Neverending Story

Finalizada em: 10/11/2020

Capítulo Único

O choque de ter Chan encarando profundamente nos olhos foi estranho, fazia muito tempo desde que ambos haviam se encontrado, aproximadamente um ano. Muitas coisas haviam mudado na vida de ambos os jovens, que agora eram jovens adultos. Seus sentimentos eram como uma dor latente que nenhum dos dois conseguia entender e ambos tinham medo de sua amizade ser posta de lado por um sentimento que talvez não pudesse ser correspondido.
era teimosa demais e, em sua cabeça, amar Chan era complicado. Já Chan era sensível demais e, em sua cabeça, amar era complicado. Fazia dois anos desde que o Stray Kids havia debutado, então Chan tinha sua vida corrida demais. Fazia um ano desde que havia começando sua carreira de escritora e ela não via sentido em ter relacionamentos.
Apesar de se comunicarem quase todos os dias, os dois tinham a agenda lotada e se sentiam hesitantes para falar sobre seus sentimentos, tinham medo do que poderia acontecer.
– Por quanto tempo você vai ficar? – estava sentada em um banquinho no parque próximo a sua casa. – Vou ficar por um mês. – Ao sorrir, Chan mostrou sua covinha.
– Tenho certeza que sua família está muito empolgada. – Apesar de serem vizinhos, não frequentava a casa da família Bang como de costume.
– Você tem razão! – Chan segurou a mão da garota. – E você? – Olhou-a profundamente.
– O que tem eu? – Encarou-o, confusa.
– Está feliz por eu poder ficar um tempo em casa? – Chan escutou um suspiro vindo de .
– Não sei... – ela fingiu pensar por um momento, antes de abrir um grande sorriso para ele.
– Não brinca com isso! – Ele empurrou a garota lentamente.
– Estou feliz por você estar de volta, mesmo que por pouco tempo. – olhou por alguns segundos para Chan, antes de desviar seus olhos.
– Vamos fazer um jantar hoje, espero que você esteja lá. – Seu olhar era claro, não havia desculpas para fugir.
– Ok! – A garota se espreguiçou. – Como estão as coisas com o grupo? – Ela adorava os meninos e vivia falando com eles quando ambos encontravam tempo para conversar.
– Empolgados por terem uma pausa. – Era notável o amor que Chan tinha pelos outros integrantes do grupo.
– Felix veio para casa também?
De todos os garotos, era mais próxima de Felix e Han, além de Chan, é claro. Não que ela não amasse cada um deles, pois para todos os meninos estavam guardados dentro do seu coração, apenas era inegável a conexão que ela sentia com os três garotos e, para seu alivio interior, todos pareciam entender perfeitamente.
– Acho que ele era um dos mais empolgados. – Chan suspirou. – Os meninos conseguem ver sua família com maior regularidade, diferente de Felix e eu. – concordou rapidamente.
Como Felix e Chan eram os únicos estrangeiros do grupo, era difícil terem momentos como esse e viajarem para visitar sua família, por exemplo.
– Queria ver Felix antes dele ir embora. – Inconscientemente, Chan encarou os lábios franzidos de .
– Ficamos de nos encontrar para voltar juntos. – Ao ver o sorriso enorme que a garota abriu, Chan sentiu-se mais feliz e isso o fez lembrar-se do dia em que a conhecera.
Era uma típica manhã de final de semana, no qual todas as crianças estavam reunidas na rua e brincando. Chan era novo na vizinhança e parecia que algumas crianças tinham medo de se aproximar dele. Foi quem quebrou o gelo com um sorriso enorme, os dois eram vizinhos e ela acabou o chamando sob o pretexto de que arrumasse sua boneca. Depois disso, ambos viraram melhores amigos e apresentou Chan para as outras crianças. Ele adorava aquela garota desde que ambos tinham cinco anos e era impossível não sorrir quando estava ao seu lado.
– Então isso quer dizer que talvez eu possa vê-lo? – se virou para encarar Chan, porém, não contava com tamanha proximidade.
– Você o ama mais do que a mim? – Ele não queria parecer ciumento naquele momento, porém, os sentimentos que nutria pela garota eram enormes.
– São amores diferentes. – Ela piscou um olho para ele e se afastou.
– O que você quer dizer com isso? – O coração de Chan parecia que iria parar a qualquer momento.
