Fanfic Finalizada
Music Video: Baila Conmigo - Selena Gomez ft. Rauw Alejandro

Capítulo Único

examinava com os olhos todos os passos que ela via pela televisão. Em suas confortáveis roupas - biquíni e short curto - estirada num sofá pequeno, imaginava quando poderia chamar aquilo de profissão e ser paga por isso, tendo um pouco mais felicidade do que tem hoje em dia naquela pequena cidade. Passava o dia dançando alguma coreografia que aprendeu e à noite dava conta de animar o salão de festa de algum hostel barato que tinha no vilarejo, pelo menos era assim que poderia ajudar sua mãe em casa de alguma forma. Ninguém daquele lugar era afortunado, cada um levava suas marcas, principalmente por trabalharem sempre embaixo dos dias ensolarados de Puerto Vallarta.

Sempre por perto, mas nunca visto pela garota, morava . Um jovem pescador que levava boa parte da alimentação para todos da região e que passava todo final de tarde observando a garota transmitir paixão enquanto ensaiava a dança que mostraria logo mais à noite. Ele nunca teve a coragem de falar com ela, nem quando estava no hostel trabalhando, lugar onde ela esbanja sorriso e gentileza, mas seus amigos falavam que já estava ficando esquisito essa obsessão pela garota e que ele deveria falar com ela em algum momento próximo.

- Hoje você vai falar com ela? - indagou Miguel ao seu amigo.
- Claro que não, ela nunca me notou nesse tempo todo. Mas deveríamos ir na festa de hoje do hostel. - respondeu tirando os olhos da garota enquanto colocava seus óculos escuros.
- Ok, então deveríamos ir para casa - disse o amigo subindo na moto.

♪♫♬

Antes de sair, se olhou pela última vez no espelho. Com sua calça larga de cintura baixa e cropped em tom rosado para enaltecer a cor de sua pele, não sabia porque ou como, mas ela sentia que muitas coisas poderiam mudar para ela na noite de hoje.

- Cuidado no caminho - gritou sua mãe antes que ela fechasse a porta atrás de si.
- Tá certo, mãe. Te amo - respondeu e saiu antes que pudesse ouvir a resposta, caminhando até o hostel não tão distante dali.

Fiesta Vallarta era o único hostel da região e atraía muitas pessoas que queriam dias tranquilos e noites cercadas de agito e bebidas quentes. O paraíso tropical atraíra inclusive estrelas hollywoodianas no passado, mas hoje em dia não mais. O vilarejo havia virado um lugar muito comum para artistas frequentarem, mas se agarrava a qualquer oportunidade de ser vista por algum olheiro e ser finalmente reconhecida pela arte que expressava através da dança. Além de ajudar a família, ela conseguia sonhar um pouco com o que aconteceria algum dia.
Diante de tantas pessoas naquele lugar, ela sentia-se observada e não só pelo tanto de gente desconhecida, mas por uma pessoa em especial. Olhou de soslaio para o garoto à direita, nunca o tinha visto antes, mas imaginava que sim. Sabia que era da região, pela melanina brilhante de sua pele preta. Ela chegava a se incomodar pelo seu olhar profundo cheio de intenções, sabia que conseguia lê-la por inteiro. Desviou o olhar quando avistou sua amiga, que veio a seu encontro a rodopiando no salão antes que pudessem começar a conversar.

- Sendo observada por hoje, hein? - Mabel levantou as sobrancelhas em excitação enquanto a dançarina o observava novamente.
- Você o conhece? - indagou .
- Nunca ouviu falar de ? - perguntou surpresa com a pergunta - Ele é pescador mais jovem e gato do vilarejo, como você nunca ouviu falar dele? , você é tão desligada!
- Então devo sair um pouco do meu mundo e prestar atenção ao meu redor - respondeu a garota incomodada com a situação.

Ela sabia que mantinha uma distância das pessoas daquela cidade para seu próprio bem, não queria ser a velha garota que se apaixona por qualquer homem da cidade, engravida e é obrigada a casar e continuar naquela vida simples. Limitada. E sem futuro. Estragaria todos os seus planos de vida. Ela sabia o que queria e nada conseguia atrapalhá-la. Mas algo a incomodava naquele momento e não deixou passar despercebido o olhar de dessa noite.

