Capítulo Único
Naquela manhã acordei com o celular acusando que havia recebido um e-mail novo e por sinal era o que eu tanto esperava, aquele e-mail confirmava que eu havia sido chamada para ser staff da minha banda favorita, Simple Plan, eu sentia cada músculo do meu corpo tremendo enquanto eu relia insistentemente o que estava na tela do celular.
“Cara ,
Estamos felizes em te informar que você foi uma das selecionadas para fazer parte da nossa turnê!
Esperamos você no dia 25, quinta-feira, às nove e meia da manhã em nosso estúdio na rua 461 S California St, Burbank, CA 91505, Estados Unidos para acertarmos os últimos detalhes sobre nossa viagem juntos!
Leve este e-mail com você junto com documentos para registro.
Atenciosamente, Simple Plan crew.”
Eu sai saltitando pela casa toda de felicidade e foi quando minha mente se deu conta que não sabia onde estava metade dos documentos, sai revirando a casa toda e depois de deixar tudo de pernas para o ar eu finalmente encontrei, separei cada um dentro de uma pasta transparente e deixei na bancada ao lado da porta. Passei o restante do dia repassando tudo o que eu havia aprendido no curso de roadie que eu havia feito há alguns meses, fui até a cafeteria onde eu trabalhava para poder pedir demissão, chegando lá dei de cara com uma muvuca na porta, eu completamente sem entender o que estava acontecendo entrei pela porta dos fundos, vesti meu uniforme e encontrei o Rafa na bancada.
- Ei o que está acontecendo?
- Boa tarde para você também, , está acontecendo que tem algum famoso ali na porta e as pessoas são surtadas, como sempre.
- Famoso? Quem?
- Sei lá, é tanta gente que nem consigo enxergar direito.
- Bom, o Thomas tá aqui já?
- Sim, na sala dele, por que?
- EU CONSEGUI! – Gritei empolgada.
- VOCÊ TÁ ZOANDO? – Ele deu pulinhos enquanto me olhava.
- Não be, não to zuando, é super sério. – Mostrei o celular com o e-mail para ele.
- AI MEU DEUS QUE TUDO!!!!
- SIM! – Contivemos nossa empolgação por causa do Thomas que apareceu.
- O que está acontecendo aqui?
- Bom, várias coisas. – Falei séria. – Primeiro que tem alguém famoso lá fora e tá aquela muvuca toda, segundo que eu passei no teste! Consegui, vou ser roadie do Simple Plan!
- AH SÉRIO? – Ele falou empolgadíssimo. – Que incrível ! Meus parabéns!
- Obrigada Thom!
- Bom, então vai ajeitar sua documentação mulher! O que tá fazendo aqui com uniforme?
- Na realidade vim para falar com você sobre isso, eu começo amanhã lá...
- Tudo bem, vem comigo que vou assinar os papéis, vou colocar como demissão assim você recebe um dinheirinho extra!
- Ah Thom, já falei o quanto você é incrível hoje?
- Pare com isso, só vamos.
Fomos até a sala dele onde ele imprimiu cerca de dez papéis me explicando o que era cada um, eu os assinei e voltei para casa onde finalmente tive meu surto real, liguei para a minha irmã que mora lá no Brasil e contei a novidade, assim como eu imaginava ela surtou comigo afinal ela é tão fã da banda quanto eu.
No dia seguinte acordei às sete da manhã super empolgada para finalmente começar a trabalhar com o que tanto amo, chamei um uber e fui até o endereço que eles me passaram pelo e-mail, chegando lá o segurança me levou até a sala onde eles estavam, entrou na sala pedindo para eu esperar e cerca de dez minutos depois saiu me avisando que eles estavam me aguardando.
- Bom dia! – O Jeff falou assim que entrei na sala.
- Bom dia...
- Então você será nossa nova roadie? Prazer e seja bem vinda ao time! – O Pierre estendeu a mão e eu rapidamente retribui o gesto.
- Obrigada!
- Bom, você irá ficar no lugar do Chris, ele irá te passar detalhadamente tudo, você tem uma semana para aprender as coisas e iremos sair de turnê.
- Okay! – Falei empolgada olhando para o Chris em seguida. – Quando começamos?
- Hoje mesmo, enquanto eles ensaiam vamos para outra sala que te passo tudo. - Sorri para ele e concordei. – Mas antes, vamos tomar café.
Tomamos o café que estava em uma mesa com alguns lanches e fomos para outra sala, lá ele me ensinou a pegar o violão no ar e me avisou que era uma mania do Pierre, em todo show depois que ele tocava o início da música Perfect ele iria jogar o violão para mim, fiquei meio receosa com aquilo já que era realmente a única coisa que eu não sabia mas ficamos treinando um bom tempo, depois ele me passou como afinar cada instrumento para cada música e revisou comigo o como ajeitar os pedais das guitarras e baixos, falou onde ficava a caixa de baquetas e palhetas, depois de tudo ensinado e revisado nos sentamos na sala ambos cansados.
- Mas Chris, se me permite perguntar, por que vai sair?
- Bom, minha esposa teve o filho recentemente, quero realmente ver o bebê crescer e prefiro trabalhar dentro de estúdio. – Ele falou cansado. – Tive uma proposta bacana para ficar lá no Canadá e trabalhar em um estúdio por lá.
- Ah entendi! – Sorri. – Achei bonito o gesto, imagino que sua esposa vai ficar bem feliz.
- Ela tá mas parcialmente está triste, ela também é super fã de Simple Plan...
Dei risada e continuamos falando sobre a nossa vida, quando contei que eu trabalhava na cafeteria até o dia anterior ele falou que eles foram lá para tomar café mas se tornou inviável pela quantidade de fãs que haviam lá. Continuamos repassando alguns detalhes e voltamos para a sala onde estava a banda, ali o Pierre fez questão de treinar o fato de ele jogar o violão, afinal nós dois precisávamos ter uma certa ligação para aquilo dar certo, mal sabia ele que pelo menos pelo meu lado essa ligação já existia, na primeira vez que ele jogou o violão peguei tranquilamente.
- Rápida para aprender, gostei. – Ele deu risada. – Bom, acho que nem precisamos treinar...
- Sabe, acho válido treinar com a música, como se estivesse em um show. – O Chris falou pensativo. – O que acha ?
- Acho bem válido inclusive.
- Então vamos fazer agora!
Eles começaram a tocar a música e eu estava no canto curtindo, quando acabou a parte do violão o Pierre olhou para mim e jogou o violão em minha direção, rapidamente eu peguei ele ainda no ar, o que fez o Pierre sorrir e aquele sorriso me fez derreter.
A semana se passou voando e o Chris me passou tudo o necessário para poder sair de turnê tranquilamente com eles, quando finalmente chegou o dia eu estava tão ansiosa e pilhada que não conseguia parar quieta, fui em direção ao aeroporto e assim que cheguei lá encontrei a banda me aguardando na sala de embarque, cumprimentei a todos e me sentei o lado do Pierre.
- E ai, tá nervosa?
- Um pouco, não sei nem para onde estamos indo. – Falei dando risada. – Só to indo.
- Bom, como na realidade estamos no final da turnê, vamos fazer os últimos shows no Brasil, por isso não precisamos pegar visto para você. – Ele falou olhando para o outro lado da sala onde estava o Jeff. – Já que você mora lá foi mais fácil.
- Brasil? Por que ninguém me contou antes?
- Acho que esquecemos desse detalhe.
- Bom, tudo bem... – Falei procurando me preparar psicologicamente.
- Está bem?
- Sim, só preocupada, sei bem como é a fanbase de vocês lá. – Dei risada pensando nas pessoas que eu conhecia e certamente iriam ao show.
Ficamos em silêncio e voltei a atenção ao celular, pouco antes de embarcar enviei mensagem para a e para a falando que eu estaria no Brasil com a banda, pedi para a nem comentar com nossos pais já que eu não sabia se teria tempo de visita-los.
Nosso voo foi chamado para embarque e ironicamente me sentei ao lado do Pierre, eu sabia que seria um voo bem longo então me ajeitei na cadeira e acabei adormecendo, acordei com o Pierre me chamando por que estava na hora da aeromoça trazer a comida, eu comi e em seguida dormi novamente. Como pegamos um voo direto acordei algumas horas antes do avião pousar em terras brasileiras, fui ao banheiro e assim que estava caminhando em direção a poltrona novamente ouvi ao núncio do comandante falando que era para colocarmos os cintos pois iríamos pousar.
O Pouso foi tranquilo e suave, assim que o avião parou eu e o Pierre nos levantamos para pegar nossas malas e ficamos prontos para sair, aparentemente ele estava tão cansado quanto eu desse voo longo.
- Bem vindos a São Paulo, o tempo hoje está estável mas frio, está fazendo dezoito graus e são meio dia e meio. Nosso voo se encerra aqui obrigado a todos por voar conosco. – O piloto informou e as aeromoças começaram a circular ajudando os passageiros a pegar as malas e informar onde era a saída.
- Dezoito graus? – O Pierre falou assustado. – Normalmente quando a gente vem tá calor.
- Vocês normalmente vem em época de fim de ano Bouvier, agora estamos em agosto, época de inverno. – Me espreguicei e peguei a mala. – Bem vindo a terra da garoa.
- Talvez eu não tenha trago roupas para o inverno.
- Trouxe uma calça e uns dois moletons?
- Sim, por recomendações do Chuck.
- Então está preparado, aqui não neva, só chove e no máximo do frio vai chegar a uns dez graus.
- Ah só isso? Então estou tranquilo.
- Com certeza está. – Dei risada da cara de alívio dele. – Então, vamos?
- Vamos.
Desembarcamos e reunimos a equipe na sala de desembarque, cada um pegou sua mala e fomos em direção a saída, assim que nos aproximamos vi a quantidade de fãs que havia ali. Avisei aos meninos e me prontifiquei a levar as malas deles já que iriam parar para tirar fotos e dar autógrafos, eles agradeceram mas fizeram questão de levar as malas, eu saí e fui em direção ao portão de saida onde tinha uma van esperando pela banda, guardei minhas malas na van e fiquei esperando por eles do lado de fora.
- É essa van que a banda vai entrar? – Uma menina me perguntou, eu olhei diretamente para a camiseta escrita “Simple Plan”
- Olha não sei, mas eles estão lá dentro atendendo os fãs, vai lá falar com eles. – Sorri.
- Obrigada.
Ela entrou em direção aos meninos que já estavam se aproximando da van, vi que ela conseguiu tirar fotos e pegar autógrafos com eles e sorri observando a cena. Eles entraram na van e eu entrei em seguida fechando a porta, por conta da chuva demoramos duas horas para chegar no hotel coisa que eu já sabia que iria acontecer. Estávamos quase chegando quando notei o Pierre completamente inquieto e incomodado com o trânsito.
- Gente mas o que tá acontecendo?
- Acontece que as pessoas esquecem como dirige quando chove. – Falei cansada olhando pela janela. – Suspirei e me virei para ele. – Acostume-se porque é disso para pior, onde vai ser o show?
- Citibank hall.
- Então se estiver chovendo, daqui lá demora esse mesmo tempo.
- Sério? – Ele perguntou desanimado.
- Sério, vamos torcer para não estar chovendo, estar só nublado.
Ele suspirou e concordou, chegamos no hotel e logo pegamos as chaves dos nossos quartos, eu pela primeira vez estando no renaissance entrei observando cada detalhe do quarto, assim que deixei minhas malas fui passear pelo hotel queria saber como era aquele luxuoso hotel pessoalmente, depois de descobrir onde ficava cada coisa fui pegar o elevador para ir de volta ao, quando entrei encontrei o Pierre encostado no canto do elevador mexendo no celular.
Fiquei em silêncio até chegar o nosso andar, o elevador apitou informando que havíamos chego eu olhei para ele que ainda estava encarando o celular, assim que ele olhou para frente se assustou, ele provavelmente nem tinha notado que eu estava ali.
- ... – Ele parou me olhando, em seguida chacoalhou a cabeça. – Nós vamos ao bar hoje à noite, aqui no hotel mesmo, gostaria de ir?
- Claro! Mas porque não vamos em um fora do hotel? – Perguntei arqueando a sobrancelha. – Tem um pub onde só toca música boa, meio longe mas acho legal irmos.
- Pode ser! Eu tinha esquecido que você é daqui.
