Capítulo Único
É cruel relembrar meu passado, mas eu tinha que lembrar tudo que ele me fez, doeu ouvir aquelas palavras rudes, aliás, os piores resultados sempre vão vir de quem nunca desejamos, certo? Posso dizer que depois da experiência de rejeição, minha autoestima subiu para não deixar ninguém mais pisar sob mim, eu cresci, e agora tinha 23 anos, fui treinada pelo melhor agente do FBI, o Sr. Austin Dustin, e estava com o destino de San Diego em mãos, tudo dependia de mim, era agora ou nunca...
– Atira, ! – surgiu com os carros da polícia e gritou segurando sua equipe atrás de si. – Lembre-se do mal que ele lhe fez! – engoli em seco, tinha razão, eu precisava atirar contra ele. – Não importa o que aconteça, atira agora!
– Você não vai fazer isso, . – sua voz penetrou meus ouvidos. – Gostou do que lhe ensinei, não gostou? – começou sua caminhada, segurando o TNT. – Eu lhe ensinei o desejo, o prazer, o sexo e até mesmo o beijo...
– Cala a boca! – gritei, ele iria mesmo revelar nossa intimidade.
– Não é justo jogar desse jeito. – provocou, se aproximando, me encarando com seus hipnotizantes olhos . – Eu levei você para a cama. Mostrei seu dom de dominadora, lhe apresentei o melhor lado do sadomasoquismo. E agora você simplesmente... – piscou, abaixando o olhar para a arma em minhas mãos trêmulas. – Pega essa arma e ameaça a atirar? – abriu um sorriso cínico. – Não estou a reconhecendo, ! Vou precisar lhe algemar de novo?
– Cala a boca, desgraçado! – não me contive e parti para cima dele.
– , não! – gritou e agiu rápido, fazendo todos se surpreenderem. – Não... – emitiu alto quando a bala já tomava posse de meu subconsciente, abaixando sua arma.
O sangue que escorria através da perfuração cometida, em meados, próximo do coração, estava sendo de fato a dor mais dolorosa que já senti durante a luta para manter minha equipe segura. Tudo foi jogado pelo ralo, e tudo era culpa daquele inútil sentimento doentio que ainda conseguia nutrir por aquele doente mental!
Mas para entender melhor o que de fato aconteceu e a razão do acontecer, irei lhe contar o início, o meio e o fim de minha jornada... Só acredite, não será nada romântico ou cheio de amor.
Prazer, meu nome é e o que vão ler agora... É a minha história!
(...)
Começarei no baile da primavera, lembrava-me da data como se fosse ontem. 23 de abril de 2008, tinha apenas quinze anos de idade, uma mera adolescente gordinha, nerd, tímida e diferente. Ah, não posso esquecer-me de mencionar que também era excluída pelas pessoas.
Meus únicos amigos naquele colégio carregado por mimados e filhinho de papai, recebiam os nomes de Émile Joyce, Kauã Jorge, Joker Maine, Rafael Ferraz e Thiago Campbell, sim, uma única menina porque era mais aceita pelos meninos. Nunca tive afinidade com garotas desde pequena, sofri bullying por quatro anos seguidos, mas tive uma vantagem nisso, se não fosse pelo bullying, nunca teria conhecido Thiago e Rafael.
Se a pergunta for, Thiago Campbell e Rafael Ferraz são considerados seus melhores amigos? A resposta é bem óbvia, que era um sim.
Por quê? Boa pergunta, mas isso não importa.
Começou quando Samantha Joffrey iniciou uma briga sem motivo algum contra mim, suas mãos agarraram em meu pescoço querendo me deixar sem fôlego, mas quer saber, na verdade tinha sim um motivo, ele tinha nome e sobrenome: .
, , um garoto cuja idade era dois anos mais velho que eu, já estudava o terceiro ensino médio, a última etapa antes de seguir para uma faculdade. Seu jeitinho badboy sempre deixava claro seu comportamento de garanhão pelos corredores, seus cabelos tinham um brilho único e intensivo, seus olhos me faziam gelar e seu sorriso fazia das minhas pernas, bambas.
Ele era meu sonho de consumo adolescente, e também era o motivo do qual me envolvia em brigas!
Samantha Joffrey, naquele dia que ficou marcado em minha história, era considerada a "namorada" dele, se é que esse pudesse ser o termo certo a se usar. Eu caminhava pelo corredor em busca de meu armário onde guardaria os livros de literatura para poder seguir com as aulas de história e biologia com o notebook, mas quem disse que consegui assistir minhas aulas de matemática?
– Você não se enxerga mesmo. – eu revirei os olhos enquanto guardava meus livros. – Já mandei tirar as ilusões da cabeça, imbecil! – suas amigas Rachel e Joye riam. – Samantha, eu não sei do que você está se referindo. – fui sincera, aliás, nem sequer havia mais olhado para com medo das consequências.
– Sabe sim, infeliz! – fechou a porta de meu armário, batendo com a mão nos livros que segurava. – Você vai ficar longe dele. – começou sua bronca, agarrando os cabelos de minha nuca. – Nunca mais quero ver vocês juntos! – sussurrou, se referindo ao trabalho de geografia que foi planejado entre os alunos do primeiro e terceiro ensino médio, já que a matéria era idêntica, do qual eu não tinha culpa do professor ter escolhido justamente ele para ser minha dupla.
Eu tinha pouca sorte em momentos como esse. Toda vez era sempre a mesma coisa... Samantha sentia ciúmes de e vinha descontar em mim, pois sabia do quanto valia meus sentimentos por ele, que de fato, agora, depois de tudo, queria nunca ter nutrido.
– Samantha, solta ela! – se interviu, empurrando-a para longe de mim.
– Vai defender as baleias agora, ?– eu não sabia para onde olhar, quando virou em minha direção.
– Vamos. – ordenou, me empurrando de lado, ignorando Joffrey. Seja lá qual fosse a intenção dele, eu estava concentrada demais olhando em seus músculos e ombros.
E que músculos!
Tudo em seu corpo era certo e do tamanho exato para sua idade, ele tinha apenas dezessete anos, como era possível possuir tanta estrutura gostosa? O que eu estou dizendo? Claro que ele era gostoso, mas a carne não era minha, queria que isso tivesse seguido a regra, pois justo quando não pretendia mais pensar naquele corpo, simplesmente já o tinha contra o meu, mas isso é uma afirmação do qual vou comentar mais além...
O máximo que pude fazer naquela quarta-feira... Estranho minha jornada não se iniciar numa segunda-feira igual muitas histórias dramáticas, não? A resposta para essa pergunta é simples e fácil: foi a partir dessa quarta-feira que ocorreram os fatos mais importantes e relevantes que é o mínimo que precisam fixar!
virou-se, parando sem avisar, fazendo nossos corpos se chocarem. Devido o impacto, tentei manter distância de si, colocando meus braços em seu peito duro, enquanto sentia as mãos dele segurarem em meus pulsos, não transmitindo nenhuma reação rancorosa pelo olhar, mas infelizmente na época, não analisei direito seus olhos .
– Para de se meter em encrencas! – emitiu, olhando em meus olhos. – Eu não aguento mais esse ciúme fajuto da Samantha, mas você também deveria parar e romper esse sentimento idiota que diz sentir por mim... Isso só está trazendo problemas. – falou a última parte como se realmente se importar-se.
– Sabe que não tive escolha, ninguém escolhe quem ama, . – respondi falando a real, pois se tivesse mesmo um caminho para escolher o amor, eu justamente não escolheria para amar, e não escolheria nem nunca!
– Olha... Entenda, eu e a Samantha não somos namorados, apenas ficamos. Mas isso não é motivo para você ficar se iludindo. Eu estou do seu lado em tudo, mas pare! – aquilo tocou meu peito, “(...) estou do seu lado em tudo...”. – Tem algo que eu possa fazer para recompensar o ciúme inútil de Joffrey? – como é? havia oferecido uma oferta como desculpa? Sim, foi isso mesmo que leu.
Minhas bochechas esquentaram e fiquei sem fala, na verdade, como reagir quando simplesmente o menino do qual você infelizmente nutre sentimentos surge e lhe oferece qualquer coisa como um pedido de desculpas? Bom, a resposta era óbvia que uma garota como eu, iria sentir vergonha por ouvir aquelas palavras do garoto fodão!
Nunca esperei algo parecido vindo pessoalmente dele, não quando eu sabia que não passava de uma garota invisível aos olhos dele. nunca sequer me direcionou um sorriso, às vezes – poucas – ele me encarava parecendo com ânsia de pronunciar algumas palavras, mas nunca me importei, pois sabia que ele só pensava no quanto era estranho uma menina ter amizade com meninos e não meninas.
Mordi os lábios com os olhos presos no chão, tentando disfarçar minha vergonha enquanto pensava em uma ótima ideia para ser recompensada... O que poderia pedir? Um beijo? Um abraço? Que ele largasse a Samantha para ficar comigo? Não, tudo era muito simples, precisava de algo maior!
Foi quando tive a magnífica ideia de analisar ao meu redor e meus olhos se chocarem com o cartaz extremamente colorido colado na parede, foi quando tive a ideia mais idiota da minha vida...
– Vai ao baile de primavera comigo? – foi tudo muito rápido, mas lembrava de cada palavra dele.
– Como é? – ele arcou uma sobrancelha. – Lógico que não! – simplesmente aquilo já era o suficiente, ele não precisava de mais argumentos. – Olhe diretamente para você, garota. – ele me indicou. – Você é gorda, uma baleia, saco de areia, nerd, feia. E eu sou o cara popular e pegador, nunca me atreveria sair com uma aberração como você! – tive vontade de chorar, mas ele não merecia minhas lágrimas. – Afinal, o que você além de muita gordura, mais tem? Nada! – sua humilhação doeu e foi dura de ser engolida, mas simplesmente acabou comigo naquele exato momento. – Vê se me esquece, você não tem nada de bom que me agrade! – deu as costas, e encarei as mesmas.
– Talvez eu tenha algo bom, ... – uma lágrima escapou quando pronunciei seu nome. – Mas pague pra ver, isso não vai ficar barato... Cada um colhe o que planta e por enquanto, suas plantas ainda são sementes, espere até elas crescerem! – e pode pagar pra ver, ele colheu o que plantou, e foi isso que ocorreu quando cresci...
(...)
Oito anos haviam se passado desde aquele ano, agora não era mais a adolescente iludida e gorda do colégio rejeitada por e o resto da instituição. Eu tinha crescido, estava com 23 anos e o corpo em perfeito estado de encontro, nada muito exagerado, mas era o suficiente para acabar com cada desgraçado do sexo masculino que me humilhou!
Trinta e dois tinham sido descartados, entre eles, incluíam grupos que agiam sempre juntos contra mim e meus amigos, não deixei barato, a cada pedido que nascia, eu cumpria com orgulho do animal selvagem confiante que me transformei, e até o momento, minhas amizades femininas não faziam falta, não quando seu ofício incluía apenas homens!
Contarei cada detalhe em partes...
(...)
05 de maio de 2016, Penitência Particular de San Diego.
(...)
– Ela já matou vários e tem uma ficha extraordinária. – o sujeito de cabelos longos e loiros expõe minhas características. – Seu último trabalho foi patrocinado na cabana referente ao tráfico de armas, seu dever foi trazer o corpo do chefe do contrabando até nós, e em menos de cinco dias tivemos o resultado excelente. Frederick Reed dentro de cinco dias estava preso, escute bem, estava preso! – ele parecia apresentar uma nova peça de carne e não um ser humano. – Acredite, ela foi treinada e é um das melhores agentes que temos em disposição para seguir com ordens.
Os dois homens de terno se entreolharam, do qual um deles continha uma maleta em mãos que protegia os papéis importantes e a marca da agência policial que agia pelas costas de muitos habitantes para servir a CIA. Eu não fazia ideia do meu destino, só sabia que o mais importante do dia seria a noite, quando tudo se baseava em sonhar destruindo mais futuros, mas já fazia três meses desde a minha última saída em missão e até os duas atuais não havia recebido sequer uma notícia de que sairia de novo.
– Se ela é considerada uma das melhores agentes, o que faz presa dentro de uma cela? – um dos homens questionou.
– Karl e August, vocês não sabem da fera do qual vão brincar. – Johnny tratou logo de anunciar. – Criamos essa garota justamente para capturar assassinos...
Eu não julgava a ofensa de me considerarem uma fera, agia com violência? Como não agir? Eu amava maltratar quem merecia ser maltratado, só seguir ordens, muitas vezes, não as seguia, encenava por conta própria, minhas armas me ajudavam dando um ar mais durão ao personagem. Recebia bronca por ser tão autoconfiante de mim mesma, mas no fim sempre conseguia de modo diferente, levar o bandido para a cadeia antes do prazo final!
– (...) ela recebeu ensinamentos específicos de Austin Dustin, seu caráter é firme e forte, ninguém consegue baixar sua guarda, e seu olhos...
Pisquei encarando a parede complemente marcada por minhas anotações, os riscos efetuados pelo pequeno pedaço de giz ou até mesmo pedras que encontrava dentro da cela junto dos ratos serviam como meus lápis. Não recebia privilégios, tinha o mesmo tratamento que os criminosos habitados ali dentro, mesmo não pertencendo aquele lugar, meu único dever era permanecer quieta até a hora que um dos guarda me liberasse para mais uma nova missão.
– (...) não subestime seu potencial, seus olhos, como estava dizendo, carregam marcas da morte e do demônio, suas íris não são como estão acostumados a presenciar durante a cidade, eles lhe julgam. Eu mesmo caí em sua lábia, resolvi encarar o perigo de perto mesmo não sabendo que ele morava logo atrás daquela porta. – apontou para a enorme porta de metal que separava o bem do mal. – Eu exijo cuidado! Leram a ficha técnica, se ele necessita de alguém rude, corajoso e bem treinado, essa é a garota certa! – Johnny estralou os dedos, chamando os guardas batendo a mão contra o botão que o colocaria na viva-voz. – Preparem a garota, mas dessa vez com auxílio de duas algemas. – ordenou, desligando a máquina de transmissão, se levantando bruscamente da cadeira giratória, seguindo caminho para o painel onde abriu um pequeno compartimento do qual abriria a grande porta.
Girei a faca entre os dedos, mantendo meu corpo encostado na parede enquanto refletia sobre a última gota de sangue derramado por mim. Não seria possível escapar daquela prisão, já havia tentado na época que não aceitava o fato de perder minha liberdade, mas naquele momento, tudo o que conseguia pensar era em como cada pessoa do meu passado estava pagando o preço por ter me humilhado, se bem lembrava, não faltava mais nenhuma para concluir minha lista, pelo menos dos quais vivia em San Diego, todos foram vingados.