- Quer companhia para ir para casa? Rafael vai me levar em casa - perguntou a amiga.
- Não, tô bem. Podem aproveitar a noite. Nos vemos amanhã? - viu a garota sorrir ao saber que teria um tempo com namorado e assentiu em resposta.

Ouviu algumas pessoas se despedirem dela, agradecendo o entretenimento da noite, fazendo-a sorrir enquanto acenava para o público. Era por isso e para isso que ela fazia aquilo. Sim, era um escape da sua realidade. Sim, era algo que ela almejava muito ser reconhecida mundialmente por sua dança, mas enquanto podia levar alegria para um pequeno grupo de pessoas, já ficava extremamente quente por dentro.
Enquanto caminhava para casa, pôde ouvir rugir de motores. O som ficava cada vez mais alto e, distraidamente, assustou-se quando se deparou com o garoto que a observava minutos atrás em sua frente, quase a encurralando com a moto, gerando uma reação enfurecida.

- Você está maluco? Poderia ter me matado seu louco! - sua expressão não negava a raiva que sentia naquele momento enquanto olhava para o semblante calmo e risonho do garoto em sua frente - Vocês são pau mandado dele também? - perguntou apontando para os amigos que a cercaram.
- Calma, . Desculpe se te assustei, apenas gostaria de dizer que eu amo te ver dançar - falou com sorriso convencido.
- Você só pode estar de brincadeira! E não poderia chegar em mim como uma pessoa normal? - ela disse rindo com a cabeça em negação com a situação patética que o garoto criou. Observou os amigos indo embora, deixando o ambiente mais constrangedor.
- Ok! Foi uma maneira esquisita de chamar a sua atenção. Não irei fazer mais isso - respondeu observando a expressão ainda emputecida da garota.
- E nem pense que terá outra vez! Eu guardo rancor de situações bestas, se é que quase me matar pode ser chamado de uma situação besta - a garota saiu andando, deixando para trás revirando os olhos, não acreditando que poderia ser tão sensível a esse ponto de nem suportar olhá-lo outra vez.
- Sobe na moto, posso te levar em casa. Não deveria estar andando sozinha a essa hora - ele andou com a moto para alcançar a garota e ofereceu o capacete reserva.
- Não precisa, eu sei me cuidar - disse bufando e continuou andando com o garoto em seu encalço, decidindo ignorá-lo.

seguiu-a até em casa mantendo uma distância de segurança. sabia que estava sendo seguida até em casa, mas seu capricho não deixou que olhasse para trás em nenhum momento, apenas um soslaio antes de entrar em casa e o viu dobrando a esquina.

♪♫♬

Emergiu da água cristalina e avistou a areia branca, ouviu o som de golfinhos por perto, girou seu corpo em direção à imensidão do mar diante dela e sentiu-se abençoada por morar naquele paraíso. O sal presente em sua pele a acalmava quando precisava se desprender de pesos do dia a dia, da realidade. Sentou-se em sua canga e pôs nos fones de ouvido a mesma música que insistia em escutar nos últimos dias. As batidas contagiosas fizeram dançar no meio da praia sem ligar para quem pudesse estar a observá-la.

- Porque você tá insistindo nessa coreografia por tantos dias? - pronunciou uma voz em sua frente que a fez pular, assustada.
- Você de novo, garoto? - bufou em seguida - Tá me seguindo, ? E não é da sua conta! - respondeu grosseiramente ao garoto enquanto sentava na areia novamente.
- Ok. Preciso me desculpar por aquele dia, eu deveria ter chamado sua atenção de outra forma. Mas se precisar de ajuda para a coreografia eu estou aqui. Eu tenho um gingado que você nunca viu antes - disse num tom risonho enquanto percebia, feição, aliviar suas palavras.
- Está desculpado. Mas não preciso de ajuda.
- Eu juro que se você se chatear comigo mais uma vez, eu vou embora em seguida. Me deixe te ajudar - a feição da garota se tornou confusa e não entendia o porquê da insistência do garoto, mas assentiu.
- Tudo bem! - o garoto assentiu em resposta e ela continuou - Descobri outro dia que vai ter um concurso em Los Angeles para selecionar dançarinos ao redor do mundo para fazer parte de uma agência de dança. Então mandando um vídeo, é como se fosse seu “currículo” de entrada e meu maior sonho é ser reconhecida pela minha dança. Então eu tô treinando muito para mandar um vídeo perfeito para a produção.
- Então vamos ensaiar - levantou o garoto, estendendo a mão dele, em seguida, para apoiar a se levantar.
- Você tá falando sério? - a garota passou a examinar seus olhos encontrando alguma brincadeira e não encontrou.

