Celebrating With Malfoy: Seu!

Fanfic finalizada em: 12/06/2021

Capítulo Único

Draco? — Uma voz distante soou em sua consciência e, por mais que ele quisesse prestar atenção àquele chamado — ele realmente queria, de verdade — parecia impossível quando sorria distraída a duas mesas de distância, jogava os cachos revoltos casualmente para o lado, tomava um gole de Vinho dos Elfos e depois passava a língua pelos lábios, desfrutando cada gota da bebida, como se aquilo não fosse capaz enlouquecer um ser humano. O bruxo de nariz torto ao lado dela — um idiota do Departamento dos Mistérios, tentando se aproximar da Garota de Ouro através de seu título governamental, — tocou na coxa da mulher… Ele também parecia rendido pelos encantos da morena. Draco nem ao menos podia culpá-lo por sentir-se assim, mas isso não o impedia de estar se corroendo por dentro. Que merda era aquela? Claro, ele sabia que era um tanto quanto possessivo com suas coisas, quando conseguia algo depois de muito almejar, ele tendia a cuidar muito bem, a zelar por aquilo. Porém, definitivamente não era uma coisa, muito menos era dele.
Respirando fundo, tentando controlar todos aqueles sentimentos confusos que passavam por seu cérebro, para evitar uma cena em meio ao caldeirão furado, ele se remexeu em sua cadeira, desconfortável, enquanto seu cérebro se focava no mantra dentro de sua cabeça: ela não é sua, ela não é sua.
Seu curandeiro da mente ficaria muito orgulhoso do resultado. A maioria das pessoas poderia pensar: meh, grandes coisas, ele apenas agiu como um adulto ponderado. Mas Draco Malfoy sabia o quão difícil era agir como um adulto ponderado o tempo inteiro. Era difícil para caralho.

— Draco? — A voz insistiu e, por fim, Draco conseguiu desviar os olhos da cena que fazia seu estômago embrulhar e, revirando os olhos, voltando sua atenção para Theodore Nott que, por sua vez, o encarava com as sobrancelhas erguidas em questionamento e uma grande caneca de chope estendida. — Tá tudo bem aí, cara?
— Do que você está falando? — Ele aceitou a bebida e deu um gole, como se não tivesse acabado de hiperventilar por bons minutos em meio a conversa com seu amigo. — Claro que está tudo bem. Está tudo ótimo, perfeito. — Ele continuou, e o tom de sua voz se tornou um pouco mais aguda do que ele esperava, já que a irritação explodia em seu peito. Theo, sem observador, deu uma risada debochada.
— Se eu não te conhecesse, Draco… Talvez eu acreditasse nisso. Por acaso você está com ciúmes da ?
— Eu? — O loiro apontou para o próprio peito, tentando parecer ofendido. — Ciúmes? Eu com ciúmes? Da ?

Os dois amigos se entreolharam durante um silêncio que dizia mais que mil palavras. Theo levantou as sobrancelhas de novo, questionando-o. Draco franziu a testa e o nariz, como se aquilo fosse absurdo. Theo insistiu, levantando as sobrancelhas mais uma vez, seu rosto era a face da descrença. Draco bufou, deixando os ombros caírem e afundando-se na poltrona puída do Caldeirão Furado. Esfregando o rosto com suas mãos, impaciente, ele finalmente rosnou de modo quase inaudível:

