Capítulo Único
Teatro California Center, EUA.
estava em seu camarim localizado na parte de trás do grande estádio, conseguia escutar um pouco da agitação que lhe esperava para seu show, mas, mesmo assim, não conseguia focar totalmente nisso, sua mão suava de nervosismo, ele se olhava no espelho e encarava sua imagem ofegante, ele estava completamente nervoso, isso era um fato. Era a primeira vez que se apresentaria em um lugar como aquele e isso estava lhe causando sensações inexplicáveis. Queria que ela estivesse ali com ele, dentro do camarim dizendo que tudo ia ficar bem,
2 anos atrás...
Ele havia chegado em casa faziam apenas alguns minutos, veio o caminho inteiro preocupado e pensando no que tinha acontecido e como isso iria afetar sua vida a partir daquele momento, a pessoa com a qual ele dividia a casa estava esperando-o sentada no sofá da sala, ele demorou e ponderou algumas vezes pensando em como falar.
— Tudo vai ficar bem, amor.
— Como você pode ter certeza disso?
— Porque sempre tudo fica.
— Eu fui demitido, eu não sei o que fazer agora.
— Você sabe o que fazer, está na hora de ir atrás dos seus sonhos.
— Lisa, você sabe que eu amo seu apoio, mas eu não tenho mais idade para isso, eu tenho que pensar em um jeito de me manter e tudo mais.
— Aaaah, amor, não tem idade para isso e eu acho que o universo está te dando sinais de que você deveria ir atrás.
— Eu nem saberia por onde começar.
— E eu estou aqui para descobrirmos juntos.
Ele a abraçou.
— Obrigado por tudo - com a cabeça afundada em seu pescoço, ele disse abafadamente.
Dias atuais...
Ele encarou seu reflexo novamente agora sorrindo com a lembrança, era muito grato por tudo em relação a ela, sempre se sentiu muito sortudo por poder presenciar um relacionamento como aquele.
1 ano atrás...
O show estava prestes a começar, as pessoas no bar não pareciam tão interessadas nele ou em sua música, mas sua namorada estava ali prestando atenção em todos os detalhes dele, mas o fato de finalmente poder estar cantando em um palco mesmo que pequeno e mesmo que para poucas pessoas, ele se sentia realizado. Pegou seu violão e começou a cantar. A mulher sentada na cadeira mais próxima dele, tinha um olhar apaixonado estampado no rosto, ficou todos os segundos da apresentação com os olhos presos nele, não pensou e nem queria desviar eles dali por nada, amava vê-lo tocando e amava ver o sorriso que ele tinha quando estava fazendo isso.
Dias Atuais...
Sua namorada sempre foi muito presente, ele nunca teve do que reclamar, ele se lembra de tudo desse seu primeiro show, mas principalmente da forma que ela o olhou, ele sorriu bobo compartilhando da mesma sensação dela naquele dia.
6 meses atrás...
estava fazendo cada vez mais shows, cada vez em lugares maiores e melhores, parou sua agenda naquele mês devido ao mal estar que sua amada estava sentindo há algum tempo, mas só compartilhou com ele há pouco tempo, eles estavam em um consultório no hospital, a sala toda branca não transmitia um ar muito confortável ou talvez o motivo deles estarem ali não transmitia isso. O médico adentrou a sala com um envelope enorme em mãos, se sentou de frente para eles do outro lado da mesa, tirou algumas coisas de dentro e os olhou.
— Eu sinto muito, as notícias não são das melhores.
Dias Atuais...
Três batidas na porta de seu camarim o tiraram do transe, não tinha percebido como tinha se perdido nas memórias sobre e com ela. Estava evitando que sua mente fosse invadida por uma delas específica, esforço em vão, porque assim que ele abaixou a cabeça e colocou as mãos enroladas nos seus cabelos, a lembrança veio.
2 meses atrás...
— Você está linda – disse, a olhando.