– O que eu quero dizer é que você tem sido meu melhor amigo por muito tempo e Felix é apenas um amigo que eu estimo muito. – Rapidamente, ela tentou contornar a situação.
Não se sentia confortável para falar sobre seus sentimentos com Chan, afinal, ela tinha medo de ser rejeitada pelo garoto.
– Entendo. – Por um momento, jurou ver o olhar de Chan cair. – Você também é minha melhor amiga. – As palavras que saíram entre os lábios dele não eram realmente as palavras que Chan gostaria de falar, mas tinha medo de que pudesse não entender seus sentimentos e rejeitá-lo.
– Então... – Ela limpou a mão suada em sua calça. Não tinha notado o quão nervosa estava até sentir suas mãos molhadas. – Você tem feito muitas composições? – A garota tentava, ao máximo, parecer tranquila, realmente queria manter um bom diálogo com o amigo e aproveitar o momento único de estar próxima a ele novamente.
– Estou no meio de um bloqueio criativo. – Chan riu, parecendo estar à beira de um colapso.
– Bloqueios criativos são normais. – tentou consolar o amigo.
– Com que frequência você tem? – Ele ficou atento a cada palavra dela e, por mais que tentasse não deixar transparecer, se sentiu preocupado com a ideia de ter bloqueios criativos, pois o mesmo sabia que ela não reagia muito bem a isso.
– Ultimamente também estou tendo bloqueios criativos. – Ela pareceu escolher bem suas palavras.
– Qual o tema do seu próximo livro? Não me lembro de você falando sobre ele. – "Não falei por um motivo", pensou .
– O tema é um pouco difícil. – Ela se mexeu no banco para arrumar uma posição mais confortável.
– Precisa de ajuda? – Chan perguntou, inocentemente. – Sobre o que é? – Sem saída, decidiu revelar seu tema.
– É sobre duas pessoas que se conhecem a vida toda e desenvolvem sentimentos um pelo outro. – Ele praticamente engasgou com sua própria saliva, pegando-a de surpresa. Era como se pudesse ver a si mesmo na história dela.
– É horrível, não é mesmo? – escondeu seu rosto entre as mãos, completamente envergonhada.
– Não! – Chan se apressou ao responder a garota, agitando as mãos. – Apenas fiquei surpreso. – Queria entender aquilo como um sinal, mas talvez tudo fizesse parte da sua imaginação e não houvesse sinal nenhum.
– Então não é uma ideia muito ruim? – Ela mordeu o cantinho da boca.
– Eles ficam juntos no final?
– Depende. – Qualquer pessoa que passasse ali naquele momento pensaria que os dois eram namorados, porém, a realidade era totalmente diferente, apesar de seus pensamentos serem iguais. – Eu ainda não sei o tipo de sentimento que ele terá por ela. – sentiu suas bochechas corarem e encarou-o, completamente envergonhada.
– Talvez ele tenha os mesmos sentimentos que ela, mas tem medo de que algo interfira em sua amizade. – não sabia como, mas a conversa tinha tomando um rumo completamente diferente do que ela havia imaginado.
Não queria criar expectativas com as palavras dele e não queria achar que suas palavras estavam sendo dirigidas diretamente para ela. Não! Para , sua mente tinha que entender que tudo o que Chan estava falando eram suposições sobre os seus futuros personagens.
– Acho que a personagem principal está passando por um momento difícil na vida. – Chan observou atentamente cada palavra de , quase como se estivesse esperando uma brecha para questioná-la se tinha sentimentos por ele, mas o garoto não queria ser rude.
, por outro lado, não sabia o que estava acontecendo com si, pois ali, parado na sua frente, era apenas o bom e velho Chan, seu melhor amigo. Eles continuaram sendo amigos mesmo depois que ele se mudou para a Coreia e ela escutou atentamente todos os problemas que teve antes e depois do debute do seu grupo. Passavam horas conversando sobre coisas supérfluas, mas sobre assuntos sérios também e foi em um desses momentos que ela descobriu que os sentimentos que tinha por Chan eram maiores do que esperava.
– E o que seria? – Chan estava se sentindo quente por dentro.
Na realidade, seu coração palpitava a cada palavra que falava, na esperança de serem ditas diretamente para ele.
