Última atualização: 13/02/2018
Music Video: K. Will - Please Don’t...

Capítulo Único


Encontros no carro não eram a melhor forma de ter encontros sérios, mas, naquele momento, era mais do que o suficiente para a conversa que queria que tivessem. Estavam parados no mercado de um restaurante fechado e vazio, o que era normal, já que passavam das duas e meia da manhã. Ela lhe ligara em completo desespero e choro, com a voz embargada, mas agora estava quieta como se não estivesse sentada ali ao seu lado.
Não havia música tocando, não havia nem um suspiro e, até mesmo que tivessem com as janelas abertas, nem mesmo um grilo podia-se ouvir do lado de fora do carro. Parecia que ninguém queria quebrar o clima tenso que estava entre os dois, pois nenhuma alma passava naquela rua para distraí-los. Eram apenas os dois naquele momento.
– Por que você estava chorando, ? – perguntou depois de diversos minutos parados, em silêncio, um esperando o outro ter coragem de falar primeiro.
Ela ainda não estava pronta, o que fez questão de demonstrar ao virar o rosto para o lado da janela, apenas para observar o vento de verão balançar lentamente as árvores próximas. Estava uma noite quente, e o calor entre os dois aumentava mais a cada segundo o qual não conseguiam agir normalmente um com o outro, resultando que a testa de ambos começava a ficar levemente molhada.
Mais um tempo passou com eles em silêncio, até que o não aguentou mais e colocou a mão em cima da mão esquerda da garota, segurando-a delicadamente. Ela se assustou com aquela ação, virando para encarar o rapaz e puxando um pouco sua mão para trás, mas ele a segurou e não deixou com que a afastasse. mordeu o próprio lábio inferior, nervosa, e então respirou fundo antes de criar coragem de falar.
Mesmo que soubesse que tinha que ouvir aquilo, ele não queria. Sua vontade era de pedi-la para não falar, porque ele já sabia, mas não tinha opção alguma a não ser ficar quieto. Sabia que, depois daquele dia, nunca seria como antes, por mais que ela dissesse que podiam ignorar o que estava acontecendo.
– Oppa… – a voz embargada da garota começou a sair, enquanto os olhos dela brilhantes lhe encaravam.
lhe encarou, e aos poucos as lágrimas se acumulavam no canto de seus olhos e desciam sem permissão da menina, até que ela simplesmente abriu a porta do carro e saiu correndo, virando pela esquina como um raio e deixando o rapaz completamente chocado, tentando ligar o motor para segui-la.

* * *


Aquela visão de chorando daquela forma no carro ainda o perturbava, principalmente quando estava voltando do trabalho e via o assento ao seu lado vazio, mas parecia que o perfume dela daquele dia estava impregnado eu seu banco, mesmo se já houvessem passado meses que a situação acontecera. A realidade é que não parecia que era apenas o cheiro dela que estava ali, mas às vezes era como se pudesse vê-la, de lado no banco, sorrindo enquanto o observava dirigir calmamente.
Ela o amava e nem mesmo disse isso naquele dia, mas sabia. Era difícil, o que podia fazer se não a amava da mesma forma? Ela era como uma irmã mais nova para si.
Suspirou, sentindo os olhos molharem. Dera tantas voltas com o carro ao redor daquela rua, mas finalmente chegou na casa da garota e teve coragem de descer do carro. Não era como se não tivessem se falado desde aquele dia, porque tinham, mas fingiram que nada tivesse acontecido. Mas o não conseguia mais esconder o seu incômodo com aquilo, não conseguia deixar as coisas mal resolvidas daquela forma.
Foi por isso que tocou a campainha na casa de , mesmo que já fosse um pouco tarde, respirando fundo algumas vezes. Estranhou ao ouvir uma voz masculina vinda de dentro da casa e, então, uma feminina, perguntando-se com quem a estava, sendo que já era tarde para visitas ficarem na casa dos outros. Acabou arqueando uma das sobrancelhas para si mesmo em dúvida. Sabia que nesse tempo acabaram afastando-se um pouco, mas se ela tivesse arrumado um namorado lhe contaria, não?
Qual foi a surpresa do garoto ao abrir a porta e encontrar parado lá com uma roupa casual, cabelos bagunçados e cara amassada de quem havia acabado de acordar? arregalou os olhos, assustado. Aquilo não podia estar acontecendo… Desde quando os dois eram tão próximos?
– Oi, . – cumprimentou em seu estado natural de desânimo e sono, fazendo o acordar daquele devaneio e sorrir de canto.
– Oi! Quase achei que tinha vindo na casa errada, não esperava te ver aqui. – o coreano forçou um sorriso sem graça, arrancando um balançar de ombros de , mas, antes que ele respondesse, foram interrompidos.
– JIMIN! – parecia genuinamente feliz de o ver ali.
Ela queria ser pega com seu melhor amigo? Não estava entendendo bem, e entendeu menos ainda quando ultrapassou o no caminho e lhe abraçou fortemente.
– O-Oi, Hye… – respondeu um pouco assustado com aquela empolgação, mas a apertou nos braços mesmo que fraco.
O perfume da garota, o mesmo que estava impregnado em seu carro, subiu em suas narinas e fez seu coração acelerar levemente. – Eu estou atrapalhando?
– Claro que não! Você nunca atrapalha. – a empolgação da garota era tão verdadeira que, a cada segundo, desanimava mais o . – Nós só planejamos assistir alguns filmes e comer pipoca até o dormir, ou seja, assim que ele terminar a pipoca.
A garota se afastou um pouco, um alívio para , que pôde respirar longe de seu perfume mesmo que ele ainda estivesse lá, apenas um pouco longe de si. Hesitou um pouco, mas acabou entrando e fechando a porta logo depois. já estava largado no sofá, da mesma forma que o vira tantas vezes em sua própria casa quando eram mais novos.
– Senta! Você vai ficar com a gente hoje, não é? Sentimos falta da sua presença. – a falou com um pequeno bico nos lábios, indo para a cozinha, onde podia escutar os estouros das pipocas.
– Na verdade, eu só passei aqui para ver como você est...
– Eu não aceito “não” como resposta, ! Você quase nunca aparece, eu não posso te deixar ir tão facilmente quando te vejo. – ela riu um pouco baixo enquanto desligava o fogo.