Ela estava deitada na cama do hospital, usava seu lenço na cabeça, ele a olhava com paixão.
— Obrigada, meu amor, sinto muito por você ter que me ver assim. – Ela passou a mão por sua cabeça e corpo como se não gostasse da forma que estava.
— Assim como? – ele se deitou ao lado dela, a abraçando - Não peça desculpas por isso, como eu disse, você está linda e eu te amo tanto.
— Eu também te amo, você acha que vai ficar bem sem mim?
— Por que está perguntando isso agora?
— O médico disse aquele dia que eu não tinha muito tempo de vida e você sabe já superei até a expectativa e tudo mais - ela suspirou –, eu fico preocupada com você.
— Você está em um hospital, deve estar sentindo algum tipo de dor pela feição que tentou disfarçar quando eu entrei no quarto e você quem está preocupada, o que eu faço com você, hein? – beijou-lhe o topo da cabeça no final da frase, voltando a fazer carinho em seu rosto logo em seguida.
— Eu me sinto muito grata, por você e por ter conseguido presenciar pelo menos uma parte de você realizando seu sonho, porque eu tenho certeza de que você vai muito mais longe.
Ela não podia ver, mas ele tinha começado a lacrimejar.
— Você me motiva, sabia? Queria compartilhar algo com você, inclusive.
— Conta, conta.
sorriu com a empolgação dela, se soltando dele e batendo palmas, esperando a novidade.
— Eu vou me apresentar no California Center.
— O teatro?
Ele acenou positivamente com a cabeça.
— Você sempre quis se apresentar lá, porque lá já é enorme, mas abre muitas portas.
— Sim, sim e....
Ele foi interrompido pela garota se lançando nele lhe arrancando um abraço.
— Parabéns, amor, eu tenho tanto orgulho de você.
Ele lhe abraçou de volta e sussurrou um “Obrigado”.
— Quando vai ser? – ela se afastou, limpando algumas lágrimas que tinham caído de emoção.
— Daqui dois meses – estava sorrindo completamente animado e ela o acompanhou – Estou doido para tocar e te ver lá.
— Pode deixar, eu vou estar lá do lado do palco, assistindo tudo dos bastidores, como sempre.
— Mal posso esperar.
Dias Atuais...
Ele se levantou, respirou fundo, secou as lágrimas que estavam começando a cair, se dirigiu até a porta, a abrindo e saindo do camarim. Andou pelos bastidores em direção ao palco, pegou seu violão, esperou a contagem e subiu. A plateia gritava e ele não conseguia explicar o turbilhão de sentimentos que lhe percorriam, cumprimentou o público, foi até o microfone e sua apresentação começou, cantou algumas músicas conhecidas pela plateia, até decidir que era hora de mostrar a música, essa cuja a letra já estava guardada fazia um tempo, mas que ele achava aquele momento adequado para revelá-la
— Boa noite, vocês estão se divertindo? – ele escutou o público lhe responder – Fico feliz com isso. Muitos sabem, mas também muitos não sabem que eu já encontrei o amor da minha vida e a gente viveu uma daquelas histórias lindas de amor em que eles se conhecem quando são crianças, crescem juntos, se apaixonam, planejam tudo para passar uma vida inteira ao lado um do outro e sempre se apoiam e é sobre isso a música a seguir sobre apoio. Ela sempre esteve presente para mim em todos os momentos que eu mais precisei, principalmente momentos relacionados ao o que eu estou fazendo hoje em cima deste palco – as lágrimas voltaram a ameaçar aparecer, ele respirou fundo para cantar a música – Essa é Lonely People, porque é assim que eu me sinto depois que você partiu, espero que gostem. - Ele terminou de falar e se dirigiu até o piano que se encontrava no canto do palco.
Os primeiros acordes da música começaram e ele acompanhou com seus dedos no instrumento a frente.
