“— Calma lá, quem está te pedindo algo sério?
Fiquei sem reação por alguns segundos.
— Se você gostou, qual o problema de repetir?”
“— Acho que... podemos tentar. — Completei, soando um pouco menos esbaforida. — Ninguém precisa saber, né? — Perguntei, envergonhada com a possibilidade de alguém descobrir que eu estava envolvida em algo assim, mesmo sabendo que não era nada errado e nem era da vida de ninguém o que uma mulher adulta fazia de sua vida sexual.
— Não. Si lo ponen fácil, nos encontramos. Si preguntan, lo negamos.”
“– Amigos?
Ele esticou o dedo mindinho na minha direção, me arrancando uma risadinha.
Fizemos o trato “amigos?” “amigos!” logo que definimos nossa amizade con derechos. Foi impossível não lembrar daquele momento quando ele perguntou, e eu respondi, num sorriso murcho:
– Amigos.”