– Por favor! – ela virou a cabeça para trás em um aegyo que sabia que o desarmava, e ele não pôde dizer nada além de assentir positivamente com a cabeça e ir até o segundo sofá vazio, sentando-se.
O nervosismo estava nítido na forma que estava sentado ali, esfregando insistentemente as mãos nos joelhos da calça social com tanta velocidade que, mais um pouco, elas ficariam desgastadas. Aquilo não passou despercebido pelos olhos meio fechados de , que suspirou e sentou no sofá do lado mais próximo ao garoto.
– Eu ia te contar antes, mas você praticamente não atende nossas ligações. – “Nossas ligações”? Eles já estavam naquele nível…?
– Quanto tempo faz? – perguntou baixo, aproveitando que estava distraída o suficiente pegando copos e refrigerante para perguntar.
– Começamos a conversar naquele dia e acabamos nos dando bem. – o explicou e arregalou os olhos.
Sabia bem que dia era aquele, mas não conseguia acreditar…
– Fico feliz por vocês.
– Vamos escolher qual filme vocês querem!
Eles passaram praticamente todo o filme calados, e os comentários, se vinham, eram apenas por parte de , com respostas sonolentas e monossilábicas, tanto de , quanto de . Quando esse primeiro subiu ao quarto de hóspedes, colocou algumas roupas limpas, que inclusive eram suas – inclusive, desde quando havia deixado roupas na casa da não se lembrava – e deitou na cama porque mandou. Foi difícil conseguir pegar no sono.
Só pensava no dia que dissera que eles começaram a conversar, e fora no seu aniversário do último ano. Por mais que fosse amigo dos dois há muito tempo, nunca tivera oportunidade de fazê-los se conhecerem até que a garota organizara aquela festa surpresa para si e provavelmente, de acordo com sua mãe, chamou todos que eram próximos de si. Lembrar disso o fez voltar a pensar naquilo que martelava na sua cabeça… não era apaixonada por si…?
Não, na verdade ela nunca disse isso. Era só o que suspeitava, mas a amiga nunca se declarou, como podia ter certeza? Mas agora realmente lhe incomodava. Talvez, por medo, ela não falou e resolveu seguir em frente? Como ela poderia saber como seria sua resposta? De alguma forma, vê-la com estava lhe incomodando e fazia seu coração doer.
Depois de um tempo, acabou vencido pelo cansaço e acabou dormindo tão profundamente que apenas acordou com o cheiro de café em seu quarto e alguns cutucões delicados em seu braço. A primeira visão que tivera em seu dia fora sorrindo, vestindo uma camisola larga e de alcinhas com estampa de gatinho.
, vou deixar seu café aqui, tá? Você tem que trabalhar daqui a pouco, não esquece. – a garota falou em um tom de voz suave, deixando um pequeno suporte em cima do criado mudo ao lado da cama.
Ela saiu logo depois disso, apenas deixando-o com a realidade e waffles. Respirou fundo algumas vezes, vendo que a amiga também deixara uma toalha e suas roupas da noite anterior dobradas em cima de uma cadeira na frente da escrivaninha encaixada em uma das paredes.
Tomou um banho e comeu rapidamente, arrumando-se. estava certa, e não podia demorar muito ou acabaria atrasando-se, então desceu as escadas apenas para encontrá-la sentada no pé desta, com o rosto apoiado na palma das mãos.
suspirou, mas desceu alguns degraus e sentou no mesmo que ela, ficando seu lado. sorriu largamente ao ver isso, encostando a cabeça em seu ombro e fechando os olhos.
– Por que você veio aqui ontem, ? Não foi por que estava com saudades, não é? – ela perguntou calmamente.
– Por quê? Eu não posso sentir saudades? – franziu o cenho ao perguntar aquilo, arrancando uma risada da mais nova.
– É claro que pode, mas você poderia só ter ligado. Eu sei que tem alguma coisa de errado aí. – cutucou levemente a cintura do para provocá-lo e aparentemente deu certo, já que a expressão dele mudou assim que sentiu o contato.
– Mas você… – reclamou entredentes, já tentando agarrar a garota para se vingar em cócegas, mas, antes que pudesse o fazer, a levantou e saiu correndo.
O coreano a imitou, mas foi só sair de seu lugar na escada que viu escondida atrás de , que ostentava aquela cara de sono tão característica sua, parado entre os dois. Arregalou um pouco os olhos, dando um passo para trás e controlando seu ímpeto de agarrar a garota, passando uma das mãos no cabelo.
– Estou saindo, vou para casa. – falou para os dois, virando-se para trás para bagunçar levemente os cabelos da namorada e segurar seu queixo, beijando-a delicadamente antes de ir até o sofá, procurando sua mochila.
– E eu estou indo trabalhar, se quiser uma carona…