Eu sou uma ilha, estou sozinho, mas estou vivo
Maçã do amor, fui para casa sem um prêmio
Ele pronunciava as palavras de olhos fechados, estava sentindo cada uma das coisas que estavam sendo ditas ali.
Chorar não te torna charmoso
A única coisa que não estou é arrependida
Dançando em uma festa de pena, em uma festa de pena
Mesmo tendo amado estar diante de um público grande, sabia que naquele momento só estava cantando para uma pessoa, uma específica, somente para ela.
Acho que somos todos pessoas solitárias
Acho que somos todos pessoas solitárias
Romeu não tem sequência
Acho que somos todos pessoas solitárias
Se lembrou de todos os momentos novamente, foi uma história muito longa construída ao lado dela, ele nunca pensou no fato de ter chegado ao fim, talvez porque para ele não era isso que pensava.
Tudo que o amor é, é um meio para o fim
Estou sempre encontrando corações partidos ao invés disso
Tudo que o amor é, é um meio para o fim
Sua voz começou a sair com uma certa dificuldade devido ao choro, esse de tristeza, saudades, emoção, amor e gratidão.
Chorar não te torna charmoso
A única coisa que não estou é arrependida
Dançando em uma festa de pena, em uma festa de pena
Na plateia não se escutava quase nada, não porque não estavam gostando da música, mas por estarem todos focados na letra.
Acho que somos todos pessoas solitárias
Acho que somos todos pessoas solitárias
Romeu não tem sequência
Acho que somos todos pessoas solitárias
olhou para o céu, os olhos brilhavam, sorriu em meio as lágrimas e cantou a última frase da música.
Então é melhor amar a si mesmo antes de partir
O público aplaudiu imensamente.
— Eu estava com medo porque comecei a pensar que não conseguiria fazer isso sem ela estar aqui, mas a verdade é que ela está, como sempre esteve e eu percebi isso minutos atrás no camarim quando comecei a lembrar da história mais linda de amor que eu poderia ter vivido. Essa música é completamente dela, completamente sua, meu amor, espero que você tenha amado a si mesma antes de partir. Obrigado a todo mundo por ouvir.
estava em seu camarim localizado na parte de trás do grande estádio, conseguia escutar um pouco da agitação que lhe esperava para seu show, mas, mesmo assim, não conseguia focar totalmente nisso, sua mão suava de nervosismo, ele se olhava no espelho e encarava sua imagem ofegante, ele estava completamente nervoso, isso era um fato. Era a primeira vez que se apresentaria em um lugar como aquele e isso estava lhe causando sensações inexplicáveis. Queria que ela estivesse ali com ele, dentro do camarim dizendo que tudo ia ficar bem,
2 anos atrás...
Ele havia chegado em casa faziam apenas alguns minutos, veio o caminho inteiro preocupado e pensando no que tinha acontecido e como isso iria afetar sua vida a partir daquele momento, a pessoa com a qual ele dividia a casa estava esperando-o sentada no sofá da sala, ele demorou e ponderou algumas vezes pensando em como falar.
— Tudo vai ficar bem, amor.
— Como você pode ter certeza disso?
— Porque sempre tudo fica.
— Eu fui demitido, eu não sei o que fazer agora.
— Você sabe o que fazer, está na hora de ir atrás dos seus sonhos.
— Lisa, você sabe que eu amo seu apoio, mas eu não tenho mais idade para isso, eu tenho que pensar em um jeito de me manter e tudo mais.
— Aaaah, amor, não tem idade para isso e eu acho que o universo está te dando sinais de que você deveria ir atrás.
— Eu nem saberia por onde começar.
— E eu estou aqui para descobrirmos juntos.
Ele a abraçou.
— Obrigado por tudo - com a cabeça afundada em seu pescoço, ele disse abafadamente.
Dias atuais...
Ele encarou seu reflexo novamente agora sorrindo com a lembrança, era muito grato por tudo em relação a ela, sempre se sentiu muito sortudo por poder presenciar um relacionamento como aquele.
1 ano atrás...