- Fechado, nos encontramos as dez na entrada então?
- Te espero lá! Vou ver com os caras quem quer ir.
- Okay!
Fui em direção ao meu quarto que por sinal era ao lado do dele, pude ouvir enquanto descansava jogada na cama ele falando com os meninos pelo telefone, pelo jeito o Jeff e Seb concordaram logo de cara, o Chuck foi um pouco mais difícil mas aceitou ir. Chegou a hora e eu estava pronta para sair com eles, estava vestindo uma calça jeans, meu salto preto, uma camiseta preta com gola V e um casaco de couro por cima quando eles saíram do elevador notei o Pierre me olhando de cima a baixo com um sorriso malicioso, chamamos o uber e lá fomos nós em direção ao Morrison.
Quando chegamos pagamos nossas entrada no pub e fomos pegar algumas bebidas o bar que é mais vazio fica no andar de cima onde também tem algumas mesas, pegamos alguns drinks e nos sentamos em uma mesa vaga próxima ao bar, enquanto conversávamos notei que eles estavam observando a decoração do lugar, que tem vários quadros de bandas de rock e principalmente do The Doors, afinal o pub se chama Morrison em homenagem ao Jim Morrison.
- Vai ter show hoje?
- Sim, do The Doors cover, deve começar daqui a pouco, aí a gente desce.
- Okay! – O Pierre falou empolgado fotografando a decoração.
- A decoração daqui é incrível, como nunca viemos aqui antes? – O Jeff comentou olhando ao redor.
- Talvez as pessoas que acompanhavam vocês na turnê não conhecessem esse lugar. – Dei de ombros. – Mas já aviso que só conheço São Paulo, as outras cidades é sem chance de eu saber algum lugar legal, amanhã podemos ir na taverna medieval se vocês quiserem.
- Claro! Vamos passar três dias aqui, o show é só no terceiro dia! – O Chuck respondeu me olhando. – Por que não tivemos uma guia que levasse a gente em lugares legais antes?
- Sei lá... – Dei risada. – Vou ver se consigo reservar a mesa dos vikings pra gente então, todos vão?
- Com certeza!
- Ok, já volto.
Me levantei e fui até o espaço de fumantes que fica ali no andar de cima mesmo, liguei para o restaurante e consegui reservar a mesa que queria para o dia seguinte as oito da noite, quando olhei para o lado o Pierre estava parado ali observando a rua pela fresta da madeira.
- Ei, o que você tá fazendo?
- Tentando entender por que isso não é aberto.
- Sabe que venho aqui há anos e nunca entendi. – Dei de ombros olhando para as madeiras. – Vamos voltar?
- Espera. – Ele segurou gentilmente meu braço.
- O que foi?
- Obrigado por nos trazer aqui e estar se esforçando para nos mostrar lugares novos em São Paulo.
- Imagina Pierre, aqui é minha terra, conheço alguns lugares bem legais que sei que vocês iriam curtir.
Ele sorriu e me abraçou apoiando o queixo em minha cabeça, foi um abraço gostoso e que aparentemente eu estava precisando, senti meus olhos marejando mas segurei o choro se não iria desabar ali mesmo, ele apoiou a mão em meu queixo e selou nossos lábios dando início a um beijo lento que foi se intensificando aos poucos, quando senti as mãos dele começando a percorrer meu corpo notei que era hora de parar, afinal não estávamos no lugar mais propício aquilo do mundo.
- Não é um lugar bom para isso... – Sussurrei ao pé de seu ouvido e notei a nuca dele arrepiar.
- Concordo... – Ele falou meio ofegante. – Podemos deixar para mais tarde.
- Com certeza. – Senti meu rosto queimar.
- Você fica mais linda ainda quando fica vermelha. – Ele acariciou meu rosto.
- Bom, vamos que o show deve estar começando.
Nós entramos chamamos os meninos e fomos em direção ao palco que fica no andar de baixo, assim que encontramos um canto para ficar a banda começou a tocar eu fui invadida pela vibe daquele show, os caras realmente eram muito bons, em algum momento o Pierre me abraçou por trás para curtirmos junto a música que estava tocando. Quando o show acabou aproveitamos que as pessoas ainda estavam no andar de baixo para tirarmos foto junto ao quadro do Jim Morrison que tem na escada, tirei foto de um por um ao lado do quadro e depois dos quatro juntos ali, quando deu três horas da manhã chamamos um uber para voltarmos ao hotel assim como na vinda chamamos dois carros por estarmos em cinco, no primeiro foi o Seb e o Chuck, no segundo fomos juntos eu, Pierre e Jeff.
- Boa noite! – O Uber falou assim que entramos, acabei ficando sentada no meio.
- Boa noite moço.
- Hotel Renaissance que fica ali na alameda santos?
- Isso mesmo, se puder ir pela Rebouças talvez seja melhor para fugir da muvuca do vila Madalena. – Falei notando que o waze estava falando para ele dar outra volta.
- Com certeza, inclusive ia perguntar se podia fazer isso. – Ele falou sorrindo, eu me limitei a sorrir de volta. – Estão indo embora cedo.
- Sim, os senhores idosos aqui do meu lado cansaram. – Dei risada sabendo que eles não estavam entendendo o que eu e o motorista estávamos conversando. – Brincadeiras à parte, na realidade nós estamos meio confusos com o fuso horário, chegamos hoje do exterior.
- Ah então não são daqui?
- Eles dois não, eu sou, cresci nessa cidade linda.
- Sabe eu acho São Paulo incrível mas tenho certeza que tem lugares melhores, já imaginou como deve ser Nova York moça?
- Para ser sincera? Igualzinho aqui, só muda que o metrô é vinte e quatro horas mas a segurança do metro de madrugada é péssima.
- Sério?
- Sim, quando visitei lá pela primeira vez achei que seria bem diferente, até é por conta do estilo de vida das pessoas né, mas tirando isso é idêntico a São Paulo, trânsito, correria, as pessoas mal tem tempo de respirar, que nem aqui...
- Admito que nunca imaginaria isso.
- Pois é, realmente é uma cidade incrível vale a pena o passeio por lá, mas se for para morar recomendo fugir das capitais que todos falam, eu fui fazer intercâmbio em Compton na Califórnia, a cidade é agitada mas nada se compara a Nova York.
- Vou seguir seu concelho moça, to planejando fazer intercâmbio no final do ano era para ser antes mas com a vinda de uma das bandas que sou fã acabei gastando mais que devia.
- Eu te entendo bem! – Dei risada. – Sou a típica que faz papel de trouxa pelas bandas que sou fã.
- Nossa exatamente isso! – Ele estacionou o carro e olhou para nós ficando completamente chocado. – Meu deus...
- Ah pronto, você é fã e só viu agora? – Falei rindo.
- Sim...
- Aproveita que eles tão de bom humor migo, tira foto e pega autógrafos.
- Com certeza.
Ele pediu fotos e autógrafos para o Pierre e para o Jeff que prontamente aceitaram, depois descemos do carro e fomos para nossos quartos eu estava quase fechando a porta do quarto quando o Pierre parou na frente dela me olhando, fiz menção para que ele entrasse e fechei a porta assim que ele viu que ela estava completamente fechada me puxou pela cintura selando nossos lábios, pulei no colo dele abraçando sua cintura com minhas pernas, nossas camisetas foram ficando no caminho assim como meu sutiã, ele me deitou na cama tirando rapidamente minha calça e começando a passar levemente seus dedos pelos meus seios enquanto intensificava mais o beijo, percorri seu corpo lentamente memorizando cada centímetro daquele corpo que eu tanto desejava ele se posicionou em cima de mim e nem em meus melhores sonhos aquilo havia sido tão bom, ficamos um tempo ofegantes lado a lado na cama até criarmos coragem para ir para o chuveiro.
Meu pensamento estava a milhão sobre o que havia acabado de acontecer, eu estava repassando detalhadamente cada momento em minha mente como se fosse um filme, ele foi tão carinhoso e intenso mas sabia que me apaixonar por ele seria algo muito complicado.
- Quer dormir aqui? – Perguntei entrando no chuveiro junto com ele.
- Não vou recusar. – Ele sorriu e me abraçou, só então ele notou minha tatuagem com o logo da banda dele na costela, ele me olhou meio assustado. – Então você é fã?
- Sim, o que tem?
- Você...
- Não. – Interrompi ele. – Sei que vai falar, mas não.
- Como sabe? – Ele arqueou a sobrancelha.
- Você vai falar que “ai meu deus eu transei com uma fã, ela vai se iludir...”
- Não quero nem saber de onde você tirou isso . – Ele deu risada. – Eu ia perguntar como você escondeu tão bem seu lado fã.
- Tive que deixar de lado para trabalhar com vocês ué, ou quer que eu tenha um surto de fã no meio do show?
- É, como você faz parte da equipe, não é uma boa ideia.
- Viu, faz sentido.
- Tá faz mesmo, mas por que não contou para a gente?
- Não vi necessidade de tocar nesse assunto até agora.
- Hm...
Eu sorri e voltei minha atenção ao chuveiro que estava oscilando demais, foi quando ouvi um “tec” e o chuveiro ficou completamente frio. Tentei o truque de mudar a temperatura do chuveiro enquanto me perguntava o motivo de ainda não ser a gás em um hotel daquele nível, quando finalmente consegui o Pierre correu para o chuveiro quente e fez uma cara de alívio.
- Mulher o que mais você faz?
- Bom, quando se é brasileiro se sabe os truques. – Dei risada. – Só não entendo o motivo de ser elétrico, não a gás.
- Realmente não faz sentido, o a gás seria mais fácil.
- Com certeza! Bom, como terminei o banho, vou informar a recepção que precisa ser concertado isso.
- Ok, até já.
Sai do banheiro com o cabelo enrolado na toalha enquanto vestia um roupão, informei na recepção que me avisaram que pela manhã viria alguém trocar a resistência do chuveiro. Sequei e penteei meu cabelo para não correr riscos de ficar doente e recomendei ao Pierre fazer o mesmo, apesar de ele estar acostumado com o frio dos estados unidos senti que seria válido recomendar, acabei adormecendo enquanto ele terminava o banho, inclusive uma lady para tomar banho demora uma vida.
Acordei na manhã seguinte jurando que eu tinha sonhado com tudo aquilo, me espreguicei na cama e percebi que ele estava ali, virei de frente para ele e sorri inconscientemente enquanto o observava dormir tranquilo. Pedi café da manhã para nós dois enquanto ele ainda estava dormindo e fui ao banheiro, quando sai ele estava sentado na cama meio desnorteado e tinha alguém batendo na porta, quando abri era o café eu agradeci e fechei a porta em seguida.
- Bom dia flor do dia, pedi café para nós.
- Bom dia , obrigado. – Ele se levantou e foi ao banheiro, em seguida se sentou na cama pegando a xícara de café. – Qual a programação de hoje?
- Só reservei coisa pra noite, as oito horas nós vamos jantar na taverna medieval, lembra que combinamos ontem?
- Lembro sim, pergunto por você mesmo, o que vai fazer...
- Acho que vou encontrar minha irmã e uma amiga, mas aqui no hotel mesmo.
-Hm...
- Elas são fãs mas se você quiser ir.
- Fãs tipo você?
- Hm... Sim.
- Então eu vou. – Ele sorriu.
Sorri de volta e fui me ajeitar, separei a roupa que iria usar e fui arrumar o cabelo, afinal era necessário porque ele estava o perfeito caos e por mais que eu estivesse tentando ele não queria ficar de jeito nenhum, tentei chapinha, babyliss, praticamente tudo até que desisti e entrei no chuveiro, provavelmente aquele seria o único modo de melhorar o aspecto leão que o meu cabelo estava, quando sai do banho olhei as mensagens do celular.
“, vou levar o Daniel vocês ainda não se conhecem, mas ele é meu namorado há um ano já.”
“ Então você tá namorando e não me conta só porque tô em outro país?” Dei risada do meu pseudo piti, eu já sabia por causa dos meus pais que haviam me contado.
“Pare de se fazer de desentendida, sei que papai e mamãe te contaram. Inclusive eles querem falar com você sobre seu novo emprego, você mandou mensagem mas não explicou bulhufas pra eles.”
“Pode deixar que vou ligar pra eles hoje.”
“Oi gente, sumi mas tô aqui, inclusive como fazemos pra entrar no hotel dona ?”