Sim.
— O que você disse? Eu não escutei direito. — Ele provocou. Outra pausa silenciosa, Theo esperava sereno até que seu camarada terminasse o fio de pensamento, satisfeito em tomar mais um gole de sua cerveja. Seu amigo explodiu.
— Eu estou com ciúmes, ok? Com ciúmes da . Estou mesmo, não adianta eu tentar esconder. Ela já sabe, eu já sei e, nessa altura do campeonato, até meu falecido pai sabe. Eu estou morrendo de ciúmes, Theo. — Com o rosto vermelho, Draco levou as mãos para o ar, rendendo-se e, logo após, voltou a esconder o rosto, emitindo um barulho que Theo achou muito parecido a uma vassoura velha se recusando a levantar voo. Rindo da tristeza alheia, o moreno balançou a cabeça em negação. Como alguém podia ser tão confiante e cheio de si em público, e tão inseguro e inadequado com relacionamentos afetivos? — Você está rindo do meu sofrimento?
— É um bocado cômico, para ser sincero. — Theo deu de ombros ao receber um olhar matador de Draco. — É só a verdade, ok? Quer dizer, é óbvio que você está caído por ela e...
— É sério?
— O quê?
— É sério que é óbvio assim?
— Quer dizer, você quase assassinou um cara com magia involuntária apenas porque ele está tendo uma conversa casual com a mulher, — Theo disse de modo simples, como se estivesse apenas constatando um fato. — E isso nem se compara com o modo como você age quando algum membro da família Weasley está por perto… E nem precisa ser o Rony! Você é tão sutil quanto um trasgo manco.
— Tá! Eu entendi, ok? — Draco cruzou os braços na altura do peito, fazendo uma carranca e virando-se para não ter que encarar o amigo. Como se já não estivesse desesperado o suficiente sem saber daquilo. Moveu-se desconfortavelmente na poltrona e, aproveitando-se de sua nova posição, ele arriscou uma olhada de rabo de olho em direção a tal mesa, mais uma vez.
— Um trasgo muito bem vestido mas, ainda assim, um trasgo.
— Trasgo? Onde? — Ninguém menos que Harry Potter se unia a conversa. Perfeito. Puxando a cadeira próxima à Theo e se aconchegando com uma caneca de Cerveja Amanteigada.
— Pode relaxar, Cicatriz. — Draco respondeu, ainda emburrado. — O trasgo no ambiente é apenas metafórico.
— Ou quase, — Theo acrescentou despreocupado, analisando suas unhas bem manicuradas com muita atenção.
— Se não é algo que eu possa combater para ganhar pontos para minha casa, não me interessa, — Potter tomou mais um gole de sua bebida, fingindo desinteresse. — Mas se você continuar sua tentativa de amaldiçoar uma pessoa inocente com os olhos, Malfoy, eu terei que tomar outras providências.
— Está tudo bem se a pessoa não for tão inocente assim, então? — Draco perguntou, fingindo ponderar suas opções.
— Infelizmente para nós dois, ainda não é crime estar interessado em minha melhor amiga. E, acredite, eu gostaria muito que fosse.
— Mas o que eu não consigo entender — Theo interrompeu a conversa, após alguns segundos em silêncio. — É por que vocês ainda insistem em fingir que não têm nada sério.
— Todo mundo do trabalho sabe que vocês estão juntos, desde a festa de Halloween na minha casa. — Potter deu cobertura a seu… Namorado?
— O fantasma falando do poltergeist, — o loiro cerrou os olhos para os dois homens sentados à sua frente: eram o retrato da intimidade e afeição. Theo tinha um braço nos ombros de Potter, que se inclinava em direção ao Sonserino enquanto conversavam felizes e bebiam suas cervejas. Todos sabiam que eles estavam em um relacionamento. Eles não deram a mínima importância para o comentário ácido que receberam, no entanto. Não é como se estivessem escondendo algo, Draco percebeu. Eles aproveitavam seu tempo juntos, não se evitavam em locais públicos, não deixavam de realizar pequenas demonstrações de afeto em frente a outras pessoas.