Sorri largo, lançando o objetivo cortante e amigável em direção do pôster colado em minha cela... “Baile de Primavera, 30 de abril de 2008”, ainda faltava àquele merda, o infeliz já deveria ser pai e eu ainda lembrava das palavras que saíram por seus lábios, meu corpo fervia quando relembrava cada vírgula, meu ódio obtido por culpa dele agora era maior que qualquer outro sentimento mais poderoso, o que era o amor quando o ódio dominava? Apenas um sentimento ridículo que existia para acabar com uma garota!
Seja quem for a vadia, ela ainda vai ficar viúva e sem sexo por um bom tempo, não deixaria barato, esperei tempo suficiente, e ainda me devia uma dívida alta, e só sua morte pagaria o que foi recitado, nenhum pedido de desculpas adiantaria, apenas seu sangue escorrendo para fora de suas veias pagaria, sua morte valia mais que o perdão!
Observei a faca rasgar cada pedaço daquele cartaz enquanto escorregava sua ponta até encontrar o chão. Sorri meu sorriso considerado mortal, começando morder minha unha, sempre que costumava pensar em um desejo de vingança retornava instantaneamente, era um desejo forte que ultrapassava qualquer limite, eu tinha que me vingar dele, mas antes precisava construir um plano para sair daquele lugar.
Levantei o olhar para o teto, encarando minha barra de ferro. Pulei, agarrando firmemente no metal, começando minha simples preparação, forcei meus braços erguerem meu corpo repetidas vezes na intenção de preparar meus músculos, sentia que logo estaria livre novamente, e meus sentidos nunca falhavam.
– Seu dia finalmente chegou, ! – ouvi a voz do guarda.
Regressei ao chão, caindo com as pernas dobradas e uma mão apoiada no cimento, ergui minha cabeça encarando os três homens deixando um sorriso largo dominar meus lábios aos poucos, meus traços de felicidade eram expostos naquela expressão, mas no máximo, o que ele causava era medo e calafrios, sentia que aqueles homens queriam poder correr.
– Já estava na hora de sair! – tinha malícia, ódio e desejo.
Estiquei os braços, retornando manter minha expressão séria enquanto eles faziam seu trabalho, já estava acostumada com a temperatura gelada das algemas, quantas vezes tinha recebido aqueles objetos no corpo? Diversas vezes, por isso não me incomodava.
Enquanto eles finalizavam, minha mente refletiu. Quem seria a próxima vítima? Tinha certeza que não era quem eu esperava, deveria ser mais algum drogado de merda que queria sair imune traficando porte de drogas, meu dever com certeza seria matá-lo ou imobilizá-lo e trazê-lo até sua suposta cela, isso seria muito fácil!
– Vamos! – Louis me empurrou para fora da cela.
Não baixei minha guarda, os presos provocavam, só não contava com tamanha humilhação, mas eu não deixava barato, quem se envolvia comigo, agora pagava um preço alto por isso! Já não era mais aquela adolescente frágil e inocente, deixei minha juventude para trás, agora tudo o que queria era guiar meus instintos em busca da vingança nua e crua, e não deixava meu trabalho pela metade tudo o que pedia eu cumpria, de forma correta? Claro que não!
– Deu sorte em, detenta! – Rosemeire, uma presa legítima condenada à prisão perpétua, gritou com as mãos segurando nas barras da grade.
– Deveria seguir meu exemplo! – rebati com os olhos queimando.
– Vadia! Sua puta! Assassina! – todas gritavam e eu sorria.
Assassina, ah, como eu adorava aquela palavra!
Tínhamos de ser realistas, eu sou uma assassina? Lógico que sim!
Não fugia da verdade sobre mim. Qual outro segredo precisava revelar? Meu pai morreu em um acidente de carro e minha mãe alguns meses depois por depressão. Minhas últimas lágrimas foram derramadas por causa da morte de ambos, mas graças à polícia, fui acolhida pelo FBI ainda com o corpo indesejável, eles me mantiveram calma e transformaram de mim o que eu sou hoje, conseguiram fazer o sentimento que sentia por morrer e nascer outro agora mais forte que qualquer um existente: a vingança!
Aqueles xingamentos não valiam em nada, eles faziam da minha personalidade uma criatura mais forte, "assassina" era o meu apelido, meu nome do meio. Diversas brigas tiveram de ser apurada por causa das ofensas, isso foi nos primeiros dias, de quando eu não aceitava o fato de que tinha me tornado perigosa o suficiente para poder fazer mal a uma criança, mas engoli tudo calada durante as longas horas de castigo na solitária por ter matado uma das detentas. Sim, eu matei a mulher que me ofendeu com minhas próprias mãos, tinha de fato me transformado em um mostro, por isso compreendi a segurança que fazia permanecendo naquela cela.
As portas da sala de visita se abriram, transformando aquele corredor pouco iluminado em uma sala onde continha uma mesa de metal grande e duas cadeiras. Ao redor, uma sala visível através do vidro protegia três homens com armas que se encontravam vigiando com os olhos semicerrados cada movimento meu, as luzes se acenderam enquanto caminhava até uma das cadeiras. Acomodei-me no acento, fazendo questão de esticar os braços ainda envolvidos pelas algemas sob a mesa, com o olhar baixo apenas consegui me concentrar através dos sons emitidos, minha audição estava acostumada localizar os ruídos que existiam em um cômodo.
– . Suponho que seja?! – ergui meu olhar semicerrado, encontrando com seus olhos verdes.
– Disposta a fazer qualquer coisa para fazê-lo ter, seja quem for trás das grandes ou em suas mãos! – estralei todos os dedos da mão esquerda em apenas um aperto, com uma expressão assassina e doentia.
– É perigosa, ? – outro homem tocou meu queixo, parecendo analisar algo em minha face.
– Não desconfie do meu potencial justamente no primeiro encontro! – estiquei as algemas mostrando do quanto podia ser capaz.
– Parece ter carinha de santa. – o mesmo completou, e fiz questão de retirar seus dedos de minha pele.
– Primeira regra, não toque em mim! – rosnei, me atrevendo erguer um pouco o corpo, recebendo mãos policiais em meus ombros, ordenando-me retomar para a posição inicial.
Bufei quando senti novamente a espessura dura e gelada da cadeira em minhas costas e bunda. Levantei o olhar sem deixar intimidar os homens ali presentes, só estava interessada em uma coisa naquilo tudo... Quem era minha próxima vítima?
E como se tivessem lido meu pensamento, um deles, do qual tinha um distintivo informando o nome Albert Consty, resolveu abrir a boca grande:
– Sra , recebemos a grande surpresa de que você é considerada uma das melhores agentes desse país.
– E daí? – deixei escapar.
– E daí, que você deve ter total...
– Consciência de que devo somente seguir suas ordens, cumprir com as regras e todo esse blá, blá, blá. – interrompi, não suportava ouvir sempre a mesma coisa. – Mas, temos um "porém", chefe Consty, não sou uma garota de seguir ordens, eu planejo meus passos e costumo pegar o indivíduo com meus próprios ensinamentos.
Albert apenas umedeceu os lábios, mordendo os mesmo enquanto assentia em minha direção, sua expressão convencida não conseguia me enganar. Qualquer homem odiava ter que ser rejeitado, principalmente quando se era o chefe. Todos que me contrataram para prender os frouxos não se conformavam em saber que eu ditava as ordens, mas apesar desse detalhe, concediam confiança graças minha famosa fama.
Fixei minha atenção em suas íris, cada circunstância independente do tamanho dela era representado através de um breve olhar. O capitão Consty não me conhecia, mas deveria aprender identificar o, bem do mal, ele não fazia ideia com quem estava preste lidar, meu nome é , a garota mais perigosa daquela penitenciária!
– Ainda vai manter sua compra? – arrisquei em pronunciar, elevando uma sobrancelha.
– Isso está mais que óbvio! – respondeu parecendo decidido, estendendo uma folha em minha direção que representava o contrato do qual não excitei em assinar.
– Deixa comigo! – emiti com confiança elevando o corpo, sentindo as algemas serem cortadas.
Semicerrei os olhos, enquanto absorvia o alívio de meus pulsos após me encontrar livre dos metais. Materiais inúteis, nunca iriam me manter presa, ainda não entendia porque insistiam de usá-las em mim sabendo que não seriam párias para segurar .
– , quero que antes conheça . – Consty apontou para o homem próximo de dois policiais, que tirou os óculos escuros. – Ele será seu único guarda-costas e também único parceiro nessa missão. – afastei a cadeira, sorrindo cínico e pervertido.
– Não preciso de um guarda-costas, mas... – deixei a frase no ar, analisando os músculos através do terno. – Vou abrir uma exceção dessa vez. – pisquei em sua direção, querendo mostrar um ar mais amigável, do qual não tinha laço.
– Não vou achar ruim sua decisão, ! – sorriu de lado.
– Acho bom, ! – provoquei, passando a língua nos lábios.
– Assim que sair dessa sala, você estará sujeita a seguir pelo menos o básico de meus conselhos. Sua marca. – pausou quando o ferro quente se aproximou de mim, apenas permaneci parada, sentido as mãos dos policiais arregaçar as mangas de minha camiseta.
O contato do metal quente em minha pele gerou a dor mais contagiante que possuía no planeta, mas não era o suficiente para fazer de mim uma simples garota inofensiva que odiava pressentir a dor, afinal era completamente o oposto das palavras.
Mordi os lábios sentindo meu coração aumentar com os batimentos cardíacos, fora quase um choque elétrico. Meus gemidos deveriam se atrever em sair, mas não podia demonstrar aquele simples apelo por causa de um fajuto metal quente, do qual podia levar uma pessoa normal a morte, tinha que ser forte, nenhum daqueles homens mereciam ver minha fraqueza, para mim, a palavra fraqueza não existia no meu dicionário.
– E esse. – estendeu duas folhas de papel em minha direção, do qual agarrei. – É sua vítima! – meus olhos se arregalaram.
– É sério? – quis confirmar, não acreditando que era ele. – será minha próxima vítima...? – um sorriso de lado se alargou, quando Albert assentiu. – Beleza! – por fora demonstrava felicidade e por dentro meu organismo parecia se preparar para a batalha final!
“Agora você vai pagar, , cada palavra e cada vírgula serão vingadas!”, pensei em silêncio, enquanto absorvia aquela clara e magnífica surpresa, com um sorriso estampado no rosto.
(...)
– Não acho que seja necessário. – interviu em meus trajes. – Só vamos capturá-lo. Dinamites são coisas sérias! – indicou a bomba em minha cintura.
– Relembre as palavras, Sr. , eu não cumpro com ordens, eu determino ordens! – fiz questão de pronunciar de modo mais simples possível, retornando calçar minhas botas pretas.
Quem ele pensava que era para dizer o que eu deveria fazer ou deixar de fazer? Não era meu pai.
Podia ser um pedaço de músculo completamente gostoso, mas isso não fazia com que ele tivesse o direito de me subjugar. achava que por ter um corpo atraente e hálito canela, poderia sair julgando as escolhas dos outros, mas nisso, meu bebê estava enganado, deixei claro que comigo ninguém mandaria, então por que deixar justamente aquele Deus grego interromper meus planos e raciocínios? Não, ele não iria intervir!
, ah, vou pensar nesse nome quando estiver novamente dentro daquela sala, meu nome em sua voz, seu corpo contra o meu, seu calor, seu cheiro e suas ordens. Apenas entre quatro paredes lhe concederia o direito de liderança, se é que ele aceitaria me dominar, aliás, sua carinha de homem carinhoso não enganava ninguém, mas se fosse para ficar apenas observando aqueles músculos se contraindo naquelas roupas pretas, preferia levá-lo logo ao ponto do qual estou acostumada, levaria sua cabeça a loucuras absurdas, faria de uma simples noite, uma noite inesquecível que ele guardaria até o dia de sua morte.
– O que pretende com isso, ? – conseguiu novamente me tirar dos pensamentos sobre uma inesquecível noite de sexo com ele.
– Algemas? – virei meu olhar em sua direção, rindo com ele segurando o objeto. – Isso só o vai usar. – segui até si, segurando na parte livre do objeto, enquanto ele fazia o mesmo do outro lado. – Mas se quiser, posso colocá-lo na lista, ! – sorri pervertido.
– Depois planejamos isso. – respondeu soltando o objeto, sorrindo.
– Você vai amar a experiência! – afirmei analisando seu perfil.
– Mas hoje, o deu sorte. – trocou de assunto, se afastando cortando totalmente nossa conversa.
Sorri largo, apertando aquele objeto em minhas mãos, levando-o próximo da boca. O contato do material gelado contra meus lábios fez cada flash daquela quarta-feira regressar, agora ele pagaria caro por tudo que se atreveu pronunciar, mas amarrá-lo em uma cama talvez fosse pouco, ele merecia morrer por me fazer sofrer daquele jeito e daquela maneira.
(...)
O destino brinca com as pessoas? Pensei que não, mas ele brincou de novo comigo!
Pensava, não, tinha certeza que deixei de amá-lo, mas quando nossos olhares, cheiros e corpos se encaixaram tudo ficou claro... Eu ainda amava !
(...)
N/A: dê play na música (Animals – Maroon 5) quando eu avisar.
Afastei as cortinas pretas, podendo inalar logo de entrada o cheiro do álcool e perfume barato. Estranhei encontrar com garotas de programas ainda vestidas, frequentemente as minas – como eram chamadas pelos homens – não se importavam com o que usavam, para elas, o estado nu era o máximo ser atingido, porque não tinha mais do que tirar, se possível, tirariam mais.
O cheiro de nicotina invadiu minhas narinas assim que adentrei por completo naquele ninho de desocupados, já estava acostumada com a fumaça desde o dia que comecei construir minha vida atrás das grades. As prisioneiras, do qual mantinham máxima distância de mim e ocupavam celas em grupos, fumavam cerca de dez a vinte cigarros por dia, alguns constituídos de maconha e outros de cocaína.
Não era considerada surpresa para ninguém saber que seria ali onde o encontraria, afinal, além daquela boate ser famosa e isolada do centro de San Diego, ela abrigava todas as noites chefes de máfias poderosas e fortes, incluindo entre elas a máfia inútil de . Posso não ser completamente boa no assunto sobre sexo, mas sabia que era canalha o suficiente para procurar por presas fácies em um lugar nojento como aquele.
– Ele não está aqui. – comuniquei através do comunicador de ouvido.
– Lógico que está, procure direito, o sinal transmite que a localidade dele é sul. – recitou analisando o painel da sala de controle da boate.