“Já chegaram ?”
“Sim, eu e o Doug estamos aqui na frente.”
“Okay vou descer, entra pelo estacionamento que te encontro lá.”
“Fechou!”
“Mesmo pra você !”
“Ok! 10 min tamo aí segundo o Waze!”
“Espero você então !”
“Ta, gente, agora é seríssimo, Bouvier quer ir almoçar com a gente.”
“MAS É O QUE RAPAZ?”
“Mano do céu!”
“É, tudo que eu peço é, comportem-se, explico maiores detalhes depois 🌚 vou ligar pro papai e mamãe e já encontro vocês.”
“See you”
“Até já.”
Olhei para o Pierre já arrumado que estava bem entretido com algum desenho que estava passando no SBT, me sentei na poltrona mais distante e disquei o número do meu pai.
- Oi filha!
- Oi Pai! Tudo bem?
- Sim e com você? Quero saber mais do novo trabalho!
- Tá com a mamãe aí?
- Sim, vou te colocar no viva voz, pronto.
- Oi !
- Oi Mãe! Então, sobre o trabalho, vocês lembram de um curso que fiz para trabalhar com bandas?
- Claro.
- Então, estou trabalhando com Simple Plan, inclusive estou no Brasil, pensei em passar aí amanhã para almoçar com vocês.
- Espera, muita informação. – Minha mãe falou enquanto meu pai ficou em silêncio.
- Você desistiu do intercâmbio?
- Não pai, meu visto vence essa semana, eu iria ter que voltar ou ficar ilegal, lembra que contei isso para você anteontem?
- Verdade, pegou a comprovação de conclusão?
- Óbvio! Assim que peguei recebi o e-mail me chamando para ser parte da equipe deles inclusive.
- Que ótimo! – Minha mãe falou empolgada. – Eles vão cuidar de documentos e tudo para você acompanhar eles?
- Sim! Inclusive já estou com visto de trabalho para o Estados Unidos e Canadá.
- Por que os dois países?
- Bom, eles são canadenses mas gravam no Estados Unidos, as vezes fazem alguns trabalhos no Canadá também então preciso estar por perto nos shows.
- Entendi! Estou muito orgulhoso de você filha.
- Obrigada pai! – Senti meu rosto queimar e meus olhos marejarem com a frase e senti o olhar do Pierre sob mim. – Sobre onde vou morar, provavelmente ficarei nós Estados Unidos mesmo já que quando eles não estão em turnê eles estão gravando.
- Ok! Um dia iremos te visitar!
- Isso com certeza! Inclusive mal posso esperar, mas preciso ir, amanhã almoçamos juntos então?
- Claro filha! Estamos com saudades.
- Também estou, beijo, amo vocês e até amanhã.
- Também amamos você!
Desliguei o telefone e senti as lágrimas escorrendo pelo meu rosto, lágrimas de felicidade para ser sincera. O Pierre se limitou a levantar e me abraçar, ficamos naquele abraço por um tempo até eu ser tirada do transe pelo meu celular tocando, era a para avisar que já havia chego no hotel também.
- Bom, elas chegaram. – Falei sorrindo e limpando as lágrimas.
- Chorou por que?
- Saudades dos meus pais. – Sorri se canto. – Nada de mais, vamos?
Ele concordou e fomos em direção ao estacionamento do hotel no elevador ele passou a mão pelo meu ombro eu retribui abraçando sua cintura, quando chegamos no estacionamento saímos abraçados do elevador e logo encontramos as duas, ele teve a reação que imaginei de tirar o braço rapidamente do meu ombro.
- AH QUE SAUDADES DE VOCÊS MANO! – Pulei em cima das duas e fomos as três para o chão.
- assim você mata a gente. – A comentou e deu risada. – Saíram abraçados do elevador HM?
- Bom, lembra que falei que tem coisas pra contar? ENTÃO...v - Não me diga que vocês...
- Sim, noite passada com tudo que tem direito. – Sussurrei para elas enquanto nos levantávamos.
- Oi Doug! Quanto tempo! – Cumprimentei ele.
- Quanto tempo ! Como foi o intercâmbio?
- Foi muito bom, rendeu mais que o esperado!
- , esse é o Dani, Dani essa é a , minha irmã que estava de intercâmbio.
- Prazer! Finalmente tô te conhecendo! – Dei risada abraçando ele.
- Prazer! Ouço várias histórias de você.
- Não sei se é bom ou ruim... – Dei risada. – Bom, gente esse é o Pierre, Pierre essa é a , a minha irmã, o Doug marido da e o Dani namorado da .
- Oi gente... – Ele falou um português enrolado que fazia ele ficar mais fofo.
- Bom, bora almoçar!
- , o Chuck perguntou se podia vir, falei para ele encontrar a gente no restaurante.
- Okay! – Olhei para a que no mesmo instante ficou completamente vermelha.
Fomos para o restaurante e o Chuck guardou uma mesa com sete lugares para nós, nos sentamos junto com ele e fizemos nossos pedidos, o almoço fluiu tranquilo apesar da vergonha surreal da e da em relação aos dois, sinceramente eu não julgo porque teria a mesma reação que elas se eu não tivesse aprovado o lado profissional.
- Chuck você sabia que a tem nosso logo tatuado? – O Pierre falou em meio ao assunto de bandas e tatuagens que estava rolando.
- Não sabia não... – Ele me olhou procurando a tatuagem.
- Só o logo? – A falou rindo. – A doida aí tem o logo e o autógrafo dos quatro.
- Como não reparei? – O Pierre falou indignado. – Onde fica os autógrafos?
- Em cima do logo. – Me levantei e mostrei a tatuagem para o Chuck.
- E como você descobriu essa tatuagem Pierre? É em um lugar bem escondido, não? – O Chuck falou rindo da expressão do amigo que ficou em choque e completamente sem resposta.
- Acho que isso não vem ao caso... – Falei sentindo o rosto queimar. – Você viu que a tem você tatuado no braço Chuck?
- Sério? – O rosto dele ficou levemente vermelho quando ela mostrou a tatuagem orgulhosa. – Espera, lembro se você, é a professora né?
- Sim... – Ela ficou mais vermelha do que já estava.
O almoço se estendeu até às três da tarde que foi quando o Pierre e o Chuck resolveram voltar aos quartos para poder fazer os preparativos para ir atender aos fãs, chamei as meninas e os namorados para irmos a cobertura onde tem um espaço para sentarmos longe do cheiro de comida, que já estava embrulhando o estômago de todos nós. Nos sentamos em uma mesa redonda com cadeiras confortáveis ao ar livre já que não estava com cara de que iria chover naquele momento.
- Ta, quero saber tudo.
- Tudo o que ?
- Como assim, do nada, você virá roadie deles e ficou com o Pierre? Oi?
- Olha também tô curiosa.
- Bom, eu me inscrevi há uns três meses atrás pra essa vaga mas tinha esquecido ela completamente, aí calhou de eu ter acabado meu intercâmbio e eles chamarem, eis que meu visto para o Estados Unidos agora é de trabalho. – Dei de ombros. – Foi sorte por que o Chris saiu da equipe.
- Você tá no lugar do Chris então?
- Sim.
- E por que ele saiu?
- Aparentemente a esposa dele está grávida e o nenê está para nascer, ele quer ficar junto com ela. E em relação ao Pierre, cara nem eu sei, foi meio que do nada, a gente começou a conversar mesmo semana passada.
- To chocada. – A e a falaram em coro.
- Gente até eu fiquei chocado. – O Dani falou finalmente se pronunciando sobre algo.
- Olha, e fala! – Tirei sarro dele. – Você fica muito quieto mano! Ah inclusive, amanhã vou almoçar na mamãe.
- Belê, estaremos lá também.
- o que você vai fazer hoje a noite? – A perguntou.
- Vou a Taverna medieval com a banda, vocês querem ir?
- Rolê com a bandinha? – A falou empolgada. – Tô dentro!
- Olha eu queria mas...
- Mas o que dona ?
- O orçamento tá um pouco apertado.
- Tá então você vai, encontro vocês as oito na frente da taverna, eu faço a sua e a do Doug. – Sorri para os dois que me olhavam meio sem jeito. – Nem vem com não precisa, deixa eu fazer essa e quando der vocês fazem um rolê pra mim.
- Nesse caso fechou mana! Mas me conte onde aconteceu o beijo?
- Bom, ontem levei eles para conhecer o Morrison aí em algum momento quando sai para reservar a mesa na Taverna ele veio atrás de mim, e não lembro bem como mas a gente ficou...
- Ai quando chegaram no hotel foram para um quarto, o quarto dela para ser específico. – O Seb chegou se intrometendo na conversa. – Pierre me contou hoje cedo, mas vim te perguntar que horas vamos sair.
- As sete no hall de entrada, vamos de Uber que nem ontem, quer sentar?
- Preciso ir lá em baixo ver os fãs... – Ele falou meio preguiçoso. – Vocês vão para o restaurante a noite?
- Sim eles vão. – Quebrei o silêncio que havia reinado no lugar.
- Okay! Até de noite então! – Ele falou empolgado e foi em direção ao elevador.
Nós ficamos lá conversando até umas quatro da tarde, que foi quando elas foram embora e eu fui me arrumar e lembrar os meninos sobre o rolê de noite, sai do banho e me deparei com o Pierre sentado na cama mexendo no celular, me vesti e sentei ao lado dele.
- Tá bem?
- Oi? Estou sim, vim para cá te esperar. – Ele sorriu. – Estamos todos prontos para sair.
- Gente mas são só cinco da tarde!
- Ah eu sei, mas estamos ansiosos.
- Tá, vou me arrumar decentemente e a gente sai.
- Tá bom.
Eu comecei a arrumar meu cabelo, o que levava tempo já que tinha todo o processo de secar, fazer um babyliss porque não estava a fim de ficar com o cabelo liso naquele dia e por último me maquiar, a parte mais rápida foi essa afinal não uso muita coisa só um rímel, um lápis e um batom, realmente nada de mais, quando terminei o cabelo e a maquiagem fui me vestir, optei por usar o padrão de sempre, uma calça jeans, camiseta preta, a jaqueta de couro e uma botinha cano baixo já que estava frio naquela noite e com previsão de garoa.
Olhei para o Pierre que estava me analisando e sorrindo, abri a porta chamando ele que logo estava ao meu lado, fomos até o hall de entrada onde encontramos o restante da banda nos esperando para chamarmos um uber e ir para o restaurante. Quando chegamos falei com a garçonete sobre a reserva de mesa e se tinha como caber mais quatro pessoas, ela nos colocou na mesa que eu realmente queria, a que imita o barco viking, como chegamos razoavelmente cedo ficamos conversando, bebendo e petiscando as porções de batata frita até as meninas chegarem.
- Oi gente! – A cumprimentou todos e se sentou ao meu lado, onde tinham duas cadeiras vagas. – Já escolheram o que comer?
- Na real não, estávamos esperando você e a chegarem para poder escolher tudo de uma vez.
- Beleza, nossa eu to com fome... – Ela falou apoiando a mão na barriga. – Cadê a ?
- Chegando, ela mandou mensagem falando que em dez min estava aqui.
- Okay, nossa mano nunca pensei que eu ficaria tão nervosa em sair com eles...
- Ou falando em sair, cadê teu boy?
- Era para ele ter chego já, mas cansei de esperar e entrei. – Ela olhou o celular e riu. – Falando no capeta, já volto, vou encontrar ele.
Ela voltou com o namorado e com a que estava com o Doug, eles se sentaram e começamos a conversar, falar sobre como havia sido meu intercâmbio e como era a vida de turnê, ficamos até tarde na Taverna e por volta das onze e meia resolvemos migrar para o bar do hotel, quando chegamos na frente do hotel por algum motivo que eu juro que não entendo estava lotado de fãs, isso que eram meia noite já, eles pararam para tirar algumas fotos e logo entraram enquanto eu e as meninas entramos pelo estacionamento, o rolê em si foi acabar lá pelas três e meia quatro horas da manhã.
No dia seguinte tive o almoço na casa dos meus pais, o Pierre até queria ir mas fiz questão de ir sozinha afinal eu precisava realmente contar detalhes para eles, coisas de como tinha sido o intercâmbio e como seria minha vida agora, depois de tudo contado nos mínimos detalhes fomos finalmente comer e foi quando a e o Daniel apareceram.