Ao contrário do que imaginava quando finalmente se pôs em frente ao garoto, o viu mover os braços em semelhança ao que fazia no começo da música, inspirando a fazer os mesmos movimentos, unindo suas mãos e a rodopiando. a viu sorrindo e pela primeira vez em seus dezenove anos sentiu seu coração sendo preenchido por uma alegria que não sabia descrever. Ela nunca poderia imaginar que criaria uma conexão humana tão profunda somente unindo a música, uma dança e um olhar, mas nunca duvidaria disso, pelo menos não mais.

- Mas você sabe que vai ficar devendo algo em troca, não é? - disse quando a envolveu pela cintura unindo seus corpos.
- Sabia que não sairia dessa ilesa - sorriu soltando do garoto.

♪♫♬


1 semana depois


-
Eu não tenho dinheiro para estar num lugar desses ! Ficou doido - agarrou o braço do garoto o impedindo de continuar a andar.
- Não se preocupe, eu economizei para que a gente pudesse ter esse jantar - olhou sereno para e a puxou pela mão.

Examinou o lugar com os olhos pela segunda vez enquanto caminhava cuidadosamente, com medo de com apenas uma pisada quebrasse qualquer coisa daquele ambiente. Estavam em um dos restaurantes mais caros do centro da cidade, Cafe des Artistes, preenchido por um aglomerado de arbustos, árvores no meio das mesas e, para completar a atmosfera amazônica, alguns animais de porcelana, conquistando a calmaria e o romantismo com as lâmpadas dispostas por entre a boscagem. Sentaram-se numa mesa de canto próximo a um jardim de inverno e, pela milésima vez, passou os olhos admirando o lugar, sendo contemplada por ; porque depois de tanto tempo, o destino tinha permitido fazê-lo se aproximar da garota que ele havia passado boa parte da vida admirando. E o que ela ainda não sabia é que esse momento foi tão planejado pelo garoto em sua frente. O garçom ofereceu um vinho branco e aceitou, o garoto pediu água ao invés disso.

- Você quer me embebedar enquanto você toma água? - perguntou incrédula
- Apenas curta o momento, - apertou a mão dela por cima da mesa acalmando a garota e continuou - E além do mais, eu seria expulso pela sua mãe, antes mesmo que pisasse na varanda.
- Ela nem é tão assustadora assim. Ela te adorou! - disse revirando os olhos com o medo bobo de .
- Todas as sogras me adoram - deu de ombros e viu a menina abrir a boca em surpresa. - É brincadeira! - abriu uma gargalhada
- Quer dizer que você teve várias? - levantou as sobrancelhas colocando um enigma em sua pobre cabecinha.
- Nenhuma, talvez sua mãe seja a minha primeira - acompanhou um sorriso debochado. - Então, o que vai comer?
- Você pode escolher por mim. Eu sei que pelo seu amor platônico por mim você deve saber o que eu amo comer - brincou a garota dando língua para ele. Antes que pudesse rebater, o garçom perguntou se eles já estavam prontos para pedir o jantar. - respondeu que sim pedindo todos os pratos que uma vez - de entrada um “Aguachile de Nopal”, prato mexicano feito de camarão, submerso em um caldo temperado com pimenta, suco de limão, sal, coentro, rodelas de pepino e rodelas de cebola. O prato principal “Terrina” com bacon, da culinária francesa, é nada mais nada menos que batatas grelhadas com tiras de bacon e de sobremesa “Nube flotante de maracuyá”, um merengue fino com geleia de maracujá refrescante.

E curtiram o jantar durante toda a noite e conheceram mais um do outro enquanto puderam e pelo tempo que conseguiram. insistiu em dividir a conta com , mas ele foi irredutível e a interrompeu quando ela fez menção para mexer na bolsa.
Após o jantar, decidiram caminhar um pouco. A cidade conservava sua característica colonial com ruas de paralelepípedos desde muito tempo, casas brancas assemelhavam-se à Grécia, mas contrastavam diferente com suas telhas vermelhas - cercada de loja de souvenires e boscagem tropical, o paraíso era um verdadeiro encanto para qualquer turista que passasse por aquele lugar. Mas para nada se comparava a beleza de , de mão dadas com ela andando pela cidade, observou de rabo de olho o quão linda a garota ficava em seu vestido esvoaçante amarelo, com pele bronzeada e bochechas rosadas indicando o nível de vinho que havia consumido e não havia nada que contrastava mais com a cidade litorânea do que a beleza de uma mulher livre, de sorriso aberto e encantador.

