Finalizada em: 05/05/2022

Capítulo Único

se lembrava perfeitamente do momento em que tocou uma guitarra pela primeira vez. As aulas complementares - uma forma que os pais encontraram para fazer o garoto tímido se enturmar e fazer mais amigos, aconteciam sempre na mesma salinha puída nos fundos da igreja.
Se recordava que nos primeiros momentos, após o professor lhe entregar o instrumento, a apreensão tomou conta de si e para se acalmar repetia internamente que seria como tocar guitar hero. Foi com esse pensamento que posicionou as mãos diante das cordas conforme o professor explicava, os primeiros acordes saíram desordenados e a falta de prática era evidente, mas a determinação que impunha era ainda mais clara.
Mas foi na segunda aula que as coisas realmente mudaram para o garoto, as primeiras notas de Wonderful Tonight saíram com perfeição, surpreendendo o professor e os demais colegas. Notando o incentivo no rosto das pessoas ao redor fechou os olhos, se concentrou no máximo que lembrava da melodia, e seguiu tocando e naquele momento sentindo as ondulações da corda em seus dedos, se apaixonou perdidamente pela música e desde então não tinha um só dia em que sua guitarra não estivesse ao seu lado.
Lembrar da infância fez um sorriso brotar no rosto do rapaz, e a agitação que sempre sentia ao pensar em sua relação com a música aumentar ainda mais, fazendo com que deixasse apressadamente a sala de aula na Universidade do Texas com uma decisão em mente: não iria mais adiar os seus sonhos.

— Eu preciso falar com vocês — anunciou com inquietação ao entrar em casa e encontrar os pais conversando na cozinha.
Percebendo que a atenção dos mais velhos agora estava direcionada a ele, o rapaz se sentou e começou a falar.
— Tranquei a faculdade. Eu tentei, mas essa coisa não é pra mim. Meu sonho sempre foi viver da música, desde o momento em que vocês me colocaram naquelas aulas. — tomou fôlego, antes de revelar a sua decisão — Então, por isso eu decidi me mudar para Califórnia. Eu adoro esse lugar, mas eu sei que tocar toda noite no Lockey’s não vai me levar muito longe.
— Meu filho, nós sempre soubemos que esse lugar seria pequeno demais pro seu talento — seu pai lhe disse, enquanto colocava gentilmente as mãos nos ombros largos do rapaz. — Só não se esqueça: o que quer que seja que você queira fazer, certifique-se de que você é o melhor que você pode ser.
O mais velho sabia que a música tinha fisgado o garoto. Os vários cadernos que se acumulavam com composições feitas ao longo dos anos, os acessos que vinham aumentando cada dia mais nos seus vídeos no Youtube e o reconhecimento que tinha na pequena cidade de Lockhart eram a prova do talento que possuía.
— Contanto que você esteja feliz, nós estaremos orgulhosos. — a voz doce de sua mãe afirmou, envolvendo-o em um abraço.

