Capítulo único
Eu olhei para ela seguindo na minha direção sorrindo e com os olhos brilhando por aquele corredor da igreja ladeado de flores e fitas vermelhas entre elas, e no mesmo instante me veio a lembrança do dia em que a conheci.
Flashback
Ela usava um lindo vestido de veludo azul, que realçava mais o brilho de seus olhos. Naquela festa eu a vi pela primeira vez, naquela festa eu me apaixonei por ela.
Ela me encantou desde o primeiro momento, era a mulher mais linda que eu havia visto e aquele vestido realçava todos os seus atributos, ela tinha o corpo lindo, o sorriso perfeito e andava como se estivesse flutuando, não sei, talvez estivesse, porque pelo menos para mim, ela era um verdadeiro anjo.
Eu me aproximei devagar enquanto ela bebia uma taça de champanhe com tamanha elegância, ela tinha os traços tão delicados e ao mesmo tempo uma expressão forte, daquelas que prende a atenção e faz com que o mundo ao redor pareça congelado.
- Boa noite, posso te oferecer mais uma taça? – Perguntei assim que ela terminou o último gole, peguei duas taças do primeiro garçom que passou e estendi uma para ela.
- Boa noite, obrigada. Qual o nome do cavalheiro? – Ela sorriu em resposta.
- Evan Chambers. Posso saber o nome da encantadora senhora?
- Senhorita, por favor. Catherine James. Muito prazer. – Ela me estendeu a mão, que eu me apressei em dar um beijo suave.
- O prazer é todo meu.
Conversamos por um bom tempo, sobre a vida, nossas famílias, anseios, mas a melhor parte foi quando finalmente convidei-a para dançar, ela era tão graciosa, tinha passos tão leves, movimentos suaves e ao mesmo tempo precisos. Dançamos músicas lentas, músicas rápidas, apenas nos afastando por curtos espaços de tempo entre as músicas e umas duas ou três vezes para beber alguma coisa.
Em algum momento ela foi parando e se afastou um pouco de mim, me lançou um olhar incandescente e simplesmente colou os lábios aos meus, eu fui pego de surpresa, mas de alguma forma aquilo iria acontecer mais cedo ou mais tarde, nossa química foi instantânea, nossos corpos tão próximos durantes as músicas, não tinha como negar que tínhamos sentido alguma coisa.
Guiei-a lentamente para o jardim, fomos andando de mãos dadas até perto de uma fonte que jorrava água preguiçosamente, com luzes projetadas do fundo dela iluminando as torres que a água ia formando, a visão era linda, fiquei observando enquanto Catherine fitava a fonte com tanto interesse, apreciando o som da água com a música da festa soando ao fundo num tom mais baixo. Eu estava verdadeiramente encantado com aquela mulher, nunca imaginei um sentimento assim tão repentino.
- É lindo, não é? - De repente ela se virou, sorrindo para mim.
- É perfeito – E eu não estava me referindo só à fonte. Puxei-a para o meu peito e beijei-a novamente, muito mais intensamente e apaixonadamente que o nosso beijo no salão, talvez estivéssemos mais cautelosos pela presença de tantas pessoas, mas ali fora não, estávamos só nós dois e essa coisa louca que balançou nossos pensamentos.
Nos beijamos pelo que pareceu uma eternidade e ao mesmo tempo poucos segundos quando um guarda nos interrompeu, nos informando que precisávamos sair, a festa já havia terminado. Meio em choque por termos perdido totalmente a noção do tempo, fomos pegar os casacos e nos retirar do salão que já estava praticamente vazio.
Chamei o meu carro e ofereci para levá-la, ela dispensou o motorista dela e me acompanhou.
- Eu aceito a carona, mas não pretendia ir para casa, pelo menos não sozinha. – Ela me beijou novamente e eu só tive um tempinho para respirar e informar ao motorista que iríamos para a minha casa durante uma breve pausa entre nossos beijos tão intensos.
No dia seguinte acordei meio zonzo, não tinha certeza de quanta champanhe tinha bebido depois de chegar em casa ou se foi pelas poucas horas de sono, mas vasculhei a cama com as mãos antes de abrir os olhos e ver que eu estava sozinho na cama. Quando me sentei, vi aquele vestido de veludo azul no chão, então eu não tinha sonhado. Graças ao meu bom Deus ela era real. Levantei devagar e coloquei a primeira boxer que encontrei, então eu a vi na sacada, apoiada no parapeito de costas para mim e usando a camisa branca que eu vestira na noite anterior e as pernas à mostra. Era a visão do paraíso.
- Bom dia – Beijei seu pescoço ao me aproximar. Ela teve um leve sobressalto, devia estar perdida em pensamentos, mas sorriu de volta e me deu um selinho.
- Bom dia, foi tudo real mesmo? A festa, nós dois? – Ela perguntou meio boba, rindo de si mesma.
- Claro que foi real, mais do que isso se me permite dizer.