O show estava prestes a começar, as pessoas no bar não pareciam tão interessadas nele ou em sua música, mas sua namorada estava ali prestando atenção em todos os detalhes dele, mas o fato de finalmente poder estar cantando em um palco mesmo que pequeno e mesmo que para poucas pessoas, ele se sentia realizado. Pegou seu violão e começou a cantar. A mulher sentada na cadeira mais próxima dele, tinha um olhar apaixonado estampado no rosto, ficou todos os segundos da apresentação com os olhos presos nele, não pensou e nem queria desviar eles dali por nada, amava vê-lo tocando e amava ver o sorriso que ele tinha quando estava fazendo isso.
Dias Atuais...
Sua namorada sempre foi muito presente, ele nunca teve do que reclamar, ele se lembra de tudo desse seu primeiro show, mas principalmente da forma que ela o olhou, ele sorriu bobo compartilhando da mesma sensação dela naquele dia.
6 meses atrás...
estava fazendo cada vez mais shows, cada vez em lugares maiores e melhores, parou sua agenda naquele mês devido ao mal estar que sua amada estava sentindo há algum tempo, mas só compartilhou com ele há pouco tempo, eles estavam em um consultório no hospital, a sala toda branca não transmitia um ar muito confortável ou talvez o motivo deles estarem ali não transmitia isso. O médico adentrou a sala com um envelope enorme em mãos, se sentou de frente para eles do outro lado da mesa, tirou algumas coisas de dentro e os olhou.
— Eu sinto muito, as notícias não são das melhores.
Dias Atuais...
Três batidas na porta de seu camarim o tiraram do transe, não tinha percebido como tinha se perdido nas memórias sobre e com ela. Estava evitando que sua mente fosse invadida por uma delas específica, esforço em vão, porque assim que ele abaixou a cabeça e colocou as mãos enroladas nos seus cabelos, a lembrança veio.
2 meses atrás...
— Você está linda – disse, a olhando.
Ela estava deitada na cama do hospital, usava seu lenço na cabeça, ele a olhava com paixão.
— Obrigada, meu amor, sinto muito por você ter que me ver assim. – Ela passou a mão por sua cabeça e corpo como se não gostasse da forma que estava.
— Assim como? – ele se deitou ao lado dela, a abraçando - Não peça desculpas por isso, como eu disse, você está linda e eu te amo tanto.
— Eu também te amo, você acha que vai ficar bem sem mim?
— Por que está perguntando isso agora?
— O médico disse aquele dia que eu não tinha muito tempo de vida e você sabe já superei até a expectativa e tudo mais - ela suspirou –, eu fico preocupada com você.
— Você está em um hospital, deve estar sentindo algum tipo de dor pela feição que tentou disfarçar quando eu entrei no quarto e você quem está preocupada, o que eu faço com você, hein? – beijou-lhe o topo da cabeça no final da frase, voltando a fazer carinho em seu rosto logo em seguida.
— Eu me sinto muito grata, por você e por ter conseguido presenciar pelo menos uma parte de você realizando seu sonho, porque eu tenho certeza de que você vai muito mais longe.
Ela não podia ver, mas ele tinha começado a lacrimejar.
— Você me motiva, sabia? Queria compartilhar algo com você, inclusive.
— Conta, conta.
sorriu com a empolgação dela, se soltando dele e batendo palmas, esperando a novidade.
— Eu vou me apresentar no California Center.
— O teatro?
Ele acenou positivamente com a cabeça.
— Você sempre quis se apresentar lá, porque lá já é enorme, mas abre muitas portas.
— Sim, sim e....
Ele foi interrompido pela garota se lançando nele lhe arrancando um abraço.
— Parabéns, amor, eu tenho tanto orgulho de você.
Ele lhe abraçou de volta e sussurrou um “Obrigado”.
— Quando vai ser? – ela se afastou, limpando algumas lágrimas que tinham caído de emoção.