– O padrão é sudeste. – corrigi fazendo o máximo para chegar ao bar.
Em meios a "com licença" e "desculpas", consegui chegar ao balcão, onde apoiei minhas mãos cobertas por luvas pretas. O barman se dirigiu diretamente ao meu encontro, perguntando de forma gentil e simpática qual seria meu pedido, respondi apenas com um piscar de olhos pedindo uma cerveja para disfarçar. Enquanto o homem que descobri ter o nome John saiu do meu ponto de vista, foi quando pude ter privacidade para encarar toda aquela área escura, iluminada apenas por alguns pontos de luz colorida.
Meus olhos reclamaram quando uma luz verde bateu contra eles. Não estavam acostumados com tanta claridade, meus dias na prisão dentro da escuridão impediam o contato com luzes fortes daquele tipo. Balancei a cabeça, guiando meu corpo para o lado, onde consegui encontrar uma escadaria que daria para o segundo andar da boate, subi pelos degraus, sem me importar com a cerveja que pedi no bar, afinal, aquilo foi apenas parte do plano.
Entre empurrões, cheguei ao segundo andar da boate onde encontrei com vários "casais" se divertindo. No caso, garotas de programa e seus clientes, jurava que encontraria naquele setor, mas me surpreendi quando minha hipótese foi considerada errada.
Quando encostei os braços na barra de costas para aqueles nojentos como uma maneira de ignorância, comecei refletir sobre o lado negativo da circunstância. estaria mesmo infiltrado naquela espelunca? Ele só não estava, tinha que está!
Confiava ao máximo em meus instintos, cada contração em minhas veias localizadas no interior de meu pescoço informavam que algo iria acontecer e julgava esse pequeno aviso como sendo o de constatação de que surgiria brevemente atrás de mim. Não atrás, mas que ele surgiria, ah, disso tinha certeza, não adentrei uma boate com o objetivo de sair com o rabo entre as pernas.
Ansiosa para se encontrar com ele? Você não fazia ideia de como estava!
Minha ânsia para estar frente a frente com meu rival chegava ser doentio, esperei dias atrás de grades frias para estar onde estava agora, não pela questão da boate, pois nela eu tinha total permissão para adentrar, já que era meu direito de diversão, mas sim pelo simples fato de que dali alguns minutos que julgava como passando rápidos encontraria com o homem do qual vinha desejando desejo de vingança há anos... Agora, ele iria conhecer a verdadeira !
“– Normalmente, não temos esse pequeno imprevisto, mas a nossa querida dançarina, infelizmente, teve de sair urgentemente devido problemas familiares e se acalmem, estamos fazendo o máximo para encontrar uma substituída para o momento.”, foi com esse aviso que a festa se iniciou!
Sorri largo, guiando minhas pernas para o camarim das dançarinas, agora pegaria , ele querendo uma não, só precisava receber um simples "sim" do chefe. – Não acredito que ela vacilou comigo, aquela vadia! – o dono da boate gritou, com a mão apoiada na testa e a bunda sob a poltrona.
– Fique calmo, Calvin, vamos achar uma dançarina para dançar no lugar dela. – uma mulher cujos cabelos eram loiros pronunciou com uma prancheta em mãos.
– Não precisa ser especificamente uma dançarina da boate, pode ser qualquer mulher bonita e gostosa para apenas distrair a atenção dos clientes. – Calvin disse, foi aí que vi minha chance chegar!
– Hã... Com licença...? – fingi um tom nervoso abrindo as cortinas pretas do camarim. – Mas não pude deixar de ouvir a conversa de vocês... – Calvin me analisou da cabeça aos pés. – E sabem...? Meu sonho sempre foi querer dançar em uma boate, recebendo olhares masculinos e cheios de luxúria. – sim, doente, esse era meu sobrenome. – Seu nome, querida? – Calvin quis saber.
– Jessye. Jessye Red. – lógico, não iria colocar meu nome a prova.
– Mallory, pegue a fantasia mais sensual que temos. – sorri largo.
(...)
As luzes refletiram e correram livremente por todas as extensões da boate enquanto meu corpo já recebia olhares perto do poste de poli dance onde talvez, fizesse alguns movimentos antes de partir pra a sensualidade, movimentos básicos e depois específicos. Se eu dissesse que tudo o que estava preste fazer, era apenas para atrair atenção de um homem, seria clichê da minha parte, mas serviria como exemplo... Sempre que quisesse procurar por um indivíduo macho, era preciso apenas dançar. Encarei o chão do palco, respirando fundo enquanto o DJ anunciava meu nome falso, o que não ajudava me manter calma, afinal, precisava de concentração para conseguir dançar. Estava com disposição para pagar o mico, tudo dependia daquela dança e se aquele era o único caminho seguir, estaria disposto encarar qualquer desafio, era de que estávamos falando, minha vítima, e faria do possível o impossível para capturá-lo, ele teria minha vingança!
Virei meu olhar para trás podendo visualizar todos que me admiravam, eram homens de todas as idades, muitos com bebidas e outros com notas de dinheiro, gritando e batendo a mão contra as madeiras do palco. Senti nojo no início, mas quando ouvi a música começar, foi quando consegui coragem e esqueci o que realmente eles queriam...
N/A: apertem o play!
Comecei movimentos calmos com os braços, tentando conter a vergonha por estar preste dançar Animals, apenas por saber que dali exatamente algumas horas, eu seria a presa de , já causava imensos calafrios. Não que estivesse com medo dele, nunca tive medo de homens, mas temia o que ele era capaz de fazer... Os recados que recebi antes de mergulhar na enrascada, foram baseados no comportamento de perante uma cama, gostava de sexo, mas curtia um pequeno detalhe: o sadomasoquismo!
Maybe you think that you can hide
(Talvez você pense que pode se esconder)
I can smell your scent from miles
(Mas consigo sentir seu cheiro de longe)
Just like animals, animals, like animals-mals
(Como animais, animais, animais)
Baby, I'm
(Baby)
Respirei fundo, puxando o pequeno pano vermelho que cobria minha cintura, onde abrigava um short preto constituído por algumas correntes, do qual aplicou um delírio no público masculino. Sorri largo, continuando segurar o tecido com uma mão, enquanto que usava a outra para segurar o cabelo de uma forma sexy e chamativa atraindo mais atenções, comecei movimentar o quadril conforme a música descendo devagar podendo ser capaz de ouvir murmúrios sobre meu corpo. Para eles, aquilo era uma tentação, visualizar uma mulher com roupas que tinham a intenção de representar o lado masoquista, fluía tensão!
You're like a drug that's killing me
(Você é como uma droga que está me matando)
I cut you out entirely
(Te elimino totalmente)
But I get so high when I'm inside you
(Mas eu fico tão alto quando estou dentro de você)
Mãos masculinas entraram em contato com minhas nádegas apertando com vontade, alguns pareciam famintos pelo simples contato, além de apertarem, se arriscavam em uma tentativa de atrair mais meu quadril em sua direção, mas infelizmente, toda aquela estrutura pertencia a uma pessoa...
But you can’t stay away from me
(Mas não consegue ficar longe de mim)
I can still hear you making that sound
(Ainda ouço você fazendo aquele som)
Taking me down, rolling on the ground
(Acabando comigo, rolando no chão)
You can pretend that it was me, but no, oh
(Pode fingir que era eu, mas, não, oh)
Ergui meu corpo, causando reclamações, sorri com os incentivos de aproximação sentindo meu ego aumentar quando nossos olhares se chocaram... Os olhos continuavam os mesmos, seus tons só se encontravam mais escuros, era ele, !
Sorri mais largo que o comum, partindo para o ataque... Puxei com toda a força que continha a pequena peça de camiseta que cobria meu sutiã preto também constituído de corrente, apenas arqueou uma sobrancelha se ajeitando em frente ao bar, ficando totalmente de frente para o palco com uma garrafa de cerveja em mãos, aproveitei seu interesse começando andar, movimentando o quadril provocativamente em direção da escada onde poderia ter um contato mais profundo com os homens.
Baby, I’m preying on you tonight
(Baby, serei seu predador essa noite)
Hunt you down, eat you alive
(Te caçarei, te comerei viva)
Just like animals, animals, like animals-mals
(Como animais, animais, animais)
Maybe you think that you can hide
(Talvez você pense que pode se esconder)
I can smell your scent from miles
(Mas consigo sentir seu cheiro de longe)
Just like animals, animals, like animals-mals
(Como animais, animais, animais)
Baby, I'm
(Baby)
Levantei os braços no meio de uma roda de homens, começando uma dança sensual... Subia e descia a mão por minha coxa, lançando sempre que conseguia um olhar provocante na direção de , o mesmo retribuía com uma erguida de sobrancelha continuando acompanhar meus movimentos.
A melhor parte da música estava por vir, e encerraria minha sedução por ali, o resto sabia que faria. Ele tinha mordido a isca, agora só era preciso atraí-lo para meu jogo, mas isso foi após a parte que mudou meu destino naquela noite, senti pela primeira vez que aquele mesmo sentimento... Ainda existia!
Don’t tell no lie, lie, lie, lie
(Não diga mentiras)
You can’t deny, ny, ny, ny
(Você não pode negar)
The beast inside, side, side, side
(A besta que vive aí dentro)
Yeah, yeah, yeah
(Sim, sim, sim)
De costas senti quando ele se aproximou...
– Você será minha! – aquilo me causou um calafrio, a voz grossa dele... Ah, que voz!
Joguei minha cabeça para trás, envolvendo minhas mãos em sua nuca, puxei seus cabelos , aproveitando para gemer alto quando seus lábios entraram em contato com meu pescoço...
Just like animals, animals, like animals-mals
(Como animais, animais, animais)
Just like animals, animals, like animals-mals
(Como animais, animais, animais)
Ah, ooh!
– Vai ser minha... – pronunciou escorregando sua mão grande e quente por minha barriga, seguindo caminho para o cós de meu short, mas tive sorte...
Na verdade, não tive sorte, ninguém contava com aquele incidente... E se quer saber, eu mesma não sonhava!
– Fica longe dela! – foi empurrado para o lado e me encontrei livre, contudo a música continuou tocando.
– ...? – pronunciei em dúvida.
– Saía daqui, tem um bom...
– !!! – gritei quando lhe envolveu por trás.
Fiquei em espanto quando ambos começaram traçar uma luta violenta. enforcava de uma maneira injusta, ele fez um gancho ao redor do pescoço de meu guarda-costas, o que deixava as tentativas de fugas quase inevitáveis. Tentei intervir, tentando o máximo, frouxa o aperto dos braços de , mas foi mais rápido.
– Saía agora! – ordenou conseguindo se libertar, assim que acertou uma cotovelada na barriga de . – Tem uma bomba, esse lugar vai explodir em milhões de pedaços! – anunciou, fazendo todos correrem para a saída.
– , cuidado!!! – avisei quando convocou reforços, sua gangue no caso.
– Corre! – me empurrou, correndo junto de mim em direção do estacionamento.
Entre empurrões, me guiava segurando em minha mão, ele sabia o que estava fazendo, só queria me manter segura, longe daquele lugar que estava com os minutos contados através de uma bomba relógio. Agradeci por tê-lo como companheiro, podia ter se atrevido tentar algo comigo com direito exclusivo de plateia, sua mão já indicava outras intenções, mas como sempre, tinha que existir alguém para atrapalhar, no caso foi salvar, pois não sabia descrever a vergonha que passaria naquela roda masculina.
parou, retirando sua jaqueta de couro, entregando-a para mim, ordenando que a vestisse para garantir proteção. Ele gritou pela terceira vez e não tive escolha, vesti, enquanto ele se jogava contra a porta que daria para o estacionamento.
– Abre porra! – emitiu alto, forçando a maçaneta.
– Ela não vai abrir. – sério, ? Ele já sabia disso!
– Tem que abrir! – respondeu recomeçando jogar seu corpo contra a porta de metal.
Agarrei a maçaneta, girando de todos os lados possíveis, talvez se conseguisse quebrar estaríamos do lado de fora daquela quase explosão. recebia chamada através do comunicador preso a seu ouvido era a voz de Albert, emitindo comandos parecendo desesperado.
– Eles estão ali! – nossas atenções tiveram o mesmo destino.
– Peguem eles! – ordenou alto, e sua gangue obedeceu correndo em nossa direção com revólveres.
Tentamos com mais fúria, mas a porta não queria colaborar com nossa tentativa de fuga, a boate ainda estava cheia de homens junto de um bando de delinquentes querendo nos matar. Minha raiva por aquele objeto de metal já começava existir, um objeto inútil, quem inventou portas de metais com tranca deveria ser morto na guilhotina igual nos velhos tempos de monarquia.
Mas a pergunta que fluía em minha mente era exatamente: o que queria com ? Qual era seu interesse em meu guarda-costas, quando na verdade, sua preocupação deveria ser em sair ainda com vida daquele lugar?
O que eles tinham de tão importante para se tratarem na base de armas? não teve intenção de machucar , ele só cumpria com seu dever de guarda-costas, por isso não compreendia a análise constante entre os dois. Sabia que havia se tornado um cão de briga, mas não pensei que era tão ligado a rivalidade, sofreria se caísse em suas mãos, eu conseguia ler em seus olhos qual seria o destino de .
– Vamos ter que ir por cima... – pronunciou me puxando para uma escadaria. – Vai, vai, vai! – ordenou e eu obedeci sem excitar.
Enquanto subia os degraus, lutava para manter a gangue ao máximo envolvida com sua luta. Cheguei ao corredor, tocando as grades de proteção observando a luta injusta, e agora lutavam, eram socos, chutes e apertos. Aquilo demonstrava exatamente uma base do motivo agressivo entre eles, tentou chutar o rosto de , e foi quando notei em uma mão... Uma faca de corte!
– !!! – gritei quando chutou no abdômen, conseguindo lhe prender pelo pescoço.
– Não vai sentir nada, irmãozinho! – abri a boca em espanto quando ele fez o movimento.
O sangue escorreu, tinha apunhalado-o pelas costas, arregalei os olhos. Como ele podia matar alguém? Não era mais o garoto badboy do colégio, se transformou em um monstro, um assassino!
– Seu monstro! – gritei sentindo raiva e ele sorriu, largando ainda com vida.
– Corre, ... – ele emitiu em um fio de voz, ah, você me paga!
– Pegue ela! – ordenou e seus homens apenas obedeceram enquanto ele chutou pelas regiões das costelas.
Mesmo contra minha vontade, corri em direção da última porta do corredor podendo ouvir os disparos contra mim. Aqueles homens não estavam para brincadeiras, eles jogavam sério e tinham objetivo em matar qualquer coisa para satisfazer os desejos de seu chefe, mas se deixou claro que me faria dele... O que pretendia me matando? Sua mente doente pregava peças, do qual não queria me envolver.