* * *


Achava que era uma coisa boba, um caso passageiro entre os dois. Esse caso passageiro já estava durando pouco mais de seis meses, e não parecia que eles terminariam tão cedo. se sentia mal por torcer pelo fracasso do relacionamento dos dois, mas como podia controlar os sentimentos em seu coração? Toda vez que a via nos braços dele, um pouco de seu peito rasgava.
Não entendia bem o porquê tanto incômodo, afinal tivera tanto tempo para descobrir se gostava ou não de e só percebera agora que a ver com outra pessoa doía tanto, principalmente com alguém que tinha tanto contato quanto . Como estavam acostumando-se a fazer sempre que podiam, estacionava na porta da casa da amiga apenas para encontrar os dois carros próximos. Respirou fundo, querendo criar coragem de descer do automóvel.
A presença de e de não era mais tão agradável quanto fora um dia. Ainda amava os dois, eram seus amigos e lhe ajudaram diversas vezes quando precisou, mas não conseguia não pensar o quão torturante era vê-los abraçados daquela forma enquanto viam filme, quando era ele que queria estar naquela situação.
Quando bateu na porta e a abriu, havia algum ar diferente na face dos amigos. Eles estavam ansiosos. estava sentado no sofá, ao invés de deitado, olhando para porta como se estivessem lhe esperando há muito tempo. Encarou-o por alguns segundos como se pudesse questionar o problema apenas com olhares, mas então entrou um tanto hesitante, desviando o olhar para a sua frente, que sorria largamente, indo se sentar.
– Antes de nós começarmos com os filmes, a gente quer contar uma coisa para você! Vem, senta!
Aquelas palavras quase o fizeram congelar após trancar a porta da casa, mas ele calmamente concordou com um sorriso sem graça e andou até a poltrona de frente para o sofá que o casal estava, olhando-os e tentando descobrir através daqueles olhos felizes o que queriam dizer.
– E então…? – não resistiu e perguntou após um minuto em silêncio total, sentindo o corpo tentando aliviar seu nervosismo balançando sua perna esquerda violentamente.
não esperou mais que um segundo para erguer a mão com a aliança de noivado brilhando no dedo, que fez o encarar o anel completamente sem reação, com a face pálida que assustaria caso os recém noivos não imaginassem que ele ficaria chocado. desviou o olhar para por um minuto e o viu aos poucos erguendo a mão também para mostrar que usava um mesmo anel no mesmo dedo.
– Eu e o ficamos noivos! Ele me pediu em casamento nesse fim de semana. Nós queríamos te contar pessoalmente, por isso esperamos. – a explicou, esperando que ele não ficasse bravo por causa disso.
Mas parecia que a ficha dele não caíra ainda, e piscava repetidas vezes, tentando acordar daquilo como se fosse apenas um pesadelo e, em uma dessas piscadas, voltaria naquele dia em que ouvira o celular tocando de madrugada e atendera chorando.
– Eu acho que é meio chocante para ele porque nós namoramos pouco tempo. – realmente chamava aquele relacionamento de namoro? não conseguia reconhecer seu amigo. – Mas nós temos certeza do que queremos. Eu sei que a é a pessoa que eu quero passar o resto da minha vida, e obrigado, porque foi através de você que eu a conheci.
O até mesmo deu um sorriso doce ao terminar suas palavras, que foi cortado pela exclamação e um selinho da garota, que havia achado aquela declaração a coisa mais fofa que já ouvira. , por sua vez, continuava em outra realidade, principalmente após aquilo.
