Capítulo Único
Seul, capital Coreia do Sul, Tempos atuais
O novo álbum de Chanyeol havia saído poucas horas atrás. Ele andava de um lado para o outro na sala de estar do seu apartamento, estava descalço, usava uma calça de moletom preta e se encontrava sem camisa enquanto no seu peitoral ainda se encontravam algumas gotas escorrendo, e seus cabelos molhados devido à sua recém-saída do chuveiro escondiam um pouco sua feição preocupada. Não era nenhuma novidade para ele nem para as pessoas que o cercavam o quanto ele se cobrava, as coisas nunca pareciam o suficiente para ele, ele sempre queria mais, ir além.
Eunpyeong-gu, Seul, Coreia do Sul, Anos atrás
O garoto andava pelas ruas de sua cidade natal carregando em suas costas o violão alguns centímetros maior que ele. Pelo menos uma vez por semana fazia aquele tipo de coisa: saía para tocar em algum lugar da cidade. Sempre se sentia mais novo que as pessoas ao seu redor, e na escola, onde as crianças tinham sua idade, isso não mudava. Mas quando estava nas ruas, cantando com a maleta do seu instrumento aberta na frente, ele sentia a sua juventude, ao mesmo tempo que tinha o sentimento de ser pequeno. Ali, fazendo o que gostava o sentimento que era enorme também lhe preenchia.
Seul, capital Coreia do Sul, Tempos atuais
A sensação de sempre ter que voar mais alto era com certeza a que mais lhe incomodava. Já havia composto diversas músicas, já havia produzido diversas outras e cantado todas elas. A crítica geralmente gostava de seus trabalhos, mas quando vinha uma crítica ruim em meio a uma chuva de boas, isso acabava com ele e seu foco. À noite quando colocava sua cabeça no travesseiro para dormir era sempre nessa que pensava.
O silêncio no quarto foi preenchido pelo som do seu celular tocando. Ele jogou a toalha que estava secando seu cabelo na poltrona que estava próxima a ele e seguiu até o aparelho, e, lendo o nome de seu agente no visor, atendeu.
— Meu garoto! Como você está?
— Oi, acabei de sair do banho, então...
— Você não parece uma pessoa muito animada, sendo que seu novo trabalho acabou de sair.
Ele afastou o celular, para soltar um suspiro.
— Park? Ainda está aí?
— Sempre.
— Já viu como está on-line? As pessoas estão adorando o álbum e...
Sabia que as intenções do seu agente sempre eram as melhores, mas tinha dias que ele não aguentava aquelas mesmas conversas de sempre, por isso só deixou ele falando sobre números e performance on-line, enquanto ele se jogou no sofá, apoiando sua cabeça e deixando seus pensamentos se perderem no teto azul claro.
Eunpyeong-gu, Seul, Coreia do Sul, Anos atrás
Sempre se sentia como um rei quando chegava em casa depois daqueles dias, não por se achar melhor que os outros, mas pela emoção que os aplausos e os elogios geravam nele. Sua mãe sempre estava o esperando, não importava aonde ele ia.
— Chanyeol, demorou hoje, eu já estava preocupada.
— Desculpa, mamãe, hoje tinha bastante gente, olha o dinheiro que as pessoas me deram.
Tirou o dinheiro que havia guardado no bolso.
— Ual, quer guardar no seu cofre?
Ele acenou que sim com a cabeça e sua mãe o levantou até o armário alto da cozinha para guardá-lo.
— Obrigado, mamãe. E fica tranquila, eu sempre faço como você me ensinou, eu sempre falo para as pessoas que o dinheiro é para o meu sonho. “Seja sincero, porque sem sinceridade não conquistamos nada”.
— “Seja sincero, porque sem sinceridade não conquistamos nada”.
Eles soltaram a frase juntos e ela não sabia mensurar a felicidade de ver seu filho amadurecendo assim. Ele informou que estava indo tomar banho e ela ficou sozinha com seus pensamentos de, apesar de querer muito, não poder ajudar seu filho financeiramente nos seus sonhos e isso, como mãe, a magoava.