Ao contrário dele. E de . Talvez aqueles dois homens jovens e apaixonados em frente a ele tinham razão. Ele precisava tomar uma atitude em relação ao que quer que ele estivesse sentindo.
Mas, ao mesmo tempo, por mais que ele sempre se mostrasse confiante e cheio de si, Draco sabia o quão inseguro era quando se tratava de . Por mais que ambos tenham crescido e mudado, o passado não pode ser apagado. Ele nunca deixaria de ser uma escória Malfoy, e ela nunca deixaria de ser a nascida-trouxa mais querida da sociedade bruxa.
Ele sempre resmungara sobre como Weasley não a merecia, mas a verdade é que, no fundo, ele sabia que ela merecia alguém melhor que ele, também. Talvez fosse o momento de conversar com a mulher e deixar tudo aquilo claro. Se, ainda assim, ela o quisesse, ele ficaria. Merlin, com certeza, ele ficaria. Ele faria a única coisa corajosa de verdade em sua vida. Ele não a abandonaria nem que isso causasse a Segunda Revolta dos Duendes. Foda-se o resto do mundo. Se ela sentisse o mesmo, ele só pensaria no bem estar e na felicidade dela, porque aquilo era sinônimo de felicidade e de bem estar para ele. Porque ele, apesar de tudo, ainda era um Malfoy.
E Malfoys são egoístas.

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remexeu-se em sua cadeira, incomodada, e colocou um cacho de seu cabelo atrás da orelha, aproveitando o momento para espiar uma outra mesa do Caldeirão Furado que muito a interessava: a mesa que Draco dividia com Harry e Theo.
A verdade é que ela nem ao menos queria estar em sua mesa. Quando seus colegas de trabalho a convidaram para uma bebida após o dia tumultuado que tiveram no escritório, ela não imaginava que o folgado do estagiário do Departamento de Mistérios fosse se convidar. Se ela passasse mais cinco minutos escutando aquele homem falar sobre seu tempo em Hogwarts e como era difícil conseguir uma vaga no Departamento dele, quase desejava sofrer uma autocombustão. Como alguém conseguia ser tão cheio de si?
Ela sorriu sem mostrar os dentes e acenou a cabeça, fingindo prestar atenção em algo que ele falava — algo que ela acreditava ter relação com viagens no tempo, mas ela não saberia dizer ao certo —, não queria parecer rude demais, mas também não gostaria de parecer muito interesse. Merlin sabe o quanto ele se estenderia no assunto se pensasse que ela estava realmente empolgada com a conversa.
Quando, pela segunda vez naquela noite, ele contou a história de como seu time de Quadribol da Corvinal venceu o time de Charlie Weasley, se deu por vencida. Ela precisava sair dali o mais rápido possível antes que começasse a roncar de olhos abertos.
Como se houvesse se comunicado por pensamentos com o loiro, sentiu duas mãos fortes massagearem suas omoplatas tensas, fazendo com que um gemido involuntário escapasse de seus lábios. Ela levou a mão na boca para abafar o barulho, sentindo o rosto queimar. Ela sentiu, mais do que ouviu, Draco Malfoy rindo atrás dela, e ouviu sua voz carregada de sarcasmo:
, sinto muito interromper sua agradável conversa com… — Draco pausou, indicando ao outro homem que gostaria de ser apresentado, de maneira educada.
— Williams, — o moreno estendeu a mão, que Draco apertou sem hesitação. — Andrew Williams, do Departamento de Mistérios.
— Malfoy, Draco Malfoy. — Draco abaixou o olhar para a morena e continuou, ignorando Andrew Williams, do Departamento de Mistérios: — Sinto muito interromper, mas estou indo para casa e pensei que talvez você gostaria de Aparatar comigo. Sei que Aparatação não é seu feitiço favorito no mundo após alguns copos de cerveja.
— Vocês são vizinhos? — Andrew arregalou as sobrancelhas, expressando grande surpresa com aquele fato.

e Draco deram uma pequena gargalhada, e o Sonserino respondeu por ela, enquanto coçava a nunca numa expressão desconcertada que ela sabia não ser verdadeira:

— Não, nós não somos vizinhos — ele se inclinou um pouco, depositando um beijo no topo da cabeça de , que sorriu e olhou para cima, piscando sorridente para ele.
— Eu adoraria uma carona, Malfoy — Ela respondeu um pouco mais rápido que o necessário, retirando alguns galeões da bolsa e depositando-os no topo da mesa. — Sempre um prazer, Andrew — E então, virando-se para os outros colegas de trabalho presentes na mesa: — Nos vemos semana que vem?