🎸🎤

O sol de Los Angeles brilhava incessante, fazendo questionar a escolha de roupas que tinha feito. Havia chegado na cidade a quase duas horas e se encontrava totalmente perdido, sem encontrar o endereço do apartamento de Athos e com o celular totalmente descarregado para tentar usar o maps ou ligar para o amigo, resolveu entrar no pequeno café, que já havia passado em frente pelo menos três vezes. Talvez conseguisse encontrar uma tomada por ali e ainda podia tomar algo enquanto pensava em algo que pudesse fazer até conseguir encontrar Athos.
Sentou-se de frente a janela, pegando o cardápio que repousava sobre a mesa e deu uma rápida olhada enquanto pensava no que faria a seguir. Naquele momento ela daria tudo por uma Bud Light, mas de acordo com o papel a sua frente teria que se contentar com um simples refrigerante.
— Boa tarde, tudo bem? — uma voz delicada soou um pouco acima dele. — Já sabe o que vai pedir?
— Boa tarde, um refrigerante e um croissant por favor. — sorriu levemente para a moça que anotava o seu pedido em um bloquinho azul. — Será que você não teria uma tomada onde eu pudesse carregar meu celular?
Questionou antes da garota se afastar.
— As duas que ficam aqui no salão estão ocupadas — apontou para um grupo de estudantes mais ao fundo do lugar. — Mas eu posso carregar atrás do balcão se você quiser.
— Por favor, você não sabe o quanto isso me ajudaria.
A garota sorriu em resposta pegando o celular e avisando que o seu pedido seria entregue em alguns minutos.
aproveitou o momento para observar a paisagem um pouco mais a fundo. Ele ainda não acreditava que de fato estava em Los Angeles, sempre desejou estar ali e algo dentro dele sabia que aquela cidade seria a virada da sua vida.
Entre uma mordida e outra no croissant, tirou um pequeno caderno e começou a despejar no papel a emoção que estava sentindo naquele momento, transformando em música. As notas musicais se misturavam com as letras de uma forma que só ele entendia, mal podia esperar para poder tocá-las.
— Você sabe me dizer se esse lugar fica muito longe daqui? — perguntou, para a moça gentil que o tinha atendido, antes de sair.
Talvez dessa vez ficasse menos perdido se tivesse pelo menos uma direção para a qual seguir.
— Fica a umas três quadras daqui — arqueou uma sobrancelha, antes de olhar novamente para tela e de volta pra ele — Espera, você é o músico amigo do Athos?
A curiosidade evidente no rosto e tom de voz dela se refletiu no rosto dele, antes de balançar a cabeça concordando.
— Isso. Sou .
Respondeu sentindo as bochechas ficarem vermelhas no mesmo momento, evidenciando a timidez que o havia tomado.
— Muito prazer, — sorriu.— Eu sou , prima do Athos — completou, sanando a dúvida que transparecia no rosto do moreno.
— Se você quiser eu posso te levar até lá. Meu turno termina em quinze minutos.
— Sério? Quer dizer, eu não quero te atrapalhar.
Coçou o pescoço meio sem jeito.
— Não atrapalha, é o meu trajeto de qualquer forma. — deu de ombros.
Pontualmente quinze minutos depois passou pela bancada sem o avental azul e ao lado de se dirigiram à saída do café.
— Athos me contou que você viria pra cá em busca de novas oportunidades para mostrar a sua música.
— É, já faz um bom tempo que venho tentando me firmar nesse ramo. Eu até cantava em um bar com uma certa frequência, mas depois de um tempo eu percebi que após conquistar uma certo reconhecimento na cidade pouca coisa progredia. A faculdade já não era o suficiente pra mim, então aqui estou.
— Isso é bom. É preciso ter muita coragem para sair da zona de conforto em busca dos seus sonhos.
Contemplando o pôr do sol, que deixava o céu da cidade dos anjos alaranjado, concordou, aquela simples frase fez mais sentido para ele do que imaginava.
Enquanto seguiam o restante do caminho eles engataram em uma conversa amena, compartilhando com o outro as experiências que os haviam levado até ali.

🎸🎤


sabia que as coisas poderiam demorar um tempo para deslanchar, e que se consolidar e obter o conhecimento do público que tinha em Lockhart poderia ser difícil, mas em pouco mais de um ano em Los Angeles, ele já fazia alguns shows pela cidade, o bar daquela noite era o mais frequente e com um público mais cativo que tinham decorado e fazia questão de cantar os refrões de algumas músicas. Entre as pessoas era sempre possível encontrar , com um sorriso enorme no rosto que transmitia uma segurança que muitas vezes ele nem sabia que precisava.
— Hoje eu vou finalizar de uma forma diferente. A próxima música foi escrita para uma pessoa muito especial.
piscou para , deixando o sorriso prevalecer no rosto enquanto dedilhava as primeiras notas.

I can't help it if I'm lucky
I only wanna be with you
Ain't Bobby so cool?
I only wanna be with you

reconheceu instantaneamente a música. A melodia que tinha ouvido pela primeira vez na noite em que se beijaram agora era parte de uma música completa que tinha sido tocada para ela cerca de seis meses antes, quando ele a pediu em namoro.

Yeah, I'm tangled up and blue
I only wanna be with you
You can call me your fool
I only wanna be with you