– Acredito que minha personagem tenha medo de ser rejeitada.
– E por que ela seria rejeitada se ambos se conhecem a vida toda?
– Exatamente por isso! – estralou os dedos praticamente no rosto de Chan. – E se o sentimento não for mútuo? Você não acha que às vezes é melhor manter a amizade do que se arriscar por algo que não tem certeza?
Ao escutar as palavras de , Chan se viu em uma sinuca. Ele não sabia muito bem o que falar para a garota parada na sua frente e entendia muito bem o que ela queria dizer, pois ele se via nessa situação.
– E se ambos se sentirem da mesma maneira, mas não falarem por medo?
– Interessante. – apoiou sua mão no queixo. – Tenho certeza de que um dos dois encontraria uma maneira de se comunicar e entender mais sobre o campo que estão pisando. – Chan achava adorável a maneira como colocava as ideias na mesa.
– E se isso acontecesse como uma conversa casual? – ele perguntou, de repente, se ajeitando no banco. – Como um deles saberia o sinal? – pareceu pensar.
– Talvez eles não soubessem. – A garota começou a rir e Chan podia jurar que ouviu seu coração bater a cada risada que dava.
– Ai que está! – Chan estralou seus dedos. – Um dos dois tem que entender alguma coisa. – A menina começou a balançar a cabeça negativamente.
– E se for impossível? – Ambos pareciam se divertir com a situação. – E se os dois não entenderem isso pelo fato da conversa ser casual demais?
– Então os dois têm que ser completamente insanos. – Chan sorriu.
– Não acho que sejam insanos, apenas acho que ambos estão muito acostumados com esse tipo de conversa. – Ela estava ficando cada vez mais envergonhada de falar sobre o assunto indiretamente, mas não conseguia reunir coragem o suficiente para falar que se tratava deles. – Talvez pensem que isso não corresponde a eles. – A garota deu de ombros e Chan a encarou por um momento.
– Isso é confuso. – Ele bagunçou seu cabelo. – Esperava poder ajudar você. – Chan era sincero em suas palavras. – E, no fim, tenho certeza que não fiz isso. – Encarou o céu e percebeu que escureceu de repente.
– Acho que devemos ir embora. – parecia pegar exatamente o momento que Chan encarou o céu.
– Não queria ir para casa agora. – Ele parecia lamentar por ter que se despedir de sua amiga no momento, mesmo que brevemente.
– Não quero que sua mãe venha atrás de nós, como antigamente. – foi a primeira a se levantar e estendeu a mão para o garoto. – Você lembra? – De repente, ela começou a rir.
– Impossível não lembrar! – Chan segurou a mão da garota fortemente e se levantou. – A gente se escondeu bem ali. – Apontou para uma pequena casinha. – Ela ficou louca comigo! – apenas balançou sua cabeça positivamente.
– Ela deixou você de castigo por uma semana. – Ambos sorriram com a lembrança.
– São esses momentos que mais sinto falta.
– Eu também sinto, mas sabe qual meu outro sentimento? – Ela pegou a mão dele e segurou fortemente.
– Qual? – Seu olhar se encontrou com o dela.
– Eu me sinto feliz por tudo o que você conquistou até agora. – Suspirou. – Nós sabemos o quanto batalhou para chegar até aqui, então não sinta pelas coisas que abriu mão, porque tudo isso trouxe você a este momento. – De repente, ela se aproximou dele e abraçou-o.
– Obrigada. – Chan não tinha palavras para descrever aquele momento, realmente se sentia grato por ter em sua vida.
– Não precisa agradecer. – Ela se afastou, um pouco envergonhada por ter tomado a liberdade de abraçá-lo.
– Eu realmente precisava ouvir essas palavras. – Ele continuou segurando a mão de .
– Vamos? – Apontou para frente, a fim de começarem a andar para suas respectivas casas.
– Sim. – Naquele momento, Chan quis falar sobre seus sentimentos por , porém, depois de ouvi-la o chamar de melhor amigo, o medo foi evidente.
Preferia ser seu amigo a perder a amizade que cultivou durante anos, porém, sua mãe sempre falou que ele deveria correr atrás daquilo que o fazia feliz, e uma das suas felicidades era ter ao seu lado para sempre. Chan faria questão de realizar esse desejo, mesmo que no processo fosse rejeitado.