Na época do colégio, antes de toda aquela humilhação, tinha total certeza que ele se tornaria um profissional de respeito. Tinha um típico jeito de advogado, se daria bem no mundo da defensão, sua mente guardava segredos e suas notas garantiam um cobiçado futuro. Seria rico, famoso, respeitado, mas não aproveitou a oportunidade de desenvolvimento optando para o lado do crime!
E que modo de crescer... Deixando de lado suas características e perigo, sua performance física ainda me despertava desejo. Tinha que confessar. Mesmo lhe odiando, seu corpo estava em perfeito encontro, seus músculos bem trabalhados e esculpidos do tamanho exato seria um ótimo lugar para lacrar minha marca, minhas unhas e dentes adorariam entrar em contato com aquele pedaço de pele... E sua voz, ah, meu nome pronunciado naquele tom...
Tudo bem, , chega, lembre-se do colégio!
Empurrei a porta, encontrando-me sem saída. Estava no terraço da boate, onde minha única opção era regressar, mas quando tentei já foi tarde.
– Renda-se, ! – um dos homens apontou a arma.
Atuei passos para trás, analisando toda a extensão ao meu redor em busca de alguma saída que pudesse me levar novamente para o andar de baixo antes da bomba explodir e transformar aquela boate em minúsculos pedaços de concreto e poeira. Afinal, quem tinha sido o filho da puta que teve a magnífica ideia de implantar uma bomba justamente na maior e mais lotada boate de San Diego? Um imbecil que com certeza estava de mal com a vida!
Continuei regressando até minhas costas baterem nas grades de segurança, infelizmente enferrujadas, engoli em seco e encarei a queda, não gostando do resultado...
Havia água onde deveria existir asfalto!
Odiava confessar e me render, mas só tinha uma coisa a fazer naquele momento e infelizmente o fiz.
– Vocês vão me pagar por isso! – rosnei chutando a arma do homem que liderava.
Com a distração, consegui tempo para escalar uma pequena caixa de madeira. O vento gelado agitava meus cabelos e o ar de última chance fluía em meu rosto, meu coração estava calmo, se fosse mesmo o fim estava totalmente ciente que iria para o inferno. Não tinha medo de morrer, afinal, eu voltaria para a cela depois de concluir e acabar com a raça de , não era justo depois de tanto trabalho, mas meu destino foi assim...
Respirei fundo, conseguindo de uma força do além, coragem para pular no terraço. Meu corpo caía como uma pena, o impacto com a água fora alto e logo fez sua função... A água invadiu minhas narinas com objetivo de preencher meus pulmões que imploravam por ar, mas não tinha mais tempo para subir até a superfície, então aceitei.
A última coisa que me lembro de ter visto ou ouvido, foi alguém adentrar a água e tocar minha cintura, mas era tarde... Já havia liberado todo o ar que ainda continha...
(...)
Ligamentos foram precisos, para colocar isso em prática, várias cabeças deveriam ter trabalhado para projetar o plano, mas na verdade, só a minha ainda estava inconsciente... Tudo não passava de uma farsa, logo aquela máfia acabaria, sairia de sua zona de conforto para uma zona pior que seria a cadeia. Celas esperavam por todos inclusive uma privada para , faria questão de vê-lo com cara de coitado atrás das grades de metal, não só isso, adoraria ver aquele filho da puta com cara de cachorrinho sem dono.
Albert não queria ter só o cadáver de , o queria vivo com respiração, olhos, boca, órgãos e sangue. Se dependesse de mim, ele encontraria com Consty com o corpo frio e branco, junto de um brinde: uma bala implantada no crânio. Podia imaginar a bala perfurando seu cérebro, seu sangue escorrendo pela testa, seus olhos revirando, seu último suspiro, meu sorriso largo e um homem totalmente satisfeito ao meu lado!
Odiava ter que imaginar um desperdício de homem como aquele sendo morto, ele não tinha filhos o que facilitava minha coragem de atirar cada vez mais presente. Se houvesse descendentes, tudo ficaria pior, já tinha pena por tê-lo de excluir da sociedade e tirar o pai de uma criança inocente, deixando-o órfão seria um pecado mortal, não era tão fria ao ponto de matar para prejudicar uma criança.
Mas o problema não era matar, pois o problema original estava ali, justamente próximo da cama!
– Você é um doente, ! – gritei tentando ao máximo me libertar das algemas.
– Ah, um doente apropriado para o seu corpo. – disse com luxúria, passando sua mão nojenta em minha perna descoberta.
– Não toca em mim! – afastei ao máximo.
– Não... – começou, segurando firme em minha perna, puxando-a para si. – Lute contra a sua própria vontade, !
– Essa não é a minha vontade! – rebati entre os dentes.
– Não minta, sabe que mentira lhe levara para o inferno. – soltou um riso cínico, subindo na cama.
– Se afasta de mim, ! – tentei lutar, mas foi mais rápido, puxando o lençol que cobria meu corpo. – Seu doente!!! – protestei quando o frio da noite bateu contra meu corpo nu.
– Shh... – pediu. – Não vou fazer nada que você não queira. – parecia garantir com um tom baixo e sexy, mas na situação, eu não queria transar com ele!
– Então respeite a minha vontade... – tentei prosseguir, mas seus beijos em minha barriga denunciavam onde ele queria chegar. – ! – chamei sua atenção, mas ele me retribuiu apenas com um olhar prazeroso e um sorriso cínico.
– Apenas sinta o que ainda causo em você... – disse lambendo minha virilha.
Sexo oral? Como é? queria praticar sexo oral em mim?
Não, eu não podia deixar, tinha de sair daquele cativeiro e seguir com meu plano. podia ser gostoso, mas nunca permitiria que ele fizesse oral, sua língua passaria bem longe de minha intimidade, não importa quem ele fosse nunca, nenhum homem iria receber essa permissão nem de graça!
Fiz um gesto infantil. Mexi as pernas parecendo desesperada, enquanto ele ria e tentava se esquivar dos chutes que ameaçavam tocar seu rosto, seu sorriso doentio dominava os lábios vermelhos e marcados devido à força transmitida através de meus dentes. Éramos dois doentes mentais, ambos gostavam do sexo e da dor, eu, em comum, adorava quando ele liberava seu lado rude e distribuía seus ensinamentos em meu corpo que correspondia de imediato a seus fortes, rudes e sinceros tapas.
– Não lute, ! – exigiu, segurando firme em minhas coxas. – Não precisa ter vergonha, já vi tudo o que você escondia, e quer saber?
– Vai dizer novamente que sou gorda, uma baleia, saco de areia, nerd e feia? – fiz questão de repetir exatamente o que ele disse.
– Me perdoa, amor... – ergueu seu tronco, causado calafrios em meu corpo quando ambos se chocaram brevemente.
Meus pelos se arrepiaram quando sua pele quente e descoberta encostaram-se a minha barriga. fungou feito um animal próximo de minha boca, eu estremeci. Ele parecia com raiva e já havia passado uma noite com ele naquele encontro, melhor sensação e pior... Seu lado rude despertava e isso me causava tensão!
Podia comemorar a cena não duraria muito tempo, logo e sua máfia estaria no chinelo. Precisava apenas ativar meu relógio rastreador, constituído com tecnologia avançada que permitia me comunicar e mandar comando para minha equipe.
– Desculpa, ... Sabe que agora não vou mais fazer isso, só quero que me ame do jeito que você me amava... – seus olhos imploravam pelo meu perdão.
– Nunca, ! – sorri largo conseguindo fazer o que tanto queria... – E nossa história acaba aqui! – rosnei e a voz masculina entrou sem avisar e invadiu o quarto.
– Está cercado, , renda-se! – transmitiu no microfone do prédio, o que deixou indignado.
– Sua vadia! – rosnou entre os dentes.
– Acabou, ! – retribui as palavras certas na hora certa com os olhos explodindo em sinal de deve comprido.
(...)
prensou meu corpo na parede com o braço pousado em frente a ele, mostrando uma imagem protetora que eu não conhecia. Havia conseguido me livrar das algemas com fácil acesso das chaves escondidas até então no cofre secreto de , debaixo da cama, onde também continha duas armas reservas, dois mil dólares, TNT, um mapa e alguns objetos cortantes.
Percebi o quanto eram seus sentimentos, um criminoso de coração guardaria, mesmo se sentindo ridículo por isso, uma foto da família ou da mãe, mas o que me surpreendeu foi não encontrar nenhum indício de fotografia no cofre, até eu guardava uma foto de papai e mamãe para ficar relembrando na cela quando estava absolutamente sem nada para cumprir.
Deitada na cama, ficava passando os tempos livres esfregando o dedo na imagem representada no papel. Lágrimas não surgiam, mas a saudade de um carinho familiar e verdadeiro batia todas as manhãs em minha porta, só não podia atendê-la e convidá-la para ficar, tinha que superar ao máximo esses sentimentos e isso mudou conforme dois anos presa atrás das grades da Penitência Particular de San Diego.
– O que vamos fazer? – perguntou, enquanto observava falando ao celular no pátio da residência.
– Você, eu não sei. – carreguei a arma. – Só sei que hoje finalizo esse caso! – travei a arma, colocando-a na cintura, disfarçando sua forma com ajuda da camiseta preta.
– Tome cuidado. – segurou meu braço, atraindo minha atenção para seu rosto.
– Convoque a equipe imediatamente. – indaguei observando a expressão preocupada nos olhos de . – Eu ficarei bem... – garanti com vontade de abraçá-lo, mas não tinha tempo para isso. – Chame o resto! – lancei um último olhar para ele antes de seguir um caminho oposto do dele.
– Agente 172, , repetindo agente , está na escuta? – esperou resposta de seu comunicador de ombro.
– Na linha chefe, diga seu comando. – um dos agentes de sua equipe questionou.
– Convoque todos. ordenou que todos devem estar em seu devido posto! – comunicou se levantando, seguindo correndo para o portão do pátio, onde sua equipe entraria.
Com a arma em punho, jogava o corpo para o lado me escondendo atrás das grandes caixas de produtos explosivos, a máfia estava de partida para Nova York onde se hospedaria em uma pequena residência no sul da cidade em um prédio de negócios onde trabalhava o tio de .
Albert sugeriu esperar o embarque do chefão no aeroporto de San Diego, onde a polícia de imediato, lhe levaria para a prisão, mas decidi que pegá-lo antes traria mais prazer e segurança, pelo menos não poderia pegar ninguém como refém. No avião, sua personalidade estava sendo procurada, mas disfarce e um corte de cabelo ajudariam no caso de fuga, era esperto o suficiente para se disfarçar e pegar um avião com destino à Nova York.
Movimentei a perna para o lado, conseguindo captar xingando alto e lançando o celular no chão o quebrado em pedaços. Continuei observando seus movimentos até outro homem surgir em meu campo de visão.
– Chefe! Estamos com baixa quantidade de dinheiro e se essa porcentagem não crescer, nunca vamos conseguir embarcar a equipe e o pacote completo. – o homem que chegara explicou.
– Isso não é problema, mas preciso que saiba... – começou, mas não terminou, captando minha observação.
O coração palpitou quando seu olhar se cruzou com o meu, um calafrio dominou minha espinha. Regressei para me esconder, engolindo em seco, torcendo com todas as forças impossíveis que ele não tivesse notado minha análise em si e seu aliado, meus batimentos cardíacos se encontravam acelerados e avisavam que a consequência seria justa! – O que planeja me espionando, ? – disse alto. – Se for para enfrentar o inimigo, encare-o nos olhos! – citou de uma forma ameaçadora.
– Qual o seu problema, ? – saí de trás da caixa com a arma estendida na direção dele.
– Você. Você é o meu problema! – respondeu entre os dentes, mostrando a arma que ele continha em mãos, uma dinamite.
– Ah, eu sou novamente o seu problema, não é mesmo? – falei com sarcasmo, ameaçando puxar o gatilho fazendo-o levantar os braços.
– Não vai atirar, ! – falou com um sorriso.
– Atira, ! – surgiu com os carros da polícia e gritou segurando sua equipe atrás de si. – Lembre-se do mal que ele lhe fez! – engoli em seco, tinha razão, eu precisava atirar contra ele. – Não importa o que aconteça, atira agora!
– Você não vai fazer isso, . – sua voz penetrou meus ouvidos. – Gostou do que lhe ensinei, não gostou? – começou sua caminhada, continuando segurar o TNT. – Eu lhe ensinei o desejo, o prazer, o sexo e até mesmo o beijo...
– Cala a boca! – gritei, ele iria mesmo revelar nossa intimidade.
– Não é justo jogar desse jeito. – provocou se aproximando me encarando com seus hipnotizantes olhos . – Eu levei você para a cama. Mostrei seu dom de dominadora, lhe apresentei o melhor lado do sadomasoquismo. E agora você simplesmente, – piscou abaixando o olhar para a arma em minhas mãos trêmulas. – pega essa arma e ameaça atirar? – abriu um sorriso cínico. – Não estou a reconhecendo ! Vou precisar lhe algemar de novo?
– Cala a boca desgraçado! – não me contive e parti para cima dele.
– , não! – gritou e agiu rápido fazendo todos se surpreenderem. – Não... – emitiu alto quando a bala já tomava posse de meu subconsciente, abaixando sua arma.
e sua equipe agiram, atiraram contra todos da máfia de que surgiram quando ouviram os disparos, o número de homens era grande os agentes nunca dariam conta, mas acontecia que eles não teriam que lutar por muito tempo, afinal, seu chefe...
Meu corpo caiu contra o dele, minha cabeça bateu contra seu peitoral e permaneceu ali. Minha mão segurava na perfuração em meu tronco tentando impedir o sangue, mas foi mais rápido, pronunciando as palavras que eu nunca queria ouvir...
– ... – sua voz falhou. – Acho que agora... – gemeu, se esforçando para me encarar. – Ah... Estamos quites, certo? – sua respiração falhou.
– Não, ... Nunca ficaremos quites. – respondi com dificuldade.
– Desculpa pelo passado...
– Não quero suas desculpas... – interrompi.
– Você conseguiu, se vingou de mim, espero que esteja satisfeita. – olhou em meus olhos. – Conseguiu, ... Conseguiu... – sorriu pequeno e suas pálpebras fecharam e simplesmente tudo doeu.
– ! – chamei. – ! – meu estômago revirou, e como se não bastasse, àquela sensação, tive vontade de chorar depois de oito anos presa com o FBI.