– I-Isso foi rápido, nossa… Mas é muito bom para vocês! Quer dizer, eu acho melhor eu tomar um banho para digerir melhor a informação, e nós conversamos melhor quando eu descer! – ele não deu nem mesmo um segundo para que o impedissem, saiu correndo até as escadas, que subiu como um raio, sentindo-se completamente perdido ao chegar no final dessa.
Eles não podiam mais lhe ver do outro andar, então deixou seu corpo escorregar pela parede, afundando as mãos entre seus cabelos.
arregalou os olhos com aquela reação, mas antes que pudesse pensar demais, suspirou e se levantou.
– Eu vou comprar uma coisa para a gente comer. Conversa com ele, ele só deve estar preocupado com a gente. – beijou levemente a testa de antes de levantar e então sair pela porta.
Ela teve de tomar coragem para conseguir fazer o que o noivo tinha pedido. De repente, conversar com não era mais tão simples quanto antes, como se fossem pessoas diferentes, totalmente desconhecidas uma para outra. Ela estava confusa com aquelas ações do mais velho.
achava que ficaria feliz de ter seguido em frente, assim ele não precisaria se preocupar se estava sofrendo por sua causa. Poderiam voltar a ser amigos como antes, apenas melhores amigos sem nada entre eles impedindo-os, mas parece que errou ao pensar isso, já que a cada dia o estava mais estranho. A cada degrau que subia, soltava um suspiro, surpreendendo-se ao encontrar o garoto largado assim que chegou ao fim da escada.
…?
– Desculpe-me, . Eu realmente achei que… – aos poucos o começava a sussurrar, os olhos cobertos pela mão que ainda estava em sua testa.
– E-Ei, por quê? O que está acontecendo? – a menor não pôde esconder sua preocupação, agachando ao lado do rapaz para segurar sua mão e tentar achar seus olhos no meio dos cabelos bagunçados.
– Eu achei que fosse coisa da minha cabeça, mas… Quando eu percebi que eu tinha te perdido, eu percebi o quanto eu te queria…
Aquelas palavras foram um completo baque no coração de , que não soube o que sentir além de ódio; ódio de si mesma. Mas se controlou, não era momento para que se martirizasse por ser uma pessoa ruim, e sim de conversar com para que ele organizasse seus sentimentos e pensamentos.
– Oppa, não… Você sabe que não é assim. Como eu posso te dizer isso? – mesmo que soubesse exatamente o que ia falar, dessa vez ele queria ouvir. Apenas ouvindo aquilo e sabendo que ela o amava de verdade conseguiria seguir em frente. – Eu não te amo mais. Não daquele jeito, é tarde demais. preencheu todos os espaços do meu coração, oppa, desculpe-me. – os olhos de se encheram de lágrimas, a última coisa que ela queria era magoar .
… Não precisa chorar…
– Precisa sim… Mas você tem certeza de que você me ama? Você não está enganando-se, ? Você não está com medo de perder seus amigos? Porque isso não vai acontecer. – tentou argumentar, passando as costas das mãos pelos olhos para impedir as lágrimas.
Talvez ele só estivesse com medo de perder os dois melhores amigos.
– Eu sei o que eu sinto, e toda vez que eu te vejo nos braços dele, eu quero te tirar de lá o mais rápido possível… Eu não aguento isso. – fechou o punho da mão que a garota não segurava, batendo a cabeça contra a parede levemente uma vez.
– E-Eu… Não sei o que dizer. Desculpe-me… – abraçou de uma forma meio torta e lateral, fazendo com seus cabelos ficassem próximos ao nariz dele.
O sentiu aquele cheiro… Mas ele era diferente do que estava em seu carro. Desde quando a menina havia o trocado…?