E com um aceno geral para sua mesa e para a mesa de Harry, ela deslizou apressada para fora da cadeira, levantando-se e ajeitando suas vestes antes de entrelaçar os dedos nos de Draco. Eles se entreolharam por um momento, no qual seus olhos sorriram e, em silêncio, caminharam lado a lado até o ponto de aparatação, arrancando olhares curiosos e cochichos de todas as bruxas e bruxos presentes naquele tradicional estabelecimento. Sem dúvidas o Profeta Diário teria mais assunto que o suficiente para a coluna de fofocas do próximo domingo.

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— Estou exausta — bufou, seguindo Malfoy para dentro do apartamento e retirando os sapatos que as vendedoras da loja Trouxa insistiam ser da linha Confort. Ela tinha certeza que aquilo era impossível, e apesar dos feitiços acolchoantes que ela aplicava neles todas as manhãs, ao fim do dia seus pés eram um mini-cruciatus. Imperdoáveis. Ela pendurou sua bolsa e seu casaco no hall de entrada, acima dos sapatos, antes de entrar para a sala de estar que já lhe parecia tão familiar. Draco — agora descalço, sem suas vestes formais e com as mangas da camisa social preta dobradas de modo relaxado — estava de costas para ela, perto de seu bar pessoal, preparando duas bebidas: um whiskey e um gin. Ela sorriu para si mesma, sabendo que ele preparava seu drink exatamente como ela gostava, e caminhou até ele, sentando-se em uma das banquetas do móvel sofisticado.
— Pudera, — ele disse em um tom indiferente, como se ela acabasse de constatar um fato que todos, menos ela, estavam cansados de saber. — Você carrega aquele setor nas costas, por Merlin, e nas horas de lazer você perde seu tempo sendo simpática com quem não merece seu tempo. Quer dizer, eu teria lançado um Avada em mim mesmo se tivesse que escutar o idiota do Williams se gabando por mais de dez minutos. E você teve que aguentar esse fardo por quase uma hora completa! — Ele estendeu o drink preparado com zelo em sua direção enquanto falava, e deu um gole em seu próprio copo. — Se o paraíso existe, você merece ter um lugar garantido.

sorriu de lado, evitando fazer contato visual com o loiro. Ela sabia que ele estava com ciúmes e, bem no fundo, ela gostava daquilo. Mesmo sabendo que ciúme em excesso não era algo saudável — Rony que o diga — ela também sabia que Draco não era aquele tipo de pessoa, e mesmo que ele sentisse ciúmes de quando em quando e demonstrasse um pouco de possessividade vez ou outra, ele nunca deixaria aquele sentimento aflorar o suficiente para que se tornasse tóxico, e ela amava isso nele. Ela provou seu drink, acenando com a cabeça ao perceber que sim, estava exatamente do jeito que ela gostava, e degustou a bebida antes de continuar:

— Não é assim tão ruim… E Andrew é como uma brisa fresca. Quer dizer, ele acabou de entrar para o Ministério, ainda não está amargurado com o sistema opressor e as horas absurdas de trabalho. Eu meio que acho divertido pensar que daqui a um ano, ele não vai mais ser tão cheio de si. É quase que uma investigação pessoal para mim, e ele é a amostra para análise.
— Isso é demasiado Sonserino da sua parte, sabia?
— Talvez eu esteja passando tempo demais com você, Malfoy — ela deu de ombros e levantou o olhar ao vê-lo depositar o copo com esmero sobre o porta-copos e dar alguns passos, até parar atrás dela. Ele afastou seus cachos, pousando-os sobre seu ombro esquerdo, e começou a massagear os ombros e nuca da morena de maneira delicada. suspirou involuntariamente, incapaz de se conter, inclinando a cabeça para o lado enquanto sentia os toques relaxantes em sua pele.
— Nunca o suficiente, . Nunca o suficiente.