Apertei sua camiseta cinza, deixando uma lágrima escorrer. Ela era quente e grossa, a tempo não sentia como era uma lágrima... Aquilo doía, e como doía!
– Eu ainda te amo... – pronunciei, apagando finalmente, me livrando daquela vida traiçoeira.
– Como é? – mas se eu havia morrido, como tinha ouvido a voz de indignado?
– Atira, ! – surgiu com os carros da polícia e gritou segurando sua equipe atrás de si. – Lembre-se do mal que ele lhe fez! – engoli em seco, tinha razão, eu precisava atirar contra ele. – Não importa o que aconteça, atira agora!
– Você não vai fazer isso, . – sua voz penetrou meus ouvidos. – Gostou do que lhe ensinei, não gostou? – começou sua caminhada, segurando o TNT. – Eu lhe ensinei o desejo, o prazer, o sexo e até mesmo o beijo...
– Cala a boca! – gritei, ele iria mesmo revelar nossa intimidade.
– Não é justo jogar desse jeito. – provocou, se aproximando, me encarando com seus hipnotizantes olhos . – Eu levei você para a cama. Mostrei seu dom de dominadora, lhe apresentei o melhor lado do sadomasoquismo. E agora você simplesmente... – piscou, abaixando o olhar para a arma em minhas mãos trêmulas. – Pega essa arma e ameaça a atirar? – abriu um sorriso cínico. – Não estou a reconhecendo, ! Vou precisar lhe algemar de novo?
– Cala a boca, desgraçado! – não me contive e parti para cima dele.
– , não! – gritou e agiu rápido, fazendo todos se surpreenderem. – Não... – emitiu alto quando a bala já tomava posse de meu subconsciente, abaixando sua arma.
O sangue que escorria através da perfuração cometida, em meados, próximo do coração, estava sendo de fato a dor mais dolorosa que já senti durante a luta para manter minha equipe segura. Tudo foi jogado pelo ralo, e tudo era culpa daquele inútil sentimento doentio que ainda conseguia nutrir por aquele doente mental!
Mas para entender melhor o que de fato aconteceu e a razão do acontecer, irei lhe contar o início, o meio e o fim de minha jornada... Só acredite, não será nada romântico ou cheio de amor.
Prazer, meu nome é e o que vão ler agora... É a minha história!
Começarei no baile da primavera, lembrava-me da data como se fosse ontem. 23 de abril de 2008, tinha apenas quinze anos de idade, uma mera adolescente gordinha, nerd, tímida e diferente. Ah, não posso esquecer-me de mencionar que também era excluída pelas pessoas.
Meus únicos amigos naquele colégio carregado por mimados e filhinho de papai, recebiam os nomes de Émile Joyce, Kauã Jorge, Joker Maine, Rafael Ferraz e Thiago Campbell, sim, uma única menina porque era mais aceita pelos meninos. Nunca tive afinidade com garotas desde pequena, sofri bullying por quatro anos seguidos, mas tive uma vantagem nisso, se não fosse pelo bullying, nunca teria conhecido Thiago e Rafael.
Se a pergunta for, Thiago Campbell e Rafael Ferraz são considerados seus melhores amigos? A resposta é bem óbvia, que era um sim.
Por quê? Boa pergunta, mas isso não importa.
Começou quando Samantha Joffrey iniciou uma briga sem motivo algum contra mim, suas mãos agarraram em meu pescoço querendo me deixar sem fôlego, mas quer saber, na verdade tinha sim um motivo, ele tinha nome e sobrenome: .
, , um garoto cuja idade era dois anos mais velho que eu, já estudava o terceiro ensino médio, a última etapa antes de seguir para uma faculdade. Seu jeitinho badboy sempre deixava claro seu comportamento de garanhão pelos corredores, seus cabelos tinham um brilho único e intensivo, seus olhos me faziam gelar e seu sorriso fazia das minhas pernas, bambas.
Ele era meu sonho de consumo adolescente, e também era o motivo do qual me envolvia em brigas!
Samantha Joffrey, naquele dia que ficou marcado em minha história, era considerada a "namorada" dele, se é que esse pudesse ser o termo certo a se usar. Eu caminhava pelo corredor em busca de meu armário onde guardaria os livros de literatura para poder seguir com as aulas de história e biologia com o notebook, mas quem disse que consegui assistir minhas aulas de matemática?
– Você não se enxerga mesmo. – eu revirei os olhos enquanto guardava meus livros. – Já mandei tirar as ilusões da cabeça, imbecil! – suas amigas Rachel e Joye riam. – Samantha, eu não sei do que você está se referindo. – fui sincera, aliás, nem sequer havia mais olhado para com medo das consequências.
– Sabe sim, infeliz! – fechou a porta de meu armário, batendo com a mão nos livros que segurava. – Você vai ficar longe dele. – começou sua bronca, agarrando os cabelos de minha nuca. – Nunca mais quero ver vocês juntos! – sussurrou, se referindo ao trabalho de geografia que foi planejado entre os alunos do primeiro e terceiro ensino médio, já que a matéria era idêntica, do qual eu não tinha culpa do professor ter escolhido justamente ele para ser minha dupla.
Eu tinha pouca sorte em momentos como esse. Toda vez era sempre a mesma coisa... Samantha sentia ciúmes de e vinha descontar em mim, pois sabia do quanto valia meus sentimentos por ele, que de fato, agora, depois de tudo, queria nunca ter nutrido.
– Samantha, solta ela! – se interviu, empurrando-a para longe de mim.
– Vai defender as baleias agora, ?– eu não sabia para onde olhar, quando virou em minha direção.
– Vamos. – ordenou, me empurrando de lado, ignorando Joffrey. Seja lá qual fosse a intenção dele, eu estava concentrada demais olhando em seus músculos e ombros.
E que músculos!
Tudo em seu corpo era certo e do tamanho exato para sua idade, ele tinha apenas dezessete anos, como era possível possuir tanta estrutura gostosa? O que eu estou dizendo? Claro que ele era gostoso, mas a carne não era minha, queria que isso tivesse seguido a regra, pois justo quando não pretendia mais pensar naquele corpo, simplesmente já o tinha contra o meu, mas isso é uma afirmação do qual vou comentar mais além...
O máximo que pude fazer naquela quarta-feira... Estranho minha jornada não se iniciar numa segunda-feira igual muitas histórias dramáticas, não? A resposta para essa pergunta é simples e fácil: foi a partir dessa quarta-feira que ocorreram os fatos mais importantes e relevantes que é o mínimo que precisam fixar!
virou-se, parando sem avisar, fazendo nossos corpos se chocarem. Devido o impacto, tentei manter distância de si, colocando meus braços em seu peito duro, enquanto sentia as mãos dele segurarem em meus pulsos, não transmitindo nenhuma reação rancorosa pelo olhar, mas infelizmente na época, não analisei direito seus olhos .
– Para de se meter em encrencas! – emitiu, olhando em meus olhos. – Eu não aguento mais esse ciúme fajuto da Samantha, mas você também deveria parar e romper esse sentimento idiota que diz sentir por mim... Isso só está trazendo problemas. – falou a última parte como se realmente se importar-se.
– Sabe que não tive escolha, ninguém escolhe quem ama, . – respondi falando a real, pois se tivesse mesmo um caminho para escolher o amor, eu justamente não escolheria para amar, e não escolheria nem nunca!
– Olha... Entenda, eu e a Samantha não somos namorados, apenas ficamos. Mas isso não é motivo para você ficar se iludindo. Eu estou do seu lado em tudo, mas pare! – aquilo tocou meu peito, “(...) estou do seu lado em tudo...”. – Tem algo que eu possa fazer para recompensar o ciúme inútil de Joffrey? – como é? havia oferecido uma oferta como desculpa? Sim, foi isso mesmo que leu.
Minhas bochechas esquentaram e fiquei sem fala, na verdade, como reagir quando simplesmente o menino do qual você infelizmente nutre sentimentos surge e lhe oferece qualquer coisa como um pedido de desculpas? Bom, a resposta era óbvia que uma garota como eu, iria sentir vergonha por ouvir aquelas palavras do garoto fodão!
Nunca esperei algo parecido vindo pessoalmente dele, não quando eu sabia que não passava de uma garota invisível aos olhos dele. nunca sequer me direcionou um sorriso, às vezes – poucas – ele me encarava parecendo com ânsia de pronunciar algumas palavras, mas nunca me importei, pois sabia que ele só pensava no quanto era estranho uma menina ter amizade com meninos e não meninas.
Mordi os lábios com os olhos presos no chão, tentando disfarçar minha vergonha enquanto pensava em uma ótima ideia para ser recompensada... O que poderia pedir? Um beijo? Um abraço? Que ele largasse a Samantha para ficar comigo? Não, tudo era muito simples, precisava de algo maior!
Foi quando tive a magnífica ideia de analisar ao meu redor e meus olhos se chocarem com o cartaz extremamente colorido colado na parede, foi quando tive a ideia mais idiota da minha vida...
– Vai ao baile de primavera comigo? – foi tudo muito rápido, mas lembrava de cada palavra dele.
– Como é? – ele arcou uma sobrancelha. – Lógico que não! – simplesmente aquilo já era o suficiente, ele não precisava de mais argumentos. – Olhe diretamente para você, garota. – ele me indicou. – Você é gorda, uma baleia, saco de areia, nerd, feia. E eu sou o cara popular e pegador, nunca me atreveria sair com uma aberração como você! – tive vontade de chorar, mas ele não merecia minhas lágrimas. – Afinal, o que você além de muita gordura, mais tem? Nada! – sua humilhação doeu e foi dura de ser engolida, mas simplesmente acabou comigo naquele exato momento. – Vê se me esquece, você não tem nada de bom que me agrade! – deu as costas, e encarei as mesmas.
– Talvez eu tenha algo bom, ... – uma lágrima escapou quando pronunciei seu nome. – Mas pague pra ver, isso não vai ficar barato... Cada um colhe o que planta e por enquanto, suas plantas ainda são sementes, espere até elas crescerem! – e pode pagar pra ver, ele colheu o que plantou, e foi isso que ocorreu quando cresci...
Oito anos haviam se passado desde aquele ano, agora não era mais a adolescente iludida e gorda do colégio rejeitada por e o resto da instituição. Eu tinha crescido, estava com 23 anos e o corpo em perfeito estado de encontro, nada muito exagerado, mas era o suficiente para acabar com cada desgraçado do sexo masculino que me humilhou!
Trinta e dois tinham sido descartados, entre eles, incluíam grupos que agiam sempre juntos contra mim e meus amigos, não deixei barato, a cada pedido que nascia, eu cumpria com orgulho do animal selvagem confiante que me transformei, e até o momento, minhas amizades femininas não faziam falta, não quando seu ofício incluía apenas homens!
Contarei cada detalhe em partes...
05 de maio de 2016, Penitência Particular de San Diego.
– Ela já matou vários e tem uma ficha extraordinária. – o sujeito de cabelos longos e loiros expõe minhas características. – Seu último trabalho foi patrocinado na cabana referente ao tráfico de armas, seu dever foi trazer o corpo do chefe do contrabando até nós, e em menos de cinco dias tivemos o resultado excelente. Frederick Reed dentro de cinco dias estava preso, escute bem, estava preso! – ele parecia apresentar uma nova peça de carne e não um ser humano. – Acredite, ela foi treinada e é um das melhores agentes que temos em disposição para seguir com ordens.
Os dois homens de terno se entreolharam, do qual um deles continha uma maleta em mãos que protegia os papéis importantes e a marca da agência policial que agia pelas costas de muitos habitantes para servir a CIA. Eu não fazia ideia do meu destino, só sabia que o mais importante do dia seria a noite, quando tudo se baseava em sonhar destruindo mais futuros, mas já fazia três meses desde a minha última saída em missão e até os duas atuais não havia recebido sequer uma notícia de que sairia de novo.
– Se ela é considerada uma das melhores agentes, o que faz presa dentro de uma cela? – um dos homens questionou.
– Karl e August, vocês não sabem da fera do qual vão brincar. – Johnny tratou logo de anunciar. – Criamos essa garota justamente para capturar assassinos...
Eu não julgava a ofensa de me considerarem uma fera, agia com violência? Como não agir? Eu amava maltratar quem merecia ser maltratado, só seguir ordens, muitas vezes, não as seguia, encenava por conta própria, minhas armas me ajudavam dando um ar mais durão ao personagem. Recebia bronca por ser tão autoconfiante de mim mesma, mas no fim sempre conseguia de modo diferente, levar o bandido para a cadeia antes do prazo final!
– (...) ela recebeu ensinamentos específicos de Austin Dustin, seu caráter é firme e forte, ninguém consegue baixar sua guarda, e seu olhos...
Pisquei encarando a parede complemente marcada por minhas anotações, os riscos efetuados pelo pequeno pedaço de giz ou até mesmo pedras que encontrava dentro da cela junto dos ratos serviam como meus lápis. Não recebia privilégios, tinha o mesmo tratamento que os criminosos habitados ali dentro, mesmo não pertencendo aquele lugar, meu único dever era permanecer quieta até a hora que um dos guarda me liberasse para mais uma nova missão.
– (...) não subestime seu potencial, seus olhos, como estava dizendo, carregam marcas da morte e do demônio, suas íris não são como estão acostumados a presenciar durante a cidade, eles lhe julgam. Eu mesmo caí em sua lábia, resolvi encarar o perigo de perto mesmo não sabendo que ele morava logo atrás daquela porta. – apontou para a enorme porta de metal que separava o bem do mal. – Eu exijo cuidado! Leram a ficha técnica, se ele necessita de alguém rude, corajoso e bem treinado, essa é a garota certa! – Johnny estralou os dedos, chamando os guardas batendo a mão contra o botão que o colocaria na viva-voz. – Preparem a garota, mas dessa vez com auxílio de duas algemas. – ordenou, desligando a máquina de transmissão, se levantando bruscamente da cadeira giratória, seguindo caminho para o painel onde abriu um pequeno compartimento do qual abriria a grande porta.
Girei a faca entre os dedos, mantendo meu corpo encostado na parede enquanto refletia sobre a última gota de sangue derramado por mim. Não seria possível escapar daquela prisão, já havia tentado na época que não aceitava o fato de perder minha liberdade, mas naquele momento, tudo o que conseguia pensar era em como cada pessoa do meu passado estava pagando o preço por ter me humilhado, se bem lembrava, não faltava mais nenhuma para concluir minha lista, pelo menos dos quais vivia em San Diego, todos foram vingados.