agradeceu ao público presente, o sorriso dominava o rosto de uma forma única. Ele adorava o sentimento e a sensação que percorria o seu corpo ao final de cada música, e daquela vez não foi diferente. Entre os aplausos e gritos da pequena multidão se dirigiu a mesa em que e Athos estavam.
— Cara, mais uma vez você arrasou — o amigo foi o primeiro a dizer, levantando a garrafa de cerveja em direção a ele.
— Essa música sempre vai ser a minha favorita. — comentou, arrancando uma gargalhada dos rapazes.
— Tocar e cantar pra essa galera e pra vocês sempre vai ser especial. — respondeu, enquanto abraçava a namorada e depositava um beijo de leve em seus lábios.
Minutos depois a troca de olhares que acontecia entre os primos não passou despercebido pelo músico. Ele sabia que quando eles entravam naquela conversa por gestos era porque estavam tramando algo.
— O que vocês aprontaram dessa vez?
— Porque você acha que a gente tá aprontando alguma coisa? — Athos retrucou com outra pergunta.
— Porque vocês estão com a mesma cara de quando tentaram esconder a minha festa de aniversário.
gargalhou, enquanto dava de ombros.
— Eu disse pra você que ele ia perceber logo — deu um gole na cerveja.— Anda conta pra ele.
Athos batucou na mesa fazendo um suspense, e logo em seguida acenou para alguém atrás de .
— O que é? Para de mistério.
— Na verdade, quem tem uma novidade para te contar é o Joe.
O dono do bar se aproximou do trio com um enorme sorriso de quem tinha boas novas.
— Você foi incrível como sempre, garoto.
— Obrigado, Joe. Tocar aqui significa muito — admitiu. — Eu presumo que então o que você tem pra me dizer não seja uma dispensa.
A apreensão na voz do músico fez o mais velho rir.
— De jeito nenhum, você só sai daqui se quiser — anuiu. — Ao contrário disso, as novidades são muito boas. CD Perkins entrou em contato comigo, e ele quer que você vá para Seattle cantar no aniversário dele.
— QUÊ?? O quarterback do Seahawks quer que eu vá cantar na festa dele?
Olhou para o amigo e para a namorada em busca de uma confirmação de que aquilo não era uma pegadinha ou algo do tipo. O orgulho presente no olhar e no sorriso de ambos deram a certeza de que aquele momento era real.
— Ele veio pra cidade visitar a família, passou por aqui e te ouviu tocar e é isso.
— Isso é maravilhoso, Joe.
— Imagino que essa empolgação seja um sim. Vou te passar o contato dele e vocês acertam os detalhes, ok?
— Tudo bem.
Deu um rápido abraço de agradecimento, antes do mais velho se despedir dos demais a mesa.
— Eu te disse que você ainda ia longe. — comentou. — E você ainda tem muito mais a conquistar, meu bem.
— Você merece todo o sucesso desse mundo, cara. — Athos afirmou, enquanto dava alguns tapinhas de felicitações nas costas do amigo.
— Para comemorar, a próxima rodada de Bud é por minha conta.
, é por essas palavras sábias que você é o meu melhor amigo.
Em meio às risadas e garrafas de cerveja, sabia que as coisas começaram a tomar o caminho que ele sempre sonhou para si, e desejou que pudesse compartilhar com e Athos muitos outros momentos de conquistas como aquele.

🎸🎤


As mãos de tremiam de uma forma que ele se perguntava se seria capaz de tocar alguma música sem errar uma nota. Ele já havia tocado para diversas pessoas, mas dessa vez ele sentia e sabia que era diferente, cantar para aquelas pessoas que antes ele só tinha visto pela televisão poderia ser um divisor de águas em sua carreira.
Ele observava a movimentação de pessoas de trás da cortina do pequeno palco situado na área aberta da casa, quando sentiu sentiu as mãos de cobrirem as suas, com os ombros relaxando um pouco no mesmo momento.
— Eu ainda tô meio sem acreditar que vou tocar para esse monte de gente importante — admitiu. — É como se alguma coisa me disse que depois daqui nada vai ser igual.
— É normal ficar um pouco nervoso, mas vai dar tudo certo — ela sorriu de forma encorajadora.— Você é incrível, é só ver a empolgação com que o Perkins falou com você.
O quarterback tinha recebido o casal de uma forma calorosa, e enquanto conversava com fez questão de explicitar o quanto estava contente por ele ter aceitado o convite para cantar em seu aniversário, e que tinha começado a se tornar um grande fã desde a primeira vez que o tinha ouvido tocar.
— Você que é maravilhosa como sempre — retrucou, se aproximando para beijar os lábios dela antes de se dirigir ao centro do palco e começar o show.
A apresentação tinha sido um sucesso, entre covers e suas próprias composições, havia conquistado o público, que ao final - encabeçados pelo aniversariante- havia um coro de pedidos por bis.
Depois de descer do palco e ser recebido por uma sorridente, ele ainda foi parado por vários dos convidados da festa para parabenizá-lo e que estavam interessados em ouvir um pouco mais sobre ele.
— Cara, quanto mais eu te escuto cantar mais eu fico mais admirado — C.D Perkins o cumprimentou com um abraço.
— Foi uma honra tocar para você e para os seus convidados.
— Que isso, foi uma satisfação dar esse espaço para você mostrar a sua música — respondeu, ao mesmo tempo que acenava para outra pessoa. — Aproveita a festa, a gente vai se falando.
concordou vendo ele se afastar para dentro da casa.
— Vou começar a torcer pro Seahawks só por causa desse cara. — o divertimento na voz de o fez rir.
O casal estava em um canto da festa comentando sobre a apresentação de , quando uma voz suave os interrompeu.
— Oi, com licença — uma mulher de cabelos cacheados se fez presente na frente do casal, acenando. — Eu sou Maya Hopkins, produtora da Sunshine Records. Você tem uma voz incrível.
— Muito obrigada.
— Acho que você tem muito potencial. Seria um prazer ter você no nosso estúdio, gravar algumas músicas e ver como as coisas funcionam.
Os apertos que dava em sua mão mostrava que ela se sentia da mesma forma que ele: completamente extasiados.
— Esse é o meu cartão, quando vocês voltaram para Califórnia é só me ligar que a gente marca.
— Nossa, isso é incrível — a surpresa na voz do rapaz era evidente. — O prazer vai ser meu poder tocar para vocês.
— Pode deixar que se ele não ligar eu mesma ligo — a empolgação na voz de fez a cacheada rir.
— Muito obrigada, Maya. — agradeceu.
— Então tá combinado — ela apertou a mão do casal antes de se despedir.
— Tá acontecendo, abraçou o namorado com um otimismo jamais visto.
— É. Eu acho que tá sim — respondeu ainda atônito, mas sem esconder o sorriso que começava a surgir.
Naquele momento queria sair pulando de entusiasmo e gritar para todo mundo que o desejo de viver da música começava a se tornar realidade.