As reações dela às carícias de Draco, ainda que fossem inocentes e simples, sempre acabavam arranco um sorriso do rosto do loiro — desde um sorriso genuíno até de puro convencimento — e faziam com que seu coração se contraísse de um jeito que ele nunca sentira com mais ninguém. Um misto de desespero e pura felicidade. Com desespero ele sabia lidar. Convivera com aquele sentimento por tantos anos, desde sua adolescência até o início da vida adulta, que ele já era um velho conhecido inconveniente. Já a pura felicidade… Com aquilo Draco não sabia muito bem como trabalhar. O medo de que aquilo fosse desaparecer de uma hora para outra, de que ela fosse perceber que ela merecia muito mais do que ele. O medo de que ele não merecesse sentir algo tão bom.
Ele sabia que precisava deixar a covardia para trás e agir como o adulto confiante que ele fingia ser. Se ele não tomasse uma atitude, ele colocaria tudo a perder. Se ele não tomasse uma atitude, ele seria apenas como mais um dos caras que ele sempre acreditou que não a mereciam.
Claro que, sendo um Malfoy, tomar uma atitude no que se tratava de relacionamentos era um pouco mais complicado do que quando se é parte da plebe bruxa. E ele pensava aquilo sem qualquer prepotência.
Com ou sem a guerra, com ou sem revolução, a Família Malfoy detinha grande parte do poder monetário e político do mundo bruxo. Eles ainda eram a família bruxa mais influente da Europa, apesar da queda da popularidade no Reino Unido após a Segunda Guerra.
E, para piorar, Draco era o único herdeiro.
E ser o único herdeiro trazia uma carga que ele não tinha certeza de que seria capaz de aguentar. Ele adiara e delegara vários deveres nos últimos anos, conseguindo viver uma vida quase normal, se comparado com o que seus pais esperavam dele. Draco não esperava que um dia Fucking lhe daria uma chance nesse meio tempo, enquanto ele brincava de viver como um não-Malfoy.
Mas agora que ele a tinha por perto, ele não conseguia mais pensar em uma vida sem ela. Ele não queria mais pensar em uma vida sem ela.
Com carinhos despretensiosos, suas mãos deslizaram para a clavícula da morena, que suspirou pesadamente, inclinando-se contra o tronco de Draco. Recebendo aquele movimento como um sinal, sua mão direita desceu ainda mais, por dentro da camisa de cetim que ela vestia, num toque tão leve que quase não se sentia, mas que deixava um rastro de arrepio na pele de . Ele envolveu o seio dela em sua mão, de modo brando, e seu polegar alcançou o mamilo — Draco não conseguiu evitar o sorriso malicioso que surgiu aos seus lábios quando percebeu que ele já estava eriçado, e que ele conseguia sentí-lo menos por baixo da camada fina de roupa — provocando-o com pequenas beliscadas e circulando-o com suavidade.
Ele ouviu a respiração de pesar e, por Merlin, seu corpo também começava a responder àqueles estímulos. Dessa vez, quando ela impulsionou o corpo para trás, em busca de mais contato, os quadris de Draco moveram-se involuntariamente para frente, numa resposta à sua necessidade carnal.
Seus lábios percorreram o espaço entre o maxilar e o ombro dela, beijando, mordiscando, sentindo o cheiro que lhe despertava tantas sensações. Enquanto sua mão direita seguia acariciando o seio, a mão esquerda percorreu o tronco por cima da roupa, parando na parte mais alta de sua coxa. Ele apertou o local com firmeza antes de separar as pernas de sua bruxa. Acariciando-a desde o joelho até, outra vez, a parte mais alta da coxa, trazendo consigo o tecido da saia — que era mais longa do que ele gostaria — sua mão deslizou para a parte interna e ele suspirou ao sentir o calor que vinha dela.
Ele pousou a mão por inteiro sobre a calcinha, antes das pontas de seus dedos percorrerem o caminho úmido do pano, provocando-a. moveu os quadris em busca de mais fricção, mas ele estava disposto a torturá-la naquela noite, ainda que quisesse — muito — acabar com sua própria agonia, e continuou fazendo um carinho leve por aquela área, enquanto a mão direita brincava com o seio da mulher, agora por baixo de seu sutiã.

