Fanfic Finalizada

Capítulo Único

Você é tudo o que eu achava que nunca seria
E nada como eu pensei que você poderia ter sido
Mesmo assim, você vive dentro de mim


Eu não tinha uma noção do que realmente estava acontecendo, sentada naquela cadeira encarando aquele jornal tentando achar um meio, um motivo. Todos os seus mistérios se encaixavam agora, não saberia dizer quando ele disse verdades e até que ponto chegaria. Eu não conhecia nada dele, não agora. Apenas queria ficar frente a frente e descontar toda minha frustação. Em breve ele estaria ali, sentado a minha frente, algemado e com uniforme me deixando com sensação de derrota.
– Tem certeza que quer ficar sozinha com ele? – Ryan perguntava.
– Já disse que sim. – Analisei o homem a minha frente. – Pode ir. – Ryan bateu a porta. – Então, , acho que temos que conversar.
...
– Delegada . – O cortei. – Pensou o quê, me fazendo de palhaça, que eu iria cair na sua e quando visse você tinha roubado mais um banco?! – Contestei como se fosse o óbvio.
– Não. – Negou.
– Você gosta de se arriscar. – Encarei. – Tem comparsa? Pode reduzir um dia de sua pena o entregando.
– Me deixa explicar. – Pediu.
– Então explica. – Joguei a pasta criminal nele.
– Estávamos sem grana, altas dívidas de drogas e eles queriam a grana. – Não tinha razão aquilo. – O chefe deles me propôs o assalto e disse que, se saísse certo, saldaria a dívida.
– Não justifica. – Falei pausadamente.
– Eu não tive escolhas. – Retrucou. – Como eu ia pagar se perdemos tudo?
– Vendia a casa e voltava para cá. – Disse o óbvio. – Nós te ajudaríamos.
– Você não sabe o que é ter uma arma apontada para cabeça da sua mãe enquanto toma decisões.
– Posso não passar por isso, porque não tomo decisões insensatas, mas salvo muitas pessoas assim. – Devolvi. – Não venha se fazer de vítima ou de coitado.
– Eu paguei minha dívida e ganhei uma grana...
– ... E vive foragido. – Completei.
– Há coisas na vida que tem seus preços.
– As escolhas trazem os preços. – Minha cabeça estava a mil. – Quais eram seus planos?
– Planos? – Arqueou a sobrancelha.
– Qualquer bandido, até os mais tolos, programa algo. – Apoiei meu rosto em minhas mãos.
– Não tem plano algum. – Respondeu. – Eu mudo cada mês para uma cidade pequena, moro em locais escondidos.
– E seu carro, em qual oficina?
– Eu sempre o troco em desmanches. – Ele já estava atolado.
– Telefone?
– Linha quente. – O que mais eu esperaria vindo dele.
– Jornal, o que te fez pensar que a cidade toda não teria conhecimento?
– Weston é pequena demais para reportar um crime assim. – Revirou os olhos.
– Natali estava certa em te ‘conhecer’.
– Aquele dia que quis ir embora, mas como te explicaria.
– Quem sabe um “Oi, sou , o cara que assaltou um banco e está foragido”.
– Não poderia.
– Seria honesto de sua parte. – Rebati. – Eu te levei até minha casa, com toda minha família, meus sobrinhos. – Exclamei. – Deixei um criminoso chegar perto deles.
– Não os machucaria. – Falou baixo.
– Quem me garante que não é mais uma de suas mentiras? – Cocei a cabeça. – Por que eu? Para ter informações da nossa rotina?
– Só descobri no dia do shopping.
– E mesmo assim pediu meu telefone.
– Eu tinha te reencontrado, queria apagar aquela parte e ser alguém para você. – Arqueou o corpo. – Mas não tem como apagar o que fizemos.
– Poderia não ter mandado mensagem e ter ido embora, não criaria expectativas. – Falei. – Eu fiquei pensando onde tinha errado para você sumir novamente. – Gesticulei. – Sempre colocando a culpa em mim por você ter ido embora sem falar nada e por agora você reaparecer e sumir.
Eu não queria ficar sem você.
– Não pode ter alguém a base de mentiras. – Respirei fundo. – Eu não quero um coração partido, eu não quero ter esse papel.
– Eu não tinha intenção de parti-lo.
Eu sei que amo você, mas me deixe dizer, eu não quero amar você de nenhuma maneira, não, não. – Cerrei o punho. – Agora estou em um lugar que nunca pensei que estaria, em uma situação jamais imaginada.
– Eu não quero que se sinta culpada por isso, não queria que fosse assim. – Desviou o olhar. – Por mais que você não acredite, eu nunca te esqueci.
– O que vamos fazer para resolver esse impasse. – Acariciei seu rosto. – Estou com tanta raiva de você e ao mesmo tempo quero te beijar.
– Podemos nos arriscar em uma brincadeira de polícia e ladrão. – Falou malicioso. –Tú eres puro, puro chantaje.

Eu não quero ficar sem você, amor
Eu não quero um coração partido
Eu não quero respirar sem meu amor
Eu não quero ter esse papel


– Eu vou confiar em você, babe. – Tirei a algema. – Espero que não tome decisões erradas. – Encostei na mesa.
– Não vou. – Avançou em minha direção.
Seus lábios foram de encontro aos meus, um arrepio passou por meu corpo, eu me encontrava em um labirinto. Quando a razão gritava, seu corpo junto ao meu a silenciava. Sentei sob a mesa enquanto ele se encaixava entre minhas pernas. Sua mão segurava minha cabeça para trás expondo meu pescoço para sua boca, apoiei minhas mãos na mesa buscando equilíbrio. Nossas roupas voavam pela minha sala. Minhas costas encontraram na madeira fria de minha mesa, seus lábios passeando por todo meu corpo, com o cotovelo ele derrubou a caixa de canetas ao chão aumentando mais nossa presa, a porta não estava trancada.
Sem mais delongas seus dedos me invadiram, seu polegar fazia movimentos circulares em meu clitóris.
– Anda logo. – Ralei.
– Não apresse a brincadeira. – Riu.
, tudo bem? – Ryan perguntava atrás da porta.
– Sim. – Segurei o gemido, enquanto o homem se divertia com aquela cena. – Mais alguns minutos e te chamo.
– Ok.
– Quer me foder logo, ? – Choraminguei.
Meu pedido foi atendido, a mesa fazia um barulho chato e meu medo que a qualquer momento em meio a suas investidas ela desabasse. Tinha certeza que sua nuca se encontrava vermelha com marcas de minhas unhas cravadas. Não demorou para que chegássemos ao limite. Meu corpo ficou ali estirado na mesa enquanto recuperava o folego.
Levantei recolhendo minhas peças, as vestido e caminhando até o banheiro, lavando o rosto e retirando todo aquele suor. Encontrei-o de pé fechando a braguilha.
– Vista sua roupa. – Disse enquanto terminava de ajeitar meu cabelo.
– Tudo pronto. – Respondeu.
– Vou te algemar novamente. – Passei aquele metal por seus punhos. – Ryan. – Gritei.
– Precisa de alguma coisa? –Demorou a aparecer.
– Pode levar o meliante. – Sorri. – Nos vemos no tribunal, . – Pisquei.


Meu coração partido está livre para abrir minhas asas
E voar para longe, para longe com você





Fim.



Nota da autora: Ei pessoas desde já quero agradecer por lerem. Vou deixar outras fanfics minhas para vocês lerem. Essa Fanfic é continuação da 03. Chantaje



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Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


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