***


se sentia cada vez mais nervosa por ir jantar na casa da família Bang. Seu irmão mais novo estava indo junto, pois tinha sido convidado pelo irmão de Chan, Lucas. As famílias sempre se deram bem, mas o crescente sentimento de por Chan a fez se afastar aos poucos de sua família. Ela tinha medo de que a mãe dele, uma pessoa muito observadora, descobrisse o que ela sentia por seu filho. Foram meses até aceitar seus sentimentos.
No início, ela acreditava apenas ser saudade de um grande amigo, porém, no momento em que descobriu que não conseguia se relacionar com ninguém por viver comparando os garotos que conhecia com Chan, se perdeu. Um forte aperto em seu peito foi o sinal de que sentia muito mais do que amizade, foi aí que descobriu que o amava.
– Parece que não vejo você há anos. – A mãe de Christopher foi a primeira a cumprimentá-la.
– Você me viu ontem. – A garota abriu um sorriso brilhante.
– Eu sei! – A mãe dele deixou-a passar e logo cumprimentou o irmão da mais velha. – É tão bom ter vocês aqui! – Acenou para que eles fossem até a parte de trás da casa.
– Você chegou! – Chan praticamente correu, todo desajeitado, em sua direção.
– Chan... – ela o chamou, lentamente.
Apesar de conhecer sua família por toda sua vida, ela ainda ficava envergonhada com as brincadeiras dele.
– Esqueci! – ele coçou a cabeça. – Vem! Eu tenho um presente para você. – Parecia que naquele momento todos os presentes pararam o que faziam para encarar os dois.
– Tem que ser agora? – sentiu suas bochechas corarem imediatamente.
– Por favor? – Chan parecia não se importar com o público que tinham.
– Tudo bem! – Com um suspiro, pegou a mão de Chan e o deixou guiá-la para dentro da casa. – Espero que você goste. – Ele entregou um embrulho pequeno nas mãos dela.
– O que é isso? – A garota lançou um olhar curioso para Chan.
– Abra. – Ele parecia um pouco ansioso.
– Ok! – Com certo suspense, abriu delicadamente a caixinha dada pelo garoto.
Nela havia um pequeno colar com pingente de coração e, ao pegá-lo, leu a pequena palavra escrita em coreano "Saranghae", encarando-o, confusa.
– O que isso significa? – Sua voz não passava de um sussurro.
– Eu pensei muito desde que deixei você em casa. – Chan se aproximou da garota, que olhou para trás imediatamente a fim de saber se havia alguém da família dele os encarando, porém, aparentemente todos haviam saído.
– O que você pensou? – Ela continuou encarando-o, confusa.
– Sua história. Acho que ela é sobre nós. – engoliu em seco.
– Chan... – ela começou a falar, porém, ele ergueu um dedo e pediu, silenciosamente, que ela o deixasse terminar.
– Sei que é difícil. Nós somos amigos desde que tínhamos cinco anos. – fechou seus olhos, esperando pacientemente pelas palavras dele. – E temos uma distância enorme entre nós. – Ela concordou. – Mas a realidade é que eu não consigo pensar em mais ninguém além de você. – Chan estava nervoso demais por finalmente desabafar com a garota, podia sentir suas orelhas completamente quentes e a mão suando.