— Draco… — ela disse num suspiro, quase como uma súplica. Ele riu baixinho, levando os lábios ao lóbulo da orelha dela, onde mordiscou antes de sussurrar:
— Você está com pressa, ? Tem algum compromisso?
— Como você pode ser tão insuportável num momento desses? — Ela bufou, mas logo depois exalou um gritinho de surpresa, ao sentir um dos dedos do loiro adentrar o tecido de sua calcinha e acariciá-la entre os lábios.
— Ora, ora… Esse não é o momento mais oportuno para se irritar comigo — o dedo circulou o clitóris dela repetidamente, sem tocá-lo nele, de fato, e desceu mais uma vez até estar próximo a sua entrada. Mais uma vez, ela reagiu movendo os quadris, arrancando outro risinho dele. — Você está muito molhada para alguém que está brava. Por que não relaxa um pouco?

gemeu — de prazer ou frustração, Draco não sabia ao certo — e ele, por fim, penetrou-a com um dedo, indo e vindo antes de acrescentar o segundo dedo. Ela estava tão molhada, tão pronta para ele e, enquanto performava movimentos de vai-e-vem com seus dedos e acariciava o clitóris dela com o polegar, ele precisou lutar contra a vontade de penetrá-la o mais rápido possível. Draco queria que ela alcançasse seu primeiro orgasmo da noite antes dele, se possível, mas não podia negar: ele também estava ridiculamente duro para ela.
Draco começou a sentir o interior de contrair-se em torno de seus dedos e, com isso, aumentou a velocidade dos seus estímulos. Ela já não tentava mais conter suas reações, e o resultado disso era uma sala cheia dos barulhos mais deliciosos que a morena fazia. Ela estava tão, tão próxima de seu orgasmo. Ele podia sentir. Sua mão era a prova disso.
Crack.
O barulho característico de Aparatação soou atrás de Draco, que congelou. silenciou-se, mas ainda respirava com esforço.
Por um lado, ele se preocupou: seu apartamento possuía barreiras o suficiente para manter a maioria da população bruxa afastada. De fato, apenas Theo Nott e Blaise Zabini conseguiam aparatar diretamente em sua sala. Era melhor que aquilo fosse importante, ou Draco Malfoy seria, afinal, enviado à Azkaban por homicídio doloso. Antes de se virar, ele contou até três, respirando fundo, e ajudou a se tornar um pouco mais apresentável.
— Mestre Malfoy! — Uma voz esganiçada chamou, fazendo-o congelar. Draco se virou, tentando esconder as mãos atrás das costas e parecer digno de receber visitas, para encontrar Gummy, o elfo doméstico, a poucos metros de distância. Ele ergueu as sobrancelhas, surpreso. Claro, a diferença entre magia élfica e magia bruxa era colossal. manteve-se tão parada e calada como uma estátua de pedra sabão, alguns diriam que ela teria lançado um petrificus totalus em si mesma.
— Gummy? O que o traz aqui? Algo errado com minha mãe?
— Mestre — Gummy disse enquanto saltitava — Senhora Narcisa diz para Mestre ler a lista de pretendentes elegíveis que a Senhora enviou no início da semana.
— Por Merlin, enviar um berrador seria mais sútil que um elfo — ele pressionou a ponte do nariz, tentando controlar a vergonha e a raiva. — … — Draco engasgou, desconcertado, antes de continuar. Uma vez que saísse de sua boca, as palavras não voltariam e ele teria que lidar com as consequências delas, mais cedo ou mais tarde. — Você tem algum compromisso agendado para o próximo sábado?