- Mandei meu vídeo para a produção. Obrigada por ter me incentivado! - disse a garota, tirando-o de seus devaneios. Eles estavam sentados na areia de frente para o mar sentindo a brisa.
- Não foi nada. Você não precisa agradecer, eu fico feliz de estar aqui para isso! - respondeu o garoto com seu olhar terno.
- Você quase nunca me fala de você. Qual seu sonho? Porque não acredito que queira ficar nessa cidade para sempre - indagou a garota.
- Eu gostaria de ser ator! Já mandei alguns monólogos por aí, mas eu não consigo acreditar que vá fazer alguma diferença. - deu de ombros, o que deixou um pouco pensativa.
- Não diminua seu sonho por achar inalcançável. Assim como você faz comigo, eu quero te incentivar a isso. A gente pode sair desse lugar juntos! - disse com excitação, agarrando no braço do garoto.
- Obrigado, mi niña - completou olhando-a com sinceridade - Mas porque você não gosta de viver aqui, ? Olha a tranquilidade desse mar - apontou para a sua frente e a garota acompanhou sua mão com os olhos.
- Não é que não goste desse lugar, mas eu acredito dentro de mim que eu fui destinada a algo maior. As garotas da minha idade estão procurando maridos e eu só procuro minha independência. Qual o erro nisso? Eu sei que as pessoas dessa cidade me julgam, mas eu não poderia ligar a mínima para o que elas pensam - despejou todas as palavras, que não chocaram em nenhum momento, apenas confirmou o que tanto admirava nela: sua força de mudança.
- Por que tá me olhando assim? - ela tirou o olhar do mar quando sentiu o peso do olhar do garoto nela.
- Eu não canso de te admirar, niña! E a boemia te faz ficar mais linda ainda, se é que isso é possível - respondeu não tirando o olhar dela, acompanhando as covinhas da sua bochecha se mostrarem quando sua feição serena deu lugar a uma sorridente.

sentiu o olhar terno do garoto ganhar desejo sabendo o que viria a partir dali. Ela não queria admitir antes, mas desde do dia em que se sentiu observada por ele no hostel sabia que o traria para a vida. Mas ainda não havia decidido se seria um problema se apaixonar por . Ela tinha medo de se prender a alguém antes que pudesse realizar seu sonho, tinha medo quando tivesse que fazer a escolha egoísta de trocar um amor pelo sonho de uma vida. Ela sabia que isso poderia acontecer e por isso nunca quis se envolver romanticamente com ninguém, mas não dá para se esconder da vida - o amor encontra a gente e não o contrário. O garoto envolveu-a pela cintura aproximando seu corpo do dela. não desviou o olhar enquanto colocava sua mão no rosto do garoto que fechou os olhos para sentir o carinho. ao abrir os olhos encontrou os de e uniu seu lábio como se aquele fosse seu último segundo de vida. A garota passou sua mão pelo pescoço do garoto e deu mais espaço para que o beijo fosse aprofundado, seus corpos cada vez mais perto fez com que ele puxasse a garota para sentar em seu colo. Separaram os lábios por um momento para logo em seguida se desejarem ainda mais pelo olhar.
passou as mãos pelas coxas dela, levantando seu vestido, chegando na barra de sua calcinha, fazendo-a arfar entre seus lábios. se acomodou mais ainda em seu colo sentindo o volume embaixo dela a cutucar. Os lábios da garota agora alternavam entre seu lóbulo e pescoço fazendo-o gemer em aprovação. teria descoberto seu ponto fraco enquanto rebolava em cima dele. Se alguém aparecesse, ele com certeza não teria como sair daquele lugar, de tão duro que estava.

- , a gente não precisa fazer nada hoje. As coisas não precisam ser tão rápidas assim - disse o garoto, seguido de um grunhido de prazer ao sentir que os lábios da garota permaneciam no seu pescoço.
- Eu não me importo com tempo de nada, , mas eu tô totalmente entregue a esse momento. - ela disse olhando-o com luxúria. A resposta dela era tudo que precisava para finalmente se entregar ao momento. E assim o fez.