Sorri largo, lançando o objetivo cortante e amigável em direção do pôster colado em minha cela... “Baile de Primavera, 30 de abril de 2008”, ainda faltava àquele merda, o infeliz já deveria ser pai e eu ainda lembrava das palavras que saíram por seus lábios, meu corpo fervia quando relembrava cada vírgula, meu ódio obtido por culpa dele agora era maior que qualquer outro sentimento mais poderoso, o que era o amor quando o ódio dominava? Apenas um sentimento ridículo que existia para acabar com uma garota!
Seja quem for a vadia, ela ainda vai ficar viúva e sem sexo por um bom tempo, não deixaria barato, esperei tempo suficiente, e ainda me devia uma dívida alta, e só sua morte pagaria o que foi recitado, nenhum pedido de desculpas adiantaria, apenas seu sangue escorrendo para fora de suas veias pagaria, sua morte valia mais que o perdão!
Observei a faca rasgar cada pedaço daquele cartaz enquanto escorregava sua ponta até encontrar o chão. Sorri meu sorriso considerado mortal, começando morder minha unha, sempre que costumava pensar em um desejo de vingança retornava instantaneamente, era um desejo forte que ultrapassava qualquer limite, eu tinha que me vingar dele, mas antes precisava construir um plano para sair daquele lugar.
Levantei o olhar para o teto, encarando minha barra de ferro. Pulei, agarrando firmemente no metal, começando minha simples preparação, forcei meus braços erguerem meu corpo repetidas vezes na intenção de preparar meus músculos, sentia que logo estaria livre novamente, e meus sentidos nunca falhavam.
– Seu dia finalmente chegou, ! – ouvi a voz do guarda.
Regressei ao chão, caindo com as pernas dobradas e uma mão apoiada no cimento, ergui minha cabeça encarando os três homens deixando um sorriso largo dominar meus lábios aos poucos, meus traços de felicidade eram expostos naquela expressão, mas no máximo, o que ele causava era medo e calafrios, sentia que aqueles homens queriam poder correr.
– Já estava na hora de sair! – tinha malícia, ódio e desejo.
Estiquei os braços, retornando manter minha expressão séria enquanto eles faziam seu trabalho, já estava acostumada com a temperatura gelada das algemas, quantas vezes tinha recebido aqueles objetos no corpo? Diversas vezes, por isso não me incomodava.
Enquanto eles finalizavam, minha mente refletiu. Quem seria a próxima vítima? Tinha certeza que não era quem eu esperava, deveria ser mais algum drogado de merda que queria sair imune traficando porte de drogas, meu dever com certeza seria matá-lo ou imobilizá-lo e trazê-lo até sua suposta cela, isso seria muito fácil!
– Vamos! – Louis me empurrou para fora da cela.
Não baixei minha guarda, os presos provocavam, só não contava com tamanha humilhação, mas eu não deixava barato, quem se envolvia comigo, agora pagava um preço alto por isso! Já não era mais aquela adolescente frágil e inocente, deixei minha juventude para trás, agora tudo o que queria era guiar meus instintos em busca da vingança nua e crua, e não deixava meu trabalho pela metade tudo o que pedia eu cumpria, de forma correta? Claro que não!
– Deu sorte em, detenta! – Rosemeire, uma presa legítima condenada à prisão perpétua, gritou com as mãos segurando nas barras da grade.
– Deveria seguir meu exemplo! – rebati com os olhos queimando.
– Vadia! Sua puta! Assassina! – todas gritavam e eu sorria.
Assassina, ah, como eu adorava aquela palavra!
Tínhamos de ser realistas, eu sou uma assassina? Lógico que sim!
Não fugia da verdade sobre mim. Qual outro segredo precisava revelar? Meu pai morreu em um acidente de carro e minha mãe alguns meses depois por depressão. Minhas últimas lágrimas foram derramadas por causa da morte de ambos, mas graças à polícia, fui acolhida pelo FBI ainda com o corpo indesejável, eles me mantiveram calma e transformaram de mim o que eu sou hoje, conseguiram fazer o sentimento que sentia por morrer e nascer outro agora mais forte que qualquer um existente: a vingança!
Aqueles xingamentos não valiam em nada, eles faziam da minha personalidade uma criatura mais forte, "assassina" era o meu apelido, meu nome do meio. Diversas brigas tiveram de ser apurada por causa das ofensas, isso foi nos primeiros dias, de quando eu não aceitava o fato de que tinha me tornado perigosa o suficiente para poder fazer mal a uma criança, mas engoli tudo calada durante as longas horas de castigo na solitária por ter matado uma das detentas. Sim, eu matei a mulher que me ofendeu com minhas próprias mãos, tinha de fato me transformado em um mostro, por isso compreendi a segurança que fazia permanecendo naquela cela.
As portas da sala de visita se abriram, transformando aquele corredor pouco iluminado em uma sala onde continha uma mesa de metal grande e duas cadeiras. Ao redor, uma sala visível através do vidro protegia três homens com armas que se encontravam vigiando com os olhos semicerrados cada movimento meu, as luzes se acenderam enquanto caminhava até uma das cadeiras. Acomodei-me no acento, fazendo questão de esticar os braços ainda envolvidos pelas algemas sob a mesa, com o olhar baixo apenas consegui me concentrar através dos sons emitidos, minha audição estava acostumada localizar os ruídos que existiam em um cômodo.
– . Suponho que seja?! – ergui meu olhar semicerrado, encontrando com seus olhos verdes.
– Disposta a fazer qualquer coisa para fazê-lo ter, seja quem for trás das grandes ou em suas mãos! – estralei todos os dedos da mão esquerda em apenas um aperto, com uma expressão assassina e doentia.
– É perigosa, ? – outro homem tocou meu queixo, parecendo analisar algo em minha face.
– Não desconfie do meu potencial justamente no primeiro encontro! – estiquei as algemas mostrando do quanto podia ser capaz.
– Parece ter carinha de santa. – o mesmo completou, e fiz questão de retirar seus dedos de minha pele.
– Primeira regra, não toque em mim! – rosnei, me atrevendo erguer um pouco o corpo, recebendo mãos policiais em meus ombros, ordenando-me retomar para a posição inicial.
Bufei quando senti novamente a espessura dura e gelada da cadeira em minhas costas e bunda. Levantei o olhar sem deixar intimidar os homens ali presentes, só estava interessada em uma coisa naquilo tudo... Quem era minha próxima vítima?
E como se tivessem lido meu pensamento, um deles, do qual tinha um distintivo informando o nome Albert Consty, resolveu abrir a boca grande:
– Sra , recebemos a grande surpresa de que você é considerada uma das melhores agentes desse país.
– E daí? – deixei escapar.
– E daí, que você deve ter total...
– Consciência de que devo somente seguir suas ordens, cumprir com as regras e todo esse blá, blá, blá. – interrompi, não suportava ouvir sempre a mesma coisa. – Mas, temos um "porém", chefe Consty, não sou uma garota de seguir ordens, eu planejo meus passos e costumo pegar o indivíduo com meus próprios ensinamentos.
Albert apenas umedeceu os lábios, mordendo os mesmo enquanto assentia em minha direção, sua expressão convencida não conseguia me enganar. Qualquer homem odiava ter que ser rejeitado, principalmente quando se era o chefe. Todos que me contrataram para prender os frouxos não se conformavam em saber que eu ditava as ordens, mas apesar desse detalhe, concediam confiança graças minha famosa fama.
Fixei minha atenção em suas íris, cada circunstância independente do tamanho dela era representado através de um breve olhar. O capitão Consty não me conhecia, mas deveria aprender identificar o, bem do mal, ele não fazia ideia com quem estava preste lidar, meu nome é , a garota mais perigosa daquela penitenciária!
– Ainda vai manter sua compra? – arrisquei em pronunciar, elevando uma sobrancelha.
– Isso está mais que óbvio! – respondeu parecendo decidido, estendendo uma folha em minha direção que representava o contrato do qual não excitei em assinar.
– Deixa comigo! – emiti com confiança elevando o corpo, sentindo as algemas serem cortadas.
Semicerrei os olhos, enquanto absorvia o alívio de meus pulsos após me encontrar livre dos metais. Materiais inúteis, nunca iriam me manter presa, ainda não entendia porque insistiam de usá-las em mim sabendo que não seriam párias para segurar .
– , quero que antes conheça . – Consty apontou para o homem próximo de dois policiais, que tirou os óculos escuros. – Ele será seu único guarda-costas e também único parceiro nessa missão. – afastei a cadeira, sorrindo cínico e pervertido.
– Não preciso de um guarda-costas, mas... – deixei a frase no ar, analisando os músculos através do terno. – Vou abrir uma exceção dessa vez. – pisquei em sua direção, querendo mostrar um ar mais amigável, do qual não tinha laço.
– Não vou achar ruim sua decisão, ! – sorriu de lado.
– Acho bom, ! – provoquei, passando a língua nos lábios.
– Assim que sair dessa sala, você estará sujeita a seguir pelo menos o básico de meus conselhos. Sua marca. – pausou quando o ferro quente se aproximou de mim, apenas permaneci parada, sentido as mãos dos policiais arregaçar as mangas de minha camiseta.
O contato do metal quente em minha pele gerou a dor mais contagiante que possuía no planeta, mas não era o suficiente para fazer de mim uma simples garota inofensiva que odiava pressentir a dor, afinal era completamente o oposto das palavras.
Mordi os lábios sentindo meu coração aumentar com os batimentos cardíacos, fora quase um choque elétrico. Meus gemidos deveriam se atrever em sair, mas não podia demonstrar aquele simples apelo por causa de um fajuto metal quente, do qual podia levar uma pessoa normal a morte, tinha que ser forte, nenhum daqueles homens mereciam ver minha fraqueza, para mim, a palavra fraqueza não existia no meu dicionário.
– E esse. – estendeu duas folhas de papel em minha direção, do qual agarrei. – É sua vítima! – meus olhos se arregalaram.
– É sério? – quis confirmar, não acreditando que era ele. – será minha próxima vítima...? – um sorriso de lado se alargou, quando Albert assentiu. – Beleza! – por fora demonstrava felicidade e por dentro meu organismo parecia se preparar para a batalha final!
“Agora você vai pagar, , cada palavra e cada vírgula serão vingadas!”, pensei em silêncio, enquanto absorvia aquela clara e magnífica surpresa, com um sorriso estampado no rosto.
– Não acho que seja necessário. – interviu em meus trajes. – Só vamos capturá-lo. Dinamites são coisas sérias! – indicou a bomba em minha cintura.
– Relembre as palavras, Sr. , eu não cumpro com ordens, eu determino ordens! – fiz questão de pronunciar de modo mais simples possível, retornando calçar minhas botas pretas.
Quem ele pensava que era para dizer o que eu deveria fazer ou deixar de fazer? Não era meu pai.
Podia ser um pedaço de músculo completamente gostoso, mas isso não fazia com que ele tivesse o direito de me subjugar. achava que por ter um corpo atraente e hálito canela, poderia sair julgando as escolhas dos outros, mas nisso, meu bebê estava enganado, deixei claro que comigo ninguém mandaria, então por que deixar justamente aquele Deus grego interromper meus planos e raciocínios? Não, ele não iria intervir!
, ah, vou pensar nesse nome quando estiver novamente dentro daquela sala, meu nome em sua voz, seu corpo contra o meu, seu calor, seu cheiro e suas ordens. Apenas entre quatro paredes lhe concederia o direito de liderança, se é que ele aceitaria me dominar, aliás, sua carinha de homem carinhoso não enganava ninguém, mas se fosse para ficar apenas observando aqueles músculos se contraindo naquelas roupas pretas, preferia levá-lo logo ao ponto do qual estou acostumada, levaria sua cabeça a loucuras absurdas, faria de uma simples noite, uma noite inesquecível que ele guardaria até o dia de sua morte.
– O que pretende com isso, ? – conseguiu novamente me tirar dos pensamentos sobre uma inesquecível noite de sexo com ele.
– Algemas? – virei meu olhar em sua direção, rindo com ele segurando o objeto. – Isso só o vai usar. – segui até si, segurando na parte livre do objeto, enquanto ele fazia o mesmo do outro lado. – Mas se quiser, posso colocá-lo na lista, ! – sorri pervertido.
– Depois planejamos isso. – respondeu soltando o objeto, sorrindo.
– Você vai amar a experiência! – afirmei analisando seu perfil.
– Mas hoje, o deu sorte. – trocou de assunto, se afastando cortando totalmente nossa conversa.
Sorri largo, apertando aquele objeto em minhas mãos, levando-o próximo da boca. O contato do material gelado contra meus lábios fez cada flash daquela quarta-feira regressar, agora ele pagaria caro por tudo que se atreveu pronunciar, mas amarrá-lo em uma cama talvez fosse pouco, ele merecia morrer por me fazer sofrer daquele jeito e daquela maneira.
O destino brinca com as pessoas? Pensei que não, mas ele brincou de novo comigo!
Pensava, não, tinha certeza que deixei de amá-lo, mas quando nossos olhares, cheiros e corpos se encaixaram tudo ficou claro... Eu ainda amava !
N/A: dê play na música (Animals – Maroon 5) quando eu avisar.
Afastei as cortinas pretas, podendo inalar logo de entrada o cheiro do álcool e perfume barato. Estranhei encontrar com garotas de programas ainda vestidas, frequentemente as minas – como eram chamadas pelos homens – não se importavam com o que usavam, para elas, o estado nu era o máximo ser atingido, porque não tinha mais do que tirar, se possível, tirariam mais.
O cheiro de nicotina invadiu minhas narinas assim que adentrei por completo naquele ninho de desocupados, já estava acostumada com a fumaça desde o dia que comecei construir minha vida atrás das grades. As prisioneiras, do qual mantinham máxima distância de mim e ocupavam celas em grupos, fumavam cerca de dez a vinte cigarros por dia, alguns constituídos de maconha e outros de cocaína.
Não era considerada surpresa para ninguém saber que seria ali onde o encontraria, afinal, além daquela boate ser famosa e isolada do centro de San Diego, ela abrigava todas as noites chefes de máfias poderosas e fortes, incluindo entre elas a máfia inútil de . Posso não ser completamente boa no assunto sobre sexo, mas sabia que era canalha o suficiente para procurar por presas fácies em um lugar nojento como aquele.
– Ele não está aqui. – comuniquei através do comunicador de ouvido.
– Lógico que está, procure direito, o sinal transmite que a localidade dele é sul. – recitou analisando o painel da sala de controle da boate.
– O padrão é sudeste. – corrigi fazendo o máximo para chegar ao bar.