* * *


Estava novamente parado no banco do motorista do carro, acelerando sem nem mesmo pensar se passara ou não do permitido por lei para aquela rodovia. Sabia que era errado, mas não conseguia evitar, seu estado mental não lhe deixava pensar nisso no momento, e seu pé, a cada segundo, afundava-se mais na alavanca que ativava o acelerador.
Como poderia evitar? Acabara de sair de lá, do casamento.
Tudo passava como um flash de memórias em sua mente, como se a própria estivesse ao seu lado no carro, narrando todos aqueles dias. O dia em que estava no carro com ela, e a quase declaração; o dia em que aparecera na casa da garota e encontrara lá pela primeira vez, o noivado…
E agora a cerimônia de casamento.
Ela narrava calmamente a hora que desceu as escadas com o vestido de noiva e o véu, consigo esperando-a no fim dos degraus para vê-la primeiro, a hora que entrou no altar, a hora que disseram para quem era contra levantar a mão… Ela até mesmo narrou a hora em que estava na sacada e veio lhe chamar.
queria uma foto dos três, uma Polaroid que agora estava em seu bolso. pegou em sua mão para lhe puxar até onde a noiva estava e tirarem a foto juntos. Não pôde recusar. Ao pensar naquela cena, viu que passava dos cento e cinquenta na estrada. A garota no carro, ao seu lado, ao menos que imaginava estar ao seu lado, estava assustada e pedia para que parasse.
E foi isso que fez. ligou o pisca-alerta do carro e parou no acostamento, olhando para a menina assustada ao seu lado. Ele tentou aproximar a mão de seu rosto para acalmá-la, pedir desculpas pelo que estava fazendo… Mas, antes que conseguisse aproximar demais o toque, ela sumiu.
Ficou alguns segundos olhando para o banco, sentindo aquele cheiro diferente… Acabou buscando a foto no bolso do paletó do smoking que usava. Ela estava no meio, sorrindo brilhantemente com um braço entrelaçado com o seu e o outro com o seu, agora, marido. Passou o dedo por aquele papel, a realidade lhe batendo na cara.
Rasgou a foto, deixando apenas si e , um ao lado do outro, sorrindo. Disfarçara bem sua tristeza com um belo sorriso no rosto… Ficaram ótimos daquele jeito. Mas ele aos poucos aproximou a parte que havia arrancado, deixando-a ao seu lado na fotografia.
sabia. Ele sempre soube, por mais que não quisesse e quisesse esconder. Sabia que aquilo seria julgado errado. Ela estava certa quando disse que estava enganando-se. Era mais fácil aceitar se estava apaixonado pela garota perfeita e delicada que era, sem defeito algum aparente. Mas não era daquele jeito que funcionava.
Parecia que estavam de braços entrelaçados quando encaixava a fotografia, e era daquela forma que deveria ter sido, porque sabia que aquele perfume que estava em seu carro e lhe perturbava daquela forma não era o de .


Fim.



Nota da autora: Olá Xuxus! Como vocês estão? EU ESPERO QUE ESTEJAM BEM CHOCADAS COM O FINAL AUHAUHAUH claro que pra quem já viu o MV – vulgo todo mundo acho eu, HINO DE MV K.WILL EU TE VENERO – é um final bem óbvio, e foi por isso que eu quis mudar algumas coisinhas pra tentaaar enganar vocês um pouquinho, consegui? XD
Obrigada a minha melhor amiga Calisto que quando eu pedi pra ela escolher um MV pra eu me inspirar, me indicou esse. Espero que você tenha gostado, nenê e espero que todo mundo tenha gostado também! ? O processo criativo dessa fic foi mais simples do que eu achei, porquê sinceramente eu estava morrendo de medo de escrevê-la, hahaha então se você gostou do resultado, me deixe saber! Obrigada por ter lido até aqui.
Se quiser falar comigo, é só me procurar no Twitter!
E caso tenha gostado e queira ler alguma outra coisa minha, eu estou com uma long fic em andamento sobre romance e distopia.





Outras Fanfics:
Trespass

Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


comments powered by Disqus