Seul, capital Coreia do Sul, Tempos atuais
Quando Chanyeol se perdia dessa forma em seus pensamentos, uma das conclusões que ele sempre chegava era o fato de que talvez focasse tanto no trabalho porque se sentia sozinho. Já havia tido amigos, mas em alguns momentos eles demonstravam inveja dele ou algo do gênero e ele saía magoado. Relacionamento amoroso então, isso passava longe dele. Ser famoso na Coreia do Sul implicava em não ter esse tipo de coisas, ele viajava tanto, cada semana uma passagem de avião diferente, uma cama menor que a outra e mais um degrau, e isso o limitava, ele não tinha ninguém.
Resolveu que deveria comer algumas coisas já que não tinha feito, seguiu até o telefone fixo e só então notou uma caixa com uma fita de presente em cima da mesa de canto próxima ao telefone, franziu o cenho pensando como aquilo havia ido parar ali, mas só quando leu o cartão ele entendeu.
“Parabéns pelo novo álbum, meu menino. Espero que isso te traga boas lembranças.
Era o que estava escrito no bilhete que estava dentro do envelope branco. Sua mãe sempre dava um jeito de surpreendê-lo, dentro da caixa tinha um álbum de fotos que ele pegou com carinho e sentou no tapete para começar a folheá-lo. Eram fotos da sua infância e seus olhos brilhavam ao lembrar dos momentos vividos ali, fazia tempo que não voltava para viver, aliás, reviver essas memórias, e elas eram tão importantes. As fotos iam passando em ordem cronológica, até que chegou naquela foto, ele tinha quase 12 anos. Na foto, sua mãe e ele estavam abraçados, ele já vestindo seu pijama. Eles seguravam um copo de suco de uva cada, sorrindo para a câmera. Foi naquele dia, o dia da ligação, que tudo começou a mudar.
Eunpyeong-gu, Seul, Coreia do Sul, Anos atrás
O garoto já havia tomado seu banho e tinha descido para jantar, sua mãe havia feito um de seus pratos favoritos. Ela era uma ótima cozinheira e ele sabia que ela podia abrir um restaurante se quisesse. Depois que terminaram de comer, ele a ajudou a guardar as coisas e lavar a louça, era um bom menino e sua mãe gostava de passar esse tempo com ele quando não estava no trabalho. Terminaram as coisas e ele subiu para colocar seu pijama, sua mãe, que tinha recebido um extra no trabalho naquele dia, pegou o cofre de seu menino para colocar o dinheiro ali, mas foi interrompida pelo som estridente que se espalhou pela casa. Quando atendeu, cumprimentou e escutou o que tinham para falar do outro lado da linha, precisou que fosse repetido porque não tinha acreditado.
Uma empresa de cantores havia visto seu filho cantando aquela tarde e estavam interessados nele. Depois de combinar os detalhes, ela desligou chorando, o chamando.
— Chanyeol!
O menino veio correndo e se assustou ao ver sua mãe chorando.
— Mamãe, está tudo bem? Aconteceu alguma coisa?
— Aconteceu, meu filho! Você conseguiu!! Você conseguiu!!!
E o abraçou apertado, logo depois explicando tudo. Eles se abraçaram mais uma vez e ela pegou a câmera, aquele momento merecia ser registrado, eles pegaram suco de uva para brindar, ele não poderia beber álcool, sorriram e registraram aquele momento incrível, era isso, estava na hora de ele começar a voar alto.
Seul, capital Coreia do Sul, Tempos atuais
Ele olhava as estrelas naquela mesma data anos atrás. A sua versão mais nova observava o céu pensando nos seus sonhos imensos, sorria pensando em chegar lá, e Chanyeol sorriu também com essa memória, afinal, tudo que o menino havia sonhado era o que ele havia conquistado. Seus olhos brilharam ao ter aquelas lembranças, ele nunca deixaria de se dedicar ao seu trabalho, mas com toda certeza agora daria mais valor e importância para as coisas que já eram dele, e sempre se lembraria o porquê disso.