— Daqui dois meses – estava sorrindo completamente animado e ela o acompanhou – Estou doido para tocar e te ver lá.
— Pode deixar, eu vou estar lá do lado do palco, assistindo tudo dos bastidores, como sempre.
— Mal posso esperar.
Dias Atuais...
Ele se levantou, respirou fundo, secou as lágrimas que estavam começando a cair, se dirigiu até a porta, a abrindo e saindo do camarim. Andou pelos bastidores em direção ao palco, pegou seu violão, esperou a contagem e subiu. A plateia gritava e ele não conseguia explicar o turbilhão de sentimentos que lhe percorriam, cumprimentou o público, foi até o microfone e sua apresentação começou, cantou algumas músicas conhecidas pela plateia, até decidir que era hora de mostrar a música, essa cuja a letra já estava guardada fazia um tempo, mas que ele achava aquele momento adequado para revelá-la
— Boa noite, vocês estão se divertindo? – ele escutou o público lhe responder – Fico feliz com isso. Muitos sabem, mas também muitos não sabem que eu já encontrei o amor da minha vida e a gente viveu uma daquelas histórias lindas de amor em que eles se conhecem quando são crianças, crescem juntos, se apaixonam, planejam tudo para passar uma vida inteira ao lado um do outro e sempre se apoiam e é sobre isso a música a seguir sobre apoio. Ela sempre esteve presente para mim em todos os momentos que eu mais precisei, principalmente momentos relacionados ao o que eu estou fazendo hoje em cima deste palco – as lágrimas voltaram a ameaçar aparecer, ele respirou fundo para cantar a música – Essa é Lonely People, porque é assim que eu me sinto depois que você partiu, espero que gostem. - Ele terminou de falar e se dirigiu até o piano que se encontrava no canto do palco.
Os primeiros acordes da música começaram e ele acompanhou com seus dedos no instrumento a frente.
Maçã do amor, fui para casa sem um prêmio
A única coisa que não estou é arrependida
Dançando em uma festa de pena, em uma festa de pena
Acho que somos todos pessoas solitárias
Romeu não tem sequência
Acho que somos todos pessoas solitárias
Tudo que o amor é, é um meio para o fim
Estou sempre encontrando corações partidos ao invés disso
Tudo que o amor é, é um meio para o fim
Sua voz começou a sair com uma certa dificuldade devido ao choro, esse de tristeza, saudades, emoção, amor e gratidão.
Chorar não te torna charmoso
A única coisa que não estou é arrependida
Dançando em uma festa de pena, em uma festa de pena
Na plateia não se escutava quase nada, não porque não estavam gostando da música, mas por estarem todos focados na letra.
Acho que somos todos pessoas solitárias
Acho que somos todos pessoas solitárias
Romeu não tem sequência
Acho que somos todos pessoas solitárias
olhou para o céu, os olhos brilhavam, sorriu em meio as lágrimas e cantou a última frase da música.
Então é melhor amar a si mesmo antes de partir
O público aplaudiu imensamente.
— Eu estava com medo porque comecei a pensar que não conseguiria fazer isso sem ela estar aqui, mas a verdade é que ela está, como sempre esteve e eu percebi isso minutos atrás no camarim quando comecei a lembrar da história mais linda de amor que eu poderia ter vivido. Essa música é completamente dela, completamente sua, meu amor, espero que você tenha amado a si mesma antes de partir. Obrigado a todo mundo por ouvir.
Fim!
Nota da autora: Oiii, amorzinhos, tudo bem? Confesso que não consegui pensar em algo que acho que se encaixasse totalmente na letra, mas espero que vocês tenham gostado. Obrigada quem leu até aqui <3
Outras Fanfics:
One Chance
The Measure Of Love
Immergere
De Libro in Medium
Qualquer erro nessa atualização ou reclamações somente no e-mail.
Outras Fanfics:
One Chance
The Measure Of Love
Immergere
De Libro in Medium