- Bom, finalmente vamos poder nos conhecer direito! – Brinquei com o Daniel.
- Pois é! – Ele se serviu de um pedaço da lasanha e em seguida serviu a , ato que eu achei muito fofo inclusive.
Nós comemos tranquilamente e depois nos reunimos novamente na mesa para conversar, foi quando descobri que o Daniel também é fã de Simple Plan e que eles haviam se conhecido no último show deles aqui que havia sido há dois anos atrás, bem no ano em que eu havia saído de intercâmbio.
- Nossa por que raios ninguém me contou isso antes? Então você e a já se conhecem?
- Sim! Na verdade eu era amigo da antes de conhecer a , no show eu fui junto com a e conheci ela, ai daí pra frente foram os dates e etc.
- Olha só e eu enfiando você em rolê com eles. – Dei risada. – Bom, assim já quebra o gelo, vocês vão no show hoje?
- Óbviamente né . – A deu risada. – Você vai que horas?
- Tenho que chegar lá as cinco, os portões abrem as seis e o show só começa as sete. – Dei um gole na cerveja. – Como não tem pré game, main event e nem sp crew estamos um tiquinho mais traquilos, só vai ter o post game mesmo.
- Post game? Vai ter? – O Dani falou chocado.
- Te falei que ia ter!
- Vai sim, vocês não compraram?
- Nope...
- Relaxa, vocês vão do mesmo jeito.
Quando chegou quatro e meia meu pai fez questão de nos levar até o Citibank hall, eu me despedi dele e em seguida da e do Dani que ficaram na fila da pista premium, corri para a entrada lateral e fui direto aos backstages onde encontrei toda a equipe finalizando tudo, testei guitarra por guitarra para saber se estava afinado, recoloquei o saco de baquetas no local correto e fui testar o microfone, eu estava cantarolando Jet Lag quando ouvi uma voz conhecida vindo dos auto falantes mas não estava conseguindo enxergar onde ele estava, quando o encontrei sorri e fui em sua direção e assim que terminamos a música ele me beijou.
- Assim no meio de todos?
- Claro! Não tenho nada a esconder.
- Se você diz. – Me aproximei novamente e selei nossos lábios.
- Canta comigo essa noite?
- Mas é óbvio que não Pierre! Não tenho nada de preparação vocal e muito menos voz para isso!
- Ah... Discordo de você mas se você não quer ok.
- Vai para o camarim se preparar. – Falei e ele sorriu. – Ah antes, preciso que você saiba, vou liberar a entrada da e do Dani no post game.
- Hm. Tá?
- Os dois antas não compraram. – Revirei os olhos.
- Ok, pode deixar eles entrarem, obrigada por avisar! – Ele me abraçou, deu um beijo em minha testa e saiu.
Fiquei meio confusa com a frase mas foquei no trabalho que tinha muita coisa para ser feita, tudo afinado e todas as coisas em seus devidos lugares, mandei mensagem para a avisando que consegui o vip para eles e que era para eles irem para a fila do pizza, peguei as pulseiras e fui liberar a entrada do vip para eles poderem ir até o merch, encontrei a e o Dan no meio da fila com a , eu logo coloquei a pulseira nos dois e voltei para a entrada liberando as pessoas.
Quando o show começou eu me apoiei no canto curtindo um pouco da música no momento de pausa foi que eu tive que correr novamente para ajeitar as guitarras e entregar a certa para cada um, era aquele momento que eu teria que prestar mais atenção afinal a música que ele iria jogar o violão estava chegando.
- Ei. – Segurei o braço dele momentos antes dele entrar no palco. – Da uma palheta para a ?
- Pode deixar. – Ele me deu um selinho e entrou no palco.
Assisti ali do canto o começo de Perfect e na hora que ele me jogou o violão, que era o momento que eu estava mais tensa, correu tudo bem e consegui pegar o violão no ar conforme o planejado, ele voltou caminhando em direção a e a entregou a palheta, ato que fez ela desabar em choro. Depois do show organizei a fila do post game e liberei a entrada de todos, enquanto as pessoas comiam e bebiam eu voltei ao palco para desmontar tudo, o que demorou cerca de quarenta minutos graças à ajuda maravilhosa de todos da equipe, quando voltei ao local do post game apoiei em um canto e fiquei mexendo no celular, aleatoriamente vi um stories no instagram que mostrava o momento exato do Pierre me dando um selinho.
“Pronto, o inferno vai começar.”
Pensei comigo mesma, o post game se passou tranquilo e eu fui distribuindo os pôsteres conforme as pessoas saiam do lugar, como iríamos a um bar depois do show pedi para a , e Dani esperarem até o final assim iríamos todos juntos. Quando a última pessoa saiu o Pierre me puxou pela cintura olhando para os meninos.
- Guys. – Ele sorriu. – Só queria oficializar o que vocês já sabem, a gente está ficando.
- Precisava dessa cerimônia toda? Vai matar a garota do coração assim, Bouvier. – O Chuck falou enquanto ria.
- Tá, agora vamos para o bar? – O Seb perguntou rindo. – Depois de um anúncio óbvio vamos comemorar!
- Vamos!
Fomos ao bar e em uma conversa da com o Pierre eu acabei ouvindo que ele estava gostando muito de ficar comigo, o que para ele era razoavelmente estranho já que havia terminado um casamento de longa duração há um ano só, eu sabia de toda a história do termino mas somente o que havia saído na mídia, nunca tinha perguntado para ele e nem vi pra que perguntar já que o assunto não havia surgido sozinho.
- , você sabe da confusão entre fãs que isso pode dar, né? – A sentou ao meu lado assim que o Pierre se levantou.
- Sei cara, mas acho que to só deixando fluir sabe? Tanto eu quanto ele tivemos términos muito conturbados recentemente.
- Então você já sabia da história que ela traia ele a rodo? – A apoiou do outro lado.
- Na real não sei o motivo do termino dos dois até agora, o assunto não surgiu...
- Faz sentido né.
- Bom, vamos beber e curtir porque não é todo dia que se tem bandinha bebendo com a gente! – A pegou o copo dela e foi em direção ao Chuck.
- , é isso mesmo que você quer? Não vai se iludir e se machucar depois.
- Relaxa . – Abracei ela. – Obrigada por se preocupar comigo.
- Sempre me preocupo maninha.
Depois do bar voltamos ao hotel onde eu simplesmente dormi, eu estava exausta depois do meu primeiro dia de trabalho no show e beber tanto durante a noite. Acordei no dia seguinte com café da manhã servido na cama pelo Pierre, eu fui ao banheiro escovar os dentes para então me sentar ao lado dele e comer aquele café da manhã.
- Sabe... – Ele falou e eu o olhei curiosa. – Eu nem te contei o que aconteceu né?
- Não, mas se não quiser falar disso. – Dei de ombros. – Assim como eu não te contei que fui casada durante cinco anos.
- É sério? Mas você é tão nova!
- Falou o senhor idoso de quarenta e um né? Tenho trinta e cinco Bouvier.
- Sério? Achei que era mais nova. – Ele deu risada. – Mas por que terminaram?
- Sabe que nem eu entendo? Só sei que as coisas pararam de dar certo, eu estava mais sendo mãe dele do que esposa, quando questionei a situação pela quarta ou quinta vez ele me disse que se eu não estava contente então que a gente terminasse. – Dei de ombros. – Ele deu a idéia e eu aceitei, e você?
- Bom, eu terminei com ela por que descobri algumas traições nada agradáveis, tipo a gente tinha relacionamento aberto contanto que um contasse para o outro, eis que ela aparentemente estava esquecendo de me contar que estava ficando sério com um cara há quase dois anos já.
- Ai já virou amante oficial...
- Exato! Você entendeu o ponto!
- Claro! Não é porque se tem um relacionamento aberto que significa que pode namorar alguém ué, relacionamento aberto serve para poder curtir junto com a pessoa e se quiser ceder aos prazeres carnais também pode.
- Pelo amor de deus! Onde você estava esse tempo todo? Nossa idéia de relacionamento aberto é a mesma! – Ele sorriu carinhoso.
- Bom, eu estava no Brasil... – Dei risada. - Hoje vamos para o Rio, sabe que lá não vai ser fácil né?
- Por que acha isso?
- Bom... – Abri o celular na página do simple plan Brasil, uma página de fanclube onde tinha a nossa foto no canto do palco. – Vai chover gente enchendo o saco, mas acho que me acostumo a isso.
- Vai saber lidar?
- Claro, são fãs que nem eu! – Dei risada. – É fácil lidar. - Pelo menos era o que eu achava.
Arrumamos as malas e fomos em direção ao aeroporto, no caminho ouvi vários “Destruidora de lares” “Sabe que ele é casado né?” “Sua vaca interesseira!” eu sinceramente estava rindo muito da situação toda, a maioria das meninas que falavam isso para mim tinham ele como preferido, sei bem como é a situação do famoso que você é super fã estar namorando.
Chegamos no rio e fomos direto para o hotel e dessa vez cancelamos o meu quarto, já que decidimos em conjunto que iríamos dividir o quarto o resto da turnê inteira, eu estava tranquila jogada na cama esperando ele voltar do atendimento aos fãs quando meu celular começou a vibrar horrores, peguei ele e me deparei com quinhentas notificações do Instagram e algumas mensagens no WhatsApp, quando abri o whats li a mensagem da e da .
“Então está namorando com ele?”
“ RESPONDE A GENTE”
“Gente do céu calma o que raios aconteceu em uma questão de vinte minutos?”
“Aconteceu que o Pierre falou aí no Rio que está namorando e alguém gravou.”
“WHAT THE FUCK?
Não, até onde eu sei não estamos namorando, pelo menos não falamos sobre o assunto.”
“Acho válido você ver isso com ele .”
“Pois verei agora.” Respondi bloqueando o celular e me ajeitando na cama enquanto ele entrava no quarto.
- Bouvier?
- Hm? – Ele me olhou surpreso pelo modo que o chamei.
- Vem cá, que história é essa de estar namorando?
- Foi a resposta mais fácil...
- Bouvier você sabe melhor que eu o que isso pode virar.
- já estavam especulando isso mesmo. – Ele deu de ombros.
- Acontece que agora tem gravação... – Peguei o celular e mostrei o vídeo que estava rodando o Instagram.
- Ah sério? – Ele se sentou na cama. – As pessoas não deixam passar uma né?
- Quando se trata do ídolo deles não, sabe que eu nem julgo. – Me deitei na cama. – Eu acho que no lugar deles faria o mesmo, iria gravar para mandar para as pessoas.
- Sinceramente nunca vou conseguir entender essas coisas.
- Ah vai falar que você não faria isso com alguém que é super fã?
- Essas coisas de divulgar coisas pessoais? Não sei...
- Bouvier, você é super fechado em relação a sua vida pessoal, os fãs são curiosos eles querem saber cada passo que vocês dão, é normal. – Quem diria eu dando concelho sobre fama, logo eu que sou, ou era, super anônima.
- Okay ate que faz sentido.
- O que você não pode fazer é se deixar abalar por isso.
- Se você ficar ao meu lado com certeza não vou deixar.
- E quem disse que pretendo ir a outro lugar Pierre? - Ele sorriu e me beijou.
Daquele dia em diante o nosso relacionamento tanto profissional quanto pessoal foi só melhorando, até agora não entendo o como eu consigo dar conselhos bons no nivel que do para ele sendo que nem sou famosa. A turnê chegou ao fim e eu sinceramente não sei nem o que farei daqui em diante, me mudei para um apartamento mais próximo do estúdio e como consequência fiquei distante do centro.
Eu e o Pierre resolvemos assumir o namoro para a mídia já que nenhum de nós estamos ficando com mais ninguém, em breve vamos visitar meus pais no Brasil afinal eles precisam conhecer o novo genro, em relação aos fãs da banda, bom, eu sinceramente tenho tirado de letra já que a maior parte da fanbase que tem os surtos é a brasileira, a tem me ajudado bastante a lidar com algumas meninas da fanbase que gostam de criar histórias, eu particularmente prefiro nem deixar o Pierre saber sobre esses casos pelo simples fato que sei o quanto ele fica chateado.
Tenho estado bem nervosa com a ideia de irmos ao Brasil novamente para ele conhecer meus pais mas sobre isso, é coisa para contar em outra hora.