O novo álbum de Chanyeol havia saído poucas horas atrás. Ele andava de um lado para o outro na sala de estar do seu apartamento, estava descalço, usava uma calça de moletom preta e se encontrava sem camisa enquanto no seu peitoral ainda se encontravam algumas gotas escorrendo, e seus cabelos molhados devido à sua recém-saída do chuveiro escondiam um pouco sua feição preocupada. Não era nenhuma novidade para ele nem para as pessoas que o cercavam o quanto ele se cobrava, as coisas nunca pareciam o suficiente para ele, ele sempre queria mais, ir além.
Eunpyeong-gu, Seul, Coreia do Sul, Anos atrás
O garoto andava pelas ruas de sua cidade natal carregando em suas costas o violão alguns centímetros maior que ele. Pelo menos uma vez por semana fazia aquele tipo de coisa: saía para tocar em algum lugar da cidade. Sempre se sentia mais novo que as pessoas ao seu redor, e na escola, onde as crianças tinham sua idade, isso não mudava. Mas quando estava nas ruas, cantando com a maleta do seu instrumento aberta na frente, ele sentia a sua juventude, ao mesmo tempo que tinha o sentimento de ser pequeno. Ali, fazendo o que gostava o sentimento que era enorme também lhe preenchia.
Seul, capital Coreia do Sul, Tempos atuais
A sensação de sempre ter que voar mais alto era com certeza a que mais lhe incomodava. Já havia composto diversas músicas, já havia produzido diversas outras e cantado todas elas. A crítica geralmente gostava de seus trabalhos, mas quando vinha uma crítica ruim em meio a uma chuva de boas, isso acabava com ele e seu foco. À noite quando colocava sua cabeça no travesseiro para dormir era sempre nessa que pensava.
O silêncio no quarto foi preenchido pelo som do seu celular tocando. Ele jogou a toalha que estava secando seu cabelo na poltrona que estava próxima a ele e seguiu até o aparelho, e, lendo o nome de seu agente no visor, atendeu.
— Meu garoto! Como você está?
— Oi, acabei de sair do banho, então...
— Você não parece uma pessoa muito animada, sendo que seu novo trabalho acabou de sair.
Ele afastou o celular, para soltar um suspiro.
— Park? Ainda está aí?
— Sempre.
— Já viu como está on-line? As pessoas estão adorando o álbum e...
Sabia que as intenções do seu agente sempre eram as melhores, mas tinha dias que ele não aguentava aquelas mesmas conversas de sempre, por isso só deixou ele falando sobre números e performance on-line, enquanto ele se jogou no sofá, apoiando sua cabeça e deixando seus pensamentos se perderem no teto azul claro.
Eunpyeong-gu, Seul, Coreia do Sul, Anos atrás
Sempre se sentia como um rei quando chegava em casa depois daqueles dias, não por se achar melhor que os outros, mas pela emoção que os aplausos e os elogios geravam nele. Sua mãe sempre estava o esperando, não importava aonde ele ia.
— Chanyeol, demorou hoje, eu já estava preocupada.
— Desculpa, mamãe, hoje tinha bastante gente, olha o dinheiro que as pessoas me deram.
Tirou o dinheiro que havia guardado no bolso.
— Ual, quer guardar no seu cofre?
Ele acenou que sim com a cabeça e sua mãe o levantou até o armário alto da cozinha para guardá-lo.
— Obrigado, mamãe. E fica tranquila, eu sempre faço como você me ensinou, eu sempre falo para as pessoas que o dinheiro é para o meu sonho. “Seja sincero, porque sem sinceridade não conquistamos nada”.
— “Seja sincero, porque sem sinceridade não conquistamos nada”.
Eles soltaram a frase juntos e ela não sabia mensurar a felicidade de ver seu filho amadurecendo assim. Ele informou que estava indo tomar banho e ela ficou sozinha com seus pensamentos de, apesar de querer muito, não poder ajudar seu filho financeiramente nos seus sonhos e isso, como mãe, a magoava.
Seul, capital Coreia do Sul, Tempos atuais
Quando Chanyeol se perdia dessa forma em seus pensamentos, uma das conclusões que ele sempre chegava era o fato de que talvez focasse tanto no trabalho porque se sentia sozinho. Já havia tido amigos, mas em alguns momentos eles demonstravam inveja dele ou algo do gênero e ele saía magoado. Relacionamento amoroso então, isso passava longe dele. Ser famoso na Coreia do Sul implicava em não ter esse tipo de coisas, ele viajava tanto, cada semana uma passagem de avião diferente, uma cama menor que a outra e mais um degrau, e isso o limitava, ele não tinha ninguém.