Flashback off
As lágrimas marejaram meus olhos quando a vi naquele vestido branco vindo para mim, não foi o mesmo impacto que o vestido da noite em que a conheci, foi ainda melhor. Ela brilhava, seus olhos cheios de lágrimas como os meus não se direcionavam a ninguém além de mim, naquele momento parecia que estávamos só nós dois, tão próximos do sim e tão próximos do nosso sonho de passar o resto da vida juntos.
Eu observava seu rosto intensamente, eu não queria perder nem um segundo daquilo, eu não poderia nunca mais apagar aquele rosto e aquela expressão de extrema felicidade, tudo para mim para o resto de meus dias, ela toda, seu sorriso, seus sonhos, seus olhos, inteiramente minha. E após aquele sim diante de Deus, de nossas famílias e amigos, nada mais iria nos separar.
Eu ficava perdido em lembranças quando a observava se arrumar na penteadeira ou tomando um ar na sacada do nosso quarto, quando era noite, eu conseguia até vislumbrar o veludo azul do vestido misturado ao azul da noite, ela era o amor da minha vida, tudo que eu sempre quis. Antes de conhecê-la, eu jamais imaginei sentir algo assim, era muito forte, muito intenso.
Quando estávamos juntos, era inexplicável a paixão que nos envolvia. Eu a amava mais do que a minha própria vida.
Os anos foram se passando e nosso amor só crescia, uma chama acesa queimando, cuidávamos um do outro com todo o carinho.
Tivemos filhos gêmeos, dois meninos incríveis, fantásticos cada um à sua maneira, os dois brilhantes na escola e com futuros desafiadores e maravilhosos pela frente, na era da tecnologia e tanta informação.
No nosso aniversário de 25 anos de casados, fizemos uma bela festa para comemorar nossa união, renovamos os votos, trocamos as palavras mais lindas e ela me surpreendeu, apareceu vestida com seu vestido de veludo azul para a nossa dança durante a festa, eu me senti um jovem de 20 anos novamente, relembrando aquele início perfeito do nosso relacionamento, do nosso primeiro beijo. Ela estava radiante como as estrelas naquele céu, naquele céu de veludo azul.
She wore Blue Velvet
Bluer than velvet was the night
Softer than satin was the light
From the stars
Os anos se passaram e nosso amor só aumentou, sempre juntos, até que ela se foi. O tempo a levou antes de mim e Catherine ficou como uma preciosa e calorosa memória de anos, e eu ainda consigo ver o veludo azul pelas minhas lágrimas.
Ours a love I held tightly
Feeling the rapture grow
Like a flame burning brightly
But when she left gone was the glow of
She wore Blue Velvet
But in my heart there’ll always be
Precious and warm a memory through the years
And I still can see Blue Velvet through my tears
Flashback
Ela usava um lindo vestido de veludo azul, que realçava mais o brilho de seus olhos. Naquela festa eu a vi pela primeira vez, naquela festa eu me apaixonei por ela.
Ela me encantou desde o primeiro momento, era a mulher mais linda que eu havia visto e aquele vestido realçava todos os seus atributos, ela tinha o corpo lindo, o sorriso perfeito e andava como se estivesse flutuando, não sei, talvez estivesse, porque pelo menos para mim, ela era um verdadeiro anjo.
Eu me aproximei devagar enquanto ela bebia uma taça de champanhe com tamanha elegância, ela tinha os traços tão delicados e ao mesmo tempo uma expressão forte, daquelas que prende a atenção e faz com que o mundo ao redor pareça congelado.
- Boa noite, posso te oferecer mais uma taça? – Perguntei assim que ela terminou o último gole, peguei duas taças do primeiro garçom que passou e estendi uma para ela.
- Boa noite, obrigada. Qual o nome do cavalheiro? – Ela sorriu em resposta.
- Evan Chambers. Posso saber o nome da encantadora senhora?
- Senhorita, por favor. Catherine James. Muito prazer. – Ela me estendeu a mão, que eu me apressei em dar um beijo suave.
- O prazer é todo meu.
Conversamos por um bom tempo, sobre a vida, nossas famílias, anseios, mas a melhor parte foi quando finalmente convidei-a para dançar, ela era tão graciosa, tinha passos tão leves, movimentos suaves e ao mesmo tempo precisos. Dançamos músicas lentas, músicas rápidas, apenas nos afastando por curtos espaços de tempo entre as músicas e umas duas ou três vezes para beber alguma coisa.
Em algum momento ela foi parando e se afastou um pouco de mim, me lançou um olhar incandescente e simplesmente colou os lábios aos meus, eu fui pego de surpresa, mas de alguma forma aquilo iria acontecer mais cedo ou mais tarde, nossa química foi instantânea, nossos corpos tão próximos durantes as músicas, não tinha como negar que tínhamos sentido alguma coisa.
Guiei-a lentamente para o jardim, fomos andando de mãos dadas até perto de uma fonte que jorrava água preguiçosamente, com luzes projetadas do fundo dela iluminando as torres que a água ia formando, a visão era linda, fiquei observando enquanto Catherine fitava a fonte com tanto interesse, apreciando o som da água com a música da festa soando ao fundo num tom mais baixo. Eu estava verdadeiramente encantado com aquela mulher, nunca imaginei um sentimento assim tão repentino.