Estamos felizes em te informar que você foi uma das selecionadas para fazer parte da nossa turnê!
Esperamos você no dia 25, quinta-feira, às nove e meia da manhã em nosso estúdio na rua 461 S California St, Burbank, CA 91505, Estados Unidos para acertarmos os últimos detalhes sobre nossa viagem juntos!
Leve este e-mail com você junto com documentos para registro.
Atenciosamente, Simple Plan crew.”
Eu sai saltitando pela casa toda de felicidade e foi quando minha mente se deu conta que não sabia onde estava metade dos documentos, sai revirando a casa toda e depois de deixar tudo de pernas para o ar eu finalmente encontrei, separei cada um dentro de uma pasta transparente e deixei na bancada ao lado da porta. Passei o restante do dia repassando tudo o que eu havia aprendido no curso de roadie que eu havia feito há alguns meses, fui até a cafeteria onde eu trabalhava para poder pedir demissão, chegando lá dei de cara com uma muvuca na porta, eu completamente sem entender o que estava acontecendo entrei pela porta dos fundos, vesti meu uniforme e encontrei o Rafa na bancada.
- Ei o que está acontecendo?
- Boa tarde para você também, , está acontecendo que tem algum famoso ali na porta e as pessoas são surtadas, como sempre.
- Famoso? Quem?
- Sei lá, é tanta gente que nem consigo enxergar direito.
- Bom, o Thomas tá aqui já?
- Sim, na sala dele, por que?
- EU CONSEGUI! – Gritei empolgada.
- VOCÊ TÁ ZOANDO? – Ele deu pulinhos enquanto me olhava.
- Não be, não to zuando, é super sério. – Mostrei o celular com o e-mail para ele.
- AI MEU DEUS QUE TUDO!!!!
- SIM! – Contivemos nossa empolgação por causa do Thomas que apareceu.
- O que está acontecendo aqui?
- Bom, várias coisas. – Falei séria. – Primeiro que tem alguém famoso lá fora e tá aquela muvuca toda, segundo que eu passei no teste! Consegui, vou ser roadie do Simple Plan!
- AH SÉRIO? – Ele falou empolgadíssimo. – Que incrível ! Meus parabéns!
- Obrigada Thom!
- Bom, então vai ajeitar sua documentação mulher! O que tá fazendo aqui com uniforme?
- Na realidade vim para falar com você sobre isso, eu começo amanhã lá...
- Tudo bem, vem comigo que vou assinar os papéis, vou colocar como demissão assim você recebe um dinheirinho extra!
- Ah Thom, já falei o quanto você é incrível hoje?
- Pare com isso, só vamos.
Fomos até a sala dele onde ele imprimiu cerca de dez papéis me explicando o que era cada um, eu os assinei e voltei para casa onde finalmente tive meu surto real, liguei para a minha irmã que mora lá no Brasil e contei a novidade, assim como eu imaginava ela surtou comigo afinal ela é tão fã da banda quanto eu.
No dia seguinte acordei às sete da manhã super empolgada para finalmente começar a trabalhar com o que tanto amo, chamei um uber e fui até o endereço que eles me passaram pelo e-mail, chegando lá o segurança me levou até a sala onde eles estavam, entrou na sala pedindo para eu esperar e cerca de dez minutos depois saiu me avisando que eles estavam me aguardando.
- Bom dia! – O Jeff falou assim que entrei na sala.
- Bom dia...
- Então você será nossa nova roadie? Prazer e seja bem vinda ao time! – O Pierre estendeu a mão e eu rapidamente retribui o gesto.
- Obrigada!
- Bom, você irá ficar no lugar do Chris, ele irá te passar detalhadamente tudo, você tem uma semana para aprender as coisas e iremos sair de turnê.
- Okay! – Falei empolgada olhando para o Chris em seguida. – Quando começamos?
- Hoje mesmo, enquanto eles ensaiam vamos para outra sala que te passo tudo. - Sorri para ele e concordei. – Mas antes, vamos tomar café.
Tomamos o café que estava em uma mesa com alguns lanches e fomos para outra sala, lá ele me ensinou a pegar o violão no ar e me avisou que era uma mania do Pierre, em todo show depois que ele tocava o início da música Perfect ele iria jogar o violão para mim, fiquei meio receosa com aquilo já que era realmente a única coisa que eu não sabia mas ficamos treinando um bom tempo, depois ele me passou como afinar cada instrumento para cada música e revisou comigo o como ajeitar os pedais das guitarras e baixos, falou onde ficava a caixa de baquetas e palhetas, depois de tudo ensinado e revisado nos sentamos na sala ambos cansados.
- Mas Chris, se me permite perguntar, por que vai sair?
- Bom, minha esposa teve o filho recentemente, quero realmente ver o bebê crescer e prefiro trabalhar dentro de estúdio. – Ele falou cansado. – Tive uma proposta bacana para ficar lá no Canadá e trabalhar em um estúdio por lá.
- Ah entendi! – Sorri. – Achei bonito o gesto, imagino que sua esposa vai ficar bem feliz.
- Ela tá mas parcialmente está triste, ela também é super fã de Simple Plan...
Dei risada e continuamos falando sobre a nossa vida, quando contei que eu trabalhava na cafeteria até o dia anterior ele falou que eles foram lá para tomar café mas se tornou inviável pela quantidade de fãs que haviam lá. Continuamos repassando alguns detalhes e voltamos para a sala onde estava a banda, ali o Pierre fez questão de treinar o fato de ele jogar o violão, afinal nós dois precisávamos ter uma certa ligação para aquilo dar certo, mal sabia ele que pelo menos pelo meu lado essa ligação já existia, na primeira vez que ele jogou o violão peguei tranquilamente.
- Rápida para aprender, gostei. – Ele deu risada. – Bom, acho que nem precisamos treinar...
- Sabe, acho válido treinar com a música, como se estivesse em um show. – O Chris falou pensativo. – O que acha ?
- Acho bem válido inclusive.
- Então vamos fazer agora!
Eles começaram a tocar a música e eu estava no canto curtindo, quando acabou a parte do violão o Pierre olhou para mim e jogou o violão em minha direção, rapidamente eu peguei ele ainda no ar, o que fez o Pierre sorrir e aquele sorriso me fez derreter.
A semana se passou voando e o Chris me passou tudo o necessário para poder sair de turnê tranquilamente com eles, quando finalmente chegou o dia eu estava tão ansiosa e pilhada que não conseguia parar quieta, fui em direção ao aeroporto e assim que cheguei lá encontrei a banda me aguardando na sala de embarque, cumprimentei a todos e me sentei o lado do Pierre.
- E ai, tá nervosa?
- Um pouco, não sei nem para onde estamos indo. – Falei dando risada. – Só to indo.
- Bom, como na realidade estamos no final da turnê, vamos fazer os últimos shows no Brasil, por isso não precisamos pegar visto para você. – Ele falou olhando para o outro lado da sala onde estava o Jeff. – Já que você mora lá foi mais fácil.
- Brasil? Por que ninguém me contou antes?
- Acho que esquecemos desse detalhe.
- Bom, tudo bem... – Falei procurando me preparar psicologicamente.
- Está bem?
- Sim, só preocupada, sei bem como é a fanbase de vocês lá. – Dei risada pensando nas pessoas que eu conhecia e certamente iriam ao show.
Ficamos em silêncio e voltei a atenção ao celular, pouco antes de embarcar enviei mensagem para a e para a falando que eu estaria no Brasil com a banda, pedi para a nem comentar com nossos pais já que eu não sabia se teria tempo de visita-los.
Nosso voo foi chamado para embarque e ironicamente me sentei ao lado do Pierre, eu sabia que seria um voo bem longo então me ajeitei na cadeira e acabei adormecendo, acordei com o Pierre me chamando por que estava na hora da aeromoça trazer a comida, eu comi e em seguida dormi novamente. Como pegamos um voo direto acordei algumas horas antes do avião pousar em terras brasileiras, fui ao banheiro e assim que estava caminhando em direção a poltrona novamente ouvi ao núncio do comandante falando que era para colocarmos os cintos pois iríamos pousar.
O Pouso foi tranquilo e suave, assim que o avião parou eu e o Pierre nos levantamos para pegar nossas malas e ficamos prontos para sair, aparentemente ele estava tão cansado quanto eu desse voo longo.
- Bem vindos a São Paulo, o tempo hoje está estável mas frio, está fazendo dezoito graus e são meio dia e meio. Nosso voo se encerra aqui obrigado a todos por voar conosco. – O piloto informou e as aeromoças começaram a circular ajudando os passageiros a pegar as malas e informar onde era a saída.
- Dezoito graus? – O Pierre falou assustado. – Normalmente quando a gente vem tá calor.
- Vocês normalmente vem em época de fim de ano Bouvier, agora estamos em agosto, época de inverno. – Me espreguicei e peguei a mala. – Bem vindo a terra da garoa.
- Talvez eu não tenha trago roupas para o inverno.
- Trouxe uma calça e uns dois moletons?
- Sim, por recomendações do Chuck.
- Então está preparado, aqui não neva, só chove e no máximo do frio vai chegar a uns dez graus.
- Ah só isso? Então estou tranquilo.
- Com certeza está. – Dei risada da cara de alívio dele. – Então, vamos?
- Vamos.
Desembarcamos e reunimos a equipe na sala de desembarque, cada um pegou sua mala e fomos em direção a saída, assim que nos aproximamos vi a quantidade de fãs que havia ali. Avisei aos meninos e me prontifiquei a levar as malas deles já que iriam parar para tirar fotos e dar autógrafos, eles agradeceram mas fizeram questão de levar as malas, eu saí e fui em direção ao portão de saida onde tinha uma van esperando pela banda, guardei minhas malas na van e fiquei esperando por eles do lado de fora.
- É essa van que a banda vai entrar? – Uma menina me perguntou, eu olhei diretamente para a camiseta escrita “Simple Plan”
- Olha não sei, mas eles estão lá dentro atendendo os fãs, vai lá falar com eles. – Sorri.
- Obrigada.
Ela entrou em direção aos meninos que já estavam se aproximando da van, vi que ela conseguiu tirar fotos e pegar autógrafos com eles e sorri observando a cena. Eles entraram na van e eu entrei em seguida fechando a porta, por conta da chuva demoramos duas horas para chegar no hotel coisa que eu já sabia que iria acontecer. Estávamos quase chegando quando notei o Pierre completamente inquieto e incomodado com o trânsito.
- Gente mas o que tá acontecendo?
- Acontece que as pessoas esquecem como dirige quando chove. – Falei cansada olhando pela janela. – Suspirei e me virei para ele. – Acostume-se porque é disso para pior, onde vai ser o show?
- Citibank hall.
- Então se estiver chovendo, daqui lá demora esse mesmo tempo.
- Sério? – Ele perguntou desanimado.
- Sério, vamos torcer para não estar chovendo, estar só nublado.
Ele suspirou e concordou, chegamos no hotel e logo pegamos as chaves dos nossos quartos, eu pela primeira vez estando no renaissance entrei observando cada detalhe do quarto, assim que deixei minhas malas fui passear pelo hotel queria saber como era aquele luxuoso hotel pessoalmente, depois de descobrir onde ficava cada coisa fui pegar o elevador para ir de volta ao, quando entrei encontrei o Pierre encostado no canto do elevador mexendo no celular.
Fiquei em silêncio até chegar o nosso andar, o elevador apitou informando que havíamos chego eu olhei para ele que ainda estava encarando o celular, assim que ele olhou para frente se assustou, ele provavelmente nem tinha notado que eu estava ali.
- ... – Ele parou me olhando, em seguida chacoalhou a cabeça. – Nós vamos ao bar hoje à noite, aqui no hotel mesmo, gostaria de ir?
- Claro! Mas porque não vamos em um fora do hotel? – Perguntei arqueando a sobrancelha. – Tem um pub onde só toca música boa, meio longe mas acho legal irmos.
- Pode ser! Eu tinha esquecido que você é daqui.
- Fechado, nos encontramos as dez na entrada então?
- Te espero lá! Vou ver com os caras quem quer ir.
- Okay!