Resolveu que deveria comer algumas coisas já que não tinha feito, seguiu até o telefone fixo e só então notou uma caixa com uma fita de presente em cima da mesa de canto próxima ao telefone, franziu o cenho pensando como aquilo havia ido parar ali, mas só quando leu o cartão ele entendeu.
“Parabéns pelo novo álbum, meu menino. Espero que isso te traga boas lembranças.
– Com amor, mamãe”
Era o que estava escrito no bilhete que estava dentro do envelope branco. Sua mãe sempre dava um jeito de surpreendê-lo, dentro da caixa tinha um álbum de fotos que ele pegou com carinho e sentou no tapete para começar a folheá-lo. Eram fotos da sua infância e seus olhos brilhavam ao lembrar dos momentos vividos ali, fazia tempo que não voltava para viver, aliás, reviver essas memórias, e elas eram tão importantes. As fotos iam passando em ordem cronológica, até que chegou naquela foto, ele tinha quase 12 anos. Na foto, sua mãe e ele estavam abraçados, ele já vestindo seu pijama. Eles seguravam um copo de suco de uva cada, sorrindo para a câmera. Foi naquele dia, o dia da ligação, que tudo começou a mudar.
Eunpyeong-gu, Seul, Coreia do Sul, Anos atrás
O garoto já havia tomado seu banho e tinha descido para jantar, sua mãe havia feito um de seus pratos favoritos. Ela era uma ótima cozinheira e ele sabia que ela podia abrir um restaurante se quisesse. Depois que terminaram de comer, ele a ajudou a guardar as coisas e lavar a louça, era um bom menino e sua mãe gostava de passar esse tempo com ele quando não estava no trabalho. Terminaram as coisas e ele subiu para colocar seu pijama, sua mãe, que tinha recebido um extra no trabalho naquele dia, pegou o cofre de seu menino para colocar o dinheiro ali, mas foi interrompida pelo som estridente que se espalhou pela casa. Quando atendeu, cumprimentou e escutou o que tinham para falar do outro lado da linha, precisou que fosse repetido porque não tinha acreditado.
Uma empresa de cantores havia visto seu filho cantando aquela tarde e estavam interessados nele. Depois de combinar os detalhes, ela desligou chorando, o chamando.
— Chanyeol!
O menino veio correndo e se assustou ao ver sua mãe chorando.
— Mamãe, está tudo bem? Aconteceu alguma coisa?
— Aconteceu, meu filho! Você conseguiu!! Você conseguiu!!!
E o abraçou apertado, logo depois explicando tudo. Eles se abraçaram mais uma vez e ela pegou a câmera, aquele momento merecia ser registrado, eles pegaram suco de uva para brindar, ele não poderia beber álcool, sorriram e registraram aquele momento incrível, era isso, estava na hora de ele começar a voar alto.
Seul, capital Coreia do Sul, Tempos atuais
Ele olhava as estrelas naquela mesma data anos atrás. A sua versão mais nova observava o céu pensando nos seus sonhos imensos, sorria pensando em chegar lá, e Chanyeol sorriu também com essa memória, afinal, tudo que o menino havia sonhado era o que ele havia conquistado. Seus olhos brilharam ao ter aquelas lembranças, ele nunca deixaria de se dedicar ao seu trabalho, mas com toda certeza agora daria mais valor e importância para as coisas que já eram dele, e sempre se lembraria o porquê disso.
Fim.
Nota da autora: Oiii amores, tudo bem?
Aaaaaaa eu amei escrever esse plot sem casal, eu amo um, mas gostei de explorar isso, eu espero de coração que vocês tenham gostado <3 Obrigada para quem leu até aqui <3
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Aaaaaaa eu amei escrever esse plot sem casal, eu amo um, mas gostei de explorar isso, eu espero de coração que vocês tenham gostado <3 Obrigada para quem leu até aqui <3
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