Em meios a "com licença" e "desculpas", consegui chegar ao balcão, onde apoiei minhas mãos cobertas por luvas pretas. O barman se dirigiu diretamente ao meu encontro, perguntando de forma gentil e simpática qual seria meu pedido, respondi apenas com um piscar de olhos pedindo uma cerveja para disfarçar. Enquanto o homem que descobri ter o nome John saiu do meu ponto de vista, foi quando pude ter privacidade para encarar toda aquela área escura, iluminada apenas por alguns pontos de luz colorida.
Meus olhos reclamaram quando uma luz verde bateu contra eles. Não estavam acostumados com tanta claridade, meus dias na prisão dentro da escuridão impediam o contato com luzes fortes daquele tipo. Balancei a cabeça, guiando meu corpo para o lado, onde consegui encontrar uma escadaria que daria para o segundo andar da boate, subi pelos degraus, sem me importar com a cerveja que pedi no bar, afinal, aquilo foi apenas parte do plano.
Entre empurrões, cheguei ao segundo andar da boate onde encontrei com vários "casais" se divertindo. No caso, garotas de programa e seus clientes, jurava que encontraria naquele setor, mas me surpreendi quando minha hipótese foi considerada errada.
Quando encostei os braços na barra de costas para aqueles nojentos como uma maneira de ignorância, comecei refletir sobre o lado negativo da circunstância. estaria mesmo infiltrado naquela espelunca? Ele só não estava, tinha que está!
Confiava ao máximo em meus instintos, cada contração em minhas veias localizadas no interior de meu pescoço informavam que algo iria acontecer e julgava esse pequeno aviso como sendo o de constatação de que surgiria brevemente atrás de mim. Não atrás, mas que ele surgiria, ah, disso tinha certeza, não adentrei uma boate com o objetivo de sair com o rabo entre as pernas.
Ansiosa para se encontrar com ele? Você não fazia ideia de como estava!
Minha ânsia para estar frente a frente com meu rival chegava ser doentio, esperei dias atrás de grades frias para estar onde estava agora, não pela questão da boate, pois nela eu tinha total permissão para adentrar, já que era meu direito de diversão, mas sim pelo simples fato de que dali alguns minutos que julgava como passando rápidos encontraria com o homem do qual vinha desejando desejo de vingança há anos... Agora, ele iria conhecer a verdadeira !
“– Normalmente, não temos esse pequeno imprevisto, mas a nossa querida dançarina, infelizmente, teve de sair urgentemente devido problemas familiares e se acalmem, estamos fazendo o máximo para encontrar uma substituída para o momento.”, foi com esse aviso que a festa se iniciou!
Sorri largo, guiando minhas pernas para o camarim das dançarinas, agora pegaria , ele querendo uma não, só precisava receber um simples "sim" do chefe. – Não acredito que ela vacilou comigo, aquela vadia! – o dono da boate gritou, com a mão apoiada na testa e a bunda sob a poltrona.
– Fique calmo, Calvin, vamos achar uma dançarina para dançar no lugar dela. – uma mulher cujos cabelos eram loiros pronunciou com uma prancheta em mãos.
– Não precisa ser especificamente uma dançarina da boate, pode ser qualquer mulher bonita e gostosa para apenas distrair a atenção dos clientes. – Calvin disse, foi aí que vi minha chance chegar!
– Hã... Com licença...? – fingi um tom nervoso abrindo as cortinas pretas do camarim. – Mas não pude deixar de ouvir a conversa de vocês... – Calvin me analisou da cabeça aos pés. – E sabem...? Meu sonho sempre foi querer dançar em uma boate, recebendo olhares masculinos e cheios de luxúria. – sim, doente, esse era meu sobrenome. – Seu nome, querida? – Calvin quis saber.
– Jessye. Jessye Red. – lógico, não iria colocar meu nome a prova.
– Mallory, pegue a fantasia mais sensual que temos. – sorri largo.
As luzes refletiram e correram livremente por todas as extensões da boate enquanto meu corpo já recebia olhares perto do poste de poli dance onde talvez, fizesse alguns movimentos antes de partir pra a sensualidade, movimentos básicos e depois específicos. Se eu dissesse que tudo o que estava preste fazer, era apenas para atrair atenção de um homem, seria clichê da minha parte, mas serviria como exemplo... Sempre que quisesse procurar por um indivíduo macho, era preciso apenas dançar. Encarei o chão do palco, respirando fundo enquanto o DJ anunciava meu nome falso, o que não ajudava me manter calma, afinal, precisava de concentração para conseguir dançar. Estava com disposição para pagar o mico, tudo dependia daquela dança e se aquele era o único caminho seguir, estaria disposto encarar qualquer desafio, era de que estávamos falando, minha vítima, e faria do possível o impossível para capturá-lo, ele teria minha vingança!
Virei meu olhar para trás podendo visualizar todos que me admiravam, eram homens de todas as idades, muitos com bebidas e outros com notas de dinheiro, gritando e batendo a mão contra as madeiras do palco. Senti nojo no início, mas quando ouvi a música começar, foi quando consegui coragem e esqueci o que realmente eles queriam...
N/A: apertem o play!
Comecei movimentos calmos com os braços, tentando conter a vergonha por estar preste dançar Animals, apenas por saber que dali exatamente algumas horas, eu seria a presa de , já causava imensos calafrios. Não que estivesse com medo dele, nunca tive medo de homens, mas temia o que ele era capaz de fazer... Os recados que recebi antes de mergulhar na enrascada, foram baseados no comportamento de perante uma cama, gostava de sexo, mas curtia um pequeno detalhe: o sadomasoquismo!
(Talvez você pense que pode se esconder)
I can smell your scent from miles
(Mas consigo sentir seu cheiro de longe)
Just like animals, animals, like animals-mals
(Como animais, animais, animais)
Baby, I'm
(Baby)
(Você é como uma droga que está me matando)
I cut you out entirely
(Te elimino totalmente)
But I get so high when I'm inside you
(Mas eu fico tão alto quando estou dentro de você)
Mãos masculinas entraram em contato com minhas nádegas apertando com vontade, alguns pareciam famintos pelo simples contato, além de apertarem, se arriscavam em uma tentativa de atrair mais meu quadril em sua direção, mas infelizmente, toda aquela estrutura pertencia a uma pessoa...
But you can’t stay away from me
(Mas não consegue ficar longe de mim)
I can still hear you making that sound
(Ainda ouço você fazendo aquele som)
Taking me down, rolling on the ground
(Acabando comigo, rolando no chão)
You can pretend that it was me, but no, oh
(Pode fingir que era eu, mas, não, oh)
Ergui meu corpo, causando reclamações, sorri com os incentivos de aproximação sentindo meu ego aumentar quando nossos olhares se chocaram... Os olhos continuavam os mesmos, seus tons só se encontravam mais escuros, era ele, !
Sorri mais largo que o comum, partindo para o ataque... Puxei com toda a força que continha a pequena peça de camiseta que cobria meu sutiã preto também constituído de corrente, apenas arqueou uma sobrancelha se ajeitando em frente ao bar, ficando totalmente de frente para o palco com uma garrafa de cerveja em mãos, aproveitei seu interesse começando andar, movimentando o quadril provocativamente em direção da escada onde poderia ter um contato mais profundo com os homens.
Baby, I’m preying on you tonight
(Baby, serei seu predador essa noite)
Hunt you down, eat you alive
(Te caçarei, te comerei viva)
Just like animals, animals, like animals-mals
(Como animais, animais, animais)
Maybe you think that you can hide
(Talvez você pense que pode se esconder)
I can smell your scent from miles
(Mas consigo sentir seu cheiro de longe)
Just like animals, animals, like animals-mals
(Como animais, animais, animais)
Baby, I'm
(Baby)
Levantei os braços no meio de uma roda de homens, começando uma dança sensual... Subia e descia a mão por minha coxa, lançando sempre que conseguia um olhar provocante na direção de , o mesmo retribuía com uma erguida de sobrancelha continuando acompanhar meus movimentos.
A melhor parte da música estava por vir, e encerraria minha sedução por ali, o resto sabia que faria. Ele tinha mordido a isca, agora só era preciso atraí-lo para meu jogo, mas isso foi após a parte que mudou meu destino naquela noite, senti pela primeira vez que aquele mesmo sentimento... Ainda existia!
(Não diga mentiras)
You can’t deny, ny, ny, ny
(Você não pode negar)
The beast inside, side, side, side
(A besta que vive aí dentro)
Yeah, yeah, yeah
(Sim, sim, sim)
De costas senti quando ele se aproximou...
– Você será minha! – aquilo me causou um calafrio, a voz grossa dele... Ah, que voz!
Joguei minha cabeça para trás, envolvendo minhas mãos em sua nuca, puxei seus cabelos , aproveitando para gemer alto quando seus lábios entraram em contato com meu pescoço...
Just like animals, animals, like animals-mals
(Como animais, animais, animais)
Just like animals, animals, like animals-mals
(Como animais, animais, animais)
Ah, ooh!
– Vai ser minha... – pronunciou escorregando sua mão grande e quente por minha barriga, seguindo caminho para o cós de meu short, mas tive sorte...
Na verdade, não tive sorte, ninguém contava com aquele incidente... E se quer saber, eu mesma não sonhava!
– Fica longe dela! – foi empurrado para o lado e me encontrei livre, contudo a música continuou tocando.
– ...? – pronunciei em dúvida.
– Saía daqui, tem um bom...
– !!! – gritei quando lhe envolveu por trás.
Fiquei em espanto quando ambos começaram traçar uma luta violenta. enforcava de uma maneira injusta, ele fez um gancho ao redor do pescoço de meu guarda-costas, o que deixava as tentativas de fugas quase inevitáveis. Tentei intervir, tentando o máximo, frouxa o aperto dos braços de , mas foi mais rápido.
– Saía agora! – ordenou conseguindo se libertar, assim que acertou uma cotovelada na barriga de . – Tem uma bomba, esse lugar vai explodir em milhões de pedaços! – anunciou, fazendo todos correrem para a saída.
– , cuidado!!! – avisei quando convocou reforços, sua gangue no caso.
– Corre! – me empurrou, correndo junto de mim em direção do estacionamento.
Entre empurrões, me guiava segurando em minha mão, ele sabia o que estava fazendo, só queria me manter segura, longe daquele lugar que estava com os minutos contados através de uma bomba relógio. Agradeci por tê-lo como companheiro, podia ter se atrevido tentar algo comigo com direito exclusivo de plateia, sua mão já indicava outras intenções, mas como sempre, tinha que existir alguém para atrapalhar, no caso foi salvar, pois não sabia descrever a vergonha que passaria naquela roda masculina.
parou, retirando sua jaqueta de couro, entregando-a para mim, ordenando que a vestisse para garantir proteção. Ele gritou pela terceira vez e não tive escolha, vesti, enquanto ele se jogava contra a porta que daria para o estacionamento.
– Abre porra! – emitiu alto, forçando a maçaneta.
– Ela não vai abrir. – sério, ? Ele já sabia disso!
– Tem que abrir! – respondeu recomeçando jogar seu corpo contra a porta de metal.
Agarrei a maçaneta, girando de todos os lados possíveis, talvez se conseguisse quebrar estaríamos do lado de fora daquela quase explosão. recebia chamada através do comunicador preso a seu ouvido era a voz de Albert, emitindo comandos parecendo desesperado.
– Eles estão ali! – nossas atenções tiveram o mesmo destino.
– Peguem eles! – ordenou alto, e sua gangue obedeceu correndo em nossa direção com revólveres.
Tentamos com mais fúria, mas a porta não queria colaborar com nossa tentativa de fuga, a boate ainda estava cheia de homens junto de um bando de delinquentes querendo nos matar. Minha raiva por aquele objeto de metal já começava existir, um objeto inútil, quem inventou portas de metais com tranca deveria ser morto na guilhotina igual nos velhos tempos de monarquia.
Mas a pergunta que fluía em minha mente era exatamente: o que queria com ? Qual era seu interesse em meu guarda-costas, quando na verdade, sua preocupação deveria ser em sair ainda com vida daquele lugar?
O que eles tinham de tão importante para se tratarem na base de armas? não teve intenção de machucar , ele só cumpria com seu dever de guarda-costas, por isso não compreendia a análise constante entre os dois. Sabia que havia se tornado um cão de briga, mas não pensei que era tão ligado a rivalidade, sofreria se caísse em suas mãos, eu conseguia ler em seus olhos qual seria o destino de .
– Vamos ter que ir por cima... – pronunciou me puxando para uma escadaria. – Vai, vai, vai! – ordenou e eu obedeci sem excitar.
Enquanto subia os degraus, lutava para manter a gangue ao máximo envolvida com sua luta. Cheguei ao corredor, tocando as grades de proteção observando a luta injusta, e agora lutavam, eram socos, chutes e apertos. Aquilo demonstrava exatamente uma base do motivo agressivo entre eles, tentou chutar o rosto de , e foi quando notei em uma mão... Uma faca de corte!
– !!! – gritei quando chutou no abdômen, conseguindo lhe prender pelo pescoço.
– Não vai sentir nada, irmãozinho! – abri a boca em espanto quando ele fez o movimento.
O sangue escorreu, tinha apunhalado-o pelas costas, arregalei os olhos. Como ele podia matar alguém? Não era mais o garoto badboy do colégio, se transformou em um monstro, um assassino!
– Seu monstro! – gritei sentindo raiva e ele sorriu, largando ainda com vida.
– Corre, ... – ele emitiu em um fio de voz, ah, você me paga!
– Pegue ela! – ordenou e seus homens apenas obedeceram enquanto ele chutou pelas regiões das costelas.
Mesmo contra minha vontade, corri em direção da última porta do corredor podendo ouvir os disparos contra mim. Aqueles homens não estavam para brincadeiras, eles jogavam sério e tinham objetivo em matar qualquer coisa para satisfazer os desejos de seu chefe, mas se deixou claro que me faria dele... O que pretendia me matando? Sua mente doente pregava peças, do qual não queria me envolver.
Na época do colégio, antes de toda aquela humilhação, tinha total certeza que ele se tornaria um profissional de respeito. Tinha um típico jeito de advogado, se daria bem no mundo da defensão, sua mente guardava segredos e suas notas garantiam um cobiçado futuro. Seria rico, famoso, respeitado, mas não aproveitou a oportunidade de desenvolvimento optando para o lado do crime!
E que modo de crescer... Deixando de lado suas características e perigo, sua performance física ainda me despertava desejo. Tinha que confessar. Mesmo lhe odiando, seu corpo estava em perfeito encontro, seus músculos bem trabalhados e esculpidos do tamanho exato seria um ótimo lugar para lacrar minha marca, minhas unhas e dentes adorariam entrar em contato com aquele pedaço de pele... E sua voz, ah, meu nome pronunciado naquele tom...
Tudo bem, , chega, lembre-se do colégio!