Sentiu se afastar de seu colo, abrindo os botões da sua camisa aos poucos enquanto ele tocava seus seios alternando entre chupar e massageá-los. Se livrou da sua camisa sentindo as mãos da garota por todo seu abdômen, fazendo-o tremer em resposta. deu beijos entre a clavícula da garota, passando por seus ombros enquanto ia abaixando a alça de seu vestido deixando seu colo à mostra. Viu a pele ao redor dos mamilos arrepiar, o que o fez mamar neles com toda veracidade e desejo que ele sentia por aquela garota. Passeou sua mão pelo corpo desenhado da garota, descendo até sua intimidade, sentindo-a inchada de tesão. Massageou seu clitóris por cima da calcinha e viu a coluna da garota se curvar em resposta. gemeu fazendo com que ele ficasse mais duro embaixo dela. Afastou a calcinha dela e introduziu um dedo, notando o quão molhada ela já estava. Enfiou dois dedos, massageando exatamente aquele ponto, e sentiu a garota enfiar as unhas em seu ombro demonstrando que tinha descoberto o ponto de prazer. A garota sentiu seu corpo se contrair a cada dedada que sentia. tentou descer sua mão em direção ao botão de sua calça, mas não conseguiu, gemendo o nome do garoto em seguida.

- Você quer que eu pare?
- N..ão – travou, gemendo no meio da resposta. Gale alternou os dedos, massageando o clitóris rapidamente, fazendo ela gritar e rebolar em sua mão agoniada de desejo. parou antes que ela chegasse ao orgasmo, recebendo um grunhido de chateação em resposta.
- Porra, !
- Quer mais?
- Uhum - respondeu suplicante por sexo.
A garota tratou de despir o restante de roupa que possuía no corpo. Se levantou em seguida e tirou lentamente o vestido, observando o olhar do garoto sobre ela.
- Quer ir para água? Pode ser que alguém nos veja aqui.
- Se quer realizar um fetiche de transar no mar, é só me falar, mi niña - levantou selando seus lábios, sentindo o sorriso da garota.
- Vamos! - ela correu em direção ao mar. Ele gargalhou em resposta e correu atrás dela, logo se encaixando atrás da garota, a abraçando por trás.

Assim que ambos estavam na água, a garota virou-se para ele, encaixando suas pernas na cintura dele. Sentiu o membro do garoto brincar com sua entrada enquanto beijava seu pescoço. subiu os lábios encontrando os de e beijaram-se apaixonadamente, ela rebolou contra seu quadril em nervosismo querendo ser penetrada por algo mais grosso naquela noite e ele percebeu.

- Tá nervosa, é? - olhou para a garota desesperada em seu colo.
- Para de brincar com... Aaah! - observou a boca da garota pronunciar um gemido quando finalmente a penetrou mudando sua feição de chateação para prazer intenso. Os olhos de estavam fechados enquanto a penetrava. Lento. Cuidadoso. Carinhoso. A garota sentia seu canal explodir de tesão a cada estocada do garoto que a fazia se abrir mais, rebolando contra seu quadril.
- ... - gemeu jogando seu corpo para trás em êxtase, percebendo a mudança de velocidade do garoto. Agora mais rápido, sentia seu útero cutucado por aquele pau. Ele a apertou mais contra si, mordiscando a curva do pescoço dela em sinal de excitação máxima. Apalpou sua bunda e apertou sua coxa conseguindo sentir toda vagina da garota envolvendo seu membro grosso e duro.
- Você é muito gostosa, . Geme pra mim! - grunhiu de prazer olhando-a com luxúria.
- Eu... vou... gozar - gritou soando delirada, fascinada com todo prazer que ele estava lhe causando. Nunca tinha se envolvido com ninguém e por aquele momento ela não se arrependeu de ter se entregado para o garoto em sua frente.
- Então goza pra mim, niña - ela olhou profundamente em seus olhos e não desviou deles em nenhum momento, recebendo em resposta a mesma obscenidade e libertinagem que os olhos dele jamais tinham visto antes. Sentiu a musculatura pélvica da garota tremer enquanto estocava cada vez mais fundo, fazendo-a gritar mais. Colocou a mão no clítoris dela a deixando mais enlouquecida, sentindo o gozo vindo forte e avassalador para ambos. sustentou sua cabeça no ombro de e respirou fundo, abraçando-a pela cintura. Sentiu as mãos dela passearem por seu pescoço com carinho. Levantou a cabeça e a beijou com ternura, sentindo o coração disparar misturando a emoção do sexo com o sentimento de paixão que sentia naquele momento ao olhar para os olhos amendoados da garota.