- É lindo, não é? - De repente ela se virou, sorrindo para mim.
- É perfeito – E eu não estava me referindo só à fonte. Puxei-a para o meu peito e beijei-a novamente, muito mais intensamente e apaixonadamente que o nosso beijo no salão, talvez estivéssemos mais cautelosos pela presença de tantas pessoas, mas ali fora não, estávamos só nós dois e essa coisa louca que balançou nossos pensamentos.
Nos beijamos pelo que pareceu uma eternidade e ao mesmo tempo poucos segundos quando um guarda nos interrompeu, nos informando que precisávamos sair, a festa já havia terminado. Meio em choque por termos perdido totalmente a noção do tempo, fomos pegar os casacos e nos retirar do salão que já estava praticamente vazio.
Chamei o meu carro e ofereci para levá-la, ela dispensou o motorista dela e me acompanhou.
- Eu aceito a carona, mas não pretendia ir para casa, pelo menos não sozinha. – Ela me beijou novamente e eu só tive um tempinho para respirar e informar ao motorista que iríamos para a minha casa durante uma breve pausa entre nossos beijos tão intensos.
No dia seguinte acordei meio zonzo, não tinha certeza de quanta champanhe tinha bebido depois de chegar em casa ou se foi pelas poucas horas de sono, mas vasculhei a cama com as mãos antes de abrir os olhos e ver que eu estava sozinho na cama. Quando me sentei, vi aquele vestido de veludo azul no chão, então eu não tinha sonhado. Graças ao meu bom Deus ela era real. Levantei devagar e coloquei a primeira boxer que encontrei, então eu a vi na sacada, apoiada no parapeito de costas para mim e usando a camisa branca que eu vestira na noite anterior e as pernas à mostra. Era a visão do paraíso.
- Bom dia – Beijei seu pescoço ao me aproximar. Ela teve um leve sobressalto, devia estar perdida em pensamentos, mas sorriu de volta e me deu um selinho.
- Bom dia, foi tudo real mesmo? A festa, nós dois? – Ela perguntou meio boba, rindo de si mesma.
- Claro que foi real, mais do que isso se me permite dizer.
Flashback off
As lágrimas marejaram meus olhos quando a vi naquele vestido branco vindo para mim, não foi o mesmo impacto que o vestido da noite em que a conheci, foi ainda melhor. Ela brilhava, seus olhos cheios de lágrimas como os meus não se direcionavam a ninguém além de mim, naquele momento parecia que estávamos só nós dois, tão próximos do sim e tão próximos do nosso sonho de passar o resto da vida juntos.
Eu observava seu rosto intensamente, eu não queria perder nem um segundo daquilo, eu não poderia nunca mais apagar aquele rosto e aquela expressão de extrema felicidade, tudo para mim para o resto de meus dias, ela toda, seu sorriso, seus sonhos, seus olhos, inteiramente minha. E após aquele sim diante de Deus, de nossas famílias e amigos, nada mais iria nos separar.
Eu ficava perdido em lembranças quando a observava se arrumar na penteadeira ou tomando um ar na sacada do nosso quarto, quando era noite, eu conseguia até vislumbrar o veludo azul do vestido misturado ao azul da noite, ela era o amor da minha vida, tudo que eu sempre quis. Antes de conhecê-la, eu jamais imaginei sentir algo assim, era muito forte, muito intenso.
Quando estávamos juntos, era inexplicável a paixão que nos envolvia. Eu a amava mais do que a minha própria vida.
Os anos foram se passando e nosso amor só crescia, uma chama acesa queimando, cuidávamos um do outro com todo o carinho.
Tivemos filhos gêmeos, dois meninos incríveis, fantásticos cada um à sua maneira, os dois brilhantes na escola e com futuros desafiadores e maravilhosos pela frente, na era da tecnologia e tanta informação.
No nosso aniversário de 25 anos de casados, fizemos uma bela festa para comemorar nossa união, renovamos os votos, trocamos as palavras mais lindas e ela me surpreendeu, apareceu vestida com seu vestido de veludo azul para a nossa dança durante a festa, eu me senti um jovem de 20 anos novamente, relembrando aquele início perfeito do nosso relacionamento, do nosso primeiro beijo. Ela estava radiante como as estrelas naquele céu, naquele céu de veludo azul.
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Os anos se passaram e nosso amor só aumentou, sempre juntos, até que ela se foi. O tempo a levou antes de mim e Catherine ficou como uma preciosa e calorosa memória de anos, e eu ainda consigo ver o veludo azul pelas minhas lágrimas.
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Fim!
Nota da autora: Gente, tive essa ideia assim que vi a letra, consegui desenvolver uma short bem curtinha, mas acho que deu pra acompanhar legal a ideia, muitos detalhes da vida a dois e tal, achei que ia tirar um pouco o encanto. Bom, espero que gostem ;)
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Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.
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