Alguns segundos depois, que pareceram horas, pareceu sair do seu estado de inércia, virando-se para Draco com um sorriso nos olhos:

— Creio que nada, além de fazer companhia para o coitado do meu gato, que a essa altura deve pensar que eu morri — os dois riram baixinho com a piada interna deles. Bichento estava sempre muito bem cuidado e alimentado, mas passava uma quantidade significativa de fins de semana no apartamento de Draco, e sempre que voltava para seu apartamento, o gato lhe dava o "castigo do gelo" por alguns dias. "Carente de atenção, assim como meu namorado...", ela falou, um dia, sem pensar, e logo se repreendeu. Eles não eram namorados, eram?
Não que ela estivesse vendo ou conversando com outras pessoas, longe disso. Mas ele nunca perguntara nada, nunca verbalizara a palavra. Era raro que eles fossem vistos juntos, em público, a não ser em situações estritamente casuais ou profissionais. Ela sabia que o sobrenome dele ainda carregava um grande peso na sociedade bruxa. Seu próprio sobrenome, , ainda possuía certa carga, em especial no âmbito político. Ela entendia que estar num relacionamento amoroso — e público — seria um tanto quanto complicado para ambos. E pelo visto sua quase-futura-sogra estava empenhada em encontrar uma noite de sangue puro para Draco.
não era do tipo ciumenta. Não mais, pelos menos. Ela sabia que, ainda que nunca tivessem dito aquelas três palavras mágicas, eles se gostavam. Sabia que o que sentia por ele era recíproco e, por algum motivo muito estranho, confiava nele.

— Gummy, por gentileza — Draco passou os dedos pelo cabelo antes de continuar. — Avise minha mãe que já me resolvi, e que agradeço a lista. Enviarei uma mensagem por coruja amanhã, sem falta, com mais detalhes.

O elfo girou as orelhas entre os longos dedos ossudos, acenando e, num estalo, desaparatou.

— Bem… Não podemos dizer que sua mãe não sabe o momento exato de cobrar uma resposta.

Draco respirou fundo antes de virar-se para ela. E então sorriu. estava em pé ao lado de seu bar, sua camisa de cetim amarrotada no chão, suas mãos removendo a saia com pressa. Draco ergueu uma sobrancelha, mas começou a desabotoar a camisa. se aproximou e segurou-o pelo colarinho, fazendo com que ele se inclinasse em sua direção, graças à diferença de altura entre os dois. Com os lábios a milímetros de distância, ela disse:

— Isso é o que você ganha por desafiar sua família, Malfoy — e beijou-o calorosamente, levando-o consigo até o sofá. Suas mãos desajeitadas tentavam abrir o cinto e a calça do loiro, e ele a auxiliou na missão.

Quando calças e saias já não eram empecilhos, encontrou-se sentada no colo de Draco, beijando-o como poucas vezes havia feito. Esfregando-se contra a ereção dele, apenas suas roupas íntimas entre suas peles, e ela pressionou o quadril para frente, sentindo-o atingir seu ponto mais sensível. Ela gemeu contra sua boca e repetiu o movimento uma, duas, três vezes. Até sentir as mãos do Sonserino apertarem seus quadris, impedindo-a de continuar. Ela o encarou, confusa. Draco afastou um cacho do rosto da morena e moveu-se contra ela, arrancando um gemido. Ela se afastou um pouco e, com a ajuda dele, removeu a cueca que atrapalhava seus planos.
Ele suspirou ao sentí-la envolver a base de seu membro com a mão delicada, mas firme. Sua mão subiu e desceu com lentidão enquanto ela o encarava, absorvendo todas suas reações, enquanto aumentava a velocidade de seu carinho gradativamente e movimentava o punho vez ou outra, gemidos roucos saíam da garganta do loiro. Gemidos que a deixavam cada vez mais excitada. As mãos de Draco subiram por seu tronco, dedicando sua atenção aos seios da mulher e seus lábios se encontraram num beijo ardente, cheio de desejo.
cessou seus movimentos por um momento, apenas o suficiente para afastar o tecido de sua calcinha e guiar Draco para dentro de si. Ele apertou seus seios com vontade antes de suas mãos tomarem outro rumo: enquanto uma descia novamente para o quadril, e a outra embrenhou-se entre os cachos macios dela. A sensação de estar dentro de , tão pronta para ele, tão perfeita para ele, cavalgando-o com tanta confiança, com tanto tesão, quase o levou ao orgasmo. Seus corpos entrelaçados, suas peles suadas, seus sons de prazer. E por mais que ele achasse que poderia passar o resto de sua vida feliz com apenas aquela visão — de rebolando em cima dele — ele queria muito mais que apenas isso. Ele queria dar a ela tudo o que ela merecia, tudo que ele tinha para oferecer.
Mudando suas posições sem sair de dentro dela, Draco deitou-a no sofá. Ele estava quase lá e, conhecendo-a como conhecia, ele sabia que poderia fazer com que ela alcançasse o orgasmo com ele. Saindo por completo de — o que causou um resmungo aborrecido dela — ele investiu mais uma vez, com mais vigor, demorando-se um pouco mais quando adentrava-a, sentindo-a por completo em torno dele, deliciando-se com cada centímetro dela que o abraçava. Ele repetiu esse movimento mais algumas vezes, até que aquilo se tornou uma tortura para os dois. Com movimentos frenéticos e agora sem ritmo algum, ele levou o polegar até o clitóris de e começou a intercalar círculos e tapinhas leves na região inchada da mulher, que levantou as pernas, circulando-o e possibilitando que ele se aprofundasse nela cada vez mais.
O interior de contraiu-se em torno de seu membro. Uma, duas, três vezes antes dele perder a concentração, antes das palavras desconexas — entre afirmações, pedidos, nomes sagrados — tomarem conta dos lábios dela, e as unhas dela marcarem a pele alva de Draco com padrões carmim. Aquilo era tudo o que ele precisava para encontrar seu próprio alívio, despejando-se dentro dela, afundando-se no calor dela, de onde ele nunca mais queria sair.
Seus lábios, mais uma vez, se encontraram. Ofegantes, ainda unidos, beijaram-se com carinho. Seus olhares se encontraram e havia um sorriso neles.
Draco a queria assim, com ele, sempre.