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estava ao lado de Athos tomando café na bancada da cozinha, quando irrompeu o ambiente esbaforida e cheia de artigos de festa e uma champanhe na mão.
— Eu esqueci alguma data comemorativa? — Athos perguntou, parando no ar a colher cheia de cereal.
— Pela cara de vocês dois eu presumo que ainda não olharam os celulares.
O olhar de se revezou entre os dois, antes dela começar a sorrir largamente. percebeu o brilho no olhar da namorada, o que só aguçou ainda mais a curiosidade que tinha.
— É… não. Por quê? — externou a dúvida, enquanto Athos se levantava do seu lado em busca do próprio telefone.
— Porque, talvez o seu EP de estreia tenha, em pouco mais de setenta e duas horas de lançamento, alcançado as paradas de sucesso com ST no top dez da Billboard Top Singles — ela respondeu com empolgação enquanto estourava um tubinho de confetes em cima dele.
— Mentira! — respondeu incrédulo, tomando o celular da mão do amigo.
olhou para a tela do aparelho sem acreditar no que estava escrito, as mensagens de Maya deixavam claro que ele não figurava somente entre os hits da Billboard, mas entre o top 5 global do Spotify.
— Parabéns, abraçou o namorado com força, depositando um beijo orgulhoso nos lábios dele.. — Você conseguiu, meu amor, agora você não só está vivendo o seu sonho, como todo mundo conhece o talento maravilhoso que você tem.
— Parabéns, cara — Athos gritou ao fundo abrindo a garrafa de champanhe.
— Eu não teria chegado até aqui sem o apoio de vocês. — retrucou abraçando os dois ao mesmo tempo.
— Teria sim, senhor. O seu talento te trouxe aqui. — o loiro respondeu. — A você e o seu sucesso.
Athos ergueu a taça vendo o casal fazer o mesmo gesto.
— Eu preciso ligar para os meus pais.

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Sob o pôr do sol do verão francês, encarava, da proa do iate, o mar com um sorriso sereno no rosto, se sentia feliz e realizado. Era verdade que o seu maior sonho era poder viver da música mas tinha consciência de que havia conquistado muito mais do que sonhava, arrastando multidões por onde passava.
Nos últimos anos entre shows e gravações parou em Saint Tropez para descansar e se viu completamente apaixonado pela cidade, que apesar de rodeada de luxo era calma e essa calma fazia repensar em tudo que tinha vivido até ali. despertou de seus pensamentos com um beijo suave nos ombros desnudos.
— Posso saber o que ocupa essa mente brilhante? — murmurou, passando os braços em volta da cintura dele.
— Quando eu penso que, há cinco anos, eu tocava em um bar pequeno em Lockhart e dois dias atrás eu estava tocando para mais de cem mil pessoas é surreal. Às vezes eu ainda preciso checar meu pulso ou me beliscar para ter certeza que isso não é um sonho.
— Tudo é tão real quando o seu talento para música. — garantiu. — Você ainda tem um mundo inteiro de oportunidades para conquistar.
Juntou os lábios ao dela em um beijo apaixonado, girando-a para frente de si.
— Obrigada por tudo. — fez um carinho de leve na bochecha dela, olhando em seus olhos. — Você é uma parte importante disso.
— Nah…talvez só um pouquinho — riu divertida. — Vamos aproveitar o momento.
Por muito tempo esteve esperando por aquele momento, depois de riscar cada item da sua lista de desejos e alcançar sonhos antes desconhecidos, ele sabia que ela estava certa, era hora de aproveitar.






Fim



Nota da autora: Depois de muitos surtos e rotas recalculadas, cá estamos nós. ST saiu menor do que o planejado mas adorei escrever ela, assim como amo esse álbum perfeito (Post malone nunca erra, hahaha). Espero que vocês tenham gostado e deixem um comentário sobre as suas impressões!



Outras Fanfics:
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Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


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