– Chan... – Parecia que tinha perdido o poder dar palavras. – Por quê? – Sua voz soou completamente baixa.
– Porque não consigo pensar direito quando não nos falamos, porque sinto sua falta todos os dias. – Chan começou a enumerar suas palavras. – Porque você é minha luz nos dias mais cinzentos. – Ela passou a mão no rosto, tentando esconder inutilmente que estava chorando.
– Eu não quero estragar as coisas – falou com sinceridade.
– Nada irá estragar. – Chan se aproximou ainda mais dela e pegou sua mão. – Eu preciso que você fique do meu lado. – prendeu a respiração conforme Chan se aproximava. – Você é a única pessoa em quem eu penso todos os dias antes de dormir. – Ele secou as lágrimas da garota, sem se importar com as suas próprias.
– Eu realmente não queria sentir isso. – colocou sua mão sobre o peito. – Porém, foi inevitável. – Suspirou. – Todo esse tempo eu tentei esconder meus sentimentos por medo de que você não sentisse o mesmo, tentei encontrar em outras pessoas e tudo que eu via era você. Sabe por quê? Porque você é único.
– Acredito em você. – Chan imitou seu gesto. – Por que aqui... – ele colocou a mão sobre seu coração. – Ele bate por você também. – sorriu.
– Então é recíproco? – Ela limpou as lágrimas dele. – Você também gosta de mim? – A garota pareceu indecisa ao fazer a pergunta.
– Sim! – ele respondeu, emocionado. – Você não precisa ter medo do seu sentimento não ser correspondido, porque ele é. – Tudo que Chan queria no momento era selar seus lábios com os de , porém, ele sentia que existiam mais coisas a serem ditas.
– Não vai ser fácil. – apontou. – Você na Coréia, eu na Austrália, nossas carreiras... – Chan entendia muito bem seu desespero porque tinha as mesmas preocupações, mas no momento nada daquilo importava.
– Não importa, porque mesmo com toda a distância, nossa história permanece. – Ele aproximou seus lábios dos de , sem se importar realmente com o restante das palavras.
Quando seus lábios se tocaram foi como se nada existisse ao seu redor. e Chan se entregaram por completo no beijo, selando algo que talvez o próprio destino houvesse traçado. Memórias de todos os momentos em que estiveram juntos os pegaram desprevenidos, ambos em seus próprios pensamentos, mas muito presentes durante o beijo.
Chan sabia que teria muito tempo para falar e fazer acreditar em suas palavras, porque para ele não importava o tempo, pois ela sempre estaria ao seu lado. Para , era como se aquele momento fizesse parte de um sonho maravilhoso, onde ela possuía Chan ao seu lado em todos os momentos, não importava o tempo, porque sabia que ele sempre estaria ao seu lado.
Porque hoje, ela acreditava no amor e ele acreditava neles.
Porque hoje, eles descobriram que o amor é doce, mesmo tendo barreiras.
Porque juntos, ambos eram um só.


FIM!



Nota da autora: Sem nota.



Outras Fanfics:
5SOS – Lost Boy [5 Seconds Of Summer/Shortfic]
All That You Are Is All I’ll Ever Need [5 Seconds Of Summer/Shortfic]
Perfeito Para Você [Originais - Em Andamento]

Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


comments powered by Disqus