Empurrei a porta, encontrando-me sem saída. Estava no terraço da boate, onde minha única opção era regressar, mas quando tentei já foi tarde.
– Renda-se, ! – um dos homens apontou a arma.
Atuei passos para trás, analisando toda a extensão ao meu redor em busca de alguma saída que pudesse me levar novamente para o andar de baixo antes da bomba explodir e transformar aquela boate em minúsculos pedaços de concreto e poeira. Afinal, quem tinha sido o filho da puta que teve a magnífica ideia de implantar uma bomba justamente na maior e mais lotada boate de San Diego? Um imbecil que com certeza estava de mal com a vida!
Continuei regressando até minhas costas baterem nas grades de segurança, infelizmente enferrujadas, engoli em seco e encarei a queda, não gostando do resultado...
Havia água onde deveria existir asfalto!
Odiava confessar e me render, mas só tinha uma coisa a fazer naquele momento e infelizmente o fiz.
– Vocês vão me pagar por isso! – rosnei chutando a arma do homem que liderava.
Com a distração, consegui tempo para escalar uma pequena caixa de madeira. O vento gelado agitava meus cabelos e o ar de última chance fluía em meu rosto, meu coração estava calmo, se fosse mesmo o fim estava totalmente ciente que iria para o inferno. Não tinha medo de morrer, afinal, eu voltaria para a cela depois de concluir e acabar com a raça de , não era justo depois de tanto trabalho, mas meu destino foi assim...
Respirei fundo, conseguindo de uma força do além, coragem para pular no terraço. Meu corpo caía como uma pena, o impacto com a água fora alto e logo fez sua função... A água invadiu minhas narinas com objetivo de preencher meus pulmões que imploravam por ar, mas não tinha mais tempo para subir até a superfície, então aceitei.
A última coisa que me lembro de ter visto ou ouvido, foi alguém adentrar a água e tocar minha cintura, mas era tarde... Já havia liberado todo o ar que ainda continha...
Ligamentos foram precisos, para colocar isso em prática, várias cabeças deveriam ter trabalhado para projetar o plano, mas na verdade, só a minha ainda estava inconsciente... Tudo não passava de uma farsa, logo aquela máfia acabaria, sairia de sua zona de conforto para uma zona pior que seria a cadeia. Celas esperavam por todos inclusive uma privada para , faria questão de vê-lo com cara de coitado atrás das grades de metal, não só isso, adoraria ver aquele filho da puta com cara de cachorrinho sem dono.
Albert não queria ter só o cadáver de , o queria vivo com respiração, olhos, boca, órgãos e sangue. Se dependesse de mim, ele encontraria com Consty com o corpo frio e branco, junto de um brinde: uma bala implantada no crânio. Podia imaginar a bala perfurando seu cérebro, seu sangue escorrendo pela testa, seus olhos revirando, seu último suspiro, meu sorriso largo e um homem totalmente satisfeito ao meu lado!
Odiava ter que imaginar um desperdício de homem como aquele sendo morto, ele não tinha filhos o que facilitava minha coragem de atirar cada vez mais presente. Se houvesse descendentes, tudo ficaria pior, já tinha pena por tê-lo de excluir da sociedade e tirar o pai de uma criança inocente, deixando-o órfão seria um pecado mortal, não era tão fria ao ponto de matar para prejudicar uma criança.
Mas o problema não era matar, pois o problema original estava ali, justamente próximo da cama!
– Você é um doente, ! – gritei tentando ao máximo me libertar das algemas.
– Ah, um doente apropriado para o seu corpo. – disse com luxúria, passando sua mão nojenta em minha perna descoberta.
– Não toca em mim! – afastei ao máximo.
– Não... – começou, segurando firme em minha perna, puxando-a para si. – Lute contra a sua própria vontade, !
– Essa não é a minha vontade! – rebati entre os dentes.
– Não minta, sabe que mentira lhe levara para o inferno. – soltou um riso cínico, subindo na cama.
– Se afasta de mim, ! – tentei lutar, mas foi mais rápido, puxando o lençol que cobria meu corpo. – Seu doente!!! – protestei quando o frio da noite bateu contra meu corpo nu.
– Shh... – pediu. – Não vou fazer nada que você não queira. – parecia garantir com um tom baixo e sexy, mas na situação, eu não queria transar com ele!
– Então respeite a minha vontade... – tentei prosseguir, mas seus beijos em minha barriga denunciavam onde ele queria chegar. – ! – chamei sua atenção, mas ele me retribuiu apenas com um olhar prazeroso e um sorriso cínico.
– Apenas sinta o que ainda causo em você... – disse lambendo minha virilha.
Sexo oral? Como é? queria praticar sexo oral em mim?
Não, eu não podia deixar, tinha de sair daquele cativeiro e seguir com meu plano. podia ser gostoso, mas nunca permitiria que ele fizesse oral, sua língua passaria bem longe de minha intimidade, não importa quem ele fosse nunca, nenhum homem iria receber essa permissão nem de graça!
Fiz um gesto infantil. Mexi as pernas parecendo desesperada, enquanto ele ria e tentava se esquivar dos chutes que ameaçavam tocar seu rosto, seu sorriso doentio dominava os lábios vermelhos e marcados devido à força transmitida através de meus dentes. Éramos dois doentes mentais, ambos gostavam do sexo e da dor, eu, em comum, adorava quando ele liberava seu lado rude e distribuía seus ensinamentos em meu corpo que correspondia de imediato a seus fortes, rudes e sinceros tapas.
– Não lute, ! – exigiu, segurando firme em minhas coxas. – Não precisa ter vergonha, já vi tudo o que você escondia, e quer saber?
– Vai dizer novamente que sou gorda, uma baleia, saco de areia, nerd e feia? – fiz questão de repetir exatamente o que ele disse.
– Me perdoa, amor... – ergueu seu tronco, causado calafrios em meu corpo quando ambos se chocaram brevemente.
Meus pelos se arrepiaram quando sua pele quente e descoberta encostaram-se a minha barriga. fungou feito um animal próximo de minha boca, eu estremeci. Ele parecia com raiva e já havia passado uma noite com ele naquele encontro, melhor sensação e pior... Seu lado rude despertava e isso me causava tensão!
Podia comemorar a cena não duraria muito tempo, logo e sua máfia estaria no chinelo. Precisava apenas ativar meu relógio rastreador, constituído com tecnologia avançada que permitia me comunicar e mandar comando para minha equipe.
– Desculpa, ... Sabe que agora não vou mais fazer isso, só quero que me ame do jeito que você me amava... – seus olhos imploravam pelo meu perdão.
– Nunca, ! – sorri largo conseguindo fazer o que tanto queria... – E nossa história acaba aqui! – rosnei e a voz masculina entrou sem avisar e invadiu o quarto.
– Está cercado, , renda-se! – transmitiu no microfone do prédio, o que deixou indignado.
– Sua vadia! – rosnou entre os dentes.
– Acabou, ! – retribui as palavras certas na hora certa com os olhos explodindo em sinal de deve comprido.
prensou meu corpo na parede com o braço pousado em frente a ele, mostrando uma imagem protetora que eu não conhecia. Havia conseguido me livrar das algemas com fácil acesso das chaves escondidas até então no cofre secreto de , debaixo da cama, onde também continha duas armas reservas, dois mil dólares, TNT, um mapa e alguns objetos cortantes.
Percebi o quanto eram seus sentimentos, um criminoso de coração guardaria, mesmo se sentindo ridículo por isso, uma foto da família ou da mãe, mas o que me surpreendeu foi não encontrar nenhum indício de fotografia no cofre, até eu guardava uma foto de papai e mamãe para ficar relembrando na cela quando estava absolutamente sem nada para cumprir.
Deitada na cama, ficava passando os tempos livres esfregando o dedo na imagem representada no papel. Lágrimas não surgiam, mas a saudade de um carinho familiar e verdadeiro batia todas as manhãs em minha porta, só não podia atendê-la e convidá-la para ficar, tinha que superar ao máximo esses sentimentos e isso mudou conforme dois anos presa atrás das grades da Penitência Particular de San Diego.
– O que vamos fazer? – perguntou, enquanto observava falando ao celular no pátio da residência.
– Você, eu não sei. – carreguei a arma. – Só sei que hoje finalizo esse caso! – travei a arma, colocando-a na cintura, disfarçando sua forma com ajuda da camiseta preta.
– Tome cuidado. – segurou meu braço, atraindo minha atenção para seu rosto.
– Convoque a equipe imediatamente. – indaguei observando a expressão preocupada nos olhos de . – Eu ficarei bem... – garanti com vontade de abraçá-lo, mas não tinha tempo para isso. – Chame o resto! – lancei um último olhar para ele antes de seguir um caminho oposto do dele.
– Agente 172, , repetindo agente , está na escuta? – esperou resposta de seu comunicador de ombro.
– Na linha chefe, diga seu comando. – um dos agentes de sua equipe questionou.
– Convoque todos. ordenou que todos devem estar em seu devido posto! – comunicou se levantando, seguindo correndo para o portão do pátio, onde sua equipe entraria.
Com a arma em punho, jogava o corpo para o lado me escondendo atrás das grandes caixas de produtos explosivos, a máfia estava de partida para Nova York onde se hospedaria em uma pequena residência no sul da cidade em um prédio de negócios onde trabalhava o tio de .
Albert sugeriu esperar o embarque do chefão no aeroporto de San Diego, onde a polícia de imediato, lhe levaria para a prisão, mas decidi que pegá-lo antes traria mais prazer e segurança, pelo menos não poderia pegar ninguém como refém. No avião, sua personalidade estava sendo procurada, mas disfarce e um corte de cabelo ajudariam no caso de fuga, era esperto o suficiente para se disfarçar e pegar um avião com destino à Nova York.
Movimentei a perna para o lado, conseguindo captar xingando alto e lançando o celular no chão o quebrado em pedaços. Continuei observando seus movimentos até outro homem surgir em meu campo de visão.
– Chefe! Estamos com baixa quantidade de dinheiro e se essa porcentagem não crescer, nunca vamos conseguir embarcar a equipe e o pacote completo. – o homem que chegara explicou.
– Isso não é problema, mas preciso que saiba... – começou, mas não terminou, captando minha observação.
O coração palpitou quando seu olhar se cruzou com o meu, um calafrio dominou minha espinha. Regressei para me esconder, engolindo em seco, torcendo com todas as forças impossíveis que ele não tivesse notado minha análise em si e seu aliado, meus batimentos cardíacos se encontravam acelerados e avisavam que a consequência seria justa! – O que planeja me espionando, ? – disse alto. – Se for para enfrentar o inimigo, encare-o nos olhos! – citou de uma forma ameaçadora.
– Qual o seu problema, ? – saí de trás da caixa com a arma estendida na direção dele.
– Você. Você é o meu problema! – respondeu entre os dentes, mostrando a arma que ele continha em mãos, uma dinamite.
– Ah, eu sou novamente o seu problema, não é mesmo? – falei com sarcasmo, ameaçando puxar o gatilho fazendo-o levantar os braços.
– Não vai atirar, ! – falou com um sorriso.
– Atira, ! – surgiu com os carros da polícia e gritou segurando sua equipe atrás de si. – Lembre-se do mal que ele lhe fez! – engoli em seco, tinha razão, eu precisava atirar contra ele. – Não importa o que aconteça, atira agora!
– Você não vai fazer isso, . – sua voz penetrou meus ouvidos. – Gostou do que lhe ensinei, não gostou? – começou sua caminhada, continuando segurar o TNT. – Eu lhe ensinei o desejo, o prazer, o sexo e até mesmo o beijo...
– Cala a boca! – gritei, ele iria mesmo revelar nossa intimidade.
– Não é justo jogar desse jeito. – provocou se aproximando me encarando com seus hipnotizantes olhos . – Eu levei você para a cama. Mostrei seu dom de dominadora, lhe apresentei o melhor lado do sadomasoquismo. E agora você simplesmente, – piscou abaixando o olhar para a arma em minhas mãos trêmulas. – pega essa arma e ameaça atirar? – abriu um sorriso cínico. – Não estou a reconhecendo ! Vou precisar lhe algemar de novo?
– Cala a boca desgraçado! – não me contive e parti para cima dele.
– , não! – gritou e agiu rápido fazendo todos se surpreenderem. – Não... – emitiu alto quando a bala já tomava posse de meu subconsciente, abaixando sua arma.
e sua equipe agiram, atiraram contra todos da máfia de que surgiram quando ouviram os disparos, o número de homens era grande os agentes nunca dariam conta, mas acontecia que eles não teriam que lutar por muito tempo, afinal, seu chefe...
Meu corpo caiu contra o dele, minha cabeça bateu contra seu peitoral e permaneceu ali. Minha mão segurava na perfuração em meu tronco tentando impedir o sangue, mas foi mais rápido, pronunciando as palavras que eu nunca queria ouvir...
– ... – sua voz falhou. – Acho que agora... – gemeu, se esforçando para me encarar. – Ah... Estamos quites, certo? – sua respiração falhou.
– Não, ... Nunca ficaremos quites. – respondi com dificuldade.
– Desculpa pelo passado...
– Não quero suas desculpas... – interrompi.
– Você conseguiu, se vingou de mim, espero que esteja satisfeita. – olhou em meus olhos. – Conseguiu, ... Conseguiu... – sorriu pequeno e suas pálpebras fecharam e simplesmente tudo doeu.
– ! – chamei. – ! – meu estômago revirou, e como se não bastasse, àquela sensação, tive vontade de chorar depois de oito anos presa com o FBI.
Apertei sua camiseta cinza, deixando uma lágrima escorrer. Ela era quente e grossa, a tempo não sentia como era uma lágrima... Aquilo doía, e como doía!
– Eu ainda te amo... – pronunciei, apagando finalmente, me livrando daquela vida traiçoeira.
– Como é? – mas se eu havia morrido, como tinha ouvido a voz de indignado?
Fim.
Nota da autora: Primeiramente espero que tenham gostado da minha primeira ficstape do site, gostei muito de verdade de escrever uma história sabendo que se baseava na música Confident da Demi Lovato, a propósito........ DEMI SUA LINDA EU TE AMO!!!!.......... Tentei ao máximo me esforçar com o tema, tentado também não fugir do contexto da música, mas espero que tenham gostado da fic, e se quiserem acompanhar algo sobre ela entre no grupo.
E caso, gostaram dessa fic e querem continuação, porque estou pensando em continuar, é só deixar um “like” e um aviso dizendo que deseja ler a história original com os fatos organizados, pois isso ficou mais parecido com um amostra grátis hahaha, e também se quiserem ler mais fics minhas acompanhe logo abaixo
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