1 mês depois

leu pela segundo vez o e-mail que havia acabado de chegar.

“Muito obrigada pelo seu contato. Gostaríamos que você comparecesse à nossa empresa o mais rápido possível. O diretor Fernando Nogari já tem um trabalho para você começar. Pedimos que você entre em contato conosco respondendo este e-mail com seus dados para enviarmos sua passagem aérea.

Gratos,
B.L Dance Complex”


Finalmente tudo estava acontecendo. Finalmente. Durante todos os dias durante seus dezenove anos, essa era a única coisa que ela não tinha deixado de pensar um mísero dia sequer. Ela prontamente respondeu o correio eletrônico com todos os dados necessários e foi correndo contar para sua mãe.

- MÃAAAE! Cadê você? - gritou analisando todos os cômodos da casa.
- Estou no quintal, . - respondeu Rosa.
- Mãe! Mãe! Presta atenção no que eu vou te falar - chamou atenção da senhora colocando as mãos em seu rosto até que ela olhou para filha - Eu fui chamada para um trabalho em Los Angeles. EU VOU SER DANÇARINA PROFISSIONAL! - a feição da mãe se encheu de surpresa.

Em seguida abraçou a filha como se fosse o último abraço das duas. Seria um dos últimos por muito tempo com toda certeza. O sorriso se misturou com choro de ambas, choro de felicidade por perceber que mudariam um pouco de vida. Rosa nunca deixou de acreditar em nenhum momento no sonho da filha, apenas não queria que ela criasse falsas esperanças, mas estava aliviada por finalmente poder acreditar que não estava errada esse tempo todo.

- Tô muito feliz, meu amor. Você merece! Sempre acreditou em tudo com tanta fé. Eu amo você!
- Eu também amo você! - sorriu soltando de seu abraço.
- já sabe? Ele vai ficar triste por lhe ver ir embora. – indagou.
- Meu Deus! Eu ainda não pensei nisso. Não sei se vou ter coragem, mãe. O que eu devo fazer? Falar? - soou desesperada.
- Calma. Respire - a garota assentiu - Seja sincera, meu bem. - saindo de casa logo em seguida.

Sentada diante daquele mar esperando por , percebeu que apaixonar-se por ele era como navegar naquele oceano num barco com alguma fissura. A cada segundo a água preencheria todos os espaços lentamente daquele lugar, tentou não se afogar, mas era inevitável. Mesmo que ela consertasse aquele barco, em algum momento navegando, iria dar de cara com ondas fortes - sentimentos avassaladores - que a fariam cair no mar. Então ela deixou as ondas a levarem e aceitou o amor que chegou para ela de forma repentina. Sua cabeça não conseguia processar as informações de ter que acabar o relacionamento que tinha acabado de começar e mudar para outra cidade onde não conhecia ninguém. A linha tênue entre contar e omitir a informação estava clara e só olhando nos olhos de saberia o que fazer em relação à notícia que acabara de receber. Ela nunca esperou que haveria um no meio de sua despedida. Não queria despedaçar corações. Principalmente o dele que havia com tanto cuidado preenchido o dela.
Observou o garoto caminhar em sua direção deixando seu barco de pesca um pouco afastado e sorriu ao vê-lo mais de perto.
- Oi, niña - disse dando um selinho nela, sentando ao seu lado. puxou seu rosto e o beijou novamente, já tentando matar a saudade que sentiria. Ele abriu um pouco os lábios dando espaço para aprofundar o beijo. A garota entrelaçou suas pernas nas dele enquanto ele fazia carinho nela, sentindo o corpo dela arrepiar com toque. Ela tentou não soltar por um bom tempo tentando aproveitar cada momento que ainda tinham juntos.
- Eu só tava com saudades - sorriu olhando para os profundos olhos do garoto.
- Não estou reclamando nenhum pouco - gargalhou o garoto, apertando as coxas dela. - Alguma novidade? - perguntou. A garota se mexeu um pouco desconfortável, mas ele não foi capaz de perceber e recebeu um balançar de cabeça negativo - Não preocupe sua linda mente. Você vai receber logo, logo.

se aconchegou em seu abraço e sentiu-se segura nele. Encarando o mar. Sentindo seu coração pulsar de nervosismo.

