do bolso, frustrado com si mesmo por estar tão desesperado; deveria ser apenas uma transa, um caso sem importância para um noite ou outra em que estivesse sozinho, que precisasse se divertir. Algo sem importância.
Com o passar dos meses, porém, perdeu as contas do número de vezes que acabou passando não apenas duas ou três horas em sua companhia, mas noites ou dias inteiros.
Também já tinha perdido a conta de quanto tinha gasto com a mulher, mas tinha certeza que era um dos seus maiores gastos mensais;
era cara, mas fazia valer à pena.
O que o preocupava de verdade era a possibilidade de algum concorrente político o encontrar, descobrir seu segredinho. Sabia que muitos, para não dizer todos, seguiam o mesmo caminho, provavelmente até pior; pelo menos não se drogava, mas poderia citar vários nomes de pessoas com cargos até maiores que o seu, que faziam até contrabando de cocaína. Mas não queria arriscar-se, tinha dedicado muito tempo e dinheiro para estar naquela posição, e ainda almejava mais.
Queria chegar o mais longe possível, talvez até mesmo no Palácio do Planalto.
Brasília parecia um sonho distante, mas não impossível.
Focava-se o suficiente, esforçava-se mais do que a maioria dos colegas de profissão, e com o passar dos anos teve retorno, tinha um bom número de eleitores, e tinha certeza que estaria no senado nas próximas eleições, era tudo uma questão de marketing.
Envolvia-se nas polêmicas necessárias, fazia de tudo para sempre estar no local correto, e dar as respostas certas. Seu nome vinha crescendo cada vez mais, e certificava-se de ter as alianças ideais, nada de sujar-se pelos outros, não colocaria seu nome na lama por causa de uma pessoa que ele mal conhecia.
Foda-se se eram do mesmo partido, não seria visto apoiando qualquer um.
queria mais, ele merecia mais.
não era seu um único problema, tinha mais uma ou duas coisas por baixo dos panos, mas sempre tomando cuidado para não terem como ligá-lo a nada daquilo.
Nunca o acusariam de corrupção, era esperto demais para ser pego.
Escutava alguns rumores sobre investigações, não dava os devidos créditos, porque sabia que no final não daria em nada, iria tudo para baixo dos panos, como sempre, acobertado por alguma outra notícia mais preocupante, mas era melhor prevenir do que remediar.
- Você não passa cinco minutos sem falar comigo, não é? - ouviu a mulher rir do outro lado da linha. Bufou irritado, xingando-se mentalmente por fazer aquilo. Parecia fraco.
- Estou apenas confirmando meu próximo horário.
- E qual seria? - questionou risonha, quase podia visualizá-la sorrindo, mordendo o lábio inferior para provocá-lo - Tenho que consultar minha agenda.
apertou o volante do carro, segurando a vontade de gritar, querendo soar o mais indiferente possível.
- Quinta a domingo.
A mulher demorou alguns segundos para responder, em dúvida se ele falava sério ou não.
- Não tenho três dias disponíveis, … Preciso de uma folga…
- É para isso que eu te pago, não? Para me atender quando eu preciso. - resmungou enraivecido - Estou cansado, , se você não puder me atender, ligo para alguma de suas amigas.
- Não! - soltou rápido, pigarreando em seguida. - Quer dizer…
sorriu de lado, soltando o ar devagar.
- De quinta a domingo, no horário de sempre.
- Sim, senhor, esperarei ansiosa.
riu baixo, negando com a cabeça.
- Se você se comportar, talvez eu te traga algum presente…
- E o que você julgaria um bom comportamento? - questionou interessada.
- Eu tenho certeza que você pode descobrir sozinha como me agradar, não? - respondeu calmo, passando a língua pelos lábios finos.
- Talvez…
- Até semana que vem, .
Desligou antes dela responder, deixando o celular de lado e ligando o motor do carro, aumentou o volume do rádio enquanto dirigia, tornando a olhar para o telefone quando parou em um sinal vermelho, notando a notificação de nova mensagem, o nome da stripper brilhando na tela.
“Até quinta, !”
A mensagem veio acompanhada de uma foto, uma selfie na frente do grande espelho que tinha atrás de sua cama, na qual aparecia com um espartilho vermelho e cinta liga, apertando seus peitos. Os cabelos caindo sobre os ombros, o olhar quase angelical.
fechou os olhos, respirando fundo e soltando o ar com a boca. Maldita.
Era claro que ela sabia o quanto ele a desejava, fazia de propósito.
Sua vontade era de dar meia volta e entrar naquele quarto, tirar sua roupa e transar por mais algumas horas, mas a buzina do carro de trás o tirou de seus devaneios;
ainda tinha compromissos a cumprir com seus eleitores.
If you ever want to join me
Baby I'll be dancing in the dark




FIM.



Nota da autora: SERÁ QUE FOI O FIM?
Não, óbvio que não! Final do ano tem o Especial as Brasileiras e esse casal volta com tudo!
Até lá, nos vemos por aí!
Vlw, flw.
PS: Beijo pra That, a Cafetona das Flopadamentes, e pra Ceci que é a advogada que o Tio Sérgio queria ser quando crescer!
Beijo pra Gigi e pra Lizi também, porque eu sou um amorzinho!





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