— Draco… — a voz de ainda era fraca, dengosa, como sempre era depois de foderem. Ele sorriu e olhou para ela, prestando atenção no que ela tinha a dizer. Deitada em seu peito, escutando as batidas descompassadas de seu coração. O cabelo volumoso espalhado pelo sofá, as pontas dos dedos traçando padrões aleatórios em sua pele, pernas entrelaçadas às dele. — Você tem certeza que quer me apresentar para sua mãe? — O relógio da parede fez tic e tac, mas eles continuaram em silêncio. — Quer dizer… Eu entendo que isso é um passo um tanto quanto sério para famílias tradicionais e…
— Eu tenho certeza — ele respondeu, decidido. Seus dedos acariciavam os cachos revoltos próximos ao seu rosto, e sua outra mão levantou o queixo da morena. Seus olhos se encontraram. — Eu sei que é um passo sério, e entendo perfeitamente se você não estiver preparada. Eu vou te esperar o quanto for preciso. Mas, por minha parte, não vejo motivos para adiar o que vai acontecer mais cedo ou mais tarde. Já faz um tempo desde que eu entendi o que quero.

piscou, sentindo as bochechas corarem, e sorriu. Draco suspirou:

— Sei que eu ainda tenho muito o que melhorar e muito que aprender para chegar ao ponto de te merecer — Ela tentou interromper, mas ele continuou: — Mas eu não quero, não posso, esconder o que sinto por você. Eu amo sua risada, eu amo sua voz mandona, eu amo suas observações e suas citações de livros que ninguém conhece, além de você. Eu até mesmo tolero aquele monstro laranja que você tem em casa.
— Eu sei que você ama o Bichento.
— Amar é uma palavra muito forte — Ele beijou a testa dela. — Mas eu te amo. E você sabe o que isso significa?

Ela ergueu as sobrancelhas, com um sorriso no rosto e borboletas no estômago, e esperou.

— Significa que eu sou seu, .





Fim!



Nota da autora: É o fim de uma era para essa autora que vos fala! Espero que vocês tenham gostado dessa ficquizinha também! Deixem seus comentários e façam uma autora feliz ♥
PS: USEM CAMISINHA!!! POÇÃO CONTRACEPTIVA NÃO EVITA DST! beijos Xx



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