- Por que você acredita tanto em mim? - perguntou encarando os seus olhos castanhos.
- Não está mais que claro? - colocou alguns fios soltos atrás da orelha da garota enquanto ela se contorcia na mão do garoto, sentindo o polegar acariciar seu rosto.
- Mas eu preciso que você me fale - suplicou com os olhos.
- Porque eu amo você - a garota sorriu.
- Eu também amo você - ela disse e foi de encontro com os lábios dele novamente. Aproveitando e permanecendo ali o tempo que podia.

♪♫♬

- O QUÊ? - gritou Mabel dentro do quarto quando recebeu a notícia.
- Eu vou para Los Angeles, amiga! - elas se abraçaram e pularam ao mesmo tempo
- Eu tô muito feliz por você. Você vai ter muito sucesso, esse é só o começo de tudo!

Eram amigas desde berço. A mãe de Mabel e eram amigas e tiveram as garotas na mesma época. Nunca se desgrudaram desde o nascimento, até as festas de aniversário eram sempre as mesmas. A amiga sabia de absolutamente tudo da vida de e desde já sentia falta da sua amiga.

- E você já sabe quando vai? - Mabel perguntou
- Ainda não recebi as passagens.

Naquele momento, o celular de vibrou indicando o recebimento de um novo e-mail, “B.L Dance Complex" estava escrito no contato. Suas mãos suaram frio imediatamente em sinal de nervosismo. Abriu imediatamente arregalando os olhos ao ler o anexo.

- Eu vou essa madrugada - olhou para amiga com olhos marejados
- Já? - a garota assentiu.
- E ?
- Eu não consegui contar e eu me despedi da forma que consegui.
- Amiga, acho que ele merece mais que isso.
- Não precisa me falar o que eu já sei, Mabel - bufou em resposta.
- Tudo bem, não precisamos brigar no seu último dia.
- Obrigada. Vou contar a minha mãe. Você me ajuda a arrumar minha mala? - Mabel assentiu. retirou a mala do armário e começou a jogar as roupas na cama. Foi falar com Rosa, e deixou a amiga arrumando tudo, e recebeu a notícia com um semblante triste - mas muito feliz por tudo estar acontecendo de forma rápida - foi o que respondeu, acalmando o coração da filha.

A garota não teria coragem e agora muito menos tempo para se despedir de , então decidiu escrever. Palavras escritas, muitas vezes, são melhores do que faladas. Tentou ser direta, sincera e completamente vulnerável. O que era algo que nunca tinha sido em nenhum momento na sua vida antes de conhecer o garoto. Se sentiu culpada, fraca e escreveu tudo o que precisava ser dito.

- Mãe, eu quero que você entregue esse bilhete para . Não consegui dizer a ele que estou indo embora e quando ele me procurar quero que você entregue isso a ele - estendeu o papel para Rosa.
- Ele gosta muito de você minha filha.
- Eu sei, e é por isso que não consigo fazer isso.

Naquela noite esteve ao lado de sua melhor amiga e sua mãe, antes de sair de casa sem saber quando seria a próxima vez que voltaria. Naquele dia, não teve mais dança para entreter o vilarejo e turistas. Era tudo sobre ela e suas conexões mais importantes. Ninguém poderia falar quão egoísta ela estava sendo por simplesmente ir embora, as pessoas não entendem os sonhos de outros. Apenas sabia o que estava sentindo e ela tinha todo direito sobre as escolhas, porque a vida era somente dela.

Do lado oposto daquela casa, pensava em fazer uma surpresa para a namorada. Não era todos os dias que ele ia até o hostel ver , mas como hoje tinha sentido a garota emotiva achou que ela ficaria feliz se ele aparecesse para vê-la. Ao chegar, não a viu e perguntou a algumas pessoas onde ela estava. Todos responderam que ela não tinha comparecido ao trabalho, o que ele estranhou, mas seguiu para a casa da garota para entender o que estava acontecendo. Subiu na moto e chegou em frente à varanda em poucos minutos. Bateu na porta, se surpreendendo com quem havia atendido - sua mãe, ela nunca atendera a porta em nenhuma das vezes em que esteve ali, mas só sentiu que tinha algo errado no momento em que viu a feição da mulher chorosa e triste.