Fui em direção ao meu quarto que por sinal era ao lado do dele, pude ouvir enquanto descansava jogada na cama ele falando com os meninos pelo telefone, pelo jeito o Jeff e Seb concordaram logo de cara, o Chuck foi um pouco mais difícil mas aceitou ir. Chegou a hora e eu estava pronta para sair com eles, estava vestindo uma calça jeans, meu salto preto, uma camiseta preta com gola V e um casaco de couro por cima quando eles saíram do elevador notei o Pierre me olhando de cima a baixo com um sorriso malicioso, chamamos o uber e lá fomos nós em direção ao Morrison.
Quando chegamos pagamos nossas entrada no pub e fomos pegar algumas bebidas o bar que é mais vazio fica no andar de cima onde também tem algumas mesas, pegamos alguns drinks e nos sentamos em uma mesa vaga próxima ao bar, enquanto conversávamos notei que eles estavam observando a decoração do lugar, que tem vários quadros de bandas de rock e principalmente do The Doors, afinal o pub se chama Morrison em homenagem ao Jim Morrison.
- Vai ter show hoje?
- Sim, do The Doors cover, deve começar daqui a pouco, aí a gente desce.
- Okay! – O Pierre falou empolgado fotografando a decoração.
- A decoração daqui é incrível, como nunca viemos aqui antes? – O Jeff comentou olhando ao redor.
- Talvez as pessoas que acompanhavam vocês na turnê não conhecessem esse lugar. – Dei de ombros. – Mas já aviso que só conheço São Paulo, as outras cidades é sem chance de eu saber algum lugar legal, amanhã podemos ir na taverna medieval se vocês quiserem.
- Claro! Vamos passar três dias aqui, o show é só no terceiro dia! – O Chuck respondeu me olhando. – Por que não tivemos uma guia que levasse a gente em lugares legais antes?
- Sei lá... – Dei risada. – Vou ver se consigo reservar a mesa dos vikings pra gente então, todos vão?
- Com certeza!
- Ok, já volto.
Me levantei e fui até o espaço de fumantes que fica ali no andar de cima mesmo, liguei para o restaurante e consegui reservar a mesa que queria para o dia seguinte as oito da noite, quando olhei para o lado o Pierre estava parado ali observando a rua pela fresta da madeira.
- Ei, o que você tá fazendo?
- Tentando entender por que isso não é aberto.
- Sabe que venho aqui há anos e nunca entendi. – Dei de ombros olhando para as madeiras. – Vamos voltar?
- Espera. – Ele segurou gentilmente meu braço.
- O que foi?
- Obrigado por nos trazer aqui e estar se esforçando para nos mostrar lugares novos em São Paulo.
- Imagina Pierre, aqui é minha terra, conheço alguns lugares bem legais que sei que vocês iriam curtir.
Ele sorriu e me abraçou apoiando o queixo em minha cabeça, foi um abraço gostoso e que aparentemente eu estava precisando, senti meus olhos marejando mas segurei o choro se não iria desabar ali mesmo, ele apoiou a mão em meu queixo e selou nossos lábios dando início a um beijo lento que foi se intensificando aos poucos, quando senti as mãos dele começando a percorrer meu corpo notei que era hora de parar, afinal não estávamos no lugar mais propício aquilo do mundo.
- Não é um lugar bom para isso... – Sussurrei ao pé de seu ouvido e notei a nuca dele arrepiar.
- Concordo... – Ele falou meio ofegante. – Podemos deixar para mais tarde.
- Com certeza. – Senti meu rosto queimar.
- Você fica mais linda ainda quando fica vermelha. – Ele acariciou meu rosto.
- Bom, vamos que o show deve estar começando.
Nós entramos chamamos os meninos e fomos em direção ao palco que fica no andar de baixo, assim que encontramos um canto para ficar a banda começou a tocar eu fui invadida pela vibe daquele show, os caras realmente eram muito bons, em algum momento o Pierre me abraçou por trás para curtirmos junto a música que estava tocando. Quando o show acabou aproveitamos que as pessoas ainda estavam no andar de baixo para tirarmos foto junto ao quadro do Jim Morrison que tem na escada, tirei foto de um por um ao lado do quadro e depois dos quatro juntos ali, quando deu três horas da manhã chamamos um uber para voltarmos ao hotel assim como na vinda chamamos dois carros por estarmos em cinco, no primeiro foi o Seb e o Chuck, no segundo fomos juntos eu, Pierre e Jeff.
- Boa noite! – O Uber falou assim que entramos, acabei ficando sentada no meio.
- Boa noite moço.
- Hotel Renaissance que fica ali na alameda santos?
- Isso mesmo, se puder ir pela Rebouças talvez seja melhor para fugir da muvuca do vila Madalena. – Falei notando que o waze estava falando para ele dar outra volta.
- Com certeza, inclusive ia perguntar se podia fazer isso. – Ele falou sorrindo, eu me limitei a sorrir de volta. – Estão indo embora cedo.
- Sim, os senhores idosos aqui do meu lado cansaram. – Dei risada sabendo que eles não estavam entendendo o que eu e o motorista estávamos conversando. – Brincadeiras à parte, na realidade nós estamos meio confusos com o fuso horário, chegamos hoje do exterior.
- Ah então não são daqui?
- Eles dois não, eu sou, cresci nessa cidade linda.
- Sabe eu acho São Paulo incrível mas tenho certeza que tem lugares melhores, já imaginou como deve ser Nova York moça?
- Para ser sincera? Igualzinho aqui, só muda que o metrô é vinte e quatro horas mas a segurança do metro de madrugada é péssima.
- Sério?
- Sim, quando visitei lá pela primeira vez achei que seria bem diferente, até é por conta do estilo de vida das pessoas né, mas tirando isso é idêntico a São Paulo, trânsito, correria, as pessoas mal tem tempo de respirar, que nem aqui...
- Admito que nunca imaginaria isso.
- Pois é, realmente é uma cidade incrível vale a pena o passeio por lá, mas se for para morar recomendo fugir das capitais que todos falam, eu fui fazer intercâmbio em Compton na Califórnia, a cidade é agitada mas nada se compara a Nova York.
- Vou seguir seu concelho moça, to planejando fazer intercâmbio no final do ano era para ser antes mas com a vinda de uma das bandas que sou fã acabei gastando mais que devia.
- Eu te entendo bem! – Dei risada. – Sou a típica que faz papel de trouxa pelas bandas que sou fã.
- Nossa exatamente isso! – Ele estacionou o carro e olhou para nós ficando completamente chocado. – Meu deus...
- Ah pronto, você é fã e só viu agora? – Falei rindo.
- Sim...
- Aproveita que eles tão de bom humor migo, tira foto e pega autógrafos.
- Com certeza.
Ele pediu fotos e autógrafos para o Pierre e para o Jeff que prontamente aceitaram, depois descemos do carro e fomos para nossos quartos eu estava quase fechando a porta do quarto quando o Pierre parou na frente dela me olhando, fiz menção para que ele entrasse e fechei a porta assim que ele viu que ela estava completamente fechada me puxou pela cintura selando nossos lábios, pulei no colo dele abraçando sua cintura com minhas pernas, nossas camisetas foram ficando no caminho assim como meu sutiã, ele me deitou na cama tirando rapidamente minha calça e começando a passar levemente seus dedos pelos meus seios enquanto intensificava mais o beijo, percorri seu corpo lentamente memorizando cada centímetro daquele corpo que eu tanto desejava ele se posicionou em cima de mim e nem em meus melhores sonhos aquilo havia sido tão bom, ficamos um tempo ofegantes lado a lado na cama até criarmos coragem para ir para o chuveiro.
Meu pensamento estava a milhão sobre o que havia acabado de acontecer, eu estava repassando detalhadamente cada momento em minha mente como se fosse um filme, ele foi tão carinhoso e intenso mas sabia que me apaixonar por ele seria algo muito complicado.
- Quer dormir aqui? – Perguntei entrando no chuveiro junto com ele.
- Não vou recusar. – Ele sorriu e me abraçou, só então ele notou minha tatuagem com o logo da banda dele na costela, ele me olhou meio assustado. – Então você é fã?
- Sim, o que tem?
- Você...
- Não. – Interrompi ele. – Sei que vai falar, mas não.
- Como sabe? – Ele arqueou a sobrancelha.
- Você vai falar que “ai meu deus eu transei com uma fã, ela vai se iludir...”
- Não quero nem saber de onde você tirou isso . – Ele deu risada. – Eu ia perguntar como você escondeu tão bem seu lado fã.
- Tive que deixar de lado para trabalhar com vocês ué, ou quer que eu tenha um surto de fã no meio do show?
- É, como você faz parte da equipe, não é uma boa ideia.
- Viu, faz sentido.
- Tá faz mesmo, mas por que não contou para a gente?
- Não vi necessidade de tocar nesse assunto até agora.
- Hm...
Eu sorri e voltei minha atenção ao chuveiro que estava oscilando demais, foi quando ouvi um “tec” e o chuveiro ficou completamente frio. Tentei o truque de mudar a temperatura do chuveiro enquanto me perguntava o motivo de ainda não ser a gás em um hotel daquele nível, quando finalmente consegui o Pierre correu para o chuveiro quente e fez uma cara de alívio.
- Mulher o que mais você faz?
- Bom, quando se é brasileiro se sabe os truques. – Dei risada. – Só não entendo o motivo de ser elétrico, não a gás.
- Realmente não faz sentido, o a gás seria mais fácil.
- Com certeza! Bom, como terminei o banho, vou informar a recepção que precisa ser concertado isso.
- Ok, até já.
Sai do banheiro com o cabelo enrolado na toalha enquanto vestia um roupão, informei na recepção que me avisaram que pela manhã viria alguém trocar a resistência do chuveiro. Sequei e penteei meu cabelo para não correr riscos de ficar doente e recomendei ao Pierre fazer o mesmo, apesar de ele estar acostumado com o frio dos estados unidos senti que seria válido recomendar, acabei adormecendo enquanto ele terminava o banho, inclusive uma lady para tomar banho demora uma vida.
Acordei na manhã seguinte jurando que eu tinha sonhado com tudo aquilo, me espreguicei na cama e percebi que ele estava ali, virei de frente para ele e sorri inconscientemente enquanto o observava dormir tranquilo. Pedi café da manhã para nós dois enquanto ele ainda estava dormindo e fui ao banheiro, quando sai ele estava sentado na cama meio desnorteado e tinha alguém batendo na porta, quando abri era o café eu agradeci e fechei a porta em seguida.
- Bom dia flor do dia, pedi café para nós.
- Bom dia , obrigado. – Ele se levantou e foi ao banheiro, em seguida se sentou na cama pegando a xícara de café. – Qual a programação de hoje?
- Só reservei coisa pra noite, as oito horas nós vamos jantar na taverna medieval, lembra que combinamos ontem?
- Lembro sim, pergunto por você mesmo, o que vai fazer...
- Acho que vou encontrar minha irmã e uma amiga, mas aqui no hotel mesmo.
-Hm...
- Elas são fãs mas se você quiser ir.
- Fãs tipo você?
- Hm... Sim.
- Então eu vou. – Ele sorriu.
Sorri de volta e fui me ajeitar, separei a roupa que iria usar e fui arrumar o cabelo, afinal era necessário porque ele estava o perfeito caos e por mais que eu estivesse tentando ele não queria ficar de jeito nenhum, tentei chapinha, babyliss, praticamente tudo até que desisti e entrei no chuveiro, provavelmente aquele seria o único modo de melhorar o aspecto leão que o meu cabelo estava, quando sai do banho olhei as mensagens do celular.
“, vou levar o Daniel vocês ainda não se conhecem, mas ele é meu namorado há um ano já.”
“ Então você tá namorando e não me conta só porque tô em outro país?” Dei risada do meu pseudo piti, eu já sabia por causa dos meus pais que haviam me contado.
“Pare de se fazer de desentendida, sei que papai e mamãe te contaram. Inclusive eles querem falar com você sobre seu novo emprego, você mandou mensagem mas não explicou bulhufas pra eles.”
“Pode deixar que vou ligar pra eles hoje.”
“Oi gente, sumi mas tô aqui, inclusive como fazemos pra entrar no hotel dona ?”
“Já chegaram ?”
“Sim, eu e o Doug estamos aqui na frente.”
“Okay vou descer, entra pelo estacionamento que te encontro lá.”
“Fechou!”
“Mesmo pra você !”
“Ok! 10 min tamo aí segundo o Waze!”
“Espero você então !”
“Ta, gente, agora é seríssimo, Bouvier quer ir almoçar com a gente.”
“MAS É O QUE RAPAZ?”
“Mano do céu!”
“É, tudo que eu peço é, comportem-se, explico maiores detalhes depois 🌚 vou ligar pro papai e mamãe e já encontro vocês.”
“See you”
“Até já.”
Olhei para o Pierre já arrumado que estava bem entretido com algum desenho que estava passando no SBT, me sentei na poltrona mais distante e disquei o número do meu pai.
- Oi filha!
- Oi Pai! Tudo bem?
- Sim e com você? Quero saber mais do novo trabalho!
- Tá com a mamãe aí?
- Sim, vou te colocar no viva voz, pronto.
- Oi !
- Oi Mãe! Então, sobre o trabalho, vocês lembram de um curso que fiz para trabalhar com bandas?
- Claro.
- Então, estou trabalhando com Simple Plan, inclusive estou no Brasil, pensei em passar aí amanhã para almoçar com vocês.
- Espera, muita informação. – Minha mãe falou enquanto meu pai ficou em silêncio.
- Você desistiu do intercâmbio?
- Não pai, meu visto vence essa semana, eu iria ter que voltar ou ficar ilegal, lembra que contei isso para você anteontem?
- Verdade, pegou a comprovação de conclusão?
- Óbvio! Assim que peguei recebi o e-mail me chamando para ser parte da equipe deles inclusive.
- Que ótimo! – Minha mãe falou empolgada. – Eles vão cuidar de documentos e tudo para você acompanhar eles?
- Sim! Inclusive já estou com visto de trabalho para o Estados Unidos e Canadá.
- Por que os dois países?
- Bom, eles são canadenses mas gravam no Estados Unidos, as vezes fazem alguns trabalhos no Canadá também então preciso estar por perto nos shows.
- Entendi! Estou muito orgulhoso de você filha.
- Obrigada pai! – Senti meu rosto queimar e meus olhos marejarem com a frase e senti o olhar do Pierre sob mim. – Sobre onde vou morar, provavelmente ficarei nós Estados Unidos mesmo já que quando eles não estão em turnê eles estão gravando.
- Ok! Um dia iremos te visitar!
- Isso com certeza! Inclusive mal posso esperar, mas preciso ir, amanhã almoçamos juntos então?
- Claro filha! Estamos com saudades.
- Também estou, beijo, amo vocês e até amanhã.
- Também amamos você!
Desliguei o telefone e senti as lágrimas escorrendo pelo meu rosto, lágrimas de felicidade para ser sincera. O Pierre se limitou a levantar e me abraçar, ficamos naquele abraço por um tempo até eu ser tirada do transe pelo meu celular tocando, era a para avisar que já havia chego no hotel também.
- Bom, elas chegaram. – Falei sorrindo e limpando as lágrimas.
- Chorou por que?
- Saudades dos meus pais. – Sorri se canto. – Nada de mais, vamos?
Ele concordou e fomos em direção ao estacionamento do hotel no elevador ele passou a mão pelo meu ombro eu retribui abraçando sua cintura, quando chegamos no estacionamento saímos abraçados do elevador e logo encontramos as duas, ele teve a reação que imaginei de tirar o braço rapidamente do meu ombro.
- AH QUE SAUDADES DE VOCÊS MANO! – Pulei em cima das duas e fomos as três para o chão.
- assim você mata a gente. – A comentou e deu risada. – Saíram abraçados do elevador HM?
- Bom, lembra que falei que tem coisas pra contar? ENTÃO...v - Não me diga que vocês...
- Sim, noite passada com tudo que tem direito. – Sussurrei para elas enquanto nos levantávamos.
- Oi Doug! Quanto tempo! – Cumprimentei ele.
- Quanto tempo ! Como foi o intercâmbio?
- Foi muito bom, rendeu mais que o esperado!
- , esse é o Dani, Dani essa é a , minha irmã que estava de intercâmbio.
- Prazer! Finalmente tô te conhecendo! – Dei risada abraçando ele.
- Prazer! Ouço várias histórias de você.
- Não sei se é bom ou ruim... – Dei risada. – Bom, gente esse é o Pierre, Pierre essa é a , a minha irmã, o Doug marido da e o Dani namorado da .
- Oi gente... – Ele falou um português enrolado que fazia ele ficar mais fofo.
- Bom, bora almoçar!
- , o Chuck perguntou se podia vir, falei para ele encontrar a gente no restaurante.
- Okay! – Olhei para a que no mesmo instante ficou completamente vermelha.
Fomos para o restaurante e o Chuck guardou uma mesa com sete lugares para nós, nos sentamos junto com ele e fizemos nossos pedidos, o almoço fluiu tranquilo apesar da vergonha surreal da e da em relação aos dois, sinceramente eu não julgo porque teria a mesma reação que elas se eu não tivesse aprovado o lado profissional.
- Chuck você sabia que a tem nosso logo tatuado? – O Pierre falou em meio ao assunto de bandas e tatuagens que estava rolando.
- Não sabia não... – Ele me olhou procurando a tatuagem.
- Só o logo? – A falou rindo. – A doida aí tem o logo e o autógrafo dos quatro.
- Como não reparei? – O Pierre falou indignado. – Onde fica os autógrafos?
- Em cima do logo. – Me levantei e mostrei a tatuagem para o Chuck.
- E como você descobriu essa tatuagem Pierre? É em um lugar bem escondido, não? – O Chuck falou rindo da expressão do amigo que ficou em choque e completamente sem resposta.
- Acho que isso não vem ao caso... – Falei sentindo o rosto queimar. – Você viu que a tem você tatuado no braço Chuck?
- Sério? – O rosto dele ficou levemente vermelho quando ela mostrou a tatuagem orgulhosa. – Espera, lembro se você, é a professora né?
- Sim... – Ela ficou mais vermelha do que já estava.
O almoço se estendeu até às três da tarde que foi quando o Pierre e o Chuck resolveram voltar aos quartos para poder fazer os preparativos para ir atender aos fãs, chamei as meninas e os namorados para irmos a cobertura onde tem um espaço para sentarmos longe do cheiro de comida, que já estava embrulhando o estômago de todos nós. Nos sentamos em uma mesa redonda com cadeiras confortáveis ao ar livre já que não estava com cara de que iria chover naquele momento.
- Ta, quero saber tudo.
- Tudo o que ?
- Como assim, do nada, você virá roadie deles e ficou com o Pierre? Oi?
- Olha também tô curiosa.
- Bom, eu me inscrevi há uns três meses atrás pra essa vaga mas tinha esquecido ela completamente, aí calhou de eu ter acabado meu intercâmbio e eles chamarem, eis que meu visto para o Estados Unidos agora é de trabalho. – Dei de ombros. – Foi sorte por que o Chris saiu da equipe.
- Você tá no lugar do Chris então?
- Sim.
- E por que ele saiu?
- Aparentemente a esposa dele está grávida e o nenê está para nascer, ele quer ficar junto com ela. E em relação ao Pierre, cara nem eu sei, foi meio que do nada, a gente começou a conversar mesmo semana passada.
- To chocada. – A e a falaram em coro.
- Gente até eu fiquei chocado. – O Dani falou finalmente se pronunciando sobre algo.
- Olha, e fala! – Tirei sarro dele. – Você fica muito quieto mano! Ah inclusive, amanhã vou almoçar na mamãe.
- Belê, estaremos lá também.
- o que você vai fazer hoje a noite? – A perguntou.
- Vou a Taverna medieval com a banda, vocês querem ir?
- Rolê com a bandinha? – A falou empolgada. – Tô dentro!
- Olha eu queria mas...
- Mas o que dona ?
- O orçamento tá um pouco apertado.
- Tá então você vai, encontro vocês as oito na frente da taverna, eu faço a sua e a do Doug. – Sorri para os dois que me olhavam meio sem jeito. – Nem vem com não precisa, deixa eu fazer essa e quando der vocês fazem um rolê pra mim.
- Nesse caso fechou mana! Mas me conte onde aconteceu o beijo?
- Bom, ontem levei eles para conhecer o Morrison aí em algum momento quando sai para reservar a mesa na Taverna ele veio atrás de mim, e não lembro bem como mas a gente ficou...
- Ai quando chegaram no hotel foram para um quarto, o quarto dela para ser específico. – O Seb chegou se intrometendo na conversa. – Pierre me contou hoje cedo, mas vim te perguntar que horas vamos sair.
- As sete no hall de entrada, vamos de Uber que nem ontem, quer sentar?
- Preciso ir lá em baixo ver os fãs... – Ele falou meio preguiçoso. – Vocês vão para o restaurante a noite?
- Sim eles vão. – Quebrei o silêncio que havia reinado no lugar.
- Okay! Até de noite então! – Ele falou empolgado e foi em direção ao elevador.
Nós ficamos lá conversando até umas quatro da tarde, que foi quando elas foram embora e eu fui me arrumar e lembrar os meninos sobre o rolê de noite, sai do banho e me deparei com o Pierre sentado na cama mexendo no celular, me vesti e sentei ao lado dele.
- Tá bem?
- Oi? Estou sim, vim para cá te esperar. – Ele sorriu. – Estamos todos prontos para sair.
- Gente mas são só cinco da tarde!
- Ah eu sei, mas estamos ansiosos.
- Tá, vou me arrumar decentemente e a gente sai.
- Tá bom.
Eu comecei a arrumar meu cabelo, o que levava tempo já que tinha todo o processo de secar, fazer um babyliss porque não estava a fim de ficar com o cabelo liso naquele dia e por último me maquiar, a parte mais rápida foi essa afinal não uso muita coisa só um rímel, um lápis e um batom, realmente nada de mais, quando terminei o cabelo e a maquiagem fui me vestir, optei por usar o padrão de sempre, uma calça jeans, camiseta preta, a jaqueta de couro e uma botinha cano baixo já que estava frio naquela noite e com previsão de garoa.
Olhei para o Pierre que estava me analisando e sorrindo, abri a porta chamando ele que logo estava ao meu lado, fomos até o hall de entrada onde encontramos o restante da banda nos esperando para chamarmos um uber e ir para o restaurante. Quando chegamos falei com a garçonete sobre a reserva de mesa e se tinha como caber mais quatro pessoas, ela nos colocou na mesa que eu realmente queria, a que imita o barco viking, como chegamos razoavelmente cedo ficamos conversando, bebendo e petiscando as porções de batata frita até as meninas chegarem.
- Oi gente! – A cumprimentou todos e se sentou ao meu lado, onde tinham duas cadeiras vagas. – Já escolheram o que comer?
- Na real não, estávamos esperando você e a chegarem para poder escolher tudo de uma vez.
- Beleza, nossa eu to com fome... – Ela falou apoiando a mão na barriga. – Cadê a ?
- Chegando, ela mandou mensagem falando que em dez min estava aqui.
- Okay, nossa mano nunca pensei que eu ficaria tão nervosa em sair com eles...
- Ou falando em sair, cadê teu boy?
- Era para ele ter chego já, mas cansei de esperar e entrei. – Ela olhou o celular e riu. – Falando no capeta, já volto, vou encontrar ele.
Ela voltou com o namorado e com a que estava com o Doug, eles se sentaram e começamos a conversar, falar sobre como havia sido meu intercâmbio e como era a vida de turnê, ficamos até tarde na Taverna e por volta das onze e meia resolvemos migrar para o bar do hotel, quando chegamos na frente do hotel por algum motivo que eu juro que não entendo estava lotado de fãs, isso que eram meia noite já, eles pararam para tirar algumas fotos e logo entraram enquanto eu e as meninas entramos pelo estacionamento, o rolê em si foi acabar lá pelas três e meia quatro horas da manhã.
No dia seguinte tive o almoço na casa dos meus pais, o Pierre até queria ir mas fiz questão de ir sozinha afinal eu precisava realmente contar detalhes para eles, coisas de como tinha sido o intercâmbio e como seria minha vida agora, depois de tudo contado nos mínimos detalhes fomos finalmente comer e foi quando a e o Daniel apareceram.
- Bom, finalmente vamos poder nos conhecer direito! – Brinquei com o Daniel.
- Pois é! – Ele se serviu de um pedaço da lasanha e em seguida serviu a , ato que eu achei muito fofo inclusive.
Nós comemos tranquilamente e depois nos reunimos novamente na mesa para conversar, foi quando descobri que o Daniel também é fã de Simple Plan e que eles haviam se conhecido no último show deles aqui que havia sido há dois anos atrás, bem no ano em que eu havia saído de intercâmbio.