- A senhora está bem? - não hesitou em perguntar.
- Não - fez questão de abraçar Rosa.
- O que houve? Cadê a ?
- Ela se foi, . Ela conseguiu o trabalho e deixou isso aqui para você - estendeu um papel para ele.
- Ela foi sem falar nada? Como ela teve coragem?
- Foi justamente por falta de coragem, mas saiba que você foi muito importante para ela. amava você, .

Pegou o papel em sua mão, andou até a praia, sentando em seguida e admirando o mar, no lugar onde diversas vezes ele havia admirado a garota por quem sempre fora apaixonado. As coisas entre eles eram tão leves e estava tudo caminhando tão bem que nunca imaginou ser apunhalado pelas costas. Não era o fato dela ter ido embora, porque ele sempre a encorajou e sabia que um dia ela conseguiria tudo que almejava, mas a garota nem sequer teve coragem de dizer adeus. Finalmente saiu de seus pensamentos e teve a coragem de ler o papel que estava em suas mãos.

“Meu , eu sei que deveria estar falando tudo isso na sua frente, mas eu não conseguiria. Eu sou covarde e eu aceito esse adjetivo. Nunca fui boa com sentimentos, mas você fez despertar algo em mim que eu não sabia que existia e eu serei eternamente grata pelo tanto que me amou em tão pouco tempo. Me senti amada pela primeira vez na vida e não sei se encontrarei algo tão forte, sincero e terno quanto seu amor. Obrigada por me amar e me dar a chance de te amar. Você é um homem maravilhoso e eu tenho certeza que encontrará uma mulher que te ama muito mais do que eu pude. Eu espero que você tenha uma vida feliz e alcance todos os seus sonhos, eu acredito muito em você. Me perdoa e por favor, vê se não me esquece.

Tu niña”


6 meses depois

Los Angeles estava quente naquele dia, o que lembrou a o clima de sua cidade natal. Aquilo aquecia seu coração de tal forma que se sentia em casa numa cidade onde se sentia sozinha a maioria do tempo. As amizades na cidade dos anjos eram diferente do que ela conhecia, eram superficiais, principalmente no meio onde ela vivia, mas conseguia interagir com as pessoas que sempre a tratavam bem no ambiente de trabalho, como sua maquiadora. Chegou no estúdio da gravação do dia e foi direto para a sala de maquiagem, passando pelos corredores distribuindo sorrisos e bom dias como sempre fazia.

- Oi, Mel! Me deixe linda, por favor - sorriu sentando.
- Você nem precisa de nada, garota! Olha, tenho uma fofoca para te contar.
- Diga!
- Tem um cara tão gato no set de gravação! Acho que você vai contracenar com ele.
- Jura? Como ele é?
- Ah! Eu sou péssima para descrever isso, mas ele é gato! - gargalharam e ela continuou a maquiagem.

Foi para o camarim e se trocou rapidamente porque a maquiagem demorou o suficiente para atrasá-la. Caminhou até o set de gravação e viu de costas o homem que a maquiadora havia citado, o achou parecido com alguém, mas só teve certeza disso quando ele virou o corpo em sua direção, logo após escutar do diretor que sua dupla de trabalho do dia havia chego. O destino tinha maneiras inusitadas de pregar peças em nossas vidas e aquela era mais uma, principalmente com duas pessoas apaixonadas.

- ?
- ?

permaneceu seu olhar no dele e o observou admirada assim como na primeira vez que o viu. Enquanto uma sucessão de eventos de emoções passava por seus olhos, ela sentia tudo que sentia por voltar como uma avalanche. Paixão. Tesão. Ternura. Calor. Calmaria. E nem mesmo o término dos dois mudou a expressão de felicidade iminente que surgiu no rosto de ambos naquele momento.

- Vocês se conhecem?
- Sim - responderam ao mesmo tempo e trocaram olhares sorridentes.


FIM



Nota da autora: Meu primeiro MV NASCEEU! Estou muito feliz por essa conquista. Me contem o que acharam nos comentários. Ficarei muito feliz em ouvir surtos, sugestões ou qualquer coisa que lhe vier à cabeça hahaha.
Beijos <3


Outras Fanfics:
Dancing Chain


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