- Nossa por que raios ninguém me contou isso antes? Então você e a já se conhecem?
- Sim! Na verdade eu era amigo da antes de conhecer a , no show eu fui junto com a e conheci ela, ai daí pra frente foram os dates e etc.
- Olha só e eu enfiando você em rolê com eles. – Dei risada. – Bom, assim já quebra o gelo, vocês vão no show hoje?
- Óbviamente né . – A deu risada. – Você vai que horas?
- Tenho que chegar lá as cinco, os portões abrem as seis e o show só começa as sete. – Dei um gole na cerveja. – Como não tem pré game, main event e nem sp crew estamos um tiquinho mais traquilos, só vai ter o post game mesmo.
- Post game? Vai ter? – O Dani falou chocado.
- Te falei que ia ter!
- Vai sim, vocês não compraram?
- Nope...
- Relaxa, vocês vão do mesmo jeito.
Quando chegou quatro e meia meu pai fez questão de nos levar até o Citibank hall, eu me despedi dele e em seguida da e do Dani que ficaram na fila da pista premium, corri para a entrada lateral e fui direto aos backstages onde encontrei toda a equipe finalizando tudo, testei guitarra por guitarra para saber se estava afinado, recoloquei o saco de baquetas no local correto e fui testar o microfone, eu estava cantarolando Jet Lag quando ouvi uma voz conhecida vindo dos auto falantes mas não estava conseguindo enxergar onde ele estava, quando o encontrei sorri e fui em sua direção e assim que terminamos a música ele me beijou.
- Assim no meio de todos?
- Claro! Não tenho nada a esconder.
- Se você diz. – Me aproximei novamente e selei nossos lábios.
- Canta comigo essa noite?
- Mas é óbvio que não Pierre! Não tenho nada de preparação vocal e muito menos voz para isso!
- Ah... Discordo de você mas se você não quer ok.
- Vai para o camarim se preparar. – Falei e ele sorriu. – Ah antes, preciso que você saiba, vou liberar a entrada da e do Dani no post game.
- Hm. Tá?
- Os dois antas não compraram. – Revirei os olhos.
- Ok, pode deixar eles entrarem, obrigada por avisar! – Ele me abraçou, deu um beijo em minha testa e saiu.
Fiquei meio confusa com a frase mas foquei no trabalho que tinha muita coisa para ser feita, tudo afinado e todas as coisas em seus devidos lugares, mandei mensagem para a avisando que consegui o vip para eles e que era para eles irem para a fila do pizza, peguei as pulseiras e fui liberar a entrada do vip para eles poderem ir até o merch, encontrei a e o Dan no meio da fila com a , eu logo coloquei a pulseira nos dois e voltei para a entrada liberando as pessoas.
Quando o show começou eu me apoiei no canto curtindo um pouco da música no momento de pausa foi que eu tive que correr novamente para ajeitar as guitarras e entregar a certa para cada um, era aquele momento que eu teria que prestar mais atenção afinal a música que ele iria jogar o violão estava chegando.
- Ei. – Segurei o braço dele momentos antes dele entrar no palco. – Da uma palheta para a ?
- Pode deixar. – Ele me deu um selinho e entrou no palco.
Assisti ali do canto o começo de Perfect e na hora que ele me jogou o violão, que era o momento que eu estava mais tensa, correu tudo bem e consegui pegar o violão no ar conforme o planejado, ele voltou caminhando em direção a e a entregou a palheta, ato que fez ela desabar em choro. Depois do show organizei a fila do post game e liberei a entrada de todos, enquanto as pessoas comiam e bebiam eu voltei ao palco para desmontar tudo, o que demorou cerca de quarenta minutos graças à ajuda maravilhosa de todos da equipe, quando voltei ao local do post game apoiei em um canto e fiquei mexendo no celular, aleatoriamente vi um stories no instagram que mostrava o momento exato do Pierre me dando um selinho.
“Pronto, o inferno vai começar.”
Pensei comigo mesma, o post game se passou tranquilo e eu fui distribuindo os pôsteres conforme as pessoas saiam do lugar, como iríamos a um bar depois do show pedi para a , e Dani esperarem até o final assim iríamos todos juntos. Quando a última pessoa saiu o Pierre me puxou pela cintura olhando para os meninos.
- Guys. – Ele sorriu. – Só queria oficializar o que vocês já sabem, a gente está ficando.
- Precisava dessa cerimônia toda? Vai matar a garota do coração assim, Bouvier. – O Chuck falou enquanto ria.
- Tá, agora vamos para o bar? – O Seb perguntou rindo. – Depois de um anúncio óbvio vamos comemorar!
- Vamos!
Fomos ao bar e em uma conversa da com o Pierre eu acabei ouvindo que ele estava gostando muito de ficar comigo, o que para ele era razoavelmente estranho já que havia terminado um casamento de longa duração há um ano só, eu sabia de toda a história do termino mas somente o que havia saído na mídia, nunca tinha perguntado para ele e nem vi pra que perguntar já que o assunto não havia surgido sozinho.
- , você sabe da confusão entre fãs que isso pode dar, né? – A sentou ao meu lado assim que o Pierre se levantou.
- Sei cara, mas acho que to só deixando fluir sabe? Tanto eu quanto ele tivemos términos muito conturbados recentemente.
- Então você já sabia da história que ela traia ele a rodo? – A apoiou do outro lado.
- Na real não sei o motivo do termino dos dois até agora, o assunto não surgiu...
- Faz sentido né.
- Bom, vamos beber e curtir porque não é todo dia que se tem bandinha bebendo com a gente! – A pegou o copo dela e foi em direção ao Chuck.
- , é isso mesmo que você quer? Não vai se iludir e se machucar depois.
- Relaxa . – Abracei ela. – Obrigada por se preocupar comigo.
- Sempre me preocupo maninha.
Depois do bar voltamos ao hotel onde eu simplesmente dormi, eu estava exausta depois do meu primeiro dia de trabalho no show e beber tanto durante a noite. Acordei no dia seguinte com café da manhã servido na cama pelo Pierre, eu fui ao banheiro escovar os dentes para então me sentar ao lado dele e comer aquele café da manhã.
- Sabe... – Ele falou e eu o olhei curiosa. – Eu nem te contei o que aconteceu né?
- Não, mas se não quiser falar disso. – Dei de ombros. – Assim como eu não te contei que fui casada durante cinco anos.
- É sério? Mas você é tão nova!
- Falou o senhor idoso de quarenta e um né? Tenho trinta e cinco Bouvier.
- Sério? Achei que era mais nova. – Ele deu risada. – Mas por que terminaram?
- Sabe que nem eu entendo? Só sei que as coisas pararam de dar certo, eu estava mais sendo mãe dele do que esposa, quando questionei a situação pela quarta ou quinta vez ele me disse que se eu não estava contente então que a gente terminasse. – Dei de ombros. – Ele deu a idéia e eu aceitei, e você?
- Bom, eu terminei com ela por que descobri algumas traições nada agradáveis, tipo a gente tinha relacionamento aberto contanto que um contasse para o outro, eis que ela aparentemente estava esquecendo de me contar que estava ficando sério com um cara há quase dois anos já.
- Ai já virou amante oficial...
- Exato! Você entendeu o ponto!
- Claro! Não é porque se tem um relacionamento aberto que significa que pode namorar alguém ué, relacionamento aberto serve para poder curtir junto com a pessoa e se quiser ceder aos prazeres carnais também pode.
- Pelo amor de deus! Onde você estava esse tempo todo? Nossa idéia de relacionamento aberto é a mesma! – Ele sorriu carinhoso.
- Bom, eu estava no Brasil... – Dei risada. - Hoje vamos para o Rio, sabe que lá não vai ser fácil né?
- Por que acha isso?
- Bom... – Abri o celular na página do simple plan Brasil, uma página de fanclube onde tinha a nossa foto no canto do palco. – Vai chover gente enchendo o saco, mas acho que me acostumo a isso.
- Vai saber lidar?
- Claro, são fãs que nem eu! – Dei risada. – É fácil lidar. - Pelo menos era o que eu achava.
Arrumamos as malas e fomos em direção ao aeroporto, no caminho ouvi vários “Destruidora de lares” “Sabe que ele é casado né?” “Sua vaca interesseira!” eu sinceramente estava rindo muito da situação toda, a maioria das meninas que falavam isso para mim tinham ele como preferido, sei bem como é a situação do famoso que você é super fã estar namorando.
Chegamos no rio e fomos direto para o hotel e dessa vez cancelamos o meu quarto, já que decidimos em conjunto que iríamos dividir o quarto o resto da turnê inteira, eu estava tranquila jogada na cama esperando ele voltar do atendimento aos fãs quando meu celular começou a vibrar horrores, peguei ele e me deparei com quinhentas notificações do Instagram e algumas mensagens no WhatsApp, quando abri o whats li a mensagem da e da .
“Então está namorando com ele?”
“ RESPONDE A GENTE”
“Gente do céu calma o que raios aconteceu em uma questão de vinte minutos?”
“Aconteceu que o Pierre falou aí no Rio que está namorando e alguém gravou.”
“WHAT THE FUCK?
Não, até onde eu sei não estamos namorando, pelo menos não falamos sobre o assunto.”
“Acho válido você ver isso com ele .”
“Pois verei agora.” Respondi bloqueando o celular e me ajeitando na cama enquanto ele entrava no quarto.
- Bouvier?
- Hm? – Ele me olhou surpreso pelo modo que o chamei.
- Vem cá, que história é essa de estar namorando?
- Foi a resposta mais fácil...
- Bouvier você sabe melhor que eu o que isso pode virar.
- já estavam especulando isso mesmo. – Ele deu de ombros.
- Acontece que agora tem gravação... – Peguei o celular e mostrei o vídeo que estava rodando o Instagram.
- Ah sério? – Ele se sentou na cama. – As pessoas não deixam passar uma né?
- Quando se trata do ídolo deles não, sabe que eu nem julgo. – Me deitei na cama. – Eu acho que no lugar deles faria o mesmo, iria gravar para mandar para as pessoas.
- Sinceramente nunca vou conseguir entender essas coisas.
- Ah vai falar que você não faria isso com alguém que é super fã?
- Essas coisas de divulgar coisas pessoais? Não sei...
- Bouvier, você é super fechado em relação a sua vida pessoal, os fãs são curiosos eles querem saber cada passo que vocês dão, é normal. – Quem diria eu dando concelho sobre fama, logo eu que sou, ou era, super anônima.
- Okay ate que faz sentido.
- O que você não pode fazer é se deixar abalar por isso.
- Se você ficar ao meu lado com certeza não vou deixar.
- E quem disse que pretendo ir a outro lugar Pierre? - Ele sorriu e me beijou.
Daquele dia em diante o nosso relacionamento tanto profissional quanto pessoal foi só melhorando, até agora não entendo o como eu consigo dar conselhos bons no nivel que do para ele sendo que nem sou famosa. A turnê chegou ao fim e eu sinceramente não sei nem o que farei daqui em diante, me mudei para um apartamento mais próximo do estúdio e como consequência fiquei distante do centro.
Eu e o Pierre resolvemos assumir o namoro para a mídia já que nenhum de nós estamos ficando com mais ninguém, em breve vamos visitar meus pais no Brasil afinal eles precisam conhecer o novo genro, em relação aos fãs da banda, bom, eu sinceramente tenho tirado de letra já que a maior parte da fanbase que tem os surtos é a brasileira, a tem me ajudado bastante a lidar com algumas meninas da fanbase que gostam de criar histórias, eu particularmente prefiro nem deixar o Pierre saber sobre esses casos pelo simples fato que sei o quanto ele fica chateado.
Tenho estado bem nervosa com a ideia de irmos ao Brasil novamente para ele conhecer meus pais mas sobre isso, é coisa para contar em outra hora.
Fim.
Nota da autora:E aí o que acharam?
Seria um sonho se isso realmente acontecesse, não?
Gente, o disqus as vezes resolve sacanear a gente então cliquem aqui para deixar seu amor em forma de comentários.
Beeijos
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Seria um sonho se isso realmente acontecesse, não?
Gente, o disqus as vezes resolve sacanear a gente então cliquem aqui para deixar seu amor em forma de comentários.
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